Buscar

'introdução de anatomia'

Prévia do material em texto

Introdução de anatomia 
 
A anatomia humana 
→ O conhecimento das estruturas anatômicas, 
nomes das partes do corpo, a sua divisão, seus 
planos e sistemas que o constituem, 
proporciona aos 
acadêmicos, a formação de uma base de 
conhecimentos que irão fundamentar as suas 
futuras práticas enquanto futuro profissional da 
saúde. 
→ Este conhecimento, em parte, pode ser 
obtido pelo estudo sistemático da anatomia, 
pois, esta ciência é a base sólida para o exercício 
da profissão. Então, a partir deste momento, os 
estudos anatômicos devem ser levados a sério, 
pois, o não comprometimento /envolvimento 
com esta ciência pode comprometer a atuação 
do futuro profissional. 
 
Histórico da anatomia 
 
A) EGIPCIOS – 4000 a.C. → 500 a.C. 
• Para Herbold et al (2005, p. 2), “a anatomia é 
uma 
ciência muito antiga”, e seus primeiros 
registros, em torno do conhecimento do corpo 
humano, datam quinhentos anos antes de 
Cristo, quando no sul da Itália Alcméon de 
Crotona realizou dissecações em animais. 
• Pouco tempo depois, um texto clínico da 
escola 
hipocrática, descobriu-se a anatomia do ombro 
conforme havia sido estudada com a 
dissecação. 
Hipócrates foi considerado o pai da medicina e 
viveu 
na Grécia antiga (460 a.C. - 377 a.C). 
 
B) 300 a.C. 
O estudo da anatomia avançou 
consideravelmente na 
Alexandria e, muitas descobertas lá realizadas 
podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os 
primeiros que realizaram dissecações humanas 
de modo sistemático. 
 
C) 150 a.C. 
• No ano de 150 (a.C.) a dissecação humana, na 
Grécia 
antiga foi proibida por razões éticas e religiosas, 
o que 
impediu momentaneamente o desenvolvimento 
de novas teorias sobre o conhecimento 
anatômico e, os 
 
 
estudos somente eram permitidos quando 
realizados 
em animais. O conhecimento anatômico sobre o 
corpo humano continuou no mundo helenístico, 
porém só se conhecia através das dissecações 
em animais. 
D) 200 d.C 
•Galeno passou a dissecar animais, entre eles, 
macacos e porcos, passando posteriormente, a 
aplicar os resultados obtidos na anatomia 
humana. Muito de suas 
práticas foram confirmadas como corretas, pois 
que, 
quase sempre ele estava certo; contudo, alguns 
erros 
foram inevitáveis, devido à impossibilidade de 
confirmar os achados em cadáveres humanos. 
 
E) SÉCULO XIII 
• Começa-se a Renascença para a anatomia. 
Primeiro 
de forma cautelosa, mas depois, com mais 
frequência, 
foram realizadas secções em cadáveres 
humanos”. 
Entretanto, observa-se que o estudo da 
anatomia 
humana recomeçou, neste período, mais por 
razões 
práticas que intelectuais. A guerra não era um 
assunto 
local e se fez necessário dispor de meios para 
repatriar os corpos dos mortos em combate. O 
embalsamento era suficiente para trajetos 
curtos, mas as distâncias maiores como as das 
Cruzadas, introduziram a prática de ‘cocção dos 
ossos’, que consistia na desencarnação, ou seja, 
na retirada das carnes (músculos e demais 
tecidos) por meio do cozimento (cocção) do 
cadáver. 
• Segundo Letti (2010), em 1 de março de 1299, 
o papa Bonifácio VIII proclamou a famosa bula 
‘De sepulturis’ que excomungava da Igreja 
aqueles que ousassem “[...] desmembrar um 
cadáver ou tirar-lhe pela cocção a ossada". Esta 
bula não proibia a dessecação, apenas proibia a 
cocção. 
• O motivo mais importante para a dissecação 
humana, foi o desejo de saber a causa da morte 
por 
razões essencialmente médico-legais, de 
averiguar o 
que havia matado uma pessoa importante ou 
elucidar a natureza da peste ou outra 
enfermidade infecciosa. 
 
 
 
F) SÉCULO XIV 
• A ciência anatômica começa a ser mais 
difundida. Mondino de Luzzi, em Bologna, 
falecido em 1326, ousou depois de quase 1.200 
anos colocar a mão em 
cadáveres humanos e dissecou três corpos de 
mulheres [...] A escola anatômica de Bologna 
onde Mondino fêz pela primeira vez dissecações 
de cadáveres humanos, com finalidade de 
ensino, em janeiro de 1315, foi o ponto de 
partida para o estudo sistemático da construção 
do corpo humano. 
 
 
G) SÉCULO XV 
• Acerca do desenvolvimento linear da 
anatomia, Letti (2010) observa que Berengário 
di Capri (1460-1530), contemporâneo de 
Achillini, dissecou muitos cadáveres e tentou 
pela primeira vez conservar a seco preparados 
de músculos, vasos e nervos e foi professor em 
Pávia, morreu em 1525. 
• Alexandre Benedetti, professor de anatomia 
em Pádua, construiu o primeiro anfiteatro 
anatômico, segundo modelo do circo romano. 
• Ainda neste período, ocorre a publicação do 
primeiro livro ilustrado com imagens impressas 
mais do que pintadas, foi a obra de Ulrich Boner 
Der Edelstein. 
 
H) Ainda no século XV 
• Gabriel de Zorbis (1405), pois, este era um 
eclesiástico e professor de anatomia em Roma, 
conhecido pelo trágico fim que teve ao ser 
entalado entre duas tábuas e serrado em dois 
pelos escravos de um paxá da Bósnia que o 
chamara como médico e morreu sob seu 
tratamento. 
• Pode-se também, citar como precursor de 
estudos 
anatômicos, na grande Paris o famoso Sylvius 
(1478- 
1555), tendo o mérito de ser o primeiro a 
obrigar os 
estudantes a realizarem dissecações. 
• Ressalta-se que os artistas renascentistas do 
século XV se interessavam cada vez mais pelas 
formas humanas, e o estudo da anatomia fez 
parte necessária da formação dos artistas 
jovens, sobretudo no norte da Itália 
 
I) Século XVI 
 
• Um dos melhores representante dos diversos 
estudiosos em anatomia “Jacob Berengário di 
Capri (1460 -1530), autor dos “Commentaria 
super anatomica mundini” (1521), que contém 
as primeiras ilustrações anatômicas tomadas do 
natural”. 
• Outra referência significativa para o período é 
a 
publicação em 1532, em Paris, por meio de 
Charles 
Estienne, uma obra em que ressaltava a 
completa 
representação pictórica do corpo humano. 
• Aparecimento daqueles que iriam revolucionar 
a 
ciência anatômica: Vesálio, Eustáquio e Falópio. 
 
→ Andréas Vesalius (1514 – 1564), é 
considerado o pai da anatomia moderna - 
nascido em Bruxelas, estudou anatomia em 
Montepellier e em Paris com Sylvius. 
Verificando que somente a dissecação lhe tiraria 
as dúvidas que tinha lendo Galeno e outros. 
 
J) Século XVII 
 
Observa-se notáveis descobertas no campo da 
anatomia e da fisiologia humana. 
 
• Francis Glisson (1597-1677) é o responsável 
por descrições por menorizadas do fígado, o 
estômago e o intestino. Sua grande contribuição 
também é notada na pediatria, ao descobrir o 
raquitismo infantil e também, mostrar que o 
escorbuto era uma doença 
separada do raquitismo, apesar de geralmente 
ocorrem juntos. 
 
• Thomas Wharton (1614-1673) em seus 
estudos descreve as características diferenciais 
das glândulas digestivas, linfáticas e sexuais. O 
conduto de evacuação da glândula salivar 
submandibular atualmente é conhecido como 
conduto de Wharton. Ressalta-se que os seus 
estudos colaboram categoricamente para a 
distinção entre as glândulas de secreção interna 
(chamadas hoje endócrinas), cujo produto cai 
no sangue, e as glândulas de secreção externa 
(exócrinas), que descarregam nas cavidades. 
 
• Niels Steenson , no ano de 1611 estabelece, 
por meio de seus estudos, a diferença entre as 
glândulas e os nódulos linfáticos. 
 
Apesar de ter nascido no século XVI, William 
Harvey (1578 – 1657) iria se destacar na história 
da anatomia no século posterior, com seus 
estudos acerca da circulação. Harvey 
demonstrou que o sangue nos pulmões mudava 
de venoso para arterial, mas desconhecia as 
bases desta transformação. A explicação da 
função respiratória levou muitos anos, mas 
durante o século XVII foram dados passos 
importantes para seu esclarecimento. 
O século XVII é responsável pela estruturação e 
consolidação definitiva da anatomia enquanto 
ciência em todo velho mundo 
 
K) Século XVIII 
→ Apresenta inovaçõesconsideráveis no 
âmbito dos 
estudos da ciência anatômica e, como 
expressão 
máxima desta época cita-se: 
 
• Giambattista Morgagni (1682 - 1771), também 
conhecido como Giovanni Morgagni, foi o 
pioneiro na 
demonstração da necessidade de basear o 
diagnóstico, prognostico e o tratamento no 
exame detalhado das condições anatômicas do 
paciente, assim sendo considerado o fundador 
da anatomia patológica. 
 
L) Século XIX 
 
• A história da anatomia nos mostra que, pelo 
esforço e estudos, os anatomistas avançaram 
significamente, pois, ao dedicam a morfologia 
comparada, ao desenvolvimento da histologia e 
embriologia, a produção do conhecimento 
propiciou a criação de novas técnicas e teorias 
para a ciência médica. 
• Alfonso Bovero (1871 – 1937), nascido na Itália 
e tendo se formado em medicina – pertencente 
a escola de Turim, veio para o Brasil, e tornou-
se o primeiro professor de medicina da 
Universidade de 
São Paulo. 
 
→ No Brasil, a Lei 8.501, de 30 de novembro de 
1992, que dispõe ‘sobre a utilização de cadáver 
não reclamado, para fins de estudos ou 
pesquisa científicas e dá outras providências’ , é 
a referência acerca do uso e estudo do cadáver. 
 
→ Em seu Art. 2o, caput, a referida lei cita que 
“O cadáver não reclamado junto às autoridades 
públicas, no prazo de trinta dias, poderá ser 
destinado às escolas de medicina, para fins de 
ensino e de pesquisa de caráter científico”. 
 
 
 
A palavra anatomia 
 
Quanto a etimologia 
 
→ A etimologia da palavra anatomia é 
controversa entre os autores. Que ela vem 
originalmente da língua grega, não se discute, 
porém, o significado e a forma de se escrever 
são os pontos principais. 
 
→Para Dangelo & Fattini (1998, p.02) a 
etimologia seria “[...] ana = de alto a baixo, em 
partes + tomé = cortar [...]”, então, poder-se-ia 
dizer que a anatomia seria cortar em partes ou 
de cima para baixo. 
 
• Portanto, para o iniciante na ciência anatômica 
a observação entre a etimologia da palavra 
anatomia e o termo dissecar. Cada uma traz um 
significado diferente. Enquanto a palavra 
anatomia serve para definir uma ciência, a outra 
define um método utilizado. 
• Dissecar ou dissecação é o método pelo qual 
os estudiosos da ciência anatômica, por meio de 
ferramentas próprias, utiliza para chegar até as 
estruturas do cadáver, para preparar as peças 
anatômicas. Dividir em partes um corpo morto. 
 
Quanto ao conceito sobre anatomia 
 
Para Dangelo & Fattini (1998, p. 01) “No seu 
conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência 
que estuda macro e microscopicamente, a 
constituição e o desenvolvimento dos seres 
organizados”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A divisão da anatomia 
 
Como as demais ciências, a anatomia, 
modernamente 
se encontra dividida em áreas diversas, tendo 
cada uma um forma diferente de abordar o 
objeto de estudo – cadáver. 
 
Segundo o método de observação 
Divisão da anatomia 
 
→ Macroscópica: Estudo das estruturas 
observáveis a olho nu 
• Anatomia Regional - na qual os dados 
anatômicos macroscópicos humanos são 
descritos segundo as grandes divisões naturais 
do corpo (membro inferior, membro superior, 
cabeça e pescoço, tórax, abdome e pelve); 
• Anatomia Sistêmica - na qual a abordagem é 
feita segundo os vários sistemas - conjunto de 
órgãos com mesma função básica – respiratório, 
digestório, circulatório... 
 
→ Microscópica: Estudo das estruturas 
corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de 
instrumental para ampliação 
• Citologia - estudo da célula; 
• Histologia - estudo dos tecidos e de como 
estes se organizam para a formação de órgãos. 
 
→ Do desenvolvimento: estuda o 
desenvolvimento doindivíduo a partir do ovo 
fertilizado até a forma adulta 
 
• Embriologia - é o estudo do desenvolvimento 
até o nascimento. 
 
 Segundo a forma de estudo 
 
Forma de estudos anatômicos 
• Anatomia sistêmica: Estuda 
macroscopicamente os diversos sistemas do 
corpo humano 
• Anatomia topográfica: Estuda o corpo humano 
por regiões, visando a compreensão das 
relações entre as estruturas anatômicas 
• Anatomia aplicada: Estuda da aplicação prática 
dos dados anatômicos (patologia) 
• Anatomia radiológica: Consiste no estudo das 
estruturas anatômicas por meio de raio X 
(tecnologias eletrônicas) 
• Anatomia antropológica: Estudas os aspectos 
anatômicos dos povos e grupos étnicos 
• Anatomia comparativa: Estudos comparados 
da estrutura morfológica e dos órgãos de 
indivíduos de etnias diferentes 
• Anatomia biotipológica: Estuda os tipos 
individuais de construção do corpo humano 
 
Método de estudos de 
anatomia 
 
A dissecação, feita por instrumentos próprios 
(como o bisturi e outros), foi a técnica primitiva, 
que permitiu aos estudiosos a possibilidade de 
mergulharem no corpo humano. A dissecação 
consiste no corte e retirada da estrutura, 
separando-as em partes sem destruir, para 
estudos posteriores. 
 
A maceração é um método de estudo que 
consiste em destruiras estruturas moles do 
corpo, preservando as mais rígidas e, 
habitualmente é utilizada no preparo dos ossos. 
 
O método de Corrosão consiste em injetar, nos 
vasos ou em cavidades existentes na estrutura 
em que se vai estudar, de substancias como 
acrílico ou vinilite, uma massa plástica líquida 
que se torna rígida rapidamente. Em seguida, as 
estruturas são submetidas à ação de 
substâncias corrosivas (ácidos) para obtenção 
de moldes ou modelos. 
 
A Diafanização consiste em tornar um 
determinado 
órgão transparente mediante a uma prévia 
desidratação da peça em uma série de álcoois 
em diversas graduações e, em seguida , colocá-
lo em substâncias que o torne transparente 
(benzoato de benzila e salicilato de metila). 
 
Há também os chamados Cortes segmentados, 
nos quais o estudioso faz a divisão do corpo em 
segmentos. 
 
Quanto ao método de estudo por Rádio-
imagem, o estudo é feito por meio de imagens. 
 
Os Macro-modelos, são peças que propiciam 
uma imagem semelhante ao corpo humano. 
 
Terminologia anatômica 
 
→Para fins de entendimento entre os diversos 
estudiosos da anatomia em todo mundo, 
produziu-se 
uma linguagem única para a compreensão das 
estruturas, locais específicos, setores, planos, 
cortes e eixos. A esse conjunto de 
nomes/termos, dá se o nome de ‘Terminologia 
Anatômica’. 
 
→A partir do século final do século XIX, pelos 
avanços 
obtidos por esta ciência na Europa, percebeu-se 
a importância de estabelecer um só nome para 
as estruturas, as quais possibilitariam aos 
estudiosos, serem citadas em seus trabalhos e 
serem reconhecidas – Alemanha, França, Itália e 
Inglaterra (DANGELO & FATTINI, 1998). 
 
•Essa falta de padronização, segundo Dangelo & 
Fattini (2007, p. 4), era refletida na exagerada 
quantidade de nomes para as estruturas 
conhecidas naquela época, “[...] mais de 20000 
termos anatômicos chegaram a se 
consignados”. 
 
→Em 1895, na cidade da Basiléia – Suíça, foi 
feita a primeira tentativa de 
uniformização/padronização em torno de uma 
unificação da terminologia. Esta tentativa ficou 
sendo conhecida como Basle Nomina 
Anatômica (B.N.A.). Nos anos seguintes, em 
pleno século XX (1910 e 1930), algumas 
tentativas foram realizadas em torno da 
atualização da BNA, porém, a sua definitiva 
efetivação somente ocorreria no ano de 1933. 
 
→No ano de 1950, em Paris – França, em um 
congresso, ocorre significativos avanços para a 
terminologia, quando, segundo Dangelo & 
Fattini (1998), p. 4) “[...] uma nova Nomina 
anatômica foi aprovada oficialmente sob a sigla 
de P.N.A. (Paris Nomina Anatômica)”. 
 
Após os avanços de Paris, muitas outras 
revisões foram feitas e, hoje, o Comitê 
Federativo Internacional de Anatomia (CFIA) 
mantém um órgão destinado ao estudo e 
apreciação de novas mudanças na terminologia, 
reunindo-se anualmente para a revisão da 
mesma. A tradução paraa língua portuguesa 
(Brasil) é feita pelas comissões de nomenclatura 
da Sociedade Brasileira de anatomia 
 
Divisão do corpo humano 
 
PARTE DO CORPO ESTRUTURAS ENVOLVIDAS 
 
Cabeça: Fronte Orelha 
 Occipital Face 
 Têmpora 
Pescoço Coluna Órgãos 
Tronco Tórax Pelve 
 Abdome Dorso 
Membros Superior: cíngulo do 
membro superior,axila, braço, cotovelo, 
antebraço e mão (carpo, metacarpo, palma, 
dorso da mão, dedos). 
 Inferior: cíngulo do membro 
inferior; nádegas, quadril, coxa, joelho, perna 
(parte posterior – sura), e pé (tarso, calcanhar, 
metatarso, planta, dorso e dedos. 
 
 
Conceitos que influem nos 
estudos anatômicos 
 
NORMAL – Podemos assim definir como 
‘normal’, segundo Dangelo e Fattini (2007, p. 5) 
“ [...] aquilo que é mais freqüente, ou seja, a 
estrutura (incluindo a forma) que se encontra 
mais frequentemente na amostragem de 
indivíduos”. 
 
VARIAÇÃO – Ao nos defrontarmos como 
diferenças morfológicas entre os elementos que 
constituem uma determinada etnia (ou 
conjunto/grupamento de pessoas), aplica-se o 
nome de ‘variação anatômica’. Essas variações 
podem ser observadas, em um exame mais 
apurado ou não da forma externa, ou, nos 
sistemas que compõem o corpo humano 
(internamente). 
 Ressalta-se que na variação, não há um 
prejuízo 
funcional para a pessoa, podendo esta, 
manifestar-se 
visivelmente ou não. Um bom exemplo desta 
variação seria o desvio de uma artéria que em 
determinado cadáver pode se dividir em duas 
ao nível da fossa do cotovelo em outro, pode-se 
dividir na axila. (DANGELO & FATTINI, 1998). 
 
TEMOS UMA PEÇA, MAIS ESPECIFICAMENTE 
DO SISTEMA URINÁRIO, QUE SAINDO DO RIM O 
URETER SE DIVIDE EM DOIS, ENQUANTO O 
NORMAL E SER APENAS UM CANAL. 
 
ANOMALIA – Em relação à Anomalia, entende-
se que neste tipo ocorrem modificações 
morfológicas, nas quais, existe uma perturbação 
funcional. Para Dangelo & Fattini (2007), as 
anomalias podem ser classificadas como 
congênitas ou adquiridas (Lábio leporino, fenda 
palatina, dedos supranumerários...). 
 
• A ANOMALIA PODE SER CONGÊNITA OU 
ADQUIRIDA 
 
MONSTRUOSIDADE – Caso a anomalia seja 
muito acentuada, imprimindo no ser (na 
construção do seu corpo), sendo então 
incompatível com a vida, denomina-se 
Monstruosidade. Um grande exemplo desta 
classificação é a agenesia do encéfalo. 
 
Fatores que interferem na 
variação 
 
Há também fatores que devem ser 
considerados 
quando no estudo das variações existentes, 
pois, ao longo da vida, um conjunto de 
características vão sendo impressas no corpo 
humano devido ao tipo de vida, ao sexo, ao 
trabalho, ao tipo de alimentação e até mesmo, 
em relação ao esporte que estes praticam. 
 Dangelo & Fattini (2007) classificam estes 
como: 
 
Fatores gerais de variação anatômica. 
 
 IDADE: Notáveis modificações acontecem ao 
longo da vida do ser humano. 
- Intra-uterina (ovo – 7 dias/ embrião – 2 
meses/ feto – até 9 mês) 
- Extra-uterina (recém-nascido – 1 mês /infante 
– até o final do 2o ano/menino – até o fim do 
10o ano/pré-púbere – até a puberdade) 
- Púbere (dos 12 aos 14 anos – variável) 
- Jovem (até os 21 anos/ feminino e até os 25 
anos/masc.) 
- Adultos (até a menopausa – castração 
fisiológica – 
homens 60 e mulher 50 anos). 
- Velhos (além dos 60 anos) 
 
 SEXO: Caracteres definidores da 
masculinidade ou feminilidade, permitem 
reconhecer as diferenças entre um e outro sexo, 
além dos específicos da esfera genital. 
- Homens: Quantidade de pelos, volume 
muscular, respiração diafragmática. 
- Mulher: quantidade de gordura subcutânea e 
maior e se acumula em regiões específicas do 
corpo delineando formas mais sutis, respiração 
predominante na expansão da parte superior da 
cavidade torácica – respiração costal. 
 
 RAÇA: Denominação atribuída aos diversos 
agrupamentos humanos que possuam 
caracteres físicos comuns. 
- Etnia afro – por meio de pesquisas, permite-se 
afirmar que o resultado de uma intervenção 
cirúrgica nesta etnia está mais propensa a 
formação de quelóides do que nas outras. 
 
 BIÓTIPO: Conjunto de características 
herdadas, 
bem como também os adquiridos em função do 
meio em que se vive. 
- Longilíneos – indivíduos magros, em geral 
altos, pescoço longo, tórax achatado, membros 
longos.... 
- Mediolíneos - apresentam características 
intermediárias entre os longilíneos e os 
brevilíneos; 
- Brevilíneos – são indivíduos baixos, pescoço e 
membros curto. 
 
 EVOLUÇÃO: São modificações morfológicas 
que 
se dão em função das evoluções propiciadas 
pelos avanços na área da saúde, esporte, 
alimentação... 
- Tenistas; 
- Nadadores; 
- Fisiculturistas;

Continue navegando