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Sistema nervoso autônomo

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1 BBPM III Anatomia 
Sistema nervoso autônomo 
CASO CLÍNICO 
MGS, 62 anos, hipertensa, etilista e tabagista 
inveterada, foi admitida no Hospital Regional de Juiz de 
Fora, em novembro de 2015, com quadro de 
emagrecimento, prostação, disfagia (dificuldade de 
engolir), odinofagia (deglutição com dor) há 4 meses e 
disfonia (dificuldade na produção da voz) há 2 meses. 
Ao exame físico, foi notado: ptose palpebral à 
esquerda, miose (constrição da pupila), anidrose 
(ausência de suor) e rubor malar ipsilateral, fechando 
diagnóstico de Síndrome de Horner, sem qualquer 
anormalidade dos movimentos oculares. Realizou-se 
endoscopia digestiva alta (EDA) com biópsia, que 
evidenciou tumoração em esôfago proximal com laudo 
de carcinoma epidermóide invasor bem diferenciado. 
DIVISÃO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
• Derivado do sistema nervoso visceral 
(involuntário). 
• Divisão sistema nervoso visceral: aferente e 
eferente. 
• Aferente: recebe informação oriunda de algum 
lugar (periferia). Isto é, conduz informação da 
periferia para o sistema nervoso. 
• Eferente (SISTEMA NERVOVO AUTÔNOMO, 
propriamente dito): manda informações para 
outras regiões, geralmente tem projeções para as 
vísceras. 
o Simpático; 
o Parassimpático. 
• No SNA, há dois neurônios unindo o sistema 
nervoso central e o órgão efetuador: um com corpo 
dentro do SNC (medula ou tronco encefálico → 
neurônios pré-ganglionares) e outro com corpo 
localizado no SNP (neurônios localizados em 
gânglios: neurônios pós ganglionares). 
 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO 
AUTÔNOMO 
• Neurônios pré-ganglionares: corpos celulares na 
medula ou tronco encefálico. 
o Medula: do 1º ao 12º segmento torácico (T1 até 
T12), nos dois primeiros segmentos lombares 
(L1 e L2) e nos segmentos S2, S3 e S4 da medula 
sacral. 
o Axônio do neurônio pré-ganglionar, envolvido 
pela bainha de mielina e bainha de neurilema, 
constitui a fibra pré-ganglionar. Essa fibra faz 
sinapse com neurônio pós-ganglionar. 
• Neurônios pós-ganglionares: corpos nos gânglios 
do SNA, envolvidos por células neurogliais 
chamadas de anficitos. São neurônios multipolares. 
o Axônio do neurônio pós-ganglionar é envolvido 
apenas pela bainha de neurilema e constitui a 
fibra pós-ganglionar. Fibra amielínica com 
neurilema (fibra de Remak). 
COMPONENTE AFERENTE 
• As fibras viscerais aferentes conduzem impulsos 
nervosos originados em receptores situados nas 
vísceras (visceroceptores), captando estímulos. 
• A grande maioria das fibras aferentes que veiculam 
a dor visceral acompanha as fibras do sistema 
nervoso simpático, fazendo exceção as fibras que 
inervam alguns órgãos pélvicos que acompanham 
nervos parassimpáticos. 
• Os impulsos aferentes passam por gânglios 
sensitivos. No caso de impulsos que penetram 
pelos nervos espinhais, estes gânglios são os 
gânglios espinais. 
 
• Representação de um gânglio da raiz dorsal 
(neurônio pseudo-unipolar). 
• Nervo espinal: fibras aferentes (entram no SNC) e 
fibras eferentes (partem da medula espinal em 
direção a periferia). 
• Um dos neurônios aferentes provém do terminal 
víscero-sensorial, conduz informação para o 
interior da medula espinal, faz sinapse com outro 
neurônio (pré-ganglionar) que se dirige para uma 
cadeia de gânglios, fazendo sinapse com outro 
neurônio, que dirige seu axônio a um terminal 
viscero-motor. 
DOR AFERIDA 
• Vísceras não possuem dor em local específica. 
 
2 BBPM III Anatomia 
• Geralmente ocorre dor em alguma região 
inespecífica 
• Territórios cutâneos: regiões no corpo em que se 
sente dor devido a alguma disfunção visceral. 
• Na dor referida, os sinais transmitidos pela 
ativação de nociceptores de uma víscera podem ser 
percebidos como dor em uma região cutânea 
distante. 
• Porção aferente do sistema nervoso autônomo 
segue o mesmo caminho aferente que a informação 
da pele. 
• As sinapses com informações aferentes das 
vísceras e da pele são feitas com o mesmo 
neurônio. Assim, quando essa informação ascende 
pelo trato espinotalâmico, ocorre uma captação da 
informação da pele (tal trato capta melhor 
informações provenientes da pele). 
 
• Ambos, víscera e pele, estimulam o mesmo 
neurônio de segunda ordem, sendo assim, a 
informação é interpretada como sendo da pele e 
não da víscera. 
COMPONENTE EFERENTE 
• Duas divisões: 
o Simpática; 
o Parassimpática. 
• Todas as vísceras recebem inervação simpática e 
parassimpática. Todavia, em algumas regiões 
sobressaem mais um tipo de inervação que outro. 
Excessão: glândula suprarrenal só possuem 
inervação simpática. 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
 ASPECTOS ANATÔMICOS: 
• Tronco simpático: 
 
o Principal formação anatômica do sistema 
simpático. 
o Cadeia de gânglios paravertebrais, 
encontrada próxima à medula espinal. 
o Gânglios são unidos por meio de ramos 
interganglionares. 
o Cada tronco simpático estende-se, de cada lado, 
da base do crânio (região cervical) até o cóccix 
(região sacral), onde termina unindo-se com o 
do lado oposto. 
o Existem dois gânglios de cada lado da coluna 
vertebral ao percorrer o tronco simpático, com 
exceção da região sacral, que possui apenas um 
gânglio (ímpar). 
➔ Na porção cervical do tronco simpático, 
temos classicamente três gânglios: cervical 
superior, cervical médio e cervical inferior. O 
gânglio cervical médio, frequentemente, não 
é observado no homem. Usualmente o 
gânglio cervical inferior está fundido com o 
primeiro torácico, formando o gânglio 
cervicotorácico ou estrelado. 
➔ O número de gânglios na porção torácica do 
tronco simpático é geralmente menor (10 a 
12) que o dos nervos espinhais torácicos, 
pois pode haver fusão de nervos vizinhos. 
➔ Na porção lombar, há de três a cinco 
gânglios, na sacral, de quatro a cinco, e na 
 
3 BBPM III Anatomia 
coccígea, apenas um gânglio, o gânglio ímpar 
(união dos dois troncos simpáticos de cada 
lado). 
o Nessa cadeia, encontram-se neurônios, que 
recebem informações de neurônio pré-
ganglionar (corpo celular na coluna intermédio 
lateral → medula espinal). 
o Esse neurônio pré-ganglionar faz sinapses 
dentro do gânglio, com o neurônio ganglionar. 
o Axônio do neurônio ganglionar vai até os 
terminais visceromotores, por meio de fibras 
pós-ganglionares. 
• Ramos comunicantes: 
o Unindo o tronco simpático aos nervos espinhais 
(que estão saindo da medula), existem filetes 
nervosos denominados ramos comunicantes, 
de dois tipos: 
➔ Ramos comunicantes brancos: 
-Ligam a medula ao tronco simpático; 
-São fibras pré-ganglionares e fibras 
aferentes viscerais. Ou seja, são fibras que 
possuem bainha de mielina. 
-T1-L2 (já que os neurônios pré-
ganglionares só existem nesses 
segmentos). 
➔ Ramos comunicantes cinzentos: 
-Fibras pós-ganglionares (estão saindo do 
neurônio ganglionar); 
-Fibras amielínicas (coloração: cinzas). 
-Liga o tronco simpático a todos os nervos 
espinhais. 
-Como o número de gânglios do tronco 
simpático é frequentemente menor que o 
número de nervos espinhais, de um gânglio 
pode emergir mais de um ramo 
comunicante cinzento. 
 
• Nervos esplâncnicos e gânglios pré-vertebrais: 
o Gânglios pré-vertebrais: 
➔ Gânglios próximos a vasos sanguíneos, 
presentes na cavidade abdominal. 
➔ Alojados muito próximos a grandes vasos 
sanguíneos. 
➔ Localizados anteriormente à coluna 
vertebral e à aorta abdominal. 
➔ Existem: dois gânglios celíacos (direito e 
esquerdo), situados na origem do tronco 
celíaco; dois gânglios aórtico - renais, na 
origem das artérias renais; um gânglio 
mesentérico superior e outro mesentérico 
inferior, próximo à origem das artérias de 
mesmo nome. 
➔ Recebem fibras pré-ganglionares, que sai 
do nervo espinal indo em direção a um 
gânglio pré-vertebral. Essa fibra é chamada 
de nervo esplâncnico. 
➔ Saem deles fibras pós-ganglionares. 
o Nervos esplâncnicos: 
➔ Fibras pré-ganglionares quenão fizeram 
sinapse com gânglios espinais. 
➔ Fibras pré ganglionares que saem do nervo 
espinal em direção aos gânglios pré-
vertebrais. 
➔ Essas fibras pré-ganglionares passam pelos 
gânglios paravertebrais sem, no entanto, 
fazerem sinapses aí. 
➔ Possuem trajeto descendente, atravessam o 
diafragma e penetram na cavidade 
abdominal, onde terminam em gânglios pré-
vertebrais. 
➔ Divididos em três tipos: 
-Maior; 
-Menor; 
-Imo. 
➔ Os três tipos de nervos esplâncnicos saem da 
cavidade torácica e vão em direção à 
cavidade abdominal. 
➔ Os nervos esplâncnicos maior e menor 
terminam nos gânglios celíaco e aórtico-
renal, respectivamente. 
OBS.: Os corpos vertebrais pré-ganglionares da 
atividade simpática só são encontrados na medula 
espinal torácica até a lombar alta. 
➔ Terminam em gânglios pré-vertebrais: 
-Anteriormente a coluna vertebral e artéria 
aorta abdominal; 
-Próximo a origem dos ramos abdominais: 
Os nervos esplâncnicos maiores e menores 
terminam em: gânglios celíacos (tronco 
 
4 BBPM III Anatomia 
celíaco) e gânglios aórticos-renais 
(adjacência das artérias renais) 
Imo vai em direção ao: gânglio mesentérico 
superior (a. mesentérica superior) e gânglio 
mesentérico inferior (a. mesentérica 
inferior) 
• Gânglios pré-vertebrais nas emergências de 
grandes vasos, uma vez que vasos sanguíneos se 
dirigem aos órgãos efetores. Fibras pós-
ganglionares seguem junto às artérias até os 
órgãos. 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: LOCALIZAÇÃO 
DOS NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES E 
DESTINO DAS FIBRAS PRÉ-GANGLIONARES 
• Neurônio pré-ganglionar: 
o Corpo celular localizado na coluna lateral da 
medula espinal (T1-L2 → região torácica até 
lombar alta). 
• Fibras (axônio) pré-ganglionares: 
o Saem pela raiz ventral. 
o Ganham o tronco do nervo espinhal e seu ramo 
ventral, de onde passam ao tronco simpático 
pelo ramo comunicante branco. 
o Fibras terminam fazendo sinapse com os 
neurônios pós-ganglionares. 
o Destinos possíveis da fibra: 
➔ Gânglio paravertebral no mesmo nível; 
➔ Gânglio paravertebral em um nível acima ou 
abaixo (por meio dos ramos 
interganglionares); 
*Esses níveis podem ser, inclusive acima de 
T1 ou baixo de L2, ou seja, em níveis onde 
não emergem fibras pré-ganglionares 
simpáticas da medula (não existindo ramos 
comunicantes brancos). 
➔ Gânglio pré-vertebral via nervos 
esplâncnicos (fica em direção aos vasos 
sanguíneos). 
*Fibras pré-ganglionares chegam pelos 
nervos esplâncnicos (considerados 
verdadeiros ramos comunicantes brancos 
muito longos). 
*Fibra passa pelo gânglio paravertebral mas 
não faz sinapse lá. 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: LOCALIZAÇÃO 
DOS NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES E 
DESTINOS DAS FIBRAS PÓS-GANGLIONARES 
• Neurônios pós-ganglionares: 
o Gânglios paravertebrais e pré-vertebrais 
(próximos dos ramos da artéria aorta 
abdominal). 
o Desses gânglios, saem fibras pós ganglionares 
para vísceras (glândula, músculo liso ou 
cardíaco) seguindo o seguinte trajeto: 
➔ Por intermédio de um nervo espinhal: fibras 
voltam ao nervo espinhal via ramo 
comunicante cinzento e se distribuem no 
território do nervo. 
➔ Por um nervo independente: o nervo liga 
diretamente o gânglio à víscera (ex.: nervos 
cardíacos cervicais). 
➔ Por intermédio de uma artéria: as fibras pós-
ganglionares acolam-se à artéria e a 
acompanham em seu território de 
vascularização. Fibras pós-ganglionares que 
se originam nos gânglios pré-vertebrais. 
 
*Fibra pré-ganglionar na altura de T10, com nervo 
esplâncnico, saindo em direção ao gânglio aórtico 
renal. Daí, as fibras vão em direção à adrenal, inervado 
tanto o córtex quanto a medula. 
o Filetes vasculares: 
➔ Do tronco simpático e dos gânglios pré-
vertebrais, saem filetes nervosos que se 
acolam à adventícia das artérias e seguem 
com elas até as vísceras. 
-Gânglios pré-vertebrais: filetes acolam-se a 
artéria aorta abdominal e seus ramos. 
-Do tronco simpático: emergem filetes 
nervosos que chegam às vísceras por um 
trajeto independente das artérias. 
-Nervo carotídeo interno: forma plexo 
carotídeo interno. 
OBS.: fibras simpáticas adentram na cabeça seguindo 
os vasos sanguíneos, uma vez que não existem gânglios 
autônomos na cabeça. 
 
5 BBPM III Anatomia 
 
As fibras pré-ganglionares relacionadas com a 
inervação da pupila originam-se de neurônios situados 
na coluna lateral da medula torácica alta (T1 e T2). 
VOLTANDO AO CASO CLÍNCO 
• Inervação simpática da pupila e a síndrome de 
Horner. 
• Inervação do músculo constritor da pupila é feita 
por uma divisão do sistema nervoso autônomo 
denominada parassimpática. 
• A dilação da pupila é realizada por fibras 
simpáticas. 
o Neurônio pré-ganglionar na região torácica alta 
→fibras saem pore raízes ventrais → axônio do 
neurônio segue junto com o nervo espinal 
correspondente → entra dentro da cadeia de 
gânglios (tronco simpático) pelos ramos 
comunicantes brancos → faz sinapse no gânglio 
cervical superior, com neurônios pós-
ganglionares → axônio/fibra do neurônio pós-
ganglionar sai do gânglio, sobe no nervo e no 
plexo carotídeo interna e vai se acolar a 
adventícia da carótida interna, entrando no 
crânio. Artéria atravessa seio cavernoso → 
fibras se destacam → sinapse com gânglio ciliar 
(parassimpático) → ganham o bulbo ocular, 
através dos nervos ciliares curtos → formam 
plexo no músculo dilatador da pupila. 
➔ Na altura do nervo óptico, suas fibras vão se 
deslocar, chegando à musculatura intrínseca 
do globo ocular. 
o Pouca intensidade de luz: atividade do sistema 
nervoso para dilatar pupila. 
o Muita luz: atividade neuronal para inibição da 
dilatação e manutenção da atividade 
parassimpática (constrição da pupila). 
• Paciente: 
o Foi submetida à Ressonância magnética (RM) 
de crânio. O laudo concluiu discreta doença 
cérebro vascular microangiopática e pequenos 
focos de hemorragia crônica. O doppler das 
artérias carótidas foi normal, sem sinais de 
dissecção. 
o A paciente foi submetida à TC do pescoço. 
➔ Lesão circunferencial condicionando 
importante espessamento e irregularidade 
da parede do esôfago em seu terço médio. 
➔ Massa tumoral pressionando o esôfago. 
 
o Rechaçando as estruturas adjacentes, de 
maneira mais evidente a porção inferior da 
laringe e o terço proximal da traqueia. 
o Evidenciando que a massa tumoral comprimia 
plexo simpático do lado esquerdo e nervo 
laríngeo recorrente. 
• A síndrome de Horner é caracterizada pela tríade: 
o Ptose parcial: paralisia do músculo tarsal (de 
Muller), que é inervado pela via simpática. 
o Miose: diminuição do diâmetro da pupila 
(paralisia do musculo dilatador da íris) → a 
pupila fica contraída por ação do 
parassimpático, não contrabalanceado pelo 
simpático. 
o Anidrose: lesão da inervação simpática das 
glândulas sudoríparas resultando numa 
deficiência na produção de suor (interrupção da 
inervação simpática para a pele. 
o A presença de anidrose unilateral seja apenas 
na face, pescoço ou corpo é um bom indício de 
síndrome e Horner. 
o Outros sintomas menos comuns são rubor facial 
ipsilaretal. 
 
6 BBPM III Anatomia 
o De acordo com a topografia, a síndrome pode 
ser classificada: 
➔ Central (do hipotálamo ao nível C8-T2 da 
medula espinhal); 
➔ Pré-ganglionar (da saída da medula ao 
gânglio cervical superior C3 a C4) → CASO 
DA PACIENTE; 
➔ Pós-ganglionar (do gânglio cervical ao 
músculo dilatador da pupila). 
o A síndrome de Horner de causa central: enfarte 
medular lateral, AVC, tumores e lesões 
desmielinizantes que afetem o trato simpático 
no hipotálamo, mesencéfalo, ponte, bulbo ou 
medula espinhal cervicotorácica. 
o A causa pré-ganglionar: infarto do tronco 
cerebral, neoplasias esofagianas são causas 
incomuns, pois raramente a extensão tumoral 
atinge tamanho o suficiente para comprimir o 
plexo simpático, sendo o sintoma neurológico 
mais comum disfonia causadopela compressão 
do nervo laríngeo recorrente, como ocorreu no 
caso relatado. 
o O acometimento pós-ganglionar: muitas vezes 
indica lesão da artéria carótida interna, como 
uma dissecção arterial, trombose, ou aneurisma 
do seio cavernoso. 
o O diagnóstico é clínico, mas além do exame 
físico os exames complementares como 
ressonância magnética, tomografia 
computadorizada e doppler de carótidas são 
úteis para determinar a etiologia e o nível onde 
o plexo simpático está sendo comprimido. 
• Rubor malar ipsilateral: devido à deficiência das 
glândulas sudoríparas (pele seca) e disfunção dos 
vasos sanguíneos. 
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO 
• Neurônios situados no tronco encefálico e na 
medula sacral. 
PARTE CRANIANA: 
• Constituído por alguns núcleos do tronco 
encefálico, gânglios e fibras nervosas em reação 
com nervos cranianos. 
• Corpos do neurônios pré-ganglionares estão 
localizados nos núcleos (dentro do tronco 
encefálico). As fibras pré-ganglionares atingem os 
gânglios por meio de pares de nervos cranianos. 
o III (núcleo do nervo oculomotor) – gânglio 
ciliar; 
o VII (núcleo do nervo facial) – gânglio 
pterigopalatino; 
o IX (núcleo do nervo glossofaríngeo) – gânglio 
ótico. 
o X (núcleo do nervo vago) – parede de vísceras e 
do tubo digestivo, neste último integra o plexo 
submucoso e mioentérico. 
o Os gânglios estão relacionados com ramos do 
nervo trigêmeo. Este nervo, ao emergir do 
crânio, não tem fibras parassimpáticas, 
recebendo-as durante seu trajeto através de 
anastomoses com os nervos VII e IX. 
PARTE SACRAL: 
• Neurônios pré-ganglionares estão na altura de S2, 
S3 e S4. 
o Fibras pré-ganglionares saem pelas raízes 
ventrais dos nervos sacrais correspondentes. 
o Ganham o tronco destes nervos para formar os 
nervos esplâncnicos pélvicos. 
o Por meio destes terminam fazendo sinapse nos 
neurônios pós-ganglionares. 
o Os nervos esplâncnicos pélvicos são também 
denominados nervos eretores, pois estão 
logados ao fenômeno da ereção. 
o Nervos eretores (acompanham o nervo 
pudento) → participam do mecanismo da 
ereção (precisa de atividade parassimpática e 
pouca simpática, resultando na liberação de 
óxido nítrico). 
➔ Orgasmo: atividade simpática e pouca 
atividade parassimpática → redução da 
liberação de óxido nítrico → cessa ereção. 
 
• Plexos viscerais: 
 
7 BBPM III Anatomia 
o Emaranhado de filetes nervosos e gânglios, 
constituindo os plexos viscerais, nas cavidades 
torácica, abdominal e pélvica. 
o Comuns na cavidade pélvica. 
o Não são puramente simpáticos e 
parassimpáticos. 
o Contém elementos dos dois (simpático e 
parassimpático) e fibras aferentes viscerais: 
➔ Fibras simpáticas pré-ganglionares (raras) e 
pós-ganglionares; 
➔ Fibras parassimpáticas pré e pós 
ganglionares; 
➔ Fibras viscerais aferentes; 
➔ Gânglios do parassimpático e gânglios pré-
vertebrais do simpático. 
o No plexo entérico, existem também neurônios 
não ganglionares. 
 
• Diferenças anatômica entre fibras simpáticas e 
parassimpáticas: 
o Fibras nervosas do sistema nervoso simpático: 
fibra pré-ganglionar é geralmente mais curta e 
a fibra pós ganglionar é geralmente bem longa 
(gânglio fica bem distante das vísceras). 
Geralmente para as fibras simpáticas: há uma 
fibra pré-ganglionar para mais de dez fibras 
pós-ganglionares. 
o Fibras nervosas do sistema nervoso 
parassimpático: fibra pré-ganglionar é bem 
longa para chegar até o gânglio e a fibra pós-
ganglionar é curta (gânglio próximo da víscera). 
Do núcleo do nervo facial sai uma fibra que se 
divide para inervar glândulas. 
• De modo geral, o sistema simpático tem ação 
antagônica à do parassimpático em um 
determinado órgão. 
o Ativação das glândulas salivares: os dois 
sistemas aumentam a secreção, embora a 
secreção produzida por ação parassimpática 
seja mais fluida e muito mais abundante. 
o Os dois sistemas colaboram e trabalham 
harmonicamente na coordenação da atividade 
visceral. 
o Diferenças fisiológicas: 
➔ Sistema parassimpático tem ações 
localizadas a um órgão ou setor do 
organismo. Já no sistema simpático, embora 
possam ser localizadas, as ações tendem a 
ser difusas, atingindo vários órgãos. 
➔ Gânglios do parassimpático estão próximos 
das vísceras, fazendo com que o território de 
distribuição das fibras pós-ganglionares seja 
necessariamente restrito. 
➔ Além disso, no sistema parassimpático, uma 
fibra pré-ganglionar faz sinapse com um 
número relativamente pequeno de fibras 
pós-ganglionares. Já no sistema simpático, os 
gânglios estão longes das vísceras e uma 
fibra pré-ganglionar faz sinapse com grande 
número de fibras pós-ganglionares que se 
distribuem em territórios maiores. 
• Ativação simpática é difusa: age em vários 
gânglios. De forma súbita e generalizada (corpo 
todo). 
o Situação de fuga → ativação simpática: 
➔ Ativação de neurônios pré-ganglionares 
simpa´ticos da coluna lateral, de onde os 
impulsos nervosos ganham os diversos 
órgãos, iniciando a reação de alarme 
(prepara indivíduo para esforço físico). 
➔ Aumento das condições hemodinâmicas nos 
músculos, devido ao aumento do ritmo 
cardíaco, aumento da circulação coronária, 
vasocontrição nos vasos mesentéricos e 
cutâneos, para mobilizar maior quantidade 
de sangue para músculos estriados. 
➔ Saliva: mais espessa 
o Sistema simpático é responsável pela 
ejaculação e o parassimpático pela ereção. 
o Orgasmo (depois que acaba → ativação maior 
do parassimpático). 
• Sistema parassimpático (age de forma mais 
focada) tem menos fibras nervosas que o 
simpático. Apesar disso, sistema parassimpático é 
mais eficiente. 
➔ Ativação parassimpática: quando você está 
com fome (saliva mais fluida). 
 
8 BBPM III Anatomia

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