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CONCRETO DEFINIÇÃO, PROPRIEDADES E MATERIAIS Disciplina: Construção Civil I Professora: Everlânia Silva Materiais naturais: mais antigos utilizados pelo homem. Estima-se que em 3.000 a. C. as pedras já eram utilizadas em formas primitivas de construções. Idade antiga: construções vultuosas como as pirâmides do Egito construídas com blocos de rochas calcárias. Idade média: pedra como material estrutural mais importante. INTRODUÇÃO Necessidade: material que unisse e desse coesão as pedras de seus sistemas construtivos. Soluções: Argamassa de barro, argamassa de cal... Cimento: os romanos misturavam cinza pozolânica com argamassa de cal (chamada caementum) produzindo um material de características semelhantes ao cimento atual. Império Romano: construção de estradas de camadas superpostas de pedras ligadas por ‘caementum’. Os romanos deram o nome de concretus ou concretum (composto, solidificado, compacto) que foi a origem do concreto romano. INTRODUÇÃO Em 1824, Joseph Aspdin obteve a patente para um aperfeiçoamento no método de produzir pedra artificial. Aspdin deu-lhe o nome de Cimento Portland por sua semelhança, com a famosa pedra calcária branco-prateada que se extraía de algumas pedreiras existentes na pequena península de Portland. O ano de 1849 é considerado como a data do descobrimento do concreto armado. Joseph-Louis Lambot com a construção de um barco de argamassa armada. INTRODUÇÃO Joseph Monier (1823 – 1906), comerciante de plantas ornamentais na, iniciou a produção de vários artefatos e estruturas de concreto armado. Monier percebeu, que o concreto era facilmente obtido e moldado, e tinha considerável resistência à compressão e ao esmagamento, porém apresentava deficiências em relação ao cisalhamento e à tração; por outro lado o aço era extremamente resistente à tração e era facilmente encontrado em formas simples como barras longas. Desde então, o concreto armado é utilizado na construção civil em todas as partes do mundo. INTRODUÇÃO CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL Material de construção mais consumido no mundo, em torno de 11 bilhões de toneladas por ano. Tal popularidade dá-se por pelo menos 3 razões principais, que conheceremos a seguir. 1ª razão: Excelente resistência à água, tornando-o ótima opção para estruturas de controle, armazenamento e transporte da mesma. CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL Barragem de Itaipu. Estimados 12,5 milhões de m³ de concreto, de 12 tipos diferentes, utilizados em sua construção. CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL Construção do Aqueduto da Califórnia. Utilizados aproximadamente 3 milhões de m³ de concreto. CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 2ª razão: Excelente flexibilidade e moldagem. Favorecendo seu uso para estruturas de diferentes formas e tamanhos. CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL Tubulação do projeto Central Arizona. Maior estrutura circular de concreto pré-moldado para o transporte de água. CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 3ª razão: Baixo custo. Que se deve a facilidade de se encontrar seus principais componentes, que são relativamente baratos, em qualquer parte do mundo. CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL Há, obviamente, além dessas razões principais, considerações que favorecem a escolha do concreto como material estrutural: Fácil manutenção; Resistência ao fogo; Resistência ao carregamento cíclico. CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL ÁGUA AGREGADO CIMENTO COMPOSIÇÃO DO CONCRETO O CONCRETO é um material compósito, constituído por cimento, água, agregado e ar. Podendo também conter adições (cinza volante, pozolanas, sílica ativa, etc.) e aditivos químicos, com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas. Ex.: Aceleradores e retardadores de pega; Plastificantes (aumenta o índice de consistência); Superplastificantes (concretos auto- adensáveis); Incorporadores de ar. COMPOSIÇÃO DO CONCRETO Agregado: Material granular, como areia, pedregulho, pedrisco, rocha, britada, escória de alto-forno ou resíduos de construção e de demolição. Podendo ser classificados como Agregado miúdo ou Agregado graúdo. COMPOSIÇÃO DO CONCRETO AGREGADO MIÚDO COMPOSIÇÃO DO CONCRETO AGREGADO GRAÚDO COMPOSIÇÃO DO CONCRETO Argamassa: É uma mistura de areia, cimento e água. É como um concreto sem agregado graúdo. Cimento: É um material seco, finamente pulverizado, que por si só não é aglomerante, mas desenvolve propriedade aglomerante como resultado de hidratação. COMPOSIÇÃO DO CONCRETO Esquematicamente pode-se indicar: PASTA = cimento + água ARGAMASSA = PASTA + agregado miúdo CONCRETO (CONCRETO SIMPLES) = ARGAMASSA + agregado graúdo COMPOSIÇÃO DO CONCRETO Cimento Agregado miúdo (areia) COMPOSIÇÃO DO CONCRETO Pasta de cimento e água Agregado graúdo (pedra ou brita) COMPOSIÇÃO DO CONCRETO Concreto simples Argamassa COMPOSIÇÃO DO CONCRETO Com base na sua massa específica, há três amplas categorias: Concreto de densidade normal: contendo areia natural, e pedregulhos ou agregados britados, com massa específica na ordem de 2.400 kg/m³. Mais comumente utilizado para fins estruturais. Concreto leve: com massa específica menor do que 1.800 kg/m³. Concreto pesado: usado em blindagem contra radiação, produzido com agregados de alta densidade e geralmente possui massa específica maior do que 3.200 kg/m³. TIPOS DE CONCRETO Há, ainda, uma escala que divide o concreto em três categorias gerais com base na resistência à compressão: Concreto de baixa resistência: menos de 20 MPa (3000 psi); Concreto resistência moderada: de 20 MPa a 40 MPa (3000 a 6000 psi); Concreto de alta resistência: mais de 40 MPa (6000 psi); TIPOS DE CONCRETO O concreto fresco é assim considerado até o momento em que tem início a pega do aglomerante. O concreto endurecido é o material que se obtém pela mistura dos componentes, após o fim da pega do aglomerante. PROPRIEDADES DO CONCRETO PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO HOMOGENEIDADE: Distribuição uniforme dos agregados no concreto. TRABALHABILIDADE: Ligada à facilidade do concreto ser lançado e adensado. Tem como principal fator o teor de água da mistura. Composta de pelo menos dois componentes: FLUIDEZ: descreve a facilidade de mobilidade COESÃO: descreve a resistência à exsudação ou a segregação. Um concreto é considerado trabalhável quando, sem apresentar segregação ou exsudação, apresenta consistência adequada: à obra a que se destina (dimensões das peças, espaçamento e distribuição das armaduras); ao método de lançamento; ao adensamento e ao acabamento empregado. Exemplos: Estacas escavadas - concreto mais fluido; Sapatas - concreto menos fluido. Medida pelo abatimento (deformação) causado na massa de concreto pelo seu próprio peso. Medindo a consistência do material (slump test) TRABALHABILIDADE Fatores externos que influenciam na trabalhabilidade: Tipo de mistura; Tipo de transporte; Tipo de adensamento; Dimensões da peça; Taxa de armadura. TRABALHABILIDADE É a tendência dos agregados graúdos se separarem da argamassa de cimento, deixando o concreto não homogêneo e cheio de vazios. Pode ter origem na falta de argamassa. COESÃO - SEGREGAÇÃO TRABALHABILIDADE TRABALHABILIDADE É a tendência da água de amassamento vir à superfície do concreto recém lançado por percolação. Ocasiona grande aumento do fator a/c da superfície, reduzindo muito a resistência da peça. COESÃO - EXSUDAÇÃO TRABALHABILIDADE Para minimizar a exsudação: Reduzir a quantidade de água usada no concreto; Uso de agregados não lamelares; Aumentar a presença de finos nos agregados miúdos; Aditivo. ENSAIOS DO CONCRETO SLUMP TEST (NBR 7223/92, cancelada e substituída pela NB NM 67/1998) Colete a amostra de concreto depois de descarregar 0,5 m³ de concreto do caminhão betoneira ou no terço central da betonada. Neste ensaio, colocamos uma massa de concreto dentro de uma forma tronco-cônica, em três camadas igualmente adensadas, cada uma com 25 golpes. Retiramos o molde lentamente, levantando-o verticalmente e medimos a diferença entre a altura do molde e a altura da massa de concreto depois de assentada. Slump Test. Abatimento do tronco de cone – Slump Test Consiste em um tronco de cone com 30 cm de altura, aberto nas duas pontas, que é colocado sobre uma superfície plana com a “boca” maior para baixo Slump Test – o ensaio O concreto é colocado dentro do cone em 3 camadas, sendo cada uma delas compactada com 25 golpes de uma haste padrão. Após a compactação e arrasamento da superfície o molde tronco-cônico é retirado e o “abatimento”, ou a medida em mm, que houve em relação à altura original é o valor medido. Valores normais: 60 a 70 mm para concretos comuns; 100 a 120mm para concretos bombeáveis. Slump Test – o ensaio Slump Test – o ensaio Slump Test PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO Durabilidade; Baixa deformabilidade; Impermeabilidade; Resistência (Medida de tensão exigida para romper o material). MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) Usualmente dois corpos para cada caminhão (7 e 28 dias), e no caso de betoneiras de obra 1 vez por turno ou a cada 50m3 ou a cada pavimento concretado (NBR 12655); Os moldes e suas bases devem ser convenientemente revestidos internamente com uma fina camada de óleo mineral, em superfície de apoio rígida, horizontal e livre de vibrações; Não é permitido retirar amostras, tanto no princípio quanto no final da descarga da betoneira e nunca em quantidade inferior a 30 litros. A moldagem de corpos-de-prova para ensaios de resistência deve ser iniciada no máximo 15 min após a obtenção da amostra composta. (NBR 12655/1996) As amostras devem ser coletadas aleatoriamente durante a operação de concretagem. Cada exemplar é constituído por dois corpos-de-prova da mesma amassada, para cada idade de rompimento, moldados no mesmo ato. Toma-se como resistência do exemplar o maior dos dois valores obtidos no ensaio do exemplar. MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) Para os moldes com ø15cm e h=30cm são adensados com uma haste (ø 16,00 mm e h = 600 mm), introduzindo o concreto no molde em 3 camadas de volume aproximadamente igual e adensar cada camada utilizando a haste, que deve penetrar no concreto com 25 golpes em cada camada (NBR 5738/08). Para moldes de ø10cm e h=20cm realizar 2 camadas com 12 golpes cada. MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) Deixar os corpos-de-prova nos moldes, sem sofrer perturbações e em temperatura ambiente por 24 horas, identificá-los e transferi-los para o laboratório, onde serão rompidos para atestar sua resistência. Até o início do ensaio, os corpos-de-prova devem ser conservados imersos em água saturada de cal ou permanecer em câmara úmida que apresente, no mínimo, 95% de umidade relativa do ar até o instante do ensaio (NBR 5738). MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) O cálculo da resistência da dosagem do concreto deve atender às condições de variabilidade prevalecentes durante a construção. Esta variabilidade medida pelo desvio-padrão Sd é levada em conta no cálculo da resistência de dosagem, segundo a equação: fcj = fck + 1,65 Sd Onde: fcj : resistência média do concreto à compressão, prevista para a idade de j dias, em megapascals; fck : resistência característica do concreto à compressão, em megapascals; Sd: é o desvio-padrão da dosagem, em megapascals, que é função da condição de preparo do concreto. Desvio-padrão a ser adotado em função da condição de preparo do concreto: Condição de preparo do concreto A – Sd = 4,0 (rigoroso) Condição de preparo do concreto B – Sd = 5,5 (moderado) Condição de preparo do concreto C* – Sd = 7,0 (baixo) Onde: C*: Para a condição de preparo tipo C, e enquanto não se conhece o desvio- padrão, exige-se para os concretos de classe C15 o consumo mínimo de 350 kg de cimento por metro cúbico. RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) Onde: Condição A (aplicável às classes C10 até C80): o cimento e os agregados são medidos em massa, a água de amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida em função da umidade dos agregados. Condição B (aplicável às classes C10 até C25): o cimento é medido em massa, a água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados medidos em massa combinada com volume. RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) Onde: Condição B aplicável às classes C10 até C20: o cimento é medido em massa, a água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados medidos em volume. A umidade do agregado miúdo é determinada pelo menos três vezes durante o serviço do mesmo turno de concretagem. O volume de agregado miúdo é corrigido através da curva de inchamento estabelecida especificamente para o material utilizado. Condição C (aplicável apenas aos concretos de classe C10 e C15 ): o cimento é medido em massa, os agregados são medidos em volume, a água de amassamento é medida em volume e a sua quantidade é corrigida em função da estimativa da umidade dos agregados e da determinação da consistência do concreto, conforme disposto na NBR 7223, ou outro método normalizado. RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) Resistência a compressão RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) Resistência a tração (10 a 15% da resistência a compressão) RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) Fatores que influenciam a resistência a - Relação água-cimento RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) A resistência do concreto à compressão, depende de vários fatores, entre os mais importantes, podemos citar: tipo do cimento: existem cimentos de várias categorias, que interferem não somente na resistência do concreto, como também na velocidade de pega ou de endurecimento, na proteção contra agentes agressivos, etc. relação água x cimento: fator decisivo na resistência, quanto maior a relação maior será a porosidade da pasta, portanto menor será a resistência. resistência dos agregados. Fórma e granulometria dos agregados: os mais arredondados,dão mais trabalhabilidade. Aditivos: produtos que adicionados em pequena proporção,modificam as propriedades do concreto. no que diz respeito à resistência, agem na massa de concreto, também no sentido de controlar a porosidade. RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) Resistência característica à compressão – fck A resistência característica é aquela que ocorre aos 28 dias após a moldagem do corpo de prova. fck = fc28d Usa como unidade o MPa (megaPascal) 1 MPa = 10 kgf/cm2 RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) A resistência característica do concreto, equivale à tensão de ruptura dos corpos de prova, aos 28 dias. Nesta condição, temos que considerar separadamente, os dois tipos distintos de solicitações, a de compressão e a de tração. As resistências características, podem serdesignadas, como abaixo: fck - resistência à compressão do concreto. ftk - resistência à tração do concreto. Na falta de ensaios, pode-se admitir que a resistência a tração do concreto, equivale a 10% da resistência a compressão. 10 f = f cktk CLASSIFICAÇÃO DO CONCRETO PELO Fck C20 significa: fck= 20 Mpa Concretos usuais variam de C20 a C50: C20 – pequenas estruturas ou residências, em que as estruturas sejam revestidas. C25 a C30 - construção predial em geral, em que se requer baixas deformações e permeabilidade (se reflete em durabilidade); em concreto aparente, etc. C30 A C40 - concreto protendido e edifícios com sistemas estruturais não convencionais. C40 a C50 – casos especiais em que se deseja esbeltez dos elementos estruturais, como: edifícios altos e cascas. É utilizado especialmente em pilares de edifícios altos. RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) Variação da Resistência do Concreto com a Idade Influência da Relação Água/Cimento, na Resistência do Concreto A relação água- cimento, é a proporção entre o total de água adicionada ao concreto, e o cimento, ambos medidos em peso. As quantias de água podem ser assim subdivididas: AH: Água de hidratação. É a quantidade necessária de água para a hidratação do cimento. AE: Água Excedente. É a quantidade de água lançada na mistura, além da água de hidratação, para garantir as condições de trabalhabilidade da massa, durante a moldagem das peças. A relação água/cimento, é expressa pela seguinte relação: (peso) (peso) AT = A/C Relação cimento FATOR ÁGUA/CIMENTO A relação água/cimento (ou fator água/cimento) é o principal parâmetro controlado na dosagem. Possui responsabilidade por 95 % das variações na resistência do concreto. A resistência do concreto é tanto menor quanto maior for a quantidade de água adicionada à mistura. Relação Água/Cimento Em geral, o valor da relação A/C, para atingir resistência máxima, está entre 0,35 a 0,40. Em concretos sem o controle tecnológico, somente a título de curiosidade, a relação A/C, está em torno de 0,7 a 0,8. TRAÇO DO CONCRETO A resistência do concreto é estudada previamente, antes da mistura de seus materiais constituintes, quais sejam, as britas, as areias, o cimento, a água e os aditivos, cujas proporções são estimadas, através de procedimentos (dosagem)para a determinação do traço do concreto. Após a mistura ter sido efetuada, retira-se da massa, material para a moldagem de corpos de prova, os quais serão então submetidos a ensaios de ruptura, averiguando-se as resistências previstas foram obtidas. PREPARO DO CONCRETO Operações de execução do concreto, desde o armazenamento dos materiais, sua medida e mistura, bem como na verificação das quantidades utilizadas desses materiais. Esta verificação tem por finalidade comprovar que o proporcionamento da mistura atende ao traço especificado e deve ser feita uma vez ao dia, ou quando houver alteração do traço. Exemplos de traço (1:4:8; 1:3:6). O estudo de dosagem do concreto, busca encontrar a melhor proporção entre os materiais que resulte em um concreto com a resistência especificada em projeto. Modalidades do preparo: Mistura Manual: empregada, excepcionalmente, em pequenos volumes ou em obras de pouca importância, e deverá ser realizada sobre um estrado ou superfície plana impermeável e resistente. Sequência de mistura: agregados+cimento+água. Mistura mecanizada: Obtidas em máquinas especiais, constituídas de um tambor ou cuba, fixa ou móvel em torno de um eixo. Exemplos: betoneiras (virado na obra), caminhões betoneira (usinado). Sequência de mistura: água + agregado graúdo + cimento + agregado miúdo. PREPARO DO CONCRETO Utilização de betoneira (concreto virado na obra) e carro-de-mão para o transporte. Utilização de caminhão betoneira e caminhão lança (concreto usinado). PREPARO DO CONCRETO TEMPO DE PEGA Momento em que a pasta de cimento (argamassa ou concreto) adquire certa consistência (endurecimento) que a torna imprópria a um trabalho, em consequência a um processo químico de hidratação. O tempo de pega do cimento é determinado pelo ensaio do aparelho de Vicat (resistência à penetração de uma agulha na pasta de cimento). Início de pega: normalmente uma hora após o início da mistura, período este que deverão ser desenvolvidas as operações de manuseio de materiais, mistura, transporte, lançamento e adensamento. TRANSPORTE DO CONCRETO Deve manter a homogeneidade do material. Em geral, a segregação se dá porque o concreto é uma mistura de materiais heterogêneos em dimensões, pesos e densidades. Limitar a 60m o transporte interno do concreto, com carrinhos ou jericas. O sistema de transporte deverá, sempre que possível, permitir o lançamento direto nas formas, evitando o depósito intermediário, e ser rápido, a fim de evitar que o concreto perca a trabalhabilidade. Para o concreto usinado utilizam-se caminhões betoneira de até 8 m³. O tempo máximo de transporte é de 90 minutos (150 minutos até o fim do adensamento) RECEBIMENTO DO CONCRETO USINADO Verificar a nota fiscal do caminhão betoneira, placa do caminhão deverá ser coincidente com a da nota fiscal; Verificar o lacre do caminhão Volume de concreto; Resistência do concreto deverá ser coincidente com a da nota; Hora de saída do caminhão da usina - prazo de validade (3 horas). Transporte e lançamento de concreto com carro-de-mão. Transporte vertical de concreto (balde e guincho foguete). TRANSPORTE DO CONCRETO LANÇAMENTO DO CONCRETO Inclui três operações fundamentais: Preparação da superfície para receber; Colocação do material transportado no local de aplicação; Maneira como deve ficar depositado. A altura de lançamento não deve ultrapassar 2m. Para alturas de lançamento elevadas sem acesso lateral (janelas), utilizar trombas, calhas, funis etc. LANÇAMENTO DO CONCRETO Colocação de funil na concretagem de estacas Colocação de calha na concretagem de pilares LANÇAMENTO DO CONCRETO Lançamento de concreto em laje tipo colméia (concreto usinado). Sarrafeamento do concreto com régua de alumínio. LANÇAMENTO DO CONCRETO ADENSAMENTO DO CONCRETO Obtenção de concreto compacto com o mínimo de vazios. Após a colocação do concreto na forma, por processos manuais e mecânicos, que provocam a saída do ar, facilitam o arranjo interno dos agregados, melhoram o contato do concreto com a forma e as ferragens. Entre os processos podemos citar: Manual ou apiloamento e a vibração (vibrador de imersão ou régua vibratória), entre outros (soquete pneumático, centrifugação e etc). Adensamento do concreto usando vibrador. Obs.: Um correto adensamento mantém a mistura da massa homogênea, eliminando o ar e proporcionando maior dureza e resistência ao concreto. ADENSAMENTO DO CONCRETO Cuidados durante o adensamento do concreto com vibradores de imersão: Introduzir e retirar lentamente a agulha (mangote) de modo que a cavidade formada pelo vibrador se feche naturalmente; Introduzir a agulha (mangote) o mais vertical possível e não deslocá- la horizontalmente sobre o concreto; Não vibrar além do necessário (o excesso de vibração pode ser pior que a falta); Não introduzir a agulha até menos de 10 a 15 cm da forma, para não deformá-la e evitar a formação de bolhas e perda de argamassa, assim como evitar encostar nas ferragens. ADENSAMENTO DO CONCRETO VIBRADOR DE IMERSÃO Vibrador elétrico Possuem engate universal, independente do diâmetro. São acoplados e trabalham em conjunto: 25 mm - 5 m de comprimento - 10 Kg (aprox.)de peso 35 mm - 5 m de comprimento - 17 Kg (aprox.) de peso 45 mm - 5 m de comprimento - 23 Kg (aprox.) de peso 60 mm - 5 m de comprimento - 26 Kg (aprox.) de peso Vibrador à gasolina CURA DO CONCRETO Conjunto de medidas que devem ser tomadas para evitar a evaporação da água de amassamento utilizada no concreto aplicado. Etapa importante, pois evita a evaporação prematura da água e fissuras no concreto. Deve ser iniciada tão logo a superfície concretada tenha resistência à ação da água (algumas horas) e estendida por, no mínimo, 3 dias devendo ser prolongada até 7 dias ou 10 dias dependendo do tipo de cimento e fator água/cimento utilizado. É a operação final da obtenção do concreto,que consiste em evitar a retração hidráulica,quando o concreto ainda não desenvolveu resistência suficiente para evitar a formação de fissuras. CURA DO CONCRETO Quanto mais perfeita e demorada for a cura do concreto, tanto melhores serão suas características finais do mesmo. Os principais processos de cura são: Molhagem das fôrmas (pequenas superfícies); Irrigação ou aspersão de água; Recobrimento (areia, serragem, terra etc.); Impermeabilização superficial (conhecida como membranas de cura) ou pintura de proteção; Submersão; Cura a vapor. CURA DO CONCRETO MÉTODOS DE CURA Molhagem contínua das superfícies expostas . Proteção com tecidos ou papel mantidos úmidos. Cobertura com lonas plásticas, podendo se utilizar vapor. Aplicação de emulsão que formam películas impermeáveis. Período de 7 a 14 dias. QUESTIONÁRIO 1) Qual a definição para concreto convencional e concretos especiais? 2) Qual a composição do concreto simples? 3) Definir conceitualmente o concreto armado. 4) O que são armaduras passiva e ativa? 5) Nas peças de concreto armado qual material resiste às tensões de tração e qual resiste às tensões de compressão? 6) Como é feita a proteção da armadura contra a corrosão? 7) Definir concreto protendido. 8) Explicar como são os sistemas de aplicação da protensão de pré e pós-tensão. 9) Como foram os primórdios do concreto? Onde e como surgiu o concreto armado? 10) Enumere as vantagens e desvantagens do concreto armado? CONCRETO DEFINIÇÃO, PROPRIEDADES E MATERIAIS Disciplina: Construção Civil I Professora: Everlânia Silva
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