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Aula 07 Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Professor: Arthur Macedo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 2 de 37 www.exponencialconcursos.com.br Assunto Página 1- Gestão pública empreendedora 03 2- Parcerias entre governo e sociedade 05 3- Governança corporativa interna e externa 13 4- Questões comentadas 17 5- Lista de exercícios 29 6- Gabarito 37 Olá, futuro(a) Agente Fiscal de Rendas! Vamos para a nossa Aula 07 do curso de Administração Pública para o ICMS-SP. Chegamos ao final do nosso curso. Espero que eu possa ter colaborado para a construção do conhecimento de vocês na nossa matéria. O esforço de vocês será recompensado, podem ter certeza! Nesta última aula, falaremos sobre os processos participativos da sociedade na gestão pública, a partir das parcerias legalmente instituídas. Falaremos, também, sobre o alicerce para estas parcerias serem feitas, a partir da ideia de uma gestão pública moderna e empreendedora. Bom, qualquer dúvida sobre teoria ou com os exercícios, entrem em contato que tentarei ajudar no que for preciso. Muito obrigado pela confiança, e conto com você para que o nosso material evolua. Vocês, alunos, são os nossos melhores professores. E sempre serão! Estão prontos? Simbora!!! Abraços, Arthur Macedo Aula 07 – Parceria entre governo e sociedade, ouvidorias, governança interna e externa. Gestão pública empreendedora. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 3 de 37 www.exponencialconcursos.com.br Iniciando esta última aula do curso, cabe uma reflexão sobre a contemporaneidade da gestão pública brasileira. Vivemos em um tempo de constante mudança e de incertezas. No campo político, a democracia encontra-se estabilizada, apesar de algumas incorreções governamentais e jogos de interesses, que acontecem em todas as esferas, em muitos dos entes federativos, pois ainda se trata de algo "cultural". No campo social, quando falamos em distribuição de renda, é inegável os avanços dos últimos anos. Porém, o passivo social ainda é muito grande. Destaca-se as formas de participação popular advindas da CF/88 e, posteriormente, da nova gestão pública, implementada em meados dos anos 90. Vale ressaltar, outrossim, a presença dos conselhos populares e da participação direta nas escolhas governamentais, como é o caso do orçamento participativo. No campo econômico, bastante influenciado pelo cenário externo e pelas decisões estratégicas de governo (e não de Estado, frise-se), o Brasil ainda precisa de uma estabilidade que seja perene, sem sustos para a população e para os investidores internos e externos. A administração pública precisa balancear toda essa dinâmica política, social e econômica para tomar suas decisões, sempre buscando o bem da coletividade, como ordena a Constituição Federal. Os governos buscam modernizar suas máquinas, seus modelos gerenciais e seu quadro técnico. Podemos afirmar que hoje estamos vivendo uma nova administração pública, muito mais capaz e empreendedora do que em tempos passados. Vale uma ressalva: o Brasil é um país continental, e nem tudo o que for dito sobre modernidade gerencial se aplica de maneira uniforme em todo o país. É sabido que muitos municípios (e até alguns estados) ainda guardam um ranço do coronelismo, da disfunção burocrática e do clientelismo. Porém, vamos focar nosso estudo no campo teórico, como nossa prova exige, e o julgamento da realidade ficará para cada um de vocês. As inovações administrativas nas organizações privadas foram incorporadas, com as devidas adaptações, ao sistema administrativo público. O espírito de empreendedorismo encontra-se presente em diversos órgãos e faz parte da atuação de muitos do agentes públicos. A administração agora privilegia os resultados, constitui parcerias, busca transparência e controle social, com maior qualidade e velocidade das informações. Esta nova administração pública incorporou diversas ferramentas gerenciais criadas no universo corporativo privado. Podemos citar algumas delas: as ferramentas da gestão da qualidade (melhoria contínua, 5S, 1- GESTÃO PÚBLICA EMPREENDEDORA D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 4 de 37 www.exponencialconcursos.com.br etc.); o planejamento estratégico com o uso do Balanced Scorecard (BSC); o ciclo PDCA, o benchmarking, dentre outras ferramentas. O empreendedorismo público elevou a qualidade dos serviços prestados à população, principalmente com o uso maciço de uma importante variável: a tecnologia. É inegável, por exemplo, o avanço dos fiscos federal e estaduais no tocante à disponibilização de informações aos contribuintes e à velocidade do tratamento de dados. Esta é a nova administração pública. Respeitando a legislação e os condicionantes políticos, sociais e econômicos, avança, mesmo que na teoria, em direção a um serviço público de qualidade. (FCC - AFR - ICMS/SP - 2013) A gestão pública empreendedora: I. mitiga o foco em uma gestão voltada para os processos, privilegiando a obtenção de resultados. II. despreza a constituição de parcerias, fortalecendo a ação isolada do Estado. III. busca uma mudança da qualidade gerencial, trazendo destaque à transparência e ao controle social. IV. visa uma maior rapidez na circulação de informações, bem como uma maior qualidade destas, fomentando o diálogo público sobre a atuação do Estado. Nova Administração Pública Empreendedora Qualidade dos Serviços Prestados Tecnologia da Informação Transparência e Controle Social D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 5 de 37 www.exponencialconcursos.com.br Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Resolução: Questão do último concurso do ICMS/SP, interessante para fixar os conhecimentos adquiridos neste início de aula. Vamos analisar as assertivas. A assertiva I está correta, e é uma das evoluções da administração pública gerencial, com o foco no resultado em vez do foco no processo. A assertiva II está incorreta, pois a formação de parcerias é incentivada na administração pública empreendedora. Já a assertiva III está correta, com ênfase na transparência e no controle social. Por fim, a assertiva IV está correta, pois as informações precisam ser repassadas com rapidez e qualidade para os administrados. Portanto, nosso gabarito é a alternativa D. 2.1. Processos Participativos Os Processos Participativos são maneiras de gestão que ampliam o processo decisório da sociedade. São parcerias fundamentais entre governo e sociedade. Ademocracia não pode ser apenas exercida a cada pleito eleitoral, e sim, ao longo do processo de governo, construindo as bases, definindo prioridades e exercendo a função de controle social. A Constituição Federal de 1988 assegurou várias possibilidades de participação social direta na administração pública, dentre alguns exemplos: conselhos de gestão e políticas públicas, conferências, audiências, consultas públicas, orçamentos participativos, etc. A ampliação dos processos participativos está pautada pelos princípios da parceria, cooperação, inclusão, do pluralismo e da justiça social, buscando responder problemas não resolvidos pela democracia representativa. Apesar de vivermos em uma democracia, o acesso aos serviços de garantia dos direitos sociais, por exemplo, ainda não se dá de forma equitativa em nossa sociedade. Os processos participativos, neste contexto, podem captar interesses e informações por vezes não percebidos nos processos representativos, embora fundamentais para garantir os direitos dos cidadãos. 2- PARCERIAS ENTRE GOVERNO E SOCIEDADE D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 6 de 37 www.exponencialconcursos.com.br Portanto, a partir dos preceitos da participação social nos processos de gestão pública, é possível afirmar que a melhor maneira de tornar um serviço público melhor é trazer a comunidade para participar da sua gestão, seja por trabalho voluntário, seja realizando a devida fiscalização. 2.2. Conselhos de Gestão A criação dos Conselhos de Gestão foi prevista no artigo 67 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Importante transcrever o artigo: Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a: I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação; II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da gestão fiscal; III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle social; IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos. Bom, os conselhos de gestão representam um grande avanço no recente processo de democratização vivido pelo Brasil. Com uma formação que prevê a participação de representantes dos diversos segmentos sociais, os conselhos tornaram-se mecanismos de controle social, planejamento e implementação de políticas públicas, em campos como a saúde e a assistência social. Processos Participativos Ampliar o processo decisório da sociedade Inclusão, pluralismo, controle e justiça social Trazer o cidadão para a gestão. Cooperacão. Trabalho voluntário e fiscalização D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 7 de 37 www.exponencialconcursos.com.br Nos tempos atuais, os conselhos possuem uma importância crescente, funcionando como centros de participação da população, principalmente dos setores não atendidos diretamente pelos governos. Dessa forma, buscam interferir nas decisões governamentais, em todos os níveis e esferas de governo. (FCC - Analista Judiciário - TRT 6 - 2012) A ampliação dos processos democráticos e do controle social nas políticas tem sua emergência institucional com a Constituição Federal de 1988 que prescreve a participação da sociedade na gestão das políticas públicas. Entre os pressupostos centrais dos conselhos gestores pode-se destacar a) a constituição de espaços democráticos que busquem, sobretudo, o alargamento da democracia, a construção da cidadania e com isso possibilite tanto o exercício do controle social quanto a absorção das demandas da sociedade. b) a existência de uma larga distância entre a formulação dos conselhos e o controle social, pois estes são erigidos, na maioria das vezes, por instituições prestadoras de serviços às quais têm intrínseca relação de dependência com o Estado. c) a constituição de espaços democráticos fundados na diretriz da descentralização administrativa, cujo sucesso depende da sua capacidade de compreender em detalhes os meandros do poder público, nesta linha não se trata de uma composição política, mas sim técnico/gerencial. d) o caráter deliberativo dos conselhos e a impossibilidade de exercerem esta função, dada a sobreposição de atribuições entre o papel de controle exercido pelas instâncias legislativas que têm a função precípua de exercer o controle sobre a instância executiva do Estado. e) a presença de mecanismos de participação consultivos, dada sua característica de acompanhamento dos governos locais e o treino para o controle e captação das demandas da sociedade. Conselhos de Gestão Previsão na Lei de Responsabilidade Fiscal Participação de diversos segmentos sociais Controle, planejamento e implementação de políticas públicas Buscam interferir nas decisões governamentais D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 8 de 37 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Sobre os conselhos de gestão, vamos direto para a alternativa correta: a alternativa A está correta e é o gabarito da questão, e traz todas as características presentes nos conselhos de gestão: espaços democráticos, alargamento da democracia, cidadania, participação na decisões das demandas e controle social. As demais alternativas estão incompletas ou incorretas. 2.3. Orçamento Participativo O Orçamento Participativo é uma maneira de permitir que os cidadãos participem da elaboração do orçamento de algum ente federativo. As pessoas são convidadas a dar opiniões sobre a definição de prioridades para a sua comunidade (obras e serviços mais importantes). É uma forma de permitir ao cidadão participar diretamente da vida pública. Esta participação normalmente ocorre durante a fase de elaboração do orçamento, quando o projeto de lei está sendo preparado pelo ente federativo. A participação pode acontecer também através das audiências públicas realizadas pelo correspondente legislativo. Segundo Boaventura (2002), o orçamento participativo é "uma estrutura e um processo de participação comunitária baseado em três princípios e num conjunto de instituições que funcionam como mecanismos ou canais para assegurar a participação no processo decisório do governo municipal." Os três princípios acima referidos são: participação aberta a todos os cidadãos; combinação de democracia direta e representativa; e alocação dos recursos para investimento de acordo com uma combinação de critérios gerais e técnicos. (FCC - Especialista em PolíticasPúblicas - SEPLA DR/SP - 2009) Diferentemente dos conselhos municipais setoriais, a adoção de formas de Orçamento Participativo (OP) a) encontra seu principal obstáculo na participação maciça da sociedade, que não tem qualificação técnica para elaborar um orçamento. Orçamento Participativo Cidadãos participam da elaboração do orçamento Definição de prioridades para a comunidade Pode ser durante a fase de elaboração do orçamento ou por audiências públicas Democracia direta e representativa. Alocação de recursos por critérios gerais e técnicos. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 9 de 37 www.exponencialconcursos.com.br b) é um mecanismo participativo que incorpora membros da comunidade local ao processo decisório sobre a alocação de parcela dos recursos orçamentários municipais. c) foi introduzida por legislação federal, aprovada pelo Congresso em 2004. d) é uma política de tipo bottom-up, isto é, decidida e operada pelas comunidades locais, com suporte financeiro de governos municipais e estaduais. e) tem apresentado reduzido impacto redistributivo na alocação de recursos orçamentários porque foi capturado por interesses dos servidores clientelistas. Resolução: Analisando as alternativas sobre orçamento participativo: a alternativa A está incorreta, pois não é preciso qualificação técnica para participar de um processo de orçamento participativo. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, trazendo conceito apropriado para o assunto em voga. A alternativa C está incorreta, pois a ideia de participação popular foi prevista na Constituição Federal. O modelo de orçamento participativo foi realizado no começo dos anos 90. A alternativa D está incorreta, pois a decisão e a operação do orçamento cabe aos governos, uma vez que a sociedade apenas opina e apresenta prioridades. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois é totalmente o contrário: o orçamento participativo gera democracia, participação popular na alocação dos recursos. 2.4. O Terceiro Setor A administração pública brasileira mudou severamente a partir de dois eventos significativos: a promulgação da Constituição Federal em 1988 e as reformas gerenciais promovidas nos anos 90. Diversos mecanismos de participação da sociedade na gestão pública foram introduzidos no ordenamento jurídico, seja realizando atividades de maneira direta, seja por meio do controle e fiscalização dos serviços ofertados pelos governos. As mudanças institucionais promovidas no Brasil aproximaram o cidadão do processo de tomada de decisão. Elas influenciaram, também, os processos de controle, seja ele prévio, concomitante ou posterior ao serviço público. Mais: criou um ambiente favorável ao surgimento das entidades paraestatais do terceiro setor. Conceituando e contextualizando: as entidades paraestatais possuem personalidade jurídica de direito privado. No entanto, não podemos classificá-las como entidades públicas (obviamente, porque não são de direito público) nem como entidades privadas (porque não visam ao lucro). Elas são uma espécie híbrida. Realizam atividades de colaboração com o Estado, D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 10 de 37 www.exponencialconcursos.com.br de interesse público, e por isso, recebem auxílio e fomento governamentais. As entidades paraestatais desempenham serviços não exclusivos do Estado e estão sujeitas ao controle administrativo e do Tribunal de Contas. Além disso, possuem regime jurídico híbrido (não é totalmente privado), pelo fato de serem submetidas a normas de direito público. E por que "terceiro setor"? O que chamamos de primeiro setor é a atividade estatal, direta e indireta. O segundo setor é o mercado privado. Já o terceiro setor é formado por estas entidades que não são enquadradas nem como puramente estatais, nem puramente de mercado. Ou seja, são as paraestatais (prefixo "para" = ao lado, paralelo). (FCC - Analista Judiciário - TRT 1 - 2011) O chamado Terceiro Setor só pode ser compreendido dentro de uma conjuntura social, econômica e política que determinam o seu significado e a sua dimensão. Nesse sentido, considere: I. O Terceiro Setor ocupou e ocupa o papel que é do Estado na formulação e execução das políticas sociais. II. Não se pode negar a importância das ações desenvolvidas pelas organizações do Terceiro Setor no enfrentamento das diferentes manifestações da questão social. III. O Terceiro Setor se configurou nos últimos 20 anos dentro de um contexto de avanço do projeto neoliberal caracterizado pela implementação de políticas sociais focalizadas e seletivas. Está correto o que se afirma em a) I e III, apenas. b) II e III, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. Primeiro Setor Estado Terceiro Setor Paraestatais Segundo Setor Mercado D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 11 de 37 www.exponencialconcursos.com.br e) I, II e III. Resolução: Analisando as assertivas: a assertiva I está incorreta, pois o terceiro setor não ocupa o papel de formulador de políticas públicas, atividade típica de Estado. Já as assertivas II e III estão corretas e refletem os avanços e impactos gerados a partir da presença e fortalecimento do terceiro setor. A alternativa B é o gabarito da questão. 2.5. Organizações Sociais As Organizações Sociais (OS) são classificadas como pessoas jurídicas de direito privado, não possuem fins lucrativos, instituídas a partir de iniciativa privada, que recebem delegação do Estado por meio do contrato de gestão, a fim de desempenhar serviço público de natureza social. Quando falamos em serviços de natureza social, leia-se: ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, cultura, proteção e preservação do meio ambiente e saúde. Algumas características das OS`s: poderão assumir a forma de associação ou fundação privada e poderão receber imóveis e mobiliários e até servidores do Estado para o desempenho das suas atividades. Já o contrato de gestão é o instrumento legal que permite qualificar as entidades como organizações sociais. Ele é discricionário, reduz a flexibilidade da entidade, permite transferir atividades e cobrar resultados. 2.6. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), assim como as OS`s, são criadas através de iniciativa particular. Desempenham atividades privadas de interesse público, nas áreas de cultura, educação, saúde, dentre outras. Enquanto as OS`s recebem delegação estatal, a partir do contrato de gestão, as OSCIP`s exercem atividade privada com ajuda do Estado, a partir da assinatura do Termo de Parceria. O termo de parceria firmado vai prever objetivos, metas e prazos, critérios para avaliação, previsão de receitas e despesas e obrigações das OSCIP`s. Outro ponto de convergência com as OS`s é que para ser qualificada como OSCIP, a entidade não pode possuir finslucrativos. Já Organizações Sociais Serviços públicos de natureza social Qualificadas a partir do contrato de gestão Forma de associação ou fundação Sem fins lucrativos D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 12 de 37 www.exponencialconcursos.com.br um ponto contrário é que a qualificação, desde que preenchidos os requisitos necessários, é um ato vinculado. O ato de qualificação é emitido pelo Ministério da Justiça. (FCC - Analista de Controle Externo - TRE-GO - 2014) As Organizações Sociais e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) apresentam características peculiares que as distinguem uma das outras justamente em razão de serem entidades diversas, previstas em legislações próprias. Sobre o tema, considere as seguintes assertivas: I. Não celebram contratos de gestão com o Poder Público, mas termos de parceria. II. O Poder Público não participa de seus quadros diretivos. III. Não há trespasse de servidores públicos para nelas prestar serviço. IV. O objeto da atividade delas é muito mais amplo que o das Organizações Sociais, compreendendo, inclusive, finalidades de benemerência social. As OSCIPs distinguem-se das Organizações Sociais, entre outros pontos relevantes, pelo descrito em a) II, III e IV, apenas. b) I, apenas. c) I e IV, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II, III e IV. Resolução: Questão interessante para fixar os conceitos aprendidos sobre as OSCIP e sua diferenciação quanto as OS. Todas as assertivas estão corretas, e a alternativa E é o gabarito da questão. Vale uma leitura no enunciado, que está bem objetivo. Em muitos pontos, as OS e as OSCIP possuem características semelhantes, pelo fato de ambas serem entidades do terceiro setor. No entanto, há de se ressaltar os pontos levantados na questão que são diferentes, principalmente o fato de uma celebrar contrato de gestão (OS) e a outra celebrar termo de parceria (OSCIP), uma ter participação obrigatória no conselho de administração (OS) e a outra não ter (OSCIP), dentre outras diferenças. OSCIP`s Elo com o Estado mediante Termo de Parceria Sem fins lucrativos Qualificação é ato vinculado Atividades privadas de interesse público D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 13 de 37 www.exponencialconcursos.com.br 3.1. Conceito e Princípios Básicos Bom, vamos iniciar o último tema da nossa aula. Pode-se dizer que o tema Governança Corporativa (interna e externa), na amplitude em que hoje em dia se encontra, é um paradigma para as organizações públicas e privadas, de acordo com o foco que cada uma possui. Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), "é o sistema pelo qual as organizações públicas e privadas são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo as práticas e os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle, ou organismos correlatos na esfera pública. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade". Tem por um de seus objetivos a garantia de aderência quanto aos principais atores e códigos de conduta pré-acordados, visando à redução ou eliminação dos conflitos de interesse. Portanto, nota-se que vai um pouco além da gestão. Com uma visão holística, a governança corporativa busca proporcionar o aumento da probabilidade dos fornecedores de recursos garantirem para si o retorno sobre o investimento, no caso das instituições privadas, e a efetividade do serviço público, no caso das organizações públicas. A figura a seguir prova o que discutimos. Importante fixar esta diferença entre gestão e governança: (fonte: http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/images/sistema_novo-portugues.png) 3- GOVERNANÇA CORPORATIVA INTERNA E EXTERNA D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 14 de 37 www.exponencialconcursos.com.br São quatro os princípios básicos da Governança Corporativa, segundo o IBGC: Transparência: mais do que a obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. A adequada transparência resulta em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações da empresa com terceiros. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à criação de valor. Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os interessados diretos (sócios/sociedade) e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis. Accountability: Os agentes de Governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões. Responsabilidade Corporativa: Os agentes de Governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando à sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. (FCC - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - SEFAZ/SP - 2010) A governança corporativa aplicada ao setor público tem em comum, tanto no Código do IBGC quanto em publicações do IFAC, os princípios básicos da a) Responsabilidade corporativa e da Prestação de contas. GOVERNANÇA CORPORATIVA Conjunto de processos, costumes, políticas, regulamentos e instituições que regulam a maneira como uma organização é dirigida, administrada ou controlada. Princípios: Transparência Equidade Accountability Responsabilidade Corporativa D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 15 de 37 www.exponencialconcursos.com.br b) Transparência e da Equidade. c) Equidade e da Integridade. d) Integridade e da Responsabilidade corporativa. e) Prestação de contas e da Transparência. Resolução: Como sabemos, são estes os princípios da responsabilidade corporativa: transparência, equidade, accountability/prestação de contas e responsabilidade corporativa. Para o serviço público, de acordo com a convergência citada no enunciado da questão, a alternativa correta é a letra E, por trazer princípios previstos nos dois institutos citados. Não se preocupem com estes institutos, apenas fixem os princípios. 3.2. As Oito Características da "Boa Governança" O estudo da Governança Corporativa estabelece uma série de característicasque permitem o sucesso das organizações que adotam tal sistema. A doutrina majoritária enumera em oito estas características. Algumas delas coincidem com os princípios vistos anteriormente. Vamos estudar, através do esquema a seguir, as oito características da "boa governança": O it o C a r a c te r ís ti c a s d a B o a G o v e r n a n ç a Participação Contempla participação direta ou indireta nas atividades, estabelecidas, com liberdade de expressão e garantia dos direitos. Estado de Direito Estrutura sólida do Estado, proteção dos direitos humanos, poderes independentes. Transparência Cultura da informação dos atos organizacionais, agindo com lisura e ética, não obstando os partícipes de obterem informações dos processos. Responsabilidade Espaço, dever e posição que cada um exerce na instituição, possibilitando o cumprimento dos dispositivos legais e regulamentares. Orientação por Consenso Tomar as decisões buscando o consenso entre os stakeholders, após sucesso na mediação de interesses. Igualdade e Inclusividade Assegurar igualdade de todos os grupos perante os objetivos da instituição. Efetividade e Eficiência Garantir que os processos atinjam seus resultados de acordo com o que necessita a sociedade. Accountability Dever de prestar contas à sociedade. As instituições devem ser fiscalizáveis pelos órgãos oficiais e pelos demais interessados. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 16 de 37 www.exponencialconcursos.com.br 3.3. Ouvidorias Quando abordamos a governança interna e externa, falamos muito sobre transparência e aproximação/participação das partes interessadas. Neste sentido, as instituições privadas e públicas utilizam um expediente criado há bastante tempo: as ouvidorias. São canais de comunicação direta entre o cidadão e as entidades, permitindo que este colabore para a melhoria do serviço prestado, a partir dos seus elogios, críticas, sugestões, reclamações e denúncias. Através de um canal específico (contato pessoal, telefone, e-mail ou outro meio contemporâneo), a parte interessada estabelece uma comunicação direta com a organização. Normalmente, a figura do ouvidor é alguém próximo aos mais altos cargos, uma vez que estas informações, após serem filtradas, são levadas a pessoas que possuem poder de decisão e influência nas organizações. Nas entidades privadas, esta figura também pode ser chamada de "ombudsman". Ouvidorias Canais de comunicação direta com a organização, na intenção de melhorar o serviço prestado. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 17 de 37 www.exponencialconcursos.com.br 01. (FCC - AFTM - ISS/SP - 2007) Como forma de equacionar a crise do Estado, consistente na escassez de recursos frente ao aumento das demandas sociais, surge o conceito de Estado empreendedor, o qual caracteriza-se por a) criar condições institucionais que mobilizem e organizem o processo governamental, tendo em vista a inovação permanente, a superação de obstáculos e o alcance de resultados efetivos. b) fomentar a criatividade e a ousadia, mas, principalmente, a disposição de correr riscos para encontrar as soluções mais inovadoras. c) implementar uma nova forma de utilização de recursos públicos, cujo principal critério é a elaboração de planos detalhados por uma equipe de especialistas com experiência e visão de mercado. d) incentivar a formação de líderes que, por sua capacidade de mobilização e persuasão, sejam capazes de instaurar uma nova dinâmica na ação governamental. e) propiciar a adesão a procedimentos mercadológicos e a orientação para busca de lucro como critérios para dinamizar as organizações e romper com as rotinas burocráticas. Resolução: Um Estado empreendedor reflete participação de todos. Envolve incentivar a inovação como processo perene, e não apenas algo pontual ou restrito a determinado grupo de servidores. Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. As demais alternativas estão incompletas e/ou trazem expressões incorretas. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA A. 02. (FCC - AFTM - ISS/SP - 2012) Uma organização pública que pretende incorporar uma orientação empreendedora em seu planejamento estratégico deve priorizar a) a conexão das expectativas de desempenho com objetivos pontuais individualizados. b) a vinculação entre remuneração individual e produtividade pessoal. c) o desenvolvimento de ações de controle centralizado dos processos administrativos. d) o uso de qualificação formal para obter uma avaliação mais subjetiva do desempenho. e) o alinhamento das expectativas de desempenho individuais com os objetivos organizacionais. 4- QUESTÕES COMENTADAS D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 18 de 37 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Empreender leva a inovar, fazer o novo, mudar o status quo. Analisando as alternativas: a alternativa A está incorreta, pois não trata de objetivos pontuais individualizados. A alternativa B está incorreta, pois empreendedorismo governamental não trata, como prioridade, de ligação entre remuneração e produtividade. A alternativa C está incorreta, pois nada tem a ver com controle centralizado em processo administrativo. A alternativa D também está incorreta, pois não existe esta ligação entre avaliação formal e avaliação subjetiva de desempenho. Por fim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, trazendo prioridades do planejamento estratégico num cenário de empreendedorismo governamental. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA E. 03. (FCC - Analista Judiciário - TRE/SP - 2012) Dentre as diversas práticas desenvolvidas pelas abordagens pós-burocráticas aquela que mais estimula o empreendedorismo governamental é a) a descentralização da autoridade. b) a transferência do controle das atividades à comunidade. c) orientar-se por objetivos, e não por regras e regulamentos. d) dar preferência exclusiva às soluções de mercado. e) investir mais na prevenção dos problemas do que na sua correção. Resolução: Empreender é mudar o paradigma. Portanto, a maior mudança de paradigma existente no cenário pós-burocrático é deixar de administrar em função das regras e procedimentos e passar a tocar a máquina pensando nos resultados, nos objetivos e nas demandas da sociedade. Portanto, a alternativa C é o gabarito da questão. As demais alternativas trazem ideias secundárias, incompletas ou incorretas. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C. 04. (FCC - AFR - ICMS/SP - 2013) Considerando-se os princípios da chamada gestão empreendedora, a eficácia da gestão pública depende de um a) sistema de informações que possibilite o entendimento entre governo e sociedade, bem como a avaliação de resultados, trazendo transparência à tomada de decisões, ainda que incorra em custos iniciais de implantação. b) sistema de gestão que otimize os esforços do governo, ainda que emdetrimento da participação dos diversos atores sociais em seus diferentes níveis, grupos e segmentos. c) modelo de acompanhamento dos processos, com indicadores exclusivamente quantitativos, que privilegiem a manutenção da estruturação da burocracia. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 19 de 37 www.exponencialconcursos.com.br d) sistema de controles exclusivamente internos que assegure a eficácia de todas as ações dos gestores, mesmo que com algum prejuízo à legitimidade de suas ações. e) modelo que privilegie a canalização das demandas públicas e a participação da sociedade civil organizada, ainda que desprezando o aproveitamento do potencia dos gestores públicos. Resolução: A eficácia, no contexto de uma gestão pública empreendedora, vai depender de atingir o objetivo, o alvo, o sucesso. Para isto, podemos eliminar as alternativas B, C, D e E por se tratarem de controles de processo. A alternativa A é o gabarito da questão e traz preceitos da gestão empreendedora: gestão de resultados, transparência e participação da sociedade. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA A. 05. (FCC - Analista do Tesouro Estadual - SEFAZ/PI - 2015) Considere as afirmações abaixo: I. Ação catalizadora, promovendo a atuação conjunta dos setores público, privado e voluntário. II. Atuação competitiva, introduzindo a competição na prestação de serviços com a finalidade de aumentar a eficiência. III. Atribuição de responsabilidades aos cidadãos, que são chamados a participar da fiscalização/controle dos serviços públicos. Aplica-se o conceito de governo empreendedor o que consta em a) I e II, apenas. b) I, apenas. c) II, apenas. d) I, II e III. e) II e III, apenas. Resolução: Mais uma questão sobre a gestão pública empreendedora, já adianto que todas as assertivas estão corretas. Com isso, o gabarito da questão é a alternativa D. As ações catalizadoras, a atuação competitiva e o empoderamento do cidadão são preceitos da gestão empreendedora na administração pública. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA D. 06. (FCC - AFTM - ISS/SP - 2007) Na última década, tem se verificado o crescimento do chamado "terceiro setor", com a proliferação de organizações não governamentais (ONGs). A respeito dessas entidades, é correto afirmar que D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 20 de 37 www.exponencialconcursos.com.br a) atuam muito próximas dos partidos políticos de esquerda e, por tal razão, concentram-se na área de defesa dos direitos humanos e sociais, atuando fora dos quadros constitucionais do Estado. b) atuam quase que exclusivamente no campo ecológico e ambiental, dada a facilidade de obter financiamento internacional para desenvolvimento de projetos nessa área e dado o maior apelo político das questões ambientais. c) concorrem deslealmente com os governos democraticamente constituídos, pois não estão obrigadas a prestar contas de seus atos nem se submetem aos mecanismos eleitorais de legitimação e aprovação popular. d) funcionam basicamente como centros geradores de novas idéias e de novos comportamentos coletivos, agindo apenas como instrumentos de pressão sobre governos pouco representativos e distantes dos interesses da população. e) formam um universo complexo, sendo que algumas atuam com enfoque despolitizador, procurando substituir o Estado, e outras atuam com claro direcionamento político, buscando estimular a cidadania nos grupos menos favorecidos da sociedade, introduzir modificações nas prioridades governamentais e superar a dinâmica burocrática dos aparatos públicos. Resolução: Analisando as alternativas: a alternativa A está incorreta, pois as entidades do terceiro setor, em especial as ONG`s, não atuam próximas de partidos políticos. A alternativa B está incorreta, pois não existe esta atuação quase que exclusiva nos campos ambiental e ecológico. A alternativa C está incorreta, não existindo concorrência com governos democraticamente constituídos. A alternativa D também está incorreta, pois não agem apenas como instrumentos de pressão governamental. Por fim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, trazendo aspectos das ONG`s, que se estendem às demais entidades do terceiro setor. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA E. 07. (FCC - AFTM - ISS/SP - 2007) O modelo de Estado subsidiário propugna a participação do setor público apenas nas áreas onde a iniciativa privada mostre-se deficitária. Tal modelo dá ênfase à atuação da Administração na função de fomento, podendo-se citar como um de seus instrumentos as Organizações Sociais, que a) integram a estrutura da Administração, como entidades descentralizadas, atuando em setores essenciais, porém não exclusivos do Estado, tal como saúde e educação. b) são entidades do setor privado que, após receberem a correspondente qualificação, passam a atuar em colaboração com a Administração, podendo recebe recursos orçamentários. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 21 de 37 www.exponencialconcursos.com.br c) pertencem originalmente ao setor privado e, após receberem a correspondente qualificação, passam a ser consideradas entidades públicas. d) são entidades do setor privado, declaradas por lei como de interesse público, que gozam de privilégios fiscais. e) são entidades privadas, cuja atuação é subsidiária à atuação pública no fomento a atividades comerciais e industriais. Resolução: Questão sobre as Organizações Sociais. Analisando as alternativas: a alternativa A está incorreta, pois não integram a estrutura da administração. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, trazendo conceito correto para as OS. A alternativa C está incorreta, pois não passam a ser consideradas entidades públicas. A alternativa D está incorreta, pois não gozam de privilégios fiscais. A alternativa E também está incorreta, pois não realizam atividades de fomento a atividades comerciais e industriais. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA B. 08. (FCC - Agente da Fiscalização Financeira - TCE/SP - 2012) OSCIP − Organização da Sociedade Civil de Interesse Público é uma organização a) pública voltada para a promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar. b) social especializada exclusivamente na defesa, preservação, conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável. c) privada cuja função é única e exclusiva de atender aos interesses do seu grupo fundador, ou administrador, como os sindicatos, as cooperativas, as associações de seguro mútuo etc. d) da sociedade civil formada espontaneamente para a execução de certo tipo de atividade de interesse público, mas que não é reconhecida em nosso ordenamento jurídico. e) jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham as finalidades determinadas pelo Estado. Resolução: Sobre as OSCIP. Analisando as alternativas:a alternativa A está incorreta, pois são pessoas jurídicas de direito privado e não público. A alternativa B está incorreta, pois o rol de atividades, ao contrário das OS, não é exaustivo. A alternativa C está incorreta, pois não existe esta atuação específica para determinados interesses. A alternativa D também está incorreta, pois as OSCIP são reconhecidas no ordenamento jurídico. Por fim, a alternativa E está correta e traz o conceito acertado sobre as OSCIP. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA E. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 22 de 37 www.exponencialconcursos.com.br 09. (FCC - Agente da Fiscalização Financeira - TCE/SP - 2012) O acordo de cooperação para o fomento e a execução de uma ou mais das atividades de interesse público previstas em Lei, firmado entre a entidade qualificada como OSCIP − Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e o Poder Público denomina-se a) licitação pública. b) termo de parceria. c) contrato social. d) convênio social. e) termo de convênio. Resolução: Para não esquecer: OSCIP firma termo de parceria! Não confunda com demais acordos firmados por outras entidades de outros tipos. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA B. 10. (FCC - Analista Judiciário - TRT 1 - 2011) O Terceiro Setor é formado por instituições não governamentais, que expressam a sociedade civil, com participação de voluntários, para atendimento de interesse público em diferentes áreas. Em pesquisas recentes aponta-se que no Brasil existem cerca de 300 mil dessas instituições, compondo um conjunto de grande diversidade. Mas, as organizações que compõem esse setor tem algumas características em comum. Sobre as instituições que formam o Terceiro Setor é INCORRETO afirmar: a) São de caráter privado, mas desenvolvem um trabalho de interesse público. b) Trabalham na defesa e garantia dos direitos. c) Remuneram seus dirigentes que atuam efetivamente na gestão executiva da entidade. d) Podem contar com o trabalho de um corpo de voluntários. e) Não podem acumular as duas certificações (CEBAS e OSCIP). Resolução: A questão pede a alternativa incorreta, vamos a ela: a alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão, pois as entidades do terceiro setor são entidades sem fins lucrativos, e não podem remunerar os seus dirigentes. As demais alternativas estão corretas. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C. 11. (FCC - Juiz Estadual - TJ/PE - 2015) "[...] é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que recebe delegação do Poder Público, mediante D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 23 de 37 www.exponencialconcursos.com.br contrato de gestão, para desempenhar serviço público de natureza social" (Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo, 2012: 565). A definição acima se refere às a) Serviços sociais autônomos. b) Organizações não-governamentais. c) Organizações sociais. d) Fundações de apoio. e) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. Resolução: Falou em contato de gestão, estamos falando das OS! Mais uma questão para fixar este importante conhecimento sobre os acordos de cooperação entre governos e entidades do terceiro setor. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C. 12. (FCC - Especialista em Políticas Públicas - SEPLA DR/SP - 2009) A respeito dos mecanismos de controle social antes e depois de 1988, considere: I. A Constituição Federal de 1988 formalizou um sistema de controle social que representou a consolidação jurídica e institucional dos conselhos comunitários e populares criados na década de 1970. II. Os atuais conselhos locais, estaduais e nacionais são estruturas jurídico- constitucionais de caráter permanente, com atribuições deliberativas, alocativas e regulatórias. III. O que diferencia os conselhos comunitários e populares dos anos 1970/1980 dos conselhos gestores instituídos pela CF de 1988 é o caráter deliberativo dos primeiros em contraste com a natureza somente consultiva dos segundos. IV. A principal característica dos conselhos gestores atuais é a sua natureza institucional híbrida, expressa pela composição paritária entre Estado e Sociedade Civil. V. Os atuais conselhos gestores podem ser considerados mecanismos que substituem a democracia representativa. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e V. b) III, IV e V. c) I, III e IV. d) II, IV e V. e) II e III. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 24 de 37 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Analisando as assertivas: a assertiva I está incorreta, pois ainda não existe esta consolidação institucional dos mecanismos de participação popular na decisão das demandas públicas. A assertiva II está correta, uma vez que os conselhos de gestão estão regulamentados em nosso ordenamento jurídico e trazem a participação popular a partir da representação da sociedade. A assertiva III está incorreta, pois os conselhos atualmente previstos e em funcionamento possuem representação institucional. A assertiva IV está correta, sob o mesmo argumento da assertiva anterior, a partir da participação do Estado nos conselhos em caráter paritário. Por fim, a assertiva V está correta, pois os conselhos são mecanismos modernos de participação democrática nas decisões governamentais. Estão corretas as assertivas II, IV e V. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA D. 13. (FCC - AFR - ICMS/SP - 2013) A gestão pública empreendedora: I. mitiga o foco em uma gestão voltada para os processos, privilegiando a obtenção de resultados. II. despreza a constituição de parcerias, fortalecendo a ação isolada do Estado. III. busca uma mudança da qualidade gerencial, trazendo destaque à transparência e ao controle social. IV. visa uma maior rapidez na circulação de informações, bem como uma maior qualidade destas, fomentando o diálogo público sobre a atuação do Estado. Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Resolução: Questão do último concurso do ICMS/SP, interessante para fixar os conhecimentos adquiridos neste início de aula. Vamos analisar as assertivas. A assertiva I está correta, e é uma das evoluções da administração pública gerencial, com o foco no resultado em vez do foco no processo. A assertiva II está incorreta, pois a formação de parcerias é incentivada na administração pública empreendedora. Já a assertiva III está correta, com ênfase na transparência e no controle social. Por fim, a assertiva IV está correta, pois as informações D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadasProf. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 25 de 37 www.exponencialconcursos.com.br precisam ser repassadas com rapidez e qualidade para os administrados GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA D. 14. (FCC - Analista Judiciário - TRT 6 - 2012) A ampliação dos processos democráticos e do controle social nas políticas tem sua emergência institucional com a Constituição Federal de 1988 que prescreve a participação da sociedade na gestão das políticas públicas. Entre os pressupostos centrais dos conselhos gestores pode-se destacar a) a constituição de espaços democráticos que busquem, sobretudo, o alargamento da democracia, a construção da cidadania e com isso possibilite tanto o exercício do controle social quanto a absorção das demandas da sociedade. b) a existência de uma larga distância entre a formulação dos conselhos e o controle social, pois estes são erigidos, na maioria das vezes, por instituições prestadoras de serviços às quais têm intrínseca relação de dependência com o Estado. c) a constituição de espaços democráticos fundados na diretriz da descentralização administrativa, cujo sucesso depende da sua capacidade de compreender em detalhes os meandros do poder público, nesta linha não se trata de uma composição política, mas sim técnico/gerencial. d) o caráter deliberativo dos conselhos e a impossibilidade de exercerem esta função, dada a sobreposição de atribuições entre o papel de controle exercido pelas instâncias legislativas que têm a função precípua de exercer o controle sobre a instância executiva do Estado. e) a presença de mecanismos de participação consultivos, dada sua característica de acompanhamento dos governos locais e o treino para o controle e captação das demandas da sociedade. Resolução: Sobre os conselhos de gestão, vamos direto para a alternativa correta: a alternativa A está correta e é o gabarito da questão, e traz todas as características presentes nos conselhos de gestão: espaços democráticos, alargamento da democracia, cidadania, participação na decisões das demandas e controle social. As demais alternativas estão incompletas ou incorretas. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA A. 15. (FCC - Especialista em Políticas Públicas - SEPLA DR/SP - 2009) Diferentemente dos conselhos municipais setoriais, a adoção de formas de Orçamento Participativo (OP) a) encontra seu principal obstáculo na participação maciça da sociedade, que não tem qualificação técnica para elaborar um orçamento. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 26 de 37 www.exponencialconcursos.com.br b) é um mecanismo participativo que incorpora membros da comunidade local ao processo decisório sobre a alocação de parcela dos recursos orçamentários municipais. c) foi introduzida por legislação federal, aprovada pelo Congresso em 2004. d) é uma política de tipo bottom-up, isto é, decidida e operada pelas comunidades locais, com suporte financeiro de governos municipais e estaduais. e) tem apresentado reduzido impacto redistributivo na alocação de recursos orçamentários porque foi capturado por interesses dos servidores clientelistas. Resolução: Analisando as alternativas sobre orçamento participativo: a alternativa A está incorreta, pois não é preciso qualificação técnica para participar de um processo de orçamento participativo. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, trazendo conceito apropriado para o assunto em voga. A alternativa C está incorreta, pois a ideia de participação popular foi prevista na Constituição Federal. O modelo de orçamento participativo foi realizado no começo dos anos 90. A alternativa D está incorreta, pois a decisão e a operação do orçamento cabe aos governos, uma vez que a sociedade apenas opina e apresenta prioridades. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois é totalmente o contrário: o orçamento participativo gera democracia, participação popular na alocação dos recursos. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA B. 16. (FCC - Analista Judiciário - TRT 1 - 2011) O chamado Terceiro Setor só pode ser compreendido dentro de uma conjuntura social, econômica e política que determinam o seu significado e a sua dimensão. Nesse sentido, considere: I. O Terceiro Setor ocupou e ocupa o papel que é do Estado na formulação e execução das políticas sociais. II. Não se pode negar a importância das ações desenvolvidas pelas organizações do Terceiro Setor no enfrentamento das diferentes manifestações da questão social. III. O Terceiro Setor se configurou nos últimos 20 anos dentro de um contexto de avanço do projeto neoliberal caracterizado pela implementação de políticas sociais focalizadas e seletivas. Está correto o que se afirma em a) I e III, apenas. b) II e III, apenas. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 27 de 37 www.exponencialconcursos.com.br c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. Resolução: Analisando as assertivas: a assertiva I está incorreta, pois o terceiro setor não ocupa o papel de formulador de políticas públicas, atividade típica de Estado. Já as assertivas II e III estão corretas e refletem os avanços e impactos gerados a partir da presença e fortalecimento do terceiro setor. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA B. 17. (FCC - Analista de Controle Externo - TRE-GO - 2014) As Organizações Sociais e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) apresentam características peculiares que as distinguem uma das outras justamente em razão de serem entidades diversas, previstas em legislações próprias. Sobre o tema, considere as seguintes assertivas: I. Não celebram contratos de gestão com o Poder Público, mas termos de parceria. II. O Poder Público não participa de seus quadros diretivos. III. Não há trespasse de servidores públicos para nelas prestar serviço. IV. O objeto da atividade delas é muito mais amplo que o das Organizações Sociais, compreendendo, inclusive, finalidades de benemerência social. As OSCIPs distinguem-se das Organizações Sociais, entre outros pontos relevantes, pelo descrito em a) II, III e IV, apenas. b) I, apenas. c) I e IV, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II, III e IV. Resolução: Questão interessante para fixar os conceitos aprendidos sobre as OSCIP e sua diferenciação quanto as OS. Todas as assertivas estão corretas, e a alternativa E é o gabarito da questão. Vale uma leitura no enunciado, que está bem objetivo. Em muitos pontos, as OS e as OSCIP possuem características semelhantes, pelo fato de ambas serem entidades do terceiro setor. No entanto, há de se ressaltar os pontos levantados na questão que são diferentes, principalmente o fato de uma celebrar contrato de gestão (OS) e a outra celebrar termo de parceria (OSCIP), uma ter participação obrigatória no conselho de administração (OS) e a outra não ter (OSCIP), dentre outras diferenças. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA E. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07Prof. Arthur Macedo 28 de 37 www.exponencialconcursos.com.br 18. (FCC - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - SEFAZ/SP - 2010) A governança corporativa aplicada ao setor público tem em comum, tanto no Código do IBGC quanto em publicações do IFAC, os princípios básicos da a) Responsabilidade corporativa e da Prestação de contas. b) Transparência e da Equidade. c) Equidade e da Integridade. d) Integridade e da Responsabilidade corporativa. e) Prestação de contas e da Transparência. Resolução: Como sabemos, são estes os princípios da responsabilidade corporativa: transparência, equidade, accountability/prestação de contas e responsabilidade corporativa. Para o serviço público, de acordo com a convergência citada no enunciado da questão, a alternativa correta é a letra E, por trazer princípios previstos nos dois institutos citados. Não se preocupem com estes institutos, apenas fixem os princípios. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA E. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 29 de 37 www.exponencialconcursos.com.br 01. (FCC - AFTM - ISS/SP - 2007) Como forma de equacionar a crise do Estado, consistente na escassez de recursos frente ao aumento das demandas sociais, surge o conceito de Estado empreendedor, o qual caracteriza-se por a) criar condições institucionais que mobilizem e organizem o processo governamental, tendo em vista a inovação permanente, a superação de obstáculos e o alcance de resultados efetivos. b) fomentar a criatividade e a ousadia, mas, principalmente, a disposição de correr riscos para encontrar as soluções mais inovadoras. c) implementar uma nova forma de utilização de recursos públicos, cujo principal critério é a elaboração de planos detalhados por uma equipe de especialistas com experiência e visão de mercado. d) incentivar a formação de líderes que, por sua capacidade de mobilização e persuasão, sejam capazes de instaurar uma nova dinâmica na ação governamental. e) propiciar a adesão a procedimentos mercadológicos e a orientação para busca de lucro como critérios para dinamizar as organizações e romper com as rotinas burocráticas. 02. (FCC - AFTM - ISS/SP - 2012) Uma organização pública que pretende incorporar uma orientação empreendedora em seu planejamento estratégico deve priorizar a) a conexão das expectativas de desempenho com objetivos pontuais individualizados. b) a vinculação entre remuneração individual e produtividade pessoal. c) o desenvolvimento de ações de controle centralizado dos processos administrativos. d) o uso de qualificação formal para obter uma avaliação mais subjetiva do desempenho. e) o alinhamento das expectativas de desempenho individuais com os objetivos organizacionais. 03. (FCC - Analista Judiciário - TRE/SP - 2012) Dentre as diversas práticas desenvolvidas pelas abordagens pós-burocráticas aquela que mais estimula o empreendedorismo governamental é a) a descentralização da autoridade. b) a transferência do controle das atividades à comunidade. 5- LISTA DE EXERCÍCIOS D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 30 de 37 www.exponencialconcursos.com.br c) orientar-se por objetivos, e não por regras e regulamentos. d) dar preferência exclusiva às soluções de mercado. e) investir mais na prevenção dos problemas do que na sua correção. 04. (FCC - AFR - ICMS/SP - 2013) Considerando-se os princípios da chamada gestão empreendedora, a eficácia da gestão pública depende de um a) sistema de informações que possibilite o entendimento entre governo e sociedade, bem como a avaliação de resultados, trazendo transparência à tomada de decisões, ainda que incorra em custos iniciais de implantação. b) sistema de gestão que otimize os esforços do governo, ainda que em detrimento da participação dos diversos atores sociais em seus diferentes níveis, grupos e segmentos. c) modelo de acompanhamento dos processos, com indicadores exclusivamente quantitativos, que privilegiem a manutenção da estruturação da burocracia. d) sistema de controles exclusivamente internos que assegure a eficácia de todas as ações dos gestores, mesmo que com algum prejuízo à legitimidade de suas ações. e) modelo que privilegie a canalização das demandas públicas e a participação da sociedade civil organizada, ainda que desprezando o aproveitamento do potencia dos gestores públicos. 05. (FCC - Analista do Tesouro Estadual - SEFAZ/PI - 2015) Considere as afirmações abaixo: I. Ação catalizadora, promovendo a atuação conjunta dos setores público, privado e voluntário. II. Atuação competitiva, introduzindo a competição na prestação de serviços com a finalidade de aumentar a eficiência. III. Atribuição de responsabilidades aos cidadãos, que são chamados a participar da fiscalização/controle dos serviços públicos. Aplica-se o conceito de governo empreendedor o que consta em a) I e II, apenas. b) I, apenas. c) II, apenas. d) I, II e III. e) II e III, apenas. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 31 de 37 www.exponencialconcursos.com.br 06. (FCC - AFTM - ISS/SP - 2007) Na última década, tem se verificado o crescimento do chamado "terceiro setor", com a proliferação de organizações não governamentais (ONGs). A respeito dessas entidades, é correto afirmar que a) atuam muito próximas dos partidos políticos de esquerda e, por tal razão, concentram-se na área de defesa dos direitos humanos e sociais, atuando fora dos quadros constitucionais do Estado. b) atuam quase que exclusivamente no campo ecológico e ambiental, dada a facilidade de obter financiamento internacional para desenvolvimento de projetos nessa área e dado o maior apelo político das questões ambientais. c) concorrem deslealmente com os governos democraticamente constituídos, pois não estão obrigadas a prestar contas de seus atos nem se submetem aos mecanismos eleitorais de legitimação e aprovação popular. d) funcionam basicamente como centros geradores de novas idéias e de novos comportamentos coletivos, agindo apenas como instrumentos de pressão sobre governos pouco representativos e distantes dos interesses da população. e) formam um universo complexo, sendo que algumas atuam com enfoque despolitizador, procurando substituir o Estado, e outras atuam com claro direcionamento político, buscando estimular a cidadania nos grupos menos favorecidos da sociedade, introduzir modificações nas prioridades governamentais e superar a dinâmica burocrática dos aparatos públicos. 07. (FCC - AFTM - ISS/SP - 2007) O modelo de Estado subsidiário propugna a participação do setor público apenas nas áreas onde a iniciativa privada mostre-se deficitária. Tal modelo dá ênfase à atuação da Administração na função de fomento, podendo-se citar como um de seus instrumentos as Organizações Sociais, que a) integram a estrutura da Administração, comoentidades descentralizadas, atuando em setores essenciais, porém não exclusivos do Estado, tal como saúde e educação. b) são entidades do setor privado que, após receberem a correspondente qualificação, passam a atuar em colaboração com a Administração, podendo recebe recursos orçamentários. c) pertencem originalmente ao setor privado e, após receberem a correspondente qualificação, passam a ser consideradas entidades públicas. d) são entidades do setor privado, declaradas por lei como de interesse público, que gozam de privilégios fiscais. e) são entidades privadas, cuja atuação é subsidiária à atuação pública no fomento a atividades comerciais e industriais. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 32 de 37 www.exponencialconcursos.com.br 08. (FCC - Agente da Fiscalização Financeira - TCE/SP - 2012) OSCIP − Organização da Sociedade Civil de Interesse Público é uma organização a) pública voltada para a promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar. b) social especializada exclusivamente na defesa, preservação, conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável. c) privada cuja função é única e exclusiva de atender aos interesses do seu grupo fundador, ou administrador, como os sindicatos, as cooperativas, as associações de seguro mútuo etc. d) da sociedade civil formada espontaneamente para a execução de certo tipo de atividade de interesse público, mas que não é reconhecida em nosso ordenamento jurídico. e) jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham as finalidades determinadas pelo Estado. 09. (FCC - Agente da Fiscalização Financeira - TCE/SP - 2012) O acordo de cooperação para o fomento e a execução de uma ou mais das atividades de interesse público previstas em Lei, firmado entre a entidade qualificada como OSCIP − Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e o Poder Público denomina-se a) licitação pública. b) termo de parceria. c) contrato social. d) convênio social. e) termo de convênio. 10. (FCC - Analista Judiciário - TRT 1 - 2011) O Terceiro Setor é formado por instituições não governamentais, que expressam a sociedade civil, com participação de voluntários, para atendimento de interesse público em diferentes áreas. Em pesquisas recentes aponta-se que no Brasil existem cerca de 300 mil dessas instituições, compondo um conjunto de grande diversidade. Mas, as organizações que compõem esse setor tem algumas características em comum. Sobre as instituições que formam o Terceiro Setor é INCORRETO afirmar: a) São de caráter privado, mas desenvolvem um trabalho de interesse público. b) Trabalham na defesa e garantia dos direitos. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 33 de 37 www.exponencialconcursos.com.br c) Remuneram seus dirigentes que atuam efetivamente na gestão executiva da entidade. d) Podem contar com o trabalho de um corpo de voluntários. e) Não podem acumular as duas certificações (CEBAS e OSCIP). 11. (FCC - Juiz Estadual - TJ/PE - 2015) "[...] é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que recebe delegação do Poder Público, mediante contrato de gestão, para desempenhar serviço público de natureza social" (Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo, 2012: 565). A definição acima se refere às a) Serviços sociais autônomos. b) Organizações não-governamentais. c) Organizações sociais. d) Fundações de apoio. e) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. 12. (FCC - Especialista em Políticas Públicas - SEPLA DR/SP - 2009) A respeito dos mecanismos de controle social antes e depois de 1988, considere: I. A Constituição Federal de 1988 formalizou um sistema de controle social que representou a consolidação jurídica e institucional dos conselhos comunitários e populares criados na década de 1970. II. Os atuais conselhos locais, estaduais e nacionais são estruturas jurídico- constitucionais de caráter permanente, com atribuições deliberativas, alocativas e regulatórias. III. O que diferencia os conselhos comunitários e populares dos anos 1970/1980 dos conselhos gestores instituídos pela CF de 1988 é o caráter deliberativo dos primeiros em contraste com a natureza somente consultiva dos segundos. IV. A principal característica dos conselhos gestores atuais é a sua natureza institucional híbrida, expressa pela composição paritária entre Estado e Sociedade Civil. V. Os atuais conselhos gestores podem ser considerados mecanismos que substituem a democracia representativa. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e V. b) III, IV e V. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 07 Prof. Arthur Macedo 34 de 37 www.exponencialconcursos.com.br c) I, III e IV. d) II, IV e V. e) II e III. 13. (FCC - AFR - ICMS/SP - 2013) A gestão pública empreendedora: I. mitiga o foco em uma gestão voltada para os processos, privilegiando a obtenção de resultados. II. despreza a constituição de parcerias, fortalecendo a ação isolada do Estado. III. busca uma mudança da qualidade gerencial, trazendo destaque à transparência e ao controle social. IV. visa uma maior rapidez na circulação de informações, bem como uma maior qualidade destas, fomentando o diálogo público sobre a atuação do Estado. Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 14. (FCC - Analista Judiciário - TRT 6 - 2012) A ampliação dos processos democráticos e do controle social nas políticas tem sua emergência institucional com a Constituição Federal de 1988 que prescreve a participação da sociedade na gestão das políticas públicas. Entre os pressupostos centrais dos conselhos gestores pode-se destacar a) a constituição de espaços democráticos que busquem, sobretudo, o alargamento da democracia, a construção da cidadania e com isso possibilite tanto o exercício do controle social quanto a absorção das demandas da sociedade. b) a existência de uma larga distância entre a formulação dos conselhos e o controle social, pois estes são erigidos, na maioria das vezes, por instituições prestadoras de serviços às quais têm intrínseca relação de dependência com o Estado. c) a constituição de espaços democráticos fundados na diretriz da descentralização administrativa, cujo sucesso depende da sua capacidade de compreender em detalhes os meandros do poder público, nesta linha não se trata de uma composição política, mas sim técnico/gerencial. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Administração Pública p/ ICMS-SP
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