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adaptações fisiológicas do RN ao nascer/ escalas de avaliação de vitalidade do recém nascido / Alojamento Conjunto / Sala de Parto

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MÓDULO 08 – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
EUGENIO DA SILVA TAQUES NETO – MEDICINA UNIC XXXI 
PROBLEMA 01 – Alegria de muitos... 
 Objetivos 
I. Compreender as mudanças e adaptações fisiológicas do RN ao nascer. (Cardiopulmonar, Térmica) 
II. Entender as escalas de avaliação de vitalidade e IG, e sua importância para a classificação do RN. 
III. Estudar o fluxograma de atendimento ao RN na sala de parto. 
IV. Entender o que é e como funciona o Alojamento Conjunto. 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
 Objetivo I - Compreender as mudanças e adaptações fisiológicas do RN ao nascer. 
Os eventos que constituem marcos da transição da vida intrauterina para extrauterina são: 
a) Adaptações Cardiopulmonares: Transformação de um pulmão cheio de líquido em um órgão aerado 
capaz de realizar trocas gasosas, bem como o estabelecimento da circulação tipo Adulto. 
b) Adaptações Térmicas: Passagem do feto de um ambiente de estabilidade térmica, para o ambiente (de 
temperatura inferior). 
c) Adaptações Metabólicas 
 ADAPTAÇÃO PULMONAR 
-Com a primeira respiração uma série de eventos são desencadeados: Conversão da circulação fetal para a do 
tipo Adulto, esvaziamento do líquido pulmonar, estabelecimento do volume pulmonar e das características da 
circulação pulmonar. 
-Os movimentos respiratórios passam de um padrão intermitente (Feto) para um contínuo (RN), devido, 
possivelmente, a fatores que interagem sobre o centro respiratório 
 como: 
a) Estímulos Neurossensoriais: Frio, luz, ruído, gravidade, dor 
b) Gra u discreto de Asfixia: Hipóxia, hipercapnia, acidose respiratória 
c) Estiramento pulmonar 
-Com a primeira respiração há um aumento abrupto da expansão pulmonar, estimulo a receptores de 
estiramento pulmonar que levam a diminuição da resistência vascular pulmonar e aumento do fluxo sanguíneo 
pulmonar. 
-O RN pode gerar com a 1ªrespiração uma pressão negativa de -0 a -100cmH20 (necessário -40cmH20) 
 
-Frequência respiratória: 
I. Primeiros 10min: 24 a 106irpm – média 60 
II. Primeiras 6h: 40irpm 
-Eliminação do Líquido Pulmonar (é Produzido pelo pulmão e depositado nos alvéolos) 
 Ocorre por meio: 
I. Gradiente transepitelial na [ ] de proteínas: Faz com que a direção do líquido seja do alvéolo para o 
interstício. 
II. Insuflação pulmonar: Promove aumento da pressão transpulmonar, direcionando o líquido do alvéolo 
para o interstício. 
III. Aumento do fluxo sanguíneo pulmonar e diminuição da resistência vascular: Favorece captação do 
líquido pelo leito vascular. 
IV. Presença de níveis elevados de Epinefrina: Promove a inibição da secreção e favorecimento da absorção 
do líquido. 
MÓDULO 08 – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
EUGENIO DA SILVA TAQUES NETO – MEDICINA UNIC XXXI 
-A eliminação de fluídos e volume pulmonar se estabilizam de 2 a 4 horas após o nascimento. 
 
 ADAPTAÇÃO CARDIOVASCULAR 
1. Circulação fetal: Não é preciso que o coração bombeie muito sangue para os pulmões e fígado, entretanto é 
necessário que ele bombeie bastante sangue para a placenta 
- Sangue que retorna da placenta para a veia umbilical atravessa o DUCTO VENOSO (deixando o fígado fora do 
circuito) 
-Grande parte do sangue que entra no átrio direito proveniente da veia cava inferior é direcionada diretamente 
para a parte posterior do átrio direito e através do FORAME OVAL para o átrio esquerdo. (sangue oxigenado 
entra “basicamente” no lado esquerdo do coração, de onde é bombeado em sua maior parte para artérias da 
cabeça e membro superior. 
- O sangue que entra no AD -> Veia cava superior -> VD (sangue desoxigenado) -> A. pulmonar -> DUCTO 
ARTERIOSO -> Aorta descendente ->Artérias umbilicais -> Placenta (onde o sangue é oxigendo). 
->ALTERAÇÕES AO NASCIMENTO 
1. Fechamento do Forame Oval 
A baixa pressão atrial direita e alta pressão atrial esquerda, que ocorrem 
secundariamente a redução da resistência vascular pulmonar e aumento da 
resistência vascular sistêmica fazem com que o sangue tente fluir de volta 
através do forame oval (AE -> AD) 
Como consequência a válvula que repousa sobre o FORAME OVAL se fecha. 
2. Fechamento do Ducto arterioso 
A resistência sistêmica elevada aumenta a pressão aórtica, enquanto a 
menor resistência pulmonar diminui a pressão arterial pulmonar. Com isso 
o sangue começa a fluir de volta (Aorta ->Pulmonar), nesse período devido 
a ação de prostaglandinas e maior Oxigenação do sangue o DUCTO 
ARTERIOSO se fecha. 
3. Fechamento do Ducto Venoso 
O fluxo de sangue pela veia umbilical cessa, contudo o fluxo pelo DUCTO 
VENOSO continua, em 1 a 3 horas a parede muscular do ducto venoso se contrai fortemente e fecha essa via de 
fluxo. Consequentemente, a pressão venosa porta aumenta fazendo com que o sangue passe a fluir pelos 
sinusoides hepáticos. 
 
 ADAPTAÇÃO METABÓLICA 
Principais: Hipóxia, Hipoglicemia e Hipotermia. 
1) Metabolismo da Glicose: Com o nascimento ocorre brusca interrupção no fornecimento de glicose, o 
RN usa inicialmente reservas de Glicogênio Hepático para suprir suas necessidades. 
2) Metabolismo de Cálcio: Para manter a homeostase do metabolismo de cálcio, após a cessação do 
fornecimento de cálcio (pela mãe) e oferta escassa de alimento após o nascimento o RN diminui a 
taxa de mineralização e reabsorção óssea evitando a queda nos níveis de cálcio sérico. 
 ADAPTAÇÃO TÉRMICA 
Durante a vida intrauterina o feto produz calor, derivado de seu intenso metabolismo, após o nascimento o RN passa 
a perder calor para o meio, para combater isso usa o choro e a movimentação ativa, além de ocorrer vasoconstrição. 
A tx metabólica pode aumentar de 2 a 3x em decorrência desse processo. 
 ADAPTAÇÃO HEMATOLÓGICA 
Transfusão placentária é determinante no volume sanguíneo nos primeiros dias de vida 
O atraso de até 3min no RN a termo é benéfico 
O RN é deficiente em vit. K (fator coagulante), por isso administra-se essa vitamina após o nascimento, evitando 
assim o aparecimento da doença hemorrágica do RN. 
 ADAPTAÇÃO GASTROINTESTINAL 
MÓDULO 08 – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
EUGENIO DA SILVA TAQUES NETO – MEDICINA UNIC XXXI 
O RN tem que desenvolver capacidades de sucção, deglutição e capacidade digestiva, para adaptar-se a receber 
alimentação enteral que depende de seu próprio esforço. 
 ADAPTAÇÃO RENAL 
 ADAPTAÇÃO COMPORTAMENTAL 
Entre 10 e 60min de vida ocorrem: 
1) Primeiro período de reatividade: intensa atividade, aumento do tono, atitude de alerta 
2) Período não responsivo, ou de sono dura de alguns minutos á 3-4 horas 
3) Segundo período de reatividade 
4) RN encontra-se estável e pronto para iniciar a amamentação 
 
 OBJETIVO II - Entender as escalas de avaliação de vitalidade e IG, e sua importância para a classificação do RN. 
 Escala de Avaliação de Vitalidade 
ESCALA DE APGAR: É um escore de avaliação da vitalidade neonatal precoce, atribui uma pontuação de 0 a 2 para 
os seguintes parâmetros: Respiração, Frequência Cardíaca, Tônus, Resposta reflexa e Cor. Avalia a condição de 
nascimento do RN, sendo rotineiramente realizado no 1º e 5º minuto. 
 
Interpretação: 
1) APGAR do 1ºmin: 
I. APGAR ≥ 7 = Boas condições 
II. APGAR < 7 = Asfixia 
a) Asfixia Moderada = APGAR 0-3 
b) Asfixia Grave = APGAR 4-6 
2) APGAR do 5ºmin: 
I. APGAR ≥ 7 = Curta duração 
II. APGAR < 7 = Longa duração (deve ser calculado com intervalo de 5min, até atingir valor ≥ 7) 
 
 ESCALAS DE AVALIAÇÃO DE IDADE GESTACIONAL 
 DUM – Avalia a idade gestacional tendo como referência a data da última mesntruação 
 Capurro – Deriva-se do método Dubowitz, utiliza 5 (Capurro somático) ou 6 (Capurro somato-
neurológico) características clínicas para determinar a idade gestacional. 
-O escore de Capurro é utilizado para determinar a IG quando as mães desconhecem a data da última 
menstruação(DUM) e não realizaram a ultrassonografia gestacional precoce (até 14 semanas). 
 New Ballard – Formado por 6 características somáticas e 6 neurológicas, é bastante preciso quando 
aplicado entre 12 a 20h após o nascimento, pode ser aplicado em prematuro extremo, requer pouca 
manipulação e sofre pouca influência por depressão neurológica. 
 Dubowitz – Utiliza 11 critérios somáticos e 10 neurológicos para estimar a idade gestacional, pode ser 
realizado até o 5ºdia de vida, sua extensão limita seu emprego na prática clínica 
MÓDULO 08 – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
EUGENIO DA SILVA TAQUES NETO – MEDICINA UNIC XXXI 
 
 
 
 
 
MÓDULO 08 – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
EUGENIO DA SILVA TAQUES NETO – MEDICINA UNIC XXXI 
 OBJETIVO III - Estudar o fluxograma de atendimento ao RN na sala de parto. 
 Anamnese Materna: Avaliação de riscos associados a necessidade de reanimação neonatal 
 Preparo da Sala pra possível reanimação 
 Preparo da equipe 
1. Avaliação da Vitalidade: 
a) Gestação a Termo? 
b) Respirando ou chorando? 
c) Tônus muscular em flexão? 
SIM, RN de Baixo risco. 
2. Colocá-lo junto ao colo da mãe. 
3. Secar o corpo e cabeça com compressas aquecidas (Manutenção da Normotermia). 
4. Deixar em contato pele a pele com a mãe cobrindo com tecido de algodão seco e aquecido. 
5. Manter vias aéreas pérvias, sem flexão/hiperextensão do pescoço; verificar se não há excesso de secreção 
em boca e narinas 
6. Avaliar FC (Com estetoscópio no precórdio), tono e respiração. 
7. Clampear o cordão umbilical entre 1 a 3min depois de sua extração da cavidade uterina. (Benefícios 
hematológicos) 
8. Avaliar retrospectiva da Escala de Apgar 
9. Iniciar amamentação na primeira hora pós-parto 
10. Exame Físico 
Deve ser realizado um exame físico sumário , observando as condições de vitalidade e focalizando 
principalmente o padrão respiratório, a frequência cardíaca, a cor, o tônus e a atividade espontânea. 
(Capurro, Dubowitz, New Ballard...) 
11. Antropometria 
a) PN (Peso ao Nascer) 
b) E (Estatura) 
c) PC (Perímetro cefálico) 
d) Perímetro torácico 
e) Perímetro Abdominal 
12. Profilaxia DHRN (Administração de vit. K) 
13. Profilaxia Doença Gonocócica (Administração de Povidona 2,5%, uma gota em cada olho e uma na vagina 
(fem), Nitrato de prata 1%(método Credé), Eritromicina 0,5% colírio ou Tetraciclina 1% colírio. 
14. Reflexo vermelho (Teste do olhinho) 
15. Coleta de exames 
a) Sorologia ABO e RH 
b) Sorologia Sífilis HIV? 
16. Identificação do RN 
Mediante o registro de sua impressão plantar e digital da impressão digital da mãe. Essa identificação é feita 
no prontuário e nas três vias da Declaração de Nascido Vivo. Pulseiras devem ser colocadas na mãe e no RN, 
contendo o nome da mãe, o registro hospitalar, a data e hora do nascimento e o sexo do RN. 
(Regulamentado pelo Estatuto da criança e do Adolescente). 
17. Prescrição 
Prescrição Médica Inicial: 
− Alojamento conjunto; 
− Aleitamento materno exclusivo e sob livre 
demanda; 
− Vitamina K IM; 
− Vacina de hepatite B IM. 
− Profilaxia da conjuntivite neonatal: povidona 
2,5%, uma gota em cada olho. Outros: 
MÓDULO 08 – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
EUGENIO DA SILVA TAQUES NETO – MEDICINA UNIC XXXI 
nitrato de prata 1% (método Credé), ou 
eritromicina 0,5% colírio ou tetraciclina 
1% colírio. 
18. Classificação do RN (IG, PN, PNxIG, APGAR) 
 
 CLASSIFICAÇÃO DO RN 
1.Classificação quanto a idade Gestacional (IG) 
 
Obs. Utilizar semanas completas 
 Utilizar a DUM se a data for de certeza e se a diferença entre a DUM e a 
estimativa pelo Capurro for menor que 2 semanas 
 Utilizar a idade estimada pelo Capurro: na falta da DUM, quando a DUM for 
duvidosa e quando a diferença entre a DUM e o Capurro for superior a 2 
semanas 
 A idade gestacional estimada pelo método de New Ballard ou Dubowitz é mais 
Fidedigna 
 
2.Classificação quanto ao Peso ao Nascer (PN) 
 
*RN de tamanho excessivamente grande = Macrossômico 
 
3.Classificação pela Idade Gestacional x Peso de Nascimento (Curva de Fenton, 2013 ou Intergrowth, 2014) 
 
OBS. 
 GIG = Grande para idade gestacional. 
 AIG= Adequado para a idade gestacional. 
 PIG= Pequeno para a idade gestacional. 
 CIUR= Crescimento intrauterino restrito. 
 
CLASSIFICAÇÃO (IG, PN, IGxPN. APGAR) 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 08 – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
EUGENIO DA SILVA TAQUES NETO – MEDICINA UNIC XXXI 
 OBJETIVO IV - Entender o que é e como funciona o Alojamento Conjunto. 
 
 ALOJAMENTO CONJUNTO 
 Definição: “É o local em que a mulher e o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanecem 
juntos, em tempo integral, até a alta” 
- possibilita a atenção integral à saúde da mulher e do recém-nascido, por parte do serviço de saúde 
 Vantagens: 
I. Favorece e fortalece o vínculo Pai, Mãe e filho. 
II. Favorece o estabelecimento efetivo do aleitamento materno 
III. Possibilita aos pais e acompanhantes cuidado constantes ao RN 
IV. Fortalece o autocuidado e os cuidados com o RN, a partir de atividades de Educação em saúde.] 
(Cuidados com o RN, Calendário vacinal, higienização...) 
 Destina-se à: 
a) Mulheres clinicamente estáveis e sem contraindicações para permanência junto ao RN 
b) RN clinicamente estáveis, com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico; peso maior a 
1800g e IG maior ou igual a 34sem 
c) RN com acometimentos sem gravidade, como por exemplo: icterícia, necessitando de fototerapia, 
malformações menores, investigação de infecções congênitas sem acometimento clínico, com ou sem 
microcefalia; 
d) RN em complementação de antibioticoterapia para tratamento de sífilis ou sepse neonatal após 
estabilização clínica na UTI ou UCI neonatal. 
 Deve ser composto por: Enfermagem, Pediatria e Obstetrícia. 
 É recomendada permanência mínima de 24h.

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