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Aula 08 - Concreto

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CONCRETO 
DEFINIÇÃO, PROPRIEDADES E MATERIAIS 
Disciplina: Construção Civil I 
Professora: Everlânia Silva 
 Materiais naturais: mais antigos utilizados pelo homem. 
 
 Estima-se que em 3.000 a. C. as pedras já eram utilizadas em formas 
primitivas de construções. 
 
 Idade antiga: construções vultuosas como as pirâmides do Egito 
construídas com blocos de rochas calcárias. 
 
 Idade média: pedra como material estrutural mais importante. 
INTRODUÇÃO 
 Necessidade: material que unisse e desse coesão as pedras de seus sistemas 
construtivos. Soluções: Argamassa de barro, argamassa de cal... 
 
 Cimento: os romanos misturavam cinza pozolânica com argamassa de cal 
(chamada caementum) produzindo um material de características 
semelhantes ao cimento atual. 
 
 Império Romano: construção de estradas de camadas superpostas de 
pedras ligadas por ‘caementum’. Os romanos deram o nome de concretus ou 
concretum (composto, solidificado, compacto) que foi a origem do concreto 
romano. 
INTRODUÇÃO 
 Em 1824, Joseph Aspdin obteve a patente para um aperfeiçoamento no 
método de produzir pedra artificial. Aspdin deu-lhe o nome de Cimento 
Portland por sua semelhança, com a famosa pedra calcária branco-prateada 
que se extraía de algumas pedreiras existentes na pequena península de 
Portland. 
 
 O ano de 1849 é considerado como a data do descobrimento do concreto 
armado. Joseph-Louis Lambot com a construção de um barco de argamassa 
armada. 
INTRODUÇÃO 
 Joseph Monier (1823 – 1906), comerciante de plantas ornamentais na, iniciou a 
produção de vários artefatos e estruturas de concreto armado. 
 
 Monier percebeu, que o concreto era facilmente obtido e moldado, e tinha 
considerável resistência à compressão e ao esmagamento, porém apresentava 
deficiências em relação ao cisalhamento e à tração; por outro lado o aço era 
extremamente resistente à tração e era facilmente encontrado em formas 
simples como barras longas. 
 
 Desde então, o concreto armado é utilizado na construção civil em todas as 
partes do mundo. 
 
 
INTRODUÇÃO 
CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 
 Material de construção mais consumido no mundo, em 
torno de 11 bilhões de toneladas por ano. 
 
 Tal popularidade dá-se por pelo menos 3 razões 
principais, que conheceremos a seguir. 
1ª razão: 
Excelente resistência à água, tornando-o ótima opção para 
estruturas de controle, armazenamento e transporte da 
mesma. 
 
CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 
Barragem de Itaipu. Estimados 12,5 milhões de m³ de concreto, de 12 tipos diferentes, utilizados 
em sua construção. 
CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 
Construção do Aqueduto da Califórnia. Utilizados aproximadamente 3 milhões de m³ de concreto. 
CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 
2ª razão: 
Excelente flexibilidade e moldagem. Favorecendo seu uso 
para estruturas de diferentes formas e tamanhos. 
CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 
Tubulação do projeto Central Arizona. Maior estrutura circular de concreto pré-moldado para o transporte de água. 
CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 
3ª razão: 
Baixo custo. Que se deve a facilidade de se encontrar seus 
principais componentes, que são relativamente baratos, em 
qualquer parte do mundo. 
CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 
 Há, obviamente, além dessas razões principais, considerações 
que favorecem a escolha do concreto como material 
estrutural: 
 
 Fácil manutenção; 
 Resistência ao fogo; 
 Resistência ao carregamento cíclico. 
CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL 
ÁGUA 
AGREGADO 
CIMENTO 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
 O CONCRETO é um material compósito, constituído por 
cimento, água, agregado e ar. 
 
 Podendo também conter adições (cinza volante, pozolanas, 
sílica ativa, etc.) e aditivos químicos, com a finalidade de 
melhorar ou modificar suas propriedades básicas. Ex.: 
Aceleradores e retardadores de pega; Plastificantes (aumenta 
o índice de consistência); Superplastificantes (concretos auto-
adensáveis); Incorporadores de ar. 
 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
 Agregado: Material granular, como areia, pedregulho, 
pedrisco, rocha, britada, escória de alto-forno ou 
resíduos de construção e de demolição. Podendo ser 
classificados como Agregado miúdo ou Agregado graúdo. 
 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
AGREGADO MIÚDO 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
AGREGADO GRAÚDO 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
 Argamassa: É uma mistura de areia, cimento e água. É 
como um concreto sem agregado graúdo. 
 
 Cimento: É um material seco, finamente pulverizado, que 
por si só não é aglomerante, mas desenvolve 
propriedade aglomerante como resultado de hidratação. 
 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
 Esquematicamente pode-se indicar: 
 
 PASTA = cimento + água 
 
 ARGAMASSA = PASTA + agregado miúdo 
 
 CONCRETO (CONCRETO SIMPLES) = ARGAMASSA + 
agregado graúdo 
 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
Cimento Agregado miúdo (areia) 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
Pasta de cimento e água Agregado graúdo (pedra ou brita) 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
Concreto simples Argamassa 
COMPOSIÇÃO DO CONCRETO 
Com base na sua massa específica, há três amplas categorias: 
 
 Concreto de densidade normal: contendo areia natural, e 
pedregulhos ou agregados britados, com massa específica na ordem 
de 2.400 kg/m³. Mais comumente utilizado para fins estruturais. 
 Concreto leve: com massa específica menor do que 1.800 kg/m³. 
 Concreto pesado: usado em blindagem contra radiação, produzido 
com agregados de alta densidade e geralmente possui massa 
específica maior do que 3.200 kg/m³. 
TIPOS DE CONCRETO 
Há, ainda, uma escala que divide o concreto em três categorias 
gerais com base na resistência à compressão: 
 
 Concreto de baixa resistência: menos de 20 MPa (3000 psi); 
 Concreto resistência moderada: de 20 MPa a 40 MPa (3000 
a 6000 psi); 
 Concreto de alta resistência: mais de 40 MPa (6000 psi); 
 
TIPOS DE CONCRETO 
 O concreto fresco é assim considerado até o 
momento em que tem início a pega do aglomerante. 
 
 O concreto endurecido é o material que se obtém 
pela mistura dos componentes, após o fim da pega do 
aglomerante. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO 
 HOMOGENEIDADE: 
 Distribuição uniforme dos agregados no concreto. 
 TRABALHABILIDADE: 
 Ligada à facilidade do concreto ser lançado e adensado. Tem 
como principal fator o teor de água da mistura. Composta de 
pelo menos dois componentes: 
 FLUIDEZ: descreve a facilidade de mobilidade 
 COESÃO: descreve a resistência à exsudação ou a segregação. 
 Um concreto é considerado trabalhável quando, sem apresentar 
segregação ou exsudação, apresenta consistência adequada: 
 à obra a que se destina (dimensões das peças, espaçamento e distribuição das 
armaduras); 
 ao método de lançamento; 
 ao adensamento e 
 ao acabamento empregado. 
 Exemplos: Estacas escavadas - concreto mais fluido; Sapatas - concreto menos 
fluido. 
 
 Medida pelo abatimento (deformação) causado na massa de concreto 
pelo seu próprio peso. Medindo a consistência do material (slump test) 
 
 
TRABALHABILIDADE 
Fatores externos que influenciam na trabalhabilidade: 
 
 Tipo de mistura; 
 Tipo de transporte; 
 Tipo de adensamento; 
 Dimensões da peça; 
 Taxa de armadura. 
TRABALHABILIDADE 
 É a tendência dos agregados graúdos se separarem da 
argamassa de cimento, deixando o concreto não homogêneo 
e cheio de vazios. 
 
 Pode ter origem na falta de argamassa. 
COESÃO - SEGREGAÇÃO 
TRABALHABILIDADE 
TRABALHABILIDADE 
 É a tendência da água de amassamento vir à superfície do 
concreto recém lançado por percolação. 
 
 Ocasiona grande aumento do fator a/c da superfície, 
reduzindo muito a resistência da peça. 
 
COESÃO - EXSUDAÇÃO 
TRABALHABILIDADE 
 Para minimizar a exsudação: 
 
 Reduzir a quantidade de água usada no concreto; 
 Uso de agregados não lamelares; Aumentar a presença de finos nos agregados miúdos; 
 Aditivo. 
ENSAIOS DO CONCRETO 
SLUMP TEST (NBR 7223/92, cancelada e 
substituída pela NB NM 67/1998) 
Colete a amostra de concreto depois de descarregar 0,5 m³ de concreto 
do caminhão betoneira ou no terço central da betonada. 
 
Neste ensaio, colocamos uma massa de concreto dentro de uma forma 
tronco-cônica, em três camadas igualmente adensadas, cada uma com 25 
golpes. Retiramos o molde lentamente, levantando-o verticalmente e 
medimos a diferença entre a altura do molde e a altura da massa de 
concreto depois de assentada. 
Slump Test. 
 
Abatimento do tronco de cone – Slump Test 
 Consiste em um tronco de 
cone com 30 cm de altura, 
aberto nas duas pontas, 
que é colocado sobre uma 
superfície plana com a 
“boca” maior para baixo 
Slump Test – o ensaio 
 O concreto é colocado dentro do cone em 3 
camadas, sendo cada uma delas compactada 
com 25 golpes de uma haste padrão. 
 Após a compactação e arrasamento da 
superfície o molde tronco-cônico é retirado 
e o “abatimento”, ou a medida em mm, que 
houve em relação à altura original é o valor 
medido. 
 Valores normais: 
 60 a 70 mm para concretos comuns; 
 100 a 120mm para concretos bombeáveis. 
Slump Test – o ensaio 
Slump Test – o ensaio 
Slump Test 
PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO 
 Durabilidade; 
 Baixa deformabilidade; 
 Impermeabilidade; 
 Resistência (Medida de tensão exigida para romper o 
material). 
MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) 
 Usualmente dois corpos para cada caminhão (7 e 28 dias), e no 
caso de betoneiras de obra 1 vez por turno ou a cada 50m3 ou a 
cada pavimento concretado (NBR 12655); 
 
 Os moldes e suas bases devem ser convenientemente revestidos 
internamente com uma fina camada de óleo mineral, em superfície 
de apoio rígida, horizontal e livre de vibrações; 
 
 Não é permitido retirar amostras, tanto no princípio quanto no 
final da descarga da betoneira e nunca em quantidade inferior a 30 
litros. 
 
 
 A moldagem de corpos-de-prova para ensaios de resistência 
deve ser iniciada no máximo 15 min após a obtenção da 
amostra composta. 
 
 (NBR 12655/1996) As amostras devem ser coletadas 
aleatoriamente durante a operação de concretagem. Cada 
exemplar é constituído por dois corpos-de-prova da mesma 
amassada, para cada idade de rompimento, moldados no mesmo 
ato. Toma-se como resistência do exemplar o maior dos dois 
valores obtidos no ensaio do exemplar. 
 
MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) 
 Para os moldes com ø15cm e h=30cm são adensados com uma 
haste (ø 16,00 mm e h = 600 mm), introduzindo o concreto no 
molde em 3 camadas de volume aproximadamente igual e adensar 
cada camada utilizando a haste, que deve penetrar no concreto 
com 25 golpes em cada camada (NBR 5738/08). 
 
 Para moldes de ø10cm e h=20cm realizar 2 camadas com 12 
golpes cada. 
MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) 
MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) 
 Deixar os corpos-de-prova nos moldes, sem sofrer perturbações 
e em temperatura ambiente por 24 horas, identificá-los e 
transferi-los para o laboratório, onde serão rompidos para atestar 
sua resistência. 
 
 Até o início do ensaio, os corpos-de-prova devem ser 
conservados imersos em água saturada de cal ou permanecer em 
câmara úmida que apresente, no mínimo, 95% de umidade relativa 
do ar até o instante do ensaio (NBR 5738). 
MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA (NBR-5738) 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
 O cálculo da resistência da dosagem do concreto deve atender 
às condições de variabilidade prevalecentes durante a construção. 
Esta variabilidade medida pelo desvio-padrão Sd é levada em 
conta no cálculo da resistência de dosagem, segundo a equação: 
fcj = fck + 1,65 Sd 
Onde: 
fcj : resistência média do concreto à compressão, prevista para a idade de j 
dias, em megapascals; 
fck : resistência característica do concreto à compressão, em megapascals; 
Sd: é o desvio-padrão da dosagem, em megapascals, que é função da 
condição de preparo do concreto. 
 Desvio-padrão a ser adotado em função da condição de preparo 
do concreto: 
Condição de preparo do concreto A – Sd = 4,0 (rigoroso) 
Condição de preparo do concreto B – Sd = 5,5 (moderado) 
Condição de preparo do concreto C* – Sd = 7,0 (baixo) 
 
Onde: 
C*: Para a condição de preparo tipo C, e enquanto não se conhece o desvio-
padrão, exige-se para os concretos de classe C15 o consumo mínimo de 350 kg 
de cimento por metro cúbico. 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
Onde: 
Condição A (aplicável às classes C10 até C80): o cimento e os agregados 
são medidos em massa, a água de amassamento é medida em massa ou 
volume com dispositivo dosador e corrigida em função da umidade dos 
agregados. 
 
Condição B (aplicável às classes C10 até C25): o cimento é medido em 
massa, a água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo 
dosador e os agregados medidos em massa combinada com volume. 
 
 
 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
Onde: 
Condição B aplicável às classes C10 até C20: o cimento é medido em 
massa, a água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo 
dosador e os agregados medidos em volume. A umidade do agregado 
miúdo é determinada pelo menos três vezes durante o serviço do mesmo 
turno de concretagem. O volume de agregado miúdo é corrigido através 
da curva de inchamento estabelecida especificamente para o material 
utilizado. 
 
Condição C (aplicável apenas aos concretos de classe C10 e C15 ): o 
cimento é medido em massa, os agregados são medidos em volume, a água 
de amassamento é medida em volume e a sua quantidade é corrigida em 
função da estimativa da umidade dos agregados e da determinação da 
consistência do concreto, conforme disposto na NBR 7223, ou outro 
método normalizado. 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
 Resistência a 
compressão 
 
 
 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
 Resistência a tração (10 a 15% da resistência a 
compressão) 
 
 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
 Fatores que influenciam a resistência 
 
a - Relação água-cimento 
 
 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
 
A resistência do concreto à compressão, depende de vários fatores, entre os mais 
importantes, podemos citar: 
 
 tipo do cimento: existem cimentos de várias categorias, que interferem não 
somente na resistência do concreto, como também na velocidade de pega 
ou de endurecimento, na proteção contra agentes agressivos, etc. 
 
 relação água x cimento: fator decisivo na resistência, quanto maior a relação 
maior será a porosidade da pasta, portanto menor será a resistência. 
 
 resistência dos agregados. 
 
 Fórma e granulometria dos agregados: os mais arredondados,dão mais 
trabalhabilidade. 
 
 Aditivos: produtos que adicionados em pequena proporção,modificam as 
propriedades do concreto. no que diz respeito à resistência, agem na massa de 
concreto, também no sentido de controlar a porosidade. 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
 
 Resistência característica à compressão – fck 
 
 
 A resistência característica é aquela que ocorre aos 28 dias 
após a moldagem do corpo de prova. 
 fck = fc28d 
 
 Usa como unidade o MPa (megaPascal) 
 
 
 1 MPa = 10 kgf/cm2 
 
 
 
 
 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
 A resistência característica do concreto, equivale à tensão de 
ruptura dos corpos de prova, aos 28 dias. 
 
 Nesta condição, temos que considerar separadamente, os dois tipos 
distintos de solicitações, a de compressão e a de tração. 
 
 As resistências características, podem serdesignadas, como abaixo: 
 
fck - resistência à compressão do concreto. 
ftk - resistência à tração do concreto. 
 
 Na falta de ensaios, pode-se admitir que a resistência a tração do 
concreto, equivale a 10% da resistência a compressão. 
 
10
f
 = f cktk
CLASSIFICAÇÃO DO CONCRETO PELO Fck 
 
C20 significa: fck= 20 Mpa 
Concretos usuais variam de C20 a C50: 
 C20 – pequenas estruturas ou residências, em que as estruturas sejam 
revestidas. 
 C25 a C30 - construção predial em geral, em que se requer baixas 
deformações e permeabilidade (se reflete em durabilidade); em concreto 
aparente, etc. 
 C30 A C40 - concreto protendido e edifícios com sistemas estruturais não 
convencionais. 
 C40 a C50 – casos especiais em que se deseja esbeltez dos elementos 
estruturais, como: edifícios altos e cascas. É utilizado especialmente em 
pilares de edifícios altos. 
RESISTÊNCIA DOS CORPOS DE PROVA (NBR 12655) 
Variação da Resistência do Concreto com a Idade 
 
Influência da Relação Água/Cimento, na Resistência do Concreto 
 A relação água- cimento, é a proporção entre o total de água 
adicionada ao concreto, e o cimento, ambos medidos em peso. 
As quantias de água podem ser assim subdivididas: 
 
AH: Água de hidratação. É a quantidade necessária de água para 
a hidratação do cimento. 
 
AE: Água Excedente. É a quantidade de água lançada na mistura, 
além da água de hidratação, para garantir as condições de 
trabalhabilidade da massa, durante a moldagem das peças. 
 
 A relação água/cimento, é expressa pela seguinte relação: 
 
 
 (peso) 
(peso) AT
 = A/C Relação
cimento
FATOR ÁGUA/CIMENTO 
 A relação água/cimento (ou fator água/cimento) é o principal 
parâmetro controlado na dosagem. Possui responsabilidade 
por 95 % das variações na resistência do concreto. 
 
 A resistência do concreto é tanto menor quanto maior for a 
quantidade de água adicionada à mistura. 
Relação Água/Cimento 
  Em geral, o valor da relação A/C, para atingir resistência máxima, está entre 0,35 a 0,40. 
 Em concretos sem o controle tecnológico, somente a título de curiosidade, a relação A/C, 
está em torno de 0,7 a 0,8. 
TRAÇO DO CONCRETO 
 A resistência do concreto é estudada previamente, antes da mistura 
de seus materiais constituintes, quais sejam, as britas, as areias, o 
cimento, a água e os aditivos, cujas proporções são estimadas, 
através de procedimentos (dosagem)para a determinação do traço 
do concreto. 
 
 Após a mistura ter sido efetuada, retira-se da massa, material para a 
moldagem de corpos de prova, os quais serão então submetidos a 
ensaios de ruptura, averiguando-se as resistências previstas foram 
obtidas. 
 
PREPARO DO CONCRETO 
 Operações de execução do concreto, desde o armazenamento dos 
materiais, sua medida e mistura, bem como na verificação das 
quantidades utilizadas desses materiais. 
 
 Esta verificação tem por finalidade comprovar que o proporcionamento 
da mistura atende ao traço especificado e deve ser feita uma vez ao dia, 
ou quando houver alteração do traço. Exemplos de traço (1:4:8; 1:3:6). 
 
 O estudo de dosagem do concreto, busca encontrar a melhor 
proporção entre os materiais que resulte em um concreto com a 
resistência especificada em projeto. 
Modalidades do preparo: 
 
 Mistura Manual: empregada, excepcionalmente, em pequenos volumes 
ou em obras de pouca importância, e deverá ser realizada sobre um 
estrado ou superfície plana impermeável e resistente. Sequência de 
mistura: agregados+cimento+água. 
 
 Mistura mecanizada: Obtidas em máquinas especiais, constituídas de 
um tambor ou cuba, fixa ou móvel em torno de um eixo. Exemplos: 
betoneiras (virado na obra), caminhões betoneira (usinado). Sequência 
de mistura: água + agregado graúdo + cimento + agregado miúdo. 
PREPARO DO CONCRETO 
Utilização de betoneira (concreto 
virado na obra) e carro-de-mão para 
o transporte. 
Utilização de caminhão betoneira e 
caminhão lança (concreto usinado). 
PREPARO DO CONCRETO 
TEMPO DE PEGA 
 Momento em que a pasta de cimento (argamassa ou concreto) 
adquire certa consistência (endurecimento) que a torna imprópria a 
um trabalho, em consequência a um processo químico de 
hidratação. 
 
 O tempo de pega do cimento é determinado pelo ensaio do 
aparelho de Vicat (resistência à penetração de uma agulha na pasta 
de cimento). 
 
 Início de pega: normalmente uma hora após o início da mistura, 
período este que deverão ser desenvolvidas as operações de 
manuseio de materiais, mistura, transporte, lançamento e 
adensamento. 
 
TRANSPORTE DO CONCRETO 
 Deve manter a homogeneidade do material. Em geral, a segregação se 
dá porque o concreto é uma mistura de materiais heterogêneos em 
dimensões, pesos e densidades. 
 
 Limitar a 60m o transporte interno do concreto, com carrinhos ou 
jericas. 
 
 O sistema de transporte deverá, sempre que possível, permitir o 
lançamento direto nas formas, evitando o depósito intermediário, e 
ser rápido, a fim de evitar que o concreto perca a trabalhabilidade. 
 
 Para o concreto usinado utilizam-se caminhões betoneira de até 8 m³. 
O tempo máximo de transporte é de 90 minutos (150 minutos até o 
fim do adensamento) 
 
RECEBIMENTO DO CONCRETO USINADO 
 Verificar a nota fiscal do caminhão betoneira, placa do 
caminhão deverá ser coincidente com a da nota fiscal; 
 
 Verificar o lacre do caminhão 
 
 Volume de concreto; 
 
 Resistência do concreto deverá ser coincidente com a da nota; 
 
 Hora de saída do caminhão da usina - prazo de validade (3 
horas). 
Transporte e lançamento de concreto 
com carro-de-mão. 
Transporte vertical de concreto (balde 
e guincho foguete). 
TRANSPORTE DO CONCRETO 
LANÇAMENTO DO CONCRETO 
 Inclui três operações fundamentais: 
 
 Preparação da superfície para receber; 
 
 Colocação do material transportado no local de 
aplicação; 
 
 Maneira como deve ficar depositado. 
 
 A altura de lançamento não deve ultrapassar 2m. Para alturas 
de lançamento elevadas sem acesso lateral (janelas), utilizar 
trombas, calhas, funis etc. 
LANÇAMENTO DO CONCRETO 
Colocação de funil na concretagem 
de estacas 
 
Colocação de calha na concretagem de 
pilares 
 
LANÇAMENTO DO CONCRETO 
Lançamento de concreto em laje 
tipo colméia (concreto usinado). 
Sarrafeamento do concreto com régua 
de alumínio. 
LANÇAMENTO DO CONCRETO 
ADENSAMENTO DO CONCRETO 
 Obtenção de concreto compacto com o mínimo de vazios. 
 
 Após a colocação do concreto na forma, por processos manuais e 
mecânicos, que provocam a saída do ar, facilitam o arranjo interno 
dos agregados, melhoram o contato do concreto com a forma e as 
ferragens. 
 
 Entre os processos podemos citar: Manual ou apiloamento e a 
vibração (vibrador de imersão ou régua vibratória), entre outros 
(soquete pneumático, centrifugação e etc). 
Adensamento do concreto usando vibrador. 
 
 Obs.: Um correto adensamento mantém a mistura da massa homogênea, 
eliminando o ar e proporcionando maior dureza e resistência ao concreto. 
 
 
ADENSAMENTO DO CONCRETO 
Cuidados durante o adensamento do concreto com vibradores de 
imersão: 
 
 Introduzir e retirar lentamente a agulha (mangote) de modo que a 
cavidade formada pelo vibrador se feche naturalmente; 
 
 Introduzir a agulha (mangote) o mais vertical possível e não deslocá-
la horizontalmente sobre o concreto; 
 
 Não vibrar além do necessário (o excesso de vibração pode ser pior 
que a falta); 
 
 Não introduzir a agulha até menos de 10 a 15 cm da forma, para não 
deformá-la e evitar a formação de bolhas e perda de argamassa, assim 
como evitar encostar nas ferragens. 
 
ADENSAMENTO DO CONCRETO 
VIBRADOR DE IMERSÃO 
Vibrador elétrico 
 
Possuem engate universal, independente do diâmetro. São 
acoplados e trabalham em conjunto: 
 
25 mm - 5 m de comprimento - 10 Kg (aprox.)de peso 
35 mm - 5 m de comprimento - 17 Kg (aprox.) de peso 
45 mm - 5 m de comprimento - 23 Kg (aprox.) de peso 
60 mm - 5 m de comprimento - 26 Kg (aprox.) de peso 
Vibrador à gasolina 
 
CURA DO CONCRETO 
 Conjunto de medidas que devem ser tomadas para evitar a evaporação 
da água de amassamento utilizada no concreto aplicado. 
 
 Etapa importante, pois evita a evaporação prematura da água e fissuras 
no concreto. 
 
 Deve ser iniciada tão logo a superfície concretada tenha resistência à 
ação da água (algumas horas) e estendida por, no mínimo, 3 dias 
devendo ser prolongada até 7 dias ou 10 dias dependendo do tipo de 
cimento e fator água/cimento utilizado. 
 É a operação final da obtenção do concreto,que consiste em evitar a retração 
hidráulica,quando o concreto ainda não desenvolveu resistência suficiente para 
evitar a formação de fissuras. 
CURA DO CONCRETO 
 Quanto mais perfeita e demorada for a cura do concreto, tanto 
melhores serão suas características finais do mesmo. 
 
 Os principais processos de cura são: 
 Molhagem das fôrmas (pequenas superfícies); 
 Irrigação ou aspersão de água; 
 Recobrimento (areia, serragem, terra etc.); 
 Impermeabilização superficial (conhecida como membranas de cura) ou 
pintura de proteção; 
 Submersão; 
 Cura a vapor. 
CURA DO CONCRETO 
MÉTODOS DE CURA 
 Molhagem contínua das superfícies expostas . 
 Proteção com tecidos ou papel mantidos úmidos. 
 Cobertura com lonas plásticas, podendo se utilizar vapor. 
 Aplicação de emulsão que formam películas impermeáveis. 
 Período de 7 a 14 dias. 
QUESTIONÁRIO 
1) Qual a definição para concreto convencional e concretos especiais? 
2) Qual a composição do concreto simples? 
3) Definir conceitualmente o concreto armado. 
4) O que são armaduras passiva e ativa? 
5) Nas peças de concreto armado qual material resiste às tensões de 
tração e qual resiste às tensões de compressão? 
6) Como é feita a proteção da armadura contra a corrosão? 
7) Definir concreto protendido. 
8) Explicar como são os sistemas de aplicação da protensão de pré e 
pós-tensão. 
9) Como foram os primórdios do concreto? Onde e como surgiu o 
concreto armado? 
10) Enumere as vantagens e desvantagens do concreto armado? 
CONCRETO 
DEFINIÇÃO, PROPRIEDADES E MATERIAIS 
Disciplina: Construção Civil I 
Professora: Everlânia Silva

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