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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Departamento de Ciências de Educação Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia Ortografia da língua Portuguesa: Acentos e sinais gráficos Técnica de Expressão Oral e Escrita Licenciatura em Ensino de Geografia 1º Ano Estela Salazar Muazivele: 81210019 Nampula, Março, 2021 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Departamento de Ciências de Educação Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia Ortografia da língua Portuguesa: Acentos e sinais gráficos Técnica de Expressão Oral e Escrita Estela Salazar Muazivele: 81210019 Nampula, Março, 2021 Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino de geografia do ISCED, na cadeira de Técnica de Expressão Oral e Escrita, lecionada pelo: Tutor: Wiliamo Zona ii Índice Introdução ......................................................................................................................... 3 Ortografia da língua Portuguesa: Acentos e sinais gráficos ............................................. 4 1.1. Objectivos .......................................................................................................... 4 1.2. Metodologia ....................................................................................................... 4 1.3. Conceitos ............................................................................................................... 4 1.3.1. Acordos ortográficos da Língua Portuguesa .................................................. 5 1.3.2. Dicionário ....................................................................................................... 5 1.4. Irregularidades supradialetais ............................................................................ 6 1.5. Irregularidades dialetais ..................................................................................... 7 1.6. As duas ortografias do português ..................................................................... 10 1.7. Acentos e sinais gráficos ..................................................................................... 11 1.7.1. Regras de acentuação das palavras oxítonas ................................................ 11 1.7.2. Regras de acentuação das palavras paroxítonas ........................................... 12 1.8. Acentuação das paroxítonas e o Novo Acordo Ortográfico ................................ 14 1.8.1. Regra de acentuação das palavras proparoxítonas ....................................... 15 1.8.2. Acento diferencial ........................................................................................ 16 1.9. Acentos gráficos e sinais gráficos auxiliares ....................................................... 16 Conclusão ....................................................................................................................... 18 Referências Bibliográficas .............................................................................................. 19 3 Introdução A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva ocidental originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul na sequência da Reconquista deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo. O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas. Durante a Era dos Descobrimentos, marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. Como ponto reflexivo, surge o tema Ortografia da língua Portuguesa: Acentos e sinais gráficos, que será desenvolvido pelo estudante nas suas pesquisas. Onde se espera certas informações do uso correto desta língua na pronúncia (fala) assim como na escrita A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos que, sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta das palavras no que respeita à sílaba tônica e no que respeita à modulação aberta ou fechada das vogais. Os sinais diacríticos, que englobam os acentos gráficos e os sinais gráficos auxiliares, permitem a correta representação da linguagem falada na linguagem escrita, possibilitando também uma mais fácil leitura e compreensão do conteúdo escrito. https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_rom%C3%A2nicas https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_rom%C3%A2nicas https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_flexiva https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_galego-portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Galiza https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_do_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Reconquista https://pt.wikipedia.org/wiki/Descobrimentos_portugueses https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_dos_Descobrimentos https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Portugu%C3%AAs https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs 4 Ortografia da língua Portuguesa: Acentos e sinais gráficos 1.1.Objectivos 1.1.1. Objectivo geral Conhecer as regras da ortografia da língua Portuguesa 1.1.2. Objectivos específicos Compreender as regras básicas da acentuação gráfica; Identificar a utilização correta de acentos gráficos na escrita e do sinal gráfico; Reconhecer que a língua portuguesa não mudou, somente ocorreram alterações de natureza gráfica. 1.2.Metodologia 1-Uso de um ou mais quadros com novas regras de acentuação, obedecendo a uma separação por casos: palavras paroxítonas, acento diferencial, uso de trema a disposição; 2-Seleção de pequenos textos que contenha palavras com sinais de acentuação previsto antes da reforma, inclusive o trema. Observação das regras da ortografia da língua portuguesa nos textos redigidos 3-Reserva das novas regras do acordo na edição do texto em estudo; 4-Uso de material da mídia escrita em geral que conduza a comparação na grafia ou na acentuação de certas palavras. 1.3.Conceitos A ortografia da língua portuguesa é o sistema de escrita padrão usado para representar a língua portuguesa. A ortografia do português usa o alfabeto latino de 26 letras complementado por sinais diacríticos. Atualmente, a ortografia oficial da língua portuguesa é aquela consubstanciada no Acordo Ortográfico de 1990, que entrou em vigor no ano de 2009 e é a norma legal que rege a ortografia oficial em Portugal, desde maio de 2015, em Cabo Verde desde outubro de 2015 e no Brasil, a partir de 31 de dezembro de 2015. https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_latino https://pt.wikipedia.org/wiki/Diacr%C3%ADtico https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990 https://pt.wikipedia.org/wiki/2009 https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Verde https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil 5 A Ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa para a grafia correta das palavras e o uso de acentos, da crase e dos sinais de pontuação. A origem da palavra é grega e significa -orthós = certo, correto, direito, exato;e -grafia = escrita, estabelecendo, portanto, padrões para a forma escrita correta das palavras de uma língua. A escrita correta das palavras de uma língua está relacionada tanto com critérios ligados à origem das palavras (etimológicos) quanto aos ligados aos fonemas. A forma de grafar/escrever as palavras é fruto de uma convenção social, ou seja, de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que uma língua é reconhecida como sendo idioma oficial. 1.3.1. Acordos ortográficos da Língua Portuguesa Quando falamos sobre ortografia, é preciso também refletirmos a respeito dos acordos ortográficos envolvendo países cuja língua portuguesa representa o idioma oficial. O primeiro acordo foi realizado em 1931 com o objetivo de promover a unificação dos dois sistemas ortográficos, entretanto, não obteve êxito. No Brasil, houve reformas ortográficas nos anos de 1943, 1945, 1971 e 1973. Em 1986, no Rio de Janeiro, houve um encontro de todos os representantes dos países lusófonos, ficando estabelecido o acordo ortográfico de 1986, mas também foi inviabilizado. O último acordo ortográfico entre os países lusófonos entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2009. Esse acordo legitimou outra reforma ortográfica, estabelecendo mudanças em diferentes aspectos, como a inclusão das letras “K”, “W” e “Y” ao alfabeto português oficial. 1.3.2. Dicionário Para que os falantes possam acessar a grafia correta das palavras de uma língua, basta recorrer ao dicionário, um livro que reúne todas (ou quase todas) as palavras da língua, seus significados e classificação gramatical. As palavras são apresentadas no dicionário em ordem alfabética. Alguns dicionários também foram criados para a tradução de uma língua para outra. A assimilação da ortografia de uma língua, independentemente se esta é materna ou não, ocorre de maneira gradativa, constante e ininterrupta. É consenso de muitos estudiosos e profissionais da linguagem que a aprendizagem da ortografia de qualquer língua depende https://www.portugues.com.br/gramatica/fonemas-aparelho-fonador.html https://www.portugues.com.br/gramatica/mundo-lusofono.html https://www.portugues.com.br/gramatica/alfabeto-oficial-lingua-portuguesa-.html 6 de muita leitura, escrita, observação e dedicação dos falantes, já que a língua é um sistema complexo e de extrema relevância para a interação verbal entre os sujeitos. 1.4. Irregularidades supradialetais Duplas homofônicas G ou J: quando vêm antes de e e i, são pronunciados da mesma forma. Seu uso é determinado somente pela origem das palavras. o O J é preferido no lugar do G na escrita de palavras indígenas brasileiras e nas palavras africanas: acarajé, jiboia, jiló, pajé, Jirau, caboje (ou caborje), jenipapo, Jequiriti, jerimum, etc. (Por essa regra, as cidades de Bagé e Mogi das Cruzes deveriam ser grafadas com J, mas os habitantes dessas cidades preferiram manter a grafia histórica, com G.) o O G é preferido no lugar do J na escrita de palavras de origem árabe: agi (peregrino que faz o Haje, a peregrinação a Meca), alfageme, alfange, álgebra, algema, algeroz, algibebe, algibeir a, almargem, argelino (e Argel e Argélia), auge, gengibre, gergelim, ges so, gibão, Gibraltar, Gidá (segunda maior cidade da Arábia Saudita), ginete, giz, girafa, hégira, etc. X ou CH: o X é preferido em palavras de origem indígena, africana e árabe: abacaxi, maxixe, orixá, xadrez, xamã, xará, xavante, xaria , xador, xingar, enquanto o CH é preferido nas adaptações de palavras do latim ou de outras línguas derivadas do latim, ou mesmo germânicas: achar, chave, chuva, flecha, mancha, gaúcho, salsicha, etc. S ou SS ou X : o x em muitas palavras soa como a letra s, tanto em seu valor sonoro (como em exemplo e exumação) como em seu valor surdo (como em próximo). Polifonias E e O : cada uma dessas letras representa duas vogais diferentes, uma aberta (/ɛ/ e /ɔ/) e outra fechada (/e/ e /o/). Na escrita, geralmente não há indicação, como se https://pt.wikipedia.org/wiki/Bag%C3%A9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Mogi_das_Cruzes https://pt.wikipedia.org/wiki/Haje https://pt.wikipedia.org/wiki/Meca https://pt.wikipedia.org/wiki/Argel https://pt.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%A9lia https://pt.wikipedia.org/wiki/Gibraltar https://pt.wikipedia.org/wiki/Gibraltar https://pt.wikipedia.org/wiki/Gid%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Gid%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Charia https://pt.wikipedia.org/wiki/Xador 7 verifica na homografia de besta /ɛ/ (arma antiga também chamada de balestra) e besta /e/ (animal quadrúpede). QU e GU : desde 1945 em Portugal e 2009 no Brasil, essas sequências antes de E ou I podem representar tanto /k/ e /g/ quanto /kw/ e /gw/. O U é pronunciado em equino (relativo a cavalo), mas não em equino (ouriço-do-mar do gênero Echinus). X : entre vogais, pode ter quatro valores: /ʃ/, /ks/, /z/ e /s/ (peixe, sexo, exemplo, próximo). O dicionário Houaiss reconhece também um valor fonético adicional, /gz/, existente somente como uma de três possibilidades de pronúncia no prefixo hexa (como em hexaedro). Letras mudas H : letra sem valor fonético próprio em português. Aparece nos dígrafos ch, lh e nh, em algumas interjeições, e em começo de palavra para preservar a escrita de origem (em latim era escrito para representar o som /h/, como nas línguas germânicas atuais). 1.5.Irregularidades dialetais As irregularidades seguintes ocorrem na pronúncia de algumas regiões, mas não de outras. Homofonias B vs. V : no norte de Portugal e na Galiza, b e v são ambos pronunciados como o b no restante do mundo lusófono, tornando boa e voa homófonos. E vs. I, O vs. U : em posição átona, e pode ser pronunciado como i, e o, como u, tornando júri homófono de jure (exceto em partes do Sul do Brasil e em Portugal). A ocorrência desse fenómeno fora de fim de palavra (tornando cumprimento homófono de comprimento) é um traço frequentemente associado ao português europeu, mas também ocorre em muitos dialetos brasileiros,[3] embora em menor escala. L vs. U : em quase todo o Brasil, l em fim de sílaba é pronunciado como u, tornando mal e mau homófonos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ortografia_da_l%C3%ADngua_portuguesa#cite_note-3 8 LI vs. LHI : em algumas regiões do Brasil, ambos são pronunciados como "lhi", tornando velinha e velhinha homófonos. S/SS vs. C/Ç : pronunciadas identicamente na maior parte do mundo, ainda se diferenciam em partes do norte de Portugal (especificamente Trás-os- Montes e Alto Minho): c ( antes de e ou i)/ç são pronunciados /s/ (como no Brasil e no sul de Portugal), enquanto s/ss representam o som distinto /s̺/ (um fonema que acusticamente parece estar entre o "s" de saia e o "x" de xadrez, e que é o som da letra S também no espanhol de Castela). Isso faz com que paço e passo não sejam pronunciados da mesma forma. No galego (considerado por muitos uma variante da língua galego-portuguesa, tal como o português, ainda na atualidade), c antes de e e i pode pronunciar-se como /θ/ (o fonema do dígrafo "th" em inglês). Na ortografia portuguesa, o Ç foi abolido em começo de palavra onde etimologicamente deveria figurar: sapato, em vez de çapato. O Ç é sempre preferido em lugar de SS na escrita de línguas ágrafas, como as indígenas brasileiras, ou na transliteração, como do árabe (Iguaçu, madraçal, Moçambique). S vs. Z : originalmente, e ainda nos dialetos transmontanos e alto-minhotos, se pronunciam distintamente; nessas regiões, z se pronuncia /z/, e s entre vogais, /z̺/ (um som intermediário entre o z de zero e o j de jarro). No português padrão, cozer é homófono de coser, e paz, de pás. A ortografia portuguesa desautorizou o uso de z em fim de sílaba átona ou antes de consoante, exceto nos advérbios em -mente (como vorazmente). Assim, escreve-se Cádis em vez de Cádiz e asteca em lugar de azteca. SC/SÇ/XC: no português europeu padrão, essas sequências são pronunciadas /ʃs/. No Brasil e em partes de Portugal, são pronunciadas assim como C/Ç, tornando decente e descente homófonos. X vs. CÇ : nos dialetos em que ç é homófono a s, o cç de ficção não se diferencia do x de fixo. X vs. CH : originalmente, e ainda em regiões do norte de Portugal (especificamente Alto-Minho e Trás-os-Montes), além da Galiza, x representa /ʃ/, enquanto ch representa /tʃ/; no resto da Lusofonia, ambos representam /ʃ/, tornando xá e chá homófonos. Como regra de aplicação, o x é usado depois de ditongos (caixa, trouxa), depois de en- (enxurrada, enxoval) exceto quando a https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1s-os-Montes https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1s-os-Montes https://pt.wikipedia.org/wiki/Alto_Minho https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_galega http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/geografia/mapa02.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Ditongo 9 palavra é derivada de outra já com ch (cheio-encher-enchimento, charco- encharcar), nas palavras de origem indígena, africana ou asiática (xará, muxoxo, xeque), e nas palavras de origem inglesa originalmente escritas com sh (xampu, xerife, sendo chute uma exceção consagrada pelo uso). X vs. S : no Brasil, extrato e estrato se pronunciam da mesma forma, sendo o X e o S equivalentes. Em Portugal, no entanto, podem ser pronunciadas diferentemente. Nesse país, o prefixo "ex" varia de pronúncia entre /eis/ e /is/, enquanto "es" só se pronuncia /is/. Segundo Gonçalves Viana, a pronúncia varia entre dialetos, entre indivíduos e entre contextos de fala num mesmo indivíduo. Ditongos: os ditongos decrescentes ai, ei, oi e ou têm pronúncia variável nos países de língua portuguesa; em grande parte dos dialetos, um ou mais deles podem ser pronunciados como monotongos, tornando cera homófono de seira. Por outro lado, em muitos dialetos do Brasil, certos monotongos podem ser pronunciados como ditongos, fazendo más ser pronunciado como mais. Polifonias S entre consoante e vogal: irregularmente, S tem valor sonoro ([z] ou [z̺]) em obséquio e em palavras com o prefixo trans- seguido de vogal, como transação, transe, trânsito e transobjetivo. A regra é o S ter valor surdo entre consoante e vogal, como se verifica em observar. Muitos falantes o pronunciam sonoro em subsídio e subsistência, embora essa pronúncia seja tradicionalmente considerada incorreta. O S soa surdo em palavras formadas pelo prefixo trans- e outra palavra iniciada por S, como transexual (trans + sexual) ou transiberiano (trans + siberiano); nesses casos, só não se grafa SS porque esse dígrafo só é permitido entre vogais. Em consequência disso, é necessário que o falante conheça a etimologia da palavra para inferir a pronúncia de palavras como transeção. Essa irregularidade não existe para os galegos, que não costumam sonorizar o S (casa se pronuncia /kas̺a/ e não /kaz̺a/). Letras mudas Consoantes mudas: nos países que não o Brasil, até a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, em 2009, eram grafadas consoantes que não eram pronunciadas, na https://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_amer%C3%ADndios https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Monotonga%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990 https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990 10 maior parte dos casos, c e p nas sequências cç, ct, pç e pt. Em muitos casos era possível prever a partir da fala a articulação dessas consoantes nos casos em que marcavam a abertura da vogal precedente. Mesmo nesses casos, no entanto, não era possível saber se a letra a articular era c ou p tendo como referência somente a fala. Fonemas não grafados Em muitos dialetos, certos encontros consonantais são frequentemente desfeitos na oralidade com a introdução de uma vogal epentética entre as consoantes. Essa vogal não é registrada na escrita. No Brasil o fonema introduzido é /i/, fazendo com que segmento seja pronunciado assim como seguimento. 1.6.As duas ortografias do português Atualmente o português tem só uma, mas no passado tinha duas ortografias. A norma ortográfica portuguesa era usada em todos os países de língua portuguesa exceto no Brasil, que seguia uma norma própria. Nos últimos anos a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem desenvolvido esforços para resolver este problema e criar uma ortografia única a vigorar em Portugal e no Brasil desde 2015. As principais diferenças ortográficas entre Brasil e Portugal residiam em algumas consoantes mudas (as que não são articuladas) que, no Brasil, já foram eliminadas da escrita, enquanto em Portugal elas sobreviveram até 2009. As consoantes mudas são ainda tema de polémica em Portugal, porque ao contrário dos brasileiros, os portugueses ainda têm muitos casos em que há distinção fonológica entre vogais abertas, fechadas e mudas. Estes podem ser classificados como fáceis, aceitáveis ou difíceis de integrar no contexto da fonologia portuguesa. Exemplos de fáceis: ótica, ótimo, ato, ata, atual, didático, assético, elétrico, dialética, anorético, Antártico, tato. Aceitáveis, com algumas confusões: espetáculo, adotar, afeto, ação. Difíceis: receção, conceção (confundem-se com recessão, concessão). No último caso talvez seja menos polémico mudar a fonética em vez da ortografia portuguesa atual, por forma a ler-se as consoantes mudas: recePção, concePção. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%AAntese 11 Portugal e África Brasil Contacto contato Facto fato Há-de notar-se, entretanto, que palavras como corrupção, pacto, aspecto, respectivo, prospecção e captura, entre outras, são grafadas desse modo tanto no Brasil como em Portugal. Subsistem, também, diferenças na acentuação de certas palavras (no Brasil, palavras como idôneo ou anônimo têm sílaba tónica fechada, enquanto que em Portugal e África são abertas, idóneo e anónimo). 1.7.Acentos e sinais gráficos A acentuação gráfica consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. 1.7.1. Regras de acentuação das palavras oxítonas As palavras são oxítonas quando a última sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: jacaré, cipó, cantar, anzol,… São naturalmente oxítonas, não necessitando de acentuação gráfica, as palavras terminadas em: -r: ligar, falar, beber, pior, amor,… -l:azul, animal, hotel, abril, futebol,… -z: feliz, raiz, feroz, xadrez, capaz,… -x: pirex, xarox, durex, duplex, botox,… -i: gibi, guarani, bisturi, bacuri, caqui,… -u: maracatu, xampu, caju, bambu, tutu,… -im: pudim, cetim, amendoim, jardim, enfim,… -um: comum, jejum, bebum, algum, nenhum,… -om: batom, edredom, bombom, cupom, marrom,... Palavras oxítonas acentuadas graficamente 12 Oxítonas terminadas em vogais tônicas: sofá; dominó; purê; crochê; Oxítonas terminadas no ditongo nasal -em ou -ens: mantém; porém; também; harém; Oxítonas terminadas nos ditongos abertos -ói, -éu, -éi: chapéu; papéis; heróis; corrói; 1.7.2. Regras de acentuação das palavras paroxítonas As palavras são paroxítonas quando a penúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: adorável, órgão, perfume, mesa,… As palavras paroxítonas não são geralmente acentuadas e representam a maioria das palavras da língua portuguesa. Palavras paroxítonas acentuadas graficamente Paroxítonas terminadas em -r: ímpar; cadáver; 13 caráter; Paroxítonas terminadas em -l: fóssil; réptil; têxtil; Paroxítonas terminadas em -n: hífen; éden; dólmen; Paroxítonas terminadas em -x: córtex; tórax; fênix; Paroxítonas terminadas em -ps: bíceps; fórceps; Paroxítonas terminadas em-ã, -ãs, -ão, -ãos: órfã; órgão; sótão; Paroxítonas terminadas em -um, -uns, -om, -ons: álbum; fórum; prótons; 14 Paroxítonas terminadas em -us: vírus; húmus; bônus; Paroxítonas terminadas em -i, -is: júri; íris; tênis; Paroxítonas terminadas em -ei, -eis: jóquei; hóquei; fizésseis; 1.8.Acentuação das paroxítonas e o Novo Acordo Ortográfico Com a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, alguns acentos foram abolidos nas palavras paroxítonas: acento agudo nos ditongos abertos oi e ei; acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas de ditongos; acento circunflexo nos ditongos oo e ee. Escrita depois do acordo ortográfico Palavras com oi: jiboia (antes: jibóia); paranoia (antes: paranóia); heroico (antes: heróico); joia (antes: jóia); 15 Palavras com ei: ideia (antes: idéia); europeia (antes: européia); alcateia (antes: alcatéia); geleia (antes: geléia); plateia (antes: platéia); Palavras com i ou u: baiuca (antes: baiúca); feiura (antes: feiúra); Palavras com oo: abençoo (antes: abençôo); voo (antes: vôo); magoo (antes: magôo); enjoo (antes: enjôo); Palavras com ee: eles deem (antes: eles dêem); eles creem (antes: eles crêem); eles leem (antes: eles lêem); eles veem (antes: eles vêem); 1.8.1. Regra de acentuação das palavras proparoxítonas As palavras são proparoxítonas quando a antepenúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: pássaro, cantássemos, gráfico, pêssego,… Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente. 16 1.8.2. Acento diferencial Com a entrada do Novo Acordo Ortográfico, alguns acentos diferenciais foram abolidos, outros se mantiveram inalterados. O acento foi abolido nas palavras pára, pólo, pêlo e pêra, ficando para, polo, pelo e pera. Exemplos: Para onde ele foi? Para de fazer isso, por favor! O acento mantém-se nas palavras pôr, pôde, têm e vêm, diferenciando as mesmas de por, pode, tem e vem. Exemplos: Você vai pôr a caixa aqui? Por onde ele foi? 1.9. Acentos gráficos e sinais gráficos auxiliares Acento agudo (´) É um acento gráfico que indica que a sílaba é tônica e que a vogal deve ser pronunciada de forma aberta, como em: pé; máquina; música; revólver; Acento circunflexo (^) É um acento gráfico que indica que a sílaba é tônica e que a vogal deve ser pronunciada de forma fechada ou nasalada: antônimo; estômago; 17 lâmpada; pêssego; Acento grave (`) É um acento gráfico colocado apenas sobre a vogal a, indicando que há crase, ou seja, a contração da preposição a com outra palavra. É usado em poucas palavras: à; àquele; àquela; àquilo; Til (~) É um sinal gráfico auxiliar de escrita, usado na vogal a e na vogal o para indicar nasalização. Nem sempre indica a tonicidade da sílaba: manhã; coração; órfão; bênção; Trema (¨) É um sinal gráfico auxiliar de escrita, usado, desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, apenas em substantivos próprios estrangeiros e palavras derivadas destes: Müller; mülleriano; Apóstrofo (') É um sinal gráfico auxiliar de escrita que indica a supressão de fonemas em palavras: copo-d'água; pau-d'óleo; 18 Conclusão Sinais gráficos ou diacríticos são certos sinais que se juntam às letras, geralmente para lhes dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras. Indica nasalidade. Indica que o u dos grupos gue, gui, que, qui é proferido e átono. Indica a supressão de uma vogal. A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos símbolos escritos sobre determinadas letras, para representar o que foi estipulado pelas regras de acentuação do idioma. De forma geral estes acentos são usados para ajudar a fala da pronúncia de palavras que fogem do padrão prosódico mais comum. 19 Referências Bibliográficas https://www.paralerepensar.com.br/gramatica_sinaisgraf.htm Acesso no dia 17 de março de 2021 https://www.portugues.com.br/gramatica/sinais-graficos-.html Acesso no dia 17 de março de 2021 MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA DE TRONCO COMUM. Técnicas de Expressão Oral e Escrita. ISCED11-LIECFC002. 33-39p. Ortografia - Toda Matéria (todamateria.com.br) Acesso no dia 17 de março de 2021 Ortografia da língua portuguesa – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Acesso no dia 17 de março de 2021 Vázquez Cuesta, Pilar; Mendes da Luz, Albertina (1989). Gramática da língua portuguesa. Lisboa: Edições 70. p. 180. https://www.paralerepensar.com.br/gramatica_sinaisgraf.htm https://www.portugues.com.br/gramatica/sinais-graficos-.html https://www.todamateria.com.br/lingua-portuguesa/ortografia/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Ortografia_da_l%C3%ADngua_portuguesa
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