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SEMIOLOGIA PEDIATRICA LAÍS CRISTINA – CURSO DE MEDICINA (Aula + porto) Puericultura é o acompanhamento da criança que não apresenta comorbidade. Com o intuito da promoção de saúde Atuação não apenas em queixas agudas, mas também na prevenção e promoção de saúde Importância do acompanhante e cuidador do paciente. Grande variação de perfil do paciente, do recém nascido ao adolescente. Na maioria das vezes o paciente não é o informante Examinar uma criança envolve cuidado, conhecimento e arte Empatia e respeito pelos familiares ANAMNESEANAMNESE A suspeita diagnóstica deve ser levantada logo na anamnese História detalhada Abrange toda evolução da vida, até o momento da consulta IDENTIFICAÇÃO Nome Idade/ data de nascimento Naturalidade e procedência Escolaridade Religião dos pais Nome dos pais Ocupação dos pais QUEIXA PRINCIPAL Em casos de puericultura, deve introduzir “Consulta de rotina” como queixa principal HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL Linguagem técnica Organização cronológica dos fatos Detalhamento dos sinais e sintomas referidos História confusa deve ajudar o informante a organizar o pensamento. Descrever consulta de rotina quando ocorrer Descrever dúvidas maternas quando ocorrer (pode ser no interrogatório sistemático) ANTECEDENTES PATOLÓGICOS Diagnóstico de doença Alergias Internamento Realização de transfusão Realização de cirurgias Uso de antibióticos ANTECEDENTES GESTACIONAIS Como foi a programação da gestação Gravidez, Parto e Aborto Como foi o pré natal Intercorrência gestacional Uso de medicamentos e suplementações materna Consanguinidade entre os pais ANTECEDENTES PERINATAIS Local e tempo gestacional em que nasceu o RN pré termo < 37 semanas o RN termo 37 – 42 semanas o Pós termo > 42 semanas Apgar 7/9 (normal) Via de parto Intercorrências (diabetes gestacional, infecção urinária poucos dias antes do parto) Sorologias da mãe Peso, comprimento, perímetro cefálico Tipo sanguíneo da criança e da genitora Amamentação na primeira hora de vida Teste de triagem neonatal (teste do olhinho, orelhinha e coraçãozinho) Tempo de alta da maternidade ANTECEDENTES FAMILIARES Lembrar rinites, alergias, problemas psiquiátricos e enxaquecas ANTECEDENTES ALIMENTARES Tempo de amamentação Introdução alimentar Uso de outros leites História de alergias/intolerâncias alimentares Interrogatório alimentar HISTÓRICO DO NEURODESENVOLVIMENTO Os valores de referência estão na caderneta da saúde da criança Marcos do desenvolvimento (usar até os 6 anos de idade) Dados sobre o dono Uso de mamadeiras e chupetas Uso de telas Controle do esfíncter Escola e rendimento escolar Atividades de lazer e exercício físico ANTECEDENTES SOCIAIS E HABITOS DE VIDA Cuidadores Tipo de habitação e renda familiar Realização de atividade física Exposição a cigarro Animais de estimação SUPERVISÃO DE SAÚDE Vacinas Dentista Oftalmologista Exames periódicos Uso de antiparasitário INTERROGATORIO SISTEMÁTICO Questionar sobre os segmentos corporais Ritmo intestinal e característica das fezes Queixa sobre desenvolvimento Alterações musculoesquelética EXAME FÍSICO Conversar com a criança antes e durante o exame Exame do paciente que chora: Iniciar ausculta ainda no colo da genitora Ouvido e garganta ao fim da consulta ASPECTO GERAL/ INSPEÇÃO Ectoscopia – estado geral, cor da pele, turgor, descamação, manchas, equimoses, hematomas, lesões. Cuidado e higiene do paciente Coloração – icterícia; cianose Fácies típicas X atípicas DADOS VITAIS Temperatura em graus Celsius Frequência cardíaca Pressão arterial (idealmente sempre, obrigatório em patologias e maiores de 3 anos) Frequência respiratória MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS PESO Até 15 kg em balanças pediátricas Paciente sem roupa e sem fralda Ganho de peso: 4 a 5 dias de vida ocorre perda fisiológica de 3 – 10% do peso O peso se recupera em torno do décimo dia de vida Ritmo de ganho de peso: Primeiro trimestre – 25 a 35 g/dia Segundo trimestre – 15 – 25 g/dia Terceiro e quarto trimestre – 5 a 15 mg/dia Peso do nascimento dobra com 5 – 6 meses e triplica aos 12 meses Aos 5 anos – dobra o peso em relação aos 12 meses ESTATURA Menores de 2 anos – usar estadiômetro Cálculo de estatura alvo: Ganho de estatura o Primeiro ano de vida – 25 cm (50% da estatura ao nascer) o Segundo ano de vida – 12,5 cm o Terceiro ano de vida – 9 cm o 6cm/ ano até a puberdade PERÍMETRO CEFÁLICO Usar fita métrica Envolver a fronte (glabela) e protuberância occipital Não abranger as orelhas Aumento do perímetro cefálico o Primeiro ano de vida em torno de 12 cm o Primeiro mês em torno de 3 – 4 cm e depois 1 cm por mês até 6 meses o Segundo semestre – 1/2 cm/ mês CABEÇA E PESCOÇO Forma do crânio Palpação das fontanelas o Anterior (bregmática) – 1 ano e 6 meses - e posterior (lambdoide) – 6 meses. Olhos – reflexo vermelho Orelha – otoscopia o Mal formação em orelha deve ser solicitado exame de rim e vias urinárias o Sinais pré auricular ou Coloboma auris Boca – oroscopia o Avaliar freios/frênulos linguais (principalmente recém nascido) o Dentes e estado de conservação dos dentes o Malformações o Alterações patológicas como aftas e monilíase Nariz Palpação de linfonodos o Cervicais, submandibulares, supraclaviculares Palpação da tireoide TÓRAX E APARELHO RESPIRATÓRIO Inspeção o Abaulamentos, retrações, sinais de esforço respiratório Palpação o Frêmito tóraco vocal, palpação de costelas Percussão o Som pulmonar Ausculta o Ausculta respiratória anterior e posterior o Ausculta da inspiração (choro) APARELHO CARDIOVASCULAR Inspeção o Ictus visivel; impulsivo – palpavel na lonha hemiclavicular esquerda no 3º espaço intercostal Palpação o Palpar localização do ictus, palpar frêmitos, se presente o Palpar pulsos Ausculta o Ausculta das bulhas cardíacas – descrever sopros com referência na borda esternal. o “Sopro sistolico em borda esternal esquerda/direita” Aferir pressão arterial – o manguito deve ser adequado ao tamanho de criança o O valor de referência deve ser de acordo com a tabela ABDOME Inspeção o Cicatriz umbilical (hérnias/secreções) o Forma e abaulamentos Ausculta o Ruídos hidroaéreos o Sopros arteriais Percussão o Timpanismo X macicez Palpação o Com as mãos ou com os dedos o Massas e visceromegalias o Sinais de irrigação peritoneal o Dor o Palpar a loja renal – normalmente o rim não é palpavel o Palpação na criança que chora – aproveitar a inspiração onde há um leve relaxamento da musculatura para palpar. APARELHO GENITOURINÁRIO Aspecto da genitália o Típica masculina ou feminina ou genitália ambígua (não consegue diferir o sexo pela genitália) o Presença de testículos o Presença de fimose ou sinéquia – em casos de fimose, após 2 anos, é indicado o uso de pomadas. o Presença de hérnia – não confundir com hidrocele (neste caso, apenas o testiculo está aumentado, fazer o teste com a lanterna) Estado puberal Palpação dos linfonodos ESTAGIOS DE TANNER Crianças em fase puberal APARELHO OSTEOMIOARTICULAR Forma dos pés e mãos Simetria entre membros Coluna – observar desvios; mielomeningoceles ocultas Manobras de Barlow e Ortolani em RN: o Barlow: teste provocativo realizado com os quadris e joelhos dos recém nascidos fletidos. Seguram-seas pernas gentilmente, com coxas em adução e o examinador aplica uma força no sentido posterior. A manobra é positiva quando o quadril é luxável. o Ortolani: Realização da abdução do quadril enquanto move anteriormente o grande trocanter com dois dedos. Manobra positiva quando a cabeça do fêmur luxada retorna ao acetábulo. NEUROLÓGICO Atenção aos reflexos primitivos nos recem nascidos o Moro – Pode ser observado até 5 – 6 meses de vida. Ao receber um estímulo (som ou movimento súbito), o RN arqueia para trás e os braços e as mãos se abrem, simulando um abraço. o Tonico cervical – pode ser observado até os 3 meses. Rotação da cabeça para o lado com consequente extensão do membro superior e inferior do lado facial e flexão dos membros contralaterias. o Preensão palmar e plantar Identificar hipertonias, hipotonias, movimentos anormais Avaliar marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com a faixa etária – Caderneta de Saúde da Criança
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