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2.0 Luciana SeabraAgosto de 2020 O Método das Caixas: como organizar seu portfólio de investimentos 02 Olá, tudo bem? Que bom que você decidiu se juntar a nós no HIIT 2.0 da Spiti, a segunda edição do melhor intensivo de investimentos que você já viu. Este relatório-presente é parte complementar da primeira semana gratuita de conteúdos que estamos entregando para você. 03 Esperamos que aproveite a leitura e também todos os demais conteúdos. Eles foram elaborados com muito carinho pra que você, ao final da semana intensa de dedicação, se sinta como alguém já de casa no mundo dos investimentos. Fique de olho e não perca nenhuma palavrinha. Boa leitura e bom HIIT pra você! Lembramos que, ao final de cada relatório ou experiência, como aulas, lives etc., você terá acesso a uma palavra-chave para completar o círculo de acompanhamento. Aqueles que se dedicarem mais vão garantir acesso a uma experiência de celebração ao fim da semana, assim como a uma proposta especial. 04 Antigamente, quando os salários ainda eram recebi- dos em dinheiro e as contas, pagas da mesma forma, algumas pessoas tinham um costume bastante sim- pático: assim que recebiam os rendimentos mensais, elas dividiam o dinheiro em envelopes. Existia o enve- lope do supermercado, o das contas de luz e de água, o do jardineiro, o da escola das crianças e por aí vai. Considero a disciplina dos envelopes bastante eficaz. Ela serviu de inspiração para o meu método básico de alocação, construído com base em caixinhas. 05 Quem recomenda alocação em geral o faz por meio de percentuais: X% em ações, Y% em renda fixa, Z% em dólar… A divisão faz sentido – vamos falar sobre ela na segunda parte deste relatório –, desde que você não desobedeça às regras das caixas. Se você vai precisar de uma parte do seu dinheiro, ou dele todo, em menos de três anos, então esqueça os percentuais e se concentre nas caixinhas, combinado? Então vamos às caixas. Se estiver começando agora no mundo dos investimentos, talvez você não enten- da todos os temas citados abaixo. Não se preocupe com isso. A ideia é que você vá aos poucos se fami- liarizando com eles. Teremos uma semana inteira pra mergulhar melhor nos ativos que recheiam cada uma das caixas. Queremos, entretanto, começar do todo para que você entenda como tudo se encaixa. 06 1 SUA RESERVA DE EMERGÊNCIA A primeira caixa: A primeira e principal caixa que vai fazer de você uma investidora ou um investidor de sucesso é a da re- serva de emergência. É ela que vai fazer você dormir tranquilamente e também que vai permitir que você ouse mais com o restante do seu patrimônio. 07 Imagine uma situação-limite em que você precise fi- car um tempo sem trabalhar ou tenha que ajudar um parente doente… ou, pelo lado bom, que encontre uma oportunidade de trabalho dos sonhos em outra cidade e precise se mudar às pressas. Como qualquer emergência, não sabemos previa- mente quanto ela vai custar. Mas um bom caminho é dedicar ao menos três vezes seu custo mensal a ela. Ou seja: você calcula qual é seu orçamento mensal mínimo e multiplica por três. Esse é o dinheiro da sua reserva de emergência. Se você trabalha de forma autônoma, tem filhos pe- quenos ou algum outro fator agravante de inseguran- ça, então pode esticar mais esse valor, chegando, no limite, a 12 vezes seu custo mensal. Muita gente investe esse dinheiro na poupança. É uma boa ideia? Não! 08 A poupança rende muito pouco. Há um investimen- to que, mesmo depois dos impostos, rende um pouco mais do que ela – e com a vantagem de ganhar todo dia um pouco, ao contrário da caderneta, que só dá retorno uma vez no mês – com risco equivalente, re- torno sempre positivo e resgate no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte ao solicitado. Estou falando do título Tesouro Selic (ou LFT), que nada mais é do que um empréstimo de dinheiro que você faz ao governo federal. Esse é considerado o in- vestimento de menor risco de uma economia, tam- bém conhecido como risco soberano. Qualquer pessoa consegue investir nesse título por meio de uma corretora, que acessa o Tesouro Direto – sistema online de venda de títulos públicos à pessoa física. Para valores de até R$ 10 mil, não há cobrança de taxa, desde que você também escolha uma corre- tora que não cobra nada sobre o Tesouro. Também dá para investir nele por meio dos fundos Simples taxa zero, que estão em várias corretoras, mas vamos mergulhar mais nesse universo amanhã. 09 Antes de arriscar seu dinheiro em qualquer ativo ou seguir qualquer alocação recomendada em percen- tuais, tenha certeza de que sua reserva de emer- gência está separada. O tamanho dela é totalmente pessoal: depende do tanto que você precisa men- salmente para viver em caso de interrupção de ren- da ou algum imprevisto e também do risco de isso acontecer. Quando fazemos uma recomendação de alocação por meio de percentuais, como vamos fazer ao fim deste relatório, consideramos que a sua reserva de emergência já está separada. Não é possível incluí-la em uma recomendação genérica, dado que ela varia de acordo com o perfil de cada um. Nesta caixa, você não vai perseguir retornos relevantes, mas o maior ganho possível dentro da segurança máxima, por isso indico o risco soberano. Aqui sou radical: não topo crédito privado – ou seja, empréstimo de dinheiro para instituições financeiras ou qualquer outra empresa. 10 Esta caixa é tão relevante que, em abordagens mais simplificadas para iniciantes, costumamos dividir a alocação em duas caixas: a da reserva e a outra, que inclui todos os investimentos de risco. Hoje vamos dividir a segunda em várias caixinhas para sofisticar esse raciocínio, combinado? Vai render pouco, mas vai estar seguro, abrindo espaço para você perseguir retornos maiores no restante do dinheiro sem perder o sono. 11 2 CRÉDITO PRIVADO A segunda caixa: Especialmente com a queda dos juros, ficou mais im- portante estruturar bem esta sua segunda caixinha – que pode inclusive abraçar uma parte da sua reserva de emergência (a que vai além de seis meses, caso você considere necessária). 12 Costumo indicá-la para quem tem planos de se casar em breve, por exemplo – não me vá colocar o dinhei- ro do casório em muito risco! –, comprar uma casa ou fazer uma viagem legal. Nós somos extremamente cautelosos ao escolher os ativos para essa parte do seu dinheiro. Isso porque, apesar de parecerem comportados, os ativos de cré- dito têm risco. Eles são, sempre bom lembrar, em- préstimos. É bom você ter certeza de que o dinheiro vai voltar. Muita gente se fia, para essa parte do patrimônio, no Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que garante a devolução de R$ 250 mil por CPF e por instituição fi- nanceira inadimplente. E compra sem escolher bem Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e afins. Acontece que, se o FGC for acionado, você vai demorar um tempinho para receber seu dinheiro. E se você precisar do dinheiro nesse meio-tempo? Já pensou a dor de cabeça? Colocamos nela o dinheiro em que você não vai mexer nos próximos seis meses, mas do qual pode precisar depois disso. 13 Por não serem negociados em mercado tão transpa- rente como o de Bolsa, esses ativos andam muito bem comportados, até que passam de um valor de 100% à metade disso ou menos em pouco tempo. E você vê uma queda de um dia para o outro difícil de ser recu- perada, dado que esses ativos não costumam render muito acima do CDI. Se for para emprestar dinheiro a empresas e bancos (crédito é isso, bom lembrar) e ter retorno muito pró- ximo ao de títulos públicos, como menos de 105% do CDI, melhor ficar quietinho na nossa primeira caixa. Você pode optar por investir nessa categoria de renda fixa diretamente ou por meio de um fundo, mas deve se preocupar em escolher bem e ter cautela para que as taxas não levem seu retorno. 14 No caso dos fundos, gostamos dos que têm carên- cia longa, depreferência mais de 45 dias – ou seja, quando você pede o saque, demora todo esse tempo para acessar o dinheiro, ao longo do qual ele conti- nua rendendo. Isso para que o gestor tenha tempo de vender as posições com calma em caso de estres- se no mercado, sem derrubar os preços e prejudicar nosso retorno. Poucos gestores de fundos de crédito já foram apro- vados em nossas análises quantitativas e qualitati- vas, como Capitânia, Brasil Plural, JGP e Captalys. Espero ter outras oportunidades para contar mais a você sobre eles – lembrando que jamais recebemos comissão de qualquer gestor ou corretora por nossas recomendações, que são totalmente independentes. 15 3 RENDA FIXA ATIVA OU MULTIMERCADOS A terceira caixa: Tem muita gente que usa a renda fixa que vai além do Tesouro Selic – os títulos prefixados e indexados à inflação – como reserva de emergência. 16 O mesmo vale para fundos multimercados, que in- vestem em uma renda fixa mais apimentada, assim como em câmbio e Bolsa, no Brasil e lá fora. E, se você não conhece bem os fundos ainda, pense neles de forma simplificada como um conjunto de investi- dores se unindo pra pagar o salário da equipe de ges- tores profissionais que tocam a alocação. Parênteses: analisar diferentes fundos, de variadas gestoras, corretoras e bancos, é minha grande espe- cialidade. Espero termos mais tempo para falarmos deles no futuro. Voltando: costumamos recomendar a renda fixa mais ativa e os multimercados para um dinheiro que pode ficar investido por, no mínimo, dois anos. A economia é cíclica e até Luis Stuhlberger, o gestor de um dos mais conceituados fundos multimercado brasileiros, o Verde, já passou dezenas de meses com retornos ruins. Vem um período de estresse e com ele o susto: esses ativos podem oscilar bem no curto prazo. ( ) 17 Quando o assunto é risco, os bons profissionais ten- dem a acertar mais em períodos mais longos – e essa é uma avaliação que costumamos fazer –, como de dois a três anos. Um bom multimercado pode ficar com você para a vida inteira. Eu mesma pretendo deixar meu SPX Nimitz (infelizmente, a maior parte do tempo fecha- do para novos cotistas) para os meus filhos. Em geral, é possível sacar de um fundo desses e re- ceber o dinheiro em 30 dias. Recomendamos que ele só entre na sua carteira, porém, se você achar que não vai precisar desse dinheiro nos próximos dois ou três anos. E que esteja disposto ou disposta a segu- rar firme se o gestor passar o seu primeiro ano inteiro perdendo. 18 4 AÇÕES A quarta caixa: Esta é a caixa mais arrojada e talvez a mais sujeita a ci- clos. Por melhor que ela seja operada, pode passar al- gum tempo perdendo dinheiro. E o pior que você pode fazer é tentar adivinhar quando isso vai acontecer. 19 Veja o Joesley Day, em que o vazamento de um áu- dio esgotou repentinamente todo o otimismo com os mercados, e o mais recente evento do novo coronaví- rus, que fez as Bolsas despencarem. Para todos eles há algo em comum: o primeiro momen- to é de queda livre, mas depois vem uma forte recupe- ração. O difícil, quando você está no meio do ciclone, é ter sangue-frio (e uma reserva de emergência!) para não fazer movimentos bruscos, vendendo tudo. Os estudiosos das finanças comportamentais nos en- sinam que temos um viés de aversão à perda. Sofre- mos duas vezes mais com uma perda de R$ 1 mil do que comemoramos um ganho de R$ 1 mil. O prazo recomendado aqui, pra você não sofrer tanto com os ciclos, é de três a cinco anos. 20 Ou seja, nossa recomendação é que você invista em Bolsa diretamente ou por meio de fundos de ações um dinheiro que pode ficar parado por pelo menos três, de preferência cinco anos. Pode ser que você se sinta confortável, tenha um di- nheiro que pode arriscar e tenha um bom profissional como guia para fazer trading, ou seja, operar ganhos rápidos na Bolsa. Mas essa é a Bolsa para os estôma- gos extremamente fortes. Fora isso, acredito que todos nós deveríamos ter ao menos um pezinho na Bolsa com foco no longo prazo – que seja 1% ou 5% do pa- trimônio. É nessa parte do dinheiro que você deve enxergar retornos realmente relevantes. Ainda vamos mergulhar mais a fundo nesta caixinha encantadora ao longo desta semana. 21 5 PROTEÇÃO A quinta caixa: Alguns fundos multimercados e de ações montam suas próprias proteções, mas costumo dizer que você não deve ir para a guerra e delegar seu escudo. Tenha sempre sua própria estrutura de proteção. 22 Aqui, em geral, a forma mais simples de proteger o portfólio são investimentos em ouro e dólar, que cos- tumam subir em momentos de aversão ao risco. Será seu colchão de segurança. Não recomendamos este tipo de investimento para especular: muito difícil prever para onde vão o ouro e o dólar. É um investimento para se ter sempre que você investir em ativos de risco, como renda fixa ativa e Bolsa. Lembre-se sempre de montar a quinta caixa paralelamente à terceira e à quarta, combinado? Mais à frente, falaremos sobre percentuais. % 23 O investimento em dólar também pode ser usado para você se preparar para uma viagem a um país em que essa moeda é utilizada. Assim você não corre o risco de uma desvalorização do real às vésperas da viagem, inviabilizando os planos. Comece a notar: é só vir uma crise que es- ses ativos disparam de valor. Veja um fundo de ouro dolarizado, com ganho de mais de 50% neste ano de tanto estresse, por causa do cenário gerado pela pandemia do novo coronavírus. Ter ações mais uma pitadinha de ouro em dólar cos- tuma ser um casamento melhor do que queijo com goiabada – e olha que eu sou uma das únicas minei- ras que não gosta desse doce. 24 6 PREVIDÊNCIA A sexta caixa: Esta, na realidade, é uma caixa que idealmente deve ser composta por várias das outras: caixa (reserva), crédito privado, renda fixa ativa, multimercados, Bolsa e proteções. 25 De toda forma, quando você coloca o Método das Caixas em prática, vale a pena separar essa caixinha. Ela vai trazer a você a tranquilidade de que seu futu- ro está cuidado. Aqui estamos falando dos famosos PGBLs e VGBLs, ou seja, a previdência privada aber- ta. Os nomes não dizem nada, mas eles têm podero- sos benefícios tributários. Em resumo: o imposto chega a 10% depois de dez anos se você escolhe a tabela regressiva; você pode deduzir o valor aportado do seu Imposto de Renda se faz declaração completa (até 12% da sua renda bruta tributável); você não paga come-cotas se escolher um multimercados (a antecipação de imposto semestral incidente nos demais produtos do mercado); e, em alguns estados, seus sucessores não pagam imposto na transmissão. É por isso que, para o dinheiro que vai ficar mais de dez anos parado, sugiro que você avalie deixar ao menos uma parte alocada em planos de previdência (bons!). 26 A maior parte dos fundos de previdência do merca- do é muito ruim, cara e concentrada em renda fixa. A regulação, entretanto, tem evoluído bastante, permi- tindo ao mercado criar opções interessantes. Esse assunto também vale um dia inteiro de conver- sa. Mas, por enquanto, fico feliz se você entender que, sendo esta a caixa de mais longo prazo, ela não de- veria estar alocada somente em renda fixa. E é exa- tamente aí, ironicamente, onde está cerca de 90% do valor investido em previdência no Brasil. 27 Uma alocação estrutural para investidores de longo prazo Se você tem objetivos de curto, médio e longo prazos ou está montando seu portfólio, o modelo das caixi- nhas tende a ser o ideal. À medida que você se sofistica, entretanto, vai conse- guir ir além das caixinhas. É o caso, por exemplo, de quem está montando um portfólio inteiro no qual não tem interesse em mexer nos próximos cinco anos. Para essas pessoas, é interessante pensar o portfólio em termos de percentuais. Vou propor aqui uma dis- tribuição estrutural. 28 É uma proposta do que vejo hoje como uma carteira para uma investidora ou um investidor de perfil mode- rado,que entendo como disposta ou disposto a correr riscos, a ver a carteira balançar no curto prazo, mas também que se preocupa com preservação de capital. Você pode ajustar os percentuais de acordo com seu perfil de risco. O mais importante é fazer isso hoje, sem se deixar levar por questões de cenário, e se- guir de forma disciplinada essas fatias seja qual for o momento. É um risco muito grande tentar acertar o timing para composição dos percentuais. Pense nas últimas cri- ses. Você tinha alguma chance de acertar o dia em que elas iam acontecer? E em que elas iam acabar? Menos importante do que você seguir os percentuais abaixo exatamente como estão é definir os seus e obedecê-los, combinado? 29 Abaixo vou tratar apenas das categorias mais tradi- cionais de ativos. O ideal é que, com o tempo (e mais dinheiro!), você consiga sofisticar mais, acrescen- tando categorias, como fundos imobiliários, private equity etc. Lembre-se: a reserva de emergência deve ser construída à parte. Também não incluímos abaixo a previdência, que, de preferência, deve seguir a mesma alocação abaixo. Por fim, você pode investir em cada caixinha no Brasil e lá fora – cada vez mais temos acesso a opções no exterior. Também vamos falar mais sobre isso nesta semana. Então vamos a uma regra de bolso que carrego comigo e sigo para meu portfólio pessoal: 30 32,5% a 35% Renda Fixa pós-fixada Esta parcela deve ser dedicada a títulos públicos pós- -fixados que não fazem parte da reserva de emer- gência, incluindo oportunidades em crédito priva- do (também vamos chegar lá ao longo da semana), assim como oportunidades eventuais de mercado, como a abertura relâmpago de fundos de gestores conceituados. 31 30% a 40% Renda Fixa Ativa e Multimercados Busque misturar ativos e gestores de diferentes per- fis, mais e menos otimistas e com habilidades em di- ferentes instrumentos (existem os que acertam mais câmbio, os que operam melhor juros e os mais táticos em Bolsa, por exemplo). Sempre importante combi- nar também os mais focados no cenário doméstico com aqueles que olham e até operam exterior. 32 20% a 30% Ações, diretamente ou via fundos Aqui também é importante reunir diferentes perfis de empresas, setores e liquidez. Ao escolher fundos, é bom mesclar os mais focados na qualidade da em- presa com os caçadores de oportunidades fora do radar e os que buscam empresas em processos de mudança (o chamado turnaround), por exemplo. 33 5% a 7,5% Proteções Aqui as formas mais práticas são ouro e dólar, direta- mente na Bolsa ou via fundos. Uma estratégia interessante é alocar 30% dessa fatia em fundos long biased, aqueles que são majoritaria- mente comprados, mas que também montam posi- ções vendidas, ou seja, que ganham com a queda do ativo. Assim você pode aproveitar também de ciclos ruins para a Bolsa. 34 Até mais! Montar um portfólio não é matemática. Lembre-se sempre, entretanto, de ter uma alocação-alvo para não ser vítima de seu cérebro, que vai te fazer fugir do risco nos momentos de compra e persegui-lo nos momentos de venda. Você não precisa montar a alocação de uma vez só. Se for montá-la aos poucos, faça isso de cima para baixo, ou seja, começando pelos produtos mais con- servadores para não correr o risco de ficar arrojado demais enquanto se estrutura. E, para terminar, se você é iniciante e tem medo de se arriscar, comece a colocar o pé no risco aos pou- cos: 5% em Bolsa já é um passo e tanto! Experimen- te, porém, 1% que seja: não fique totalmente fora de risco ou seus retornos serão bastante frustran- tes. Combinado? 35 Luciana Seabra é CEO da Spiti, CFP® (planejadora financeira cer- tificada), analista CNPI, jornalista e mestre em Economia. Escre- veu para o Valor Econômico e foi sócia da Empiricus. Especialista em fundos de investimento, publicou o livro Conversas com ges- tores de ações brasileiros, editado pela Companhia das Letras. Foi premiada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo seu trabalho de educação ao investidor. Reúna suas dúvidas, que eu vou adorar tirá-las. E não se preocupe se isso ainda parece muita infor- mação para o seu cérebro. Vamos do todo às partes. Os parafusos ficam mais interessantes quando você sabe a máquina que eles sustentam. Siga conosco! Um abraço, Luciana Seabra 36 PALAVRA-CHAVE TEMPO 37 Antes de encerrar, queria falar um pouco da Spiti. Sou a Luciana Seabra, CEO da Spiti, e misturei duas formações, em Comunicação e Economia, com o propósito de ajudar pessoas comuns a investir me- lhor. Também sou analista CNPI e planejadora certi- ficada CFP®. Reuni 30 pessoas em torno do mesmo propósito para construir juntas, começando em setembro de 2019, uma casa de análise regulada pela Comissão de Va- lores Mobiliários (CVM), cujo objetivo é fazer reco- mendações de investimentos com alto potencial de acerto para você, na sua língua, seja você quem for. O nome dela é Spiti, casa em grego – porque inves- timento não é nada de outro mundo, mas, sim, algo que se discute de forma cotidiana, caseira, próxima. Uma condição é decisiva para nós: eu e minha equipe temos independência total para recomendar apenas os produtos em que acreditamos, seja qual for a ges- tora ou corretora. Você vai ver essa independência ao acompanhar nosso trabalho. 3838 É isso que fazemos aqui na Spiti. Ao receber este nos- so presente, você passa a fazer parte do grupo seleto de pessoas que têm acesso a orientações de investi- mento de alto nível e em bom português. Somos independentes porque quem paga pelo meu trabalho e de minha equipe é quem assina nossas séries. Jamais somos comissionados pelos produtos que recomendamos. Você não pagou nada por este conteúdo – ele é uma amostra grátis para você conhecer nosso trabalho. E também não vai pagar nada pelas newsletters que vai no seu e-mail a partir de hoje. Até mais! Luciana Seabra e equipe Este relatório de análise foi elaborado pela Spiti Análise Ltda. (“Spiti Análise” ou “Spiti”) de acordo com todas as exigências previstas na Instrução CVM nº 598, de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Spiti Análise não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelos assinantes com base no presente relatório. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à Spiti Análise e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório. Os analistas da Spiti Análise estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários da Spiti Análise. Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de investidor. Antes de qualquer decisão, os assinantes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de investidor. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não sãonecessariamente indicativos de resultados futuros. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Spiti Análise. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Spiti. A Spiti se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo. invistaspiti.com.br 2.0 https://invistaspiti.com.br/
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