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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS 
PRÓ-REITORIA DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS 
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
 
 
Estudo de caso na construção e aplicação da FTTH no bairro Vila 
das Palmeiras 
 
 
 
 
 
Autor: Vitor Candido Alves 
Orientador: José Antônio Bento de Andrade 
 
 
 
 
Vassouras 
2021 
2 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS 
PRÓ-REITORIA DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS 
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
 
Estudo de caso na construção e aplicação da FTTH no bairro Vila 
das Palmeiras 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso (TCC), apresentado ao curso 
de Engenharia Elétrica da Universidade de Vassouras, para 
obtenção do grau de Engenheiro Eletricista. 
 
Autor: Vitor Candido Alves 
Orientador: José Antônio Bento de Andrade 
 
 
Vassouras 
2021 
3 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS 
PRÓ-REITORIA DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS 
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
Trabalho de conclusão de curso (TCC), apresentado ao 
curso de Engenharia Elétrica da Universidade de 
Vassouras, para obtenção do grau de Engenheiro 
Eletricista. 
 
Autor: Vitor Candido Alves 
Orientador: José Antônio Bento de Andrade 
 
Banca Examinadora 
___________________________________ 
Prof. José Antônio Bento de Andrade 
(Orientador) 
 
___________________________________ 
Prof. ME José Thomas de Carvalho 
(Primeiro Membro) 
 
___________________________________ 
Prof. Rafael Alves 
(Segundo Membro) 
 
Vassouras 
2021 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 Dedico este trabalho a todas as pessoas que, primeiramente, acreditaram em 
mim, fornecendo apoio, sendo como um alicerce para a chegada deste grande 
momento na minha vida pessoal, acadêmica e profissional, e, também, a todos 
aqueles que contribuíram para a construção do meu conhecimento e aprendizagem. 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço, primeiramente, a deus por me possibilitar essa experiência de cinco 
anos de muita luta e muitos conhecimentos. Aos meus pais, que me apoiaram por 
todo esses anos. A minha esposa, que nunca me deixou desistir dessa batalha. E, 
também, a todos os amigos que fiz durante todos esses anos e hoje seguem comigo. 
 
 
6 
 
EPÍGRAFE 
 “A tecnologia tornou possível a existência de grandes populações. Grandes 
populações agora tornam a tecnologia indispensável”. 
Joseph Krutch – escritor. 
 
7 
 
RESUMO 
Vivemos em um mundo globalizado, onde mais e mais pessoas necessitam de 
acesso à informação e tecnologia através da internet, dessa forma, aumentando, 
inevitavelmente, os meios para que esse acesso seja facilitado. No contraponto, esse 
aumento exponencial da demanda do alcance da internet, imprescindivelmente faz 
com que aumente o uso de cabos de transmissão, ou seja, forçando uma grande 
distribuição em todo o globo. A questão maior sobre um mundo globalizado e digital, 
não está apenas na grande quantidade de pessoas com acesso à internet, mas 
também a qualidade desse acesso (entre outros fatores, como o custo por exemplo). 
E se tratando do quesito qualidade, os meios convencionais (via cabo coaxial e de 
cobre) têm seus limites máximos de transmissão não agradáveis do ponto de vista de 
atingir todo o mundo. Embora que o desenvolvimento de novas tecnologias acabe 
obrigando empresas de telecomunicações a viabilizarem seus projetos de redes, de 
maneira a atender toda essa demanda crescente de usuários e uso dados, há a 
necessidade de um estudo apresentando tais benefícios, tanto para as empresas, 
quanto para os usuários. Nesse contexto então, o presente trabalho apresenta, de 
forma clara e objetiva, a realização de todo um estudo laborioso visando a mudança 
da atual rede HFC (Hybrid Fiber Coax) para uma rede FTTH (Fiber To The Home), 
mostrando e exemplificando uma rede de acesso via fibra óptica, bem como seu custo-
benefício, como provável solução frente ao problema das limitações do tráfego de 
dados. Pois afinal, o serviço realizado atualmente pelas telecomunicações não tem 
sido suficiente para cobrir tais demandas, uma vez que em diversos países 
desenvolvidos já se usa essa tecnologia da fibra óptica, onde se há uma qualidade 
muito superior à que se tem em relação aos cabos de cobre. 
Palavras-chave: Fibra óptica, FTTH 
 
8 
 
ABSTRACT 
 We live in a globalized world, where many people need access to information and 
technology through the internet, in this way, inevitably increasing the means for this 
access to be facilitated. On the other hand, this exponential increase in the demand 
for Internet reach inevitably increases the use of transmission cables that is forcing a 
large distribution across the globe. The biggest issue about a globalized and digital 
world is not only the large number of people with access to the internet, but also the 
quality of that access (among other factors, such as cost for example). And when it 
comes to quality, conventional media (via coax and copper cable) have their maximum 
transmission limits that’s not attractive from the point of view of reaching the whole 
world. Although the development of new technologies ends up forcing 
telecommunications companies to make their network projects viable, in order to meet 
all this growing demand from users and data usage, there is a need for a study 
presenting such benefits, both for companies and for users. In this context, the present 
work presents, in a clear and objective way, the realization of an entire laborious study 
aiming to change the current HFC network (Hybrid Fiber Coax) to an FTTH network 
(Fiber To The Home), showing and exemplifying an access network via optical fiber, 
as well as it’s cost benefit, as a probable solution to the problem of data traffic 
limitations. After all, the service currently carried out by telecommunications has not 
been enough to cover such demands, since in many developed countries this fiber 
optic technology is already used, where there is a higher quality than that’s found in 
connection with copper cables. 
Keywords: Opticalfiber, FTTH, 
9 
 
LISTA DE QUADROS E TABELAS 
Tabela 1 – Custo de implantação de uma rede FTTH no bairro Vila das Palmeiras. 
10 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Fios de fibra Óptica. 
Figura 2 – Discrepância entre os índices de refração entre núcleo e a casca. 
Figura 3 – Modelo da propagação dos feixes ópticos. 
Figura 4 – Modelo da reflexão da luz no interior de um cabo óptico. 
Figura 5 – Alinhamento das fibras para a realização de uma emenda mecânica. 
Figura 6 – 
Figura 7 – 
Figura 8 – Comparação da atenuação entre Par Trançado, Coaxial e Fibra Ótica 
(Multimodo IG). 
Figura 9 – Modelo de uma caixa de emenda. 
Figura 10 – Modelo de um PAC PON. 
Figura 11 – Modelo de uma fonte PoE. 
Figura 12 – Cabo UTP. 
Figura 13 – Vista de satélite do bairro Vila das Palmeiras. 
Figura 14 – Arquitetura da rede atual do bairro Vila das Palmeiras. 
Figura 15 – Cabos de fibra óptica. 
Figura 16 – Aparelho splitter. 
Figura 17 – Modelo de uma caixa de emendas. 
Figura 18 – Cabos de fibra FTTH. 
Figura 19 – Modelo de uma ONU. 
Figura 20 – Modelo de um conector mecânico. 
Figura 21 – Alicate decapador. 
Figura 22 – Clivador. 
11 
 
Figura 23 – Power Meter. 
Figura 24 – Arquitetura da nova rede do bairro Vila das Palmeiras. 
Figura 25 – Gráfico de reclamações referentes ao segundo semestre e o último mês 
de 2020 das redes FTTH e UTP. 
 
12 
 
SIGLAS E NOMENCLATURAS 
CEO – Caixa de Emenda Óptica. 
CTOs – Caixas de Terminações Ópticas. 
FTTH – Fiber To The Home (fibra para residência). 
FTTx – FiberTo The X (fibra para um lugar qualquer). 
LAN – Local Area Networks (rede local). 
LED – Light Emitting Diode (diodo emissor de luz). 
OLT – OpticalLine Terminal (terminal da linha óptica). 
ONT – Optical Network Terminal (terminal da rede óptica). 
ONU – Optical Network Unit (unidade de rede óptica). 
PAC PON – 
PoE – Power over Ethernet (dispositivo de passagem de energiaelétrica). 
PON – Passive Optical Network (rede óptica passiva). 
PVC – PolyvinylChloride (policloreto de polivinila). 
UTP – Unshielded Twisted Pair. 
WAN – Wide Area Network (rede de longa distância). 
WDM – Wavelength-DivisionMultiplexing (multiplexação por divisão de comprimento 
de onda). 
 
 
13 
 
SUMÁRIO 
Capítulo 1 – Introdução..................................................................................... 
1.1 – Generalidades............................................................................... 
1.2 – Objetivo Geral................................................................................ 
1.3 – Objetivo Específico........................................................................ 
1.4 – Motivação...................................................................................... 
1.5 – Justificativa.................................................................................... 
1.6 – Estrutura da Monografia................................................................ 
Capítulo 2 – Fundamentos................................................................................ 
2.1 – Fibra Óptica................................................................................... 
2.2 – Modelos de Fibra Óptica................................................................ 
2.2.1 – Fibra Óptica Monomodo................................................... 
2.2.2 – Fibra Óptica Multimodo.................................................... 
2.3 – Estrutura da Fibra Óptica............................................................... 
2.4 – Refração e Reflexão dos Modelos Ópticos.................................... 
2.5 – Emendas Ópticas.......................................................................... 
2.5.1 – Emenda Mecânica........................................................... 
2.5.2 – Emenda por Fusão ou Conectorização........................... 
2.6 – Atenuação Óptica.......................................................................... 
Capítulo 3 – Rede Atual do Bairro Vila das Palmeiras...................................... 
Capítulo 4 – Projeto de Aplicação..................................................................... 
Capítulo 5 – Simulação do Estudo de Caso...................................................... 
Capítulo 6 – Considerações Finais e Conclusão............................................... 
Referências Bibliográficas................................................................................ 
14 
14 
14 
15 
15 
16 
16 
17 
17 
18 
18 
18 
20 
21 
22 
23 
24 
26 
28 
32 
35 
44 
46 
 
 
14 
 
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 
1.1 – GENERALIDADES 
 Com a evolução exponencial das redes de comunicação, alavancada pela 
necessidade inevitável de se aumentar a capacidade de tráfego de voz, vídeo e dados 
de alta velocidade, somos levados, de modo constante, a novos conceitos de 
tecnologias de meios de transporte de informações. Surge então, baseado nessa 
ideia, a fibra óptica, que garante um elevado nível de fiabilidade a nível de transmissão 
de sinais e dados no geral. Os cabos de fibra óptica vêm sendo os substitutos direto 
dos antigos cabos de cobre, com a intenção de aumentar a velocidade de transmissão 
de dados. Tal transmissão ocorre através da propagação de luz que passa por dentro 
dos tubos capilares de vidro, a luz, viajando através dos fios de vidro de forma 
contínua, reflete fora do interior dos revestimentos plásticos em um processo 
conhecido como reflexão total interna. No que diz respeito a história, em 1870 o físico 
inglês Jonh Tyndall, demonstrou o princípio de guiamento de luz através de uma 
experiência simplória, utilizando um recipiente furado com água, um balde e uma fonte 
de luz, Tyndall observou o feixe de água saindo iluminado através do furo do 
recipiente, assim se teve o primeiro relato da transmissão de luz. Depois da 
descoberta do físico Jonh, a fibra passou a ser usada quando surgiu o primeiro cabo 
submarino de fibra óptica intercontinental, que teve início da sua operação em 1988, 
e tinha capacidade para 40.000 conversas telefônicas simultâneas, usando tecnologia 
digital. Tudo isso contribuiu para o avanço da tecnologia, proliferação de 
computadores pessoais (PCs), smartphone, smart-tv, roteadores wi-fi, câmeras IP e 
muito mais outros. As vantagens da implantação de estrutura de fibra óptica são: 
imunidades a interferência, isolação elétrica, ausência de ruídos, grande capacidade 
transmissão, peso leve, quando compara a cabos metálicos, operacionalmente de 
pequeno tamanho, transmissão e recepção de dados com alto nível de segurança. 
 
1.2 – OBJETIVO GERAL 
 Este trabalho tem por objetivo geral apresentar um estudo sobre a utilização da 
absoluta da fibra óptica ao invés dos cabos de cobres ou das redes híbridas. 
 
15 
 
1.3 – OBJETIVO ESPECÍFICO 
 Elaboração de um projeto de instalação de uma rede via fibra óptica no bairro 
Vila das Palmeiras em Piraí-RJ, com o intuito de apresentar um melhor desempenho 
de conexão, reduzindo o índice de perda de potência do sinal que se tem no uso da 
rede híbrida. 
 
1.4 – MOTIVAÇÃO 
 Apesar da internet inicialmente ter sido desenvolvida com uma finalidade voltada 
para arte da guerra, pois os Estados Unidos com o intuito de facilitar a troca de 
informações, afinal, temiam investidas vindo da União Soviética, o Departamento de 
Defesa dos Estados Unidos (ARPA – Advanced Research Projects Agency) criou um 
sistema de compartilhamento de informações entre indivíduos geograficamente 
distantes, dessa forma, facilitando as estratégias de guerra. Nesse momento, surge o 
protótipo da primeira rede de internet, a Arpanet (Advanced Research Projects Agency 
Network). Então, em 29 de outubro do ano de 1969 se tornou possível esse tipo de 
comunicação remota, onde se estabeleceu a primeira conexão entre a Universidade 
da Califórnia e o Instituto de Pesquisa de Stanford. 
 Com o passar dos tempos, a internet se tornou algo muito maior do que apenas 
compartilhamento de mensagens de guerra, bem como as formas de transmissões de 
sinais. Esses avanços tecnológicos acerca da internet, cada vez mais têm melhorado 
a qualidade de vida das pessoas, facilitando o dia a dia e proporcionando a 
comunicação em larga escala, ou seja, a nível global. E toda essa informação que 
viaja de um lado para o outro tem sua base de transmissão via cabos. 
 No entanto, apesar de atingir inúmeros usuários, a qualidade de transmissão de 
dados via cabos de cobre se tornou obsoleta. Embora que a utilização de uma rede 
híbrida se mostrou eficaz por um tempo, ainda assim não atende a demanda. 
Atualmente as redes com melhor desempenho são 100% de fibra óptica, pois é o 
melhor meio, prático e limpo, de transferências de dados, pois apresenta muito mais 
vantagens, tais como: dimensões reduzidas, maior segurança na qualidade do sinal, 
facilidade de instalação, menos deterioração, maior capacidade de transferência de 
informação e menor incidência de interferência eletromagnética. 
16 
 
 
1.5 – JUSTIFICATIVA 
 Melhoramento da navegação na internet e alto desempenho de transferências 
(download e upload) de dados do usuário. Além disso, melhor custo-benefício para as 
empresas, devido a menor manutenção dos cabos e maior alcance, bem como 
redução do custo do consumo de luz, uma vez que não há gasto de energia elétrica. 
 
1.6 – ESTRUTURA DA MONOGRAFIA 
 O presente trabalho foi dividido em 6 (seis) capítulos, sendo o primeiro a 
introdução, onde apresenta ideias gerais. 
 O segundo capítulo vem com a fundamentação teórica pertinente acerca do tema 
proposto. 
 O terceiro capítulo apresenta a situação atual da rede do bairro Vila das 
Palmeiras, em Piraí - RJ, com os cabos híbridos, ou seja, antes da aplicação proposta 
no capítulo subsequente. 
 O quarto capítulo tem por finalidade mostrar as modificações a serem feitas narede atual, com a possibilidade de avaliações técnicas sobre seu possível 
melhoramento, inclusive. 
 O quinto capítulo tem a simulação da ideia proposta, dessa forma permitindo 
avaliações além das que foram apresentas no capítulo anterior. 
 O sexto capítulo, por fim, apresenta as considerações finais e a conclusão do 
trabalho. 
 
17 
 
CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTOS 
2.1 – FIBRA ÓPTICA 
 
Figura 1 – Fibra óptica (fonte: Google Imagens) 
 
 Segundo Keiser (2014), as fibras óticas são filamentos flexíveis fabricados em 
materiais transparentes, como fibras de vidro ou plástico, e que são utilizadas como 
meio de propagação da luz. As fibras ópticas são geralmente muito finas, com apenas 
alguns micrômetros de espessura (10-6 m), mas podem ter vários quilômetros de 
comprimento. Fibras ópticas têm diversas aplicações, sendo a transmissão de dados 
uma das mais comuns. 
 Fibras ópticas são compostas por um núcleo transparente, com alto índice de 
refração e revestido por camadas plásticas transparentes cujos índices de refração 
são mais baixos que os do núcleo. Fisicamente falando, o fenômeno que permite a 
utilização das fibras ópticas é a reflexão interna total da luz. 
 Para a ocorrência da sua reflexão interna total, a luz é emitida para o dentro (em 
seu interior) do núcleo da fibra óptica em um ângulo mínimo de incidência, chamado 
de ângulo limite, ou também, chamado de ângulo crítico, medido em relação à 
interface entre o núcleo e seu revestimento. Permitindo, através dessa angulação, que 
a luz sofra sucessivas reflexões internas no interior da fibra sem que ela saia de lá. 
 Dessa forma, a luz pode ser propagada por longas distâncias, com perdas 
mínimas em sua intensidade. Podendo, inclusive, acompanhar o formato em que os 
cabos de fibra estão arranjados. 
18 
 
 O material mais comumente usado para a construção das fibras ópticas é a 
sílica, nome popularmente dado para o óxido de silício (SiO2). Entretanto, de acordo 
com a aplicação em questão, a utilização de outros materiais podem ser empregadas 
em sua fabricação, como vidros derivados do flúor e alguns elementos da família dos 
calcogênios, como o enxofre, por exemplo. 
 
2.2 – MODELOS DE FIBRA ÓPTICA 
Quando se trata das fibras ópticas, se tem dois tipos de denominação 
recorrentes à elas, e cada uma possuindo características e finalidades distintas. Em 
relação à propagação de ondas, as fibras são classificadas em monomodo e 
multimodo. “Cada modo é um padrão de campos elétricos e magnéticos, que se repete 
ao longo da fibra em intervalos iguais” KEISER, 2014. 
A fibra óptica monomodo apresenta um único caminho possível de propagação, 
sendo mais utilizada em transmissão a longas distâncias (devido a baixas perdas de 
informação). Já a fibra multimodo, essa permite a propagação da luz em diversos 
modos, sendo mais utilizada em redes locais (LAN), devido ao seu custo ponderado. 
 
2.2.1 – FIBRA ÓPTICA MONOMODO 
O tipo monomodo, a luz transaciona no interior do núcleo da fibra por um único 
caminho (modo) sem a necessidade de fazer qualquer reflexão, permitindo assim que 
a luz alcance longas distâncias. 
As fibras monomodo possuem o núcleo menor se comparadas com as fibras 
multimodo, além disso, financeiramente falando, têm um valor mais elevado. 
Sua fonte de luz são os Diodos Laser que possuem um desempenho superior ao 
LED. 
 
2.2.2 – FIBRA ÓPTICA MULTIMODO 
Na fibra multimodo, a luz propaga-se por vários caminhos (modos), isso quer 
dizer que mais de um feixe de luz pode estar sendo enviado simultaneamente, uma 
vez que diferentes ângulos de incidência podem ser usados. 
19 
 
No caso das multimodos, normalmente, é usado uma luz com menor intensidade. 
Frequentemente sua fonte luminosa são os Diodos Emissores de Luz (o famigerado 
LED). Esse tipo de fibra acaba sendo mais utilizada em aplicações internas, como em 
backbone de edifícios comerciais ou até mesmo no cabeamento horizontal, por 
exemplo. 
Ainda em relação à fibra multimodo, pode-se classificá-la em dois tipos: índice 
degrau ou índice gradual. 
O índice degrau, o núcleo recebendo essa nomenclatura devido à discrepância 
entre os índices de refração entre ele e a casca. Segundo a lei de Snell (AGRAWAL, 
2014), que define um ângulo crítico para que o fenômeno de reflexão total aconteça. 
E para que ângulos menores têm-se a refração, é quando o raio se perde na casca. 
Pode-se estabelecer através das equações (1) e (2) esse cone de captação e a 
abertura numérica para esse tipo de fibra. 
 
Figura 2 (fonte: AGRAWAL, 2014, pág. 30) 
 
Sendo que, θ0,max é o ângulo máximo de entrada, θA ângulo de captação, θc 
ângulo crítico, n índice de refração do meio,n1 índice de refração do núcleo da fibra,n2 
índice de refração da casca da fibra, NA a abertura numérica da fibra. 
Observa-se na figura abaixo a propagação dos feixes ópticos, que estes têm 
uma grande capacidade de capitar energia luminosa. 
20 
 
 
Figura 3 (fonte: AGRAWAL, 2014, pág. 32) 
 
Enquanto que os núcleos de índice gradual, são tipo não homogêneos, são mais 
difíceis de produzir, mas possuem considerável capacidade de transmissão. 
Apresentam dimensões menores que a classificação anteriormente, inclusive até 
mesmo menor abertura numérica, contudo, em compensação, é uma banda passante 
mais adequada às aplicações em telecomunicações. 
 
2.3 – ESTRUTURA DA FIBRA ÓPTICA 
Para que seja possível entender melhor a estrutura de uma fibra óptica, é válido 
compreender o processo de sua fabricação. Numa ligeira explicação, basicamente o 
filamento de Fibra Óptica é feito por meio de um processamento da matéria bruta, cujo 
nome é Preforma, que é constituída pela mais pura sílica de vidro. O processamento 
ocorre na torre de puxamento, onde é colocada no topo e, passando pelo forno com 
temperatura sob controle, algo entorno de 2000°C, a ponta da Preforma vai sendo 
derretida, iniciando dessa forma o processo de puxamento da fibra. A barra derretida 
se afunila pela ação gravitacional, esticando e se transformando em um fio fino, por 
fim, passa por uma série de moldes sobre esteiras rolantes e medições a laser, que 
garantem a espessura que se deseja. 
Com as dimensões adequadamente definidas, a fibra passa por um novo 
processo, que é a aplicação de camadas envoltórias protetoras, sendo a primeira 
camada interna e suave, enquanto que a segunda camada é externa e rígida, 
promovendo proteção mecânica à fibra. Ao final de todo o processo, a fibra passa pela 
21 
 
laboração de cura e medições por laser, garantindo que se tenha a espessura de 125 
mícrons de diâmetro, para assim ser colocada em um carretel. 
Resumidamente, a fibra óptica é composta basicamente de material dielétrico 
(em geral, sílica ou plástico), seguido de longa estrutura cilíndrica, transparente e 
flexível, de dimensões microscópicas, como visto anteriormente. 
A estrutura cilíndrica da fibra óptica é dada por uma região central, o núcleo, 
envolvida por uma camada, cujo material também é dielétrico, chamada casca. A 
seção em corte transversal mais usualmente feita do núcleo é a circular, mas as fibras 
ópticas especiais podem ter um outro tipo de seção (elíptica, por exemplo). 
A composição da casca da fibra é feita com material de índice de refração 
relativamente inferior ao do núcleo, oferecendo condições à propagação de energia 
luminosa (frequências ópticas) através do núcleo da fibra. O básico do mecanismo de 
transmissão da luz ao longo da fibra consiste, geometricamente falando, em um 
processo de reflexão interna total que ocorre quando o feixe de luz emerge de um 
meio mais denso para um meio menos denso. 
No tocante as características mecânicas das fibras ópticas, em termos de 
resistência e flexibilidade, por exemplo, dependem do material dielétrico utilizado e da 
qualidade do processos durante a fabricação. 
Mas de forma geral, possui uma grande capacidade e velocidade de transmissão 
dedados em longas distâncias, são flexíveis e possuindo um diâmetro menor do que 
um fio de cabelo. 
 Quanto as partes da fibra temos, conforme mostrado na figura acima, se tem: 
- Núcleo, que é área por onde a luz é transmitida; 
- Casca; que é a cobertura que envolve o núcleo, possui índice de refração diferente 
do núcleo; 
- Revestimento Primário; ao redor da casca temos um revestimento que proporciona 
resistência mecânica à fibra. 
 
2.4 – REFRAÇÃO E REFLEXÃO DOS MODELOS ÓPTICOS 
22 
 
A luz é transmitida pelo núcleo da Fibra Óptica, e devido as diferenças dos 
índices de refração entre a casca e o núcleo, conhecido como reflexão total interna, a 
luz permanece trafegando em seu eixo de incidência, permanecendo no núcleo 
(Keiser, 2014). 
Viajando através do interior da fibra, a luz, em uma sucessão de reflexões em 
ziguezague, tem por objetivo chegar a outra extremidade. Há alguns modelos de fibras 
ópticas que reduzem ou praticamente eliminam o ziguezague da luz em seu núcleo, o 
que proporciona maior velocidade na transmissão e menor perda de sinal. 
 
 
Figura 4 (fonte: Google Imagens) 
 
2.5 – EMENDAS ÓPTICAS 
Uma emenda constitui basicamente em unir de forma permanente ou 
semipermanente dois seguimentos de fibras óticas. As emendas costumam ser 
usadas, invariavelmente, em sistemas de longa distância e alta capacidade, tudo em 
razão as suas perdas mais baixas, tipicamente inferiores a 0,02 dB. Além disso, a 
técnica da junção por emendas oferece vantagens em termos de uma melhor 
estabilidade mecânica e de facilidades de junções em campo. No caso de cabos 
ópticos instalados em dutos subterrâneos, as emendas são realizadas e instaladas 
em armários, gabinetes ou caixas de emenda ao longo da rede física. Os cabos 
aéreos, diferentemente, costumam ser emendados no campo com espaçamento da 
ordem de 1 a 2 Km. 
23 
 
No que diz respeito aos tipos de emendas, podem ser realizadas de duas formas: 
emenda mecânica ou emendas por fusão (também chamada de emenda por 
conectorização). 
As perdas introduzidas pelas emendas constituem-se num importante fator a ser 
considerado no projeto de sistemas ópticos, principalmente nos sistemas 
caracterizados por enlaces longos, pois poderão representar uma parte significativa 
no balanço total das perdas. Todavia os métodos utilizados atualmente permitem obter 
níveis de perdas muito baixas, inferiores aos apresentados por conectores ópticos. 
 
2.5.1 – EMENDA MECÂNICA 
Este tipo de emenda é baseada no alinhamento das fibras através de estruturas 
mecânicas. As duas pontas da fibra são alinhadas e mantidas juntas, permitindo que 
a luz passe de uma fibra para a outra. 
 
 
Figura 5 (fonte: Google Imagens) 
 
Usualmente se aplica um gel de índice de refração próximo ao das fibras, o que 
diminui a atenuação na emenda. 
As fibras são encaixadas nas fendas do dispositivo onde ocorre o alinhamento, 
as duas fibras são alinhadas (posicionadas frente a frente), visando não causar 
grandes perdas no feixe óptico. 
24 
 
Na emenda mecânica as fibras também devem ser limpas e clivadas 
corretamente, para isso é necessário uma série de ferramentas tais como clivador, 
alicate, decapador, entre outras. 
O processo compreende em alinhar duas fibras através do uso de um tipo de 
“luva” especificamente desenvolvida para esse tipo de finalidade, a qual mantém as 
fibras posicionadas de frente uma a outra, sem uni-las definitivamente. 
O custo de investimento em materiais para a operação deste tipo de processo 
é relativamente reduzido, porém não é aconselhável em sistemas que exijam uma 
grande confiabilidade. 
 
2.5.2 – EMENDA POR FUSÃO OU CONECTORIZAÇÃO 
A emenda óptica por fusão faz com que se agilize o processo de instalação da 
fibra. Por ser totalmente automático, garante uma grande confiabilidade no sistema, 
mas para isso é necessário um investimento em equipamentos de alta qualidade. 
Utilizando uma máquina de fusão do tipo T36, para iniciar o processo de fusão 
simples. Porém, antes de começar esse processo de fusão é necessário preparar a 
fibra, decapar o cabo e a capa da fibra com as ferramentas corretas. Fazer limpeza 
da fibra, recomenda-se passar um papel ou pano com álcool para evitar ruídos na 
hora de fazer a fusão. Clivar a fibra com um clivador de alta precisão, como por 
exemplo, um clivador FC-6S. 
 
 
Figura 6 (fonte: Google Imagens) 
25 
 
Após isso, a fibra estará pronta para a emenda. 
Para iniciar o processo de fusão, basta abrir a tampa e ligar o aparelho. Com 
isso, inserir as fibras no motor de alinhamento e prendê-las corretamente. Fecha-se a 
tampa e por fim, deve-se apertar o botão de iniciação, para que assim comece a fusão. 
Nesse momento a fibra é automaticamente alinhada e submetida a um arco voltaico 
que eleva a temperatura nas faces das fibras, provocando seu derretimento e a sua 
soldagem. 
 
 
Figura 7 (fonte: Google Imagens) 
 
A máquina demonstra o processo de alinhamento e fusão graficamente através 
do monitor. Terminado esse processo, basta agora fazer o revestimento da fibra. Após 
a fusão a fibra deve ser revestida por uma resina (chamada de tubete) que tem a 
função de oferecer resistência mecânica à emenda, protegendo-a contra quebras e 
fraturas. Alinhar a resina na parte decapada da fibra. Inserir a parte com resina no 
dispositivo de aquecimento. Fechar a porta e apertar o botão indicado para iniciar, o 
aquecimento faz com que a resina se molde à fibra. Esse procedimento leva 
aproximadamente algo entorno de 2 minutos, variando conforme o aparelho utilizado. 
Em seguida, retirar a fibra e verificar se o tubete está devidamente moldado a ela. 
26 
 
Feito todo o processo de fusão e aquecimento do revestimento, a fibra estará 
pronta para ser usada. Todo o processo leva menos de 10 minutos para ser feito, 
lembrando que essa é a forma mais simples de fusão, existem processos mais 
complexos como a fusão de fibras multimodo por exemplo. 
 
2.6 – ATENUAÇÃO ÓPTICA 
Atenuação é a perda de intensidade, de potência do sinal. Essa perda da 
potência de sinal luminoso ao longo da fibra ótica é medida em dB/Km. 
As fibras óticas apresentam perdas muito baixas. Desse modo, é possível 
implantar sistemas de transmissão de longa distância com espaçamento muito grande 
entre repetidores, o que reduz a complexidade o custo do sistema. Veja a comparação 
da atenuação entre Par Trançado, Coaxial e Fibra Ótica (Multimodo IG). 
 
 
Figura 8 (fonte: AGRAWAL, 2014, pág. 44) 
 
Apesar disso, ainda sim ocorre certa perda de sinal. Os mecanismos pelos quais 
ocorrem a atenuação são os seguintes: absorção, espalhamento, curvaturas e 
projetos de guias de onda. 
27 
 
A absorção ocorre quando parte da energia luminosa é absorvida pelo material 
devido a vários fatores como: presença de átomos, contaminação no processo de 
fabricação, presença de moléculas de água dissolvidas no vidro, variação na 
densidade do material. 
O espalhamento contribui para as perdas de transmissão, pois dispersa o fluxo 
dos raios. O que contribui para isso é a densidade do material da fibra, a estrutura da 
fibra, dentre outros. 
O problema das curvaturas se dá devido as fibras estarem sujeitas a perdas 
quando submetidas a curvaturas. Existem as macrocurvaturas (cujos raios de 
curvaturas são grandes, como quando um cabo ótico dobra uma esquina) e 
microcurvaturas (aquelas de caráter microscópico, cujos raios de curvaturas são 
próximos do raio do núcleo da fibra). 
Já os projetos de guia de onda é quando parte da energia luminosa é absorvida 
pela própria casca. 
28 
 
CAPÍTULO 3 – REDE ATUAL DO BAIRRO VILA DAS PALMEIRAS 
Neste capítulo será apresentado a rede que atualmente atende o bairro da Vila 
das Palmeiras, localizado na cidade de Piraí - RJ. 
Essa rede é conhecida como Rede Híbrida (Fibra/UTP). A rede funciona da 
seguinte forma: sai da central do provedor um cabo de fibra óptica,chamado de fibra 
tronco, é denominada dessa forma porque é a responsável por transmitir o link que irá 
atender o bairro ou cidade; depois essa fibra tronco é ligada a uma caixa de emenda, 
posteriormente é ligada a um splitter de 1/16, quer dizer que há uma entrada e 
dezesseis saídas, esse splitter funciona como um divisor para a fibra óptica e cada 
saída do splitter alimenta um PAC PON e dele vem a sair os cabos UTPs para a casa 
dos assinantes. 
Os equipamentos utilizados nesse tipo de rede são: splinter, caixa de emenda, 
PAC PON, PoE e cabo UTPs, conforme as figuras a seguir e com sua descrição. 
O splitter (figura x) 1/16 ou seja, uma entrada de potência óptica e dezesseis 
saídas de potência ópticas. Esse é um modelo desconectorizada pois não há 
necessidade de conectores já que as emendas serão feitas por fusão, com a intenção 
de haver o mínimo de perda de potência possível em cada emenda. Esse modelo de 
splitter possui -13,7dB de perda de inserção, ou seja, isso significa que *dizer o que 
é essa perda* 
Caixa de emenda 
 
Figura 9 (fonte: Google Imagens) 
29 
 
A caixa de emenda tem a função de proteger e comportar as emendas, ela 
protege as emendas de altas temperaturas, pode ficar submerso e é um material 
isolante podendo proteger as emendas de altas temperaturas e raios atmosféricos. 
PAC PON 
 
Figura 10 (fonte: Google Imagens) 
 
Segundo a Think Technology (2016) o PAC PON é uma ONU de 8 saídas com 
PoE reverso integrado, onde o provedor tem toda a sua necessidade suprida em um 
único equipamento sem que seja preciso montar outros equipamentos para o mesmo 
resultado. Podem ser oferecidas maiores velocidades em comparação com outras 
redes (HPNA, ADSL e UTP básico), isso tudo associado ao baixo custo de 
atendimento do cliente final com cabo UTP. 
Suas saídas PoE tem proteção individual contra surtos, protegendo a entrada 
de cada cliente e essa proteção também impede que um possível defeito de um cliente 
possa afetar os outros. 
Fonte PoE 
30 
 
 
Figura 11 (fonte: Google Imagens) 
 
Segundo a Zyxel Networks (2017), sua funcionalidade se baseia que, com o 
cabo de rede, é possível alimentar um dispositivo com energia e transmissão de dados 
através da mesma porta do switch. Este tipo de equipamento é extremamente útil para 
profissionais de CFTV. Já que é capaz de ligar câmeras IP, telefone VoIP, Access 
Point (APs), entre outros. 
Cabo UTP 
31 
 
 
Figura 12 (fonte: Google Imagens) 
 
Segundo IspBlog (2020) os cabos UnshieldedTwistedPair (UTP), são de uma 
fiação mais leve, flexível e barata, que não necessita de aterramento, e com 
impedância constante de 100 OMHs – desenvolvida para suportar velocidades, a 
princípio, de até 100 Mbps, ou 250 MHz, na considerada Fast Ethernet. 
Geralmente os cabos tem quatro pares de fios condutores trançados com 
saídas de dados positivas e negativas, protegidos por um invólucro de PVC. Ao serem 
trançados uns aos outros em espirais virtuais aos pares, esse tipo de cabeamento cria 
uma espécie de campo magnético que aumenta a proteção contra interferências na 
rede e reduz as chances de ocorrência de ruídos externos durante a transmissão de 
dados. 
 
32 
 
CAPÍTULO 4 – PROJETO DE APLICAÇÃO 
Foi utilizado o bairro da Vila das palmeiras, localizado na cidade de Piraí (RJ), 
como escolha para aplicação deste projeto. 
 
Figura 13 (fonte: Google Maps) 
 
33 
 
 
Figura 14 (fonte: Tapi Fibra) 
 
Como é possível ver na segunda imagem, o ponto azul é o splitter 1/16 e os 
pontos verdes são os PAC PONs, no projeto eles são distribuídos conforme o número 
de residências de cada rua. 
Neste exemplo foram utilizados 12 pernas do splitter para alimentar os PAC 
PONs e sobrando 4, justamente para caso haja a necessidade de ampliação da rede 
para atender mais residências que possam eventualmente surgir. 
Em relação ao custo da rede, vamos calcular o valor de uma implantação da 
rede neste bairro. Contando com a metragem de fibra óptica, splitter e PAC PON. 
Esse custo é razoavelmente baixo se levar em consideração a questão da 
qualidade do serviço e os lucros que podem ser obtidos com essa tecnologia. 
Além disso há sempre vantagens e desvantagens de se trabalhar com qualquer 
que seja o tipo de rede. No caso das redes híbridas, temos como vantagens: 
- baixo custo de implantação; 
- estabilidade na navegação; 
- praticidade na manutenção de possíveis defeitos. 
34 
 
Já no que diz respeito as desvantagens, temos: 
- o cabo UTP possui limitações com relação a distância de ligação da saída do PAC 
PON com a fonte PoE da casa do cliente de 100 metros, e com isso se torna inviável 
instalações acima de 100 metros; 
- por ser uma tecnologia totalmente dependente da energia da residência dos clientes, 
pode ocorrer muitos defeitos devido a surtos e picos de energia ocasionando na 
queima da placa PAC PON ou em travamentos da mesma; 
- como o cabo UTP tem uma velocidade de transmissão limitada de até 100 Mbps, se 
torna inviável a comercialização por parte do provedor de planos acima de 100 Megas; 
- alto índice de manutenção devido a quedas da rede elétrica fornecida pela 
concessionária. 
 
 
35 
 
CAPÍTULO 5 – SIMULAÇÃO DO ESTUDO DE CASO 
Este tipo de rede requer um pouco mais de atenção, tanto no momento de sua 
construção como também na sua instalação na residência dos assinantes. Todas as 
conexões, fixações e emendas precisam ser feitas com total perfeição pois com 
qualquer descuido pode-se atenuar uma fibra e deixar uma cidade, bairro ou rua sem 
acesso. Por se tratar de uma tecnologia que atualmente é considerada a de melhor 
qualidade no mercado de transmissão de dados, é necessário um maior investimento 
em ferramentas, equipamentos e treinamentos. 
Segundo a Furukawa (2018) a rede FTTH, ou seja, a fibra que vai até a casa, 
as redes que usam a arquitetura FTTH também são consideradas redes PON (Passive 
Optical Network), uma vez que os elementos que formam a rede externa são todos 
passivos (não precisam de energia elétrica para funcionar). Os únicos elementos 
ativos de uma rede PON ou FTTH são os equipamentos OLT ou ONT, que ficam nas 
pontas, ou seja, na central (operadora do serviço) e na casa do assinante, 
respectivamente. 
A rede é construída paralelamente à rede hibrida para que uma não atrapalhe 
o funcionamento da outra, é lançado uma fibra tronco da central do provedor e nessa 
fibra é inserida a potência óptica de 5dB, essa fibra é ligada a um splitter de 1/16 com 
a perda de potência de -13,7dB dentro da caixa de emenda, essas 16 fibras são 
ligadas cada uma em cada CTO (Caixa de Terminação Óptica) dentro deste CTO 
iremos usar outro splitter só que esse é de 1/8 com perda de potência de -10,5Db. 
Resumindo temos saindo da central uma potência de 5dB e se considerarmos as 
perdas de potência nos dois splitters, teremos uma potência de 19,2dB em cada saída 
do splitter, o que é considerado um cenário perfeito da rede. A partir daí utilizamos o 
cabo FTTH, o cabo FTTH é ligado a uma das 8 saídas do splitter e a outra ponta é 
ligada a uma ONU a ela própria é um conversor de mídia e faz a conversão da potência 
óptica em sinal elétrico dentro da casa do assinante. Ou seja, dessa forma 
conseguimos entregar na casa do assinante um serviço de maior qualidade e melhor 
confiabilidade. 
E para a instalação desse tipo de rede, é necessário o uso de alguns 
equipamentos específicos e ferramentas. Tais quais: 
36 
 
Fibra Óptica 
 
Figura 15 (fonte: Google Imagens) 
 
Será utilizada como tronco, ligando a central do provedor até o bairro. 
Splitter 
 
Figura 16 (fonte: Google Imagens) 
 
O splitter serve para dividir o sinal de uma fibra em várias saídas, existem 
modelos de 2, 4, 8, 16, 32 e até 64 saídas, conectorizada ou desconectorizada. Cada 
splitter possui suas perdas de acordo com o número de saídas e suas perdas são apartir de + ou – 3,4dB e a partir que é duplicada o número de saídas são 
acrescentadas + ou – 3,4dB de perda, por exemplo 1/2 - 3,4Db; 1/4 -7,1dB; 1/8 – 
10,5dB. 
37 
 
Caixa de emenda 
 
Figura 17 (fonte: Google Imagens) 
 
A Caixa de Emenda Óptica, também conhecida como CEO, exerce na rede 
FTTH o papel de acomodar e abrigar as emendas onde dois ou mais cabos ópticos 
foram unidos ocorridas por término de cabos ou conexão com outros cabos ópticos 
da rede. 
Fibra FTTH 
 
Figura 18 (fonte: Google Imagens) 
 
38 
 
O termo FTTH (Fiber tothe Home) é derivado do original e genérico FTTx, ou 
seja, Fiber To The Anywhere, que significa “fibra até qualquer lugar”. Ou Seja, o “x” 
representa o destino final da fibra óptica. 
No caso do FTTH, o cabo de fibra óptica vai até a casa do cliente residencial. 
E ela é um modelo de fibra onde só se utiliza uma única fibra, mas protegida por 3 
cabos de aço. 
ONU 
 
Figura 19 (fonte: Google Imagens) 
 
A ONU funciona convertendo o sinal óptico em sinal elétrico. Existem modelos 
com o wi-fi já embutido na ONU e outros sem wi-fi. 
Conector mecânico 
39 
 
 
Figura 20 (fonte: Google Imagens) 
 
O conector mecânico tem a função de ligar o cabo FTTH no CTO, enquanto 
que a outra ponta é ligada na ONU. É essencial todo um cuidado ao montar o conector, 
pois, nesse tipo de rede, o maior índice de manutenção é relacionado a má execução 
do conector, afinal, se trata de um objeto relativamente frágil, porém caro. 
Alicate decapador 
 
Figura 21 (fonte: Google Imagens) 
 
Ele tem a função de remover a película de proteção da fibra sem danificar a 
mesma. É uma das ferramentas essenciais para a montagem do conector. 
40 
 
Clivador 
 
Figura 22 (fonte: Google Imagens) 
 
O clivador é utilizado para realizar um corte preciso na fibra óptica, ou seja, a 
clivagem dela. Permite ajuste de ângulo para obter alta precisão, é compatível com 
fibras ópticas monomodo e multimodo. 
Power Meter 
 
Figura 23 (fonte: Google Imagens) 
 
O Power Meter é um medidor de sinal óptico utilizado para calcular a potência 
e a perda em redes de fibra óptica de ponto a ponto. 
41 
 
 
Figura 24 (fonte: Tapi Fibra) 
 
Vamos fazer o projeto no bairro da Vila das Palmeiras na cidade de Piraí. Neste 
projeto iremos instalar os CTOs nos mesmo pontos onde já estavam instalados os 
PAC PONs da rede antiga. 
Nota-se que nessa rede foi instalado um equipamento a mais se comparado a 
rede PAC PON, e isso ocorreu devido a necessidade de disponibilizar um número 
maior de vagas disponíveis para atender todas as residências do bairro. 
Para determinar o custo para a implantação dessa rede, será necessário 
realizar um orçamento equivalente a rede, levando em consideração as ferramentas 
necessárias para a instalação do assinante. 
 
42 
 
 
Tabela 1 (fonte: elaborado pelo próprio autor através do Word) 
 
Mesmo com uma tecnologia de maior qualidade o valor total ficou em R$ 
5183,38 se comparado a rede PAC PON que ficou orçada em R$ 8262,36. Existindo 
uma diferença de uma para a outra um valor de R$ 3078,98. Tornando mais viável o 
uso do FTTH. 
E como em qualquer tipo de instalação, há vantagens e desvantagens. 
Vantagens: 
- Não possui limitações de distância a ser percorrida com o FTTH; 
- Não possui limitações com relação a velocidades fornecidas pelo provedor, pode ser 
fornecida a velocidade de 100Mbps ou 100Gbps; 
- É uma tecnologia muito mais estável; 
- Não sofre com interferências magnéticas, térmicas ou sonoras; 
- Redução no número de manutenção. 
Desvantagem: 
- Devido a sua complexibilidade na instalação é necessário que os técnicos sejam 
devidamente treinados e capacitados. 
 E analisando o gráfico abaixo, referente ao números de reclamações (em um 
comparativo de dezembro de 2020 com o segundo semestre do mesmo ano) das 
redes FTTH e UTP, é possível verificar que há uma discrepância absurda entre 
ambos. Onde são quase inexistentes reclamações numa rede totalmente de fibra 
óptica se comparada de uma rede híbrida, sendo esta quase cinco vezes superior. 
43 
 
Reforçando assim a tese de que esse tipo de rede acaba precisando de mais 
manutenção, sobrecarregando o serviço de atendimento e elevando os custos para a 
empresa. 
 
 
Figura 25 (fonte: Tapi Fibra) 
 
 
 
44 
 
CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO 
A fibra óptica é um excelente meio de transmissão de dados em alta velocidade, 
pois, quando comparada com cabeamento de cobre, ou mesmo em casos de redes 
híbridas, tem um ganho de performance, sendo muito superior e apresentando 
grandes vantagens, tais como sendo a baixa perda na transmissão do sinal, além de 
não sofrer interferência eletromagnética. Apesar de que, para a sua implantação, tem-
se um custo consideravelmente elevado, em relação ao cabeamento metálico, uma 
vez que este já possui toda infraestrutura instalada. No entanto, ainda assim 
compensa o seu uso, devido ao fato da menor manutenção como demonstrada no 
capítulo anterior. 
Como o aumento demanda do trafego de dados, que vem numa crescente ano 
após ano, e somado o surgimento de novas aplicações que requerem uma maior 
largura de banda, como por exemplo, os serviços triple play que combinam voz, dados 
e vídeo em um único canal de comunicação. Pode-se, então, certamente, afirmar que, 
dentro de alguns anos, o futuro das redes será de fibra óptica (e já se encaminha para 
isso). Mesmo com toda uma infraestrutura de cabeamento metálico já instalada, a 
tendência é que venham caindo em desuso, migrando para a fibra óptica, que é a rede 
do futuro breve, tudo graças ao amplo alcance que se tem e suas possibilidades. Além 
disso, os recursos permitidos com a utilização da fibra óptica supera em muito a dos 
obsoletos cabos metálicos, pois a evolução da fibra óptica, que conta agora com toda 
uma tecnologia voltada aos equipamentos de ponta para aumentar ainda mais a taxa 
de dados transmitida, bem como a facilidade de implantação, expansão e a mobilidade 
que é permitido pela rede óptica, o que não ocorre com a rede de cabeamento de 
cobre, que tem uma grande dificuldade de mobilidade e expansão, fora a manutenção 
constante e o seu alto valor de custo para manter, sendo assim, tornando cada vez 
menos viável o seu uso. 
Neste trabalho foi visto que a tecnologia FTTH permite o atendimento a longas 
distâncias do Ponto de Presença, sem a utilização de energia elétrica no trajeto do 
percurso, pois são utilizados apenas elementos passivos, apenas os equipamentos 
de transmissão e recepção necessitam de alimentação elétrica, permitindo que haja 
uma redução dos custos de implantação e manutenção da rede óptica. Com o uso da 
rede óptica, tem-se um atendimento diferenciado e melhorado até a última milha com 
45 
 
altíssima taxa de transmissão de dados. Apesar da rede de acesso via fibra óptica ser 
minoria dentro da cidade de Piraí, a implementação dela no bairro Vila das Palmeiras 
faz com que a tendência seja que a cidade toda comece também a utilizar a rede de 
acesso via fibra óptica, ou seja, sendo instalada com maior intensidade para suprir a 
necessidade dos clientes que cada vez mais estão querendo uma maior largura de 
banda para prover serviços de voz, dados e vídeo em um único canal de comunicação, 
uma vez visto os resultados no número comparativo de reclamações entre uma rede 
híbrida e uma rede 100% de fibra óptica. 
Conclui-se portanto que, o uso de uma rede via fibra óptica oferece um 
desempenho melhor das que são utilizadas atualmente. Com o projeto de 
revitalização da rede do bairro Vila das Palmeiras, o presente trabalho garante ter 
conseguido atingir seus objetivos. Apresentando os benefícios e as reais vantagens 
desse tipo de rede, uma vez que, comprovadamente, tem a redução da perda de sinal 
e da manutenção de toda a rede. O trabalho foi realizadoseguindo essa linha de 
pensamento e os objetivos foram mostrar a melhor tecnologia de rede que temos 
acessível atualmente, e avaliar as vantagens de uma rede de acesso via fibra óptica. 
 
 
 
46 
 
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