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Hiago Manoel Araujo Medicina UniFTC- P2 TRICOMONÍASE · PARASITA -Espécie: Trichomonas vaginalis -Protozoário flagelado (Reino Protista, Filo Sarcomastigophora) -Família: Trichomonadidae -Gênero: Trichomonas (existem outras espécies que infectam humanos, mas não são patogênicos) -Não possui forma cística (inativa), apenas trofozoítica (ativa) -Aderência: pseudópodes -Reprodução por divisão binária -Morfologia: Axóstilo (sustentação- mais rígido para aderência), Membrana Ondulante (locomoção) -Ausência de Mitocôndrias (captação de glicose- energia por meio de hidrogenossomos) -DM1- Fator de risco Glicosúria -Capaz de armazenar glicogênio -pH ótimo de 5 a 7,5; temperatura de 20 a 40°C; anaeróbico facultativo · PATOLOGIA -Doença venérea (IST não-viral) -Homens assintomáticos (geralmente) -Vetor (sobrevive no prepúcio por dias após contato com mulher infectada) -Mais difícil instalação no trato geniturinário (geralmente, apenas uretrite) -Eliminação do parasita antes da instalação (secreções prostáticas tricomonicidas) -Mais aguda e intensa em mulheres -Tapetamento vaginal (forma tapete na parede do órgão) -TRANSMISSÃO: -Sexo sem proteção -Uso de fômites (roupas) úmidas ou molhadas (biquinis, cuecas, roupas de cama...) -Uso de vasos sanitários contaminados -Porta de entrada para HIV -Recrutamento de células linfoides para combater infecção Célula-alvo do HIV (Linf. T CD4) -Infecção causa pontos hemorrágicos (acesso direto à corrente sanguínea- entrada e saída do vírus Cadeia de transmissão) -Pode causar: -Infertilidade (Destruição de células tubárias no SRF- impede instalação do óvulo) -Parto prematuro (Intensa resposta inflamatória na região vaginal gera alterações em membranas fetais) -Neoplasia Cervical (lesões pré-cancerígenas) – alta carga parasitária -Difícil instalação em crianças até 13 anos (pH vaginal baixo e flora bacteriana ativa) -PATOGÊNESE - Regulação de pH para que possa atuar: Aumento (antes 4) para pH ótimo (morte de bactérias acidificantes) -Projeção de pseudópodes para degradação de células imunes -Fatores de virulência: mecanismos contato-dependente e contato-independente para atuação sobre células (aderência e citotoxicidade) -Adesão ocorre por Cisteínas-proteinases (conseguem degradar anticorpos) -Ferro consegue mediar maior produção de cisteínas-proteinases -Camuflagem: Auto-revestimento proteico que mimetiza células normais -SINAIS E SINTOMAS -Atinge apenas trato urogenital -MULHER: -Casos assintomáticos raros -Período de incubação: 3 a 20 dias -Infecção epitelial vaginal (casos raros na endocérvice) -Corrimento vaginal fluido amarelo- esverdeado: bolhoso e com odor fétido (ação neutrofílica- morte de patógenos) -Aparecimento em período pós-menstrual -Prurido, eritemas, dor, dispaurenia, disúria, poliúria -Infecções vulvovaginais (vaginites) -Pontos hemorrágicos na parede cervical -Gravidez e uso de anticoncepcional oral intensificam sintomas -HOMENS: -Assintomáticos ou apenas uretrite -Pode apresentar fluxo leitoso ou purulento e sensação de prurido -Instala-se melhor no trato masculino (maior oferta de glicogênio) -Pode chegar ao trato urogenital superior -Grande ação fagocitária gera corrimento (neutrófilos e macrófagos) Primeira linha de defesa (recrutamento por quimiocinas) -Imunidade adquirida não confirmada -Há presença de anticorpos até 6 meses após infecção -Casos de resistência adquirida (destruição de anticorpos- cisteína-proteinase ) -DIAGNÓSTICO -Clínico: muito inespecífico -Laboratorial (parasitológico): colheita de amostras e análise por cultura ou microscopia -Imunológico: ELISA, Imunofluorescência (pouco eficaz) -EPIDEMIOLOGIA -Mais recorrente em populações de baixa classe socioeconômica -Pode ocorrer transmissão vertical -IST não-viral mais comum no mundo -Incomum na infância -TRATAMENTO -Uso de medicamentos como METRONIDAZOL, TINIDAZO, ORNIDAZOL, NIMORAZOL...
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