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UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA AO ESTUDO DA EMPRESA

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1 INTRODUÇÃO 
 O empreendedorismo está em foco no Brasil, as pessoas estão buscando 
novas oportunidades de crescer e se desenvolver economicamente. Neste sentido 
nos últimos tempos o empreendedorismo virou sinônimo de progresso e avanço 
econômico. Isso resultou em um aumento considerável do número de 
empreendedores no Brasil, conforme afirma publicação de Gross (2013) no site do 
Jornal Hoje da Rede Globo: 
O número de empreendedores no Brasil cresceu 44% nos últimos 10 anos. 
É o que revela a pesquisa da Endeavor, uma organização internacional sem 
fins lucrativos que promove o empreendedorismo de alto impacto.A cada 
quatro brasileiros, três querem ter o próprio negócio. ‘Setenta e seis por 
cento das pessoas entrevistadas têm interesse em empreender, então esse 
é um número relevante se a gente comparar com outros países. Apenas a 
Turquia tem um percentual maior do que o Brasil’, afirma IllanSztejnman, 
gerente regional da Endeavor. 
Esse aumento crescente de empreendimentos vem incentivando e aquecendo 
o mercado brasileiro, abrindo uma nova perspectiva, onde o empresário tem 
buscado uma nova visão para o seu empreendimento, uma visão inovadora e muitas 
vezes audaciosa. 
Os legisladores brasileiros tentando explorar e acompanhar essa fase 
empreendedora brasileira, bem como intuito de aquecer ainda mais nossa 
economia, vieram também inovar o ordenamento jurídico brasileiro criando uma 
nova constituição jurídica, a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, 
também conhecida como EIRELI. Essa constituição jurídica veio, como afirma 
Scalco e Bainha (2012), para atender um “antigo anseio dos empresários 
brasileiros”, proporcionando uma nova alternativa para que inúmeros empreenderes 
saiam da informalidade e para aqueles que não conseguem encontrar um sócio que 
queiram compartilhar o mesmo objetivo do negócio desejado. 
A finalidade da criação de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
era ocasionar um impacto econômico relevante no país, aumentando, 
consideravelmente, o número de empreendedores que passariam a 
organizar suas atividades, de maneira a gerar mais empregos, arrecadação 
de impostos, além de renda e lucro, alavancando a economia (Araújo, 
2013). 
 
 
 
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A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada é uma constituição 
jurídica relativamente nova, foi criada pela lei nº 12.441 promulgada em 2011, mas 
só entrou em vigor em janeiro de 2012. Já com quase dois anos de existência, esta 
forma jurídica ainda é desconhecida por uma grande parcela dos empresários e 
estudantes de ciências contábeis, bem como é pouco explorada pelos profissionais 
contábeis. Este fato pode ser visto como uma deficiência de divulgação na 
normatização, tanto no ponto de vista comercial, como no ponto de vista acadêmico, 
uma vez que para cumprir efetivamente o papel para o qual foi criada, a Empresa 
Individual de Responsabilidade Limitada tem que se tornar plenamente conhecida 
pelos empresários, pelos profissionais contábeis e pelos estudantes das áreas afins. 
 É de extrema importância para os empresários, os contabilistas e os 
estudantes que os órgãos representativos da classe contábil e as Instituições de 
Ensino, forneçam uma capacitação que contemple as características, vantagens e 
desvantagens desta nova personalidade jurídica, posto que os empresários 
necessitam de informações suficientes para que possam escolher com convicção a 
constituição jurídica que mais se adéqua ao seu tipo de negócio e os contadores 
devem ter condições de orientar e auxiliar seus clientes de maneira eficiente e 
eficaz, tanto na constituição da empresa quanto no desenvolvimentos das atividades 
relativas ao tipo jurídico designado para o empreendimento. 
 Desde a sua criação a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada vem 
sendo divulgada por meio de artigos, publicados em sites especializados, em jornais, 
em trabalhos acadêmicos e está em destaque no site de Junta Comercial do Ceará 
(JUCEC), mesmo com todas estas fontes de informações disponíveis e facilmente 
encontradas, o alcance da divulgação é insuficiente, pois a simples existência da 
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada é desconhecida por uma grande 
parcela das pessoas. 
 Este trabalho surgiu com objetivo de tentar minimizar a deficiência na 
divulgação desse novo ente constitutivo, apresentando um estudo comparativo entre 
a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada frente às constituições jurídicas, 
já consolidadas no ordenamento jurídico brasileiro, como: o Micro Empreendedor 
Individual e a Sociedade Limitada. 
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2 METODOLOGIA 
Esta seção contemplará a definição das tipologias da pesquisa, a definição 
dos objetivos e a forma de coleta e tratamento dos dados. 
2.1 TIPOLOGIA DE PESQUISA 
A pesquisa é do tipo bibliográfica, pois pretende-se realizar um estudo sobre 
os autores Pipolo (2012), Scalvo (2012), Bainha (2012), entre outros, a fim de 
adquirir subsídios para realizar uma contribuição teórica para esclarecer e divulgar 
essa recente constituição jurídica. 
A pesquisa também se caracteriza como exploratória, uma vez que busca 
aprofundar o conhecimento sobre as características do ente jurídico EIRELI, bem 
como estabelecer uma comparação com duas outras constituições jurídicas: a 
Sociedade Limitada e o Empreendedor Individual. 
A abordagem do trabalho apresenta um aspecto qualitativo, próprio das 
pesquisas de cunho contábil e jurídico que desejam contribuir para o 
engrandecimento do aporte teórico que embasa os estudos feitos sobre as 
alterações estabelecidas pela lei nº 12.441/2011, bem como as características da 
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. 
Ainda, foi realizada a aplicação de um questionário com dez contadores que 
possuem escritórios de contabilidade em municípios da zona norte do Ceará. Estes 
por um critério não probabilístico, por acessibilidade, com o propósito de dar 
fundamentação aos aspectos teóricos discutidos no trabalho, tendo por base as 
práticas e vivências do cotidiano nos escritórios de contabilidade, buscando 
evidenciar as características da EIRELI, assim como suas vantagens e 
desvantagens. 
 
 
 
 
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2.2 OBJETIVO GERAL 
O principal objetivo do trabalho consiste em apresentar um estudo 
comparativo entre da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada frente às 
constituições jurídicas, já consolidadas no ordenamento jurídico brasileiro, como o 
Micro Empreendedor Individual e a Sociedade Limitada, para construir um corpo 
teórico sobre as características da EIRELI. 
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Os objetivos específicos consistem em: 
a) Definir os motivos que levaram o desenvolvimento desse novo tipo societário; 
b) Divulgara EIRELI para os empreendedores e profissionais contábeis; 
c) Esclarecer as dúvidas sobre essa nova constituição jurídica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 O BRASIL E SUAS CONSTITUIÇOES JURIDICAS 
O Brasil possui diversas constituições jurídicas, no entanto, este estudo levou 
em consideração apenas três destas constituições, o Micro Empreendedor 
Individual, a Sociedade Limitada e a Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada. Nesta seção, serão expostas as características das constituições jurídicas 
em questão, tendo por base a legislação brasileira vigente. 
3.1 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL 
O Micro Empreendedor Individual (MEI) foi criado com a Lei Complementar nº 
128, de 19 de dezembro de 2008, a qual altera a Lei Complementar nº 123/2006. 
Estas alterações viabilizaram a legalização de empreendedores informais que 
possuíam empreendimentos sem o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ. 
Este cadastro facilita a abertura de contas bancárias, pedidos de empréstimos e a 
emissão de notas fiscais. 
O Micro Empreendedor Individual é o empresário individual optante do 
Simples Nacional, que tenha umfaturamento anual de até R$ 60.000,00 (sessenta 
mil reais). Já o empresário individual é definido pelo art. 966 do Código Civil como 
aquele que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços”. 
§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o 
empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo 
Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática 
prevista neste artigo. (LC 123/2006) 
Para se enquadrar na qualidade de Micro Empreendedor Individual é 
necessário cumprir os seguintes requisitos: 
a) Ter faturamento anual de até R$ 60 mil; 
b) Não ter participação em outra empresa como sócio ou titular; 
c) Ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria; 
 
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Podem se inscrever como Micro Empreendedor Individual, os empresários 
que exercem atividades de comércio, indústria e serviços de natureza não intelectual 
sem regulamentação legal. O Micro Empreendedor Individual é enquadrado no 
Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais, como: Imposto de Renda, PIS, 
COFINS, IPI e CSLL. 
O custo máximo de formalização é de R$ 80,58 por mês, os quais são 
atualizados anualmente, de acordo com salário mínimo: 
a) R$ 74,58 (11% sobre o salário mínimo) para a Previdência Social; 
b) R$ 1,00 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) para 
indústria e comércio; 
c) R$ 5,00 de ISS (Imposto sobre Serviços) para prestadores de serviços. 
Conforme determina o art. 18.A que foi introduzido na Lei complementar 
123/2006, pela Lei complementar nº 128/2008, 
V – o Micro empreendedor Individual recolherá, na forma regulamentada 
pelo Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes 
parcelas: 
a) R$ 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), a título 
da contribuição prevista no inciso IV deste parágrafo; 
b) R$ 1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII do caput do 
art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ICMS; e 
c) R$ 5,00 (cinco reais), a título do imposto referido no inciso VIII do caput 
do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ISS. 
O Micro Empreendedor Individual terá acesso aos benefícios previdenciários 
como auxílio-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
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3.2 SOCIEDADE LIMITADA 
 A Sociedade limitada é uma pessoa jurídica de direito privado, regida pelo 
código civil, a qual é formada por duas ou mais pessoas, que respondem 
solidariamente pela integralização do capital social, mas suas responsabilidades são 
limitadas ao valor das quotas, conforme definido pelo Art. 1.052, do Código Civil 
brasileiro. 
O capital social da Sociedade Limitada é dividido em quotas, podendo ser de 
igual valor, ou não, as quais são indivisíveis em relação à sociedade, a menos que, 
um dos sócios ceda sua quota, total ou parcialmente, para outro sócio ou para 
terceiros, sendo que no segundo caso precisaria da autorização dos outros titulares 
da empresa, sendo que a soma do capital que eles possuem teria que ultrapassar 
um quarto do total do capital social, e mesmo assim se não houvesse nenhuma 
cláusula contratual que impedissem tal fato. Conforme exposto nos artigos 1052 a 
1087 do Código Civil: 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é 
restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela 
integralização do capital social. 
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, 
pelas normas da sociedade simples. 
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da 
sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. 
Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art. 997, 
e, se for o caso, a firma social. 
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, 
cabendo uma ou diversas a cada sócio. 
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem 
solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do 
registro da sociedade. 
§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. 
Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de 
transferência, caso em que se observará o disposto no artigo seguinte. 
§ 1o No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes somente 
podem ser exercidos pelo condômino representante, ou pelo inventariante 
do espólio de sócio falecido. 
§ 2o Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota 
indivisa respondem solidariamente pelas prestações necessárias à sua 
integralização. 
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou 
parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos 
outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um 
quarto do capital social. 
Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, 
inclusive para os fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da averbação 
do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes. 
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3.3 EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 
 A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI foi adicionada 
no ordenamento jurídico brasileiro, com a inclusão do Art. 980-A no Código Civil pela 
lei nº 12.441 de 2011, essa nova constituição jurídica é formada por uma única 
pessoal física ou jurídica, a qual é titular do total do capital investido, cujo valor não 
pode ser inferior a cem vezes o maior salário mínimo vigente no país, e deverá ser 
totalmente integralizado no ato da constituição. 
 A Empresa Individual de Responsabilidade também poderá ser criada a partir 
da concentração das quotas de outra constituição jurídica, independentemente dos 
motivos da concentração. A pessoa que possui uma Empresa Individual de 
Responsabilidade não poderá ter outra empresa na mesma modalidade, ou seja, 
uma pessoa não pode constituir duas Empresas Individuais de Responsabilidade 
Limitada. 
 Para as demais duvidas a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
segue as regras da Sociedade Limitada, como previsto no § 6º, do Art. 980-A do 
Código Civil. 
Art. 1º Esta Lei acrescenta inciso VI ao art. 44, acrescenta art. 980-A ao 
Livro II da Parte Especial e altera o parágrafo único do art. 1.033, todos da 
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), de modo a instituir a 
empresa individual de responsabilidade limitada, nas condições que 
especifica. 
Art. 2º A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a 
vigorar com as seguintes alterações: 
"Art. 
44......................................................................................................................
....................................................................... 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
..............................................................................................." (NR) 
"LIVRO II 
.......................................................................................................... 
TÍTULO I-A 
DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será 
constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, 
devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior 
salário-mínimo vigente no País. 
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão 
"EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de 
responsabilidade limitada. 
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§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade 
limitada somente poderá figurar em uma únicaempresa dessa modalidade. 
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá 
resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num 
único sócio, independentemente das razões que motivaram tal 
concentração. 
§ 4º ( VETADO). 
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada 
constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a 
remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de 
imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa 
jurídica, vinculados à atividade profissional. 
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que 
couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. 
........................................................................................................." 
"Art. 1.033. ....................................................................................................... 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio 
remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da 
sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas 
Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário 
individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, 
observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste 
Código." (NR) 
Art. 3º Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua 
publicação. 
(Lei nº 12.441/2008) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 ANALISE COMPARATIVA 
 Nesta seção apresenta-se uma comparação entre as constituições 
empresariais sob a forma de Micro Empreendedor Individual, Sociedade Limitada e 
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, para mostrar as características 
da EIRELI frente aos outros entes jurídicos. 
4.1 SOCIEDADE LIMITADA X EIRELI 
 Com a personalidade jurídica da EIRELI veio também a limitação da 
responsabilidade do titular da empresa, este fato trouxe a possibilidade de 
empresários que não encontram ou não querem um sócio para compartilhar a 
atividade empresarial e nem pretendem colocar em risco o seu patrimônio pessoal. 
Antes da referida lei, as pessoas físicas encontravam algumas 
dificuldades, pois, se de um lado não encontravam sócios 
disponíveis e com o perfil procurado para constituição de uma 
sociedade (e passar a ter a proteção da legislação societária), 
de outro ficavam receosos em iniciar ou manter sua atividade 
sob a forma de firma individual, notadamente pela 
responsabilidade pessoal e ilimitada que tal figura acarreta aos 
seus titulares em relação as obrigações contraídas no 
desempenho da atividade econômica. PIPOLO (2012) 
 O medo de abrir um negócio onde seus bens pessoais se misturariam com os 
bens da empresa, fazia com que o empresário criasse uma sociedade fictícia onde o 
outro sócio apenas entrava no contrato social para constar como sócio e em nada 
influenciava na vida economia, administrativa e financeira da empresa. Pipolo (2012) 
afirma que essa era uma situação séria e cotidiana, pois era comum encontrar “[...] 
sociedades sendo constituídas com a presença de sócios de fachada [...], que não 
tinham qualquer expressão social [...]”. 
 Um dos benefícios que a EIRELI trouxe foi a possibilidade de ser criada pela 
concentração de quotas de outra empresa, conforme está previsto no § 3º do art. 
980-A do Código Civil, o qual diz que “a empresa individual poderá resultar da 
concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, 
independentemente das razões que motivaram tal concentração”. Isso significa que 
uma sociedade que esteja com um único sócio, seja porque o outro sócio tenha 
 
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falecido ou saído desta sociedade, pode ser transferida para modalidade jurídica 
EIRELI permitindo assim a continuidade desta empresa. Antes da lei nº 12441/2011, 
quando a empresa ficava com apenas um sócio, o sócio remanescente tinha 180 
dias para encontrar outra pessoa para formar esta sociedade, caso contrário teria 
que dissolver a sociedade, conforme previsto no art. 1.033, inciso IV do Código Civil. 
 4.2 MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL X EIRELI 
 Uma das finalidades da criação da EIRELI foi tirar da informalidade milhares 
de empreendedores que possuem negócios sem o devido registro, entretanto esta 
finalidade fica limitada, posto que a lei nº 12441, que deu origem a EIRELI, exigiu um 
capital mínimo de 100 salários mínimos vigentes no momento da criação, o qual 
deve ser totalmente integralizado no momento da abertura da empresa como 
previsto no art. 2º, da lei nº 12441, o qual introduziu o Art. 980-A no código civil sob 
a condição de que “A empresa individual de responsabilidade limitada será 
constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente 
integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo 
vigente no País” 
 Com essa limitação os pequenos empreendedores informais, que não 
disponibilizam de grandes recursos financeiros, e que desejam sair da informalidade 
só podem optar pela condição de Micro Empreendedor Individual, porém esta opção 
nos remete a problemática da responsabilidade em relação a empresa, visto que o 
empreendedor individual responde ilimitadamente pela empresa. Muitos empresários 
ficam receosos por optar por esta constituição jurídica, pois temem por seu 
patrimônio particular. 
 
 
 
 
 
 
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5 ANÁLISE DA PESQUISA 
Para o desenvolvimento da pesquisa foi aplicado um questionário junto a 
contadores que possuem escritórios de contabilidade em municípios da zona norte. 
Os escritórios foram escolhidos por acessibilidade, foram enviados dez 
questionários, entretanto só seis deram retorno. Os nomes dos participantes da 
pesquisa não foram mencionados para preservar a privacidade dos mesmos, para 
tanto foi definida uma ordem numérica de identificação para cada contador. Esse 
procedimento irá facilitar o desenvolvimento da análise do ponto de vista de cada 
profissional em relação as perguntas que foram feitas no questionário, desta 
maneira, o primeiro contador foi nomeado de contador nº 1, o segundo a responder 
foi intitulado de contador nº 2, e assim sucessivamente até o ultimo contador a 
responder, nomeado de contador nº 6. 
 O primeiro contador que respondeu ao questionário possui um escritório no 
município de Acaraú há doze anos e é responsável pela contabilidade de cento e 
quarenta e cinco empresas, das quais quatro são EIRELIs. 
 Um questionário também foi aplicado junto a uma contadora do município de 
Sobral que possui escritório há treze meses, a contadora nº 2. Ela não trabalha com 
EIRELI. 
O contador nº 3 é do município de Sobral, e é responsável por trinta 
empresas, das quais três são EIRELIs. 
O quarto contador possui escritório há quatro anos no município de Sobral, é 
responsável por trinta empresas, nenhuma delas é EIRELI. 
O quinto entrevistado a responder o questionário foi um contador da cidade 
de Sobral que possui um escritório a pouco mais de um ano, que também não 
trabalha com EIRELI, entretanto é responsável pela contabilidade de vinte 
empresas. 
 
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O contador nº 6 possui escritório há quinze anos no município de Sobral e 
responsável pela contabilidade de mais de cento e cinquenta empresas, das quais 
apenas duas são EIRELIs. 
Foi questionado aos contadores que possuíam clientes com EIRELI, se eles 
consideravam o número de empresas nesta modalidade pequeno, e em caso 
afirmativo, quais as razões para existirem poucas EIRELIs. 
O contador nº 1 respondeu que considera o número de EIRELIs pequeno, e 
segundo ele, isto acontece porque o “O empresário é acomodado e não quer ter 
custos adicionais com sua empresa”. 
Já o contador nº 3 não considera o número de EIRELIs em seu escritório 
pequeno, “porque é um assunto novo” e no seu entendimento é normal que aprincipio exista poucas empresas com este tipo jurídico. 
O contador nº 6, por sua vez, considera o número de EIRELIs em escritório 
pequeno e atribui este fato a “falta de conhecimento desta modalidade”. 
Para os contadores que não possuem clientes com EIRELI foi perguntado, 
quais os motivos para não trabalharem com EIRELI. 
A contadora nº 2 respondeu que este é um assunto novo e “ninguém quer 
trabalhar com uma coisa que não conhece”. 
O contador nº4 disse que não trabalha com este tipo societário porque “não 
apareceu nenhum interessado”. 
O contador nº 5 diz que não trabalha com este tipo societário porque a EIRELI 
é “uma modalidade nova, a sociedade ainda está se adaptando, muitos ainda se 
sentem inseguros com essa nova modalidade”. 
Foi perguntado também quais os motivos que os levaram a indicar esta 
constituição jurídica para os seus clientes. 
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O contador nº 1 diz que indicou este tipo societário para o empresário, pois 
em sua opinião a EIRELI é: 
Mais viável para o empresário, visto que a responsabilidade pelo capital 
social é somente o limite estipulado em lei (100 salários mínimos), sendo 
que o empresário individual tem sua responsabilidade ilimitada, ou seja, ele 
responde também com seus bens pessoais para cobrir eventuais prejuízos 
apurados. 
O contador nº 3 respondeu que “existia condições dos clientes, e entre firma e 
EIRELI, achei melhor esta”. 
Os demais contadores não orientaram seus clientes a optar pela EIRELI. 
 Foi questionado aos contadores se segundo suas opiniões, a EIRELI trouxe 
alguma mudança significativa para os empresários que fizeram esta opção. 
No ponto de vista do contador nº 1 a mudança mais significativa foi que a 
EIRELI “desmascarou” as sociedades limitadas de fachada, que possuíam sócios 
com porcentagem mínima do capital somente para “configurar o status de limitada”. 
 Para a contadora nº 2 não existe nenhuma mudança significativa. 
 O contador nº 3 disse que a mudança mais significativa que EIRELI trouxe foi 
o “não comprometimento da pessoa física”. 
O contador nº 5 reconhece que a EIRELI trouxe mudanças significativas 
quando diz: “Pelo pouco que sei sobre EIRELI, existem sim mudanças significativas, 
pois propicia aos empresários uma opção a mais para os que não querem ou não 
podem ser MEI e que possuem capital para um investimento maior”. 
O contador nº 6 respondeu que “Sem sombra de duvida, a EIRELI permitiu 
um perfil mais transparente uma vez que possibilita que uma única pessoa, seja ela, 
natural ou jurídica, nacional ou estrangeira, detenha a totalidade do capital social de 
uma de responsabilidade limitada”. 
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Foi perguntado ainda se a divulgação da EIRELI no meio contábil e 
empresarial é suficiente e quais fontes de informações ele possui sobre normas e 
procedimentos que devem ser adotados à EIRELI. 
O contador nº 1 afirma que a divulgação no meio empresarial e contábil é 
significativa e que os profissionais contábeis e empresários estão muito bem 
informados sobre esse ente jurídico, e completa dizendo que busca informações no 
Departamento Nacional do Registro do Comercio – DNRC, orientações da Junta 
Comercial e de consultoria on-line. 
O contador nº 3 diz que “em termos de divulgação tudo fica a dever” e que 
“existe necessidade de fazer mais palestras e seminários para discutir o assunto” e 
quando se eventos desse tipo, esse assunto não é abordado, e completou dizendo 
que suas fontes de informação são a Junta Comercial e a IOP. 
O contador nº 4 e que sua única fonte de informação é a internet. 
O contador nº 5 diz ainda que a divulgação da EIRELI não é suficiente, e que 
sua única fonte de informações é a internet. 
 contador nº 6 afirma que a divulgação da EIRELI, no meio empresarial, é 
suficiente e menciona que ele retira as informações necessárias do código civil. 
Por fim, foi perguntado quais a vantagens ou desvantagens para condição de 
EIRELI. 
Segundo contador nº1 a EIRELI só trouxe vantagens “pois o empresário tem 
em suas mãos mais um tipo jurídico empresarial, sendo que ele não precisará mais 
buscar novos sócio para constituí-la, precisando somente dele mesmo”. 
A contadora nº 2 menciona não ver nenhuma vantagem, pois em suas 
palavras, se seus clientes optarem pela EIRELI “não vão crescer, porque vão ficar 
limitados pelo limite de faturamento” (o que é um engano, pois EIRELI não tem limite 
de faturamento, o limite de faturamento é para micro empreendedor individual). 
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O contador nº 3 respondeu que a maior desvantagem é a fixação do capital 
investido em cem salário mínimos, o que segundo ele impedi que muitas empresas 
optem por esta modalidade jurídica, mas também cita vantagens tais como a 
separação do capital da empresa do capital pessoal do titular da empresa. 
 O contador nº 4 diz não ter conhecimento do assunto. 
 O contador nº 5 disse que a EIRELI trouxe “vantagens, pois, a sociedade 
necessita de várias opções para ver a que mais se adéqua a sua situação, e para os 
que querem ter um empreendimento maior e com um capital razoável a EIRELI é 
uma ótima opção”. 
 E segundo o contador nº 6 “todas as modalidades tem suas vantagens e 
desvantagens, assim varia muito da atividade empresarial e de quem vai constituir a 
sociedade”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÔES FINAIS 
Com base no exposto, pode-se concluir que existe uma defasagem de 
conhecimento por parte de contadores sobre o ente jurídico EIRELI, mesmo os 
profissionais que trabalham com EIRELI usam termos inadequados para esta 
constituição jurídica tais como “sociedade” e “capital social”, tais termos não se 
aplicam a EIRELI, pois a mesma não é sociedade, e sim uma empresa cujo capital 
integralizado pertence a um único titular. 
A EIRELI é uma modalidade realmente nova, e é comum e normal que 
demore um pouco a ser difundida e aceita, pois as novidades sempre trazem 
consigo o temor de mudanças, mas é evidente a falta de interesse dos contadores 
que não trabalham com EIRELI em buscar informações sobre este tipo jurídico, 
muitas vezes ocasionado pelo comodismo ou por pensarem que não existe 
necessidade. 
Já os contadores que trabalham, ou os que têm conhecimento, mesmo que 
mínimo, sobre as características da EIRELI, gostam e salientam a importância da 
modalidade jurídica para sociedade. 
A principal vantagem citada pelos contadores é separação do capital da 
empresa do capital pessoal do titular da empresa, uma vez que a EIRELI tem 
personalidade jurídica. Já para sociedade, a principal vantagem é possibilidade de 
dar fim nas sociedades “laranjas”, as quais possuem sócios fictícios com percentuais 
mínimos de participação, apenas para constar como sócio e assim resguardar seu 
patrimônio pessoal. 
A única desvantagem citada foi a fixação do capital integralizado em cem 
salários mínimos, o que pode limitar pequenos empreendedores a aderir a essa 
modalidade jurídica. 
Como todos os outros tipos jurídicos, a EIRELI tem suas vantagens e 
desvantagens. O que vai definir qual é a melhor opção de ente jurídico são os perfis 
do empreendedor e de seu empreendimento. A nossa função, como profissionais e 
 
27 
 
 
 
futuros contadores, contábeis é conhecer todos os tipos jurídicos para podermos 
orientar nossos clientes na escolha do que é melhor para ele e seu 
empreendimento. Entretanto, o que foi percebido neste estudo é que o 
conhecimento sobre o tipo jurídico EIRELI ainda é insuficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAS 
 
 
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agosto de 2013. 
 
______, Lei nº 12.441 , de 10 de julho e 2011. Disponível 
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Acesso em 16 de agosto de 2013. 
 
CARVALHO, Rafael Villac Vicente de. A empresa de responsabilidade limitada 
acaba com o laranja . Disponível em: 
<http://espaco-vital.jusbrasil.com.br/noticias/2774177/empresa-individual-de-
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2013. 
 
LOMAR, Virgínia Carolina de Abreu. ERELI, aspectos negativos e positivos . 
Disponível em: 
<http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=10263>. Acesso em: 10 de agosto 
de 2013. 
 
PIPOLO, Henrique Afonso. Empresa individual de responsabilidade limitada 
(EIRELI): breves considerações e reflexões. Revista jurídica da UniFil , Londina, 
v.1, n.1, p. 109-114. 2012. Disponível em: 
<http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/497_832_publipg.pd
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PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do trabalho científico [recurso 
eletrônico] : métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo 
 
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Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível em: <www.feevale.br/editora>. Acesso em: 
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RANGEL, Tauã Lima Verdan. A Empresa individual de responsabilidade 
limitada (EIRELI): as Inovações Inauguradas pela Lei Nº. 12.441. Disponível 
em:<http://www.conteudojuridico.com.br/pdf/cj037810.pdf>. Acesso em: 10 de 
agosto de 2013. 
 
SANTOS, Camila Guedes Araújo. SILVA NETO, Alcebíades José da. Empresa 
individual de responsabilidade limitada (EIRELI) : vantagens e desvantagens para 
o empreendedor. Disponível em: 
<http://jus.com.br/artigos/24615/empresa-individual-de-responsabilidade-limitada-
eireli-vantagens-e-desvantagens-para-o-empreendedor>. Acesso em: 10 de agosto 
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enfoque na empresa individual de responsabilidade limitada. Revista Borges , p. 33-
57. 2012. Disponível em: 
<http://www.revistaborges.com.br/index.php/borges/article/view/37>. Acesso em: 18 
de setembro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APÊNDICE A – QUESTINÁRIO APLICADO A CONTADORES QUE POSSUEM 
ERELI EM SEUS ESCRITÓRIOS 
 
Nome do contador: 
CRC: 
 
(Os dados do contador não serão divulgados no artigo) 
1. Quanto tempo você possui o escritório? 
2. Por quantas empresas você é responsável? 
3. Destas, quantas empresas são EIRELI? 
4. Você considera um número pequeno? 
5. Em caso afirmativo no item 4, por que você acha que isso acontece? 
6. Você “cuidou” destas EIRELI desde a sua constituição? 
7. Em caso afirmativo no item 4, foi você que orientou cliente a optar por esta constituição 
jurídica? Por quê? 
8. Você acha que a EIRELI trouxe mudanças significativas para os empresários que fizeram essa 
opção? 
9. Você acha que a divulgação da EIRELI é suficiente no meio contábil e no meio empresarial? 
10. Quais as fontes de informação você possui sobre normas e procedimentos que devem ser 
adotados à EIRELI? 
11. De acordo com o seu ponto de vista quais só existem as vantagens para a condição de EIRELI 
ou existem alguma desvantagens ou limitações que esse tipo societário traz para ao 
empreendedor? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APÊNDICE B – QUESTINÁRIO APLICADO A CONTADORES QUE NÃO 
POSSUEM ERELI EM SEUS ESCRITÓRIOS 
 
Nome do contador: 
CRC: 
(Os dados do contador não serão divulgados no artigo) 
1. Quanto tempo você possui o escritório? 
2. Por quantas empresas você é responsável? 
3. Destas, quantas empresas são EIRELI? 
4. Caso não possua EIRELI, existe algum motivo para não trabalhar com EIRELI, quais? 
5. Você orientou algum cliente a optar por esta constituição jurídica? Por quê? 
6. Em caso de resposta afirmativa na questão 5, quais as justificativas do empresários para não 
optarem pela EIRELI? 
7. Você acha que a EIRELI trouxe mudanças significativas para os empresários que vierem a 
fazer essa opção? 
8. Você acha que a divulgação da EIRELI é suficiente no meio contábil e no meio empresarial? 
9. Quais as fontes de informação você possui sobre normas e procedimentos que devem ser 
adotados à EIRELI? 
10. De acordo com o seu ponto de vista quais só existem as vantagens para a condição de EIRELI 
ou existem alguma desvantagens ou limitações que esse tipo societário traz para ao 
empreendedor?

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