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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA BIANCA C. MOREIRA GONÇALVES 19200286 GABRIEL GOMES ROCHA 19102882 IZABELLE AYME O.S ARRUDA 20100221 LAURA MENEZES DE BARROS 19200116 LUCAS PONTES O. DE ARAUJO 18200421 RENATA SUZANO 19100022 JULIO COSTA DOS S. MELGAÇO 19102967 Compreender o ambiente e definir o futuro da organização. Rio de Janeiro/RJ Março de 2021 CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA BIANCA C. MOREIRA GONÇALVES 19200286 GABRIEL GOMES ROCHA 19102882 IZABELLE AYME O.S ARRUDA 20100221 LAURA MENEZES DE BARROS 19200116 LUCAS PONTES O. DE ARAUJO 18200421 RENATA SUZANO 19100022 JULIO COSTA DOS S. MELGAÇO 19102967 Compreender o ambiente e decidir o futuro da organização Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Administração do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), como requisito parcial para obter aprovação na disciplina Análise das Demonstrações Contábeis. Orientadora: Tânia Ribeiro. Rio de Janeiro/RJ 1 INTRODUÇÃO Atualmente a velocidade das mudanças ocorridas no ambiente organizacional tem sido cada vez mais constantes. A necessidade das organizações em acompanhar tais mudanças, tem sido de suma importância, pois a cada dia a competição tem se tornado mais acirrada. O mercado organizacional está cada vez mais concorrido. Com a complexidade das mudanças, as organizações têm a necessidade de serem bem administradas em prol do seu desenvolvimento e crescimento frente aos seus concorrentes. Por isso, é importante saber tomar decisões corretas nas horas certas, para facilitar o seu desempenho no cenário econômico. A contabilidade no decorrer dos anos, tem se mostrado muito eficaz no processo de gestão das empresas. Na verdade, deixou de ser uma simples ciência, para se tornar uma ferramenta de grande utilidade no ambiente organizacional. Daí, pode se destacar que a contabilidade é uma ferramenta indispensável para as empresas no contexto atual, pois oferece suporte para a tomada de decisão. Muitas entidades, em sua maioria, ainda não sabem da importância de se realizar uma análise de situação patrimonial, passada e presente, tendo por base suas próprias demonstrações contábeis, tanto de aumentos como diminuições. Através deste tema, busca-se desenvolver um processo de interpretação e análise da situação patrimonial, econômica e financeira de uma empresa, tendo como foco a importância da informação contábil para o conhecimento próprio das organizações e em especial para que seus gestores possam estar melhor instrumentalizados para suas decisões no dia a dia dos negócios. Os objetivos das Análises das Demonstrações Contábeis. As análises das demonstrações contábeis oferecem suporte às empresas sendo uma fonte de informações e um instrumento de apoio valioso na tomada de decisão. A análise das demonstrações contábeis tem por objetivo demonstrar a situação econômica, financeira e patrimonial das empresas, tanto para os agentes internos quanto para os agentes externos, além de permitir uma visão estratégica no gerenciamento dos negócios. A observação do histórico destas informações irá contribuir para uma melhor avaliação da performance da entidade e determinar as ações futuras da empresa As Demonstrações Financeiras Obrigatórias e Facultativas A Lei n° 6.404/1976, das Sociedades por Ações, define em seu artigo 176 que, ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar com base na escrituração mercantil da companhia as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: - Balanço Patrimonial; - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); - Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); - Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); - Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Estas Demonstrações deverão ser publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior (para fins de comparabilidade). A Lei n° 11.638/2007 igualmente exigiu a publicação das demonstrações financeiras para as Empresas de Grande Porte (EGP), definidas como aquela sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver no exercício anterior ativo total superior a R$ 240 milhões, ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões. Sobre a Demonstração dos Fluxos de Caixa no caso de companhias fechadas com patrimônio líquido inferior a R$ 2 milhões, na data do balanço, a Lei n 6.404/1976, artigo 177, no parágrafo 6° dispensa sua elaboração e publicação. Desta forma são empresas que têm obrigação pública de prestação de suas contas. Balanço patrimonial é a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa – Ativo- assim como as obrigações – Passivo Exigível – em determinada data. A diferença entre ativo e passivo é chamada patrimônio líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente. Essa definição põe em evidência os termos fontes e investimentos de recursos, o que é altamente desejável do ângulo da Análise de balanços, visto que analisar balanços, é em grande parte, avaliar a adequação entre as diversas fontes e os investimentos efetuados. A DLPA é geralmente a última demonstração feita, geralmente ao fim do ano. Isso porque é um acumulado do exercício de um determinado período. O objetivo da DLPA é, além de mostrar os lucros e prejuízos, tornar mais transparente a quantidade de impostos com base no lucro pagos pela empresa. Existe um motivo de ser uma das últimas demonstrações feitas: os dados podem ser retirados de outros relatórios, com o balanço e o DRE. Os pontos que o DLPA deverá considerar no relatório são: ● (+) Ajustes do exercício anterior; ● (+) Reversões de reservas do lucro; ● (+) Lucro líquido ● (-) Prejuízo líquido; ● (-) Transferência para reservas de lucros; ● (-) Dividendos; ● (-) Parcela do lucro ao capital; ● (-) Dividendos antecipados (=) SALDO Ao lado do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), o DRE é uma das demonstrações financeiras mais importantes. De forma simples, o DRE é o relatório responsável por mostrar (anualmente ou mensalmente) se a empresa está tendo lucro ou prejuízo. Também conhecido como Demonstrativo do Resultado do Exercício, o DRE é composto por receitas, despesas e deduções tributárias. A partir dessa demonstração a empresa pode tirar relatórios como: ● Receita líquida; ● Margem bruta; ● Margem de contribuição; ● EBITDA; ● Resultado operacional; e Resultado Líquido. A demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório contábil que tem por fim evidenciar as transações ocorridas em um determinado período e que provocaram modificações no saldo de caixa e equivalente de caixa. Trata- se de uma demonstração sintetizada dos fatos administrativos que envolvem os fluxos de dinheiro ocorridos durante um determinado período, devidamente registrados a débitos e a créditos da conta Caixa, da conta Bancos conta Movimento e das contas representativas dos equivalentes de caixa. Estrutura da DFC na Lei n° 6.404/76 não fixou um modelo de DFC a ser observado por todas as empresas, ela limitou-se a estabelecer no inciso I do artigo 188 que a DFC deverá indicar no mínimo as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalente de caixa, segregando -se essas alterações em três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos. Atividades operacionais: São as principais atividades geradoras de receita da entidade. Podem ser exemplificadas pelo recebimento de uma venda, pagamento de fornecedor por compra de materiais, pagamento dos funcionários etc. Devem ser classificados como operacionais, todas as demais atividades que não se enquadrem como de investimentoou de financiamento. Atividades de investimento: São aquelas referentes à aquisição e à venda de Ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa: São exemplos, as aquisições ou vendas de participações em outras empresas e de ativos utilizados na produção de bens ou na prestação de serviços ligados ao objeto social da empresa. Atividades de financiamento: São aquelas que resultam em mudança no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade. Compreendem a captação de recursos dos acionistas ou cotistas e seu retorno em forma de lucros ou dividendos, a captação de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração. Existem dois métodos que podem ser utilizados para estruturação da DFC, direto e indireto. Esses métodos diferem somente em relação à forma de apresentação dos fluxos de caixa derivados das atividades operacionais, uma vez que as formas de apresentação dos fluxos de caixa das atividades de investimento e de financiamento são as mesmas nos dois métodos. A DVA deriva das contas de resultado e de algumas contas patrimoniais. As contas de resultado que serão consultadas para a elaboração da DVA são todas aquelas que representam as despesas, os custos e as receitas, observando o Regime de Competência. As contas patrimoniais das quais serão extraídas informações para a elaboração da DVA são aquelas representativas das participações de terceiros bem como aquelas representativas da remuneração dos acionistas pelo capital investido. Portanto, para elaborar a DVA, o contabilista deve coletar dados diretamente do livro razio. Também em relação a esse demonstrativo contábil, a Lei não oferece detalhes acerca dos itens que o integrarão, deixando a normatização dessa matéria a cargo dos órgãos reguladores. No entanto, no inciso II do artigo 188, a Lei apresenta as informações mínimas que devem ser indicadas na DVA, como: o valor da riqueza gerada pela companhia; a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, Governo e outros; e a parcela da riqueza não distribuída. As informações apresentadas na DVA estão divididas em duas partes; na primeira é apresentada a riqueza criada pela entidade e na segunda parte é apresentado como essa riqueza foi distribuída. Os Usuários das Demonstrações Financeiras O termo demonstrações contábeis, ou demonstrações financeiras, refere-se ao conjunto de relatórios contábeis preparados com o objetivo de fornecer informações sobre a situação patrimonial, econômica e financeira de uma empresa para os usuários externos, como investidores, clientes, fornecedores, bancos, governos, etc. Em resumo, estamos falando do Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa e Notas Explicativas. Ou seja, aquele mesmo conjunto de demonstrativos publicados nos jornais pelas grandes empresas. A análise de balanços financeiros possui um grande grau de importância para definir a tomada de decisões por parte dos Dirigentes, como também compreender sua visão estratégica, estimar seu futuro, limitações e possibilidades, partindo da identificação de pontos cruciais do diagnóstico de uma empresa, auxiliando assim a interpretação dos aspectos de particular interesse de todos os integrantes interligados que fazem parte da empresa ou querem se relacionar com ela tornando-se assim usuários das demonstrações contábeis. Sérgio Iudícibus, em Análise de Balanços. (2018, p. 24) afirma que “o objetivo das demonstrações contábeis é oferecer informação sobre a posição financeira, o desempenho e fluxos de caixa da entidade, que sejam úteis aos usuários para a tomada de decisões econômicas”. Um dos usuários desta análise são os Fornecedores, que precisam ter um conhecimento específico em relação a capacidade de liquidez durante a validade da análise de balanço vigente de seu cliente, para que se possa estabelecer uma relação de confiança, identificando como é sua rentabilidade e seu endividamento com terceiros, prevenindo-se de futuras inadimplências não previstas em decorrência de eventos passados. De forma inversa, os Clientes também são considerados usuários destas análises em relação os fornecedores. Avaliar quando um fornecedor terá condições de oferecer o suporte necessário ao comprador traz a segurança contra riscos que podem surgir, inclusive quando há poucos fornecedores em relação ao número de compradores no mercado e este fornecedor possui um vínculo forte com estes clientes ou quando há o planejamento de expansão da organização. Os Bancos Comerciais fazem parte do grupo de usuários considerando o fato de concederem créditos a curto prazo para empresas, mas para que possam garantir a adimplência de seus clientes é determinante que seja feita sua análise do grau de liquidez e endividamento observando informações sobre a situação atual e futura deles. Assim o banco irá alimentar uma carteira com os melhores clientes comerciais de hoje de amanhã, concedendo possíveis renovações de crédito e consequentemente na manutenção dos consumidores de capital de terceiros. Já os Bancos de Investimentos, assumem riscos rigorosamente calculados, pois concedem crédito a um número menor de empresas, porém a longo prazo, assim a concessão do crédito é baseada na análise da situação futura positiva da entidade. As Sociedades de Crédito Imobiliários se encontram no meio termo entre os bancos comerciais e de investimentos, por concederem financiamentos a construtoras com prazos superiores a 12 meses e inferiores a 60 meses, tendo sua análise sendo feita pela sociedade de crédito imobiliário. Existem ainda a concessão de crédito direta aos consumidores, possuindo a entidade como intermediadora entre o cliente final e o banco concedente, assim a empresa é avaliada em sua capacidade de conceder avais aos seus clientes pelas Sociedades Financeiras, que são as concedentes originais de tal crédito. Envolvendo o mercado de ações em nossa exposição de usuários, temos as Corretoras de Valores e o Público Investidor, que fazem a análise principal da rentabilidade da empresa, sua liquidez representa uma questão de sobrevivência que determina se a mesma continuará com suas operações, possibilitando assim investimentos em suas ações. A publicação da análise financeira da Concorrência, também é de suma importância para uma entidade, pois a partir desta análise é possível identificar quais alterações, investimentos e até mesmo novas implementações devem ser feitas para que se mantenha competitiva no mercado, porém sempre observando sua situação de liquidez e rentabilidade em relação ao seu concorrente. O Governo é um usuário constante das análises em diversas situações e costumam receber balanços de diversas instituições, como por exemplo na seleção de empresas para desempenhar um serviço público, porém para isso é feita a análise financeira desta entidade avaliando suas propostas, sua situação financeira e ao longo do desenvolvimento da função, identificar se a mesma terá condições de manter os trabalhos aos quais se candidatou. As decisões para as que a análise pode contribuir. Quem nunca ouviu a frase “fulano gosta de matemática, ele vai fazer contabilidade”? Antes, nós poderíamos até concordar, mas hoje, através desse estudo, perceberemos que não é bem assim. Contabilidade não é necessariamente sobre matemática, contabilidade é sobre patrimônio. Com o passar do tempo, a contabilidade tornou-se uma das ciências mais importantes do mundo. Quando praticada no tempo antigo era chamada de contabilidade empírica e ela já continha um objeto, chamado de patrimônio. Esse patrimônio eram os rebanhos dos homens das cavernas e outros bens nos seus aspectos quantitativos. Hoje compreendemos que patrimônio é um objeto da contabilidade classificado como bens; satisfaz a necessidadehumana e pode ser avaliado economicamente. Nesse mesmo período também surgiram as primeiras escrituras contábeis, onde os homens faziam seus registros, desenhos e gravações em pedras, mas hoje, temos no profissional contábil um alguém com um perfil mais ousado e que seja bom em interpretação de texto, porque o que o contador traduz são os fatos diários de qualquer empreendimento. Através dessa breve introdução, descobriremos a influência da análise das demonstrações contábeis nas tomadas de decisão das organizações. A partir da sua evolução, a Contabilidade traz consigo o controle do patrimônio e através dele, possibilita o estudo acerca do que ocorre naquela empresa, registrando-o contabilmente através de relatórios que exemplificam o status da empresa “controlada”. É importante ressaltar que esses relatórios necessitam de uma linguagem acessível até mesmo para os leigos, por se tratarem de informações que impactam diretamente em outros setores de uma organização, esses dados precisam ser compreendidos para além dos profissionais contábeis. Através dessa compreensão mútua, os gestores conseguem tratar os dados de maneira beneficente à situação econômica da empresa. CONCLUSÃO Mediante ao conteúdo estudado, pesquisado e apresentado, podemos concluir que a análise das demonstrações contábeis trazem enriquecimento a compreensão da situação financeira de uma empresa trazendo assim respaldo para que sejam tomadas decisões importantes para todos os usuários envolvidos com a entidade, sejam eles diretores, acionistas, fornecedores e até mesmo autoridades fiscais e governamentais. Uma análise clara transforma dados em informações objetivas tornando o processo decisório de uma empresa muito mais claro e assim gerando a possibilidade de ter mais produtividade em decorrência da comunicação eficiente e eficaz entre uma organização e seus colaboradores do setor contábil. REFERÊNCIAS ● A origem e a história da Contabilidade Disponível em: <https://www.jornalcontabil.com.br/conheca-origem-e-historia-da-contabilidade/>. Acesso em: 22 de Março de 2021. ● IUDICIBUS, Sergio de. Análise de balanços. 11. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2018. 24 p. ● JORNAL CONTÁBIL; Qual a importância das demonstrações contábeis? Disponível em: <https://www.jornalcontabil.com.br/qual-a-importancia-das-demonstracoes-contabeis/ > ● MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 14 a 23 p. ● MENDES, Rafael; O que são demonstrações contábeis e qual sua importância. Disponível em < https://www.ozai.com.br/demonstracoes-contabeis/>. ● MARION, José Carlos; Análise das Demonstrações Contábeis 7ª Ed. ● PRATA DA SILVA, Michele; MOTA COUTO, Carlos Henrique da; BRION CARDOSO, Antônio Augusto; Análise das Demonstrações Contábeis Como Ferramenta de Suporte à Gestão Financeira. Disponível em <https://periodicos.cesg.edu.br/index.php/gestaoeengenharia/article/view/244>. ● RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral. 10. Ed. São Paulo: Saraiva uni, 2017. https://www.ozai.com.br/demonstracoes-contabeis/
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