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AULA 08

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Aula 08
Comércio Internacional p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)
Professor: Ricardo Vale
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AULA 08: SISTEMA HARMONIZADO E 
CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Palavras Iniciais 1 
2- Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de 
Mercadorias (SH) 
2 - 31 
3- Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) 31 - 47 
4- Questões Comentadas 48 – 52 
5- Lista de Questões e Gabarito 53 - 65 
Olá, amigos do Estratégia Concursos! Tudo bem? 
Na aula de hoje, abordaremos um assunto que sempre é objeto de 
questões de prova. Trataremos do Sistema Harmonizado e da 
Classificação Fiscal de Mercadorias, assunto muito importante para 
aqueles que irão trabalhar com o comércio exterior. 
Saber de forma aprofundada sobre o Sistema Harmonizado e 
Classificação Fiscal não é algo fácil. Muito pelo contrário, eu diria que é algo 
bastante complexo! 
No entanto, vocês podem ficar tranquilos! Nenhum de vocês precisará 
sair da aula de hoje sendo um classificador de mercadorias. Deixa isso para 
quando vocês estiverem exercendo suas funções como Auditores Fiscais RFB!☺ 
O nosso objetivo se limitará a ensiná-los o que pode ser cobrado na prova, o 
que não tem mistério algum. 
Dessa forma, falaremos sobre a importância da classificação fiscal e 
do Sistema Harmonizado e suas regras básicas. Além disso, trataremos da 
classificação fiscal de mercadorias no âmbito do MERCOSUL. 
Todos preparados? Vamos em frente! 
Um abraço a todos, 
Ricardo Vale 
ricardovale@estrategiaconcursos.com.br 
http://www.facebook.com/rvale01 
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo!” 
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1- SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE 
MERCADORIAS: 
1.1-Generalidades: 
A classificação aduaneira é um procedimento por meio do qual se 
atribui um código numérico a todas as mercadorias objeto de operações de 
comércio exterior. Trata-se de procedimento de grande importância na medida 
em que facilita a elaboração de estatísticas de comércio exterior e serve como 
recurso essencial para a aplicação de tributos pelas autoridades aduaneiras. 
Tendo em vista a necessidade de uniformizar a classificação 
fiscal de mercadorias, em 1983, os países celebraram uma convenção 
internacional que instituiu o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação 
de Mercadorias (SH). O Sistema Harmonizado é um sistema de classificação 
fiscal (também chamado de nomenclatura) que permite associar um código 
numérico a cada mercadoria. Na prática, ele representa uma grande tabela 
que associa cada mercadoria existente e por existir a um código 
numérico. 
A Convenção que instituiu o Sistema Harmonizado foi celebrada no 
âmbito do Conselho de Cooperação Aduaneira, atualmente denominado 
Organização Mundial de Aduanas (OMA). A OMA é uma organização 
internacional criada em 1994, que tem como foco os assuntos aduaneiros, 
atuando na harmonização e simplificação de procedimentos aduaneiros, 
facilitação de comércio e combate à pirataria e ao contrabando. Além disso, a 
OMA é responsável pela administração do funcionamento do Sistema 
Harmonizado e dos aspectos técnicos do Acordo de Valoração Aduaneira e do 
Acordo sobre Regras de Origem. 
O maior objetivo da criação do Sistema Harmonizado foi a 
padronização da classificação fiscal de mercadorias em nível 
internacional. Assim, o mundo inteiro sabe que escovas de cabelo são 
classificadas com o código 9603.29. Ou, ainda, que guindastes do tipo “reach 
stacker” recebem o código 8426.41. 
“Entendi, Ricardo! Mas por que isso é bom?” 
A padronização da classificação fiscal é importante por vários 
motivos: 
1) Promove a facilitação de comércio: sempre que uma 
mercadoria é importada ou exportada, o importador ou exportador deve 
apresentá-la à Alfândega de seu país. Na medida em que todos os países usam 
uma nomenclatura padronizada, somente haverá necessidade de classificar as 
mercadorias uma vez, o que torna as operações mais ágeis e menos onerosas. 
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Imaginemos um exportador brasileiro que venda laranjas aos EUA! No 
despacho aduaneiro de exportação, ele apresenta a mercadoria à Receita 
Federal do Brasil (RFB), classificando-a no código 0805.10. Chegando o 
produto nos EUA, a mercadoria será apresentada à Aduana daquele país. E 
com qual código? Com o mesmo código apresentado à Aduana brasileira (pelo 
menos os 6 primeiros dígitos serão sempre iguais!). Isso ocorre graças ao 
Sistema Harmonizado! 
Se cada um dos países adotasse uma Nomenclatura diferente, a 
operação de comércio exterior em questão seria mais onerosa. Isso porque a 
necessidade de se atribuir à mercadoria uma nova designação implicaria em 
maiores custos. 
2) Facilita as negociações internacionais: Imagine que se 
sentem, em uma mesa de negociações, um diplomata brasileiro e um 
diplomata japonês e que o diplomata japonês pleiteie uma redução do I.I sobre 
guindastes. 
Aí o brasileiro pergunta: qual tipo de guindastes? Guindaste de torre, 
guindaste de pórtico ou guindaste autopropelido? Ih, embaralhou a cabeça do 
japonês. Olha a confusão armada! 
 Seria muito mais fácil se, ao invés de ficarem tratando de termos 
técnicos nas negociações (o que se torna mais difícil ainda em razão das 
diferenças de idiomas!), fossem utilizados os códigos. O diplomata japonês iria 
pedir uma redução do I.I sobre o produto de código 8426.41 e o brasileiro já 
saberia do que se tratava. O diplomata brasileiro poderia solicitar, em 
contrapartida, uma redução do I.I sobre o produto de código 1201.00 – soja, e 
o japonês também ia saber do que se tratava. Com códigos padronizados 
internacionalmente fica, sem dúvida, mais fácil. 
3) Facilita a elaboração de estatísticas: a associação de um 
código a uma mercadoria traz inúmeras vantagens para a coleta de dados com 
a finalidade de que sejam elaboradas estatísticas de comércio exterior. Além 
disso, a existência de uma nomenclatura padronizada em nível internacional 
permite que os países possam comparar e analisar as estatísticas uns dos 
outros, com vistas a subsidiar suas políticas de comércio exterior. 
4) Vantagens para a incidência tributária: a associação de um 
código a uma mercadoria também traz vantagens para os sistemas 
informatizados, uma vez que permite automatizar a imposição de alíquotas de 
tributos a cada enquadramento tarifário. 
 
 
 
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O Sistema Harmonizado, ao padronizar internacionalmente a 
classificação fiscal de mercadorias, serve de base para vários outros 
sistemas de classificação. 
Mas como assim o SH serve de base para outros sistemas de 
classificação fiscal? 
Simples... O Sistema Harmonizado atribui um código de 6 dígitos a 
todas as mercadorias existentes e por existir. Todos os Estados-parte da 
convenção que instituiu o SH devem, obrigatoriamente, utilizar esses mesmos 
6 dígitos para classificar mercadorias. No entanto, eles têm ampla liberdade 
para ir além e detalhar mais a Nomenclatura. Dessa forma, é plenamente 
possível que o SH sofra adaptações pelos países signatários da convenção 
internacional que o instituiu. 
Um país pode, então, criar uma Nomenclatura que possua 8 (oito) ou 
10 (dez) dígitos. No entanto, se ele for signatário da convenção que instituiu oSH, os 6 (seis) primeiros dígitos deverão ser, obrigatoriamente os mesmos do 
SH. Daí podermos dizer que há sistemas de classificação fiscal que derivam do 
Sistema Harmonizado. Entendido isso? 
Exemplificando, podemos apontar alguns sistemas de 
classificação fiscal baseados no SH: a NCM (Nomenclatura Comum do 
MERCOSUL), a NALADI (Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-
Americana de Integração) e a Nomenclatura Combinada da União Europeia. 
Destaque-se que, até dezembro de 1995, o Brasil teve seu próprio sistema de 
classificação fiscal, o qual possuía 10 dígitos e também se baseava no SH: a 
NBM (Nomenclatura Brasileira de Mercadorias). 
 
 
 
SISTEMA HARMONIZADO 
OBJETIVO: Padronizar a 
classificação fiscal de 
mercadorias 
- Promove a facilitação de comércio 
 
- Facilita as negociações internacionais 
 
- Facilita a elaboração de estatísticas 
 
- Vantagens para a incidência tributária 
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1.2- Estrutura do Sistema Harmonizado (SH): 
O Sistema Harmonizado, conforme já comentamos, abrange todas as 
mercadorias existentes e por existir no universo. Essas mercadorias estão 
divididas, dentro do SH, em Seções e Capítulos, os quais estão organizados 
em ordem crescente da participação humana na elaboração das 
mercadorias. 
Vejamos como tudo tem uma lógica fácil de entender! 
Foram criadas 21 Seções, que agrupam dentro de cada uma 
produtos semelhantes. A Seção I agrupa os “Animais Vivos e Produtos do 
Reino Animal”; a Seção II os “Produtos do Reino Vegetal”; a Seção V os 
“Produtos Minerais; a Seção VI os “Produtos das Indústrias Químicas ou 
Indústrias Conexas”, a Seção XVII “Material de Transporte”, etc. Não precisa 
decorar o que cada Seção estabelece, ok? O objetivo é somente que você 
possa visualizar melhor como funciona o SH. 
Foram criados 96 Capítulos, que agrupam produtos que também 
guardam semelhança entre si. Na Seção XVII, por exemplo, estão agrupados 
todos os meios de transporte. Dentro dessa Seção, estão os Capítulos 86, 87, 
88 e 89. Vejamos o que cada um deles representa: 
- Capítulo 86: Veículos e material para vias férreas ou semelhantes, 
e suas partes; aparelhos mecânicos (incluídos os eletromecânicos) de 
sinalização para vias de comunicação. 
- Capítulo 87: Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos 
terrestres, suas partes e acessórios. 
- Capítulo 88: Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes. 
- Capítulo 89: Embarcações e estruturas flutuantes. 
Percebam meus amigos, que não existem 99 Capítulos. Isso porque 
os Capítulos 77, 98 e 99 foram deixados em branco! Bastante atenção 
porque isso é importante! O Capítulo 77 foi reservado para utilização 
futura e os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais 
pelas Partes Contratantes da convenção internacional que instituiu o 
SH. No caso específico do Brasil, o capítulo 99 é utilizado para o registro de 
operações especiais na exportação, dentre as quais se enquadram as de 
consumo de bordo de combustíveis. 
Além das Seções e Capítulos, há ainda outras subdivisões. Dentro do 
“Capítulo 87: Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, 
suas partes e acessórios”, temos por exemplo, vários equipamentos. Assim, os 
tratores receberam a numeração 8701; os veículos automóveis de passageiros 
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8703; os veículos automóveis de transporte de mercadorias 8704; etc. As 
subdivisões que possuem quatro dígitos em seu código de formação são 
chamadas de posições. 
Dentro das posições, ainda é possível realizar novas subdivisões. 
Assim, foram criadas as subposições de 1º nível (quinto dígito) e 
subposições de 2º nível (sexto dígito). Vejamos, a título de ilustração, como 
se divide a posição 8701: 
8701- Tratores 
8701.10- Motocultores 
8701.20- Tratores Rodoviários para semi-reboque 
8701.30- Tratores de lagartas 
8701.90- Outros 
Como vocês já devem ter percebido, o Sistema Harmonizado (SH) 
classifica as mercadorias em códigos de 6 dígitos. Vejamos o que representa 
cada um deles! Tomemos como exemplo o código 9018.12 
Ex: 8426.41 
84 Esses dois primeiros números dizem respeito ao capítulo, isto 
é, o produto integra o Capítulo 84. Embora as mercadorias sejam agrupadas 
em Seções, o número destas não entra na classificação fiscal. 
Cabe destacar que o SH também possui subcapítulos. No entanto, 
nem todos os capítulos do SH são divididos em subcapítulos, mas tão somente 
os capítulos maiores. Um detalhe que podemos observar é o de que os 
números dos subcapítulos, assim como os números das seções, não entram na 
formação do código de 6 (seis) dígitos do Sistema Harmonizado. A finalidade 
dos subcapítulos é meramente organizatória. 
8426 Esses quatro primeiros números dizem respeito à posição. 
Caso seja possível fazer divisões dentro da posição, dizemos que a posição 
será desdobrada, dando origem a subposições de 1º nível. Caso não seja 
possível fazer divisões dentro da posição, esta não será desdobrada e devemos 
completar a classificação com “zeros”. Um exemplo de posição não desdobrada 
seria se tivéssemos 9018.00. 
8426.4 Temos, nesse caso, uma subposição de 1º nível. A 
posição 8426 foi desdobrada. A subposição de 1º nível é também conhecida 
como subposição simples ou subposição de um travessão. 
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8426.41 Temos, nesse caso, uma subposição de 2º nível, 
também chamada de subposição composta ou subposição de dois travessões. 
Podemos afirmar que a subposição 8426.4 foi desdobrada. Caso não fosse 
possível desdobrar a subposição 8426.4, completaríamos com um “zero” e 
teríamos 8426.40. 
“Ricardo, você pode explicar de novo como funciona esse negócio de 
posição desdobrada e não desdobrada?” 
Ok, meu amigo! Sem problemas! Um exemplo de posição não 
desdobrada é a 8902.00 – Barcos de pesca, navios-fábrica e outras 
embarcações para o tratamento ou conservação de produtos de pesca. Como 
você pode ver, se a posição não foi desdobrada, simplesmente se completa 
com zero à direita até o sexto dígito. O mesmo aplica-se para as subposições 
de 1º nível que não forem desdobradas. Entendido? 
Um detalhe interessante aqui é que se o quinto dígito for zero, o 
sexto dígito também obrigatoriamente será zero. 
“Não entendi! Por que isso Ricardo?” 
É o seguinte: se uma posição for desdobrada, o quinto dígito será 
diferente de zero, ok? Ex: 9018.1. Agora, se a posição não for desdobrada, o 
quinto dígito será zero e, portanto, a subposição de 1º nível também não 
poderá ser desdobrada. Logo, o sexto dígito também será zero. Dessa forma, é 
impossível que exista no SH (pode procurar que você não vai encontrar!) uma 
posição com o quinto dígito sendo 0 e o sexto dígito diferente de zero, como 
por exemplo 9032.01. Isso é totalmente fora dos padrões! 
Vamos esquematizar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA DO 
SISTEMA 
HARMONIZADO 
- 21 Seções e 96 Capítulos 
- Capítulo 77: reservado para utilização 
futura. 
- Capítulos 98 e 99: reservados para usos 
especiais pelas Partes Contratantes da 
convenção que institui o SH. 
- Códigos de 6 (seis) dígitos: 2 primeiros 
dígitos (Capítulo); 4 primeiros dígitos 
(posição); 5º dígito (subposição de 1º 
nível) ; 6º dígito (subposição de 2º 
nível). 
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?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!8!∀#!23Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
1. (AFRFB-2009)- A classificação aduaneira das mercadorias é 
recurso essencial para a aplicação, pela autoridade aduaneira, dos 
direitos que incidem sobre a exportação e importação de mercadoria e 
é objeto de convenções e instrumentos internacionais. 
Comentários: 
A classificação aduaneira é objeto de convenções internacionais, 
sendo essencial para a aplicação de tributos que incidem sobre as operações 
de comércio exterior. Questão correta. 
2. (ACE-2002)- O instrumento concebido para realizar a 
classificação de mercadorias, que é referido internacionalmente e do 
qual derivam outros sistemas de classificação, denomina-se Sistema 
Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH). 
Comentários: 
O SH é um instrumento que permite a classificação de mercadorias 
em nível internacional, do qual derivam vários outros sistemas de classificação. 
Questão correta. 
3. (AFRF 2002.2 - adaptada)-Por abranger produtos de alta 
sofisticação e complexidade tecnológica, o Sistema Harmonizado 
empresta caráter subjetivo à atividade de classificação fiscal e, por 
essa razão, tal sistema é irracional e completo. 
Comentários: 
O Sistema Harmonizado é um sistema de classificação fiscal racional 
e completo. A classificação fiscal é realizada com base em critérios objetivos. 
Questão errada. 
4. (AFRF-2005) - O Sistema Harmonizado, composto por 21 Seções, 
constitui instrumento empregado internacionalmente para a 
classificação de mercadorias, a partir de uma estrutura de códigos e 
suas respectivas descrições. Os Capítulos 98 e 99 do referido Sistema, 
contudo, foram reservados para usos especiais dos países vinculados a 
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ele. O Brasil emprega o Capítulo 99 para registrar operações como, por 
exemplo, de consumo de bordo de combustíveis. 
Comentários: 
O SH possui 21 Seções e 96 Capítulos, sendo que os Capítulos 98 e 
99 foram reservados para utilização pelas partes contratantes da convenção 
que o instituiu. Além disso, o Brasil utiliza o Capítulo 99 para operações 
especiais na exportação, como o consumo de bordo de combustíveis. Questão 
correta. 
5. (AFRFB-2009)- O Sistema Harmonizado de Designação e de 
Codificação de Mercadorias (SH) é uma convenção internacional que 
padroniza os sistemas de classificação nacionais dos países do 
MERCOSUL, não podendo, por conseguinte, sofrer alterações ou 
adaptações por parte dos países que o implementam. 
Comentários: 
Três erros na assertiva: 
1) O SH é um sistema de classificação fiscal de mercadorias (e 
não uma convenção internacional!). Na verdade, o SH foi instituído por uma 
convenção internacional. 
2) Os países do MERCOSUL não possuem, atualmente, sistemas de 
classificação nacionais. Ao contrário, eles se utilizam da NCM (Nomenclatura 
Comum do MERCOSUL), que é baseada no SH. 
3) O SH pode sim sofrer adaptações pelos países signatários da 
convenção internacional que os instituiu. Com efeito, os países podem criar 
seus próprios sistemas de classificação fiscal, os quais deverão, 
todavia, estar baseados no SH. 
6. (Analista dos Correios-2011)- O Sistema Harmonizado (SH) é o 
método internacional de classificação de mercadorias que serve de 
base para sistemas de classificação eventualmente empregados no 
marco de acordos preferenciais de alcance regional. 
Comentários: 
O SH é um sistema de classificação fiscal de mercadorias 
internacionalmente utilizado que serve de base para sistemas de classificação 
empregados no âmbito de acordos regionais, como a ALADI e a UE. Questão 
correta. 
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7. (Analista dos Correios-2011)- A natureza e a função dos produtos 
no processo produtivo (insumos básicos, bens intermediários, bens de 
capital, consumo final) e seus valores, segundo o grau de elaboração, 
são os critérios definidores da classificação de mercadorias no SH. 
Comentários: 
O valor do produto é irrelevante para fins de classificação de 
mercadorias no Sistema Harmonizado. Questão errada. 
 
1.3- Regras Gerais de Interpretação do Sistema Harmonizado: 
A classificação fiscal não é algo tão simples como talvez você imagine. 
Às vezes, surgem situações em que se torna difícil saber em qual código 
determinada mercadoria deverá ser classificada. Nesse sentido, para dirimir 
dúvidas que porventura surjam, foram criadas 6 (seis) regras para a 
interpretação do Sistema Harmonizado: são as chamadas Regras Gerais de 
Interpretação (RGI). Seguindo as RGI, pode-se encontrar o código exato de 
cada mercadoria. 
Pessoal, não pretendo de forma alguma ensinar aqui vocês a fazerem 
classificação fiscal. Quando estiverem no Curso de Formação ou, ainda, 
fazendo um curso de especialização, aí vocês se preocupam com isso! 
Desde já, é importante já ter em mente que o Sistema Harmonizado 
trata-se de um sistema racional e completo. É racional porque existem 
critérios objetivos para a determinação da classificação de uma mercadoria, 
além do que a cada mercadoria somente pode ser atribuído um único código 
tarifário; é completo, porque abrange todas as mercadorias hoje existentes no 
universo e, ainda, aquelas que irão surgir no futuro. Até mesmo a energia 
elétrica possui uma classificação fiscal. 
É importante que vocês tenham em mente que sempre que se vai 
proceder à classificação fiscal de uma mercadoria, é necessário levar-se em 
consideração as Regras Gerais de Interpretação de forma seqüencial. Isso 
quer dizer que, em um primeiro momento, tenta-se classificar a mercadoria 
pela RGI nº 1. Caso não seja possível, tenta-se a RGI nº 2, depois a RGI nº 3 
e assim sucessivamente. 
 
 
 
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1.3.1- Regra Geral de Interpretação nº 1: 
A RGI nº 01 estabelece que “os títulos das seções, capítulos e 
subcapítulos do Sistema Harmonizado têm apenas valor indicativo. Para os 
efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições e 
das Notas de Seção e de Capítulo.” Mas o que isso quer dizer? 
Vamos entender... 
A primeira parte da RGI nº 1 diz que os títulos das seções, 
capítulos e subcapítulos têm apenas valor indicativo. O que quer dizer 
“valor indicativo”? 
Quando alguém vai classificar uma mercadoria no Sistema 
Harmonizado, ele tentará seguir uma lógica. Imagine, por exemplo, que o bem 
a ser classificado é um automóvel. O que o classificador fará? 
Primeiro, ele irá olhar as Seções e, dentre elas, encontrará uma 
dentro da qual supostamente se encaixa o automóvel: “Material de 
Transporte”. Segundo, ele irá olhar os Capítulos dentro dessa Seção e 
encontrar algum em que se encaixe o automóvel: Capítulo 87- “Veículos 
automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e 
acessórios.” 
Pois bem, como você pode ver, o que guiou o classificador foram os 
títulos das seções, os títulos dos capítulos e os títulos dos subcapítulos 
(quando estes existirem) Assim, estes três elementos têm efeito indicativo, 
ou seja, servem para que o classificador possa procurar o código exato de 
classificação da mercadoria em homenagem ao princípio da especificidade. 
Todavia, os títulos das seções, capítulos e subcapítulos não têm valor 
jurídico, não produzindo efeitos legais. O que vale mesmo para os fins 
legais é o texto das posições e as notas de seção e de capítulo. 
Vou explicar isso com um exemplo: 
“Seção XI – Matérias Têxteis e suas Obras 
1- A presente Seção não compreende:o) as coifas e redes, para o cabelo, chapéus e artefatos de uso 
semelhante, e suas partes, do Capítulo 65” 
Se alguém for realizar a classificação fiscal de um chapéu feito de um 
tecido, poderá, ao olhar o título da Seção XI, achar que ele se encontra dentro 
da mesma. No entanto, o que vale para fins legais não é o título da seção, 
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devendo o classificador ler as notas da seção. Ao passar os olhos pelas notas 
de seção, ele verá que os chapéus estão excluídos da Seção XI. 
Assim como existem as notas de seção, existem também as notas de 
capítulo, de forma que quando alguém for classificar uma mercadoria em uma 
determinada posição, deverá: 
1) Em primeiro lugar, procurar pela Seção em que possivelmente ela 
se enquadra. 
2) Ler as notas de seção e verificar se há algum excludente ou 
alguma especificação para a mercadoria. 
3) Procurar pelo capítulo. 
4) Ler as notas de capítulo e verificar se há algum excludente ou 
alguma especificação para a mercadoria. 
5) Procurar pelo texto da posição. 
Em muitas questões de prova, cobra-se a literalidade da RGI nº 01. 
Logo, é importante que você a guarde bem, ok? 
 
1.3.2- Regra Geral de Interpretação nº 2: 
A RGI nº 2 se desdobra em duas: RGI nº 2-a e RGI nº 2-b. 
 
1.3.2.1- RGI nº 2-a: 
A RGI nº 2-a tem como objetivo orientar o classificador na 
determinação do código atribuível a artigos incompletos, inacabados e 
desmontados. Ao fazê-lo, a RGI nº 2-a amplia a nomenclatura do Sistema 
Harmonizado, evitando que nele sejam incluídas inúmeras posições para cada 
um desses casos.1 Vejamos o que ela diz! 
RGI nº 2-a: “Qualquer referência a um artigo em determinada 
posição abrange esse artigo mesmo incompleto ou inacabado, 
desde que apresente, no estado em que se encontra, as 
características essenciais do artigo completo ou acabado. 
Abrange igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal 
 
1
 WERNECK, Paulo. Como classificar mercadorias: uma abordagem prática. São Paulo, 
Aduaneiras: 2008 
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considerado nos termos das disposições precedentes, mesmo 
que se apresente desmontado ou por montar.” 
Analisando a RGI nº 2-a, verificamos que podem aparecer duas 
situações diferentes: 
1) O artigo incompleto ou inacabado apresenta, no estado em 
que se encontra as características essenciais do artigo completo ou 
acabado. Suponha, por exemplo, que esteja sendo importado um automóvel 
sem as rodas e sem os vidros (trata-se, portanto, de um bem incompleto ou 
inacabado!). A pergunta é: como ele será classificado? 
Simples. Ele será classificado na mesma posição do automóvel 
completo. O fato de ele estar sem as rodas e sem os vidros não faz com que 
ele deixe de ser um automóvel, justamente em razão de ele possuir, no estado 
em que se encontra, as características essenciais de um automóvel. 
Cabe destacar, todavia, que a determinação do que são as 
características essenciais de uma mercadoria é algo bastante subjetivo. De 
maneira simplificada, pode-se dizer que a característica essencial é aquilo que 
permite determinar, com grau de certeza razoável, qual seria a mercadoria 
final. 2 
2) O artigo incompleto ou inacabado não apresenta, no estado 
em que se encontra, as características essenciais do artigo completo 
ou acabado. Suponha, agora, que estamos diante da importação das rodas do 
automóvel. Alguém poderia argumentar (por mais que isso seja um absurdo!) 
que essas rodas são, na verdade, um automóvel incompleto e que, portanto, 
elas deveriam ser enquadradas na mesma classificação fiscal deste. Tal 
argumento não é possível porque, com fundamento na RGI nº 2-a, as rodas 
não possuem, no estado em que se encontram, as características essenciais de 
um automóvel. 
Cabe destacar também que tudo o que dissemos para os artigos 
incompletos ou inacabados também vale para os artigos desmontados ou por 
montar. Em outras palavras, o artigo desmontado ou por montar 
classifica-se como se estivesse montado. 
Vamos a uma situação da vida real em que vocês vão visualizar a 
importância dessa regra. Imagine que a CAMEX aplique direitos antidumping 
contra a importação de ventiladores originários da China, mas que tal medida 
não seja estendida para as partes e peças de ventiladores. Nesse caso, seria 
possível que um “espertinho”, visando burlar a medida de defesa comercial, 
trouxesse para o Brasil ventiladores chineses desmontados, classificando-os 
 
2 WERNECK, Paulo. Como classificar mercadorias: uma abordagem prática. São 
Paulo, Aduaneiras: 2008. 
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como partes e peças de ventiladores. Diante disso, qual seria a conduta 
correta da autoridade aduaneira (Auditor-Fiscal RFB)? 
A autoridade aduaneira deverá constatar, na inspeção física, que, na 
verdade, o importador não está trazendo para o país partes e peças de 
ventiladores, mas sim ventiladores desmontados. Dessa forma, pela aplicação 
da RGI nº 2-a, o Auditor da RFB exigirá que o importador retifique a 
classificação do produto, enquadrando-o como ventilador e fazendo incidir o 
direito antidumping. 
 
1.3.2.2- RGI nº 2-b: 
RGI nº 2-b: “Qualquer referência a uma matéria em 
determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado 
puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da mesma 
forma, qualquer referência a obras de uma matéria determinada 
abrange as obras constituídas inteira ou parcialmente por essa 
matéria. A classificação destes produtos misturados ou artigos 
compostos efetua-se conforme os princípios enunciados na Regra 
3.” 
Suponha que você necessite fazer a classificação fiscal de uma 
camisa de algodão e poliéster (a camisa não é só de algodão, tampouco só de 
poliéster!) Vamos imaginar, ainda, que existam as seguintes posições no 
Sistema Harmonizado3: 
6105 – Camisas de algodão 
6106 - Camisas de poliéster 
E agora, meu amigo? Em qual posição deverá ser classificada a 
camisa de algodão e poliéster? 
Pela RGI nº 2-b, qualquer referência a uma matéria em 
determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, 
quer misturada ou associada a outras substâncias. Assim, quando a 
posição 6105 faz referência à matéria “algodão”, ela está se referindo ao 
“algodão puro” ou ao “algodão com poliéster”, “algodão e seda”, etc. Da 
mesma forma, quando a posição 6106 faz referência ao “poliéster”, ela está se 
referindo ao “poliéster puro” ou ao “poliéster com algodão”, “poliéster com 
seda”, etc. 
 
3 Trata-se de um exemplo que foge à realidade, cujo objetivo é dar maior didática à aula. 
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Conclusão: a camisa de algodão e poliéster poderá se classificar tanto 
na posição “camisas de algodão” quanto na posição “camisas de poliéster”. 
Tivemos, portanto, um empate! Isso é que nos informa a RGI nº 2-b. 
A RGI nº 2-b não classifica ela mesma uma determinada 
mercadoria, mas sim remete o classificador à utilização da RGI nº 3. Isso é o 
que se depreende a partir da leitura da RGI nº 2-b, que determina que a 
classificação dos “produtos misturados ou artigos compostos efetua-se 
conforme os princípios enunciados na Regra3.” 
 
1.3.3- Regra Geral de Interpretação nº 3: 
A RGI nº 3-a é conhecida como a “regra do desempate”, 
subdividindo-se em três: RGI nº 3-a, RGI nº 3-b e RGI nº 3-c. Ela é 
utilizada quando, aparentemente, uma mercadoria possa ser enquadrada em 
duas ou mais posições. Vocês se lembram do exemplo que demos 
anteriormente? 
Tínhamos uma camisa de algodão e poliéster! Pela aplicação da RGI 
nº 2-b, essa camisa poderia se classificar tanto como “camisa de algodão” 
quanto como “camisa de poliéster”. Havia ocorrido um empate! 
A RGI nº 3 serve justamente para que o classificador possa escolher, 
entre alternativas validas, qual a posição mais adequada para a mercadoria 
objeto da classificação.4 Em suma, é ela que resolve o problema do empate! 
 
1.3.3.1- RGI nº 3-a: 
Inicialmente, tentamos aplicar a RGI nº 3-a, que dispõe que a 
posição específica prevalece sobre a posição genérica. Destaque-se que 
são consideradas igualmente específicas as posições que fazem referência a 
apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou 
artigo composto. Esse é o entendimento que se tem a partir da leitura da 
literalidade da RGI nº 3-a: 
“3. Quando pareça que a mercadoria pode classificar-se em duas ou 
mais posições por aplicação da Regra 2 b) ou por qualquer outra 
razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte: 
a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. 
Todavia, quando duas ou mais posições se refiram, cada uma 
delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um 
 
4
! WERNECK, Paulo. Como classificar mercadorias: uma abordagem prática. São Paulo, 
Aduaneiras: 2008!
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produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um 
dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, 
tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos 
ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas 
apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.” 
Voltemos, então, ao nosso exemplo! 
Nós queremos classificar uma “camisa de algodão e poliéster”. Pela 
aplicação da RGI nº 2-b, verificamos que, aparentemente, ela pode ser 
classificada como “camisa de algodão” ou como “camisa de poliéster". Será 
necessário, então, um desempate! Aplicando-se a RGI nº 3-a, percebe-se, 
todavia, que as posições “camisa de algodão” e “camisa de poliéster” são 
igualmente específicas, pois cada uma delas faz referência a apenas uma 
das matérias constitutivas do produto misturado (“camisa de algodão e 
poliéster”) 
E agora? Como resolver esse problema? 
Aplicando-se a RGI nº 3-b... 
 
1.3.3.2- RGI nº 3-b: 
A RGI nº 3-b dispõe que quando não for possível a classificação pela 
RGI nº 3-a, a mercadoria deverá ser classificada pela matéria ou artigo que 
lhe confira a característica essencial, quando for possível fazer esta 
determinação. Vejamos: 
“b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias 
diferentes ou constituídas pela reunião de artigos diferentes e as 
mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a 
retalho, cuja classificação não se possa efetuar pela aplicação da regra 
3 a), classificam-se pela matéria que lhes confira a 
característica essencial, quando for possível fazer esta 
determinação.” 
Em nosso exemplo, qual característica é essencial: o algodão ou o 
poliéster? Bem, aí poderíamos analisar a composição da camisa. Supondo que 
ela fosse uma camisa 60% de algodão e 40% de poliéster, sua característica 
essencial seria ser composta de “algodão”, não é mesmo? Nesse caso, a 
“camisa de algodão e poliéster” se classificaria na posição “camisa de algodão”. 
Mas vamos complicar um pouco mais! E se a camisa fosse 50% de 
algodão e 50% de poliéster? Bem, aí precisamos aplicar a RGI nº 3-c... 
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Chamo sua atenção para aquilo que a RGI nº 3-b denomina “sortidos 
acondicionados para venda a retalho”. Mas o que vem a ser “sortidos 
acondicionados para venda a retalho”? 
Se olharmos nos Pareceres da OMA, teremos um bom exemplo! 
Imagine que seja importado, em uma única embalagem, um sanduíche de 
carne acompanhado de batatas fritas para ser esquentado em forno 
microondas. Trata-se de um sortido para venda a retalho (dois produtos 
vendidos como um único produto!) 5 
A classificação fiscal será, então, determinada pelo produto que 
confere a característica essencial ao conjunto (aplicação da RGI nº 3-b). No 
caso específico, a OMA decidiu que a classificação fiscal seria 1602.50, que é o 
código tarifário correspondente ao sanduíche de carne. 
 
1.3.3.3- RGI nº 3-c: 
A RGI nº 3-c determina que a mercadoria irá se classificar na 
posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre as 
suscetíveis de validamente se tomarem em consideração. Dessa forma, 
considerando-se que, em nosso exemplo, a posição 6105 se refere às camisas 
de algodão e a posição 6106 às camisas de poliéster, o conflito se resolveria 
em favor da última. Vejamos o que diz a literalidade da RGI nº 3-c: 
“c) nos casos em que as regras 3 a) e 3 b) não permitam efetuar a 
classificação, a mercadoria classifica-se na posição situada em 
último lugar na ordem numérica, dentre as suscetíveis de 
validamente se tomarem em consideração.” 
Esquematizando: 
 
 
 
 
 
 
 
5Pareceres da OMA. Disponível em: 
< http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2008/AnexoUnicoINRFB873.pdf> 
Acesso em 05/01/2012 
Regra Geral de 
Interpretação nº 3 
RGI nº 3-a: Posição específica 
prevalece sobre a posição genérica 
RGI nº 3-b: Mercadoria se classifica pela 
matéria que lhe confere a característica 
essencial 
RGI nº 3-c: Mercadoria se classifica 
na posição situada em último lugar 
na ordem numérica 
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1.3.4- Regra Geral de Interpretação nº 4: 
RGI nº 4: “As mercadorias que não possam ser classificadas por 
aplicação das Regras acima enunciadas classificam-se na posição 
correspondente aos artigos mais semelhantes.” 
Caso não seja possível classificar a mercadoria utilizando-se as três 
Regras Gerais de Interpretação precedentes, partimos para a utilização da RGI 
nº 4, que determina que a classificação será realizada pela mercadoria mais 
semelhante. 
Percebe-se que a RGI nº 4 é uma regra destinada a obter o 
fechamento do sistema, ou seja, ela garante definitivamente que todas as 
mercadorias existentes e por existir no universo recebam uma 
classificação fiscal. 
 
1.3.5- Regra Geral de Interpretação nº 5: 
A RGI nº 5 é utilizada para proceder à classificação de embalagens. 
Há três tipos de embalagens, a cada uma sendo aplicado um tratamento 
diferente: i) embalagens de uso prolongado; ii) embalagens de uso 
único e; iii) embalagens de uso repetido. Vejamos o que diz a RGI nº 5! 
RGI nº 5-a / 5-b: “Além das disposições precedentes, as mercadorias 
abaixo mencionadas estão sujeitas às Regras seguintes: 
a) Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, 
para armas, para instrumentos de desenho, para jóias e receptáculos 
semelhantes, especialmente fabricados para conterem um artigo 
determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando 
apresentados com os artigos a que se destinam, classificam-se com 
estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido 
com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeitoaos 
receptáculos que confiram ao conjunto a sua característica 
essencial. 
b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5 a), as embalagens contendo 
mercadorias classificam-se com estas últimas quando sejam do tipo 
normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta 
disposição não é obrigatória quando as embalagens sejam 
claramente suscetíveis de utilização repetida.” 
A RGI nº 5-a estabelece o tratamento aplicável às embalagens de 
uso prolongado, definindo um rol exemplificativo (não-exaustivo) desse tipo 
de embalagens (estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos 
musicais, para armas, etc). As embalagens de uso prolongado recebem a 
mesma classificação fiscal do produto que acondicionam, salvo quando 
conferirem ao conjunto sua característica essencial. Dessa forma, temos duas 
situações possíveis: 
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1) Embalagens de uso prolongado que confiram ao conjunto 
sua característica essencial: recebem classificação autônoma em relação ao 
produto que acondicionam, isto é, recebem classificação fiscal diferente do 
artigo ao qual se destinam. Nesse caso, o classificador deve se preocupar em 
atribuir duas classificações fiscais: uma para o produto e outra para a 
embalagem. 
2) Embalagens de uso prolongado que não confiram ao 
conjunto sua característica essencial: recebem classificação fiscal idêntica 
à do produto que acondicionam, isto é, são classificados em conjunto. Em 
outras palavras, o classificador não precisa se preocupar em classificar a 
embalagem, bastando que ele classifique o artigo acondicionado. 
A RGI nº 5-b, por sua vez, estabelece o tratamento aplicável às 
embalagens de uso único e às embalagens de uso repetido. 
As embalagens de uso único deverão ser classificadas em 
conjunto com o produto, desde que sejam do tipo normalmente 
utilizado para seu acondicionamento. Seria o caso, por exemplo, de uma 
lata de refrigerante! O classificador atribuirá uma única classificação fiscal ao 
conjunto lata + líquido. 
Em relação às embalagens de uso repetido, a RGI nº 5-b não 
estabelece uma disposição mandatória para classificá-las. Ao contrário, ela 
dispõe que não há obrigatoriedade de que elas sejam classificadas em 
conjunto com o produto que acondicionam. Ao conferir esse caráter 
facultativo à classificação das embalagens de uso repetido, o Sistema 
Harmonizado dá margem para que os países estabeleçam regras específicas 
para determinar a classificação fiscal destas. 
As embalagens de uso repetido são aquelas que podem ser 
reutilizadas. Seria o caso, por exemplo, de cilindros contendo gases, os quais 
são retornáveis após a utilização de seu conteúdo. Tais cilindros, por serem 
uma embalagem de uso repetido, poderão ser classificados 
autonomamente ou em conjunto com o conteúdo. Isso vai depender das 
regras específicas de cada país ou bloco regional. Destaque-se que o 
MERCOSUL criou regras especiais para as embalagens de uso repetido, sobre 
as quais estudaremos mais à frente. 
 
 
 
 
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Esquematizando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.6- Regra Geral de Interpretação nº 6: 
RGI nº 6 “A classificação de mercadorias nas subposições de uma 
mesma posição é determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas 
subposições e das Notas de subposição respectivas, assim como, 
“mutatis mutandis”, pelas Regras precedentes, entendendo-se que 
apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. Para os fins da 
presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também 
aplicáveis, salvo disposições em contrário.” 
Conforme nós estudamos, as Regras Gerais de Interpretação do SH 
devem ser utilizadas em sequência, uma após a outra. As 5 (cinco) 
primeiras regras gerais de interpretação têm como objetivo classificar as 
mercadorias na posição a elas correspondente. Se observarmos a literalidade 
das RGI’s de nº 01 a nº 05, veremos que, em todas elas, é feita menção à 
posição (quatro primeiros dígitos do SH). 
No entanto, o SH é um código de 6 (seis) dígitos. Assim, faz-se 
necessária uma nova regra para classificar as mercadorias nos dois dígitos 
Embalagens de Uso 
Prolongado 
Embalagens de Uso Único 
Embalagens de Uso 
Repetido 
Recebem a mesma classificação fiscal 
do produto que acondicionam, salvo 
quando conferirem ao conjunto sua 
característica essencial!
Classificadas em conjunto com o produto 
que acondicionam, desde que sejam do 
tipo normalmente utilizado para seu 
acondicionamento0
A RGI nº 5-b dispõe que elas não 
precisam ser classificadas em 
conjunto com o produto 
O SH dá liberdade aos países 
para definirem regras próprias 
para aplicação às embalagens 
de uso repetido. 
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restantes. É esse o objetivo da RGI nº 06: classificar as mercadorias em 
suas subposições correspondentes. 
E o que determina a RGI nº 06? 
Ela determina que a classificação de mercadorias nas subposições 
deve ser realizada com base nos textos dessas subposições e nas notas de 
subposição respectivas (análogo à RGI nº 01). Além disso, devem ser 
aplicadas, “mutatis mutandis”, as regras precedentes, isto é, as RGI’s nº 
01 a 05. A expressão “mutatis mutandis” significa “mudando o que tem que 
ser mudado”. Ela é utilizada em virtude da necessidade de que, ao classificar 
uma mercadoria na subposição tarifária pela aplicação das RGI nº 01 a 05, o 
classificador substitua a palavra “posição” por “subposição”. Com efeito, as RGI 
nº 01 a 05 fazem menção, por diversas vezes, à posição tarifária. 
 
1.4- Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH): 
As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) são 
disposições que estabelecem o alcance do texto das posições e, 
adicionalmente, fornecem a interpretação autêntica das regras gerais de 
interpretação (RGI’s). Nesse sentido, são fundamentais para fornecer 
esclarecimentos sobre os códigos do SH. Considerando-se a grande 
abrangência do Sistema Harmonizado, é natural que existam mercadorias em 
que seja necessário um conhecimento técnico mais apurado para se proceder à 
classificação fiscal. 
É nessas horas que a NESH irá auxiliar, detalhando e explicando o 
conteúdo de alguns códigos tarifários. Ressalte-se que a aplicação das NESH 
é subsidiária, ou seja, trata-se de um meio auxiliar para a interpretação do 
Sistema Harmonizado (SH). 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
8. (AFRF-2003) – O Sistema Harmonizado distribui as mercadorias 
em seções e capítulos, dos quais um foi reservado para utilização 
futura e dois, para utilização pelas partes contratantes. Possui seis 
regras gerais de interpretação (RGI). O texto de descrição das 
mercadorias é precedido de um código, composto de seis algarismos, 
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separados da seguinte forma XXXX.XX, indicando os dois primeiros o 
capítulo, os quatro primeiros a posição, e os dois últimos, a 
subposição, que pode ser de primeiro nível ou de segundo. 
Comentários: 
Várias informações importantes nessa questão: 
1) O Capítulo 77 foi deixado em branco para utilização futura. 
2) Os Capítulos 98 e 99 foram reservados para utilização pelas partes 
contratantes. 
3) O SH possui 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação. 
4) As mercadorias são classificadas pelo SH em 6 dígitos.Os dois 
primeiros dizem respeito ao capítulo, os quatro primeiro à posição e os dois 
últimos, à subposição, que pode ser de 1º ou 2º nível. 
Por tudo isso, a questão está correta. 
9. (AFRF 2002.2) - Considerando que o Sistema Harmonizado de 
Designação e de Codificação de Mercadorias possui em sua estrutura 6 
(seis) Regras Gerais Interpretativas, Notas de Seções e de Capítulos, 
uma Lista ordenada de posições e de subposições, apresentadas 
sistematicamente, compreendendo 21 Seções, 96 Capítulos e 1241 
posições, subdivididas (exceto 311) em subposições, resultando num 
total de 5019 grupos de mercadorias, podemos afirmar que ele 
abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais 
existentes e por existir no Universo, inclusive a energia elétrica, 
omitindo mesmo as mercadorias dos Capítulos 77, 98 e 99, sendo 
assim um sistema racional e completo. 
Comentários: 
Vejam só, meus amigos! Mais uma questão sobre a estrutura do SH! 
Isso não cai na prova! Despenca! ☺ 
Conforme afirma o enunciado, o SH está dividido em 21 Seções e 96 
Capítulos (não precisa decorar o número de posições e subposições, pois isso 
muda muito!). Os Capítulos 77, 98 e 99 foram deixados em branco, sendo 
que o Capítulo 77 foi reservado para utilização futura e os Capítulos 98 e 99 
reservados para utilização pelas partes contratantes. Trata-se de um sistema 
racional e completo. Racional porque as mercadorias são classificadas com 
base em critérios objetivos. Completo porque abrange todos os bens 
existentes e por existir no universo, inclusive a energia elétrica. Por tudo isso, 
a questão está correta. 
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10. (AFRF-2005)- Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos do 
Sistema Harmonizado têm apenas valor indicativo. Para os efeitos 
legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições e 
das Notas de Seção e de Capítulo. 
Comentários: 
A questão traz a literalidade da RGI nº 01! Segundo essa regra, os 
títulos das seções, capítulos e subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para 
os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições 
e das Notas de Seção e de Capítulo. Questão correta. 
11. (Questão Inédita)- Quando duas ou mais posições se refiram, 
cada uma delas, a apenas uma das matérias constitutivas de um 
produto misturado, a posição mais específica prevalece sobre a 
genérica. 
Comentários: 
Pela RGI nº 3-a, a posição mais específica prevalece sobre a 
genérica. No entanto, quando duas ou mais posições se referirem, cada uma 
delas, a apenas uma das matérias constitutivas de um produto misturado, elas 
serão consideradas igualmente específicas. Nesse caso, a classificação será 
feita pela RGI nº 3-b, que resolve o conflito a favor da posição que diz respeito 
à característica essencial da mercadoria. Questão errada. 
12. (Questão Inédita)- Quando não se consegue encontrar 
classificação fiscal para uma mercadoria aplicando-se as RGI no 1, no 
2 e no 3, deve ser utilizada a classificação dos artigos mais 
semelhantes. 
Comentários: 
Caso não seja possível classificar uma mercadoria pela aplicação das 
RGI’s nº 01, nº 02 e nº 03, deve-se utilizar a RGI nº 4. E o que diz essa regra? 
Segundo a RGI nº 04, as mercadorias devem se classificar na posição 
correspondente aos artigos mais semelhantes. Questão correta. 
13. (AFRF 2002.1)-Para efeito de classificação das mercadorias na 
Nomenclatura Comum do MERCOSUL e aplicação das Regras Gerais 
para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a 
RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar é classificado na posição 
do artigo completo ou acabado, montado ou por montar, sempre que 
apresente, no estado em que se encontra, as características essenciais 
do artigo completo ou acabado. 
Comentários: 
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Segundo a RGI nº 2-a, o artigo incompleto ou inacabado classifica-se 
na mesma posição do artigo completo, desde que possua, no estado em que se 
encontra, as características essenciais do artigo completo. Questão correta. 
14. (Questão Inédita)- De acordo com o Sistema Harmonizado, as 
embalagens de uso repetido sempre terão classificação autônoma em 
relação ao produto que acondicionam. 
Comentários: 
O SH estabelece que as embalagens de uso prolongado é que devem 
classificar-se juntamente com a mercadoria que acondicionam, desde que não 
confiram a característica essencial ao conjunto. 
Em relação às embalagens de uso repetido, o SH não diz que elas 
devem nem que elas não devem se classificar juntamente com a mercadoria 
que acondicionam. O SH diz apenas que as embalagens de uso repetido 
não precisam obedecer à regra aplicável às embalagens de uso geral. 
Conclusão: elas podem ter classificação autônoma em relação à mercadoria 
que acondicionam, mas não necessariamente terão. Isso vai depender das 
regras próprias definidas por cada país. Questão errada. 
15. (Questão Inédita)- Segundo a RGI 5-b, as embalagens contendo 
mercadorias classificam-se com estas últimas quando sejam do tipo 
normalmente utilizado para o seu acondicionamento. 
Comentários: 
As embalagens contendo mercadorias se classificam com estas 
últimas quando forem do tipo normalmente utilizado para seu 
acondicionamento. É o caso, por exemplo, de uma garrafa de refrigerante, que 
se classifica juntamente com o líquido em seu interior. Questão correta. 
16. (AFTN-1998)- Para efeito de classificação das mercadorias na 
Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do 
Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo 
incompleto ou inacabado não pode ser classificado na posição do 
artigo completo ou acabado porque as Notas Explicativas do Sistema 
Harmonizado determinam sua classificação segundo a matéria 
preponderante no artigo em referência. 
Comentários: 
O artigo incompleto ou inacabado pode sim ser classificado na 
posição do artigo completo ou acabado, bastando que este apresente, no 
estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou 
acabado. Questão errada. 
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17. (Questão Inédita)- Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos 
tem apenas valor indicativo; para os efeitos legais, a classificação é 
determinada pelas notas explicativas do Sistema Harmonizado e pelas 
Regras Gerais e Complementares. 
Comentários: 
Essa era pegadinha! Não sei se consegui te enrolar! As notas 
explicativas do SH são elementos subsidiários na classificação de mercadorias. 
A questão estaria correta se afirmasse que os títulos das seções, capítulos e 
subcapítulos têm somente valor indicativo e que para fins legais devem ser 
consideradas as notas de seção, notas de capítulo e os textos das 
posições. Questão errada. 
18. (Questão Inédita)- Os subcapítulos são subdivisões dos capítulos 
para facilitar a ordenação. Todos os capítulos são subdivididos em 
subcapítulos. 
Comentários: 
Nem todos os capítulos são divididos em subcapítulos. Apenas os 
maiores possuem subcapítulos. Questão errada. 
19. (Questão Inédita)- O número do subcapítulo não entra no código 
de formação da classificação fiscal de mercadorias. 
Comentários: 
 De fato, o número do subcapítulo não entra na formação do código 
da mercadoria. Questão correta. 
20. (Questão Inédita)- A classificação fiscal é feita a partir dos títulos 
das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema Harmonizado, que têm 
valor legal de acordo com a RGI nº 1. 
Comentários:Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos têm apenas valor 
indicativo. Para efeitos legais, o que vale são as notas de seção, as notas de 
capítulo e os textos das posições. Questão errada. 
21. (Questão Inédita)- De acordo com a RGI-2-a, qualquer referência 
a um artigo em determinada posição abrange este artigo incompleto 
ou inacabado. 
Comentários: 
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O artigo incompleto ou inacabado classifica-se na posição do artigo 
completo ou acabado desde que no estado em que se encontre apresente 
as características essenciais deste. Questão errada. 
22. (AFTN-1989)- De acordo com a 2ª Regra Geral para a 
Interpretação do Sistema Harmonizado, qualquer menção a uma 
matéria em determinada posição da Nomenclatura Comum do 
MERCOSUL diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer 
misturada ou associada a outras matérias. 
Comentários: 
Segundo a RGI nº 2-b, qualquer referência a uma matéria em 
determinada posição diz respeito a essa matéria quer no estado puro, quer 
associada ou misturada a outras substâncias. Questão correta. 
23. (AFRF-2005)- No que atine à interpretação do Sistema 
Harmonizado, quando uma mercadoria aparentemente possa ser 
classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita, 
em regra, pela posição mais genérica em detrimento das mais 
específicas. 
Comentários: 
Pela RGI nº 3-a, a posição específica prevalece sobre a posição 
genérica. Questão errada. 
24. (Questão Inédita)- Uma embalagem de uso prolongado que 
confira ao conjunto a sua característica essencial é sujeita a 
classificação própria, independente da classificação da mercadoria. 
Comentários: 
As embalagens de uso prolongado poderão ter classificação junto com 
a mercadoria que acondicionam ou ainda poderão classificar-se 
autonomamente. Quando elas conferem a característica essencial ao conjunto, 
elas têm classificação própria, conforme afirma a assertiva. Questão correta. 
25. (Questão Inédita)- Uma embalagem de uso prolongado que não 
confira ao conjunto a sua característica essencial e seja apresentada 
com o artigo a que se destina, classifica-se com este último, desde que 
seja do tipo normalmente vendido com tais artigos. 
Comentários: 
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Quando as embalagens de uso prolongado não conferem a 
característica essencial ao produto que acondicionam, elas acompanham sua 
classificação fiscal. Questão correta. 
26. (Questão Inédita)- Quando uma mercadoria aparentemente 
possa ser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve 
ser feita na posição mais específica em detrimento da genérica, 
devendo-se considerar igualmente específicas as posições que se 
refiram a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto 
misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos 
componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, salvo 
se uma delas apresenta uma descrição mais precisa ou completa da 
mercadoria. 
Comentários: 
Segundo a RGI nº 3-a, quando uma mercadoria possa, 
aparentemente, ser classificada em duas ou mais posições, a classificação 
será feita na posição mais específica em detrimento da genérica. 
São consideradas igualmente específicas as posições que façam 
referência a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto 
misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de 
sortidos acondicionados para venda a retalho, ainda que uma delas apresente 
uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria. Viram o que eu 
sublinhei? Pois é: a assertiva usa a expressa “salvo se”, que muda 
completamente o sentido da frase. Questão errada. 
27. (AFTN-1998)- Para efeito de classificação das mercadorias na 
Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do 
Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo 
incompleto ou inacabado é classificado na posição do artigo completo 
ou acabado, sempre que apresente, no estado em que se encontra, as 
características essenciais do artigo completo ou acabado, aplicável tal 
regra também para o artigo desmontado ou por montar. 
Comentários: 
Perfeita a assertiva! Ela descreve exatamente a RGI nº 2-a! Guarde 
isso, meu amigo, pois cai muito em prova! 
28. (AFTN-1998)- Para efeito de classificação das mercadorias na 
Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do 
Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo 
incompleto ou inacabado é abrangido pela posição do artigo completo 
ou acabado, desde que apresente, no estado em que se encontra, as 
características essenciais do artigo completo ou acabado, não valendo 
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essa regra para o artigo completo ou acabado desmontado ou por 
montar. 
Comentários: 
A RGI nº 2-a se aplica aos artigos incompletos ou inacabados e 
também aos artigos desmontados ou por montar. Questão errada. 
29. (Questão Inédita)- De acordo com a RGI-2-a, qualquer referência 
a um artigo em determinada posição abrange este artigo incompleto 
ou inacabado. 
Comentários: 
Para que um artigo incompleto ou inacabado possa ser classificado na 
mesma posição do artigo completo ou acabado, ele precisa apresentar, no 
estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou 
acabado. Questão errada. 
30. (Questão Inédita)- Qualquer referência a uma matéria em 
determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, 
quer associada ou misturada a outras matérias. 
Comentários: 
É exatamente o que dispõe a RGI nº 2-b. Questão correta. 
31. (Questão Inédita)- É possível, em situações excepcionais, que 
uma mercadoria possa ser classificada em mais de uma posição do 
Sistema Harmonizado. 
Comentários: 
Ao final da classificação fiscal, a mercadoria somente poderá ser 
classificada em uma única posição. Se isso não fosse feito dessa forma, 
haveria inúmeros problemas, particularmente no que se refere à tributação. 
Questão errada. 
32. (Questão Inédita)- Segundo a RGI no 2, o artigo incompleto ou 
inacabado irá possuir a mesma classificação fiscal atribuída ao artigo 
completo ou acabado. 
Comentários: 
O artigo incompleto ou inacabado somente irá possuir a mesma 
classificação fiscal atribuída ao artigo completo ou acabado caso, no estado em 
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que se encontre, possuir as características essenciais do artigo completo ou 
acabado. Questão errada. 
33. (CODESP-2011) Em relação à classificação de mercadorias na 
nomenclatura do Sistema Harmonizado, é possível afirmar que para os 
efeitos legais, a classificação de mercadorias é determinada pelos 
títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos. 
Comentários: 
Para os efeitos legais, a classificação de mercadorias é determinada 
pelos textos das posições e pelas Notas de Seção e de Capítulo. Questão 
errada. 
34. (CODESP-2011) Qualquer referência a uma matéria em 
determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, 
quer misturada ou associada a outras matérias. 
Comentários: 
Mais uma vez, a cobrança da literalidade da RGI nº 2-b! Questão 
correta. 
35. (CODESP-2011) Os estojos para aparelhos fotográficos mesmo 
que apresentados separadamente com os aparelhos a que se destinam, 
classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tiponormalmente vendidos com tais aparelhos. 
Comentários: 
Os estojos são embalagens de uso prolongado e sua classificação 
obedece ao que dispõe a RGI nº 5-a. Em regra, eles serão classificados em 
conjunto com os produtos que acondicionam. Ressalte-se, todavia, que, para 
isso, eles não podem ser apresentados separadamente do produto que 
acondicionam e, além disso, não podem conferir a característica essencial ao 
conjunto. Questão errada. 
36. (Questão Inédita)- Quando duas ou mais posições se refiram, 
cada uma delas, a apenas uma das matérias constitutivas de um 
produto misturado, a posição mais específica prevalece sobre a 
genérica. 
Comentários: 
Pela RGI nº 3-a, a posição mais específica prevalece sobre a 
genérica. No entanto, quando duas ou mais posições se referirem, cada uma 
delas, a apenas uma das matérias constitutivas de um produto misturado, elas 
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serão consideradas igualmente específicas. Nesse caso, a classificação será 
feita pela RGI nº 3-b, que resolve o conflito a favor da posição que diz respeito 
à característica essencial da mercadoria. Questão errada. 
37. (Questão Inédita)- Segundo a RGI 5-b, as embalagens de uso 
repetido classificam-se sempre autonomamente em relação ao produto 
que acondicionam. 
Comentários: 
A RGI nº 5- b não apresenta regra impositiva quanto à classificação 
fiscal das embalagens de uso repetido. Ela apenas estabelece que este tipo de 
embalagem não precisa seguir a classificação dos produtos que acondicionam. 
Ou seja, de acordo com essa regra, as embalagens de uso repetido podem ter 
classificação própria. Questão errada. 
38. (Questão Inédita)- No que atine à interpretação do Sistema 
Harmonizado, quando uma mercadoria aparentemente possa ser 
classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita, 
em regra, pela posição mais específica em detrimento da mais 
genérica. 
Comentários: 
Isso é exatamente o que dispõe a RGI nº 3-a! A posição mais 
específica prevalece sobre a mais genérica. Questão correta. 
39. (Questão Inédita)- A classificação de mercadorias nas 
subposições de uma mesma posição é determinada, para efeitos 
legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição 
respectivas, assim como, mutatis mutandis, pelas Regras precedentes, 
entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo 
nível. 
Comentários: 
Essa é a literalidade da RGI nº 6, que determina como é feita a 
classificação fiscal nas subposições. Questão correta. 
40. (Questão Inédita)- As embalagens de uso prolongado que 
confiram a característica essencial ao conjunto terão classificação 
própria, independente da classificação da mercadoria. 
Comentários: 
Quando as embalagens de uso prolongado conferirem a característica 
essencial ao conjunto, elas terão classificação fiscal autônoma (classificação 
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própria). Ao contrário, quando não conferirem a característica essencial ao 
conjunto, seguirão a classificação fiscal da mercadoria que acondicionam. 
Questão correta. 
41. (CODESP-2011) As mercadorias apresentadas em sortidos 
acondicionados para venda a varejo se classificam sempre pela 
matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial. 
Comentários: 
O erro da questão foi falar em sortidos acondicionados para venda a 
varejo. Os sortidos acondicionados para venda a retalho recebem a 
classificação pela matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial. 
Questão errada. 
 
2-NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL: 
2.1- Generalidades: 
A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) entrou em vigor 
em 1996, sendo utilizada pelos países desse bloco regional em todas as suas 
operações de comércio exterior. Trata-se de um sistema de classificação fiscal 
baseado no Sistema Harmonizado (SH), que dá amparo à existência da 
Tarifa Externa Comum (TEC). Destaque-se que a adoção da TEC e da NCM 
teve como consequência a extinção dos sistemas nacionais de classificação de 
mercadorias dos países membros do MERCOSUL. 
Conforme já estudamos, o MERCOSUL é uma união aduaneira e, 
portanto, seus membros aplicam, em regra, alíquotas idênticas sobre as 
importações de terceiros países. Com efeito, para que isso seja viabilizado, é 
imprescindível que exista uma tabela única de códigos associados às suas 
respectivas alíquotas do imposto de importação. Essa ”tabela de códigos” é 
justamente a NCM! No Brasil, a NCM substituiu a NBM (Nomenclatura 
Brasileira de Mercadorias), que vigorou até dezembro de 1995 e também era 
baseada no SH. 
A NCM associa cada produto existente e por existir a um código 
numérico de 8 (oito) dígitos. Na condição de nomenclatura baseada no SH, 
os 6 (seis) primeiros dígitos da NCM são idênticos aos 6 (seis) primeiros dígitos 
do SH. Todavia, a NCM possui dois dígitos adicionais (desdobramentos 
regionais específicos), o que significa que ela promove um maior detalhamento 
dos códigos previstos no SH. O sétimo dígito é denominado item e o oitavo 
dígito é chamado de subitem. 
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 Um detalhe interessante! Vocês se lembram de que quando uma 
posição não era desdobrada, o quinto dígito seria zero e, assim, 
obrigatoriamente, o sexto dígito também seria zero? Pois bem, na NCM, ocorre 
fato semelhante. Se o sétimo dígito for zero, o oitavo dígito será 
obrigatoriamente zero. 
Aí você pode me perguntar: “Ricardo, é possível que uma posição não 
desdobrada em subposições seja desdobrada em itens e subitens da NCM?” 
A resposta é SIM. Duvidam? Então dêem uma olhadinha lá na TEC e 
vejam a NCM 1101.00.10- Farinha de trigo. Ou seja, nosso macete aqui é o 
seguinte: 
- 5º e 6º dígitos “andam juntos”, ou seja, se o 5º dígito for zero, o 6º 
dígito será obrigatoriamente zero. 
- 7º e 8º dígitos “andam juntos”, ou seja, se o 7º dígito for zero, o 8º 
dígito será obrigatoriamente zero. 
 
2.2- Regras Gerais Complementares: 
Conforme já estudamos, o SH possui 6 (seis) Regras Gerais de 
Interpretação, as quais são utilizadas para classificar as mercadorias. A NCM 
possui, além das mesmas 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação (RGI’s), 2 
(duas) Regras Gerais Complementares (RGC’s). 
 
2.2.1- Regra Geral Complementar nº 1 (RGC nº 1): 
As 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação são utilizadas para se 
classificar uma mercadoria nos 6 dígitos do Sistema Harmonizado. 
Considerando-se que, no âmbito do MERCOSUL, foi criada a NCM, que possui 
8(oito) dígitos, foi necessário criar uma regra complementar para classificar as 
mercadorias nesses 2 (dois) novos dígitos – item e subitem. 
A Regra Geral Complementar nº 1 (RGC 1) tem justamente o 
objetivo de dizer como devem ser classificadas as mercadorias no item 
e subitem (7º e 8º dígitos). Tal classificação será feita, “mutatis mutandis” 
(mudando o que tem ser mudado), com a aplicação das Regras Gerais de 
Interpretação do Sistema Harmonizado. Trata-se de regra análoga à RGI nº 
06, dispondo o seguinte: 
(RGC-1)- As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado 
se aplicarão, “mutatis mutandis”, para determinar dentro de cada 
posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste último, o 
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subitem correspondente, entendendo-se que apenas são comparáveis 
desdobramentos regionais(itens e subitens) do mesmo nível. 
 
2.2.2- Regra Geral Complementar nº 2 (RGC nº 2): 
O Sistema Harmonizado não estabeleceu uma disposição mandatória 
para a classificação fiscal das embalagens de uso repetido, dispondo apenas 
que estas não precisam classificar-se em conjunto com o produto que 
acondicionam. Dessa forma, ficou a cargo dos países signatários da 
convenção que instituiu o SH definir como será feita a classificação 
fiscal de embalagens de uso repetido. Vejamos o que foi definido no 
MERCOSUL! 
 (RGC-2)- As embalagens contendo mercadorias e que sejam 
claramente suscetíveis de utilização repetida, mencionadas na Regra 5-
b, seguirão seu próprio regime de classificação sempre que 
estejam submetidas aos regimes aduaneiros especiais de 
admissão temporária ou de exportação temporária. Caso contrário, 
seguirão o regime de classificação das mercadorias. 
A RGC nº 2 estabelece como será feita a classificação fiscal das 
embalagens de uso repetido no âmbito do MERCOSUL. Segundo essa regra, as 
embalagens de uso repetido somente terão classificação fiscal 
autonôma quando forem submetidas aos regimes aduaneiros especiais de 
admissão temporária ou exportação temporária. 
Assim, temos duas situações possíveis: 
1) Embalagens de uso repetido submetidas aos regimes de 
admissão temporária ou exportação temporária: recebem classificação 
autonôma em relação ao produto que acondicionam, isto é, recebem 
classificação fiscal diferente da do produto. 
2) Embalagens de uso repetido nacionalizadas ou submetidas 
a outro regime aduaneiro especial que não os de admissão temporária 
ou exportação temporária: classificam-se em conjunto com o produto que 
acondicionam. 
É muito comum que haja confusão quanto à classificação fiscal de 
contêineres! Seriam eles embalagens de uso repetido? Eles recebem 
classificação fiscal? 
O contêiner é um recipiente metálico utilizado para o 
acondicionamento e transporte de carga. No entanto, ele não é considerado 
uma embalagem, mas sim uma parte integrante do navio. Ao entrar no país, o 
contêiner é automaticamente submetido ao regime de admissão temporária, 
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uma vez que, em regra, eles retornarão ao exterior após a retirada das 
mercadorias que acondicionam. Nesse caso, eles não serão objeto de 
classificação fiscal na Declaração de Importação das mercadorias 
despachadas para consumo. 
Pode ocorrer, todavia, de esses contêineres serem importados a 
título definitivo. É o caso, por exemplo, em que um contêiner é nacionalizado 
com o objetivo de ser usado como uma instalação para fins médico-
hospitalares. Nesse caso, considerando-se que o contêiner é o próprio bem 
importado, ele receberá classificação fiscal própria (8609.00.00), submetendo-
se a despacho para consumo. Como curiosidade, muitos contêineres são 
usados em missões de paz da ONU como alojamento para militares! ☺ 
 
2.3- Classificação de mercadorias: 
A NCM é utilizada em todas as operações de comércio exterior 
(exportações e importações) dos países-membros do MERCOSUL. Um 
exemplo irá ilustrar melhor! 
Suponha que uma empresa brasileira vai realizar uma exportação 
para a Alemanha. Nesse caso, ela deverá apresentar as mercadorias à Aduana 
brasileira para que seja feito o despacho de exportação. Posteriormente, essas 
mercadorias serão apresentadas à Aduana alemã. Ao apresentar a mercadoria 
à Aduana brasileira, a empresa deverá classificá-la na NCM. Por outro lado, ao 
apresentar a mercadoria à Aduana alemã, deverá classificá-la na Nomenclatura 
Combinada (que é a nomenclatura da UE!) 
A conclusão que retiramos desse exemplo é a de que, sempre que a 
mercadoria for apresentada à Aduana brasileira (seja em uma 
importação ou exportação!), ela deverá estar classificada na NCM. Por 
outro lado, ao apresentá-la à Aduana de outro país, a classificação fiscal será 
feita com base no sistema de classificação utilizado por aquele país. 
A classificação fiscal na NCM é realizada, no Brasil, em conformidade 
com o que dispõe o art. 94 do Regulamento Aduaneiro: 
“Art. 94. A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a 
correspondente ao posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa 
Comum, na data da ocorrência do fato gerador, uma vez identificada 
sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul. 
Parágrafo único. Para fins de classificação das mercadorias, a 
interpretação do conteúdo das posições e desdobramentos da 
Nomenclatura Comum do Mercosul será feita com observância das 
Regras Gerais para Interpretação, das Regras Gerais 
Complementares e das Notas Complementares e, 
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subsidiariamente, das Notas Explicativas do Sistema 
Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, da 
Organização Mundial das Aduanas.” 
Interpretando o parágrafo único do art. 94, verifica-se que a 
classificação fiscal na NCM é feita observando-se: i) as 6 (seis) Regras Gerais 
de Interpretação do SH; ii) as 2 (duas) Regras Gerais Complementares da NCM 
e; iii) subsidiariamente, as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado 
(NESH). 
A responsabilidade pela classificação fiscal de mercadorias é 
do importador ou do exportador, sem prejuízo da ulterior verificação pela 
autoridade aduaneira. Ressalte-se, no entanto, que, em caso de dúvida sobre a 
classificação fiscal, pode ser formulada consulta à Receita Federal do Brasil. 
Cabe destacar que quando a classificação fiscal é feita de forma incorreta pelo 
importador a RFB irá lhe aplicar uma multa de 1% do valor aduaneiro. 
De acordo com a IN RFB nº 873/2008, também são elementos 
subsidiários fundamentais para a classificação de mercadorias na NCM os 
Pareceres da OMA (Organização Mundial de Aduanas). Destaque-se que, 
tanto a NESH quanto os Pareceres da OMA não possuem valor legal. 
Para aqueles mais curiosos, segue o link dos Pareceres da OMA: 
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2008/AnexoUnicoIN
RFB873.pdf 
Outra nomenclatura utilizada pela Receita Federal é a NVE 
(Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística). A classificação na NVE 
é realizada com base em atributos e especificações. O objetivo da NVE é 
permitir a formulação de estatísticas detalhadas sobre a importação de 
mercadorias que são objeto de valoração aduaneira (controle do valor 
declarado) pela Receita Federal. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
42. (AFRF-2005)- A classificação fiscal da mercadoria deve ser feita 
pelo próprio importador. Não obstante, em caso de dúvida sobre a 
classificação do bem, há previsão legal para que, respeitados 
parâmetros, seja formulada consulta à autoridade aduaneira com 
vistas à correta classificação da mercadoria. 
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Comentários: 
A classificação fiscal é de responsabilidade do importador. Caso este 
possua dúvidas quanto à correta classificação de um bem, é possível que ele 
formule uma consulta à autoridade aduaneira. Questão correta. 
43. (ACE-2008)- O instrumento de classificação de mercadorias 
atualmente empregado pelo Brasil é a Nomenclatura Comum do 
MERCOSUL, criada em 1995 em substituição à Nomenclatura Aduaneira 
da Associação Latino-Americana de Integração (NALADI/SH), que foi 
empregada de 1980 até 1995. 
Comentários: 
A NCM não substituiu a NALADI (Nomenclatura Aduaneira da ALADI), 
mas sim a NBM (no caso do Brasil!). A NALADI é um sistema de classificação 
fiscal utilizado pelos países-membros

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