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Resumo Livro História das agriculturas do mundo - Cap 8 - 11

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Resumo 
Disciplina: Geografia Rural 
Elaborado por: Guilherme Mendes Alves 
Fazer uma abordagem do processo de revolução agrícola e sua influência 
na produção dos alimentos, envolve vários fatores que contribuíram ou 
provocaram o modo de lidar com os alimentos nos dias atuais. 
No capítulo 8 do livro História das Agriculturas do mundo, trata do início 
de um novo modelo de agricultura sem alqueive, mas que era conhecido 
por boa parte dos agricultores. O sistema com alqueive vinha mostrando 
limitações, em relação as epócas de plantio e a qualidade das terras, devido 
a uma redução do gado, que produzia o esterco que permitia a fertilização. 
Com o tempo, o período de descanso da terra, gerado no sistema com 
alqueive, foi sendo visto como menos importante. 
Uma nova rotação de cultivo foi criada, sem alqueive e com variações dos 
grãos em cada ano, com períodos mensais também diferentes. Juntamente 
com o novo sistema, alguns avanços foram conquistados, tais como: a 
redução da lixiviação, o suplemento de biomassa produzido pelos novos 
cultivos que se tornou adubo verde, o enriquecimento do solo em húmus, 
e o papel das leguminosas disseminando nutrientes às plantações. 
Ocorreu considerável crescimento demográfico e um aumento da 
produção de alimentos, além também do desenvolvimento urbano e 
industrial, coincidindo essa revolução com a revolução industrial. Inicia-
se um processo de contestação da lei que instaurava a propriedade comum 
indivisa em contrapartida a propriedade privada exclusiva, devido a um 
novo arranjo do sistema agrícola, e novas possibilidades de lucro geradas. 
O capítulo 9, trata da mecanização do cultivo com tração animal e a 
revolução dos transportes. Com o desenvolvimento dos sistemas agrários 
sem alqueive, e consequentemente o aumento da produção de alimentos e 
da população, havia uma demanda maior a ser suprida. Entretanto, as 
ferramentas e os meios de transporte utilizados estavam defasados, pois 
correspondiam a produção agrícola da Idade Média. Além disso, os 
transportes limitados impediam a comercialização dos alimentos para 
longas distâncias. 
A partir do fim do século XVIII, a indústria passou a produzir máquinas 
para agricultura, o que reduziu alguns custos que antes eram comuns aos 
agricultores. Surgiram então vários equipamentos, tais como: arados 
charruas, arados brabants, semeadeiras, ceifadeiras, colhedoras e 
trilhadeiras de carrossel. A máquina a vapor, passou a substituir o 
trabalho animal em algumas etapas da produção. Ou seja, um novo modo 
de potencializar e facilitar a produção, estava surgindo. 
Algumas consequências foram notadas, novos trabalhos surgiram, como 
o aluguel de máquinas por exemplo, porém vários trabalhadores foram 
dispensados, já não se precisava de tantos semeadores nas terras. Isso 
poderia mais adiante provocar um êxodo rural. 
O impulso dado pela indústria à produção agrícola, ocasionou uma 
superprodução, onde as grandes importações realizadas pelos países 
europeus, provocaram a queda dos preços dos produtos dentro desses 
países. Houve um recuo da produção, queda dos rendimentos agrícolas e 
fundiários, fechamento de alguns estabelecimentos, e um aumento do 
êxodo rural, foi a primeira crise da superprodução agrícola. 
O capítulo 10 aborda a segunda revolução agrícola dos tempos modernos, 
que apresenta momentos de estruturação e momentos de dificuldade, no 
seu processo de desenvolvimento. A segunda revolução agrícola, é 
marcada pelo progresso dos meios de produção que foram melhorados na 
segunda revolução industrial. Surgiu a motorização, máquinas com 
motores a explosão ou elétricos, tratores e engenhos automotivos mais 
potentes e máquinas cada vez mais eficientes. Também ocorreram 
avanços no processo de quimificação, principalmente nos adubos minerais 
e nos produtos de tratamento. 
A seleção das plantas e raças de animais domésticos estava agora 
adaptada a esses novos meios de produção industriais. As distâncias 
também se encurtavam por meio dos transportes, como caminhões, 
estradas de ferro, barcos e aviões. 
Nota-se que aconteceu um processo de especialização do cultivo. Essa 
especialização coloca em dúvida o trabalho dos produtores agrícolas, pois 
são os trabalhadores intelectuais que pensam dentro do sistema gerado, 
as melhores opções de plantio, possuindo inúmeras qualificações para isso. 
Caberia ao trabalhador intelectual o trabalho de concepção, e ao produtor 
agrícola, o trabalho de execução. 
Apesar dos avanços e novas posições de trabalho alcançadas pela segunda 
revolução agrícola, algumas dificuldades foram enfrentadas. As 
flutuações e quedas do preço dos produtos tornaram-se recorrentes, com 
isso surgiram as políticas de proteção agrícola, em meio a desigualdades 
cumulativas no desenvolvimento de regiões desfavorecidas, o que 
atenuava a crise dos estabelecimentos agrícolas dessas regiões. 
O capítulo 11 traz um panorama do que representou a diversidade de 
sistemas de cultivo espalhados pelo mundo, e como isso afetou a economia 
de diversos países, principalmente aqueles em desenvolvimento. As 
revoluções agrícolas aumentaram em várias vezes a relação de produção 
por hectare de diversas agriculturas do mundo. Ampliaram-se os 
horizontes de mercado e posteriormente a concorrência. Havia uma 
diferença de produção entre os grandes produtores agrícolas e os pequenos 
produtores agrícolas, esses eram subequipados, não conseguiam 
acompanhar a superprodução. O que representava um perigo, era o fato 
de que eles continuavam a produzir, aumentando a oferta de alimentos, 
mas baixavam os preços. Essa ação levava a concentração na venda dos 
produtos, esquecendo-se da preservação do ecossistema cultivado. O solo 
enfraqueceu em fertilidade, e a produção então caiu. 
Havia um dualismo dentro da produção agrária, que provocava um 
impacto no mercado mundial de alimentos. De um lado, uma agricultura 
motomecanizada, especializada, com técnicas de fertilização avançadas, e 
de outro uma agricultura subequipada, manual em certa medida, que 
interrompia a revolução verde. Em meio a isso, apenas a produção de 
alimentos mais perecíveis que outros conseguia se sobressair. 
O campesinato pobre entrou em crise, os países em desenvolvimento 
sofreram hipertrofia urbana, o emprego informal e o desemprego se 
espalharam, a crise de endividamento sí aumento. A saída anticrise, 
tomada por alguns desses países, foi a liberação de crédito, mas o aumento 
dos preços e a especulação sobre os produtos, deixa em dúvida se 
realmente essa saída pode barrar a crise instalada. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. Histórias das agriculturas do 
mundo – do neolítico à crise contemporânea. Editora UNESP. São Paulo, 
2010.

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