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ADPF (Lei 9882) anotada e grifada

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Prévia do material em texto

ADPF – Lei 9882/1999.
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa e jurisprudencial: 28/12/18 - Inclusão de julgado Info 922 STF (art. 1º)
Última atualização questões de concurso: 14/03/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na Lei 9.882/99).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
LEI No 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999.
	
	Dispõe sobre o processo e julgamento da argüição de descumprimento de preceito fundamental, nos termos do § 1o do art. 102 da Constituição Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. (TJAL-2008) (TJPA-2009) (TJMG-2009) (TRF5-2009) (MPMG-2011) (TRF1-2011) (TJMS-2012) (TJSP-2011/2013) (TJDFT-2016)
	##Atenção: ##STF: ##DOD: O conjunto de reiteradas decisões sobre determinada matéria é considerado ato do poder público passível de controle pela ADPF e esta é a via correta para questionar interpretação judicial de normas constitucionais e legais. STF. Plenário. ADPF 548 MC-Ref/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 31/10/18 (Info 922).
	(TJSP-2014-VUNESP): A respeito do controle de constitucionalidade no direito brasileiro, pode-se afirmar que a ADPF pode servir para contrastar atos normativos, atos administrativos e atos jurisdicionais. BL: art. 1º, caput. (TRF1-2011)
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, de 2000) (TJSE-2008) (MPPE-2008) (TJPA-2009) (TJRS-2009) (MPPB-2010) (MPMS-2011) (TJBA-2012) (TJMS-2012) (TJAC-2012) (TJSP-2014) (TJDFT-2012/2016) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEPE-2018) (MPSP-2010/2019) (TJAL-2019) (TCERO-2019)
	(TJCE-2018-CESPE): Considerando o entendimento do STF acerca dos modelos, dos instrumentos e dos efeitos das decisões no controle de constitucionalidade, assinale a opção correta: Embora seja ação típica do modelo concentrado, a arguição de descumprimento de preceito fundamental se presta, entre outros fins, ao controle concreto de constitucionalidade. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
##Atenção: Isso se dá devido à possibilidade de a ADPF servir com arguição incidental, sendo cabível quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição, contestados em face de um preceito constitucional fundamental (Lei 9.882/1999, art. 1°, parágrafo único, I).
##Atenção: ##TJAL-2019: ##FCC: A jurisprudência entende que a ADPF pode servir tanto para controle de situações concretas (STF. Plenário. ADPF 548/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia, j. 31/10/18) ou como também para controle de situações abstratas (STF. Plenário. ADPF 130/DF, Rel. Min. Carlos Ayres Britto, j. 30.04.2009). Gilmar Mendes explica que a ADPF é instrumento típico do controle abstrato de constitucionalidade (MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 1235).
(DPEAC-2017-CESPE): O controle abstrato de constitucionalidade de determinado dispositivo da lei orgânica de Rio Branco em face da CF deverá ser provocado pela propositura de ADPF junto ao STF. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
(MPRR-2017-CESPE): Se um município de determinado estado da Federação editasse lei que restringisse a competência investigativa do MP ao âmbito daquele estado, e se, em consequência, os membros do parquet resolvessem questionar a lei em sede de controle concentrado, então, nesse caso hipotético, seria cabível a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público propor ADPF no STF, alegando violação de prerrogativas constitucionais do MP pela lei municipal. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
##Atenção: ADPF pode questionar em controle concentrado lei municipal em face da CF no STF, sendo essa associação legítima para propô-la.
(PGM-Mogi das Cruzes/SP-2017-VUNESP): Determinada lei municipal regulamentou o sistema de consórcios e sorteios em seu território. A ação cabível para que essa lei seja declarada inconstitucional, pelo Supremo Tribunal Federal, ante a usurpação da competência da União para, privativamente, legislar sobre o assunto, é a arguição de descumprimento de preceito fundamental. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
(MPMS-2015): As leis municipais que contrariem a Constituição Federal de 1988, podem sofrer controle de constitucionalidade concentrado através de ADPF. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
(TJMS-2015-VUNESP): Uma lei federal em vigor antes da atual Constituição Federal pode ser objeto de controle de constitucionalidade por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
(DPEDF-2013-CESPE): Embora o sistema brasileiro não admita ADI contra lei municipal, é cabível contra essa lei o controle difuso de constitucionalidade, assim como o controle por meio de arguição de descumprimento de preceito fundamental. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
(TRF2-2011-CESPE): Assinale a alternativa correta: Cabe arguição de descumprimento de preceito fundamental contra lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluindo-se os anteriores à CF; nesse sentido, pode-se dizer que tal arguição é cabível mesmo contra leis pré-constitucionais. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
(MPSP-2011): Com relação à “recepção”, é correto afirmar que é significativa do fenômeno por meio do qual se assegura a preservação das leis e atos normativos inferiores e anteriores à nova Constituição, desde que com ela compatíveis. Em relação à legislação anterior à Constituição, não é cabível ação declaratória de inconstitucionalidade, podendo eventual inconstitucionalidade ser impugnada no âmbito da arguição de descumprimento de preceito fundamental. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
##Atenção: A ADPF, prevista do art. 102, §1º da CF, é a única ação de controle concentrado de constitucionalidade federal (apreciação sempre pelo STF) que pode realizar controle de recepção constitucional (direito infraconstitucional anterior à Constituição vigente), nos termos do art. 1º, § único, I desta Lei. A ADPF também é a única ação a contemplar a hipótese de controle concentrado de constitucionalidade pelo STF sobre lei ou ato normativo municipal em face da Constituição da República (art. 1º, § único, I desta Lei).
(MPMS-2011): Havendo evidente controvérsia constitucional acerca de importante dispositivo de lei estadual anterior à CF/1988, o Governador do Estado é legitimado a ingressar no STF com arguição de descumprimento de preceito fundamental. BL: art. 1º, § único, I, Lei 9882.
(TJRR-2008-FCC): Existindo comprovada controvérsia constitucional sobre dispositivo de lei estadual anterior à Constituição da República, detém o Governador do Estado legitimidade para propor, perante o STF, ADPF. BL: art. 103, §1º da CF e art. 1º, § único, I, Lei 9882.
	##Atenção: Quanto à lei ou ao ato normativo municipal, é possível também a realização de seu controle de constitucionalidade pela via difusa. 
##Atenção: ##TRF1-2011: ##CESPE: A ADPF tem o objeto mais amplo do controle concentradode constitucionalidade (art. 1º). Abrange atos normativos; atos administrativos e controvérsias judiciais comprovadas.
II – (VETADO)
Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental:
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; (MPPE-2008) (TJPA-2009) (TJGO-2009) (MPMG-2010) (TJSP-2011) (MPMS-2011) (TJAC-2012) (MPMT-2014) (TJAL-2019)
	##Atenção: ##TJAL-2019: ##FCC: A legitimidade ativa é restrita aos legitimados à propositura da ADI, nos termos do art. 2º, I, da Lei 9.882/99. Portanto, como a sua finalidade principal é defender a supremacia da Constituição, a legitimidade será restrita.
II - (VETADO)
§ 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo.
§ 2o (VETADO)
Art. 3o A petição inicial deverá conter:
I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado;
II - a indicação do ato questionado;
III - a prova da violação do preceito fundamental;
IV - o pedido, com suas especificações;
V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado. (TJSE-2008)
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta. (DPEAM-2013)
§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. (MPDFT-2004) (MPPE-2008) (TJPA-2009) (TRF2-2009) (MPMG-2010) (MPF-2011) (TJSP-2011/2014) (TJDFT-2015/2016) (TJAL-2019) (TJMS-2020)
	##Atenção: ##STF: ##TJAL-2008: ##TRF5-2009: ##CESPE: Princípio da subsidiariedade (art. 4o ,§1o, da Lei 9.882/99): inexistência de outro meio eficaz de sanar a lesão, compreendido no contexto da ordem constitucional global, como aquele apto a solver a controvérsia constitucional relevante de forma ampla, geral e imediata. A existência de processos ordinários e recursos extraordinários não deve excluir, a priori, a utilização da arguição de descumprimento de preceito fundamental, em virtude da feição marcadamente objetiva dessa ação. STF. Plenário. ADPF 33, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 07/12/05.
	(DPEPE-2018-CESPE): O ajuizamento da ADPF deve atender à subsidiariedade, sendo proposta quando inexistir outro meio idôneo para instrumentalização da pretensão de sanar lesão a preceito fundamental. BL: art. 4º, §1º da Lei.
(TJMSP-2016-VUNESP): A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, fórmula processual subsidiária do controle concentrado de constitucionalidade, é via adequada à impugnação de norma pré-constitucional. BL: art. 4º, §1º da Lei.
##Atenção: "Lei de Imprensa. Adequação da ação. A ADPF, fórmula processual subsidiária do controle concentrado de constitucionalidade, é via adequada à impugnação de norma pré-constitucional. Situação de concreta ambiência jurisdicional timbrada por decisões conflitantes. Atendimento das condições da ação." (ADPF 130, rel. min. Carlos Britto, j. 30-4-09, Plenário)
##Atenção: A ADPF é ação subsidiária, apenas podendo ser manejada ante a inexistência de outros meios para que a lesão seja sanada. É o que dispõe o art. 4º, §1º, da Lei 9.882/99 e é seguido à risca pelo Supremo (STF. Decisão monocrática. ADPF 392/DF, rel. Min. Edson Fachin, j. 15/12/16). Logo, aplica-se à ADPF o princípio da subsidiariedade, pois, nos termos do art. 4º, §1º desta Lei, não será admitida arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade, ou seja, possui caráter subsidiário/residual, só sendo possível se conhecer da ação caso inexista outro meio eficaz para a sua propositura.
(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: Não será admitida arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. BL: art. 4º, §1º da Lei.
(MPMG-2010): Aplica-se à arguição de descumprimento o princípio da subsidiariedade, pois não cabe quando houver outros remédios constitucionais, como o mandado de segurança. BL: art. 4º, §1º da Lei.
§ 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco dias.
Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na arguição de descumprimento de preceito fundamental. (TJPI-2007) (TJPA-2009) (TRF2-2009) (MPMG-2010) (TJRJ-2013) (MPSC-2014) (TJAL-2019) (TJMS-2020)
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. (TJTO-2007) (TRF2-2009) (TJAL-2019)
	(TJGO-2015-FCC): Tão logo iniciado o ano judiciário, o Procurador-Geral da República, com base em representação promovida por Procurador-Geral de Justiça de determinado Estado da federação, propõe Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, com pedido de liminar, perante o Supremo Tribunal Federal, tendo por objeto dispositivos originais da lei de contravenções penais, promulgada em 1941, ainda em vigor e objeto de controvérsia judicial atual. Neste caso, em tese, à luz das normas constitucionais e legais pertinentes, caberá a liminar ser concedida pelo Relator em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ad referendum da maioria absoluta dos membros do STF. BL: art. 5º, §1º desta Lei.
##Atenção: O quórum mínimo é de maioria absoluta (art. 5º, caput, da Lei 9.882/99), ou seja, de seis ministros. Ademais, não se pode esquecer, ainda, da possibilidade de concessão de liminar monocraticamente pelo relator, em casos de extrema urgência, perigo de lesão grave ou durante período de recesso (art. 5º, §1º, da Lei 9.882/99).
§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias. [obs.: é uma faculdade] (TJRJ-2012)
§ 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. (Vide ADIN 2.231-8, de 2000) (MPRO-2008) (TJPA-2009) (MPMG-2010) (TJGO-2015) (DPEPE-2018) (TJMS-2020)
	##Atenção: ##DOD: ##STF: ##MPF-2012: ##TJMSP-2016: ##VUNESP: ##TJMS-2020: ##FCC: É possível que seja proposta ADPF contra decisão judicial mesmo que já tenha havido trânsito em julgado? NÃO. Não cabe ADPF contra decisão judicial transitada em julgado. Este instituto de controle concentrado de constitucionalidade não tem como função desconstituir a coisa julgada. STF. Decisão monocrática. ADPF 81 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 27/10/15 (Info 810). 
	(MPF-2012): Para o STF, não cabe arguição de descumprimento de preceito fundamental em face de sentenças transitadas em julgado.
##Atenção: Quanto ao objeto da cautelar, deve se ter atenção, uma vez que, formalmente, encontra-se suspensa a aplicação do §3º, do art. 5º da Lei 9.882/99 por medida cautelar na ADI 2.231. Contudo, o Supremo já concedeu cautelares em ADPF’s (77 e 79), em momentos posteriores à cautelar da ADI 2.231, dando integral aplicabilidade ao mencionado dispositivo legal, ou seja, parece estar superada a medida liminar da referida ADI.
§ 4o (VETADO)
Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias.
§ 1o Se entender necessário,poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
§ 2o Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo.
Art. 7o Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento.
Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações. (MPMG-2010)
Art. 8o A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos Ministros. (TJSP-2011)
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
Art. 9o (VETADO)
Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental.
§ 1o O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente. (TJPI-2007)
§ 2o Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União.
§ 3o A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público. (MPPE-2008) (MPMG-2010)
	(TJSP-2011-VUNESP): Quando julgada, sua decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público. BL: art. 10, §3º desta Lei.
Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. (MPMG-2013) (DPEPE-2018) (TJMS-2020)
	(TJRJ-2019-VUNESP): Assinale a alternativa correta no que se refere aos efeitos da decisão judicial no controle abstrato de constitucionalidade: No direito brasileiro, no tocante ao controle abstrato, o entendimento adotado é de que a lei inconstitucional é existente, porém nula, e a decisão que a reconhece tem natureza declaratória, com efeitos, em regra, retroativos. BL: art. 11 da Lei 9.882/99 e art. 27 da Lei 9.868/99 e entendimento jurisprud. STF.
##Atenção: No Direito brasileiro, o entendimento adotado é de que a lei é existente, porém nula. O STF adota a teoria da nulidade, de origem norte-americana, onde a norma já nasce eivada de nulidade, ou seja, a regra é o efeito ex tunc no controle concentrado de constitucionalidade, declarando a inconstitucionalidade do ato impugnado, bem como retirando todos os seus efeitos desde o início de sua vigência.[footnoteRef:1] Cumpre ressaltar que Hans Kelsen adotou a teoria da anulabilidade, ou seja, a regra é o efeito ex nunc, sendo assim, a norma seria retirada do ordenamento jurídico a partir da publicação da parte dispositiva da decisão no diário de justiça, mas seus efeitos pretéritos são conservados. Esta é a exceção, segundo o art. 27 da 9.868/99 e o art. 11 da Lei n. 9.882/99, que disciplinam que, diante de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela decisão (ex nunc) ou decidir que ela só tenha eficácia a partir do seu trânsito em julgado ou do outro momento que venha a ser fixado (efeito pró-futuro). [1: STF – ADI 875/DF: (…) o princípio da nulidade continua a ser a regra também no direito brasileiro. O afastamento de sua incidência dependerá de um severo juízo de ponderação que, tendo em vista análise fundada no princípio da proporcionalidade, faça prevalecer a ideia de segurança jurídica ou outro princípio constitucional manifestado sob a forma de interesse social relevante. (...)] 
(TJAL-2019-FCC): A arguição de descumprimento de preceito fundamental, como típico instrumento do modelo concentrado de controle de constitucionalidade, pode ter os efeitos da declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo restringidos, por razões de segurança jurídica e excepcional interesse social, desde que atingido o quórum de dois terços do Supremo Tribunal Federal. BL: art. 11, desta Lei.
##Atenção: O Tribunal poderá fixar um momento (para o futuro ou em outro marco) para que a declaração de inconstitucionalidade produza efeitos. A isso se chama modulação dos efeitos da decisão – no controle concentrado, a lei exige quórum qualificado de 2/3 dos ministros para que seja realizada a modulação, nos termos do art. 27 da Lei 9.868/99. O mesmo vale para ADPF, situação que se encontra prevista no art. 11 da Lei 9.882/99.
Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória. (MPMG-2010) (DPEAM-2013) (AGU-2013)
Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno. (TRF1-2011) (DPERN-2015)
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 3 de dezembro de 1999; 178o da Independência e 1 11o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
José Carlos Dias
Este texto não substitui o publicado no DOU de 6.12.1999
	##Atenção: ##STF: ##TJMSP-2016: ##VUNESP: A simultaneidade de tramitações de ADI e ADPF, portadoras de mesmo objeto, é, por si só, ESSENCIALMENTE INCOMPATÍVEL com a cláusula de subsidiariedade que norteia o instituto da argüição de descumprimento de preceito fundamental. STF. ADPF 191, Rel. Min. Ellen Gracie, decisão monocrática, j. 22-9-09) 
##Atenção: ##STF: ##TJMSP-2016: ##VUNESP: "(...) a jurisprudência do STF, tratando-se de provimento cautelar outorgado em sede de controle abstrato, quer se cuide de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade ou, ainda, de ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL, TEM ATRIBUÍDO, a tais medidas, CARÁTER VINCULANTE (...)" (Rcl 6.064-MC, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, j. 20-5-2008, DJE de 29-5-08) 
##Atenção: ##Mudança de Entendimento: ##STF: ##TJMSP-2016: ##VUNESP: É possível que seja proposta ADPF contra súmula (comum ou vinculante)? SIM. É possível o ajuizamento de ADPF contra súmula de jurisprudência, quando o enunciado tiver preceito geral e abstrato. STF. Plenário. ADPF 501-AgR, Rel. p/ Ac. Min. Ricardo Lewandowski, j. 14/09/20.
##Atenção: ##STF: ##TJDFT-2015/2016: ##CESPE: A arguição de descumprimento de preceito fundamental não é a via adequada para se obter a interpretação, a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante.” (ADPF 147-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 24-3-2011, Plenário, DJE de 8-4-2011.) 
##Atenção: ##STF: ##MPDFt-2004: É incabível a argüição de descumprimento de preceito fundamental contra veto do Chefe do Executivo a projeto de lei, dado que o veto constitui ato político do Poder Executivo, insuscetível de ser enquadrado no conceito de ato do Poder Público, previsto no art. 1º da Lei 9.882/99. (ADPF 1 QO, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA, Tribunal Pleno, j. 03/02/00).

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