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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

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APTRAESP 
 
 Associação Profissional dos Técnicos em Radiologia e Auxiliares 
 Do Estado de São Paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Almir Inácio da Nóbrega 
 Aimar Aparecida Lopes 
 Elvira Barbosa Miranda 
 
 
 2 
 JUNHO / 2001 
 
Almir Inacio da Nobrega 
 
 Técnico em Radiologia - Biólogo. 
 Professor de Ressonância Magnética Nuclear e Radiologia Digital no 
Centro Universitário São Camilo - SP. 
 Técnico em Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética 
Nuclear nos Hospitais Santa Catarina e Oswaldo Cruz de São Paulo. 
 
Aimar Aparecida Lopes 
 
 Técnica em Radiologia 
 Técnica em Ressonância Magnética Nuclear no Hospital Alvorada – 
SP. 
 Instrutora do curso de Mamografia da APTRAESP. 
 
Elvira Barbosa Miranda 
 
 Técnica em Radiologia - Biomédica. 
 Professora de Técnicas de Diagnóstico por Imagem no Centro 
Universitário São Camilo – SP 
 Técnica em Ressonância Magnética Nuclear no Hospital Santa 
Catarina - SP 
................................................................................... 
 
Curso: Introdução à Imagem por Ressonância Magnética Nuclear 
Realização: APTRAESP – Associação Profissional dos Técnicos em 
 Radiologia e Auxiliares do Estado de São Paulo. 
 
 Diretor Presidente: Almir Inacio da Nóbrega. 
 Vice Presidente : Laércio Tonelo. 
 Secretário Geral : Lucia Helena Solha 
 1o. Secretário : Adalberto Marolo de Oliveira 
 2o. Secretário : Aimar Aparecida Lopes 
 Secretário de Finanças: Eugênio Tadashi Arashiro 
 1o. Tesoureiro : Elvira Barbosa Miranda 
 2o. Tesoureiro : Felix Luiz da Silva 
 3 
 
 
Índice 
 
I – PRINCÍPIOS FÍSICOS DE RMN 
 Ressonância Magnética Nuclear 5 
 Magnetização Longitudinal 6 
 O sinal de RMN / F.I.D. 8 
 Relaxação Longitudinal 9 
 Relaxação Transversal 10 
 
II – SEQUÊNCIAS DE PULSOS 
 Seqüências de Pulsos 12 
 Inversion Recovery 13 
 Spin Echo – SE 14 
 Fast Spin Echo – FSE 15 
 Sigle Shot Fast Spin Echo – SSFSE 16 
 Echo Planar Image - EPI 17 
 Gradiente Eco 18 
 
III – FORMAÇÃO DA IMAGEM 
 
 A Equação de Larmor 20 
 Campos Gradientes 21 
 Formação da Imagem 23 
 Gradientes Codificadores Gy / Gx 25 
 O espaço K 27 
 
 
IV – QUALIDADE DA IMAGEM 
 
 Relação Sinal Ruído - SNR 29 
 
 
V - SEGURANÇA 
 Aspectos de Segurança 32 
 Riscos Potenciais 33 
 Riscos Ocupacionais 34 
 
 
VI – EQUIPAMENTO / ACESSÓRIOS 
 
 O Equipamento de RMN 37 
 Bobinas 38 
 Opções de Imagem 39 
 
 4 
 
 
 
VII – EXAMES POR RMN 
 
 Exames por RMN 41 
 RM do Crânio 43 
 RM do Tórax 47 
 RM do Abdômen 51 
 RM do Joelho 54 
 RM da Coluna 60 
 RM da Coluna Cervical 62 
 RM do Ombro 64 
 Angio RMN 65 
 Aq. TOF – Time of Flight 67 
 Aq. 2DTOF 69 
 Aq 3DTOF 70 
 
 
 VIII - P R O T O C O L O S 
 
 CRANIO 71 
 HIPÓFISE 72 
 COL. CERVICAL 73 
 CRANIO ESPECIAL 74 
 COLUNA DORSAL 75 
 COLUNA LOMBO-SACRA 76 
 JOELHO 77 
 OMBRO 78 
 TÓRAX 79 
 ABDOMEN 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
I. Princípios Físicos de RMN 
 
 
 Ressonância Magnética Nuclear 
 
 
 A Ressonância Magnética é um fenômeno físico de troca de 
energia entre forças periódicas (ondas eletromagnéticas) e corpos animados 
de movimento (certos núcleos atômicos). 
 A RM aplicada ao diagnóstico por imagem utiliza-se dos núcleos 
dos átomos de hidrogênio que trocam energia com ondas eletromagnéticas 
aplicadas por pulsos de radiofreqüência. A obtenção da IRM a partir do 
hidrogênio se deve ao fato deste elemento responder à campos magnéticos 
externos e também por ser um dos principais constituintes da matéria 
orgânica, chegando a representar 70 % do corpo humano. A obtenção de 
imagens a partir de outros elementos como o fósforo, por exemplo, também 
é possível, no entanto, a baixa constituição deste elemento inviabiliza o seu 
uso. 
 
 1 - HIDROGÊNIO 
 
 O Hidrogênio é um átomo constituído por uma carga 
positiva no seu núcleo ( próton + ) e uma carga negativa em sua eletrosfera 
(elétron e- ). 
Apresenta movimento de rotação do núcleo (SPIN nuclear) em torno do próprio 
eixo. Este movimento, dependendo do campo magnético externo, pode ser 
discretamente alterado gerando um movimento característico conhecido por 
precessão. 
 
 
2 - MOVIMENTO DE PRECESSÃO 
 
 Quando o átomo de hidrogênio fica submetido à forte 
campo magnético, observa-se uma alteração nas características do spin 
nuclear. 
 6 
 O núcleo, nestas condições, altera o seu eixo giratório de uma 
“linha” para um “cone”, resultado da força externa que atua sobre o átomo. 
 Este movimento é denominado PRECESSÃO, e se assemelha ao 
movimento giratório de um pião no momento em que este está perdendo a sua 
força (cambaleando). 
 
 
 
Movimento de Precessão. 
 
O núcleo do átomo de hidrogênio, reponde 
ao torque da forca magnética externa, 
nestas condições o núcleo se assemelha a um pequeno 
imã. 
 
 
 
 
 
3. MAGNETIZACÃO LONGITUDINAL 
 
 O comportamento do núcleo do hidrogênio como um 
pequeno imã lhe confere uma força magnética microscópica representada pela 
letra “  “ ( força microscópica ). 
 Na IRM a resultante magnética que contribui para a 
formação da imagem está representada pela somatória das forças 
microscópicas de uma grande quantidade de núcleos orientados em uma 
mesma direção. Esta resultante magnética quando observada ao longo das 
linhas de força do campo magnético principal é denominada Magnetização 
Longitudinal. Se as linhas de força estiverem orientadas na direção do 
eixo “Z “ do equipamento a magnetização longitudinal recebe a notação Mz . 
 
 
 
A Magnetizacão Longitudinal é a Forcamagnética resultante no sentido das linhas de 
forca do campo principal. ( Eixo Z” do 
equipamento de RM nos magnetos 
supercondutores ) 
 
 7 
 
 
 
 4.1 - O Equilíbrio Dinâmico: 
 
 Quando um paciente é introduzido no equipamento de RM 
os seus átomos de hidrogênio sofrem uma orientação paralela com as linhas de 
força do campo principal. Nesta situação observa-se que uma grande 
quantidade de hidrogênios se orienta para uma das extremidades do eixo Z 
do equipamento (população de baixa energia) e uma quantidade ligeiramente 
menor se orienta para o lado oposto (população de alta energia). A somatória 
vetorial dos hidrogênios de ambas as populações resulta numa força 
magnética na direção dos prótons de baixa energia denominada magnetização 
longitudinal. 
 Freqüentemente os átomos de baixa energia absorvem 
energia do meio e “pulam”para o lado mais energético. Os átomos de alta 
energia, por sua vez, fazem o contrário, liberam energia para o meio e vão se 
posicionar no lado de baixa energia, estabelecendo o que se conhece por 
equilíbrio dinâmico. 
 Elétrons de baixa energia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e- e- 
 Elétrons de alta energia 
 
 
 4.2 - O Fenômeno da Ressonância aplicado à imagem. 
 
 O fenômeno da ressonância baseia-se em perturbar o 
equilíbrio dinâmico de tal forma que a resultante magnética Mz mude a sua 
 8 
orientação no espaço e vá preferencialmente assumir uma posição no plano 
transversal ( X,Y ). Para que isto ocorra faz-se necessário que corpos em 
movimento (núcleos de hidrogênio em precessão) troquem energia com uma 
força periódica externa (ondas eletromagnéticas de radiofreqüência). 
 Quando as ondas de RF oscilam na mesma freqüência de 
precessão dos núcleos de hidrogênio observa-se o fenômeno da ressonância, 
em outras palavras, os núcleos de baixa energia absorvem a energia das ondas 
externas e “pulam” em grande quantidade para o lado energético, conseguindo 
assim, levar a resultante magnética Mz para o plano transversal. 
 A nova resultante magnética que surge no plano 
transversal assume a denominação Magnetização Transversal - “Mxy “. Esta 
magnetizacão é capaz de induzir corrente elétrica em bobinas 
apropriadas. As correntes observadas nessas bobinas constituem-se, em 
última análise, no SINAL DE RM. 
 
 
 - O Sinal da Ressonância Magnética. 
 
 A força magnética Mxy que surge no plano transversal do 
equipamento é de natureza oscilatória, ou seja, inverte a sua polaridade em 
relação à bobina induzindo corrente elétrica alternada. 
 Todo o sistema de RM está projetado para permitir que a 
forca magnética Mxy induza correntes elétricas apreciáveis em diferentes 
tipos de bobinas. Cada corrente observada nessas bobinas, representa o sinal 
de ressonância magnética proveniente de uma região do paciente. 
 O comportamento do sinal de ressonância é fundamental 
para uma perfeita compreensão dos fatores que interferem na qualidade das 
imagens e como este afeta a relação Sinal/Ruído. 
 
 
 O F.I.D. ( Free Induction Decay ) 
 
 A magnetização transversal é obtida a partir da excitação de 
uma determinada “população” de hidrogênios. Se esta excitação for 
suficiente para provocar uma báscula da resultante magnética de 90 graus, 
dizemos que foi aplicado um pulso de 90 graus ou /2. Se o pulso de 
excitação provocar uma báscula menor da resultante, por exemplo 70 graus, 
teremos uma magnetização transversal parcial. A magnetização transversal 
 9 
parcial permitirá a indução de correntes de menor amplitude, no entanto, 
suficientes para produzir imagens diagnósticas. 
 Mxy 
 
 Pulso 70 graus 
 
 
 
 Mz 
 
 O FID (free inducction decay) ou simplesmente “ 
Queda Livre da Indução” indica que o sinal de RM vai diminuindo de 
intensidade em função do tempo. Isto ocorre porque a população de 
hidrogênios, inicialmente excitada, libera a energia absorvida para o meio, 
buscando o equilíbrio através da recuperação da magnetização longitudinal. 
 
A RELAXACÃO LONGITUDINAL ( T1 ) 
 
 Na busca do equilíbrio dinâmico os prótons que 
absorveram energia no processo de excitação passam a liberá-la para o meio e 
voltam para o estado de menor energia. 
 Os diferentes tecidos do corpo humano recuperam suas 
magnetizações longitudinais em tempos diferentes o que possibilita o estudo 
da RM por contraste em T1. 
 Considera-se T1 de um tecido em particular, o tempo 
necessário para uma recuperação de aproximadamente 63% da magnetização 
longitudinal dos prótons deste tecido. ( Figura ). 
 
 100% 
 
 xy 
 63% 
 
 M 
 Mxy 
 
 
 Mz z T1 t 
 10 
 63% 
 
 
 
 Graficamente podemos visualizar o instante em que 
dois tecidos apresentam o melhor contraste por T1 ( Fig. ) . A 
obtenção da imagem neste momento produz uma imagem de alto contraste . 
 
 Mz 
 
 
 t 
 T1 
 
 
A RELAXAÇÃO TRANSVERSAL ( T 2 ) 
 
 
 Já vimos que quando o pulso de RF é aplicado ao 
paciente uma determinada quantidade de hidrogênio responde pelo fenômeno 
da ressonância. A população de hidrogênios excitada, desvia a resultante 
magnética para o eixo transversal. Nestas condições, todos os átomos que 
contribuem para a resultante transversal, possuem a mesma fase e o valor da 
resultante magnética é máximo, porém, o contraste entre os tecidos é mínimo. 
 Após algum tempo, os átomos excitados alteram 
as suas fases, resultado da interação com átomos vizinhos eda falta de 
homogeneidade do campo magnético principal. 
 É possível obter contraste entre os tecidos 
neste momento. O padrão de imagem estabelecido nestas condições é o que 
conhecemos por T2. Em outras palavras podemos dizer que: T2 é a 
 11 
imagem formada no momento da perda da coerência de fase no plano 
transversal. 
 A principal característica da imagem T2 é que os 
líquidos se apresentam claros. Tecidos musculares, vísceras, parênquimas, 
dão pouco sinal, e se apresentam escuros. 
 O tempo de relaxação transversal ( T2 ) de um 
tecido em particular , é o tempo necessário para que a resultante magnética no 
plano transversal decaia até aproximadamente 37% do seu valor original. 
 
 
 Mxy 
100%........ 
 
 
 
 37%......... 
 
 
 
 T2 t 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
 II - Seqüências de Pulsos 
 
 SEQUÊNCIAS DE PULSOS 
 
 A forma como os pulsos de RF são aplicados 
influenciam o contraste das imagens. É possível a partir da aplicação de pulsos 
de diferentes ângulos obter diferentes contrastes entre os tecidos. 
Alguns conceitos são importantes para uma boa compreensão da dinâmica das 
seqüências .: 
 
 TR ( Tempo de Repetição ) 
 
 É o tempo medido entre o primeiro pulso e a sua repetição. 
 Exemplo: 
 180 180 
 
 90 90 
 t 
 
 
 TR = 400 ms 
 
 TE ( Tempo de Eco ). 
 
 É o tempo medido entre o primeiro pulso e a amplitude máxima do 
sinal de RM (eco). 
 
 180 
 90 sinal 
 
 t 
 
 TE = 20 ms 
 
1 - INVERSION RECOVERY 
 ( Recuperação da Inversão ). 
 13 
 
 É uma sequência que utiliza-se basicamente de 3 pulsos: 
 
 1 pulso de inversão de 180 graus. 
 1 pulso de 90 graus. 
 1 pulso de recuperação de fase de 180 graus. 
 
 Aplicação: - Usada para obtenção de imagens com alto contraste 
 por T1. 
- Suprime o sinal da gordura ou outro tecido em particular, 
 utilizando-se do tempo de inversão adequado. (técnica de 
 saturação ) 
 
 
 180 180 180 180 
 90 sinal 90 
 
 
 T.R. 
 
 TI 
 
 TE 
 
 
 
 
 
 
 R.F. 
 
 Gz 
 
 Gy 
 
 Gx 
 
 Sinal 
 14 
 
 
2 . SPIN ECO 
 
 A sequência spin eco é a mais utilizada. Os padrões de imagem 
T1 , T2 e DP, estão intimamente relacionados com esta seqüência. 
 A seqüência spin-eco constitui-se de 2 pulsos : Um de 
excitação de 90 graus e um de recuperação de fase de 180 graus. 
 Se aplicados 2 pulsos de 180 graus é possível a obtenção de 
imagens em diferentes ponderações. ( D.P. e T2 por exemplo ) 
 
 
 180 180 
 90 90 
 
 
 T.E. 
 
 T.R. 
 
 
 Seqüência Spin Eco com dois pulsos de 180 graus. 
 
 
 
 RF 
 
 
 Gz 
 
 Gy 
 
 Gx 
 
 Sinal 
 
 
 
 15 
 
 
3. A Sequência Fast Spin Eco ( Turbo Spin Eco ) 
 
 A seqüência FSE (TSE) utiliza-se de uma cadeia de pulsos de 180 
graus aplicados à uma única imagem (trem de ecos), fazendo-se variar a 
codificação de fase após cada pulso de refasamento. O vários sinais 
codificados preenchem o espaço K muito rapidamente. Cada linha do espaço K 
é preenchida pela codificação de cada pulso de 180 graus. 
 
 
 
 Seqüência Fast Spin Eco ( Múltiplos pulsos de 180 graus ) 
 
 
 
4 – SEQUENCIA SINGLE SHOT FAST SPIN ECO - SSFSE 
 
 
 A sequência SSFSE utiliza-se de uma cadeia de ecos suficiente para 
preencher todas as linhas do espaço K após um único TR. 
 Para uma matriz 256, são utilizados 256 pulsos de 180 graus após o 
pulso inicial de 90 graus. 
 Uma seqüência completa dura apenas alguns segundos. 
 16 
 Esta seqüência, dado a grande quantidade de ecos produzidos, 
pondera as imagens quase que tão somente em T2 e é muito utilizada nas 
colangiorressonâncias, urorressonâncias e mielorressonâncias. 
 
 
 . . . . . . 
 
 SSFSE - Cadeia longa de ecos 
 
 A Técnica EPI – Echo Planar Image 
 
 A técnica EPI é a maneira mais rápida de se obter imagens 
por RMN. Permite a codificação e preenchimento de todo o espaço K com um 
único TR, sem que para isto, se utilize dos pulsos de refasamento de 180 graus 
como os usados na seqüência FSE. 
 Esta técnica consiste em inverter a polaridade dos gradientes 
codificadores de fase e de freqüência de forma contínua, conseguindo-se 
desta forma, o preenchimento de todo o espaço K em apenas fração de 
segundos. 
 Esta técnica pode ser acoplada às seqüências Spin Eco e também 
por Gradiente de Eco, sendo largamente utilizada nos estudos funcionais de 
difusão, perfusão e ativação por ressonância magnética. 
 
 
 
RF 
 
Gz 
 
Gy 
 
Gx 
 
Sinal 
 
 
 Aquisição Eco Planar ( EPI ) 
 
 17 
 
 
 
 
3 - Seqüência Gradiente de Eco 
 
 
 A seqüência gradiente de eco utiliza-se de um pulso inicial de ângulo 
variável entre 5 e 180 graus ( Flip angle ). 
 O refasamento dos prótons é obtido pela aplicação de um campo 
gradiente invertido. 
 Na seqüência gradiente de eco os tempos TR e TE são muito 
curtos, reduzindo o tempo total do exame, no entanto, observa-se muitos 
artefatos na imagem. 
 
 
 RF 
 
 Gz 
 
 
 Gy 
 
 Gx 
 
 SinalSeqüência Gradiente Eco com Flip Angle de 90 graus 
 
 As seqüências gradiente de eco são muito utilizadas nas aquisições 
vasculares e aquisições dinâmicas por RMN. 
 
 
Principais Sequências de Pulsos . 
 
 18 
 SE ( Spin Eco ): Seqüência convencional em RM, utilizada para obtenção 
de imagens ponderadas em T1, T2 e D.P com alto grau de definição. 
 
 FSE ( Fast Spin Eco / Turbo Eco ) : Seqüência que utiliza múltiplos 
pulsos de 180 graus para um mesmo corte reduzindo drasticamente o 
tempo de aquisição das imagens. O fator turbo ( quantidade de pulsos de 
180 graus) , determina a magnitude da redução da seqüência. 
 
 FSE-XL : Seqüência fast spin eco com tempo de espaçamento mais 
curto entre pulsos de 180 graus. Melhor SNR nas imagens T2. 
 
 SSFSE – Seqüência spin eco com disparo único. ( 128 ou 256 
codificações de fase ) 
 
 I.R. – Seqüência Inversion Recovery. O parâmetro TI ( Tempo de 
inversão) usado nesta seqüência influenciará o padrão da imagem. 
 No equipamento de 1,5 Tesla: 
 TI = 160 ms - Satura a gordura. 
 TI = 800 ms - Aumenta o contraste por T1. 
 TI = 2.200 ms - Satura o sinal do Liquor. 
 
 FLAIR – Seqüência Inversion Recovery com tempo de inversão de 
aproximadamente 2000/2200 ms utilizado para obtenção de imagens T2 
com supressão do sinal do liquor. 
 
 STIR – Seqüência inversion recovery com ponderação T1. 
 
 SPIR – Seqüência inversion recovery com saturação espectral da 
gordura. 
 
 GRE / GRASS / FFE / FISP – Seqüência gradiente eco coerente. 
Imagens ponderadas em T2*. Alta sensibilidade para líquidos. 
 
 SPGR / FFE-T1 / FLASH - Sequência gradiente eco incoerente. 
Imagens gradiente com ponderação T1 e sensibilidade para fluxo. 
 
 FAST GRE / FAST SPGR / TFE / TURBO FLASH : Sequências 
gradiente eco ultra-rápidas. 
 19 
 
 TOF GRE 2D – seqüência vascular pelo método Time of Flight em 
seqüência gradiente eco coerente de aquisição de imagens planas 
bidimensionais. 
 
 TOF GRE 3D – Seqüência vascular pelo método Time of Flight em 
seqüência gradiente eco coerente de aquisição de um volume de imagens. 
 
 TOF SPGR 2D – Seqüência vascular gradiente eco incoerente ( T1W ). 
Aquisição Bidimensional. 
 
 TOF SPGR 3D – Seqüência vascular gradiente eco incoerente ( T1W ). 
Aquisição volumétrica. 
 
 PC 2D – Seqüência vascular gradiente eco phase contrast com 
codificação de fluxo/velocidade. Aquisição bidimensional. 
 
 PC 3D – Seqüência vascular gradiente eco phase contrast com 
codificação de fluxo/velocidade. Aquisição volumétrica. 
 
 CeMRA – Seqüência vascular gradiente eco com contraste a base de 
gadolíneo 
 
 DW-EPI – Seqüência de difusão pela técnica Echo Planar Image. 
 
 PERFUSION-EPI – Seqüência de perfusão pela técnica Echo Planar 
Image. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
 
 
 
 
III - Formação da Imagem 
 
 A Equação de Larmor. 
 
 A frequência com que o próton de hidrogênio precessiona depende: 
 
 1. - Da razão giromagnética “  “ 
 2. - Do campo magnético a que ele é submetido. 
 
 
 
 
 W = Frequência de precessão : Define a quantidade de 
 giros por segundo ( precessão ). 
 Bo = Campo Magnético Principal : Define Intensidade do 
 Campo Magnético do Equipamento 
  = Razão Giromagnética: Constante Característica de 
 cada átomo. Para o Hidrogênio vale: 
 42,58 x 106 Hertz/s. 
 
 A freqüência de precessão de um próton de hidrogênio 
depende do campo magnético que atua sobre o próton e da sua razão 
giromagnética “ ”. 
 Definido a freqüência de precessão de um próton, 
podemos excitá-lo por ressonância a partir da aplicação de uma força 
periódica externa de mesma freqüência. 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando um equipamento de 1,5 T 
 
 Wo = Bo ( 1,5 T ) . ( 42,58 106 Hz/s ) 
 
 Wo = 63,87 . 106 Hz/s 
 
 W = Bo . 
 
 
 
 21 
 Aproximadamente 63 milhões, oitocentos e setenta mil vezes 
por segundo é a freqüência de precessão dos prótons de hidrogênio do corpo 
de um paciente que se encontra no interior de um equipamento de 1,5 Tesla. 
 
 
 Campos Gradientes 
 
 
 A informação obtida pela equação de 
Larmor mostra que para a realização de imagens por ressonância de 
diferentes regiões do corpo é preciso fazer variar o campo magnético numa 
certa direção provocando assim diferentes freqüências de precessão dos 
prótons de hidrogênio ao longo deste campo magnético. 
 Campos magnéticos que variam gradativamente de 
intensidade numa certa direção são denominados campos gradientes. No 
sistema de RM os campos gradientes ocupam os três eixos físicos X, Y, Z, 
respectivamente horizontal, vertical e longitudinal e servem para selecionar o 
plano e a espessura do corte e codificar espacialmente os sinais provenientes 
do paciente. 
 
 Campo Magnético Gradiente ( Intensidade Variável ) 
 
 
 
 
 
 
 
 -4 -2 0 +2 +4 mT 
 
 
 
 
 
 Campos Gradientes são adicionados ao campo 
magnético principal, para diferenciar a freqüência com que prótons de 
diferentes regiões do corpo precessionam. Nestas condições a equação de 
Larmor fica assim definida: 
 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Campos gradientes são adicionados ao longo dos três eixos físicos do 
equipamento. 
 O gradiente responsável pela seleção do corte é denominado Gradiente 
Seletivo ( Gz ). 
 O gradiente codificador da fase é denominado Gy. 
 O gradiente codificador da freqüência ou gradiente de leitura é 
denominado Gx. 
 
 
 
 
 W x = ( Bo + Gx ) .  
 23 
 
 
 
 
 
RM - Formação da Imagem. 
 Codificação espacial. 
 
 Um paciente no interior do magneto experimenta um campo 
magnético proporcional à Bo. Todos os prótons que ficam sob ação do 
campo principal precessionam na mesma freqüência ( Equação de Larmor). 
Para que possamos obter imagens de regiões específicas do paciente é 
necessário codificar espacialmente os prótons, diferenciando-os quanto 
às suas freqüências de precessão, somente desta forma, poderemos 
obter imagens dos pés, do abdômen ou da cabeça do paciente. 
 A codificação espacial é obtida a partir da aplicação de campos 
magnéticos que variam de intensidade numa certa direção, alterando as 
freqüências de precessão dos prótons de hidrogênio na direção do 
campo gradiente. Uma vez codificado espacialmente os prótons de 
hidrogênio, torna-se possível a excitação seletiva de uma região ou corte 
em particular a partir da aplicaçãode pulsos de RF direcionados (campos 
B1 ) . 
 Campos Gradientes 
 
 Campos gradientes são campos magnéticos que apresentam 
variações lineares de intensidade ao longo de uma certa direção 
 24 
aumentando ou diminuindo o campo magnético local. No equipamento de 
RM os campos gradientes atuam a partir do isocentro magnético 
aumentando gradativamente a intensidade em uma direção e diminuindo 
também de forma gradativa a intensidade na direção oposta. No 
isocentro magnético o campo magnético local será sempre equivalente à 
Bo. 
 G+ 
 
 Bo 
 
 
 
 
 G- 
 0.996 T 1.0 T 1.004 T 
 
 
 Uma vez aplicado o campo gradiente os prótons precessionam 
segundo a equação: 
 
 
 
  =  x ( Bo + G ) 
 
 
 
 
 
 
 Gradientes do Sistema de RMN 
 
 O sistema de RM apresenta 3 eixos físicos: 
 
 Eixo Z - Longitudinal 
 Eixo Y - Vertical 
 Eixo X - Horizontal 
 
 Ao longo de cada eixo encontra-se as bobinas gradientes. 
 No momento da formação da imagem as bobinas geram os 
campos gradientes necessários para a seleção do corte e codificação espacial 
do sinal de RM. 
 25 
 O gradiente responsável pela seleção de corte é denominado 
Gradiente Seletivo ( Gz ). Os gradientes que codificam o sinal no plano de 
cortes são denominados; Gradiente de Fase ( Gy ) e Gradiente de Freqüência 
(Gy ). 
 
 
 
 O Gradiente Seletivo ( Gz ) 
 
 O gradiente seletivo é responsável pela determinação do plano 
corte. Quando escolhemos imagens axiais o gradiente seletivo fica posicionado 
ao longo do eixo Z do equipamento. Nestas condições observamos que os 
prótons do paciente apresentam diferentes freqüências de precessão entre os 
pés e a cabeça. Quando a escolha da imagem for coronal o gradiente seletivo 
ficará ao longo do Eixo Y, neste momento os prótons apresentarão diferentes 
freqüências de precessão entre a anatomia posterior e anterior do paciente. 
Nos cortes sagitais o campo gradiente estará ao longo do eixo X e as 
frequências de precessão será diferenciada entre os lados direito e esquerdo 
do paciente. 
 No processo de formação da imagem o gradiente Gz é o 
primeiro a entrar em ação codificando os prótons pela suas freqüências de 
precessão. A aplicação dos pulsos de RF direcionados permite obtenção do 
sinal de RM em qualquer plano ao longo desta direção . 
 
 
Gradiente Codificador de Fase - Gy 
 
 
 Uma vez selecionado o corte, o plano correspondente, precisará 
ainda ser codificado em duas dimensões para a reconstrução de uma imagem 
bidimensional - 2D. 
 Em uma das dimensões a codificação será feita pela fase dos 
prótons de hidrogênio. 
 A codificação por fase é obtida pela aplicação durante um 
determinado período de tempo de uma campo gradiente ao longo de uma das 
direções do plano de corte. O Gradiente aplicado acelera a freqüência de 
precessão fazendo com que a fase dos prótons se diferenciem na direção do 
gradiente. Em RM a codificação pelo gradiente de fase Gy é individual para 
 26 
cada linha da imagem. Imagens de alta resolução, matrizes altas, demoram 
mais tempo para serem adquiridas, por este motivo, é muito comum a 
utilização de matrizes assimétricas ( 256 x 192 por exemplo). 
 
 
Gradiente Codificador de Freqüência - Gx. 
 
 
 A outra dimensão da imagem é codificada pela freqüência de 
precessão dos prótons de hidrogênio. O gradiente responsável por isto é o 
gradiente codificador de freqüência Gx, também denominado gradiente de 
leitura. A denominação gradiente de leitura se deve ao fato do sistema 
interpretar o sinal de RM no momento em que este encontra-se em ação e que 
coincide com o eco verificado na seqüência spin-eco. 
 
A determinação da espessura do corte. 
 
 A espessura de corte pode ser obtida de duas formas: 
- Variando a banda de radio freqüência – B1. 
- Variando a amplitude do gradiente. 
 
 
 
B1 – banda estreita B1 – banda larga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quanto mais larga a Banda RF B1 maior será a espessura 
do corte. 
 
 
 
 
 
 
 27 
 Gradiente de Pequena Rampa Gradiente de Grande Rampa 
 
 
 
 B1 B1 
 
 
 
 
 
 Quanto maior a rampa do gradiente (amplitude) menor será 
espessura de corte. 
 
 
 
O Espaço K 
 
 
 As informações obtidas no processo de codificação 
do sinal são enviadas para uma área do processador de 
imagens definida como espaço “K “. 
 O espaço K armazena as informações dos dados 
brutos relativos às linhas e colunas que formarão a imagem 
por ressonância magnética. 
 Os dados são processados matematicamente pela 
Transformação Bidimensional de Fourier e convertidos em 
escala de cinza. 
 A forma como os dados adquiridos e armazenados 
influenciam a qualidade da imagem. 
 O espaço K pode ser representado graficamente 
como uma matriz composta de linhas e colunas 
correspondentes às da imagem por ressonância. 
 
 
 Representação esquemática do Espaço K 
 
 0 
 0 0 0 
 0 0 0 0 0 
 0 0 0 0 0 0 0 
 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 28 
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 0 0 0 0 0 0 0 
 0 0 0 0 0 
 0 0 0 
 0 
 
 
 
 Freqüência 
 
 
As linhas centrais do espaço guardam as informações 
codificadas por gradientes de baixa amplitude – 
 
 
As linhas periféricas do espaço K guardam as informações 
codificadas pelo gradiente de alta amplitude. 
 
 Sinal forte - 
Baixa resolução. 
 
 Sinal Fraco - 
Alta Resolução. 
 
Preenchimento parcial de dados 
Eco Parcial / Fracional. 
 
A codificação do sinal por gradientes “ negativo/positivo” permite a 
obtenção de informações especulares de sinais invertidos. É possível 
adquirir parcialmente os dados e deixar que o computador “calcule” as demais 
linhas numa análise comparativa. Neste caso será necessária a codificação de pelo 
menos um pólo do gradiente. 
 
 
 
 
 
0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 0 0 0 0 
Isocentro F
A
S 
E 
 29 
 
 
 
 
 
 Gy 
 
 
 Aquisiçãoparcial dos dados. 
 Nos ecos parciais coleta-se aproximadamente 60% dos dados. 
 Os 40% restantes são calculados pelo computador. 
 
 
 
 
IV - Qualidade da Imagem 
 
 SNR - ( Signal to Noise Ratio ) 
 Relação Sinal - Ruído 
 
 
 Em ressonância magnética a qualidade da imagem pode 
ser medida pela SNR (signal to noise ratio ) ou Relação Sinal - Ruido. 
 SNR mede em termos qualitativos o sinal puro de RM. 
Quanto maior o seu valor menor será a influência dos fatores que 
contribuem para a degradação da imagem. 
 O ruído se caracteriza pela formação da imagem 
"granulada" que se sobrepõe à imagem real do objeto, dificultando a sua 
visualização. Imagens com baixos valores de SNR são pobres em 
detalhes, por isso, estamos constantemente preocupados com os 
parâmetros que possam elevar esta relação. 
 
 Principais Fatores que afetam a Relação Sinal-Ruido. 
 
 1 - Intensidade do Campo Magnético Principal - Bo. 
 
 Quanto maior Bo, maior SNR. 
 
 30 
 Altos Campos permitem a excitação de uma maior quantidade de 
 prótons, resultando numa melhora direta do sinal de RM. 
 
 2 - Tipo de Bobina utilizada. 
 
 As bobinas influenciam decisivamente na qualidade das imagens. 
 Basicamente são de 4 tipos:. 
 
 2.1 - Bobina de Corpo: De grandes dimensões, é utilizada nos 
exames que requerem grandes campos de exploração. FOV ( Field of View ) 
maior que 30 cm. 
 
 2.2 - Bobinas de Superfície ( Receptoras ): Os fabricantes 
costumam apresentar diferentes tipos de bobinas que se ajustam de forma 
anatômica aos diferentes órgãos, melhorando com isto a relação sinal-ruído. 
Assim, encontramos bobinas próprias para: punho; joelho; ombro; 
coluna; etc.... Quanto menor a bobina e quanto melhor esta envolver 
o órgão em estudo, melhor será a relação sinal-ruído. 
 2.3 - Bobinas de Quadratura: Duas ou mais bobinas de superfície, 
conjugadas de tal forma a obter simultaneamente o sinal de uma 
mesma região. Apresenta melhor SNR comparada às bobinas de superfície 
comuns. 
 2.4 – Bobinas de Arranjo de Fase ( Phased-Array) : 
 Múltiplas bobinas conjugadas que apresentam melhor 
relação sinal-ruído comparada às bobinas de quadratura. 
 
 
 3. FOV ( Field of View ) - Campo de Visão. 
 Quanto maior o FOV - maior SNR. 
 
 Quando se aumenta o campo de exploração, obtém-se 
uma quantidade maior de prótons no processo de formação imagem, 
conseqüentemente há um aumento de sinal. 
 
 4. THICKNESS – ( Espessura de Corte ) 
 Quanto maior a espessura - maior SNR. 
 
 Maior quantidade de prótons contribuindo no sinal. 
 31 
 
 
 5. NEX - Número de Excitações. 
 Quanto maior o NEX - maior a SNR. 
 
 Na formação da imagem por RM é possível excitar 
mais de uma vez um mesmo tecido e obter múltiplas respostas desta região. 
Quanto maior for o número de excitações, melhor será a relação sina-ruído, 
no entanto, o tempo de aquisição das imagens aumentará na proporção do 
número de excitações utilizado. 
 
 
 
 
 6. MATRIZ 
 Quanto maior a resolução da matriz, menor a SNR. 
 
 Ao contrário da tomografia computadorizada, 
usamos mudar constantemente as dimensões das matrizes das imagens em 
RM . Quanto maior a resolução da matriz, particularmente na direção de 
codificação da fase, maior será o tempo de aquisição da imagem. Com objetivo 
de reduzir os tempos de aquisição das imagens, também usamos trabalhar com 
matrizes assimétricas (192 x 256 por exemplo ) , com a menor dimensão da 
matriz ajustada na direção de codificação da fase. 
 ______________________________________ 
 
 Tempo = TR x NEX x Matriz ( fase ). 
 ______________________________________ 
 Exemplo:. Uma série T1 (Spin Eco) realizada com TR = 500 ms 
2 Nex , e matriz 192 (fase) x 256 (freqüência), leva exatos 3 minutos e 12 segundos 
para se completar. 
 
 7 . - O Tempo de Repetição ( T.R. ) 
 Quanto maior o TR, maior a SNR. 
 
 Aumentando-se o TR permitimos que uma quantidade 
maior de prótons de hidrogênio recuperem a magnetização longitudinal, 
aumentado-se assim a população a ser excitada no próximo pulso. 
 
 32 
 
 8. - BANDWIDTH ( Largura da Banda de Leitura ) 
 Quanto maior BANDWIDTH - menor a SNR. 
 
 A banda de leitura pode ser variável e ajustar-se à amplitude do 
 sinal. 
 Bandas estreitas fazem a leitura de sinal de grande amplitude o 
 que diminui o ruído nas imagens. 
 
 
 
 
 
V - Segurança 
 
 RM – Aspectos de Segurança 
 
 As pessoas envolvidas na marcação dos exames devem apresentar um 
conhecimento mínimo sobre o método, bem como, as suas contra-indicações. 
Este procedimento é importante para se evitar possíveis acidentes. 
 
 Estão contra indicados de realizar o exame os pacientes: 
 
 Portadores de marcapasso cardíaco 
 Portadores de implantes eletrônicos 
 Portadores de grampos de aneurisma ou clips metálicos 
 Com cirurgia pregressa do ouvido interno 
 Que apresentam fragmentos metálicos 
 Que contenham metal no interior de seu(s) olho(s). 
 Gravidez durante o primeiro trimestre(embriogênese). 
 
Apresentam contra indicação parcial os pacientes: 
 
 Portadores de próteses metálicas em geral. 
 Portadores de claustrofobia. 
 Gestantes após o terceiro mês de gravidez. 
 
 33 
 
Nenhum objeto ferro-magnético que possa ser atraído pelo magneto deve 
entrar na sala de exame. 
 E recomendável que o paciente troque de roupa e remova pertences 
como relógios, 
brincos, colares, correntes, adornos de metal para cabelo, celulares, 
pagers, cartões 
magnéticos, bilhetes de metrô ou quaisquer outros objetos metálicos que 
possam sofrer atração magnética. 
 
 
 
 
 
Riscos potenciais em RMN 
 
Objetos metálicos podem transformarem-se em projéteis. 
Interferência elétrica em implantes. 
Torção de objetos metálicos. 
Aquecimento local de tecidos e objetos metálicos. 
Interferência elétrica com a função normal de células nervosas e fibras muscula- 
res (neuroestimulação ). 
 
 O serviço de ressonância deve dispor de cartazes de advertência e sistema 
de segurança nas portas a fim de impedir a entrada de pessoas não 
autorizadas. 
 Nos casos de parada respiratória ou cardíaca,o paciente deve ser retirado 
para fora da sala para o atendimento de emergência. 
 Torpedos de O2, bombas de infusão, equipamentos de monitorização, cadeiras 
de roda e macas não são permitidos dentro da linha de 50 Gauss. Nesta área só 
serão permitidos os equipamentos projetados exclusivamente para RM. 
 
 
Interferência elétrica com implantes eletromecânicos. 
 
O campo magnético pode causar danos aos marcapassos cardíacos, o pulso 
de radiofreqüência pode induzir voltagem, alterando as derivações do 
marcapasso, outros dispositivos também podem ser afetados como os 
 34 
neuroestimuladores, estimuladores do crescimento ósseo e implantes 
cocleares, estes, devem permanecer fora da linha de 5Gauss(G). Já os 
cartões e fitas magnéticas, relógios analógicos, devem ser mantidos fora 
da linha de 10 Gauss(G). 
 
Torção de objetos metálicos. 
 
Nesse caso tratamos da interação dos grampos e clips cirúrgicos e sua 
localização dentro do corpo do paciente e sua interação com o campo 
magnético estático, onde o campo pode causar torção do objeto e lesão do 
tecido adjacente ou local cirúrgico. Nesses casos o risco maior são os clips 
de aneurisma que podem sofrer torção exceto se for conhecido o tipo 
exato e for comprovado que o mesmo não é ferromagnético. Algumas 
próteses de estribo também são contra-indicadas. Recomenda-se que 
seja feito um rastreamento por RX nos casos de pacientes que tenham 
ferimentos por arma de fogo e estilhaços metálicos intraoculares. 
 
 
Aquecimento local de tecidos e objetos metálicos. 
 
O aquecimento de objetos metálicos dentro do corpo do paciente pelo 
pulso de radiofreqüência é outro motivo de preocupação. A absorção de RF 
é medida por Watts por kilograma, sendo a taxa de absorção denominada 
razão de absorção específica (SAR- Specific Absorption Rate ). Para que 
o equipamento possa controlar a absorção de RF torna-se imprescindível 
informar o peso correto do paciente no momento do registro dos seus 
dados. 
Até o momento não se conhece nenhum caso onde o aquecimento tecidual, 
decorrente do deposito de RF, tenha sido prejudicial para o paciente, não 
obstante, as pacientes gestantes no primeiro trimestre de gravidez 
precisam ser avaliadas quanto aos riscos do aumento da temperatura fetal. 
 
 
Interferência elétrica com funções normais das células nervosas e fibras 
musculares. 
 
Os campos magnéticos induzidos por gradiente e que se modificam 
rapidamente podem causar corrente elétrica nos tecidos e podem ser 
 35 
suficientemente grandes para interferir com a função normal das células 
nervosas e fibras musculares. 
 
 
 
 
 
RISCOS OCUPACIONAIS 
 
◊Efeitos biológicos 
 
Não se tem notícia de efeitos biológicos adversos a longo prazo para pessoas 
que trabalham no departamento de RM , por precaução, recomenda-se, que as 
funcionárias grávidas não permaneçam dentro da sala de exames quando os 
gradientes estiverem ativados. 
Com relação aos funcionários do setor de RM deve-se proceder a uma 
investigação do eventual risco potencial de cada um, bem como, oferecer-lhes 
treinamento adequado para condutas de rotina visando as normas de segurança 
em RM. 
 
◊Quenching 
 
É o processo de perda súbita do campo magnético gerado pelas bobinas do 
magneto, de modo que elas deixam de ser supercondutoras e passam a ser 
bobinas de resistência,isto faz com que o hélio escape do banho criogênico 
rapidamente. Este processo pode acontecer por acidente ou por indução manual 
no caso de emergência. A decisão de induzir o quench deve ser tomada em 
conjunto pelo operador, médico e engenheiro do serviço, pois implica em danos 
irreparáveis as bobinas supercondutoras. Os alarmes que detectam a baixa dos 
níveis de O2 na sala e que pode significar escape de gás Hélio, devem sempre 
ser testados, e quando forem acionados, o paciente deve ser removido 
imediatamente da sala de exames. 
 
DICAS DE SEGURANÇA 
 
1-Antes de marcar um exame para um paciente, verifique se ele não se 
enquadra na lista de contra-indicações para este estudo. 
 36 
 
2-Verifique se ele sofre de claustrofobia. 
 
3-Esclareça corretamente o paciente , pois grande parte de sua 
ansiedade é pelo desconhecido. 
 
4-Tente atende-lo e conforta-lo da melhor maneira possível enquanto 
aguarda a sua vez . 
 
5-O paciente deve ser entrevistado antes do início do exame, a fim de 
que se possa investigar cirúrgias feitas, ferimentos por metais, presenca 
de marcapassos e outros. 
 
 
 
6-Assegure-se de que todos os metais foram removidos como: cartões 
magnéticos, jóias, bijouterias, relógios, moedas, chaves, maquiagem e 
todos os objetos metálicos não fixos, inclusive piercings. 
 
7-Tatuagens devem ser cobertas com panos umedecidos e se forem na 
região dos olhos haverá contra-indicação, pois podem se aquecer. 
 
8-Sutiãs e cintos devem ser removidos. A roupa do paciente deve ser 
substituída por avental ou roupão do hospital. 
 
9- Investigue sempre. Os pacientes em geral nada sabem sobre os 
efeitos do forte campo magnético. Cheque as informações do 
prontuário. Retire as duvidas com o acompanhante se este for 
esclarecido. 
 
10- A ansiedade provocada pela claustrofobia pode ser atenuada: 
- Pelo uso de um espelho retrovisor , para que o paciente possa ver a 
saída do túnel do magneto. 
- Posicionando o paciente em decúbito ventral. 
- Pedindo para o paciente manter os olhos fechados ou cobertos por uma 
venda. 
- Removendo o travesseiro a fim de que o rosto do paciente fique mais 
afastado do teto do magneto. 
 37 
- Conversando com o paciente a cada seqüência ou tira-lo brevemente do 
magneto pode ajuda-lo a realizar o exame sem anestesia. 
-iluminar e ventilar o magneto é outra boa idéia. 
-mantendo, se for necessário, o acompanhante do paciente junto a ele 
durante o exame. 
 
 
 
 
 
 
 
VI - O Equipamento de Ressonância Magnética Nuclear 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Magneto - Equipamento de 1.5 Tesla 
 
 
 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Console Equipamento de 1.5 Tesla. 
 
 
 
 
Bobinas 
 
 
 
 
 
 Bobina de Crânio – Head Coil Bobina de Coluna - CTL 
 
 
 
 
 
 39 
 
 
 Bobina de Joelho / Tornozelo Bobina de Punho 
 
 
 
 Bobina de Mama Bobina de Tórax / Abdômen 
 (Breast – Array ) ( Torso – Array ) 
 
 
 
 
Principais opções de imagens: 
 
 Na mesa de comando de um equipamento de ressonância encontramos 
entre as principais opções: 
 
 Seqüência de Pulsos: Parâmetro que nos permite escolher a melhor 
seqüência para o exame. 
 
 Thickness ( Espessura do corte ): Permite a escolha de cortes com 
espessura que variam entre 2 mm e 20 mm. 
 40 
 
 GAP ( Intervalo entre cortes ): Permite a definição do espaçamente 
entre duas imagens. 
 
 Matriz: A matriz em RMN pode ser simétrica ou assimétrica. As 
matrizes assimétricas com a menor dimensão codificada pelo gradiente 
de fase permite a obtenção de imagens com tempos mais curtos. 
 
 Número de cortes # : O número de cortes deve ser definido de forma a 
cobrir a região de interesse. 
 
 Flow Compensation ( FC ) – Compensação do fluxo liquórico. Utilizadonas seqüências vasculares e com ponderação em T2. 
 
 Pré-saturação ( SAT / A-P-L-R-S-I- FAT – WATER ) : Pulso adicional 
de saturação de tecidos e fluxos direcionais. 
 
 No Phase Wrap / Wrap Around / Foldover : Recurso para suprimir os 
artefatos de “dobra da imagem no FOV” ( Aliasing ). O artefato ocorre 
na direção de codificação da fase. 
 
 Respiratory Compensation ( RESP COMP ): Compensa os artefatos de 
movimento na região torácica e abdominal produzidos pela respiração. 
 
 Cardiac Gating : Acoplamento com ECG para evitar os artefatos 
produzidos pelo batimento cardíaco. 
 
 Peripheral Gating: Acoplamento com sensor periférico ( Dedo ) para 
evitar os artefatos produzidos pelo ciclo cardíaco. 
 
 Multi-Phase : Opção para aquisição múltipla de um mesmo planejamento. 
Utilizado nas opções cine RM. ( Acoplamento cardíaco multi-fásico ). 
 
 Echo Train ( Fator Turbo ): Define o número de pulsos de 180 graus na 
seqüência fast spin-eco. 
 
 Variable Bandwith : Define a banda de freqüências utilizadas na leitura 
do sinal de RM. 
 41 
 
 Magnetization Transfer: Pulso adicional de saturação do efeito T2 de 
macromoléculas ( substâncias branca e cinzenta do cérebro ). 
 
 Retangular FOV : Field Of View assimétrico. 
 
 Matriz Retangular: Matriz assimétrica por redução do número de linhas 
de codificação da fase e conseqüente redução do tempo da seqüência. 
 
 NEX / NSA : Número de excitações. Número de medidas. 
 
VII - EXAMES POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
 
 
 
Estão contra indicados de realizar exames de RM os pacientes portadores: 
 
 De marca passo cardíaco. 
 De "Clips " de aneurisma 
 De neuro-estimuladores. 
 
 
Apresentam contra indicacão parcial os pacientes: 
 
 Portadores de próteses metálicas em geral. 
 Portadores de claustrofobia. 
 Gestantes até o terceiro mês. 
 
** Constitui-se num procedimento comum entrevistar o paciente ante do 
exame para determinar se o mesmo apresenta algum risco potencial para esta 
técnica. 
 
 Tabela de Contra-Indicações: 
 
 42 
CLIPS DE ANEURISMA 
 SIM 
 
 
PRÓTESES DE 
ESTRIBO 
 NÃO 
MARCA PASSO CARDIACO SIM 
 
 
PROTESE DENTÁRIA NÃO 
ELETRODO MARCA PASSO SIM 
 
 
PROTESE DE 
QUADRIL 
 NÃO 
PROTESES DE CORDAS 
VOCAIS 
 SIM 
 
 
 STENTS NÃO 
PROJÉTEIS NA REGIÃO 
ORBITÁRIA 
 SIM 
 
 
 PROJÉTEIS ARMA 
FOGO 
 NÃO * 
 
PRÓTESE PENIANA DACOMED/OMNIPHASE GRAVIDEZ 3 MESES 
 
 
 Cuidados Preliminares: 
 
 Antes de iniciar o exame, é imprescindível tomar alguns cuidados, 
para evitar acidentes que, não raramente, se apresentam com gravidade: 
 
 1 . Entrevista com o paciente: 
 
 A entrevista serve inicialmente para coletar as 
informações clínicas que irão ajudar o radiologista na condução do exame e nas 
suas conclusões diagnósticas. Serve também para que possamos orientar o 
paciente do seu procedimento no transcorrer do exame e esclarecer 
eventuais dúvidas sobre o método. 
 Na entrevista devemos investigar ainda se o paciente 
apresenta alguma contra-indicação ao exame. Normalmente os serviços 
dispõem de questionários prontos com esta finalidade. 
 
2. Informações importantes a serem transmitidas: 
 
 O tempo de exame ( Em média de 20 minutos à 01 hora ) 
 O barulho que o paciente vai ouvir durante as aquisições das 
imagens. 
 A possibilidade de comunicação com o operador nos intervalos 
entre as séries. 
 A imobilidade que o paciente deverá manter, principalmente 
durante o barulho. 
 43 
 A comunicação de qualquer fato estranho que possa ocorrer 
durante o exame ( calor, cefaléia, etc... ) 
 
 
 Durante o exame é importante o operador estabelecer uma comunicação 
com o paciente, isto costuma tranquilizá-lo e evita aquela sensação de ter sido 
abandonado. É importante estarmos atentos também aos eventuais estados 
de angústia ou ansiedade, situação comum na rotina diária. 
 
 
 
 
 
 
 1. - RM DO CRANIO 
 
 
 A RM do crânio está indicada principalmente: 
 
 Nas pesquisas de Tumores 
 Nos processos Inflamatórios 
 Nos estudos das alterações da substância branca e cinzenta. 
 Nas malformações. 
 Nos estudos vasculares; venoso e/ou arterial. 
 Nas patologias isquêmicas. 
 Nas síndromes convulsivas. 
 Em análises funcionais. 
 Em estudos de espectroscopia por RM. 
 
 
 O exame do crânio segue na maior parte dos serviços um 
protocolo básico compreendido por: 
 Série Sagital T1. 
 Série Axial T2. 
 Série Axial FLAIR. 
 Série Coronal T2. 
 
 
 44 
 Sagital T1 
 
A série Sagital T1 é a primeira a ser 
realizada. Normalmente são feitos de 
15 à 20 cortes com 5 mm de espessura 
e “gap” de 2 mm em seqüência spin-eco 
ou turbo spin-eco. 
A seqüência sagital T1 permite um 
estudo anatômico no plano sagital e 
serve de imagem de planejamento para 
as demais séries. 
 
 
Axial T2 
 
 A série axial T2 apresenta 
alta sensibilidade para a maior parte 
das patologias cerebrais. A capacidade 
de demonstrar hipersinal dos líquidos 
permite, muitas vezes, demonstrar 
edemas associados à tumores, traumas, 
processos infecciosos, etc... 
 Nesta série os cortes 
devem cobrir todo o parênquima 
cerebral, indo desde a região do 
forame magno até a região do seio 
sagital superior. Os planos de cortes são paralelos ao plano formado pelas 
comissuras anterior e posterior do encéfalo. Normalmente são feitas 20 
imagens de 5 mm de espessura e 2 mm de gap. 
 
Axial FLAIR 
 
 A técnica FLAIR ( Fluid 
Atenuated Acquisition in Inversion 
Recovery) é obtida através da 
sequência Recuperação da Inversão, 
onde o tempo de inversão é da ordem 
de 2200 ms. Esta técnica permite a 
 45 
saturação do líquido cefalorraquidiano e produz uma imagem na ponderação 
DP (Densidade Protônica) onde o líquido cefalorraquidiano se apresenta 
escuro (em hiposinal). 
 A sequência FLAIR é muito útil para diferenciar o sinal de 
edemas, coleções, tumores com conteúdo líquido, do líquido 
cefalorraquidiano normal presente no encéfalo. 
 O planejamento da seqüência Axial Flair é o mesmo da seqüência 
Axial T2. 
 
Coronal T2 
 
 A série Coronal T2 apresenta a mesma sensibilidade da série 
Axial T2, no entanto, a visão coronal 
pode ser útil na localizaçãoe no 
dimensionamento de patologias neste 
plano. 
 Os cortes da série Coronal 
T2 devem, na medida do possível, 
serem perpendiculares aos cortes 
axiais. A espessura média é de 5 mm, 
com gap de 2 à 3 mm. 
 
 
 
 
 
A partir deste protocolo básico e em função das informações clínicas o 
médico radiologista planeja a continuidade do exame. O uso do contraste 
será importante nas pesquisas de tumores, processos 
inflamatórios/infecciosos e sempre que houver quebra na barreira hemato-
encefálica. 
 
 Nas síndromes convulsivas o estudo dos lobos temporais e da 
região hipocampal será feito em cortes coronais perpendiculares aos lobos 
temporais, com pequena espessura dos cortes (3 ou 4 mm ) e nos padrões 
de imagem T2 e FLAIR. 
 
 46 
 As isquemias cerebrais, particularmente as de instalação 
recente, são estudadas pelas técnicas de difusão e perfusão e 
freqüentemente também complementadas com angiorressonância arterial. 
 
 A angiorressonância cerebral constitui-se num exame à parte 
e poderá ser arterial ou venosa. Normalmente a angiorressonância 
cerebral dispensa o uso de meio de contraste, pois, seqüências 3D-TOF, 
são capazes de produzir imagens de vasos com alto poder de resolução. 
 
 A espectroscopia refere-se ao estudo do hidrogênio ligado à 
importantes moléculas do metabolismo cerebral, como o N-Acetil 
Aspartato, a Creatinina, a Colina e o Mio-inositol. A concentração dessas 
moléculas pode mudar na presença de doenças como Mal de Alzheimer, 
Esclerose múltipla, tumores, etc... 
 Recentemente com o avanço da técnica Echo Planar Image, 
surgiram os estudos funcionais por RM. Assim, tornou-se possível a 
avaliação por imagem, de regiões do cérebro relacionadas com funções 
sensoriais e inclusive cognitivas superiores, abrindo um novo campo com 
largos horizontes a serem ainda explorados. 
 
 
 EPI - Difusão Espectroscopia 
 Planejamento Axial Planejamento Coronal 
 47 
 
 
 
2 . RM do Tórax 
 
 A RM do tórax está indicada: 
 
 No estudo anátomo-funcional do coração e dos grandes 
vasos da base. 
 Na pesquisa das patologias mediastinais. 
 Tumores. 
 Alterações de parede e musculatura. 
 
 As dificuldades observadas no estudo do tórax estão relacionadas 
principalmente com os movimentos produzidos pela respiração do paciente e 
pelo batimento cardíaco. A monitoração do batimento cardíaco pode ser 
feita por eletrodos torácicos. A monitoração por eletrodos é mais 
eficiente que a monitoração periférica. 
 Os eletrodos usados na RM devem preferencialmente ser de 
carbono, materiais não ferromagnéticos, e posicionados em número de 3 ou 4 
ao redor da área cardíaca. Normalmente usa-se dois eletrodos na região 
superior do hemitórax esquerdo e dois abaixo próximos da ponta do coração. 
Após o acoplamento dos cabos do eletrocardiograma procura-se uma derivação 
que mostre uma onda R de grande amplitude. O reconhecimento da onda R 
pelo sistema de RM permitirá o disparo para aquisição de dados sempre na 
mesma fase do ciclo cardíaco ( GATING ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ECG - Complexo QRS 
 Cortes Multi-fase 
 
 
 48 
 Posicionamento dos eletrodos. 
 
 
 A compensação respiratória é obtida com dispositivos que medem a 
expansão da caixa torácica ( RESP COMP ). O “folley” encontrado na cinta 
do compensador respiratório deve estar posicionado próximo as bases do 
pulmão , local de maior expansão da caixa e, deve trabalhar livre para 
registrar corretamente a respiração do paciente. 
 
 
 
 Posicionamento do compensador respiratório. 
 
 
 Para um estudo anatômico deve-se proceder a aquisição de 
imagens ponderadas em T1 nos três planos fundamentais. Eventualmente 
planos oblíquos por T1 também são realizados como no estudo da aorta com 
cortes prescritos no plano da croça (sagital oblíquo) a partir de uma imagem 
axial. 
 As imagens T2 verdadeiro são pouco utilizadas, restringindo-se aos 
estudos de tumores ou abscessos mediastinais. 
 A maioria das solicitações de estudo de tórax por RM está 
relacionada com o estudo da área cardíaca e dos grandes vasos da base. 
Nesses casos, além da preocupação com a anatomia, que poderemos obter a 
partir de imagens por T1, devemos também nos preocupar com as imagens dos 
vasos e imagens dinâmicas do coração (CINE) . Seqüências gradiente eco 
coerentes e seqüências com utilização de meio de contraste serão 
importantes para os estudos funcionais do coração. 
 As seqüências de fluxo com contraste de gadolínio são 
preferencialmente realizadas com bomba de infusão com velocidades de 
infusão do meio entre 3 e 5 ml por segundo. O início da aquisição dos cortes 
ocorre por volta de 10/12 segundos do início do contraste. Técnicas de 
 49 
disparo automático tipo SMARTPREP são muito úteis. Nestes casos, a área de 
sensibilidade de disparo ( Tracker ) deve ser ajustada na croça da aorta. 
 As seqüências dinâmicas do coração (CINE) utilizam-se 
das aquisições multi-fases ( MultiPhase). Normalmente de 12 à 20 
fases são suficientes para uma apresentação dinâmica do coração. 
 
 R - R 
 R 
 
 
 
 T A I T 
 P 
 
 
 Q S 
 
 
 TD TW 
 
 Complexo QRS : Sístole ventricular. 
 R – R : Tempo entre duas ondas R. 
 TD : Trigger Delay ( Espera para disparo ) 
 TW : Trigger Window ( Janela para disparo ). 
 
 
 
 
 O exame de tórax pode ser feito com a 
bobina de corpo, no entanto, bobinas de 
arranjo de fase envolvendo o tórax do 
paciente apresentam melhores resultados. 
 
 
 
 
 
 
 50 
 
 
 
 
 Axial T1 – Área cardíaca Axial T1 - Mediastino 
 
 
3 . RM do Abdômen 
 
 A ressonância do abdômen está indicada: 
 
 No diagnóstico diferencial de algumas doenças hepáticas. 
 No estudo das vias biliares através da colangiorressonância. 
 No estudo das vias excretoras através da urorressonância. 
 No estudo da vascularização arterial e venosa, incluindo a 
circulação portal. 
 Nos tumores desta região. 
 
 O exame do abdômen deve ser realizado com acoplamento 
respiratório, embora deva fazer parte do protocolo, seqüências 
rápidas que possibilitem a aquisição das imagens em apnéia. 
 O jejum do paciente para este exame deve ser de 6 horas 
para evitar que o peristaltismo prejudique a qualidade das imagens. 
 
 51 
 
 O protocolo básico compreende:1 – Série Localizadora SSFSE no plano coronal. 
 2 – Série Axial T1 - Spin Eco ( Acoplamento respiratório). 
 3 - Série Axial T2 – Fast Spin Eco ( Supressão de gordura ). 
 4 – Série Gradiente Eco (T1) em apnéia. 
 5 – Série Gradiente Eco (T1) pos contraste – (Sup.Gordura ) 
 5.1 - 30 segundos – fase arterial. 
 5.2 - 60 segundos – fase portal. 
 6. – Série Gradiente Eco (T1) pós contraste – Plano Coronal 
 
 Havendo interesse nas vias biliares e/ou excretoras, são 
acresentadas séries SSFSE. 
 
 
 
 
 
 Coronal T1 – Spin Eco Coronal T1 – Gradiente Eco 
 
 
 
 
 52 
 
 
 Série Axial T1 
 
Obtida com 
acoplamento 
respiratório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Axial T2 ( Sup. De 
Gordura ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 53 
 
4. - Ressonância Magnética do Joelho 
 
Estudo de Rotina. 
 
 O estudo do joelho por RM, pode divergir 
entre diferentes serviços em razão principalmente do potencial do 
equipamento, do tipo da bobina e do software utilizados, todavia, 
algumas sequências são básicas e devem fazer parte do protocolo. 
 
 
4.1. O Posicionamento. 
 
 Como em todo método de diagnóstico por 
imagem, o posicionamento do joelho na ressonância magnética 
merece cuidados especiais que serão decisivos para o sucesso do 
exame. 
 A preocupação com o conforto do paciente e 
uma boa estabilidade no posicionamento são fundamentais. É 
recomendável que o paciente seja imobilizado duplamente. Uma 
imobilização na altura do joelho quando o paciente já estiver 
posicionado na bobina específica, e uma imobilização do pé do lado 
do joelho examinado. 
 Na imobilização do joelho pode-se utilizar; 
espumas, isopores ou mesmo tecidos em forma de coxim, de forma 
a impedir que o paciente encontre espaço para movimentar o joelho. 
A imobilização do pé será igualmente importante. Muitos pacientes 
referem apresentar movimentos involuntários durante as 
aquisições das imagens, prejudicando o resultado do exame. No 
pé, a imobilização pode ser feita com um suporte côncavo onde o 
paciente encaixa o tornozelo de forma a impedir o movimento da 
ponta do pé. 
 54 
 A perna deverá estar em leve flexão, cerca de 
15 graus, conferindo maior conforto no posicionamento. O pé 
fica em posição neutra, com a superfície plantar, perpendicular 
ao plano da mesa. Nestas condições, a imagem dos côndilos 
femorais assume uma discreta rotação externa, de forma tal que, 
no posicionamento coronal será possível tangenciar os côndilos por 
igual, resultando numa melhor avaliação comparativa dos côndilos e 
das estruturas adjacentes. 
 
 
4. 2. Parâmetros técnicos 
 
 O resultado do exame do joelho é antes de mais nada 
dependente do equipamento e do tipo de bobina utilizada. Assim, 
as bobinas de superfície, especialmente as de quadratura, com uma 
razoável capacidade de envolver o joelho são as que oferecem a 
melhor relação sinal-ruido, resultando em imagens melhor definidas. 
 A escolha da matriz será um fator determinante na 
qualidade. Matrizes de alta resolução ( 512 x 512 ) apresentam 
riqueza de detalhes, no entanto, o tempo de aquisição das imagens 
fica, muitas vezes, muito prolongado. Há que se levar em 
consideração a relação “tempo-benefício”. 
 Considerando as dimensões das estruturas intra-
articulares, a espessura dos cortes não deverá exceder 5mm. A 
utilização de espessuras menores do que a recomendada precisa 
ser adotada com critério, já que, tende a produzir imagens com 
baixa relação sinal-ruído e, portanto, de baixa qualidade. Neste 
caso poderá ser necessário o aumento do número de excitações, 
resultando no aumento do tempo de exame. 
 De modo geral o exame do joelho requer FOV ( 
field of view ) entre 15 e 18 cm. Cortes finos de 3 ou 4 mm na 
série sagital para avaliação dos meniscos e ligamentos. Alguma 
série com supressão de gordura, colocando em evidência as 
 55 
cartilagens e os meniscos e uma série sensível à presença de 
líquido extra e intra-articular. 
 
 Série: Axial Localizador 
 
 Uma série rápida, preferencialmente no plano 
axial, para visualização dos côndilos femorais e localização 
espacial da articulação do paciente no interior do magneto. 
 Normalmente esta série não precisa ser 
documentada, não exigindo por este motivo o gasto de tempo com 
resolução da imagem. Esta série é quase que exclusiva para o 
planejamento das demais séries do exame. 
 Um número reduzido de cortes geralmente é 
suficiente para fornecer os parâmetros necessários variando entre 
5 e 10 imagens. 
 
 
 Série: Sagital Densidade Protônica. 
 
 A sequência sagital, ponderada em densidade 
protônica, obtida por sequência Spin-Eco ( Fast Spin-Eco / Turbo-
Eco ), realizada com cortes finos e de espessura máxima de 4 mm, 
demonstra de forma clara a anatomia da articulação, destacando-
se: A musculatura, os tendões, os ligamentos, os meniscos e as 
cartilagens. 
 A série Sagital D.P. pode ser substituída por 
uma Sagital T1 com ligeiro prejuízo das imagens das cartilagens 
articulares. Esta série será importante para o planejamento 
total do exame, uma vez que, o seu potencial diagnóstico é muito 
grande. Uma boa parte das patologias que afetam a articulação 
podem ser visualizadas já nestas imagens. 
 O planejamento restante do exame será da 
competência do médico radiologista que certamente levará em 
 56 
consideração a história clínica do paciente e os objetivos do 
estudo. 
 
 Sagital D.P. ( Cruzado Anterior) 
 
 
 Série: Sagital T2 / T2* / T2 com supressão de gordura. 
 
 Em continuidade ao exame uma série sagital 
ponderada em T2 deve ser realizada, seguindo os mesmos 
parâmetros da série sagital D.P. 
 A critério do médico radiologista, poderão ser 
feitas imagens ponderadas em T2 “verdadeiro” ( Spin-Eco / Fast 
/Turbo ), ou T2 “rápido” conhecido por T2* ( Gradiente de Eco 
). Em alguns casos, ou mesmo quando fizer parte da rotina do 
serviço o T2 poderá ainda ser feito com saturação da gordura. 
 A técnica de saturação diminui a intensidade do 
sinal da gordura subcutânea e da gordura presente na medula 
óssea, permitindo assim uma melhor visualização de eventuais 
derrames articulares, da integridade da medula óssea, ao mesmo 
 57 
 
tempo em que, contribui para realçar as imagens das cartilagens, 
muitas vezes demonstrando diminutas áreas de erosão. 
 
 
 
 
 Corte sagital T2 com supressão de gordura 
 
 
 Serie: Coronal D.P. / T1 
 
 O Plano coronal será importante para avaliação 
dos ligamentos colaterais lateral e medial, dos meniscos, e das 
relações destes

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