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Relatório-MDC-HIIT_2-08_20 (1)

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2.0
Luciana SeabraAgosto de 2020
O Método 
das Caixas: 
como organizar 
seu portfólio de 
investimentos
02
Olá,
tudo bem?
Que bom que você decidiu se juntar a nós no
HIIT 2.0 da Spiti, a segunda edição do
melhor intensivo de investimentos
que você já viu.
Este relatório-presente é parte 
complementar da primeira semana
gratuita de conteúdos que estamos
entregando para você. 
03
Esperamos que aproveite a leitura e também todos os 
demais conteúdos. Eles foram elaborados com muito 
carinho pra que você, ao final da semana intensa de 
dedicação, se sinta como alguém já de casa no mundo 
dos investimentos.
Fique de olho e não perca nenhuma palavrinha.
Boa leitura e bom HIIT pra você!
Lembramos que, ao final de cada 
relatório ou experiência, como aulas, 
lives etc., você terá acesso a uma 
palavra-chave para completar o 
círculo de acompanhamento.
Aqueles que se dedicarem mais vão 
garantir acesso a uma experiência de 
celebração ao fim da semana, assim 
como a uma proposta especial.
04
Antigamente, quando os salários ainda eram recebi-
dos em dinheiro e as contas, pagas da mesma forma, 
algumas pessoas tinham um costume bastante sim-
pático: assim que recebiam os rendimentos mensais, 
elas dividiam o dinheiro em envelopes. Existia o enve-
lope do supermercado, o das contas de luz e de água, 
o do jardineiro, o da escola das crianças e por aí vai.
Considero a disciplina dos envelopes bastante eficaz. 
Ela serviu de inspiração para o meu método básico 
de alocação, construído com base em caixinhas.
05
Quem recomenda alocação em geral o faz por meio 
de percentuais: X% em ações, Y% em renda fixa, Z% 
em dólar… A divisão faz sentido – vamos falar sobre 
ela na segunda parte deste relatório –, desde que 
você não desobedeça às regras das caixas.
Se você vai precisar de uma parte do seu dinheiro, ou 
dele todo, em menos de três anos, então esqueça os 
percentuais e se concentre nas caixinhas, combinado?
Então vamos às caixas. Se estiver começando agora 
no mundo dos investimentos, talvez você não enten-
da todos os temas citados abaixo. Não se preocupe 
com isso. A ideia é que você vá aos poucos se fami-
liarizando com eles. Teremos uma semana inteira pra 
mergulhar melhor nos ativos que recheiam cada uma 
das caixas.
Queremos, entretanto, começar do todo
para que você entenda como tudo se
encaixa.
06
1
SUA RESERVA DE 
EMERGÊNCIA
A primeira caixa:
A primeira e principal caixa que vai fazer de você uma 
investidora ou um investidor de sucesso é a da re-
serva de emergência. É ela que vai fazer você dormir 
tranquilamente e também que vai permitir que você 
ouse mais com o restante do seu patrimônio.
07
Imagine uma situação-limite em que você precise fi-
car um tempo sem trabalhar ou tenha que ajudar um 
parente doente… ou, pelo lado bom, que encontre 
uma oportunidade de trabalho dos sonhos em outra 
cidade e precise se mudar às pressas.
Como qualquer emergência, não sabemos previa-
mente quanto ela vai custar. Mas um bom caminho é 
dedicar ao menos três vezes seu custo mensal a ela. 
Ou seja: você calcula qual é seu orçamento mensal 
mínimo e multiplica por três. Esse é o dinheiro da sua 
reserva de emergência.
Se você trabalha de forma autônoma, tem filhos pe-
quenos ou algum outro fator agravante de inseguran-
ça, então pode esticar mais esse valor, chegando, no 
limite, a 12 vezes seu custo mensal.
Muita gente investe esse
dinheiro na poupança.
É uma boa ideia?
Não!
08
A poupança rende muito pouco. Há um investimen-
to que, mesmo depois dos impostos, rende um pouco 
mais do que ela – e com a vantagem de ganhar todo 
dia um pouco, ao contrário da caderneta, que só dá 
retorno uma vez no mês – com risco equivalente, re-
torno sempre positivo e resgate no mesmo dia ou, no 
máximo, no dia seguinte ao solicitado.
Estou falando do título Tesouro Selic (ou LFT), que 
nada mais é do que um empréstimo de dinheiro que 
você faz ao governo federal. Esse é considerado o in-
vestimento de menor risco de uma economia, tam-
bém conhecido como risco soberano.
Qualquer pessoa consegue investir nesse título por 
meio de uma corretora, que acessa o Tesouro Direto – 
sistema online de venda de títulos públicos à pessoa 
física. Para valores de até R$ 10 mil, não há cobrança 
de taxa, desde que você também escolha uma corre-
tora que não cobra nada sobre o Tesouro.
Também dá para investir nele por meio dos fundos 
Simples taxa zero, que estão em várias corretoras, 
mas vamos mergulhar mais nesse universo amanhã.
09
Antes de arriscar seu dinheiro em qualquer ativo ou 
seguir qualquer alocação recomendada em percen-
tuais, tenha certeza de que sua reserva de emer-
gência está separada. O tamanho dela é totalmente 
pessoal: depende do tanto que você precisa men-
salmente para viver em caso de interrupção de ren-
da ou algum imprevisto e também do risco de isso 
acontecer. 
Quando fazemos uma recomendação de alocação 
por meio de percentuais, como vamos fazer ao fim 
deste relatório, consideramos que a sua reserva de 
emergência já está separada. Não é possível incluí-la 
em uma recomendação genérica, dado que ela varia 
de acordo com o perfil de cada um.
Nesta caixa, você não vai perseguir
retornos relevantes, mas o maior ganho 
possível dentro da segurança máxima,
por isso indico o risco soberano.
Aqui sou radical: não topo crédito
privado – ou seja, empréstimo de
dinheiro para instituições financeiras
ou qualquer outra empresa.
10
Esta caixa é tão relevante que, em abordagens mais 
simplificadas para iniciantes, costumamos dividir a 
alocação em duas caixas: a da reserva e a outra, que 
inclui todos os investimentos de risco.
Hoje vamos dividir a segunda
em várias caixinhas para
sofisticar esse raciocínio,
combinado?
Vai render pouco,
mas vai estar seguro,
abrindo espaço para você
perseguir retornos maiores
no restante do dinheiro
sem perder o sono.
11
2
CRÉDITO PRIVADO
A segunda caixa:
Especialmente com a queda dos juros, ficou mais im-
portante estruturar bem esta sua segunda caixinha – 
que pode inclusive abraçar uma parte da sua reserva 
de emergência (a que vai além de seis meses, caso 
você considere necessária).
12
Costumo indicá-la para quem tem planos de se casar 
em breve, por exemplo – não me vá colocar o dinhei-
ro do casório em muito risco! –, comprar uma casa ou 
fazer uma viagem legal.
Nós somos extremamente cautelosos ao escolher os 
ativos para essa parte do seu dinheiro. Isso porque, 
apesar de parecerem comportados, os ativos de cré-
dito têm risco. Eles são, sempre bom lembrar, em-
préstimos. É bom você ter certeza de que o dinheiro 
vai voltar.
Muita gente se fia, para essa parte do patrimônio, no 
Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que garante a 
devolução de R$ 250 mil por CPF e por instituição fi-
nanceira inadimplente. E compra sem escolher bem 
Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de 
Crédito Imobiliário (LCIs) e afins. Acontece que, se o 
FGC for acionado, você vai demorar um tempinho para 
receber seu dinheiro. E se você precisar do dinheiro 
nesse meio-tempo? Já pensou a dor de cabeça?
Colocamos nela o dinheiro em que você
não vai mexer nos próximos seis meses,
mas do qual pode precisar depois disso. 
13
Por não serem negociados em mercado tão transpa-
rente como o de Bolsa, esses ativos andam muito bem 
comportados, até que passam de um valor de 100% 
à metade disso ou menos em pouco tempo. E você vê 
uma queda de um dia para o outro difícil de ser recu-
perada, dado que esses ativos não costumam render 
muito acima do CDI.
Se for para emprestar dinheiro a empresas e bancos 
(crédito é isso, bom lembrar) e ter retorno muito pró-
ximo ao de títulos públicos, como menos de 105% do 
CDI, melhor ficar quietinho na nossa primeira caixa.
Você pode optar por investir nessa 
categoria de renda fixa diretamente 
ou por meio de um fundo, mas 
deve se preocupar em escolher 
bem e ter cautela para que as 
taxas não levem seu retorno.
14
No caso dos fundos, gostamos dos que têm carên-
cia longa, depreferência mais de 45 dias – ou seja, 
quando você pede o saque, demora todo esse tempo 
para acessar o dinheiro, ao longo do qual ele conti-
nua rendendo. Isso para que o gestor tenha tempo 
de vender as posições com calma em caso de estres-
se no mercado, sem derrubar os preços e prejudicar 
nosso retorno.
Poucos gestores de fundos de crédito já foram apro-
vados em nossas análises quantitativas e qualitati-
vas, como Capitânia, Brasil Plural, JGP e Captalys. 
Espero ter outras oportunidades para contar mais a 
você sobre eles – lembrando que jamais recebemos 
comissão de qualquer gestor ou corretora por nossas 
recomendações, que são totalmente independentes.
15
3
RENDA FIXA ATIVA 
OU MULTIMERCADOS
A terceira caixa:
Tem muita gente que usa a renda fixa que vai além 
do Tesouro Selic – os títulos prefixados e indexados à 
inflação – como reserva de emergência. 
16
O mesmo vale para fundos multimercados, que in-
vestem em uma renda fixa mais apimentada, assim 
como em câmbio e Bolsa, no Brasil e lá fora. E, se 
você não conhece bem os fundos ainda, pense neles 
de forma simplificada como um conjunto de investi-
dores se unindo pra pagar o salário da equipe de ges-
tores profissionais que tocam a alocação.
Parênteses: analisar diferentes fundos, de variadas 
gestoras, corretoras e bancos, é minha grande espe-
cialidade. Espero termos mais tempo para falarmos 
deles no futuro.
Voltando: costumamos recomendar a renda fixa mais 
ativa e os multimercados para um dinheiro que pode 
ficar investido por, no mínimo, dois anos.
A economia é cíclica e até Luis Stuhlberger, o gestor 
de um dos mais conceituados fundos multimercado 
brasileiros, o Verde, já passou dezenas de meses com 
retornos ruins.
Vem um período de estresse e com
ele o susto: esses ativos podem
oscilar bem no curto prazo.
( )
17
Quando o assunto é risco, os bons profissionais ten-
dem a acertar mais em períodos mais longos – e essa 
é uma avaliação que costumamos fazer –, como de 
dois a três anos.
Um bom multimercado pode ficar com você para a 
vida inteira. Eu mesma pretendo deixar meu SPX 
Nimitz (infelizmente, a maior parte do tempo fecha-
do para novos cotistas) para os meus filhos. 
Em geral, é possível sacar de um fundo desses e re-
ceber o dinheiro em 30 dias. Recomendamos que ele 
só entre na sua carteira, porém, se você achar que 
não vai precisar desse dinheiro nos próximos dois ou 
três anos. E que esteja disposto ou disposta a segu-
rar firme se o gestor passar o seu primeiro ano inteiro 
perdendo.
18
4
AÇÕES
A quarta caixa:
Esta é a caixa mais arrojada e talvez a mais sujeita a ci-
clos. Por melhor que ela seja operada, pode passar al-
gum tempo perdendo dinheiro. E o pior que você pode 
fazer é tentar adivinhar quando isso vai acontecer. 
19
Veja o Joesley Day, em que o vazamento de um áu-
dio esgotou repentinamente todo o otimismo com os 
mercados, e o mais recente evento do novo coronaví-
rus, que fez as Bolsas despencarem.
Para todos eles há algo em comum: o primeiro momen-
to é de queda livre, mas depois vem uma forte recupe-
ração. O difícil, quando você está no meio do ciclone, 
é ter sangue-frio (e uma reserva de emergência!) para 
não fazer movimentos bruscos, vendendo tudo.
Os estudiosos das finanças comportamentais nos en-
sinam que temos um viés de aversão à perda. Sofre-
mos duas vezes mais com uma perda de R$ 1 mil do 
que comemoramos um ganho de R$ 1 mil.
O prazo recomendado aqui,
pra você não sofrer tanto com
os ciclos, é de três a cinco anos.
20
Ou seja, nossa recomendação é que você invista em 
Bolsa diretamente ou por meio de fundos de ações 
um dinheiro que pode ficar parado por pelo menos 
três, de preferência cinco anos. 
Pode ser que você se sinta confortável, tenha um di-
nheiro que pode arriscar e tenha um bom profissional 
como guia para fazer trading, ou seja, operar ganhos 
rápidos na Bolsa. Mas essa é a Bolsa para os estôma-
gos extremamente fortes.
Fora isso, acredito que todos nós deveríamos 
ter ao menos um pezinho na Bolsa com foco 
no longo prazo – que seja 1% ou 5% do pa-
trimônio. É nessa parte do dinheiro que você 
deve enxergar retornos realmente relevantes.
Ainda vamos mergulhar mais a fundo nesta caixinha 
encantadora ao longo desta semana.
21
5
PROTEÇÃO
A quinta caixa:
Alguns fundos multimercados e de ações montam 
suas próprias proteções, mas costumo dizer que você 
não deve ir para a guerra e delegar seu escudo. Tenha 
sempre sua própria estrutura de proteção.
22
Aqui, em geral, a forma mais simples de proteger o 
portfólio são investimentos em ouro e dólar, que cos-
tumam subir em momentos de aversão ao risco. Será 
seu colchão de segurança.
Não recomendamos este tipo de investimento para 
especular: muito difícil prever para onde vão o ouro 
e o dólar. É um investimento para se ter sempre que 
você investir em ativos de risco, como renda fixa ativa 
e Bolsa.
Lembre-se sempre de montar
a quinta caixa paralelamente
à terceira e à quarta, combinado?
Mais à frente, falaremos
sobre percentuais.
%
23
O investimento em dólar também pode ser usado 
para você se preparar para uma viagem a um país em 
que essa moeda é utilizada. Assim você não corre o 
risco de uma desvalorização do real às vésperas da 
viagem, inviabilizando os planos.
Comece a notar: é só vir uma crise que es-
ses ativos disparam de valor. Veja um fundo 
de ouro dolarizado, com ganho de mais de 
50% neste ano de tanto estresse, por causa 
do cenário gerado pela pandemia do novo 
coronavírus.
Ter ações mais uma pitadinha de ouro em dólar cos-
tuma ser um casamento melhor do que queijo com 
goiabada – e olha que eu sou uma das únicas minei-
ras que não gosta desse doce.
24
6
PREVIDÊNCIA
A sexta caixa:
Esta, na realidade, é uma caixa que idealmente deve 
ser composta por várias das outras: caixa (reserva), 
crédito privado, renda fixa ativa, multimercados, 
Bolsa e proteções.
25
De toda forma, quando você coloca o Método das 
Caixas em prática, vale a pena separar essa caixinha. 
Ela vai trazer a você a tranquilidade de que seu futu-
ro está cuidado. Aqui estamos falando dos famosos 
PGBLs e VGBLs, ou seja, a previdência privada aber-
ta. Os nomes não dizem nada, mas eles têm podero-
sos benefícios tributários.
Em resumo: o imposto chega a 10% depois de dez 
anos se você escolhe a tabela regressiva; você pode 
deduzir o valor aportado do seu Imposto de Renda se 
faz declaração completa (até 12% da sua renda bruta 
tributável); você não paga come-cotas se escolher um 
multimercados (a antecipação de imposto semestral 
incidente nos demais produtos do mercado); e, em 
alguns estados, seus sucessores não pagam imposto 
na transmissão.
É por isso que, para o dinheiro que 
vai ficar mais de dez anos parado, 
sugiro que você avalie deixar ao 
menos uma parte alocada em
planos de previdência (bons!).
26
A maior parte dos fundos de previdência do merca-
do é muito ruim, cara e concentrada em renda fixa. A 
regulação, entretanto, tem evoluído bastante, permi-
tindo ao mercado criar opções interessantes.
Esse assunto também vale um dia inteiro de conver-
sa. Mas, por enquanto, fico feliz se você entender que, 
sendo esta a caixa de mais longo prazo, ela não de-
veria estar alocada somente em renda fixa. E é exa-
tamente aí, ironicamente, onde está cerca de 90% do 
valor investido em previdência no Brasil.
27
Uma
alocação estrutural
para investidores
de longo prazo
Se você tem objetivos de curto, médio e longo prazos 
ou está montando seu portfólio, o modelo das caixi-
nhas tende a ser o ideal.
À medida que você se sofistica, entretanto, vai conse-
guir ir além das caixinhas. É o caso, por exemplo, de 
quem está montando um portfólio inteiro no qual não 
tem interesse em mexer nos próximos cinco anos. 
Para essas pessoas, é interessante pensar o portfólio 
em termos de percentuais. Vou propor aqui uma dis-
tribuição estrutural.
28
É uma proposta do que vejo hoje como uma carteira 
para uma investidora ou um investidor de perfil mode-
rado,que entendo como disposta ou disposto a correr 
riscos, a ver a carteira balançar no curto prazo, mas 
também que se preocupa com preservação de capital.
Você pode ajustar os percentuais de acordo com seu 
perfil de risco. O mais importante é fazer isso hoje, 
sem se deixar levar por questões de cenário, e se-
guir de forma disciplinada essas fatias seja qual for 
o momento.
É um risco muito grande tentar acertar o timing para 
composição dos percentuais. Pense nas últimas cri-
ses. Você tinha alguma chance de acertar o dia em 
que elas iam acontecer? E em que elas iam acabar?
Menos importante do que
você seguir os percentuais 
abaixo exatamente como estão é
definir os seus e obedecê-los,
combinado?
29
Abaixo vou tratar apenas das categorias mais tradi-
cionais de ativos. O ideal é que, com o tempo (e mais 
dinheiro!), você consiga sofisticar mais, acrescen-
tando categorias, como fundos imobiliários, private 
equity etc.
Lembre-se: a reserva de emergência deve ser 
construída à parte. Também não incluímos 
abaixo a previdência, que, de preferência, 
deve seguir a mesma alocação abaixo.
Por fim, você pode investir em cada caixinha no Brasil 
e lá fora – cada vez mais temos acesso a opções no 
exterior. Também vamos falar mais sobre isso nesta 
semana.
Então vamos a uma regra de bolso 
que carrego comigo e sigo para
meu portfólio pessoal:
30
 32,5% a 35%
Renda Fixa
pós-fixada
Esta parcela deve ser dedicada a títulos públicos pós-
-fixados que não fazem parte da reserva de emer-
gência, incluindo oportunidades em crédito priva-
do (também vamos chegar lá ao longo da semana), 
assim como oportunidades eventuais de mercado, 
como a abertura relâmpago de fundos de gestores 
conceituados.
31
 30% a 40%
Renda Fixa Ativa
e Multimercados
Busque misturar ativos e gestores de diferentes per-
fis, mais e menos otimistas e com habilidades em di-
ferentes instrumentos (existem os que acertam mais 
câmbio, os que operam melhor juros e os mais táticos 
em Bolsa, por exemplo). Sempre importante combi-
nar também os mais focados no cenário doméstico 
com aqueles que olham e até operam exterior.
32
20% a 30%
 Ações,
diretamente ou via fundos
Aqui também é importante reunir diferentes perfis de 
empresas, setores e liquidez. Ao escolher fundos, é 
bom mesclar os mais focados na qualidade da em-
presa com os caçadores de oportunidades fora do 
radar e os que buscam empresas em processos de 
mudança (o chamado turnaround), por exemplo.
33
 5% a 7,5%
Proteções
Aqui as formas mais práticas são ouro e dólar, direta-
mente na Bolsa ou via fundos.
Uma estratégia interessante é alocar 30% dessa fatia 
em fundos long biased, aqueles que são majoritaria-
mente comprados, mas que também montam posi-
ções vendidas, ou seja, que ganham com a queda do 
ativo. Assim você pode aproveitar também de ciclos 
ruins para a Bolsa.
34
Até mais!
Montar um portfólio não é matemática. Lembre-se 
sempre, entretanto, de ter uma alocação-alvo para 
não ser vítima de seu cérebro, que vai te fazer fugir 
do risco nos momentos de compra e persegui-lo nos 
momentos de venda.
Você não precisa montar a alocação de uma vez só. 
Se for montá-la aos poucos, faça isso de cima para 
baixo, ou seja, começando pelos produtos mais con-
servadores para não correr o risco de ficar arrojado 
demais enquanto se estrutura.
E, para terminar, se você é iniciante e tem medo de 
se arriscar, comece a colocar o pé no risco aos pou-
cos: 5% em Bolsa já é um passo e tanto! Experimen-
te, porém, 1% que seja: não fique totalmente fora 
de risco ou seus retornos serão bastante frustran-
tes. Combinado?
35
Luciana Seabra é CEO da Spiti, CFP® (planejadora financeira cer-
tificada), analista CNPI, jornalista e mestre em Economia. Escre-
veu para o Valor Econômico e foi sócia da Empiricus. Especialista 
em fundos de investimento, publicou o livro Conversas com ges-
tores de ações brasileiros, editado pela Companhia das Letras. 
Foi premiada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo 
seu trabalho de educação ao investidor.
Reúna suas dúvidas,
que eu vou adorar tirá-las.
E não se preocupe se isso ainda parece muita infor-
mação para o seu cérebro. Vamos do todo às partes. 
Os parafusos ficam mais interessantes quando você 
sabe a máquina que eles sustentam.
Siga conosco!
Um abraço,
Luciana Seabra
36
PALAVRA-CHAVE
TEMPO
37
Antes de encerrar,
queria falar um pouco da Spiti.
Sou a Luciana Seabra, CEO da Spiti, e misturei duas 
formações, em Comunicação e Economia, com o 
propósito de ajudar pessoas comuns a investir me-
lhor. Também sou analista CNPI e planejadora certi-
ficada CFP®. 
Reuni 30 pessoas em torno do mesmo propósito para 
construir juntas, começando em setembro de 2019, 
uma casa de análise regulada pela Comissão de Va-
lores Mobiliários (CVM), cujo objetivo é fazer reco-
mendações de investimentos com alto potencial de 
acerto para você, na sua língua, seja você quem for. 
O nome dela é Spiti, casa em grego – porque inves-
timento não é nada de outro mundo, mas, sim, algo 
que se discute de forma cotidiana, caseira, próxima. 
Uma condição é decisiva para nós: eu e minha equipe 
temos independência total para recomendar apenas 
os produtos em que acreditamos, seja qual for a ges-
tora ou corretora. Você vai ver essa independência ao 
acompanhar nosso trabalho.
3838
É isso que fazemos aqui na Spiti. Ao receber este nos-
so presente, você passa a fazer parte do grupo seleto 
de pessoas que têm acesso a orientações de investi-
mento de alto nível e em bom português. 
Somos independentes porque quem paga pelo meu 
trabalho e de minha equipe é quem assina nossas 
séries. Jamais somos comissionados pelos produtos 
que recomendamos. 
Você não pagou nada por este conteúdo – ele é uma 
amostra grátis para você conhecer nosso trabalho. E 
também não vai pagar nada pelas newsletters que vai 
no seu e-mail a partir de hoje. 
Até mais! 
Luciana Seabra
e equipe
Este relatório de análise foi elaborado pela Spiti Análise Ltda. (“Spiti Análise” ou “Spiti”) de acordo com todas as 
exigências previstas na Instrução CVM nº 598, de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que 
possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta 
ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas 
válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Spiti Análise não se responsabiliza por qualquer 
decisão tomada pelos assinantes com base no presente relatório. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as 
recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma 
independente, inclusive em relação à Spiti Análise e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência 
de alterações nas condições de mercado. O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da 
Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, 
o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório. Os analistas da Spiti Análise estão 
obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores 
Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários da Spiti Análise. Os produtos apresentados 
neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de investidor. Antes de qualquer decisão, os assinantes 
deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de 
investidor. Este material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados 
a determinado perfil de investidor. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou 
valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não sãonecessariamente 
indicativos de resultados futuros. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os 
resultados reais poderão ser significativamente diferentes. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede 
de relacionamento da Spiti Análise. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou 
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responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou 
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