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Conversores e Inversores - Estante

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sÉrIe eletroeletrônIca
CONVERSORES 
E INVERSORES
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora Associada de Educação Profissional
sÉrIe eletroeletrônIca
CONVERSORES 
E INVERSORES
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 
Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
©2013. SENAI Departamento Nacional
©2013. SENAI Departamento Regional de São Paulo
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, 
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI-São 
Paulo, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os 
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. 
SENAI Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de São Paulo
Gerência de Educação – Núcleo de Educação a Distância
FICHA CATALOGRÁFICA
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
 Conversores e Inversores / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Regional de São Paulo. Brasília: SENAI/DN, 2013.
 118 p. il. (Série Eletroeletrônica).
 ISBN 978-85-7519-784-4
 1. Instalação de controlador lógico programável 2. Programação de 
controlador lógico programável 3. Manutenção em sistemas controlados 
por controlador lógico programável 4. Aplicações do controlador lógico 
programável. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento 
Regional de São Paulo II. Título III. Série
CDU: 005.95
Lista de ilustrações, quadros e tabelas
Figura 1 - Estrutura curricular do curso de Eletricista Industrial .......................................................................9
Figura 2 - Modelos de soft starters ............................................................................................................................15
Figura 3 - Soft starter instalado ....................................................................................................................................16
Figura 4 - Pontos de conexão e instalação da potência do soft starter ........................................................17
Figura 5 - Entradas de controle de soft starter SSW05 plus e um exemplo de sua instalação ..............18
Figura 6 - Diagrama de potência e de controle de um soft starter ................................................................19
Figura 7 - Soft start Sikostart 3RW22 .........................................................................................................................21
Figura 8 - Inversores de frequência ...........................................................................................................................24
Figura 9 - Base com aletas metálicas e ventiladores ...........................................................................................25
Figura 10 - Sistema de ventilação forçada em painel de comando ...............................................................26
Figura 11 - Tipos de fixação de inversores de frequência ..................................................................................26
Figura 12 - Conexões de entrada e saída da potência ........................................................................................27
Figura 13 - Ligação do inversor em rede 220 V monofásica ou bifásica ......................................................28
Figura 14 - Ligação do inversor em rede de alimentação contínua (CC) .....................................................28
Figura 15 - Instalação de reatâncias de rede em circuito de inversor de frequência ..............................30
Figura 16 - Conector dos elementos de controle do Inversor modelo CFW08 Plus ................................31
Figura 17 - Diagrama de controle em instalação elétrica de inversor de frequência ..............................32
Figura 18 - Diagrama de instalação do controle e sinal de inversor de frequência .................................34
Figura 19 - Inversor com ponto de rede ..................................................................................................................35
Figura 20 - Exemplos de módulos de rede para inversores de frequência .................................................36
Figura 21 - Exemplo de instalação de módulo de rede em inversores de frequência ............................37
Figura 22 - IHM do Inversor CFW08 Plus ..................................................................................................................38
Figura 23 - Fixação do conversor através de parafusos em superfície plana .............................................41
Figura 24 - Recorte de conector X1 (potência) e A1 (barramento da potência) .......................................42
Figura 25 - Conector X1 da eletrônica do sistema de potência ......................................................................42
Figura 26 - Conexão do motor ao barramento da potência .............................................................................43
Figura 27 - Sinais de controle do Conversor CA/CC CTW-04 ...........................................................................45
Figura 28 - Conexão das entradas digitais PNP e NPN - Conversor CA/CC CTW-04 ................................46
Figura 29 - Ligação das saídas analógicas e digitais ............................................................................................46
Figura 30 - Ligação das entradas analógicas e do tacogerador CC ...............................................................47
Figura 31 - Soft starter acionando motor de uma esteira industrial ..............................................................52
Figura 32 - Exemplos de soft starters com diferentes IHMs ...............................................................................54
Figura 33 - Conexões elétricas e ajustes de parâmetros na IHM do soft starter 
de modelo SSW05 Plus ............................................................................................................................55
Figura 34 - Ajuste de parâmetros de partida e parada com soft starter ......................................................56
Figura 35 - Gráficos de funcionamento do soft starter de modelo SSW05 Plus ........................................62
Figura 36 - Sistema de acionamento de motor com soft starter de modelo SSW05 Plus 
comandado por chave de duas posições..........................................................................................65
Figura 37 - Sistema de acionamento de motor com soft starter de modelo SSW05 Plus 
comandado por botões ...........................................................................................................................66
Figura 38 - Máquina para montagem com soft starter de modelo SSW05 Plus 
sendo usado para partir o motor em dois sentidos ......................................................................68
Figura 39 - Aplicação do inversor de frequência em torno com CNC ...........................................................75
Figura 40 - Exemplo de inversor de frequência ....................................................................................................76
Figura 41 - Diagrama de blocoscom partes que compõem o inversor de frequência ..........................77
Figura 42 - Gráfico da relação entre tensão e frequência (V/F) de saída do inversor ..............................77
Figura 43 - Gráfico da relação entre tensão e frequência (V/F) de saída do inversor ..............................78
Figura 44 - Inversor de frequência e as funções de cada tecla de sua IHM .................................................79
Figura 45 - Reatâncias de rede e de carga ...............................................................................................................82
Figura 46 - Conexão do resistor de frenagem ao inversor de frequência ....................................................83
Figura 47 - Inversor de frequência - Acionamento 1 - Diagrama de potência ...........................................99
Figura 48 - Inversor de frequência - Acionamento 1 - Diagrama de comando ...................................... 100
Figura 49 - Inversor de frequência - Acionamento 1 - Diagrama do borne 
de controle do inversor ........................................................................................................................ 101
Figura 50 - Inversor de frequência - Acionamento 2 - Diagrama de potência ........................................ 103
Figura 51 - Inversor de frequência - acionamento 2 - Diagrama de comando ....................................... 104
Figura 52 - Inversor de frequência - acionamento 2 - Diagrama do borne 
de controle do inversor ........................................................................................................................ 105
Figura 53 - Inversor de frequência - acionamento 3 - Diagrama de potência ........................................ 107
Figura 54 - Inversor de frequência - acionamento 3 - Diagrama de comando ....................................... 108
Figura 55 - Inversor de frequência - acionamento 3 - Diagrama do borne 
de controle do inversor ........................................................................................................................ 109
Quadro 1 - Exemplo de configuração de parâmetros comuns nos soft starters ........................................22
Quadro 2 - Especificação dos bornes do conector X1 do Inversor CFW08 Plus .........................................32
Quadro 3 - Programação das entradas digitais ......................................................................................................33
Quadro 4 - Programação das entradas digitais e analógicas.............................................................................34
Quadro 5 - Exemplo de parametrização de inversor de frequência ...............................................................39
Quadro 6 - Conector X1 de conversor CA/CC .........................................................................................................43
Quadro 7 - Funções dos bornes de controle ...........................................................................................................45
Quadro 8 - Ligações do tacogerador ..........................................................................................................................47
Quadro 9 - Rampas de tensão na partida e parada com soft starter ..............................................................57
Quadro 10 - Ajuste de corrente nominal do motor no soft starter de modelo SSW05 Plus ...................60
Quadro 11 - Principais alarmes de sinalização das proteções do soft starter 
de modelo SSW05 Plus ...........................................................................................................................63
Quadro 12 - Principais falhas e procedimentos de testes em soft starter ....................................................69
Quadro 13 - Exemplo das funções de uma IHM .....................................................................................................80
Quadro 14 - Mensagens de erros do inversor de frequência e possíveis causas .......................................84
Quadro 15 - Exemplo de possíveis falhas e procedimentos de teste 
para o inversor de frequência ..............................................................................................................85
Quadro 16 - Recomendações de manutenção preventiva no inversor de frequência ............................87
Sumário
1 Introdução ..........................................................................................................................................................................9
2 Instalação de acionadores eletrônicos ...................................................................................................................13
2.1 Soft starters ...................................................................................................................................................14
2.1.1 Instalação física dos soft starters .........................................................................................15
2.1.2 Instalação elétrica do soft starter ........................................................................................16
2.1.3 Parametrização na instalação ...............................................................................................20
2.2 Inversor de frequência ..............................................................................................................................24
2.2.1 Instalação física do inversor de frequência......................................................................25
2.2.2 Instalação elétrica do inversor de frequência ................................................................27
2.2.3 Parametrização na instalação ...............................................................................................37
2.3 Conversores CA/CC.....................................................................................................................................40
2.3.1 Instalação física do conversor CA/CC .................................................................................40
2.3.2 Instalação Elétrica de conversores CA/CC ........................................................................41
3 Soft starter .........................................................................................................................................................................51
3.1 Finalidade do soft starter .........................................................................................................................52
3.2 Funcionamento do soft starter ..............................................................................................................53
3.3 Funcionamento do sistema com soft starter ....................................................................................64
3.4 Manutenção de sistemas com soft starter .........................................................................................69
4 Inversor de frequência .................................................................................................................................................73
4.1 Finalidade do inversor de frequência ..................................................................................................74
4.2 Funcionamento do inversor de frequência .......................................................................................75
4.3 Dispositivos opcionais para inversores de frequência ..................................................................81
4.4 Manutenção do sistema com inversor de frequência ...................................................................84
5 Parametrização de inversores de frequência .......................................................................................................91
5.1 Tipos de parâmetros ..................................................................................................................................92
5.1.1 Parâmetrosde acesso ..............................................................................................................92
5.1.2 Parâmetros de Leitura ou Visualização ..............................................................................92
5.1.3 Parâmetros de Regulação ......................................................................................................92
5.1.4 Parâmetros de configuração .................................................................................................95
5.1.5 Parâmetros do Motor ...............................................................................................................97
Referências ........................................................................................................................................................................ 111
Minicurrículo dos autores ........................................................................................................................................... 113
Índice .................................................................................................................................................................................. 115
Introdução
1
Nesta unidade curricular de Conversores e Inversores do curso Eletricista Industrial, 
abordaremos os conhecimentos necessários para o desenvolvimento das capacidades técni-
cas, sociais, organizativas e metodológicas relativas à instalação dos comandos e controles ele-
troeletrônicos das máquinas industriais.
Esta unidade será desenvolvida em carga horária prevista de 40 horas. Observe o esquema 
ilustrado a seguir.
QUADRO DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
 • Eletricista Geral (80 h)
 • Instalações Elétricas (80 h)
 • Comandos Elétricos (120 h)
• Controladores Lógicos Programáveis (60 h)
 • Conversores e Inversores (40 h)
Eletricista Industrial (380 h)
Figura 1 - Estrutura curricular do curso de Eletricista Industrial
Fonte: SENAI-SP (2013)
10 CONVERSORES E INVERSORES
Esta unidade curricular fornecerá subsídios para o desenvolvimento das se-
guintes capacidades técnicas:
a) Analisar esquemas e diagramas elétricos;
b) Instalar equipamentos Inversores e soft starts ;
c) Utilizar instrumentos de medição;
d) Aplicar normas e procedimentos de segurança e saúde no trabalho e de 
proteção ao meio ambiente.
e) Interpretar manuais técnicos
Nesta unidade, serão abordadas capacidades sociais, organizativas e metodo-
lógicas de:
a) Ser organizado;
b) Ter raciocínio lógico;
c) Ter iniciativa;
d) Ter responsabilidade;
e) Manter-se atualizado tecnicamente;
f ) Trabalhar em equipe.
Como eletricista industrial, você atuará na confeccção ou montagem e na 
instalação de elementos, como:
a) painéis ou quadros de comandos eletroeletrônicos para motores e gerado-
res;
b) sistemas de partida convencionais e eletrônicos de motores elétricos.
Para contribuir com os seus estudos, este livro está dividido em 5 capítulos. 
No capítulo 2 apresentaremos a instalação de acionadores eletrônicos. 
Nos capítulos 3 e 4 veremos manutenção de sistemas com Soft starter e com 
inversores. No capítulo 5 apresentaremos a parametrização de acionadores ele-
trônicos.
Agora que você viu o que irá estudar neste livro, pode estar pensando no 
quanto esses temas são desafiadores. Mas fique tranquilo, pois com estudo e de-
dicação, ao fim desta unidade, você terá adquirido os conhecimentos necessários 
para desenvolver as capacidades técnicas para atuar como eletricista industrial. 
Vamos começar mais este desafio?
111 Introdução
Anotações:
Instalação de acionadores eletrônicos
2
Neste capítulo, você conhecerá os equipamentos responsáveis por controlar totalmente o 
funcionamento dos motores elétricos, incluindo a partida, a parada, o sentido de giro e o con-
trole da velocidade. Para isso, vamos estudar os seguintes equipamentos: soft starters, conver-
sores CA/CA e conversores CA/CC.
Aprender sobre a instalação desses equipamentos é muito importante para um eletricista 
industrial, pois eles fazem parte do universo das máquinas com as tecnologias mais avançadas 
da indústria moderna.
Esses equipamentos são empregados, por exemplo, em máquinas de Comando Numérico 
Computadorizado (CNC) em geral, tais como: tornos, frezadoras, centros de usinagens, máqui-
nas de corte a laser, de produção gráfi ca, têxtil, em robôs manipuladores industriais além de 
diversos sistemas de automação da produção industrial.
14 CONVERSORES E INVERSORES
2.1 SOFT STARTERS 
O motor elétrico é um elemento essencial dentro de uma indústria, pois é 
através dele que as máquinas realizam movimento. No entanto, para entrar em 
funcionamento ele traz efeitos indesejados quando acionado de forma direta, de-
pendendo da potência. O principal problema é a grande demanda de corrente 
solicitada da rede pelo motor na sua partida. 
Para enfrentar esse problema, surgiram formas alternativas de partida de mo-
tores, tais como a partida estrela-triângulo e a partida com autotransformador. 
Entretanto, esses sistemas de partidas também possuem inconvenientes, como 
perda de torque na partida, custo elevado, limitação do número de partidas por 
hora, desgaste dos componentes eletromecânicos, entre outros.
O soft starter, ou equipamento de partida suave, foi desenvolvido para minimi-
zar alguns desses problemas. Esse equipamento é utilizado na partida de motores 
elétricos trifásicos de indução sem causar picos elevados de corrente, além de 
oferecer proteções ao motor. 
O soft starter recebe uma tensão trifásica fixa da rede elétrica e fornece uma 
tensão variável para o motor, porém com a frequência fixa. Na partida do motor, 
aplica sobre o motor uma tensão cujo valor varia de forma crescente até atingir o 
valor eficaz da rede elétrica, proporcionando uma partida suave. 
No desligamento, o soft starter aplica sobre o motor uma tensão de forma de-
crescente, fazendo com que o eixo do motor pare de girar de forma suave até que 
seja completamente desligado. Também dispõe da opção de desligar diretamen-
te o motor.
Ele faz esse processo por meio de componentes eletrônicos e, portanto, sem 
desgaste mecânico, por isso também é conhecido por chave estática de partida.
Observe, a seguir, exemplo de soft starter.
152 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Figura 2 - Modelo de soft starter 
Fonte: SENAI-SP (2013)
O soft starter é uma opção interessante e eficaz para a partida de motores elé-
tricos, pois supera com vantagens os sistemas eletromecânicos convencionais de 
partida.
2.1.1 INSTALAÇÃO FÍSICA DOS SOFT STARTERS 
Você deve instalar os soft starters por meio de parafusos diretamente na placa 
de montagem do painel de comando das máquinas industriais. Instale-os prefe-
rencialmente na posição vertical para uma fácil dissipação de calor, e distantes de 
outros equipamentos eletrônicos, principalmente aqueles sensíveis a interferên-
cias eletromagnéticas ou ruídos.
Observe, na figura a seguir, um soft starter instalado em um painel de coman-
do industrial.
 VOCÊ 
 SABIA?
De acordo com a norma NBR 5410 (2004,154), Instala-
ções Elétricas em Baixa Tensão, item 6.5.1.2 - Limitação 
das perturbações devido às partidas de motores, traz 
a seguinte orientação: “Para partida direta de motores 
com potência acima de 3,7 kW (5 cv), em instalações 
alimentadas por rede de distribuição pública em baixa 
tensão, deve ser consultada a concessionária local”.
16 CONVERSORES E INVERSORES
Figura 3 - Soft starter instalado
Fonte: SENAI-SP (2013)
Antes de instalar um soft starter, consulte o manual ou catálogo do fabricante. 
Nele você encontra as distâncias mínimas recomendadas para a instalação.
2.1.2 INSTALAÇÃO ELÉTRICA DO SOFT STARTER 
Para realizar a instalação elétrica desse equipamento, você deve conhecer os 
pontos de conexão das entradas e saídas dos circuitos de potência e de controle 
e, em alguns casos, as conexões de rede de dados.
Conexão dos pontos de entrada e saída de potência
Os pontos de entrada e saída de potênciasão aqueles nos quais conectamos a 
alimentação da rede elétrica, a saída para o motor elétrico, o condutor de aterra-
mento e a alimentação do controle eletrônico do equipamento.
As conexões de alimentação trifásica do soft starter são nomeadas como 1L1, 
3L2 e 5L3, que devem receber, respectivamente, as fases R, S e T da rede elétrica 
trifásica. Alguns dos seus modelos não ligam o motor e geram alarme luminoso 
se esta sequência não for seguida. 
Você deve instalar esses dispositivos em rede trifásica, protegidos por fusíveis 
ou disjuntores. 
172 Instalação de acIonadores eletrônIcos
A figura a seguir mostra os pontos de entrada e saída de potência e a alimen-
tação do controle eletrônico.
entradas de 
alimentação
trifásica
alimentação
da “eletrônica” 
saídas para o
motor trifásico
Figura 4 - Pontos de conexão e instalação da potência do soft starter
Fonte: Weg (2014)
Alguns deles não possuem proteção eletrônica contra sobrecarga. Nesse caso, 
usa-se um relé térmico na saída do soft starter para proteger o motor.
 FIQUE 
 ALERTA
Nunca conecte o condutor de aterramento ou neutro 
com o fechamento do centro da estrela de motores 
acionados por soft starter, para não causar interferências 
na rede elétrica de alimentação.
Também podemos instalar reatâncias de rede ou indutâncias para minimizar 
interferências que o soft starter pode causar nas instalações elétricas, principal-
mente os de maior potência.
 FIQUE 
 ALERTA
Nunca instale nenhum tipo de capacitor na saída dos 
soft starters. Pois, se isto ocorrer, você estará fechando 
um curto-circuito que causará danos ao equipamento.
Conexão dos pontos de entrada e saída de controle
Os soft starters possuem pontos de entrada digitais - DIs (Digital Input) e pon-
tos de saída digitais - DOs (Digital Output).
18 CONVERSORES E INVERSORES
entradas
digitais
saídas
digitais
(a relé)
Figura 5 - Entradas de controle de soft starter SSW05 plus e um exemplo de sua instalação
Fonte: SENAI-SP (2013)
Nas DIs, você deve conectar os botões, chaves e sensores, e nas DOs, os relés, 
contatores, sinalizadores e outras cargas de pequena potência que são controla-
das pelo equipamento.
Alguns soft starters mais sofisticados possuem saída analógica na qual você 
pode conectar, por exemplo, instrumentos de medição para indicar a corrente do 
motor. Outros modelos possuem entrada analógica e nela você pode conectar, 
por exemplo, um sensor de temperatura do tipo PTC instalado no motor de forma 
que, ao chegar a uma determinada temperatura, o soft starter desligue o motor 
ou sinalize seu alarme.
Veja um exemplo de diagrama de um soft starter mostrando esses pontos de 
conexão.
192 Instalação de acIonadores eletrônIcos
V
Figura 6 - Diagrama de potência e de controle de um soft starter 
Fonte: SENAI-SP (2013)
O valor da tensão de alimentação do controle eletrônico dos soft starters varia 
de acordo com o fabricante: uns trabalham com a tensão da rede de 110 VCA ou 
220 VCA, enquanto outros usam tensões contínuas de +24 VCC. Você deve consul-
tar essas informações no manual.
Conexão dos pontos de redes de comunicação
Nos soft starters, os pontos de rede de comunicação de dados são as portas, ou 
conectores para comunicação via rede de dados, que trocam informações, princi-
palmente, com microcomputadores e controladores programáveis.
Eles possuem conectores ou tomadas, que são os pontos físicos onde você 
deve plugar os cabos de comunicação de rede. Esta é uma função acessória, ou 
seja, auxiliar. Por isso, a maioria dos soft starters não dispõe dela.
20 CONVERSORES E INVERSORES
2.1.3 PARAMETRIZAÇÃO NA INSTALAÇÃO
Para que o soft starter possa controlar adequadamente a partida e a parada do 
motor, você deve ajustar algumas variáveis para um melhor controle. Essas va-
riáveis são chamadas de parâmetros, e a ação de modificá-los é conhecida como 
configuração de parâmetros ou parametrização do soft starter.
Quando você instalar um soft starter, deve configurar alguns parâmetros bási-
cos para realizar alguns testes com segurança. Esses testes são necessários para 
que você possa validar a instalação. 
O ajuste de parâmetros pode ser feito por meio de trimpots1 ou interface ho-
mem-máquina2 digital. 
A configuração dos parâmetros por trimpots é muito simples e não varia, in-
dependentemente do fabricante ou do modelo de soft start usado, pois eles têm 
como características comuns:
a) tempo de rampa de partida;
b) tempo de rampa de parada;
c) valor inicial da tensão da rampa de partida (torque);
d) rampa de tensão de parada ou desligamento natural (sem rampa de para-
da); e
e) tempo de rampa de parada.
Alguns soft starters possuem outros recursos, tais como limitação da corrente 
do motor e frenagem do motor por injeção de corrente contínua (CC).
Para que você entenda essa configuração, vamos tomar como exemplo um 
soft start básico, com trimpots no painel frontal para ajuste de parâmetros. 
1 TRIMPOTS
São resistores ajustáveis, com 
os quais você varia o valor 
da resistência, fazendo-a 
aumentar ou diminuir de 
acordo com a posição de um 
cursor movimentado por 
chave de fenda.
2 INTERFACE HOMEM-
MÁQUINA
Mais conhecida como IHM, 
ou em inglês HMI (Human 
Machine Interface), é um 
equipamento eletrônico 
acoplado a uma tela de LCD 
(display de cristal líquido) 
cuja função é monitorar ou 
interferir em uma planta de 
processo industrial.
212 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Figura 7 - Soft start Sikostart 3RW22
Fonte: SENAI-SP (2013)
Nesse modelo, para ajustar os parâmetros, dispomos de cinco pequenas cha-
ves de duas posições, conhecidas por chave DIP, para ativar ou desativar as fun-
ções, e quatro trimpots para ajustar do mínimo até o máximo valor.
Veja, no quadro a seguir, como fazer a configuração desse soft starter para par-
tir e parar com rampa de tensão.
22 CONVERSORES E INVERSORES
Quadro 1 - Exemplo de configuração de parâmetros comuns nos soft starters 
FUNÇÃO REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
NÚMERO E 
POSIÇÃO DAS 
CHAVES (DIP)
AJUSTE DOS TRIMPOTS
Partida 
com rampa 
crescente 
de tensão
U (V)
U1
UN
T1 t (s)
3
5
O trimpot 1 ajusta o tempo de 
rampa de partida (T1) de 0,3 
a 180 s.
O trimpot 2 ajusta o valor de 
tensão inicial da rampa (U1) de 
20 a 100% da tensão nominal 
(Un) de alimentação.
O trimpot 3 deve estar todo à 
direita.
O trimpot 4 pode estar em 
qualquer posição.
Parada com 
rampa de-
crescente 
de tensão
U (V)
UN
T2 t (s)
1
2
O trimpot 4 ajusta o tempo de 
desligamento ou parada (T2) 
do motor de 5 a 90 s.
Os trimpots 1, 2 e 3 podem 
estar em qualquer posição.
Para realizar a configuração dos parâmetros, siga sempre as informações técni-
cas contidas no manual do fabricante do equipamento.
Outros modelos mais completos de soft starter oferecem diversas proteções 
ajustáveis, tais como: proteção térmica, subcorrente, subtensão de alimentação, 
proteção contra inversão de fases, entre outros.
3 GOLPE DE ARÍETE
Vibração ou trepidação 
transitória que surge nas 
tubulações quando ocorre 
uma variação brusca 
na pressão, como a que 
ocorre quando se liga ou 
desliga uma bomba de 
abastecimento de água 
(bomba de recalque).
232 Instalação de acIonadores eletrônIcos
 casos e relatos
Golpe de aríete3
No litoral sul paulista, um prédio de 25 andares possuía um sistema de 
bombeamento de água com um motor de 10 cv (dez cavalos) de potência 
que funcionava com um sistema elétrico de partida estrela-triângulo. Esse 
sistema apresentava problemas quando ligava e, principalmente, quando 
desligava a bomba, pois a rígida tubulação trepidava bastante, ocasionan-
do vibrações, barulho nos apartamentos e frequentes vazamentos na tu-
bulação.
Para solucionar esse problema, o síndico acionou a empresa responsável 
pela manutenção da bomba que, analisando a situação, propôs uma modi-
ficação na parte elétrica que substituía o sistema de partida estrela-triângu-
lo por uma partida com soft starter. 
O funcionário da empresa iniciou a instalação pelos ajustes dosparâme-
tros, programou a partida do motor com uma rampa crescente de tensão 
com pulso para partida (a chamada função quick start), e depois a rampa 
decrescente de tensão no desligamento do motor. O síndico e os mora-
dores do prédio ficaram admirados, porque a tubulação não vibrava e não 
fazia mais barulho ao ligar ou desligar a bomba. 
O instalador então explicou: o problema ocorria devido a um efeito hidráu-
lico chamado golpe de aríete. A saber, no instante em que se liga ou des-
liga, a bomba provoca uma variação brusca de pressão e vazão, fazendo 
com que a tubulação vibre. Com o soft starter, a bomba inicia com pequeno 
torque e bombeia um volume de água menor, que aumenta na medida 
em que a rampa de tensão gerada pelo soft starter vai crescendo. Quan-
do desligada, o equipamento gera uma rampa decrescente e a bomba vai 
reduzindo suavemente a pressão. A mudança gradativa de pressão evita 
vibração na tubulação. 
24 CONVERSORES E INVERSORES
2.2 INVERSOR DE FREQUÊNCIA
O inversor de frequência (do inglês, frequency inverters) ou conversor CA/CA é 
um equipamento que permite controlar a velocidade de um motor elétrico trifá-
sico de indução. Muitos fabricantes denominam os inversores de drivers de con-
trole de motores.
Esse equipamento recebe a tensão alternada da rede com a frequência fixa de 
60 Hz e fornece tensão alternada com frequência variável para controlar a rota-
ção de um motor trifásico. Alguns inversores podem ser alimentados por tensão 
contínua, ao invés de entrada de tensão alternada. Veja um exemplo desse equi-
pamento.
Figura 8 - Inversores de frequência
Fonte: SENAI-SP (2013)
Além do controle da velocidade, o inversor oferece outras vantagens, tais 
como: proteção do motor, principalmente contra sobrecorrente, e partida com 
baixa corrente. 
 VOCÊ 
 SABIA?
Você pode encontrar outra denominação para o inver-
sor de frequência. Para fins comerciais, este é classifica-
do como conversor eletrônico de frequência, de acordo 
com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
252 Instalação de acIonadores eletrônIcos
2.2.1 INSTALAÇÃO FÍSICA DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA
Antes de instalar um inversor de frequência em um painel de comando, alguns 
cuidados são necessários. O primeiro fator que você deve considerar é que ele 
produz calor quando em funcionamento. Por isso, é importante que você instale 
o inversor de frequência em painel e placa de montagem metálicos.
Os inversores possuem aletas metálicas (lâminas de alumínio) na parte da base 
e ventilador para facilitar a dissipação de calor. Veja o detalhe das aletas e dos 
ventiladores na parte traseira da base do inversor.
Figura 9 - Base com aletas metálicas e ventiladores
Fonte: Weg (2014)
A posição de fixação do inversor também é outro fator importante que você 
deve observar na instalação. Ele deve ser fixado na posição vertical, de modo que 
as aletas metálicas permitam a saída de ar quente com facilidade.
É interessante que o quadro de comando tenha entrada e saída de ventilação 
com proteção contra poeira ou sistema de ventilação forçada (ventilador de pai-
nel) para resfriamento do inversor e dos componentes do painel, como você pode 
ver a seguir.
26 CONVERSORES E INVERSORES
Figura 10 - Sistema de ventilação forçada em painel de comando
Fonte: SENAI-SP (2013)
É recomendado instalar inversores diretamente na placa de montagem, fixan-
do sua base por meio de parafusos ou, para alguns fabricantes, pelo flange, de 
modo que o dissipador de calor fique na parte de trás da placa de montagem. 
Observe os exemplos de fixação.
saída do
�uxo de ar
entrada do
�uxo de ar
entrada do
�uxo de ar
saída do
�uxo de ar
�xação pela base
por parafusos
�xação pelo �ange
no corpo do equipamento
Figura 11 - Tipos de fixação de inversores de frequência
Fonte: Weg (2014)
Na instalação com parafusos pela base, o ar quente proveniente do inver-
sor é distribuído dentro do próprio painel onde estão os dispositivos, causando 
aquecimento nos demais. Na instalação pelo flange, a base do inversor, que é 
justamente o ponto dissipador do calor, fica situada atrás da placa de montagem, 
distribuindo o aquecimento gerado fora da área onde estão os demais compo-
nentes do comando, evitando que eles aqueçam.
272 Instalação de acIonadores eletrônIcos
2.2.2 INSTALAÇÃO ELÉTRICA DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA 
Em relação à instalação elétrica, os inversores possuem pontos para conexão 
de dispositivos de entrada e saída de potência e de controle e há ainda, para al-
guns modelos, pontos de entrada e saída analógicos de sinais e de rede de comu-
nicação de dados. A seguir, veremos detalhadamente a conexão desses pontos.
Conexão dos pontos de entrada e saída de potência
Os pontos de entrada e saída de potência são os terminais onde conectamos a 
entrada da alimentação da rede elétrica, o condutor de aterramento, a saída para 
o motor elétrico e, em alguns casos, o resistor de frenagem. 
Os inversores de frequência são fabricados para receberem tensão trifásica, 
alternada ou contínua, de alimentação e fornecerem uma tensão trifásica para o 
motor elétrico. 
Observe, na figura a seguir, os bornes L/L1, N/L2 e L3 onde será conectada a 
entrada de alimentação da rede, e os terminais U, V e W que serão conectados ao 
motor elétrico.
L/L1 N/L2 L3 U V W
bornes da entrada
de alimentação
bornes de saída
para o motor
potência
aterramento
Figura 12 - Conexões de entrada e saída da potência
Fonte: WEG (2013)
Para acionamento de motores trifásicos de baixas potências, encontramos 
também inversores que funcionam, além da trifásica, com tensões de alimenta-
ção monofásicas ou bifásicas, conforme você pôde observar na ilustração que 
acabamos de apresentar.
Veja que o primeiro borne de entrada de alimentação é identificado por L/L1 
e o segundo por N/L2, que são os bornes utilizados para conectar uma rede de 
alimentação 220 V. 
28 CONVERSORES E INVERSORES
Essa alimentação 220 V pode ser: 
a) monofásica: com uma fase 220 V, conectada ao L/L1, e um neutro, ao N/L2; ou
b) bifásica: com duas fases de 220 V cada, conectadas aos bornes L/L1 e N/L2.
A figura a seguir mostra essas duas ligações.
L/L1 N/L2 L3 U V W
entradas de alimentação
fase
220 V
fase
220 V
aterramento saídas para o motor
L/L1 N/L2 L3 U V W
entradas de alimentação
fase
220 V
neutro
aterramento saídas para o motor
Figura 13 - Ligação do inversor em rede 220 V monofásica ou bifásica
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
Para os inversores alimentados por tensão contínua, os bornes a serem alimen-
tados são: 
a) +Ud recebe alimentação positiva; e 
b) -Ud, alimentação negativa da fonte. 
Na figura a seguir, o borne BR é usado para conexão de resistor de frenagem, 
conectado com o borne + Ud e com o BR.
aterramento saída para o terra do motor
saídas para o motor entradas da
alimentação C.C.
L/L1 N/L2 L3 U V W -Ud +UdBR
Figura 14 - Ligação do inversor em rede de alimentação contínua (CC)
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
292 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Além dos dois ou três fios da rede de alimentação elétrica, é indispensável co-
nectar condutor de aterramento elétrico a todas as partes metálicas dos equipa-
mentos do sistema, para prevenir que a interferência eletromagnética produzida 
pelo inversor afete outros equipamentos. No entanto, essa proteção só ocorre de 
forma efetiva se a placa, o painel de comando e o inversor de frequência estive-
rem conectados a um bom aterramento elétrico. 
 FIQUE 
 ALERTA
Nunca se deve conectar o neutro da rede às carcaças 
metálicas, mas sim o condutor de aterramento, que é 
obrigatório devido às normas de segurança e tem a fi-
nalidade de proteger as pessoas contra choque elétrico 
em caso de alguma falha no equipamento. 
É aconselhável instalar o inversor distante de equipamentos que possam so-
frer interferência, tais como: controladores programáveis, interfaces homem-má-
quina (IHMs), comandos numéricos computadorizados (CNCs) e equipamentos 
com microprocessadores ou microcontroladores. Quanto maior a potênciado 
inversor, maior deve ser a distância em relação a esses dispositivos.
As instalações elétricas do circuito do inversor e do motor também emitem 
radiações eletromagnéticas que causam interferências em outros equipamentos. 
Por isso, os condutores desses circuitos devem ser blindados ou instalados em 
eletrodutos metálicos devidamente aterrados.
Outro recurso bastante utilizado para reduzir as interferências eletromagnéti-
cas é a instalação de filtros, conhecidos por reatâncias de rede, instalados na en-
trada de alimentação do circuito de potência do inversor e na saída trifásica que 
vai para o motor. Veja uma instalação física de reatâncias de rede.
Note que, nesse circuito foi utilizado fusíveis na proteção do inversor. Esses fu-
síveis devem ser do tipo ultra-rápido. A escolha entre fusível ou disjuntor depen-
de de cada modelo e fabricante, assim consulte sempre o manual do fabricante 
para usar a proteção mais adequada ao equipamento.
30 conversores e Inversores
R S T
1 3 5
2
SG
K1
R1
R2
M1
M
3
U1 V1 W1
U1
F1 F2 F3
4 6
2 4 6
2 4 6
1 3 5
1 3 5
inversor
de
frequência
Figura 15 - Instalação de reatâncias de rede em circuito de inversor de frequência
Fonte: SENAI-SP (2013)
Você deve instalar as reatâncias de rede nas três fases e em série, com inversor 
ou com o motor.
 FIQUE
 ALERTA
Os inversores produzem naturalmente interferências 
que prejudicam a rede elétrica. Por isso, não instale ca-
pacitores nas redes de alimentação dos inversores. Esse 
tipo de instalação causaria um aumento elevado das 
interferências, podendo danificar os equipamentos. 
312 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Conexão dos pontos de entrada e saída digitais de controle
Os pontos de entrada e saída digitais, conhecidos por entradas ou saídas de 
controle, são aqueles onde conectamos os botões, chaves, sensores, relés, conta-
tores, entre outros. Além destas, as saídas do(s) relés(s) auxiliar(es) também fazem 
parte do grupo de conexões do controle.
Como exemplo, vamos analisar o conjunto de bornes do inversor de frequên-
cia CFW 08 Plus. Veja os pontos de conexões que o inversor disponibiliza.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Figura 16 - Conector dos elementos de controle do Inversor modelo CFW08 Plus
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
A identificação dos bornes para conexão dos elementos de controle e suas 
funções estão descritas no quadro a seguir.
32 CONVERSORES E INVERSORES
Quadro 2 - Especificação dos bornes do conector X1 do Inversor CFW08 Plus
BORNE ENTRADA FUNÇÃO
1 DI-1 (Digital Input 1) Entrada Digital 1
2 DI-2 (Digital Input 2) Entrada Digital 2
3 DI-3 (Digital Input 3) Entrada Digital 3
4 DI-4 (Digital Input 4) Entrada Digital 4
5 COM
Saída da fonte (0 V) comum das Entradas Digitais/Analógicas e Saída 
Analógica
6 AI1 (Analogic Input 1) Entrada Analógica 1
7 +10 V Saída positiva 10 V da fonte de alimentação interna de referência
8 AI2 (Analogic Input 2) Entrada Analógica 2
9 AO1 (Analogic Output 1) Saída Analógica 1
10 NF Saída do contato Normal Fechado (NF) do Relé Auxiliar
11 Com Saída do contato comum do Relé Auxiliar
12 NA Saída do contato Normal Aberto (NA) do Relé Auxiliar
Esse inversor CFW 08 Plus possui quatro entradas digitais de controle, destina-
das basicamente à conexão de botões, chaves e sensores. 
Veja, a seguir, um diagrama para comando de inversor na configuração NPN, 
para a operação de liga/desliga motor e inversão de rotação.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
S1 S2 S3
DI-1 DI-2 DI-3 DI-4 0V
Com
Figura 17 - Diagrama de controle em instalação elétrica de inversor de frequência
Fonte: WEG (2013)
No diagrama de controle da figura apresentada temos S1 e S2, que são botões 
pulsadores, sendo S1 Normal Aberto (NA) e S2 Normal Fechado (NF) e S3 que é 
uma chave de duas posições fixas, todos conectados às entradas digitais de con-
trole podendo ser configurados para realizar as funções abaixo.
4 POTENCIÔMETRO
Resistor variável utilizado 
para o ajuste da velocidade 
quando empregado em 
inversores de frequência.
332 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Quadro 3 - Programação das entradas digitais
ENTRADA DIGITAL FUNÇÃO PROGRAMADA
DI-1 Ligar motor
DI-2 Desligar motor
DI-4 Seleção de sentido de giro (horário ou anti-horário) 
A DI-3 não está sendo utilizada. Por isso, nesse inversor ela foi conectada dire-
tamente ao ponto comum (0 V) de fonte de alimentação interna do inversor.
A configuração do modo de funcionamento NPN é aquela que conecta o 0 V 
comum da fonte aos dispositivos de entrada, e é a forma padrão que vem no in-
versor CFW08 Plus. Entretanto, se o usuário necessitar da configuração PNP, deve 
mudar a posição de uma chave tipo DIP internamente. 
O funcionamento PNP é aquele que usa o positivo comum alimentando bo-
tões, chaves e demais dispositivos de entrada.
Conexão dos pontos de entrada e saída analógicos de sinais
Os pontos de entrada e saída analógicos de sinais são aqueles em que conec-
tamos o potenciômetro4, para controlar a velocidade de um motor e vê-la em um 
instrumento de medição de painel. Essa é uma aplicação bastante comum nas 
máquinas. 
Para o funcionamento desse conjunto, conecte um potenciômetro linear na 
entrada 1 (AI-1), e um instrumento analógico de 0 V a 10 V na saída (AO-1) para 
medir a rotação do motor.
Veja um diagrama das ligações do sistema de controle e de sinal para a opera-
ção de liga/desliga motor, inversão de rotação, controle de velocidade do motor 
(por meio de potenciômetro) e indicação de velocidade (por meio de instrumento 
de medição).
34 CONVERSORES E INVERSORES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
S1 S2 S3
DI-1 DI-2 DI-3 DI-4 AI-1 +10V AO-1
P1
0V
Com
RPM
de 0 V a 10 V
Figura 18 - Diagrama de instalação do controle e sinal de inversor de frequência
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
Nessa configuração de controle, o borne 5 é o 0 V da fonte interna de referên-
cia e alimenta as chaves S1 e S3 e o botão pulsador S2. Note que a DI-1 foi ligada 
ao ponto comum porque não está sendo usada.
O borne 5 também serve de referência ao potenciômetro e ao instrumento de 
medição, sendo que ambos fazem parte do sistema de sinal das entradas e saída 
analógicas.
Nesse diagrama que você acaba de ver, o instalador pode programar o inver-
sor para realizar as funções programadas, conforme quadro a seguir.
Quadro 4 - Programação das entradas digitais e analógicas
ENTRADA SAÍDA 
ANALÓGICA FUNÇÃO PROGRAMADADIGITAL ANALÓGICA
DI-2 Seleção do sentido de giro (horário ou anti-horário)
DI-3 Resetar inversor
DI-4 Ligar e desligar motor
AI-1
Receber tensão de 0 V a 10 V de referência da 
rotação
AO-1
Fornecer tensão de 0 a 10 V para instrumento 
indicador de rotação do motor
352 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Conexão dos pontos de saídas digitais
As saídas digitais também são bastante utilizadas em aplicações industriais. As 
aplicações mais comuns são: quando o motor atinge determinada rotação (fre-
quência programada no inversor), o contato 11-12 (NA) se fecha, indicando ao 
comando elétrico da máquina que a rotação foi atingida; ou quando a corrente 
atinge um valor elevado, acima do programado no inversor, o contato 11-12 se 
fecha para acionar um sistema de comando externo qualquer.
As conexões 10, 11 e 12 são as saídas de um contato reversível do relé auxiliar 
interno. São isoladas e independentes das tensões do inversor. Por isso, podemos 
conectar tensões contínuas ou alternadas, inclusive de valores tipo 220 V da rede.
Ao instalar um inversor, antes de conectar o motor, você deve fazer testes só 
no inversor. Para tanto, deve energizá-lo e verificar: se acende algum LED, se apa-
rece algum valor na IHM, se indica alguma frequência ao pressionar o botão liga, 
se a frequência aumenta ou diminui quando pressionado o potenciômetro digi-
tal. Feitos esses testes e tudo funcionando, conecte o motor.
Após a instalação do motor, antes de energizá-lo, configure os parâmetros bá-
sicos de funcionamento do inversor de acordo com o manualdo fabricante. 
Conexão dos pontos de redes de comunicação 
Alguns inversores possuem ponto de conexão de rede que trocam informa-
ções com microcomputadores, controladores programáveis, outros inversores de 
frequência e ainda outros equipamentos.
Semelhantes aos soft starters, eles possuem conectores ou tomadas onde são 
plugados os cabos de comunicação de rede, como você pode observar a seguir.
porta de comunicação cabo de comunicação conectado
Figura 19 - Inversor com ponto de rede
Fonte: SENAI-SP (2013)
36 CONVERSORES E INVERSORES
O cabo de comunicação para esse inversor possui, de um lado, um conector 
macho tipo RJ45 para encaixar no RJ45 fêmea da parte frontal do inversor e, do 
outro lado do cabo, um conector fêmea tipo DB-9 para conectar na porta serial de 
um microcomputador.
A maioria dos inversores não possui ponto de conexão de rede incorporado, 
como esse que você acaba de ver, precisando da instalação de módulo sobres-
salente de rede específico de acordo com seu tipo, modelo e marca. Veja alguns 
exemplos de módulos de rede para inversores.
módulo de rede com
conector de encaixe (DB-9)
módulo de rede com
conector a parafuso (KRE)
Figura 20 - Exemplos de módulos de rede para inversores de frequência
Fonte: Weg (2013)
Esses módulos são instalados na parte interna do inversor, sendo o tipo de 
encaixe, conector e padrão de comunicação dependem de cada fabricante. Na 
figura a seguir, ilustramos a instalação de um desses módulos em um inversor 
modelo CFW 11. 
372 Instalação de acIonadores eletrônIcos
1- retirar IHM 2 - abrir tampa 3 - retirar tampa
4 - encaixar módulo 5 - �xar módulo
Figura 21 - Exemplo de instalação de módulo de rede em inversores de frequência
Fonte: Weg (2013 )
 FIQUE 
 ALERTA
Quando você for instalar qualquer equipamento, siga 
as instruções do manual do fabricante, pois os proce-
dimentos variam de um para o outro e de modelo para 
modelo.
2.2.3 PARAMETRIZAÇÃO NA INSTALAÇÃO
Os inversores são equipamentos que controlam várias grandezas de natureza 
elétrica (como frequência, tensão e corrente elétrica), com a finalidade de contro-
lar, além da velocidade do motor, alguns aspectos importantes de seu funciona-
mento, tais como: sentido de giro, torque, tempo de aceleração e desaceleração, 
entre outros.
Quando você instalar um inversor, deve configurar alguns parâmetros básicos 
para que o conjunto inversor-motor funcione com segurança. 
38 CONVERSORES E INVERSORES
Independente do modelo ou do fabricante do inversor, os parâmetros que 
você deve configurar para testar e validar a instalação são:
a) liberar (senha) de acesso para alteração dos valores dos parâmetros;
b) carregar os parâmetros com padrão de fábrica;
c) limitar a corrente do motor; e
d) limitar a frequência (Hz) mínima e máxima de saída para o motor.
Para que você entenda como se faz a configuração básica de parâmetros, 
após instalar e executar os testes básicos de validação, acompanhe o exemplo 
de parametrização de um inversor modelo CFW08 Plus, cuja IHM é mostrada na 
figura a seguir.
teclas de
deslocamento
tecla de
programação
Figura 22 - IHM do Inversor CFW08 Plus
Fonte: SENAI-SP (2013)
Os parâmetros são alterados por meio da interface homem-máquina (IHM), 
localizada na parte frontal do equipamento. Os fabricantes indicam quais passos 
seguir para realizar a parametrização. Veja, no quadro 5, um exemplo de como 
fazer a parametrização desse inversor.
392 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Quadro 5 - Exemplo de parametrização de inversor de frequência
SEQ IHM DESCRIÇÃO
1º rdy Pressione a tecla PROG duas vezes até aparecer o número de algum parâmetro.
2º P000 Pressione uma das teclas de deslocamento até chegar ao parâmetro P000.
3º 0
Pressione a tecla PROG para visualizar o valor programado no parâmetro P000. 
Irá aparecer o valor “0” (zero).
4º 5
Pressione a tecla de deslocamento até chegar em 5 para liberar (senha) de 
acesso para alteração dos valores dos parâmetros.
5º P000 Pressione a tecla PROG para confirmar o valor e retornar à lista de parâmetros.
6º P204 Pressione a tecla de deslocamento até chegar ao parâmetro P204.
7º 0
Pressione a tecla PROG para visualizar o valor programado no parâmetro P204. 
Irá aparecer o valor “0” (zero).
8º 5
Pressione a tecla de deslocamento até chegar em 5 para carregar os parâme-
tros com padrão de fábrica. 
Ao executar esse procedimento, o inversor desabilita (bloqueia) a alteração de 
parâmetros, ou seja, altera o valor do P000 para “0” (zero) novamente.
9º Valor Pressione a tecla PROG duas vezes até aparecer o número de algum parâmetro.
10º P000 Pressione a tecla de deslocamento até chegar ao parâmetro P000.
11º 0
Pressione a tecla PROG para visualizar o valor programado no parâmetro P000. 
Irá aparecer o valor “0” (zero).
12º 5
Pressione a tecla de deslocamento até chegar em 5 para habilitar (liberar) a 
alteração dos parâmetros.
13º P000 Pressione a tecla PROG para confirmar o valor e retornar à lista de parâmetros.
14º P401 Pressione a tecla de deslocamento até chegar ao parâmetro P401. 
15º Valor 
Pressione a tecla PROG para visualizar o valor programado no parâmetro P401. 
No parâmetro 401, insira o valor da corrente nominal do motor. Esse dado, o In 
em Amperes (A), é obtido na placa de identificação do motor.
16º
In do 
motor 
(A)
No P401, insira o valor (In) obtido na placa de identificação do motor para 
limitar a corrente do motor.
17º P401 Pressione a tecla PROG para confirmar o valor e retornar à lista de parâmetros.
18º P133 Pressione a tecla de deslocamento até chegar ao parâmetro P133. 
19º Valor Pressione a tecla PROG para visualizar o valor programado no parâmetro P133. 
20º
Freq. 
Min.
(Hz)
No parâmetro 133, insira o valor da frequência mínima (Hz) que o inversor 
deve fornecer ao motor. Essa frequência é diretamente proporcional à velocida-
de mínima na qual o motor deve rodar.
40 CONVERSORES E INVERSORES
SEQ IHM DESCRIÇÃO
21º P133 Pressione a tecla PROG para confirmar o valor e retornar à lista de parâmetros.
22º P134 Pressione a tecla de deslocamento até chegar ao parâmetro P134. 
23º Valor Pressione a tecla PROG para visualizar o valor programado no parâmetro P134. 
24º
Freq. 
Máx.
(Hz)
No parâmetro 134, insira o valor da frequência máxima (Hz) que o inversor 
deve fornecer ao motor, normalmente 50 ou 60 Hz, podendo ter aplicações 
com frequências maiores.
25º P134 Pressione a tecla PROG para confirmar o valor e retornar à lista de parâmetros.
Com esses parâmetros configurados, você pode fazer os testes básicos para 
validar a instalação do inversor. Porém, para o pleno funcionamento em uma 
máquina, é necessária uma leitura detalhada do manual do fabricante, visando 
à configuração de outros parâmetros necessários ao funcionamento correto do 
conjunto inversor-motor.
No caso de o inversor trabalhar com sinais de entrada ou saída analógicos, tipo 
controle de velocidade por potenciômetro ou instrumento de medição, você tem 
ainda que configurar os parâmetros referentes ao tipo de sinal analógico, verifi-
cando se deve funcionar por tensão ou por corrente, e suas limitações de ganho.
2.3 CONVERSORES CA/CC
Os conversores CA/CC ou drivers de controle de motores são equipamentos 
que têm a função de controlar o acionamento de motores de corrente contínua 
(CC), atuando na variação e controle da sua velocidade.
2.3.1 INSTALAÇÃO FÍSICA DO CONVERSOR CA/CC
Para instalar um conversor CA/CC, siga as seguintes instruções:
a) deixe, no mínimo, os espaços livres especificados no catálogo do fabricante 
ao redor do modelo do conversor;
b) não coloque componentes sensíveis ao calor logo acima do conversor, de-
vido ao ar quente produzido pelo equipamento;
c) se forem instalados conversores lado a lado, utilize a distância mínima de 
2 x B. Se a montagem for efetuada com um conversor logo acima do outro, 
use a distância mínima A + C e desvie do conversor superior o ar quen-
412 Instalação de acIonadores eletrônIcos
te produzido peloconversor que estiver posicionado na parte inferior da 
montagem; e
d) instale os conversores em superfície plana e em posição vertical, usando 
parafusos M6 ou M8.
B B
C
A
vista lateral
esquerda
vista frontal
com tampa
Figura 23 - Fixação do conversor através de parafusos em superfície plana
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
O espaço livre para ventilação tem os valores para as distâncias A, B e C de um 
modelo tomado como exemplo na figura a seguir, sendo A = 60 mm, B = 30 mm 
e C = 100 mm.
As letras dentro das setas indicam as distâncias que devem ser mantidas para 
uma boa ventilação.
2.3.2 INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE CONVERSORES CA/CC
A instalação elétrica dos conversores CA/CC é o conjunto de conexões de en-
trada e saída de potência e entradas digitais e analógicas de controle do equipa-
mento. A seguir, veremos alguns detalhes dessas conexões.
Conexão dos pontos de entrada e saída de potência
Para que você entenda as conexões de entrada e a saída de potência, de um 
conversor, apresentaremos as ligações em um conversor CA/CC modelo CTW-04 
(10 a 640 A), no qual o conector X1 e o barramento A1 são responsáveis por essas 
ligações. 
42 CONVERSORES E INVERSORES
TC 1 TC 2
B2 X1
S T A1
conector de potência - X1 barramento da potência
Figura 24 - Recorte de conector X1 (potência) e A1 (barramento da potência)
Fonte: WEG (2013)
Vale lembrar que cada modelo de conversor possui uma ligação específica. 
Nesse modelo, o conector “X1”, que é de conexão do sistema eletrônico de potên-
cia, a função e a ligação de cada pino são apresentadas na figura a seguir.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
M
1- 1-
M
M1M2
saída de campo
alimentação monofásica
do campo (até 440 V)
alimentação trifásica
de controle (220 V/380 V/440 V)
termostato
+
-
R
S
T
X1
PE
conexões do conector X1 conexões do aterramento
dissipador da potência
F14
}
}
t
Figura 25 - Conector X1 da eletrônica do sistema de potência
Fonte: Adaptada de WEG (2013).
É importante destacar também a necessidade da ligação do terra (PE) do co-
nector X1, que se encontra ao lado do pino 11 nesse exemplo. Observe que cada 
modelo apresenta as mesmas ligações, porém com pinos e conexões diferentes.
As conexões dos bornes da potência do modelo apresentado como exemplo 
(CTW-04 - X1), na figura, para equipamentos de 10 A, são descritas a seguir. 
432 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Quadro 6 - Conector X1 de conversor CA/CC
PINO FUNÇÃO
1 Fase R de entrada da alimentação trifásica CA do controle
2 Fase S de entrada da alimentação trifásica CA do controle
3 Fase T de entrada da alimentação trifásica CA do controle
4 e 5 Entrada de alimentação monofásica CA do campo do motor
6 Saída de tensão CC polaridade negativa (-) do campo do motor
7 Saída de tensão CC polaridade positiva (+) do campo do motor
8 e 9 Sensor de temperatura (termostato) do motor
10 e 11 Entrada de alimentação CA monofásica para ventilação
Aterramento do conversor
Na sequência, a fi gura explica como efetuar a conexão do motor (carga) ao 
barramento de potência.
M
+
-
R S T
A1 B2}
alimentação trifásica
da armadura
(220 V/380 V/440 V)
conexões do barramento X1
CC
Figura 26 - Conexão do motor ao barramento da potência
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
Como você pode observar na ilustração, cada pino do barramento deve ser 
ligado da seguinte forma:
• R, S e T - entrada das 3 Fases de Alimentação Trifásica CA;
• A1 - saída de tensão CC da Armadura (+) do motor; e
• B2 - saída de tensão CC da Armadura (-) do motor.
44 CONVERSORES E INVERSORES
A seguir, apresentamos algumas medidas de segurança importantes a serem 
consideradas na instalação de conversores CA/CC:
a) antes de iniciar a instalação, verifique se a corrente e a tensão do motor são 
compatíveis com as do conversor;
b) verifique se a rede de alimentação está desconectada antes de iniciar as 
ligações elétricas;
c) desacople mecanicamente o motor da carga. Se o motor não puder ser de-
sacoplado, verifique se o giro em qualquer direção não causará danos à 
máquina ou riscos de acidentes;
d) mantenha os equipamentos sensíveis à temperatura e fiação a no mínimo 
de 25 cm de distância do conversor. Exemplos de equipamentos: contro-
ladores programáveis, controladores de temperatura, cabos de termopar, 
cabos de potência, cabos de sensoriamento etc.;
e) ligue as fases de rede à borneira com cuidado. A fase conectada à entrada 
“R” da eletrônica de potência (X1) deverá também ser conectada à entrada 
“R” do barramento de potência (carga). Esse mesmo cuidado deve ser to-
mado com as fases “S” e “T”;
f ) aterre a carcaça do motor ao painel onde o conversor está instalado ou no 
próprio conversor. A fiação de saída do conversor para o motor deve ser 
instalada separada da fiação de entrada da rede, bem como da fiação de 
controle e sinal; e
g) utilize calhas independentes para a separação física dos condutores de si-
nal e potência.
Conexões dos dispositivos de entrada e saída digitais e analógicas 
Os dispositivos de entrada e saída digital e analógica, assim como a ligação do 
tacogerador5 e sinais de rede, estão inseridos na conexão dos sinais de controle 
do conversor CA/CC, como pode ser observado no modelo apresentado a seguir. 
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47
2 4 6
1 3 5
2 4 68 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48
PROFIBUS
DP
XC1
AI’s FONTE DI’S RELÉ DO’s ENC AO’s
XC2
XC3
XC4
DEVICENET
RS-232
ENCODER
IN
OUT
+5
V
-5
V
CO
M
BG E
E D
I
J+ J 
-
R 
 c
F 
 c
R 
nc
R 
nc
F 
 n
o
nL nL nR nR A
1
A
1
A
2
A
2
5 
 8
...
15
V
AO
1
AO
2
AO
2
AO
1
5 
 8
...
15
V
R
+ 
24
 =
BR+ 
24
 =
- 2
4 
 =
- 2
4 
 =
L 
 R
I t
 
n=
 A
 
B
n 
= 
o 
c
n 
= 
o 
no
I >n<n>nLI
B
CO
M
n
10
0.
.3
50
n
30
..1
00
nn
n
9.
. 3
0
D
/AI
Figura 27 - Sinais de controle do Conversor CA/CC CTW-04 
Fonte: WEG (2013)
5 TACOGERADOR
É um elemento que gera 
tensão contínua para 
indicar a velocidade e o 
sentido de giro do eixo 
onde estiver acoplado. O 
valor de tensão gerado é 
proporcional à velocidade 
que estiver girando, e a 
polaridade indica o sentido 
de giro (horário ou anti-
horário).
452 Instalação de acIonadores eletrônIcos
As conexões dos bornes de controle do modelo apresentado (CTW-04) pos-
suem as funções conforme o quadro a seguir. 
Quadro 7 - Funções dos bornes de controle
IDENTIFICAÇÃO FUNÇÃO
AIs Sinais analógicos de entrada
AOs Sinais analógicos de saída
DIs Sinais digitais de entrada
DOs Sinais das saídas digitais isoladas
Alimentação Saídas de tensões da fonte de alimentação
Relé DOs Saídas digitais a relé
Enc Ligação do encoder
AO1 Ligações das saídas analógicas de 12 bits
AO2 Ligações das saídas analógicas de 12 bits
Taco CC Ligação do tacogerador CC
Agora que você já conhece a função dos conectores de XC1, observe nas figu-
ras a seguir o diagrama de ligação das entradas digitais (DIs) de acordo com o tipo 
de entrada utilizada, PNP ou NPN.
24 26 27
21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43
XC1
21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43
XC1
XC1
24 26 27
XC1
fonte de alimentação interna [-24V]fonte de alimentação interna [+24V]
Figura 28 - Conexão das entradas digitais PNP e NPN - Conversor CA/CC CTW-04
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
Já às saídas analógicas pode ser conectado um amperímetro com a função de 
indicar a corrente da armadura e um instrumento indicador de velocidade do mo-
tor (RPM). Na figura a seguir, veja os exemplos de ligações das saídas analógicas.
46 CONVERSORES E INVERSORES
2 4 6 8 10 20 21
V
I A
+
-
V
n
+
-
V
DAB
+
-
XC1
19 21 23 43 45 47
XC1
conexão das saídas analógicas
20 22 24 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48
XC1
 Pinos do Conector XC1 Referentes às saídas digitais [DO’s]
Figura 29 - Ligação das saídas analógicas e digitais
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
Esse modelo de conversor também oferece quatro entradas analógicas que 
podem ser conectadas a potenciômetros (5 kΩ) para referência, ajuste e ganho de 
velocidade(pinos ímpares de 1 a 19 do conector XC1). Essas ligações, juntamente 
com as conexões de entrada de um tacogerador, podem ser verificadas na figura 
a seguir.
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
10 12 14 16 18 20 21
18 20 21
+ + + +
- - - -
+
-
XC1 XC1
XC1
fonte de alimentação interna
com potenciômetro de 5kΩ
G
ligação do tacogerador
Figura 30 - Ligação das entradas analógicas e do tacogerador CC
Fonte: Adaptada de WEG (2013)
De acordo com o diagrama, veja as funções dos pinos do conector XC1 utiliza-
dos na ligação de um tacogerador. 
472 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Quadro 8 - Ligações do tacogerador
PINO POLARIDADE TENSÃO ENTRADA DIFERENCIAL
12 + Comum
Entrada positiva do sinal de tensão do tacoge-
rador CC
14 - De 9 até 30 V
Entrada negativa do sinal de tensão do tacoge-
rador CC (impedância: 30 kΩ)
16 - De 30 a 100 V
Entrada negativa do sinal de tensão do tacoge-
rador CC (impedância: 100 kΩ)
18 - De 100 a 350 V
Entrada negativa do sinal de tensão do tacoge-
rador CC (impedância: 300 kΩ)
O instalador deve atentar a um detalhe importante: devem ser utilizados ca-
bos de controle XC1 com blindagem devidamente conectados ao terra, para pre-
venir o sistema quanto a interferências eletromagnéticas. Em seguida, ligue os 
fios e a blindagem.
 FIQUE 
 ALERTA
A instalação de soft starter, de inversores de frequência 
e conversores CA/CC em painéis de comando de máqui-
nas industriais deve ser feita de modo a evitar a expo-
sição direta aos raios solares, umidade, chuva, gases ou 
líquidos explosivos. Os equipamentos também não de-
vem ser instalados em locais onde exista a presença de 
poeira, particulados metálicos ou vibrações excessivas. 
 SAIBA 
 MAIS
Para mais informações sobre sistemas de partida e controle 
de velocidade de motores, acesse um site de busca na in-
ternet e digite como palavras-chave o nome de fabricantes 
como Rockwell, Siemens, WEG e Varixx. Os fabricantes dis-
ponibilizam catálogos e fichas técnicas dos seus produtos 
que podem contribuir para ampliar seus conhecimentos.
48 CONVERSORES E INVERSORES
 recaPItulando
Neste capítulo, você estudou que:
• os soft starters são dispositivos destinados à partida e parada suave dos 
motores elétricos de tensão alternada;
• os conversores controlam a velocidade dos motores elétricos;
• os inversores de frequência são responsáveis pelo controle da velocida-
de dos motores de corrente alternada; e 
• os conversores CA/CC são responsáveis pelo controle da velocidade dos 
motores de corrente contínua.
Você também conheceu importantes características técnicas necessárias à 
instalação desses dispositivos. 
Ainda foram abordados assuntos relevantes, tais como as conexões físicas, 
os pontos de entrada e de saída e exemplos de parametrização desses equi-
pamentos. 
Esperamos que com esses conhecimentos você possa instalar os equipa-
mentos de controle de velocidade de motores, presentes de forma maciça 
nas máquinas mais avançadas na indústria moderna.
492 Instalação de acIonadores eletrônIcos
Anotações:
Soft starter
3
Atualmente, existem diversos equipamentos eletrônicos para acionamento de motores elé-
tricos de tensão alternada. Um equipamento muito utilizado em processos industriais e até 
comerciais é o soft starter.
O soft starter, por ser um equipamento de controle eletrônico microcontrolado, permite um 
maior controle sobre a partida e a parada do motor, oferecendo maior segurança para o motor 
e a instalação elétrica.
Devido às vantagens, esse equipamento está cada vez mais presente nas novas instalações 
ou em substituição a sistemas de partida indiretos já existentes, em máquinas e processos in-
dustriais.
O soft starter também é chamado de chave estática de partida, arrancador suave de partida 
ou ainda chave eletrônica de partida.
Para realizar a manutenção de sistemas que envolvem soft starter, o profi ssional precisa ter 
um bom conhecimento sobre o funcionamento para resolver os problemas que surgem nas 
máquinas e nos processos industriais que utilizam esse equipamento. Assim, ao fi nal deste 
capítulo vamos aprender sobre:
a) a fi nalidade, as características e o funcionamento do soft starter;
b) a manutenção de máquinas e processos que utilizam o soft starter.
52 CONVERSORES E INVERSORES
3.1 FINALIDADE DO SOFT STARTER 
Como vimos anteriormente, no capítulo Instalação de Acionadores Eletrônicos 
Industriais, o soft starter é um equipamento eletrônico tiristorizado1 que controla 
a partida e a parada suaves de motores trifásicos por meio do aumento ou da 
diminuição gradativa da tensão aplicada ao motor. 
Além de ser utilizado em máquinas que necessitam de partida e parada sua-
ves, o soft starter é instalado principalmente nos casos em que há necessidade de:
a) redução do pico da corrente de partida de motores elétricos;
b) utilização de sistema indireto de partida, obrigatório a motores com potên-
cia acima de 5 cv;
c) proteção térmica efetiva do motor;
d) redução do golpe de aríete em bombas de recalque;
e) frenagem na parada do motor;
f ) partida consecutiva de vários motores com corrente reduzida.
Na figura a seguir, vejamos um exemplo de soft starter instalado em uma estei-
ra de linha de produção de indústria química de produtos de limpeza.
Figura 31 - Soft starter acionando motor de uma esteira industrial
Fonte: SENAI-SP (2013)
O soft starter proporciona um melhor funcionamento às máquinas e aos pro-
cessos em que são instalados, pois aumenta a vida útil do motor e das partes me-
cânicas, reduz o desgaste dos elementos de transmissão de movimento, como 
correias e acoplamentos, e diminui o tempo de máquina parada para manutenção.
1 EQUIPAMENTO 
TIRISTORIZADO
Equipamento que possui 
componentes eletrônicos 
para controle de potência 
da família dos tiristores, 
como SCR, TRIAC e IGBT.
533 soft starter
Por isso, o soft starter é empregado em ventiladores, exaustores, bombas cen-
trífugas, misturadores, britadores, serras e plainas e picadores para madeiras, moi-
nhos e transportadoras de carga por esteira ou correia, escadas rolantes e diver-
sos outros equipamentos. 
A opção por partir motores com soft starter traz ainda outras vantagens, como 
diminuição do consumo de energia e possibilidade de monitoramento e controle 
à distância por meio de sistemas supervisionados.
Entretanto, o soft starter oferece alguns inconvenientes, por exemplo, custo 
alto do equipamento e limitação do número de partidas por hora.
Agora que aprendemos sobre a finalidade do soft starter, vejamos como ele 
funciona.
3.2 FUNCIONAMENTO DO SOFT STARTER 
Como vimos no item anterior, a principal função do soft starter é a geração das 
rampas de tensão de saída para partida e parada suave do motor. A rampa para a 
partida do motor é realizada por meio do aumento gradativo da tensão e a rampa 
para parada suave, pela redução gradativa da tensão. Nos casos em que a parada 
suave não é desejável, existe a opção de desligamento sem rampa (posição OFF) 
de desaceleração.
Esse equipamento tem três entradas de alimentação (é trifásico), três saídas 
para ligação do motor e entradas digitais e/ou analógicas. Normalmente, o soft 
starter também possui duas entradas para alimentação da “eletrônica” e saídas 
digitais. Alguns modelos comunicam em rede de dados e são dotados de saídas 
analógicas.
Quanto ao recurso de operação ou programação pelo usuário, apresenta In-
terface Homem-Máquina (IHM), que pode ser convencional ou digital. As IHMs 
convencionais, também conhecidas por analógicas, possuem microchaves DIP e 
controles por trimpots ajustáveis. Nas IHMs digitais, a operação e a programação 
são feitas pelo uso do teclado localizado na parte frontal da própria interface. 
Os soft starters podem ainda possuir LEDs para sinalização da condição de 
operação e falhas.
Na figura a seguir, observe dois exemplos de soft starters e suas formas de con-
trole de operação e programação.
54 CONVERSORES E INVERSORES
Figura 32 - Exemplos de soft starters com diferentesIHMs
Fonte: SENAI-SP (2013)
Na figura acima, podemos notar que o primeiro equipamento possui uma 
interface de operação e programação do tipo convencional e o segundo, uma 
interface digital, mais fácil e precisa na programação. Porém, na prática, ambos 
realizam o mesmo trabalho: o controle e a proteção de motores.
Esses equipamentos normalmente dispõem de um conjunto de proteções que 
asseguram ao motor a instalação e ao próprio soft starter um funcionamento com se-
gurança. Esses equipamentos garantem algumas seguranças, como proteção contra:
a) inversão de fases durante a instalação do soft starter;
b) falta de fase no soft starter ou motor durante o funcionamento;
c) rotor do motor bloqueado, travado, quando o motor estiver em funciona-
mento;
d) corrente no motor superior aos limites normais (sobrecarga) previamente 
ajustados;
e) curto-circuito no motor ou em sua instalação;
f ) sobreaquecimento dos componentes eletrônicos do soft starter.
Essas proteções são habilitadas por meio da configuração de parâmetros, nos 
equipamentos com IHM digital, e por minúsculas chaves conhecidas por chaves DIP, 
presentes na parte frontal dos equipamentos com IHM com controles por trimpots.
Quando alguma proteção do soft starter for atuada, o equipamento paralisa 
seu funcionamento, desligando o motor e sinalizando falha. Esses equipamentos 
são dotados de LEDs de sinalização, em alguns tipos para indicar que houve falha 
e em outros, qual tipo de proteção atuou.
553 soft starter
Na figura a seguir, temos um soft starter com IHM convencional, com identifica-
ção dos trimpots, das proteções e dos alarmes de sinalização. 
Figura 33 - Conexões elétricas e ajustes de parâmetros na IHM do soft starter de modelo SSW05 Plus
Fonte: SENAI-SP (2013)
Na figura anterior, também podemos observar os trimpots de controle para 
ajuste dos parâmetros, assunto já estudado no capítulo de Instalação de aciona-
dores eletrônicos. Como já sabemos, para que o soft starter funcione de forma 
eficiente, oferecendo boa proteção ao motor, é de fundamental importância a 
correta configuração dos parâmetros. 
Em qualquer soft starter, independentemente de marca, modelo e tipo de IHM, 
os parâmetros mínimos oferecidos pelo equipamento e, portanto, que essencial-
mente devem ser ajustados são:
1- tensão inicial da rampa de aceleração (subida);
2- tempo da rampa de aceleração (subida);
3- tempo da rampa de desaceleração (descida);
4- corrente nominal do motor.
 Na figura a seguir, vemos um gráfico de tensão que apresenta o efeito prático 
do ajuste dos parâmetros 1, 2 e 3 na partida e parada de um motor acionado por 
soft starter.
56 CONVERSORES E INVERSORES
RAMPAS DE TENSÃO NA PARTIDA E PARADA COM SOFT STARTER
20 3
1
t (s)
Tensão (V)
Figura 34 - Ajuste de parâmetros de partida e parada com soft starter 
Fonte: SENAI-SP (2013)
Os parâmetros para ajuste de tensão, aceleração e desaceleração das rampas 
respondem pela partida e parada do motor. 
No quadro a seguir, vamos exemplificar como esses parâmetros podem ser 
configurados em um soft starter de modelo SSW05 Plus. Em cada figura presen-
te na coluna Ajuste, teremos o controle correspondente para ajuste do parâme-
tro apresentado. O controle é feito por meio dos trimpots rotativos, que devem 
ser ajustados com uma chave de fenda ou Phillips. Devido à posição ajustada no 
controle rotativo, temos uma alteração no comportamento do motor durante a 
partida e/ou a parada, que está sendo apresentada na forma gráfica na coluna 
Exemplo de ajuste.
573 soft starter
Quadro 9 - Rampas de tensão na partida e parada com soft starter 
TRIMPOT DE AJUSTE DO PARÂMETRO EXEMPLO DE AJUSTE
Permite ajuste da tensão inicial da ram-
pa (tensão pedestal) de 30% a 80% da 
 tensão nominal (Vn) da rede/motor.
80%
30%
PEDESTAL
VOLTAGE
0
1
t (s)
30%
Vn
Tensão (V) de saída
(no motor)
0
1
t (s)
Tensão (V) de saída
(no motor)
0
1
t (s)
80%
Vn
Tensão (V) de saída
(no motor)
58 conversores e Inversores
TRIMPOT DE AJUSTE DO PARÂMETRO EXEMPLO DE AJUSTE
Permite ajuste do tempo da rampa 
de aceleração entre 1 segundo e 20 
segundos.
20s
1s
ACCEL
TIME
0 t (s)20 segundos
Tensão (V) de saída
(no motor)
2
0 t (s)
Tensão (V) de saída
(no motor)
2
0 t (s)1 s
Tensão (V) de saída
(no motor)
2
593 soft starter
TRIMPOT DE AJUSTE DO PARÂMETRO EXEMPLO DE AJUSTE
Permite ajuste do tempo da rampa de 
desaceleração de 0 segundo (posição 
OFF, sem rampa) até 20 segundos.
20s
OFF
DECEL
TIME
0 t (s)20 segundos
3
0 t (s)
3
t (s)sem rampa - off0
3
Como podemos observar no quadro anterior, os parâmetros aos quais foram 
atribuídos os números 1, 2 e 3 se referem a ajustes relacionados às rampas e de-
vem ser pré-ajustados antes do primeiro acionamento do motor. Depois, com a 
máquina em funcionamento, devem ser reajustados e testados para atingir um 
melhor resultado. Já o parâmetro identifi cado pelo número 4, para ajuste de cor-
rente (motor current) no soft starter, é responsável pela proteção contra sobrecor-
rentes no motor. 
Nesse parâmetro, o valor de corrente a ser ajustado (Iaj) é a porcentagem da 
corrente nominal do motor em relação à corrente nominal do soft starter, confor-
me demonstra a fórmula a seguir.
aj
In do motor 100
I (%)
In do
×
=
Soft Starter
60 conversores e Inversores
Para facilitar nosso entendimento sobre como realizar esse ajuste em função 
da corrente nominal expressa na placa do motor, vejamos um exemplo prático: 
sabendo que o motor da esteira transportadora apresentada no início deste capí-
tulo tem 3 cv de potência e uma corrente nominal (In) de 8,43 A em 220 V, qual é 
o valor a ser ajustado no parâmetro motor current?
Para calcular o valor a ser ajustado e responder a essa pergunta, devemos sa-
ber ainda outra informação: a capacidade nominal de corrente do soft starter. De 
acordo com o código do soft starter SSW05 Plus instalado na esteira, a capacidade 
atende motores de até 10 A de corrente nominal.
Agora sim, com essas informações podemos fazer o cálculo para saber o valor 
de corrente a ser ajustado (Iaj) e responder à pergunta: qual é o valor a ser ajustado 
no parâmetro motor current? 
Acompanhe o cálculo no quadro a seguir.
Quadro 10 - Ajuste de corrente nominal do motor no 
soft starter de modelo SSW05 Plus
CORRENTE NOMINAL DO MOTOR NO SOFT STARTER
TRIMPOT DE AJUSTE DO PARÂMETRO EXEMPLO DE AJUSTE
Permite ajuste do valor de corrente nominal 
do motor. As correntes acima do valor 
defi nido serão entendidas pelo soft starter 
como anormais. Nesse caso, o soft starter 
vai desligar o motor, protegendo-o contra 
sobreaquecimentos e danos.
100%
30%
MOTOR
CURRENT
CORRENTE NOMINAL (IN)
MOTOR SOFT STARTER
8,43 A 10 A
aj
aj
In do motor 100
I (%)
In do
8,43 A 100
I 84,3%
10 A
×
=
×
= =
Soft Starter
Ou seja, o trimpot deve ser ajustado com 
aproximadamente 85% na escala de 30% a 
100%.
Para colocar um soft starter em funcionamento, temos que saber ajustar os 
parâmetros básicos e entender as ligações das entradas de alimentação, das saí-
das da potência, da alimentação da “eletrônica”, que são os terminais A1 e A2, e 
das entradas e saídas digitais, as DIs. 
613 soft starter
No modelo SSW05 Plus, instalado na esteira do nosso caso em estudo, a en-
trada DI-1, quando recebe tensão, faz a partida suave do motor, evitando sola-
vancos nas embalagens presentes na esteira. Ao desenergizar a DI-1, o motor é 
desacionado, fazendo a rampa de desaceleração, desde que essa função tenha 
sido programada.
Normalmente, os soft starters possuem saídas digitais disponibilizadas em for-
ma de contato de relé, também conhecido como contato “seco”. 
No soft starter da esteira, temos duas saídas digitais operadas pelos contatos 
13-14/23-24, que se fecham durante o acionamento do soft starter. Esses contatos 
têm um ponto comum, a ligação interna do terminal 14 com o 23. Tais contatos 
ou saídas digitais funcionam da seguinte forma: 
a) o contato 13-14/24 se fecha e permanece assim durante

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