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180 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393
Braz J Periodontol - March/June 2020 - volume 30 - issue 03
OBESIDADE E DOENÇAS PERIODONTAIS
Obesity and Periodontal Diseases
Sérgio Spezzia1.
1Cirurgião Dentista. Especialista em Saúde da Mulher no Climatério pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Especialista em Gestão em 
Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Gestão Pública pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Especialista 
em Adolescência para Equipe Multidisciplinar e Mestre em Ciências pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP.
INTRODUÇÃO
Doenças periodontais (DPs) constituem problema de 
Saúde Pública capaz de gerar impacto, uma vez que mui-
tos indivíduos são acometidos pela patologia pelo glo-
bo (Chambrone et al., 2010; Ministério da Saúde, 2011; 
Wade, 2013; Batchelor, 2014).
DPs constam de doenças multifatoriais, polimicrobia-
nas, crônicas e infecto-inflamatórias que acometem os 
tecidos periodontais. Nelas evidenciam-se respostas infla-
matória e imunológica, oriundas, principalmente do acú-
mulo de biofilme dentário (Maçaneiro et al., 2015; Guar-
dia et al., 2017). Geralmente convive-se com a ocorrência 
de DPs, como a gengivite e a periodontite. A doença 
ocorre quando bactérias atuam nos tecidos periodontais 
ao aderir-se na superfície dos dentes (Axelsson & Lindhe, 
1981; Newman et al., 2003). O surgimento e a evolução 
das DPs variam individualmente, em conformidade com 
RESUMO
Doenças periodontais (DPs) constam de doenças multifatoriais, polimicrobianas, crônicas e infecto-inflamató-
rias que acometem os tecidos periodontais. Nelas evidenciam-se respostas inflamatória e imunológica, oriundas, 
principalmente do acúmulo de biofilme dentário. A obesidade é uma doença crônica, multifatorial onde ocorre 
acúmulo aumentado ou anormal de gordura corporal. Em âmbito médico destaca-se a importância das DPs por 
sua possível interação com várias doenças sistêmicas, dentre as quais, a obesidade, o que constitui fundamento 
de Medicina Periodontal. O objetivo do presente artigo foi evidenciar a inter-relação existente entre obesidade e 
doenças periodontais. Realizou-se revisão bibliográfica com busca nas bases de dados: PubMED, LILACS, Goo-
gle Acadêmico de estudos e artigos acerca da possível correlação existente entre a doença sistêmica obesidade 
e as doenças periodontais. No contexto geral, DPs e a obesidade constituem similarmente doenças crônicas, 
multifatoriais, inflamatórias e de caráter complexo, que podem inter-relacionar-se. Os mecanismos biológicos 
responsáveis pela fisiopatogenia entre DPs e obesidade ainda não acham-se elucidados por completo e a cor-
relação possível que existe fundamenta-se na produção de hormônios e de citocinas, via tecido adiposo, o que 
influi e pode modificar a resposta inflamatória evidenciada. Periodontite e obesidade são patologias que possuem 
algumas similaridades. O controle e a manutenção do quadro periodontal dos pacientes obesos em consultas 
odontológicas periódicas permite avaliar a higenização bucal dos pacientes e permite averiguar se existe necessi-
dade da realização da terapia periodontal básica, cuidados que possibilitam minimização dos possíveis problemas 
inflamatórios periodontais que possam vir a ocorrer.
Palavras-chave: Obesidade. Doenças Periodontais. Imunidade. Periodontite.
Recebimento: 08/09/19 - Correção: 07/11/19 - Aceite: 18/12/19
181An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393
Braz J Periodontol - March/June 2020 - volume 30 - issue 03
fatores ambientais e dependentes do hospedeiro (Ali et 
al., 2011; Marin et al., 2012; Antonini et al., 2013).
A doença origina-se da destruição dos tecidos que 
circundam os elementos dentais, devido ação de perio-
dontopatógenos. Microrganismos atuantes produzem 
exotoxinas e lipopolissacarídeos, o que promove resposta 
inflamatória. Caso o periodonto de proteção seja afligido, 
têm-se instalação de gengivite, que é reversível, havendo 
simultaneamente dano também ao periodonto de sus-
tentação com evidência possivelmente de reabsorção ós-
sea, têm-se periodontite, que é irreversível (Garcia et al., 
2010; Macedo et al., 2010; Marin et al., 2012).
A etiologia primária das DPs, provém da influência 
desfavorável do biofilme dentário, que aglomera-se com 
maior intensidade nas localidades onde a higienização 
bucal é precária ou insuficientemente realizada (Kolen-
brander, 2006; Marsh, 2011).
Em âmbito médico destaca-se a importância das DPs 
por sua possível interação com várias doenças sistêmicas, 
dentre as quais, a obesidade, o que constitui fundamento 
de Medicina Periodontal (Rose et al., 2002; Seymour et al., 
2007; Chaffee & Weston, 2010; Pizzo et al., 2010; Maddi 
& Scannapieco, 2013; Jeffcoat et al., 2014; Hasturk & Kan-
tarci, 2015; Stokreef, 2015; Colombo et al., 2016; Brasil, 
2017).
A obesidade configura-se também como um problema 
de Saúde Pública, que gera transtornos e causa impacto 
a nível social e em âmbito econômico. Trata-se de doença 
crônica, multifatorial onde ocorre acúmulo aumentado de 
gordura corporal (Kopelman, 2000; Spezzia et al., 2009; 
Dias et al., 2017). Muitas complicações podem ocorrer 
pela presença da doença, o que repercutirá elevando as 
taxas de morbidade e de mortalidade (Samuel, 2015; Del-
gado, 2016).
Muitas outras patologias sistêmicas, envolvendo hi-
pertensão, hiperlipidemia, doenças cardiovasculares e 
diabetes mellitus tipo 2, entre outras, podem ocorrer por 
ação da obesidade, que age como fator de risco. Além 
disso, a obesidade pode relacionar-se a patologias bucais, 
tais como cárie dentária e doenças periodontais, como 
a periodontite (Bertolini et al., 2010; Nascimento et al., 
2014; Slotwinska & Slotwinski, 2015; Apovian, 2016; Del-
gado, 2016; Nascimento et al., 2016).
Doenças sistêmicas, como a obesidade podem agir 
como fator de risco desencadeador das DPs, modifican-
do as respostas nos tecidos periodontais. Pode ocorrer 
relacionamento entre obesidade e DPs pela manifestação de 
desregulação inflamatória e disfunção imunológica (Saito et 
al., 2001; Calabro & Yeh, 2007; Cruvinel et al., 2010; Genco 
& Borgnakke, 2013; Slotwinska & Slotwinski, 2015).
No ato das condutas odontológicas deve-se avaliar 
cuidadosamente o paciente obeso e sua história médica, 
anotando em sua ficha possíveis comorbidades presen-
tes, visando evitar a ocorrência de complicações no trans-
correr das intervenções ou procedimentos odontológicos 
realizados (Marsicano, 2008; Oliveira & Almeida, 2012; 
Santos et al., 2014; Ryan & Raja, 2016).
No contexto geral, DPs e obesidade constituem simi-
larmente doenças inflamatórias e crônicas, que podem 
correlacionar-se (Saporiti et al., 2014; Delgado, 2016; 
Nascimento et al., 2016).
O objetivo do presente artigo foi evidenciar a inter-rela-
ção existente entre obesidade e doenças periodontais.
MÉTODO
Realizou-se revisão bibliográfica com busca nas bases 
de dados: PubMED, Literatura Latino-americana e do Ca-
ribe em Ciências da Saúde (LILACS), Google Acadêmico de 
estudos e artigos acerca da possível correlação existente 
entre a doença sistêmica obesidade e as DPs. No Google 
Acadêmico empregou-se a expressão de busca: obesida-
de and odontologia and saúde bucal and doenças perio-
dontais and periodontite and 2014 and 2015 and 2016 
and 2017 and 2018 e obteve-se aproximadamente 286 
resultados. No LILACS utilizou-se a expressão: obesidade 
and doenças periodontais e encontrou-se 53 resultados. 
No PubMED empregou-se: obesity and periodontal di-
seases and periodontitis and dentistry and oral health e 
encontrou-se 117 resultados.
Incluiu-se os principais estudos e artigos, que versa-
vam acerca da correlação existente entre DPs e obesi-
dade, presentes nas bases de dados PubMED e LILACS, 
independentemente da data de publicação e idiomas dis-
ponibilizados nas bases. No Google Acadêmico conside-
rou-se publicações de 2014 a 2018.Excluiu-se artigos que tratavam de outras patologias 
sistêmicas que não a obesidade e que não possuíam con-
teúdo concernente com a temática de pesquisa.
Apontamentos de livros, trabalhos, monografias, dis-
sertações e teses sobre o mesmo assunto também foram 
considerados.
182 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393
Braz J Periodontol - March/June 2020 - volume 30 - issue 03
REVISÃO DE LITERATURA
Nas DPs, mecanismos imuno-inflamatórios atuam, no 
intuito de deter a invasão tecidual e proteger o hospedei-
ro dos microrganismos presentes. A resposta imunológica 
gera inflamação local. Nesse contexto, havendo manifes-
tação de processos reacionais protetores frente as agres-
sões de maneira continuada pode ocasionar perda óssea 
periodontal. A inflamação gerada trata-se de uma reação 
do hospedeiro frente aos malefícios ocasionados pela 
microbiota oral. Processos imuno-inflamatórios almejam 
promover proteção ao organismo frente ao ataque micro-
biano, impedindo a invasão tecidual. No geral, processos 
imunológicos e inflamatórios que fazem-se presentes nos 
tecidos periodontais visam instituir proteção a integridade 
tecidual, realizando enfrentamento as agressões (Axels-
son & Lindhe, 1981; Gaetti Jardim et al., 2010; Garcia et 
al., 2010; Ali et al., 2011; Antonini et al., 2013).
Alguns fatores são considerados contribuidores para 
o surgimento das DPs, como: biofilme dentário; medi-
camentos administrados; hábito de fumar; influências 
hormonais, que atuam podendo exacerbar o estado in-
flamatório presente e influência oriunda da presença de 
doenças sistêmicas nos pacientes (Neville et al., 2004). 
Patologias sistêmicas, envolvendo osteoporose, lúpus 
eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, aterosclerose, 
doenças cardiovasculares, e possivelmente obesidade, 
dentre outras, quando estiverem presentes coadjuvada-
mente às DPs podem sofrer influência das mesmas. Pode 
ocorrer exacerbação ou intensificação da inflamação ou 
do grau inflamatório presente nessas doenças (Spezzia, 
2012; Spezzia & Calvoso Jr., 2012; Spezzia, 2016).
Comumente convive-se com DPs como a gengivite e 
a periodontite. A gengivite constitui processo inflamatório 
limitado aos tecidos marginais, manifestando edema, eri-
tema, sangramento e vermelhidão. A periodontite possui 
etiologia multifatorial e acarreta destruição óssea perio-
dontal com a formação de bolsas periodontais, que ao 
progredirem tornam-se cada vez mais infectadas e com 
maior profundidade. Nela ocorre manifestação da forma 
severa das DPs que aflige ligamentos periodontais e es-
truturas ósseas de suporte dentário (Lindhe et al., 2005).
Individualmente a resposta imunológica que é ma-
nifestada intrinsecamente por cada hospedeiro agre-
gada as características microbianas evidenciadas agem 
influenciando nos quadros de periodontite. Processos 
inflamatórios e imunológicos que ocorrem em decorrên-
cia da periodontite acarretam a produção de proteína C 
reativa (PCR), citocinas e prostaglandinas. A destruição 
tecidual e reabsorção óssea manifestam-se, ocorrendo 
conjuntamente níveis altos de várias citocinas (Lima et al., 
2008; Spezzia & Calvoso Jr., 2013).
A PCR aumenta proporcionalmente, a medida que 
ocorre agressão e destruição tecidual. Trata-se do mar-
cador de atividade inflamatória que detém capacidade 
de elevação e dependência relacionados com o estímulo 
inflamatório apresentado. Essa proteína atua como sina-
lizador não-específico de agressões e processos infeccio-
sos e possui emprego na averiguação de indivíduos com 
manifestações inflamatórias. A PCR auxilia na avaliação 
dos processos inflamatórios, podendo delinear sua exten-
são e atividade. Outra função da proteína é a de permitir 
efetuar o acompanhamento da resposta terapêutica, a 
exemplo, têm-se a aferição do grau de inflamação pre-
sente antes e depois da instituição da terapia periodontal, 
em período posterior comumente o grau inflamatório de-
cresce. Os níveis da PCR acham-se elevados em indivíduos 
obesos e portadores de DPs (Bullo et al., 2003; Spezzia & 
Calvoso Jr., 2013).
A obesidade advém do excesso de massa gordurosa 
apresentado, quando comparado a massa magra e é con-
sequência do consumo crônico de calorias excedentes, 
suplantando o metabolicamente necessário. Ela é designa-
da em conformidade com o peso e a altura, dessa forma 
pode-se evidenciar pesos mais elevados do que se define 
como saudável para determinada estatura. Calcula-se a 
presença possível de obesidade por intermédio da fórmula 
do índice de massa corpórea (IMC), em que o peso em 
quilogramas é dividido pela altura em metros ao quadrado, 
obtendo-se valor igual ou superior a 30 kg/m2, configura-
-se obesidade. Pode-se classificar a obesidade de diversas 
formas, comumente emprega-se o IMC para tal finalidade 
(Spezzia et al., 2009; Associação Brasileira para o Estudo da 
Obesidade e da Síndrome Metabólica, 2016).
Outro recurso passível de ser utilizado, visando identi-
ficação de obesidade, consta da aferição da circunferên-
cia abdominal, medida essa que correlaciona-se a gordura 
corporal total. A averiguação da circunferência abdominal 
pode ocorrer verificando-se os pacientes posicionados em 
supina, inspirando profundamente, uma vez ocorrido o 
término da expiração subsequente, procede-se a aferição. 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde 
183An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393
Braz J Periodontol - March/June 2020 - volume 30 - issue 03
(OMS), essa aferição pode ocorrer, medindo-se o maior 
perímetro abdominal presente na porção situada entre a 
última costela e a crista ilíaca (Associação Brasileira para o 
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, 2016).
A OMS considera que uma pessoa para ser obesa 
deve possuir IMC com valor numérico de 30 ou mais. Sa-
be-se que o IMC acha-se diretamente relacionado com a 
proporção apresentada de massa gorda corporal (Spezzia 
et al., 2009; Slotwinska & Slotwinski, 2015; Tirth & Tan-
don, 2015).
Pode-se também classificar a obesidade em três clas-
ses: obesidade de grau I, quando o IMC estiver entre 30 
e 34,9; de grau II, quando tivermos IMC aferido com valor 
entre 35 e 39,9 e obesidade de grau III, quando conviver-
mos com IMC maior ou igual ao valor de 40 (Associação 
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Me-
tabólica, 2016).
Em conformidade com o perímetro abdominal, classifi-
ca-se a obesidade em subcutânea ou visceral. A obesida-
de visceral é designada por obesidade com distribuição no 
formato androide ou de maçã e a subcutânea é designada 
por obesidade com gordura distribuída no formato de pera 
ou ginoide (Mancini, 2015; Associação Brasileira para o Es-
tudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, 2016).
A obesidade mórbida pode ser tratada fazendo-se uti-
lização da cirurgia bariátrica, almejando que os pacientes 
venham a perder peso, entretanto, concomitantemente a 
realização da cirurgia bariátrica, evidenciam-se repercus-
sões provocadas pela mesma a nível de saúde sistêmica 
e saúde oral. Posteriormente a realização da cirurgia, po-
de-se conviver com alguns efeitos negativos em âmbito 
sistêmico e bucal, mais especificamente, levando a insta-
lação de problemas periodontais. Alterações periodontais 
apresentadas, advém de fatores influenciadores psicoló-
gicos e das adaptações ou mudanças que vão ocorrendo 
relacionadas a dieta pós-cirurgia (Sales-Peres et al., 2015). 
Existe inter-relação entre a elevação de tecido adiposo 
e a elevação dos níveis de várias citocinas, entre elas o 
fator de necrose tumoral alfa, a interleucina 6 e 8 e a PCR 
(Dursun et al., 2016).
O desempenho de atividade física e o controle da die-
ta através da ingestão de alimentação com menor teor 
calórico auxiliam no enfrentamento do quadro de obesi-
dade. Exercícios físicos propiciam melhor gasto de energia 
e eliminam gordura com redução de tecido adiposo (Spe-
zzia et al., 2009).
A abordagem dos obesos deve procedercom empre-
go de uma equipe multidisciplinar, que possua o cirurgião 
dentista incluso. Em âmbito odontológico, o levanta-
mento da história médica e odontológica dos pacientes, 
faz-se necessário. Indivíduos portadores de obesidade 
devem ser investigados acerca da existência ou não de 
outras doenças que podem estar ocorrendo, concomitan-
temente, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovascu-
lares, entre outras. Convém também, visando proceder 
a condutas odontológicas isentadas de possíveis compli-
cações, investigar e anotar na ficha odontológica todos 
os medicamentos que foram prescritos no tratamento de 
outras doenças sistêmicas, que coexistem com a obesida-
de instalada, assim como deve-se averiguar se as patolo-
gias sistêmicas que estão ocorrendo, concomitantemente 
a obesidade acham-se sob controle terapêutico (Oliveira 
& Almeida, 2012; Santos et al., 2014; Ryan & Raja, 2016).
Os mecanismos biológicos responsáveis pela fisiopa-
togenia entre DPs e obesidade ainda não acham-se elu-
cidados por completo e a correlação possível que existe 
fundamenta-se na produção de hormônios e de citoci-
nas, via tecido adiposo, o que influi e pode modificar a 
resposta inflamatória evidenciada (Kershaw & Flier, 2004; 
Khader et al., 2009).
O tecido adiposo produz bastante interleucina 6 e fa-
tor de necrose tumoral alfa, estes que são os elementos 
determinantes pela ocorrência da inflamação crônica, ca-
racterística nas DPs (Orban et al., 1999; Kershaw & Flier, 
2004; Dursun et al., 2016).
Na obesidade pode-se conviver com resistência imuno-
lógica reduzida, predispondo a instalação das DPs. Estudos 
realizados na atualidade afirmam que pode existir correla-
ção entre o sistema imune e a obesidade. A imunidade dos 
pacientes, nesse contexto, pode ser afligida e prejudicada 
pela presença da obesidade, predispondo a instalação das 
DPs (Schmidt et al., 1996; Khader et al., 2009).
Alguns fatores também continuam sendo averiguados 
em estudos que envolvem uma possível correlação entre 
DPs e obesidade e averigua-se como a escovação dentá-
ria insuficiente e incorreta; o consumo elevado de alimen-
tos contendo açúcares e a possível redução da secreção 
da saliva em obesos podem influir na determinação da 
ocorrência das DPs (Lundin et al., 2004; Correia, 2008).
Periodontite e obesidade são patologias que possuem 
algumas similaridades, uma vez que tratam-se de doen-
ças, que provém da somatória de alguns fatores, que são 
184 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393
Braz J Periodontol - March/June 2020 - volume 30 - issue 03
intrínsecos aos pacientes ou são considerados extrínsecos 
(Antonini et al., 2013; Saporiti et al., 2014).
Adipocinas, que constituem citocinas e hormônios, 
são secretadas normalmente via tecido adiposo, o que 
pode agir na modulação da periodontite. O paciente obe-
so possui maiores chances de desenvolver periodontite, 
uma vez que a presença da obesidade pode influir no seu 
sistema imune (Kershaw & Flier, 2004; Khader et al., 2009).
DISCUSSÃO
Alguns estudos preocuparam-se em correlacionar DPs 
e obesidade com a faixa etária dos pacientes e puderam 
observar que a periodontite é mais frequente em indiví-
duos jovens e obesos (Ostberg et al., 2012; Nascimento 
et al., 2014).
Estudo transversal preconizado por Al-Zahrani et al. 
(2003), verificou haver inter-relação entre DPs e obesidade 
em indivíduos com faixa etária entre 18 e 34 anos. Cons-
tatou-se presença aumentada de DPs em pacientes obe-
sos e jovens, possuidores de IMC acima de 30 em compa-
ração com pessoas portadoras de peso normal.
Outro estudo realizado por Genco et al. (2005), evi-
denciou ser a obesidade um fator promotor das DPs, 
mesmo sem considerar-se outros fatores possivelmente 
influenciadores, que pudessem agir concomitantemente, 
como faixa etária, sexo, raça e o hábito de fumar. 
Estudos evidenciaram que a produção de citocinas 
pró-inflamatórias ocorre de forma relacionada diretamen-
te a circunferência abdominal, o que pode agir, predis-
pondo a ocorrência de manifestações de caráter crôni-
co, envolvendo a instalação da periodontite por exemplo 
(Bertolini et al., 2010).
Estudo realizado por Wood et al. (2003), visava ava-
liar a inter-relação existente entre DPs e obesidade em 
indivíduos com idade superior a 18 anos e caucasianos e 
observou que havia evidência de associação entre DPs e a 
obesidade abdominal.
Sob outro enfoque pode-se correlacionar a obesidade 
a DPs, como periodontite, levando em conta o aspecto 
comportamental inerente. A adoção de comportamento 
nocivo a saúde pelos indivíduos, englobando consumo de 
dieta imprópria; estilo de vida inadequado e a não realiza-
ção de atividade física podem levar ao acometimento por 
ambas doenças (Al-Zahrani et al., 2003).
Existem estudos que denotam inter-relação entre DPs 
e obesidade, que é advinda de fatores biológicos, psicos-
sociais e comportamentais (Reeves et al., 2006; Castilhos 
et al., 2012).
O tecido adiposo produz adipocina, que tem a proprie-
dade de poder modificar a resposta imunológica e promo-
ver processo inflamatório crônico. A periodontite pode sur-
gir dentre outras causas, oriunda da presença de citocinas 
formadas nas células adiposas e de macrófagos que estão 
presentes na inflamação. Algumas adipocinas, como resis-
tina e leptina possuem papel na performance apresentada 
pelo processo inflamatório, relacionando-se com a produ-
ção das citocinas pró-inflamatórias (Kopelman, 2000; Pre-
shaw et al., 2011; Zimmermann et al., 2013).
Estudos realizados em indivíduos portadores de obe-
sidade e periodontite averiguaram haver nesses pacientes 
níveis elevados de PCR e de adipocinas e que a terapia 
periodontal, uma vez realizada possui meios para propi-
ciar decréscimo desses níveis altos. Averiguou-se também 
nesses estudos que a redução de massa adiposa também 
consegue reverter a presença de níveis elevados desses 
marcadores (Zuza et al., 2011).
Procedimentos odontológicos podem requerer soli-
citação de exames complementares aos pacientes para 
avaliar a história sistêmica dos mesmos e planejar o des-
fecho dos tratamentos, nesse contexto, deve-se avaliar e 
anotar na ficha dos pacientes o IMC também para averi-
guar se trata-se de paciente obeso e que requer cuidados 
especiais (Oliveira & Almeida, 2012; Santos et al., 2014; 
Ryan & Raja, 2016).
O cirurgião dentista deve embasar os pacientes obe-
sos acerca dos cuidados essenciais com sua higienização 
bucal, no intuito de que os pacientes possam por si pró-
prios realizarem a escovação e o uso de fio ou fita dental 
corretamente. Com a adoção dessas medidas, pode-se 
conseguir eliminar ou reduzir o biofilme bacteriano pre-
sente (Lascala & Moussalli, 1994; Spezzia, 2018). 
Convém ressaltar que na adolescência cada vez mais 
convive-se com a obesidade, tendo em vista a predileção 
desse público por alimentos açucarados e do tipo “fast 
food”, que são constituídos basicamente por lanches ex-
tremamente ricos em calorias. Ocorre que nesses indiví-
duos comumente existe desleixo voltado para a higiene 
bucal, o que acarreta em DPs, principalmente em gengivi-
te. Deve haver atenção redobrada pelo cirurgião dentista 
nessa fase da vida, uma vez que pode haver uma soma-
tória de fatores desfavoráveis sob enfoque periodontal, 
185An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393
Braz J Periodontol - March/June 2020 - volume 30 - issue 03
englobando influências hormonais da puberdade, que 
podem exacerbar problemas inflamatórios periodontais, 
além disso deve-se ater a hábitos alimentares inapropria-
dos que devem ser corrigidos e a evidência de higieniza-
ção bucal precária. O papel do cirurgião dentista será de 
orientar os pacientes adolescentes acerca da importância 
de consumir uma alimentação saudável, visando redução 
de peso e a minimização de efeitos deletérios a saúde 
oral, além disso o profissional deve procurar educar seus 
pacientes sobre a prática efetiva do autocuidadocom sua 
higienização bucal (OMS, 1965; Clerehugh, 1991; Spez-
zia et al., 2014; Botero et al., 2015; Spezzia et al., 2016; 
Spezzia, 2018).
 A instituição da terapia periodontal almeja, dentre 
outras finalidades, o controle da inflamação. A raspagem 
e alisamento radicular depende de subsequente higieni-
zação oral vigorosa e correta para que mantenha-se em 
boca uma microbiota que possibilite condições favoráveis. 
Em obesos, talvez, podem haver repercussões desfavorá-
veis ocasionadas pela doença, como autoestima pobre, 
e adoção da prática do autocuidado com a higiene bu-
cal insuficiente, fatores que podem modificar o desfecho 
possível de ser obtido via tratamento periodontal. Sabe-se 
também, nesse contexto, que a execução da terapia pe-
riodontal pode agir na minimização dos níveis de citocinas 
pró-inflamatórias, atuando favoravelmente, no que tange 
a saúde sistêmica e oral (Danser et al., 1996; Beikler et al., 
2004;. Wennstrom et al., 2005; Cionca et al., 2009).
CONCLUSÕES
O controle e a manutenção do quadro periodontal dos 
pacientes realizada preventivamente em consultas odon-
tológicas periódicas permite avaliar como tem ocorrido o 
zelo pelo autocuidado com a higenização bucal por parte 
dos pacientes obesos, assim como permite averiguar se 
existe necessidade da realização da terapia periodontal 
básica com emprego da raspagem coronariorradicular e 
do alisamento, cuidados que possibilitam minimização 
dos possíveis problemas inflamatórios periodontais que 
possam vir a ocorrer.
A predileção pela dieta cariogênica, rica em açúcares 
é frequente em obesos, portanto, faz-se importante in-
teragir e estruturar meios para efetivar uma mudança de 
hábitos alimentares nos pacientes, alertando-os das im-
plicações odontológicas que esses maus hábitos podem 
acarretar. O papel desempenhado pelo cirurgião dentista 
nesse contexto, orientando os pacientes nas consultas 
odontológicas acerca dos malefícios para a saúde do con-
sumo de alimentação imprópria, auxiliará a evitar agra-
vantes e danos futuros, que possam exigir tratamentos 
odontológicos mais complexos.
ABSTRACT
Periodontal diseases (PDs) consist of multifactorial, 
polymicrobial, chronic and infectious diseases that affect 
periodontal tissues. These evidence inflammatory and im-
munological responses, mainly from the accumulation of 
dental biofilm. Obesity is a chronic, multifactorial disease 
where there is increased or abnormal accumulation of 
body fat. In the medical field, the importance of PDs for 
their possible interaction with various systemic diseases, 
including obesity, which constitutes the foundation of Peri-
odontal Medicine, is highlighted. The aim of this paper was 
to highlight the interrelationship between obesity and peri-
odontal disease. A literature review was performed with 
search in the databases: PubMED, LILACS, Google Scholar 
of studies and articles about the possible correlation be-
tween the systemic obesity disease and periodontal dis-
eases. In the general context, PDs and obesity are similarly 
chronic, multifactorial, inflammatory and complex diseases 
that can be interrelated. The biological mechanisms re-
sponsible for the pathophysiology between PDs and obe-
sity are not yet fully elucidated and the possible correlation 
exists based on the production of hormones and cytokines 
via adipose tissue, which influences and may modify the in-
flammatory response evidenced. Periodontitis and obesity 
are pathologies that have some similarities. The control and 
maintenance of the periodontal condition of obesity pa-
tients in periodic dental consultations allows to assess the 
oral hygiene of patients and allows to determine if there is 
need to perform basic periodontal therapy, care that mini-
mize the possible periodontal inflammatory problems that 
may occur.
Keywords: Obesity. Periodontal Diseases. Immunity. 
Periodontitis.
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Endereço para correspondências:
Sérgio Spezzia
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