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MEP II: Introdução à bioestatística, amostragem, epidemiologia, medidas de associação

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INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA 
 
- Levantamento de dados 
- Uso difundido no nosso dia a dia 
- Instrumento útil na organização e interpretação dos 
dados 
- Coleta + Resumo + Análise = Pesquisa 
 
Estatística = medida numérica que descreve uma 
característica da amostra. 
 
Bioestatística = Aplicação da estatística nas ciências 
biomédicas. Ex.: Comparação entre uso de medicamentos 
e faixa etária. 
 
Estatística descritiva: caracterizada pela organização, 
analise e apresentação de dados – Coletar, resumir e 
analisar. 
Estatística inferencial: tem como característica o estudo 
de uma amostra de determinada população e, com base 
nela, a realização de análises e conclusões. – Comparar. 
 
 
Parâmetro = medida numérica que descreve uma 
característica da população (P<0,05) 95% de confiança. 
 
NOÇÕES DE AMOSTRAGEM 
 
População ou universo = é o conjunto de unidades sobre 
o qual desejamos obter informação. Normalmente tem 
alguma característica em comum. 
 
Amostra = é todo subconjunto de unidades retiradas de 
uma população para obter a informação desejada. 
 
“Por que se usam amostras?” 
- Custo e demora dos censos, 
- Populações muito grandes, 
- Impossibilidade física de examinar toda a população; 
- Comprovado valor científico das informações coletadas 
por meio de amostras; 
- Uma amostra bem selecionada pode fornecer resultados 
mais acurados, ao diminuir possibilidade de erros. 
 
 
Antes de se obter uma amostra, é preciso definir os 
critérios que serão usados para selecionar as unidades que 
comporão essa amostra. 
 
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM 
 
Amostragem = são as técnicas utilizadas para escolha de 
uma amostra. Podem ser definidas de acordo com a 
técnica usada, sendo caracterizadas como: 
- Amostra aleatória, casual ou probabilística 
- Amostra semiprobabilística 
- Amostra não probabilística ou de conveniência. 
 
 
 
 
 
Obs.: algumas literaturas divergem e colocam quotas 
como um tipo de amostra não probabilística. 
 
Amostra probabilística ou aleatória 
 
- Para obter uma amostra aleatória, é preciso que a 
população seja conhecida e cada unidade esteja 
identificada por nome ou por número. 
- Elementos escolhidos por sorteio. 
 
Amostra aleatória simples: É obtida por sorteio de uma 
população constituída por unidades homogêneas para a 
variável que se quer estudar. 
 
Amostra aleatória estratificada: É usada quando a 
população é constituída por unidades heterogêneas para 
a variável que ser quer estudar. 
- Nesse caso, as unidades da população devem ser 
identificadas, depois, as unidades similares devem ser 
reunidas em subgrupos chamados estratos. 
- O sorteio é feito dentro de cada estrato. 
 
Amostra semiprobabilística 
 
Amostra semiprobabilística sistemática: É constituída por 
n unidades retiradas da população segundo um sistema 
preestabelecido. 
 
Amostra semiprobabilística por conglomerados: É 
constituída por n unidades tomadas de alguns 
conglomerados, que é um conjunto de unidades que 
estão agrupadas, qualquer que seja a razão. 
- Ex: um asilo é um conglomerado de idosos. 
 
Amostra semiprobabilística de quotas: É constituída por n 
unidades retiradas da população segundo quotas 
estabelecidas de acordo com a distribuição desses 
elementos na população. Muito usada em pesquisas de 
marketing. 
 
Amostra não probabilística ou de conveniência 
 
- Não é aleatória. 
- O professor que toma os alunos de sua classe como 
amostra de toda a escola está usando uma amostra de 
conveniência. 
- O pesquisador seleciona elementos da amostra que julga 
representativos da população de interesse, ou 
apropriados por algum motivo, intencionalmente. 
 
 
 
INFERÊNCIA X PROBABILIDADE 
 
Estatística → Dados numéricos coletados de maneira 
sistemática e os classifica, tabula e analisa (amostra) 
- “A Inferência Estatística consiste em fazer afirmações 
probabilísticas sobre as características do modelo 
probabilístico, que se supõe representar uma população, 
a partir dos dados de uma amostra aleatória (probabilística) 
desta mesma população.” 
- Através da probabilidade se generaliza os resultados de 
uma amostra para a população em estudo. 
 
ERRO SISTEMÁTICO 
 
Viés → Qualquer processo, em qualquer estágio da 
pesquisa, que tende a produzir resultados e conclusões, 
que diferem da verdade. Seu efeito é o de distorcer a 
estimativa de um resultado. 
 
Viés de aferição – quando algum dado de interesse do 
estudo não foi regularmente obtido nos vários grupos de 
estudo. Instrumento de coleta de dados utilizado não foi 
aplicado de maneira uniforme para todos os grupos. 
 
Viés de seleção – ocorre quando a amostra do estudo 
não é representativa da população. Ele é resultante da 
maneira como os indivíduos foram selecionados para o 
estudo. 
 
Viés de confusão – ocorre quando não há 
comparabilidade entre os grupos estudados. Isto acontece 
quando variáveis que produzem os desfechos clínicos, 
estão desigualmente distribuídas entre os grupos. Dois 
fatores estão associados e, o efeito de um deles é 
confundido ou distorcido pelo efeito do outro. 
 
TIPOS DE VARIÁVEIS NAS ROTINAS DAS PRÁTICAS 
CLÍNICAS 
 
Parâmetro = é uma medida numérica que descreve uma 
característica de uma população. 
 
Estatística = é uma medida numérica que descreve uma 
característica da amostra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
- Desenho do estudo – viés de seleção 
- Fase experimental – viés de aferição 
- Analise de dados – viés de confusão 
 
- O objetivo da estatística é conseguir fazer uma 
inferência. 
 
DADOS X VARIÁVEIS 
 
Dados 
- São os valores da variável em estudo, obtidos por meio 
de uma amostra, ou seja, são os valores que variam de 
elemento a elemento de acordo com a variável. 
- Ex: quando os clientes dão uma nota ao serviço (0-10) 
 
Dados primários = dados coletados pelo próprio 
pesquisador e sua equipe. 
Dados secundários = não foram obtidos pelo pesquisador 
e sua equipe (diversas fontes como artigos em periódicos, 
prontuários, institutos de pesquisa, DATASUS, IBGE, OMS, 
OPAS, MS). 
 
Variável 
- Condição ou característica das unidades da população, 
podendo assumir valores diferentes em diferentes 
unidades. 
- É a característica de interesse que é medida em cada 
elemento da amostra ou população. Seus valores variam 
de elemento a elemento. 
- É tudo que pode variar entra as pessoas. 
- Ex: opinião dos clientes sobre a qualidade de um serviço 
 
 
 
VARIÁVEL QUALITATIVA 
 
- Quando seus valores forem atributos e/ou qualidades. 
- Se dá nome. 
 
Variável qualitativa nominal = os dados são distribuídos em 
categorias mutuamente exclusivas, mas são indicadas em 
qualquer ordem. Os dados não seguem uma hierarquia. 
Ex: cor do cabelo, tipo sanguíneo. 
 
Variável qualitativa ordinal = os dados distribuídos em 
categorias mutuamente exclusivas que têm ordenação 
natural. Os possíveis valores que assume representam 
atributos e/ou qualidades. 
Ex: escolaridade (1ºgrau, 2º grua e 3º grau); gravidade da 
doença (leve, moderada ou grave) 
Ordinal: as variáveis tem uma ordenação natural, indicando 
intensidades crescentes de realização. 
Ex: População: luvas de procedimento. 
 Variável: tamanho (P,M,G) 
Ex: População: habitantes de um país. 
 Variável: classe social (baixa, média, alta). 
 
VARIÁVEL QUANTITATIVA 
 
- Quando seus valores forem expressos em números. 
- Se conta 
 
Variável quantitativa discreta = só pode assumir 
determinados valores em um dado intervalo. Assume 
valores em pontos da reta final, finito. Pode ser contado 
(no geral, valores inteiros). 
Ex: população – casais de uma cidade. Variável: numero 
de filhos (nenhum, 1,2,3...) 
 
Variável quantitativa contínua = assume qualquer valor 
num dado intervalo. Quando pode assumir qualquer valor. 
Pode ser medido (no geral, valores decimais). 
Ex: população – pacientes em um hospital. Variável: peso 
e estatura, dosagem de hemoglobina. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 
- Estuda o processo saúde-doença: estudo sobre o que 
afeta a população. 
- Analisa a distribuição e os fatores determinantes das 
enfermidades,dos danos à saúde e de eventos associados 
à saúde coletiva. 
- Propõe medidas especificas de prevenção, controle ou 
erradicação de doenças. 
- Fornece indicadores que sirvam de suporte ao 
planejamento, à administração e a avaliação das ações de 
saúde. 
 
Técnicas: estatística, ciências biológicas e ciências sociais. 
 
Atuação: 
- Clinica - Nutricional - Descritiva 
- Investigativa - De campo 
 
Aspectos: 
- Biológicos - Econômicos 
- Socioculturais - Ambientais 
Diagnóstico da situação: 
- Coleta sistemática de dados sobre a saúde e de 
informações demográficas econômicas, sociais, culturais e 
ambientais. 
Objetivos: 
 - Construção de um plano de ação que diminua os 
problemas. 
 - Formulação de hipóteses sobre os fatores envolvidos. 
Etapas: Planejamento, execução e análise. 
 
Investigação etiológica: 
 - Abordagem unicausal 
 - Abordagem multicausal 
 
Determinantes de risco: 
 - Grau de probabilidade de ocorrência de um resultado 
desfavorável 
 - Associado a ocorrência de doenças na população. 
 Risco relativo/ razão de risco 
 Risco de chances/ odds ratio 
 
Variações para a ocorrência de doenças: 
Surto: aumento repentino dentro de limites específicos ou 
de uma doença específica. 
Epidemia: aumento acima do esperado para determinada 
doença não limitado a uma região. 
Endemia: casos controlados em uma determinada região. 
Pandemia: aumento muito acima do esperado afetando 
vários países e continentes. 
 
INCIDÊNCIA X PREVALÊNCIA 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
- É utilizada frequentemente para descrever o estado de 
saúde de grupos populacionais. 
- O conhecimento da carga de doenças que afetam a 
população é essencial para as autoridades em saúde. 
- A epidemiologia estuda basicamente a morbidade. 
 
 
 
 
 
MORBIDADE: 
- É um conjunto de casos ou de agravos à saúde que 
acometem um grupo populacional. 
- Pode também ser definida como a soma de agravos a 
saúde que atingem uma determinada população. 
- Sempre que nos referimos ao termo morbidade, 
devemos pensar em uma população predefinida, com 
localização espacial bem determinada, assim como um 
intervalo de tempo e abrangência do estudo bem claros. 
- Em resumo, a morbidade se refere aos indivíduos que 
se tornaram doentes num intervalo de tempo. 
 
PREVALENCIA X INCIDENCIA 
 
PREVALÊNCIA 
- É uma medida de frequência das doenças (ou outras 
características em um momento determinado) → casos 
“antigos” + casos novos. 
- Representa o número de ocorrências de certo evento 
pela população total estudada 
 
 
 
INCIDÊNCIA 
- É a frequência de casos novos de uma determinada 
doença, ou problema de saúde, oriundos de uma 
população sob risco de adoecimento, ao longo de um 
determinado período do tempo. 
 
 
 
Incidência cumulativa: 
- Fornece uma estimativa da probabilidade de um individuo 
desenvolver a doença durante um período específico de 
tempo e, por isso, é também chamada simplesmente de 
risco. 
- Esta medida assume que todos os indivíduos identificados 
no inicio do seguimento foram acompanhados por todo o 
período em questão. 
 
 
 
Exemplo: 
 
 
DENSIDADE DE INCIDÊNCIA 
- Coorte 
- É comum que os indivíduos em seguimento não sejam 
acompanhados por períodos uniformes de tempo. 
- Alguns são seguidos por meses, outros por anos e 
outros ainda podem ser perdidos do seguimento. 
- Assim, para calcular a densidade de incidência 
- Numerador - número de casos novos 
- Denominador – a soma do tempo que cada individuo foi 
observado estando livre da doença. 
 
 
 
 
 
LETALIDADE: 
- Ela indica quantos entre os afetados morrem, ou seja, 
quantos doentes são levados ao óbito pela condição clínica 
que apresentam. 
 
Ex: “A letalidade de hantavirose no DF em 2003 foi de 
48% (14 motos entre os 29 casos) 
 
“Letalidade e mortalidade são a mesma coisa?” 
-A letalidade está relacionada à morte devido a uma 
condição clinica específica. A morte do indivíduo está 
vinculada a uma causa definida. 
-Já a mortalidade também está vinculada à morte, porém 
de um grupo populacional específico, podendo haver 
diversas causas. 
 
Prevalência X Incidência 
A incidência mensura melhor agravos agudos (sarampo, 
dengue, acidentes de trânsito, entre outros) e a 
prevalência dimensiona melhor os agravos crônicos 
(tuberculose, AIDS, hipertensão, entre outros) 
A prevalência é útil no planejamento e administração de 
serviços e programas de saúde para disponibilizar serviços 
à população, leitos, medicamentos, materiais, 
procedimentos, etc. 
 
 
 
RELAÇÃO ENTRE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA: 
 
As taxas de incidência podem influenciar na prevalência. 
Logo, as duas tem influência entre si: 
 
 
 
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR AS TAXAS DE 
PREVALÊNCIA: 
 
 
 
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO 
 
Buscam associação entre fator de risco e desfecho 
Ex: epidemiologia – uso de cigarro e seu efeito nos 
pulmões. 
Muitas vezes a pergunta é feita de modo a relacionar as 
características da pessoa com o RISCO de desenvolver 
determinado evento. 
 
Variáveis de interesse X Determinado evento = RISCO 
 
Risco = Probabilidade uma pessoa desenvolver o desfecho 
em um determinado período de tempo, na presença de 
um determinado fator de risco... É usualmente avaliado em 
estudos epidemiológicos através da incidência cumulativa. 
 
 
Exemplo: 
“Um médico quer avaliar se crianças que vivem próximas 
a linhas de transmissão de alta voltagem têm maior risco 
de desenvolver distúrbios hematológicos do que crianças 
que vivem afastadas dessas áreas. 
 - Fator de risco: viver próximo de linhas de transmissão 
de alta voltagem 
 - Desfecho: desenvolver distúrbios hematológicos 
 
É por meio das medidas de associação que se conclui a 
relação entre o fator de risco e o desfecho. 
 
Existem algumas medidas de associação que foram 
desenvolvidas com o objetivo de avaliar a relação entre o 
fator de risco e o desfecho. São elas: 
 - Risco relativo 
 - ODDS Ratio 
 
Risco relativo (RR) = Feita em estudos de coorte, estima 
a magnitude da associação entre a exposição ao fator de 
risco e o desfecho, indicando quantas vezes a ocorrência 
do desfecho nos expostos é maior que naquela entre os 
não expostos. 
O cálculo é feito pela razão entre a incidência do desfecho 
nos expostos e a incidência do desfecho nos não-
expostos. 
 
 
 
 
 
RR = 1 → Indica que a taxa de incidência da doença nos 
grupos de expostos e não expostos são idênticas, 
indicando que não há associação observada entre 
exposição e doença. 
RR > 1 → Indica associação positiva ou risco aumentado 
entre os expostos ao fator estudado. 
RR < 1 → Indica que há uma associação inversa ou um 
risco diminuído entre os expostos ao fator estudado, é o 
chamado fator de proteção. 
 
ODDS RATIO (razões de chance) = Usada em estudos de 
caso-controle, com pacientes inclusos de acordo com a 
presença ou não de desfecho. Não mede o risco de forma 
direta. 
Caso controle: avaliação da exposição no passado e 
análise do desfecho no presente. 
Geralmente são definidos um grupo de casos (com o 
desfecho) e outro de controles (sem o desfecho). A 
proporção casos/controles é determinada pelo próprio 
investigador. Assim, a ocorrência de desfechos no grupo 
total estudado não é regida pela história natural da doença, 
pois depende de quantos casos e controles o pesquisador 
selecionou. 
 
Exemplo: 
 
 
Risco Relativo e Razão de Chances 
RR(RC) ≅ 1 → associação entre exposição e doença 
improvável de existir. 
RR (RC) >> 1 → aumenta o risco (chance) de doença 
entre aqueles que foram expostos. 
RR (RC) << 1 → diminui o risco (chance) de doença entre 
aqueles que foram expostos. 
 
TIPOS DE ESTUDO E PESQUISA 
 
Pesquisa pode ser classificada de acordo com suas 
características: 
- Quanto à abordagem (natureza dos dados) 
- Quanto aos objetivos 
- Quanto ao tempo 
- Quanto à interferência do pesquisador 
 
QUANTO À ABORDAGEM: 
 
Qualitativa = Não se preocupa com representatividade 
numérica. Descrição narrativa dos dados. Estuda ações 
individuais, sociais e grupais. Pesquisador está envolvido 
com o fenômeno,não é apenas observador. 
Quantitativa: Estudo estatístico. Recorre à linguagem 
matemática para descrever as causas de um fenômeno, 
as relações entre variáveis, etc. 
QUANTO AOS OBJETIVOS: 
 
Exploratória: Não elaboram nem testam hipóteses. 
Pesquisas bibliográficas: estudo através de material já 
elaborado. 
Descritivas: Tratam da descrição das características de 
determinada população ou fenômeno, podendo ser feitas 
por levantamento ou por pesquisa documental. O 
levantamento trata da interrogação direta do sujeito da 
pesquisa, a amostragem é representativa, pois é uma 
amostra da população. Proporcionam informações para 
ações de planejamento. 
- A pesquisa documental utiliza materiais inéditos, mas não 
precisa de contato direto com os sujeitos e o custo é 
reduzido. Não há representatividade. 
Explicativas: São experimentais. Indicam fatores que 
determinam ou contribuem para a ocorrência de 
fenômenos (doenças). Formulam e testam hipóteses 
- Relação causa - efeito 
- Exige trabalho intenso 
- In vitro, em animais, ensaios clínicos 
 
QUANTO AO TEMPO: 
 
Transversal: Fenômeno estudado apenas em um certo 
período de tempo. Causa e efeito são mensurados no 
mesmo momento, no presente. 
Longitudinal: Fenômeno estudado ao longo de um 
período. Na longitudinal, quanto a época de observação: 
 - Retrospectiva: variáveis que ocorrem no passado e 
desfecho é observado no presente 
 - Prospectivo: variáveis preditoras são medidas no 
presente e o desfecho é medido no futuro. 
 
QUANTO À INTERFERÊNCIA DO PESQUISADOR: 
 
Observacional: Apenas observa o fenômeno. Não testam 
hipóteses. Podem ser: descritivas (relato de caso ou séries 
de casos) ou analíticas (transversal, caso-controle, coorte, 
ecológico). 
Observacionais descritivas: Não se investiga uma relação 
de causa-efeito. Se interessa apenas na descrição. Não há 
comparação. 
- Estudo de caso ou série de casos: estudos profundos 
sobre casos clínicos. Delineamento simples. Difícil 
generalização. 
Observacionais analíticos: Examinam a existência de 
associação entre uma exposição e uma doença (causa-
efeito). Pressupõe a existência de um grupo controle. 
-Transversais: estuda uma população em um único ponto 
do tempo. 
-Caso-controle: seleciona o grupo de casos e o de 
controle com base no efeito e compara os grupos em 
termos de suas frequências de exposição passadas a 
fatores de risco possíveis (retrospectiva). 
-Coorte: participantes são classificados em expostos e não 
expostos a um determinado fator de interesse. São 
acompanhados para verificar a incidência da doença entre 
expostos e não expostos, desfecho é o futuro 
(prospecção). 
-Ecológico: analisada o nível agregado (grupos, 
comunidade), grupos de pessoas em uma área geográfica 
definida. Há possiblidade de desenvolver estudos 
ecológicos transversais e longitudinais. 
 
Experimental: Uma intervenção proposital é realizada para 
observar os efeitos. Podem ser: ensaio clínico 
randomizado, in vitro, em animais. 
Ensaios clínicos randomizado: "padrão ouro". Avalia a 
intervenção por tratamento (ensaio clínico) ou 
intervenções preventivas (ensaio de campo). Estudo 
cego/ duplo cego Grupo experimental e de controle são 
formados por processo aleatório de decisão (ao acaso) 
Fator de investigação é distribuído aleatoriamente. 
Obs: Randomização é o processo de tornar algo aleatório; 
em vários contextos, isso envolve, por exemplo: gerar 
uma permutação aleatória de uma sequência; selecionar 
uma amostra aleatória de uma população; alocação de 
unidades experimentais por atribuição aleatória a uma 
condição de tratamento ou controle 
Ensaios de campo: Intervenções preventivas. 
Ensaios comunitários

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