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INSPETOR DE SOLDAGEM INSPETOR DE SOLDAGEM FIEB Federação das IndústrIas do estado da BahIa José de Freitas Mascarenhas Presidente dIretorIa executIva roberto Musser diretor-executivo dIretorIa regIonal Leone Peter da siLva andrade diretor regional dIretorIa de ensIno Maria inês de Jesus Ferreira diretora CNI conFederação nacIonal da IndústrIa robson braga de andrade Presidente dIretorIa de educação e tecnologIa raFaeL esMeraLdo Lucchesi raMacciotti diretor de educação e tecnologia SENAI servIço nacIonal de aPrendIZageM IndustrIal conselho nacIonal robson braga de andrade Presidente dePartaMento nacIonal raFaeL esMeraLdo Lucchesi raMacciotti diretor-geral gustavo LeaL saLes FiLho diretor de operações regina Maria de FátiMa torres diretora associada de educação Profissional FIEMG Federação das IndústrIas do estado de MInas geraIs oLavo Machado Jr. Presidente dIretorIa regIonal Lúcio José de Figueiredo saMPaio diretor regional dIretorIa de unIdade alvIMar carneIro de reZende gerson WiLson Freitas gonçaLves diretor FIRJAN Federação das IndústrIas do estado do rIo de JaneIro eduardo eugenio gouvêa vieira Presidente dIretorIa-geral augusto cesar Franco de aLencar diretor-geral dIretorIa regIonal Maria Lúcia teLLes diretora regional dIretorIa de educação andréa Marinho de souza Franco diretora Rio de Janeiro 2012 INSPETOR DE SOLDAGEM SENAI-RJ GEP Gerência de Educação Profissional Rua Mariz e Barros, 678 – Tijuca 20270-903 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2587-1223 Fax: (21) 2254-2884 mdigep@firjan.org.br www.firjan.org.br Inspetor de Soldagem © 2012 – SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Inspetor de soldagem Publicação em consonância com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2008 SENAI-BA CIMATEC Núcleo de Soldagem, Inspeção e Materiais Av. Orlando Gomes, 1.845 – Piatã 41650-010 – Salvador – BA Tel.: (71) 3462-9500 Fax: (71) 3462-9592 cimatec@fieb.org.br www.senai.fieb.org.br SENAI-MG CFP Alvimar Carneiro de Rezende Via Sócrates Mariani Bitencourt, 711 Bairro Cinco 32010-010 – Contagem – MG Tel: (31) 3352-2384 Fax: (31) 3391-4022 cfp-acr@fiemg.com.br www.fiemg.com.br S474i SENAI-BA Cimatec Inspetor de Soldagem / SENAI-BA/SENAI-MG/SENAI-RJ Rio de Janeiro: 2012. 440 p.: il. 1.Soldagem 2. Inspetor de Soldagem I. Título CDD 671.52 FIChA CATALOGRáFICA Sumário Este curso tem treze capítulos Capítulo 1 terminologia da Soldagem Capítulo 2 Simbologia da Soldagem Capítulo 3 processos de Fabricação Capítulo 4 Consumíveis de Soldagem Capítulo 5 Metalurgia da Soldagem Capítulo 6 tensões Residuais e Deformações Capítulo 7 Metais de Base Capítulo 8 Ensaios Mecânicos e Metalográficos Capítulo 9 Ensaios Não Destrutivos Capítulo 10 Normas e Qualificação em Soldagem Capítulo 11 Instrumental e técnicas de Medidas Capítulo 12 Documentos técnicos aplicados à Soldagem Capítulo 13 Segurança na Soldagem 9 11 11 40 57 57 83 87 87 88 92 104 105 155 155 apresentação Capítulo 1 terminologia da Soldagem a Importância das terminologias da Soldagem terminologia de Descontinuidades Capítulo 2 Simbologia da Soldagem Significado da Simbologia Simbologia de Ensaios Não Destrutivos Capítulo 3 processos de Fabricação o que é Fabricação Fundição Conformação Mecânica processos de usinagem processos de Soldagem Capítulo 4 Consumíveis de Soldagem Função e Classificação dos Consumíveis Eletrodos Revestidos Gases de proteção Inspeção de Recebimento de Consumíveis de Soldagem armazenamento, Manuseio e tratamento de Consumíveis Capítulo 5 Metalurgia da Soldagem Estruturas Cristalinas ligas Metálicas Difusão Nucleação e Crescimento de Grãos Diagrama de Fase Ferro – Fe3C Curvas ttt (transformação, tempo, temperatura) Diagramas de transformação por Resfriamento Contínuo (tRC) aspectos térmicos da Soldagem transformações associadas à Fusão Solidificação da Zona Fundida pré-aquecimento pós-aquecimento trincas Induzidas pelo Hidrogênio (Fissuração a Frio) Decoesão lamelar (Fissuração lamelar) Fissuração a Quente tensões Residuais e Deformações em Soldagem tratamentos térmicos particularidades Inerentes aos aços-Carbono particularidades Inerentes aos aços de Baixa liga e de Média liga particularidades Inerentes aos aços de alta liga Diagrama de Schaeffler Capítulo 6 tensões Residuais e Deformações Deformações e tensões Razões das Deformações Deformações em Juntas Soldadas tipos de Deformações 158 186 188 193 197 197 200 201 202 203 205 209 210 216 219 221 222 222 226 228 229 233 235 237 240 242 247 247 248 250 254 prevenção e Controle de Deformação planejamento da Sequência de Soldagem de Equipamentos Correção da Deformação Capítulo 7 Metais de Base Noções sobre Especificações aStM Relativas a Metais de Base Noções sobre Classificação aISI para aços Inoxidáveis Diferença entre Classificação e Especificação Capítulo 8 Ensaios Mecânicos e Metalográficos Ensaios Mecânicos Ensaio de tração Ensaio de Impacto Ensaio de Dobramento Ensaio de Dureza Metalografia Capítulo 9 Ensaios Não Destrutivos Definição Ensaio Visual Ensaio por líquido penetrante teste por pontos e teste Magnético Ensaio de Estanqueidade Ensaio Radiográfico Ensaio por partículas Magnéticas Ensaio por ultrassom Capítulo 10 Normas e Qualificação em Soldagem Normalização Normas na Soldagem Qualificação X Certificação 261 267 269 275 275 280 281 285 285 287 292 296 300 312 321 321 321 324 327 330 335 344 352 357 357 358 364 365 365 367 370 371 373 374 380 384 391 393 393 395 396 397 398 398 403 403 404 419 419 419 423 426 431 432 437 Capítulo 11 Instrumental e técnicas de Medidas pirômetro de Contato lápis de Fusão Registradores de temperatura termopar Gabaritos para Verificações Dimensionais Instrumentos Especiais para Chanfros e Soldas trena paquímetro Goniômetro Clinômetro amperímetro Voltímetro Manômetro Regulador de pressão pirômetro a laser algarismos Significativos Capítulo 12 Documentos técnicos aplicados à Soldagem Sistema da Qualidade Documentos do Sistema da Qualidade aplicáveis à Soldagem Capítulo 13 Segurança na Soldagem Risco nas operações Fatores de Risco em operações de Soldagem e Corte ambiente de Soldagem Equipamentos de proteção Individual Equipamentos de proteção Respiratória Cuidados Específicos Referências INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ APRESENTAçãO SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 9 V apresentação ocê está recebendo o caderno que contém a parte teórica do curso de Inspetor de Soldagem. O outro livro da coleção traz a parte prática do curso, com procedimentos e instruções para sua realização. O estudo destas informações é imprescindível para seu desenvolvimento nessa função; para isso, elas foram organizadas em capítulos que abordam a terminologia e a simbologia da soldagem, o processo de fabricação, os consumíveis, a metalurgia da soldagem, suas tensões e deformações, os metais, os ensaios, as qualificações, o instrumental e as medições, os documentos e aspectos da segurança na prática da soldagem. Para que seu estudo tenha o maior êxito, você deve acompanhar com atenção as explicações do seu professor e seguir as orientações indicadas neste caderno. A qualidade de sua profissionalização depende de sua dedicação; ao mesmo tempo, garante exatidão nos resultados obtidos. Esperamos que este material ajude vocêa alcançar sua realização profissional, contribuindo para torná-lo um inspetor competente e reconhecido. Crescimento profissional somente com aprendizado adequado Para não esquecer... anote sempre INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 11 CAPÍTULO 1 Terminologia da Soldagem 1.1 A Importância das Terminologias da Soldagem Terminologia da soldagem são conjuntos de palavras com signi- ficados técnicos precisos. Alguns deles são mais restritos do que aqueles usados na linguagem coloquial. Ao estudar este módu- lo, você deve tornar-se apto a: Este é o conteúdo do Capítulo 1 A Importância das Terminologias da Soldagem Terminologia de Descontinuidades 1 Reconhecer os termos de soldagem corretos e usuais. 2 Identificar os vários tipos de juntas. 3 Identificar os vários tipos de soldas. 4 Identificar os vários tipos de chanfros. 5 Identificar as várias zonas da junta soldada. 6 Identificar as várias posições de soldagem. 7 Reconhecer os termos de descontinuidades. 8 Identificar os vários tipos de descontinuidades. Fique Esperto INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 12 Na Tabela 1 estão listadas as abreviações das designações dos principais processos de solda- gem, conforme estabelecido na norma AWS A3.0 e sua correspondência na língua portuguesa. Designação abreviada dos processos de soldagem AWS A3.0-94 TABELA 1 DESIgnAçãO AWS PROCESSOS DE SOLDAgEm A terminologia apresentada a seguir é baseada na norma AWS A3.0 – Standard Welding Terms and Definitions e na norma Petrobras N-1438 – Soldagem. Foram selecionados destas normas os termos principais para aplicação do inspetor de soldagem. Esses termos foram organizados em ordem alfabética, constando, sempre que aplicável, o seu correspondente na língua inglesa colocado entre parênteses. O conhecimento dos termos na língua inglesa é importante para o profissional da área, pois eles fazem parte da comuni- cação rotineira. ABERTURA DA RAIz (root opening ) Mínima distância que separa os componentes a serem unidos por soldagem ou processos afins (Figura 1). ACOPLADEIRA Maquinário empregado geralmente nas operações de montagem de componentes a serem soldados. ALICATE DE ELETRODO (electrode holder ) Dispositivo para prender mecanicamente o eletrodo enquanto conduz corrente através dele. ÂngULO DO BISEL (bevel angle ) Ângulo formado entre a borda preparada do componente e um plano perpendicular à super- fície do componente (Figura 1). EGW ESW FCAW GMAW GTAW OAW OFW PAW RW SAW SMAW SW Eletrogas Welding Eletroslag Welding Fluxcored Arc Welding Gas Metal Arc Welding Gas Tungsten Arc Welding Oxyacetylene Welding Oxyfuel Gas Welding Plasma Arc Welding Resistance Welding Submerged Arc Welding Shielded Metal Arc Welding Stud Welding Soldagem por eletrogás Soldagem por eletroescória Soldagem com arame tubular Soldagem MIG/MAG Soldagem TIG Soldagem oxiacetilênica Soldagem a gás Soldagem a plasma Soldagem por resistência elétrica Soldagem a arco submerso Soldagem com eletrodo revestido Solda de pino FONTE: AWS, 1998 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 13 Abertura da raiz, ângulo do bisel e ângulo do chanfro FIgURA 1 ÂngULO DO ChAnFRO (groove angle ) Ângulo integral entre as bordas preparadas dos componentes (Figura 1). ÂngULO DE DESLOCAmEnTO OU DE InCLInAçãO DO ELETRODO (travel angle ) Ângulo formado entre uma reta de referência, perpendicular ao eixo da solda, no plano co- mum ao eixo da solda e ao eixo do eletrodo (Figura 2 A, B, C). ÂngULO DE TRABALhO (work angle ) Ângulo formado entre o eixo do eletrodo e a reta de referência normal (perpendicular) à su- perfície do metal de base (Figura 2 A, B e C). ARAmE Ver definição de eletrodo nu. ARAmE TUBULAR Ver definição de eletrodo tubular. ALmA DO ELETRODO (core electrode) Eletrodo nu componente do eletrodo revestido. BISEL (bevel ) Borda do componente a ser soldado preparado na forma angular (Figura 1). BRASAgEm (brazing, soldering ) Processo de união de materiais em que apenas o metal de adição sofre fusão, ou seja, o me- tal de base não participa da zona fundida. Após fundir-se, o metal de adição se distribui por capilaridade na fresta formada pelas superfícies da junta. FONTE: PETROBRAS N-1438 REv. D, 2003 A BÂngulo do chanfro Ângulo do Bisel Abertura da raiz Bisel Abertura da raiz Raio do chanfro Bisel Ângulo do Bisel Ângulo do chanfro IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 14 Ângulo de deslocamento (ou de inclinação do eletrodo) e ângulo de trabalho FIgURA 2 FONTE: AWS, 1998 A B C Ângulo de trabalho Ângulo de deslocamento Eixo da solda Ângulo de Trabalho Ângulo de deslocamento Eixo da solda Linha de centro do tubo Vertical Eixo do eletrodo Ângulo de deslocamento Ângulo de trabalho Linha de tangência IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 15 Camada, cordão de solda ou passe de solda e sequência de passes FIgURA 3 FONTE: AWS, 1998 A B CAmADA (layer ) Deposição de um ou mais passes consecutivos situados aproximadamente num mesmo pla- no (Figura 3). CERTIFICADO DE qUALIFICAçãO DE SOLDADOR (welder certification ) Documento escrito certificando que o soldador executa soldas de acordo com padrões pre- estabelecidos. ChAnFRO (groove) Abertura ou sulco na superfície de uma peça ou entre dois componentes que determina o es- paço para conter a solda. Os principais tipos de chanfros são (Figura 4): Chanfro em J (single-J-groove) Chanfro em duplo J (double-J-groove) Chanfro em U (single-U-groove) Chanfro em duplo U (double-U-groove) Chanfro em V (single-V-groove) Chanfro em X (double-V-groove) Chanfro em meio V (single-bevel-groove) Chanfro em K (double-bevel-groove) Chanfro reto, ou sem chanfro (Square-groove) Cordão de solda e passe de solda Cordão de solda e passe de solda Camadas Camadas IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 16 Tipos de Chanfros FIgURA 4 FONTE: AWS, 1998 Chanfro em J (single-J-groove) Chanfro em U (single-U-groove) Chanfro em V (single-V-groove) Chanfro em meio V (single-bevel-groove) Chanfro reto, ou sem chanfro (Square-groove) Chanfro em duplo J (double-J-groove) Chanfro em duplo U (double-U-groove) Chanfro em X (double-V-groove) Chanfro em K (double-bevel-groove) IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 17 COBRE jUnTA (backing ) Material (metal de base, solda, material granulado, cobre ou carvão) colocado na raiz da junta a ser soldada, com a finalidade de suportar o metal fundido durante a execução da soldagem. COnSUmÍvEL Material empregado na deposição ou proteção da solda, como: eletrodo, vareta, arame, anel consumível, gás e fluxo. CORDãO DE SOLDA (weld bead ) Depósito de solda resultante de um passe (Figura 3). CORTE COm ELETRODO DE CARvãO (carbon arc cutting ) Processo de corte a arco elétrico no qual metais são separados por fusão devido ao calor ge- rado pelo arco voltaico formado entre um eletrodo de grafite e o metal de base. EFICIênCIA DE jUnTA (joint efficiency ) Relação entre a resistência de uma junta soldada e a resistência do metal de base. ELETRODO DE CARvãO (carbon electrode) Eletrodo usado em corte ou soldagem a arco elétrico; consiste em uma vareta de carbono ou grafite que pode ser revestida com cobre ou outros revestimentos. Mandou bem! DImEnSãO DA SOLDA (size of weld) Para solda em chanfro, é a penetração da junta (profundidade do bisel mais a penetração da raiz, quando esta é especificada). A dimensão de uma solda em chanfro e a garganta efetivadesse tipo de solda são a mesma coisa. Para solda em ângulo, veja a Figura 10. Para soldas em ângulo de pernas iguais, é o comprimento dos catetos do maior triângulo retângulo isósceles que pode ser inscrito na seção transversal da solda. Para soldas em ângulo de pernas desiguais, é o comprimento dos catetos do maior triângulo retângulo que pode ser inscrito na seção transversal da solda. INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 18 ELETRODO nU (bare electrode ) Metal de adição; consiste em metal ligado ou não, em forma de arame, tira ou barra, sem qual- quer revestimento ou pintura além daquele concomitante à sua fabricação ou preservação. ELETRODO REvESTIDO (covered electrode ) Metal de adição composto; consiste de uma alma de eletrodo na qual é aplicado um revesti- mento suficiente para produzir uma camada de escória no metal de solda. Esse revestimento pode conter materiais que formam uma atmosfera protetora, desoxidam o banho, estabilizam o arco e servem de fonte de adições metálicas à solda. ELETRODO PARA SOLDA A ARCO (arc welding electrode ) Componente do circuito de solda pelo qual a corrente é conduzida entre o alicate de eletro- do e o arco. ELETRODO TUBULAR (flux cored electrode, metal cored electrode ) Metal de adição composto; consiste de um tubo de metal ou outra configuração com cavida- de interna; contém produtos que formam atmosfera protetora, desoxidam o banho, estabili- zam o arco, formam escória ou que contribuem com elementos de liga para o metal de sol- da. Pode ser usada (ou não) proteção adicional externa. ELETRODO DE TUngSTênIO (tungsten electrode ) Eletrodo metálico usado em soldagem ou corte a arco elétrico, feito principalmente de tungstênio. EqUIPAmEnTO (weldment ) Produto da fabricação, construção e/ou montagem soldada, tais como equipamentos de cal- deiraria, tubulação, estruturas metálicas, oleodutos e gasodutos. ESCAmA DE SOLDA (stringer bead, weave bead ) Aspecto da face da solda semelhante a escamas de peixe. Em deposição sem oscilação trans- versal (stringer bead), é semelhante a uma fileira de letras V; em deposição com oscilação transversal (weave bead), assemelha-se a escamas entrelaçadas (Figura 5). FACE DA RAIz (root face ) Porção da face do chanfro adjacente à raiz da junta (Figura 6). FACE DA SOLDA (face of weld ) Superfície exposta da solda, pelo lado por onde a solda foi executada (Figura 8). FACE DE FUSãO (fusion face ) Superfície do metal de base que será fundida na soldagem (Figura 7). FACE DO ChAnFRO (groove face ) Superfície de um componente preparada para conter a solda (Figura 6). INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 19 Escamas de solda, passe estreito e passe oscilante Face da raiz e face do chanfro FIgURA 5 FIgURA 6 FONTE: FBTS, 2003 A B FONTE: AWS, 1998 Face do chanfro Face da raiz Face do chanfro Face da raiz Deslocamento do eletrodo Deslocamento do eletrodo IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 20 Face da solda, margem da solda, reforço da solda e raiz da solda FIgURA 8 A B Face de fusão, zona de ligação e zona de fusão FIgURA 7 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 Área do metal de solda Profundidade de fusão Face de fusão Zona de fusão Metal de base Interface da solda Face da soldaRaiz da solda Zona afetada pelo calor Margem da solda Margem da soldaFace da solda Reforço da solda Reforço da raiz IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 21 FLUxO (flux ) Material usado para prevenir, dissolver ou facilitar a remoção de óxidos e outras substâncias superficiais indesejáveis. gABARITO DE SOLDA (weld gage) Dispositivo para verificar a forma e a dimensão das soldas. gARgAnTA EFETIvA (effective throat ) Distância mínima da raiz da solda à sua face menos qualquer reforço (Figuras 9 e 10). gARgAnTA DE SOLDA (throat of a fillet weld ) Dimensão em uma solda em ângulo determinada de três modos: Teórica – altura do maior triângulo retângulo inscrito na seção transversal da solda (Figura 10). Real – distância entre a raiz da solda e a face da solda (Figura 10). Efetiva – distância entre a raiz da solda e a face, excluindo qualquer reforço (Figuras 9 e 10). garganta efetiva, penetração da junta e penetração da raiz FIgURA 9 A B FONTE: PETROBRAS N-1438 REv. D, 2003 Penetração da junta (garganta efetiva) para solda em chanfro Penetração da raiz para solda em ângulo Penetração da junta dimensão da solda IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 22 Perna, garganta teórica, garganta real e garganta efetiva de uma solda em ângulo FIgURA 10 FONTE: AWS, 1998 A B gáS DE PROTEçãO (shielding gas ) Gás utilizado para prevenir contaminação indesejada pela atmosfera. gáS InERTE ( inert gas ) Gás que normalmente não combina quimicamente com o metal de base ou metal de adição. gEOmETRIA DA jUnTA (joint geometry ) Forma e dimensões da seção transversal de uma junta antes da soldagem. gOIvAgEm (gouging ) Operação de fabricação de um bisel ou chanfro pela remoção de material. Convexidade Garganta real Garganta efetiva Garganta real e garganta efetiva Concavidade Perna Dimensão Dimensão Garganta teórica Perna Perna e dimensão Garganta teórica Perna e dimensão IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 23 gOIvAgEm A ARCO (arc gouging ) Processo de corte a arco usado para fabricar um bisel ou chanfro. gOIvAgEm POR TRáS (back gouging ) Remoção do metal de solda e do metal de base pelo lado oposto de uma junta parcialmente soldada, para assegurar penetração completa pela subsequente soldagem pelo lado onde foi efetuada a goivagem. InSPETOR DE SOLDAgEm (welding inspector ) Profissional qualificado empregado pela executante dos serviços para exercer as atividades de controle de qualidade relativas à soldagem. jUnTA (joint ) Região onde duas ou mais peças serão unidas por soldagem. jUnTA DE ARESTA (edge-joint ) Junta em que, numa seção transversal, as bordas dos componentes a soldar formam um ân- gulo de aproximadamente 180° (Figura 11). jUnTA DE ÂngULO (corner joint, t-joint ) Junta em que, numa seção transversal, os componentes a soldar apresentam-se sob forma de ângulo. As juntas podem ser (Figura 13): Junta de ângulo em quina (A) Junta de ângulo em L (B) Junta de ângulo em T (C) Junta em ângulo (D) juntas de aresta (edge-joint ) FIgURA 11 FONTE: AWS, 1998 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 24 jUnTA DISSImILAR (dissimilar joint) Junta soldada cuja composição química do metal de base dos componentes difere significati- vamente. jUnTA SOBREPOSTA (lap joint) Junta formada por dois componentes a soldar de tal maneira que suas superfícies se sobre- põem (Figura 14). jUnTA SOLDADA (welded joint) União obtida por soldagem de dois ou mais componentes, incluindo zona fundida, zona de ligação, zona afetada termicamente e metal de base nas proximidades da solda. jUnTA DE TOPO (butt joint) Junta entre dois membros alinhados aproximadamente no mesmo plano (Figura 12). mARgEm DA SOLDA (toe of weld) Junção entre a face da solda e o metal de base (Figura 8). mARTELAmEnTO (peening) Trabalho mecânico aplicado à zona fundida da solda por meio de impactos, destinado a con- trolar deformações da junta soldada. mETAL DE ADIçãO (filler metal) Metal a ser adicionado à soldagem de uma junta. mETAL DE BASE (base metal, parent metal) Metal a ser soldado, brasado ou cortado. mETAL DEPOSITADO(deposited metal) Metal de adição que foi depositado durante a operação de soldagem. mETAL DE SOLDA (weld metal) Porção de solda que foi fundida durante a soldagem. mODO DE TRAnSFERênCIA Maneira pela qual o material metálico fundido é transferido da ponta do eletrodo para a po- ça de fusão, podendo ser por curto-circuito, globular e spray. OPERADOR DE SOLDAgEm (welding operator) Indivíduo capacitado a operar máquina ou equipamento de soldagem automática. PASSE (pass) Progressão unitária da soldagem ao longo de uma junta. Veja a Figura 3. INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 25 juntas de topo (butt joint ) FIgURA 12 FONTE: AWS, 1998 Sem chanfro ou com chanfro reto Com chanfro em X Com chanfro em meio V Com chanfro em J Com chanfro em duplo J Com chanfro em V Com chanfro em K Com chanfro em U Com chanfro em duplo U IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 26 juntas de ângulo juntas sobrepostas FIgURA 13 FIgURA 14 FONTE: AWS, 1998 A B C D FONTE: AWS, 1998 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 27 PASSE DE REvEnImEnTO (temper bead ) Passe ou camada depositado em condições que permitam a modificação estrutural do passe ou camada anterior e de suas zonas afetadas termicamente. PASSE DE SOLDA (weld bead ) Veja cordão de solda. PEnETRAçãO DA jUnTA (joint penetration ) Profundidade mínima da solda em juntas com chanfro ou da solda de fechamento (flange weld ) ; é medida entre a face da solda e sua extensão na junta, inclusive reforços. A penetra- ção da junta pode incluir a penetração da raiz (Figuras 9 e 15). PEnETRAçãO DA RAIz (root penetration ) Profundidade com que a solda se prolonga na raiz da junta, medida na linha de centro da se- ção transversal da raiz (Figuras 9 e 15). POLARIDADE InvERSA (reverse polarity ) Tipo de ligação para soldagem com corrente contínua em que os elétrons deslocam-se da pe- ça para o eletrodo (a peça é considerada polo negativo e o eletrodo é polo positivo). PóS-AqUECImEnTO (postheating ) Aplicação de calor na junta soldada, imediatamente após a deposição da solda, com a finali- dade principal de remover hidrogênio difusível. POSIçãO hORIzOnTAL (horizontal position ) Em soldas em ângulo, é a posição na qual a soldagem é executada entre a superfície apro- ximadamente horizontal e uma superfície aproximadamente vertical (Figura 16 A). Em soldas em chanfro, é a posição na qual o eixo da solda está num plano aproximada- mente horizontal e a face da solda em um plano aproximadamente vertical (Figura 16 B e Figura 20). POSIçãO SOBRECABEçA (overhead position ) Posição na qual a soldagem é executada pelo lado inferior da junta (Figuras 19 e 20). PRé-AqUECImEnTO (preheating ) Aplicação de calor no metal de base imediatamente antes da soldagem; brasagem ou corte. PRé-AqUECImEnTO LOCALIzADO (local preheating ) Pré-aquecimento de uma porção específica de uma estrutura. PROCEDImEnTO DE SOLDAgEm OU PROCEDImEnTO DE SOLDAgEm DA ExECUTAnTE (welding procedure, welding procedure specification ) Documento, emitido pela executante dos serviços, em que se descreve todos os parâmetros e as condições da operação de soldagem. INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 28 Penetração da raiz e penetração da junta Posição de soldagem horizontal FIgURA 15 FIgURA 16 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 A B Vertical Horizontal 125º 150º Eixo d a sold a Eixo d a sold a 10º 60º Penetração da junta (Garganta Efetiva)Penetração da raiz IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 29 A PROCESSO DE SOLDAgEm (welding process ) Processo utilizado para unir materiais pelo seu aquecimento a temperaturas adequadas, com ou sem aplicação de pressão, ou apenas pela aplicação de pressão, com ou sem a participa- ção de metal de adição. PROFUnDIDADE DE FUSãO, PEnETRAçãO (depth of fusion ) Distância que a fusão atinge no metal de base ou no passe anterior, a partir da superfície fun- dida durante a soldagem. qUALIFICAçãO DE PROCEDImEnTO (procedure qualification ) Demonstração pela qual soldas executadas por um procedimento específico podem atingir os requisitos preestabelecidos. Posição de soldagem plana FIgURA 17 FONTE: AWS, 1998 B Vertical Vertical Eixo d a sold a Eixo d a sold a 30º 30º30º IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 30 A A Posição de soldagem vertical Posição de soldagem sobrecabeça FIgURA 18 FIgURA 19 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 B B Vertical 125º 80º 80º Eixo d a sold a Eixo d a sold a Vertical Eixo da solda (vertical) Eixo da solda (vertical) IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 31 qUALIFICAçãO DE SOLDADOR (welder performance qualification ) Demonstração da habilidade de um soldador em executar soldas que atendam padrões pre- estabelecidos. RAIz DA jUnTA (root of joint ) Porção da junta a ser soldada em que os membros estão o mais próximo possível entre si. Em seção transversal, a raiz pode ser um ponto, uma linha ou uma área (Figura 21). RAIz DA SOLDA (root of weld ) Pontos nos quais a parte posterior da solda intercepta as superfícies do metal de base (Figu- ras 8 A e 22). REFORçO DE SOLDA (reinforcement of weld ) Metal de solda em excesso (além do necessário) para preencher a junta; é o excesso de me- tal depositado nos últimos passes (ou na última camada), podendo ser na face da solda e/ou na raiz da solda (Figura 8 B). Posições de soldagem de juntas em circunferências de tubos FIgURA 20 FONTE: AWS, 1998 Plana Legenda: Vertical Horizontal Sobrecabeça Eixo do tubo IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 32 REgISTRO DA qUALIFICAçãO DE PROCEDImEnTO (procedure qualification record ) Documento emitido pela executante dos serviços, registrando os parâmetros da operação de soldagem da chapa ou tubo de teste e os resultados de ensaios ou exames de qualificação. REvESTImEnTO DO ChAnFRO (buttering ) Revestimento com uma ou mais camadas de solda depositado na face do chanfro, destinado principalmente a facilitar as operações subsequentes de soldagem. SEqUênCIA DE PASSES (joint buildup sequence ) Ordem pela qual os passes de uma solda multipasse são depositados, em relação à seção transversal da junta (Figura 3). Raiz da junta FIgURA 21 FONTE: AWS, 1998 A raiz da junta está indicada pela região escurecida. Raiz da junta IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 33 SEqUênCIA DE SOLDAgEm (welding sequence ) Ordem na qual são executadas as soldas de um equipamento. SOLDA (weld ) União localizada de metais ou não metais produzida pelo aquecimento dos materiais à tem- peratura adequada, com ou sem aplicação de pressão, ou pela aplicação apenas de pressão e com ou sem a participação de metal de adição. SOLDA Em ÂngULO (fillet weld ) Solda de seção transversal aproximadamente triangular que une duas superfícies em ângulo (Figuras 8, 16, 17, 18, 19 e 28). SOLDA DE ARESTA (edge weld ) Solda executada numa junta de aresta (Figura 28). SOLDA AUTógEnA (autogenous weld ) Solda de fusão sem participação de metal de adição. Raiz da solda FIgURA 22 FONTE: AWS, 1998 Raiz da solda Raiz da solda Raiz da solda Raiz da solda Raiz da solda Superfície da raiz IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- RJ INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 34 SOLDA AUTOmáTICA (automatic welding ) Soldagem com equipamento que executa toda a operação sob observação e controle de um operador de soldagem. SOLDA Em CADEIA OU SOLDA InTERmITEnTE COInCIDEnTE OU DESCOnTÍnUA COInCIDEnTE (chain intermittent fillet weld ) Solda em ângulo composta de cordões intermitentes (trechos de cordão igualmente espaça- dos) que coincidem entre si, de tal modo que um trecho de cordão sempre se opõe ao outro (Figuras 24 A ou 8 B – simbologia). SOLDA Em ChAnFRO (groove weld ) Solda executada em uma junta com bisel previamente preparado. SOLDA DE COSTURA (seam weld ) Solda contínua executada entre ou em cima de membros sobrepostos. Essa solda pode con- sistir de um único passe ou de uma série de soldas por pontos (Figura 23). SOLDA DESCOnTÍnUA OU SOLDA InTERmITEnTE ( intermittent weld ) Solda na qual a continuidade é interrompida por espaçamentos sem solda (Figura 24). Solda de costura FIgURA 23 FONTE: AWS, 1998 A B IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 35 SOLDA DESCOnTÍnUA COInCIDEnTE Veja a definição de solda em cadeia. SOLDA DESCOnTÍnUA InTERCALADA Veja a definição de solda em escalão (Figuras 24 A – Solda em cadeia ou solda intermitente coincidente ou descontínua coincidente e 24 B – Solda em escalão ou solda descontínua in- tercalada ou intermitente intercalada). SOLDA Em ESCALãO OU SOLDA DESCOnTÍnUA InTERCALADA OU InTERmITEnTE InTERCALADA (staggered intermittent fillet weld) Solda em ângulo, usada nas juntas em T, composta de cordões intermitentes que se alter- nam, de tal modo que a um trecho do cordão se opõe uma parte não soldada (Figura 24 B). SOLDA hETEROgênEA Solda cuja composição química da zona fundida difere significativamente da dos metais de base, no que se refere aos elementos de liga. Solda descontínua ou solda intermitente (A e B) FIgURA 24 FONTE: AWS, 1998 A B IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 36 SOLDA hOmOgênEA Solda cuja composição química da zona fundida é próxima à do metal de base. SOLDA POR POnTOS (spot weld ) Solda executada entre ou sobre componentes sobrepostos cuja fusão ocorre entre as super- fícies em contato ou sobre a superfície externa de um dos componentes. A seção transversal da solda no plano da junta é aproximadamente circular (Figura 27). SOLDA PROvISóRIA (tack weld ) Solda destinada a manter membros ou componentes adequadamente ajustados até a conclu- são da soldagem. SOLDA DE SELAgEm (seal weld ) Qualquer solda estabelecida com a finalidade principal de impedir ou diminuir vazamentos. SOLDA DE TAmPãO (plug weld/slot weld ) Solda executada através de um furo circular ou não num membro de uma junta sobreposta ou em T, unindo um membro ao outro. As paredes do furo podem ser ou não paralelas, e o furo pode ser parcial ou totalmente preenchido com metal de solda (Figura 25). SOLDA DE TOPO (butt weld ) Solda executada em uma junta de topo. SOLDABILIDADE ( weldability ) Capacidade de um material ser soldado, sob condições de fabricação obrigatórias, a uma estrutura específica adequadamente projetada, e de apresentar desempenho satisfatório em serviço. SOLDADOR ( welder ) Pessoa capacitada a executar soldagem manual e/ou semiautomática. SOLDAgEm ( welding ) Processo utilizado para unir materiais por meio de solda. SOLDAgEm A ARCO (arc welding ) Grupo de processos de soldagem que produz a união de metais, pelo seu aquecimento, por meio de um arco elétrico, com ou sem a aplicação de pressão e com ou sem o uso de metal de adição. SOLDAgEm AUTOmáTICA (automatic welding ) Processo no qual toda a operação é executada e controlada automaticamente. SOLDAgEm mAnUAL (manual welding ) Processo no qual toda a operação é executada e controlada manualmente. INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 37 SOLDAgEm COm PASSE A Ré (backstep sequence ) Soldagem na qual trechos do cordão de solda são executados em sentido oposto ao da pro- gressão da soldagem, de forma que cada trecho termine no início do anterior, formando ao todo um único cordão. Veja exemplo na Figura 26. SOLDAgEm SEmIAUTOmáTICA (semiautomatic arc welding ) Soldagem a arco com equipamento que controla somente o avanço do metal de adição. O avanço da soldagem é controlado manualmente. SOPRO mAgnéTICO (arc blow ) Deflexão de um arco elétrico de seu percurso normal, devido a forças magnéticas. TAxA DE DEPOSIçãO (deposition rate ) Peso de material depositado por unidade de tempo. TéCnICA DE SOLDAgEm (welding technique ) Detalhes de um procedimento de soldagem que são controlados pelo soldador ou operador de soldagem. TEmPERATURA DE InTERPASSE ( interpass temperature ) Em soldagem multipasse, temperatura (mínima ou máxima como especificado) do metal de solda depositado antes de o passe seguinte ter começado. TEnSãO DO ARCO (arc voltage ) Tensão através do arco elétrico, na soldagem. TEnSãO RESIDUAL (residual stress ) Tensão remanescente numa estrutura ou membro como resultado de tratamento térmico ou mecânico ou de ambos os tratamentos. A origem da tensão na soldagem deve-se principal- mente à contração do material fundido ao resfriar-se a partir da linha solidus até a temperatu- ra ambiente. TEnSõES TéRmICAS (thermal stresses ) Tensões no metal resultantes da distribuição não uniforme de temperaturas. TRAnSFERênCIA mETáLICA Veja Modo de transferência. TRATAmEnTO TéRmICO (postweld heat treatment ) Qualquer tratamento térmico subsequente à soldagem, destinado a aliviar tensões residuais, alterar propriedades mecânicas ou características metalúrgicas da junta soldada. Consiste de aquecimento uniforme da estrutura ou parte dela a uma temperatura adequada, seguido de resfriamento uniforme. INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 38 Soldagem com passe a ré FIgURA 26 FONTE: AWS, 1998 Solda tampão FIgURA 25 FONTE: AWS, 1998 A B Direção do progresso da solda Sentido de execução dos cordões de solda IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 39 zonas de uma junta soldada Solda de aresta FIgURA 27 FIgURA 28 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 vARETA DE SOLDA (welding rod ) Tipo de metal de adição utilizado para soldagem ou brasagem, o qual não conduz corrente elétrica durante o processo. zOnA AFETADA TERmICAmEnTE (heat-affected zone ) Região do metal de base que não foi fundida durante a soldagem, mas cujas propriedades mecânicas e microestrutura foram alteradas devido à geração de calor (Figura 27). zOnA DE LIgAçãO Região do metal de base que sofre fusão parcial durante a soldagem (Figura 27). zOnA FUnDIDA Região da junta soldada que sofre fusão durante a soldagem (Figura 27). Zona fundida Metal de base (zona não afetada pelo calor) Zona afetada termicamente Zona de ligação IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 40 1.2 Terminologia de Descontinuidades A terminologia apresentada a seguir está baseada na norma AWS A3.0 (Standard Welding Terms and Definitions) e na norma Petrobras N–1738 (Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos, Forjados e Laminados). A seguir são apresentados os termos empregados na deno- minação de descontinuidades em juntas soldadas. 1.2.1 Considerações gerais Antes da abordagem da terminologia das descontinuidades, é necessário definir o significado dos termos Descontinuidade, Indicação e Defeito, pois seu desconhecimento é origem de con- fusões na linguagem rotineira. É necessário que o inspetor tenha pleno domínio da utilizaçãodesses termos. Descontinuidade – interrupção da estrutura típica de uma peça, no que se refere à homo- geneidade de características físicas, mecânicas ou metalúrgicas. Indicação – evidência diferente do esperado, que requer avaliação e interpretação para de- terminar se é significativa ou não. Defeito – descontinuidade que, por sua natureza, tipo, dimensões, localização ou efeito acumulado, torna a peça imprópria para uso por não satisfazer os requisitos mínimos de acei- tação da norma ou especificação aplicável. 1.2.2 Descontinuidades em juntas soldadas ABERTURA DE ARCO Imperfeição local na superfície do metal de base, caracterizada por ligeira adição ou perda de metal resultante da abertura do arco elétrico. ÂngULO ExCESSIvO DE REFORçO Ângulo excessivo entre o plano da superfície do metal de base e o plano tangente ao refor- ço de solda, traçado a partir da margem da solda (Figura 30). A As soldas não são totalmente isentas de descontinuidades, podendo apresentá-las em diferentes condições. B Uma descontinuidade só pode ser chamada de defeito quando exceder o padrão de aceitação das normas ou especificações. C Portanto, um defeito é sempre rejeitável. Com base nessas definições podemos concluir Olha isso... INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 41 CAvIDADE ALOngADA Vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo da solda, podendo estar lo- calizada: na solda (Figura 31 A); na raiz da solda (Figura 31 B). COnCAvIDADE Reentrância na raiz da solda, podendo ser: Central – situada ao longo do centro do cordão (Figura 32 A). Lateral – situada nas laterais do cordão (Figura 32 B). COnCAvIDADE ExCESSIvA Solda em ângulo com a face excessivamente côncava (Figura 32). COnvExIDADE ExCESSIvA Solda em ângulo com a face excessivamente convexa (Figura 34). DEFORmAçãO AngULAR Distorção angular da junta soldada em relação à configuração de projeto (Figura 35), exceto para junta soldada de topo (veja embicamento). DEPOSIçãO InSUFICIEnTE Insuficiência de metal na face da solda (Figura 36). DESALInhAmEnTO Junta soldada de topo cujas superfícies das peças, embora paralelas, apresentam-se desalinha- das, excedendo configuração de projeto (Figura 37). EmBICAmEnTO Deformação angular de junta soldada de topo (Figura 38). FALTA DE FUSãO (lack of fusion ) Fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre os passes da zona fundida. A falta de fusão pode estar localizada: na zona de ligação (Figura 39 A). Entre os passes (Figura 39 B). na raiz da solda (Figuras 39 C, 39 D, 39 E e 39 F). Então... INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 42 Abertura de arco Ângulo excessivo do reforço FIgURA 29 FIgURA 30 FO TO : S EN A I- R J/ C TS FONTE: AWS, 1998 Normal Excessivo IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 43 Cavidade alongada Concavidade FIgURA 31 FIgURA 32 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 A B FO TO S: S EN A I- R J/ C TS IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 44 Concavidade excessiva Deformação angular Convexidade excessiva FIgURA 33 FIgURA 35 FIgURA 34 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 Normal Normal Normal Excessiva Excessiva Excessiva A A A B B B IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 45 Deposição insuficiente FIgURA 36 FONTE: AWS, 1998 Desalinhamento FIgURA 37 FONTE: AWS, 1998 FO TO S: S EN A I- R J/ C TS A B IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 46 Embicamento Falta de fusão FIgURA 38 FIgURA 39 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 A B C D F G IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 47 FALTA DE PEnETRAçãO ( incomplete penetration ) Insuficiência de metal na raiz da solda (Figura 40). FISSURA Veja o termo preferencial: trinca. InCLUSãO DE ESCóRIA Material não metálico retido na zona fundida. FIgURA 40 Falta de penetração FONTE: AWS, 1998 InCLUSãO mETáLICA Metal estranho retido na zona fundida. mICROTRInCA Trinca com dimensões microscópicas. mORDEDURA (undercutting ) Depressão sob a forma de entalhe no metal de base acompanhando a mar- gem da solda (Figura 42). mORDEDURA nA RAIz Mordedura localizada na margem da raiz da solda (Figura 43). PEnETRAçãO ExCESSIvA Metal da zona fundida em excesso na raiz da solda (Figura 44). A inclusão de escória pode ser: Alinhada (Figuras 41 A e 41 B). Isolada (Figura 41 C). Agrupada (Figura 41 D). Na boa na página a seguir veja as Figuras 41, 42, 43, 44 e 45 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 48 FIGURA 41 FIGURA 43 FIGURA 44 FIGURA 42 FIGURA 45 Inclusão de escória Mordedura na raiz Penetração excessiva Mordedura Perfuração FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 Furo A A C B B D IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 49 PERFURAçãO (burn trough ) Furo na solda (Figura 45 A) ou penetração excessiva localizada (Figura 45 B) resultante da perfuração do banho de fusão durante a soldagem. PORO Vazio arredondado, isolado e interno à solda. PORO SUPERFICIAL Poro que emerge à superfície da solda (Figu- ra 46). POROSIDADE Conjunto de poros internos à solda ou super- ficiais (Figura 47). FIgURA 46 FIgURA 47 FIgURA 48 Poro superficial Porosidade aleatória interna Porosidade agrupada FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 A porosidade pode ser: Porosidade agrupada Conjunto de poros agrupados (Figura 48). Porosidade alinhada Conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção paralela ao eixo longitudinal da solda (Figura 49). Porosidade vermiforme Conjunto de poros alongados ou em forma de espinha de peixe situados na zona fundida (Figura 50, na página a seguir). Você sab ia? RAChADURA Veja o termo preferencial: trinca. REChUPE DE CRATERA Falta de metal resultante da contração da zo- na fundida, localizada na cratera do cordão de solda (Figura 51). IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 50 FIgURA 49 FIgURA 51 FIgURA 50 FIgURA 52 Porosidade alinhada Rechupe de cratera Porosidade vermiforme Reforço excessivo FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 Normal A’A Excessivo IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 51 REChUPE InTERDEnDRÍTICO Vazio alongado situado entre dendritas da zo- na fundida. REFORçO ExCESSIvO Excesso de metal da zona fundida, localiza- do na face da solda (Figura 52). RESPIngOS (spatter ) Glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e aderidos à superfície do metal de base ou à zonafundida já soli- dificada. SOBREPOSIçãO Excesso de metal da zona fundida sobrepos- to ao metal de base na margem da solda, sem estar fundido ao metal de base (Figura 53). SOLDA Em ÂngULO ASSIméTRICA Solda em ângulo cujas pernas são significati- vamente desiguais em desacordo com a con- figuração do projeto (Figura 54). TRInCA (crack ) Descontinuidade bidimensional produzida pe- la ruptura local do material. TRInCA DE CRATERA Trinca localizada na cratera do cordão de solda. FIgURA 53 FIgURA 54 FIgURA 55 Sobreposição Solda em ângulo assimétrica Trinca em cratera FONTE: DE AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 A C Mandou bem! A Trinca de cratera pode ser: Longitudinal (Figura 55 A) Transversal (Figura 55 B) Em estrela (Figura 55 C) B IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 52 TRInCA Em ESTRELA Trinca irradiante, de tamanho inferior à largura de um passe da solda considerada (Veja trinca irradiante). TRInCA InTERLAmELAR Trinca em forma de degraus situados em pla- nos paralelos à direção de laminação, localiza- da no metal de base, próxima à zona fundida (Figura 56). TRInCA IRRADIAnTE Conjunto de trincas que partem de um mesmo ponto; pode estar localizada: Na zona fundida (Figura 57 A) Na zona afetada termicamente (Figura 57 B) No metal de base (Figura 57 C) TRInCA LOngITUDInAL Trinca com direção aproximadamente paralela ao eixo longitudinal do cordão de solda, poden- do estar localizada: Na zona fundida (Figura 58 A) Na zona de ligação (Figura 58 B) Na zona afetada termicamente (Figura 58 C) No metal de base (Figura 58 D) TRInCA nA mARgEm Trinca que se inicia na margem da solda, loca- lizada geralmente na zona afetada termicamen- te (Figura 59) TRInCA nA RAIz Trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada: Na zona fundida (Figura 60 A) Na zona afetada termicamente (Figura 60 B) TRInCA RAmIFICADA Conjunto de trincas que partem de uma trinca, podendo estar localizado: Na zona fundida (Figura 61 A) Na zona afetada termicamente (Figura 61 B) No metal de base (Figura 61 C) FIgURA 57 FIgURA 58 FIgURA 56 Trinca irradiante Trinca longitudinal Trinca interlamelar FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 C A B A C D B IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 53 FIgURA 61 FIgURA 63 FIgURA 59 FIgURA 60 FIgURA 62 Trinca ramificada Trinca transversal Trinca na margem Trinca na raiz Trinca sobcordão FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 FONTE: AWS, 1998 A A A C C B B B TRInCA SOB CORDãO Trinca na zona afetada termicamente, não se estendendo à superfície da peça (Figura 62). TRInCA TRAnSvERSAL Trinca com direção aproximadamente perpen- dicular ao eixo longitudinal do cordão de solda. A trinca transversal pode estar localizada: na zona fundida (Figura 63 A) na zona afetada termicamente (Figura 63 B) no metal de base (Figura 63 C) IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 54 1.2.3 Descontinuidades em fundidos ChAPELIm Descontinuidade proveniente da fusão incompleta dos suportes de resfriadores ou machos. ChUPAgEm Veja o termo preferencial: rechupe. CROSTA Saliência superficial constituída de inclusão de areia, recoberta por fina camada de metal poroso. DESEnCOnTRO Descontinuidade proveniente de deslocamento das faces de contato das caixas de mol- dagem. EnChImEnTO InCOmPLETO Insuficiência de metal fundido na peça. gOTA FRIA Glóbulos parcialmente incorporados à superfície da peça, provenientes de respingos de me- tal líquido nas paredes de molde. InCLUSãO Retenção de pedaços de macho ou resfriadores no interior da peça. InCLUSãO DE AREIA Areia desprendida do molde e retida no metal fundido. InTERRUPçãO DE vAzAmEnTO Veja: Metal frio. mETAL FRIO Descontinuidade proveniente do encontro de duas correntes de metal fundido que não se caldearam. POROSIDADE Conjunto de poros causado pela retenção de gases durante a solidificação. qUEDA DE BOLO Descontinuidade proveniente de esboroamento dentro do molde. RABO DE RATO Depressão na superfície da peça causada por ondulações ou falhas na superfície do molde. INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ TERMINOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 55 RechUPe Vazio resultante da contração de solidificação. SeGReGAção Concentração localizada de elementos de liga ou impurezas. TRIncA de conTRAção Descontinuidade bidimensional resultante da ruptura local do material, causada por tensões de contração, podendo ocorrer durante ou subsequentemente à solidificação. VeIo Descontinuidade na superfície da peça, tendo a aparência de um vinco, causada por movi- mentação ou trinca do molde de areia. 1.2.4 descontinuidades em forjados e laminados dobRA Descontinuidade localizada na superfície da peça, resultante do caldeamento incompleto du- rante a laminação ou forjamento. dUPlA lAMInAção Descontinuidade bidimensional paralela à superfície da chapa, proveniente de porosidade ou rechupe do lingote que não se caldearam durante a laminação. lAScA Descontinuidade superficial alinhada proveniente de inclusão ou de porosidade não caldeada durante a laminação. SeGReGAção Concentração localizada de elementos de liga ou de impurezas. Bem ligado Acompanhe no capítulo 2, a seguir, Simbologia da Soldagem Para não esquecer... anote sempre INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 57 2.1 Significado da Simbologia Para o melhor desempenho do operador e do inspetor, o conhe- cimento da simbologia da soldagem é essencial. 2.1.1 Objetivo O objetivo da simbologia da soldagem é transmitir, com o uso de símbolos padronizados, todas as informações necessárias à execução da soldagem. CAPÍTULO 2 Simbologia da Soldagem Este é o conteúdo do Capítulo 2 Significado da Simbologia Simbologia de Ensaios Não Destrutivos 2.1.2 Normas A simbologia apresentada está baseada na norma AWS A2.4 – Standard Symbols for Welding, Brazing and Nondestructive Exa- mination. A simbologia da soldagem aplica-se principalmente a desenhos e projetos, garantindo uma padronização para os setores que trabalham com os processos de soldagem. De olho no lance SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 58 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM 2.1.3 Padrões para simbologia Toda a sistemática padronizada para a simbologia utilizada está sintetizada na Figura 1. Localização dos elementos no símbolo de soldagem FIGURA 1 FONTE: AWS, 2007 1 Cauda do símbolo. Pode ser omitida quando não se usar nenhuma referência. 2 Símbolo básico de solda ou referência de detalhe de solda a ser consultado. 3 Linhas de referência. 4 Setas ligando a linha de referência ao lado indicado da junta. 5 Os elementos constantes desta área permanecem inalterados mesmo nos casos em que a cauda e a seta do símbolo são invertidas. A Ângulo do chanfro, incluindo o ângulo de escariação para solda de tampão. E Garganta efetiva. F Símbolo de acabamento. L Comprimento da solda. N Número de soldas por pontos ou de solda por projeção. P Espaçamento entre centros de soldas descontínuas. R Abertura da raiz; altura do enchimento para soldas de tampão e de fenda. S Profundidade de preparação; dimensão ou resistência para certas soldas. T Especificação, processo ou outra referência. T S (N) L – P Ambos os lados Ambos os lados Lado da seta Ladooposto Símbolo de perfil externo Solda no campo Solda em todo o contorno }{ }{ 1 2 2 5 3 4 F A R (E) IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 59 Símbolos de solda FIGURA 2 Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado SÍmbOLOS báSICOS DE SOLDAGEm E SUA LOCALIzAçãO Em ChANFRO SÍmbOLOS TÍPICOS DE SOLDAGEm Solda Solda de tampão em furo alongado Solda em chanfro reto Solda em chanfro com uma face convexa ou com faceS convexaS Solda de tampão em furo circular Solda em cadeia (deScontínua coincidente) Solda de fechamento ou de areSta goivagem pelo lado opoSto Solda de Suporte na raiz Solda de reveStimento indicado reconStituição de Superfície localização Reto ou sem chanfro V ou X Meio V ou K U ou duplo U J ou duplo J com faces convexas com uma face convexa LADO DA SETA Profundidade de enchimento em mm (omissão indica que o enchimento é total) Orientação, localização e todas as dimensões exceto profundidade de enchimento são indicadas no desenho A segunda linha de referência é usada para indicar goivagem e soldagem como segunda operação Profundidade de enchimento (omissão indica que o enchimento é total) Omissão de dimensão indica penetração total da junta A dimensão é considerada como extendendo-se somente até os pontos de tangência Orientação, localização e todas as dimensões outras que a dimensão indicada, devem estar indicadas no desenho LADO OPOSTO AMbOS OS LADOS SEM INDIcAçãO DE LADO 20 6 Abertura da raiz 6 2 Abertura da raiz 3 1 Abertura da raiz Dimensão (diâmetro do furo na raiz) Ângulo do furo escariado 1030 30º 100 Espaçamento (distância entre centros) das soldas Dimensão (comprimento da perna) Comprimento dos incrementos Espaçamento (distância entre centros) dos incrementos 50-1258 50-1258 3 4 + 2 Raio Altura acima do ponto de tangência Dimensão da solda 15 – 2 2 A garganta efetiva total não deve exceder a espessura do membro 12 (15) 10 (12) Contagem pelo lado oposto 3 Qualquer símbolo de solda que indique soldagem por apenas um lado C Dimensão ou espessura (altura do depósito) omissão indica não haver altura específica 3 CONTINUA FONTE: AWS, 2007 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 60 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Símbolos de solda FIGURA 2 FONTE: AWS, 2007 75-12512 12 75-125 1006 (5) 25 45º 35º 15040 (7) 6 150 8 100 3 332 SÍmbOLOS TÍPICOS DE SOLDAGEm jUNTAS báSICAS – IDENTIFICAçãO DO LADO DA SETA E DO LADO OPOSTO, Em RELAçãO à jUNTA Solda por reSiStência elétrica Solda em eScalão (deScontínua intercalada) Solda em chanfro com uma face convexa ou com faceS convexaS Referência do processo deve ser usada para indicar o processo desejado Sem indicação de lado FW Espaçamento (distância entre centros) dos incrementos Comprimento dos incrementos Dimensão (comprimento da perna) 12 (12) 90º Abertura da raiz Abertura da raiz Ângulo do chanfro Espaçamento (distância entre centros) das soldas Comprimento. Omissão indica que a solda se extende entre mudanças bruscas de direção ou como dimensionado Dimensão (comprimento da perna) Especificação, processo ou outra referência Quantidade de soldas Ângulo do chanfro Garganta efetivaDimensãoprodundidade de preparação Solda por ponto ou por projeção Solda em chanfro em K Solda de coStura Solda por projeção SímboloS de Soldagem para combinação de SoldaS Solda em ângulo de amboS oS ladoS junta SobrepoSta junta de areSta RSW RSW 1G Quantidade de soldas Espaçamento (distância entre centros) dos incrementos Dimensão (largura da solda) ou resistência em kgf por mm linear Comprimento das soldas ou incrementos. Omissão indica que a solda se extende entre mudanças bruscas de direção ou conforme dimensionado Referência do processo deve ser usada Espaçamento (distância entre centros) das soldas Referência do processo deve ser usada para indicar o processo desejado Omissão da dimensão indica que a profundidade é igual à espessura dos membros Dimensão (resistência em N por solda). Como alternativa, pode ser usado o diâmetro da solda, para soldas com projeção circular A designação do processo de soldagem por projeção deve ser usada A seta aponta diretamente para o membro a ser preparado Dimensão (diâmetro da solda). Como alternativa pode ser usada a resistência expressa em N por solda 75 – 2308 RSeW 66 3 60º 8 Membro da junta do lado da seta Seta do símbolo de soldagem Lado da seta da junta Junta Membro da junta do lado oposto Seta do símbolo de soldagem 0 – 30º CONTINUAÇÃO IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 61 Símbolo de contorno externo convexo Símbolo para Solda em todo o contorno Símbolo de acabamento (conforme Padrão do usuário) indica o método específico pelo qual o acabamento é obtido, exceto grau de acabamento. junta com eSpaçador Solda de um lado com projeção no lado opoSto junta com cobre-junta FONTE: AWS, 2007 SÍmbOLOS SUPLEmENTARES USADOS COm SÍmbOLOS SOLDAGEm Simbologia de solda FIGURA 3 SÍmbOLOS báSICOS DE SOLDAGEm E SUA LOCALIzAçãO Solda localização Em ângulo Tampão ou fenda Por ponto ou projeção costura Suporte Encaixe para junta brazada LADO DA SETA LADO OPOSTO AMbOS OS LADOS SEM INDIcAçãO DE LADO Revesti- mento Entre peças curvas ou flangeadas Fechamento ou de aresta Entre uma peça curva ou flangeada e uma peça plana Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Com símbolo de solda em chanfro Com símbolo de solda em chanfro Não usado Não usadoNão usado Não usadoNão usado Não usado Não usado Com símbolo de solda em chanfro modificado.Com símbolo de solda em chanfro. O símbolo em questão, indica que a face da solda deve ser nivelada. Quando usado sem um símbolo de acabamento, indica solda sem subsequente acabamento. Símbolo de perfil externo nivelado ou plano linhaS de referência múltiplaS Símbolo de contorno externo convexo indica que a face de solda deve ter acabamento convexo. G Símbolo para solda em todo o contorno indica que a solda extende-se completamente ao redor da junta. M Material (M) e dimensões do cobre-junta conforme especificado. M Material (M) e dimensões do espaçador conforme especificado. 1 mm Qualquer símbolo de solda aplicável. O símbolo de solda de um lado com projeção no lado oposto não é dimensionado, exceto a altura. O símbolo de acabamento (Padrão do usuário), indica o método específico pelo qual o acabamento é obtido, exceto grau de acabamento.G A primeira operação é indicada na linha de referência mais próxima da seta. Segunda operação ou dados suplementares Terceira operação ou informação de exames CONTINUA IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 62 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Simbologia de solda FIGURA 3 FONTE: AWS. 2007 Símbolo de Solda no campo penetração total ou completa SÍmbOLOS SUPLEmENTARES USADOS COm SÍmbOLOS SOLDAGEm O símbolo indica que a solda deve ser executada em local outro que não o da construção inicial Indica que a penetração é total ou completa independente do tipo de solda ou da preparação da junta. CP SímboloS SuplementareS Solda em todo contorno Solda no campo Solda de um lado com projeção no lado opoSto cobre-junta eSpaçador nivelado perfil convexo côncavo jUNTAS báSICAS – IDENTIFICAçãO DO LADO DA SETA E DO LADO OPOSTO, Em RELAçãO à jUNTA junta de topo junta de ângulo em L junta de ângulo em T Lado oposto da junta Lado da seta da junta Lado da seta da junta Lado da seta da junta Seta do símbolo de soldagem Seta do símbolo desoldagem Lado oposto da junta Lado oposto da junta Seta do símbolo de soldagem T S (N) L – P Ambos os lados Ambos os lados Lado da seta Lado oposto Símbolo de perfil externo Solda no campo Solda em todo o contorno }{ }{ 1 2 2 5 3 4 F R A (E) localização doS elementoS no Símbolo de Soldagem 1 Cauda do símbolo. Pode ser omitida quando não se usar nenhuma referência. 2 Símbolo básico de solda ou referência de detalhe de solda a ser consultado. 3 Linhas de referência. 4 Setas ligando a linha de referência ao lado indicado da junta. 5 Os elementos constantes desta área permanecem inalterados mesmo nos casos em que a cauda e a seta do símbolo são invertidas. A Ângulo do chanfro, incluindo o ângulo de escariação para solda de tampão. E Garganta efetiva. F Símbolo de acabamento. L Comprimento da solda. N Número de soldas por pontos ou de solda por projeção. P Espaçamento entre centros de soldas descontínuas. R Abertura da raiz; altura do enchimento para soldas de tampão e de fenda. S Profundidade de preparação; dimensão ou resistência para certas soldas. T Especificação, processo ou outra referência. CONTINUAÇÃO IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 63 2.1.4 Considerações gerais e simbologia básica para chanfro e ângulo Para entender a simbologia para chanfro, é bom lembrar que “lado da seta” e “lado oposto” referem-se à posição da seta em relação à junta a ser soldada. O símbolo de soldagem para uma solda a executar do lado da seta é desenhado no lado inferior da linha de referência (li- nha horizontal) do símbolo de soldagem. Assim, um símbolo de soldagem desenhado na parte superior da linha de referência sig- nifica que a solda deve ser executada no outro lado da junta. Soldas envolvendo operações em ambos os lados da junta possuem símbolos nos dois lados da linha de referência. Referências como especificações, processo de soldagem, número do procedimento, dire- ções e outros dados quando usados com um símbolo de soldagem devem ser indicados na cauda da seta. Se tais referências não são usadas, a cauda pode ser dispensada. Símbolos de soldas em ângulo, soldas em chanfro em meio V, em K, em J, em duplo J, soldas com uma face convexa, soldas de fechamento ou de aresta (entre uma peça curva ou flangeada e uma peça plana) são sempre indicados com uma linha reta perpendicular à linha de referência da seta e com o símbolo situado à direita dessa linha (Figuras 2 e 3). Quando a seta é “quebrada”, sig- nifica que ela aponta para o membro específico da junta que deve ser chan- frado (veja exemplos na Figura 5). Se a seta não é “quebrada”, signi- fica que qualquer um dos membros da junta pode ser chanfrado. Quando os dois membros da jun- ta são chanfrados, utiliza-se a seta sem ser “quebrada”. Note que a seta pode partir de uma ou de outra extremidade da linha de referência sem que ocorra inversão nos símbolos de solda. As dimensões da solda são coloca- das do lado esquerdo do símbolo de solda. Se o comprimento da solda não for contínuo, ele é indicado à direita do símbolo. Exemplos de símbolos de dimensões de soldas FIGURA 4 FONTE: AWS, 2007 6 12 6mm é a perna da solda 12mm é a profundidade de preparação do chanfro 50-100 L P O espaçamento de uma solda descontínua é também indicado à direita do símbolo, em seguida ao comprimento (veja exemplos na Figura 4). Você sab ia? L – Comprimento (lenght) da solda P – Espaçamento (pitch) entre centros de soldas descontínuas IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 64 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Exemplos de aplicações de seta quebrada FIGURA 5 FONTE: AWS, 2007 A B C Lado da seta Lado oposto Ambos os lados Solda desejada Solda desejada Solda desejada Vista lateral Vista lateral Vista lateral Vista de frente Vista de frente Vista de frente IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 65 Exemplos de indicações de abertura de raiz (A) e ângulo do chanfro ou do bisel Exemplos de indicações de abertura da raiz e ângulo do chanfro combinados FIGURA 6 FIGURA 7 A B FONTE: AWS, 2007 FONTE: AWS, 2007 A medida da abertura da raiz e do ângulo do chanfro é representada no “interior” do símbolo do chanfro conforme indicado na Figura 6. Quando houver necessidade de repre- sentar as duas informações em uma mesma simbologia, essas informações devem ser posi- cionadas como já foi descrito aqui. A abertura da raiz deve estar mais próxima da linha de referência. A profundidade da preparação do chanfro e a garganta efetiva são indicadas à esquerda do símbolo de solda. 3 60º 4 O 40º 15º 70º 3 IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J IL u ST R A ç ã O : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 66 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Para juntas com chanfros, se não houver indicação quanto a dimensões, a solda deve ser executada com penetração total. A garganta efetiva é indicada entre parênteses e se situa en- tre as dimensões da profundidade do chanfro e o símbolo de solda. Observe a Figura 8. Exemplos de indicações de garganta efetiva e profundidade de preparação do chanfro FIGURA 8 FONTE: AWS, 2007 10mm de garganta efetiva 11mm de garganta efetiva 11mm de garganta efetiva 12mm de garganta efetiva 6 6 6 22 35 4 10 10 4 Soldas desejadas Símbolos 6 (10) 6 (11) 4 (12) 6 (11) 4 (12) (10) (10) 10 10 12mm de garganta efetiva IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 67 Exemplos de símbolos de soldagem descontínua FIGURA 9 Símbolos de soldas descontínuas (que são utilizadas com certa frequência em juntas de ân- gulo em T) podem ser encontrados na Figura 9. Como se pode verificar nas Figuras 9 B e 9 C, é obrigatório constar as dimensões da solda em ambos os lados da linha de referência, mesmo que as dimensões sejam iguais. FONTE: AWS, 2007 Soldas desejadas Símbolos ∑ da solda ∑ da solda Localizar soldas nas extremidades da junta Localizar soldas nas extremidades da junta Localizar soldas nas extremidades da junta Localizar soldas nas extremidades da junta Localizar soldas nas extremidades da junta Localizar soldas nas extremidades da junta Comprimento e espaçamento dos incrementos de soldagem descontínua Comprimento e espaçamento dos incrementos de soldagem descontínua coincidente Comprimento e espaçamento dos incrementos de soldagem descontínua intercalada 2 – 4 2 – 4 3 – 10 3 – 10 4 4 2 2 2 5 10 10 33 3 3 5 2 2 2 A B C IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-BA SENAI-MG SENAI-RJ 68 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMBOLOGIA DA SOLDAGEM 2.1.5 Símbolos suplementares Existem símbolos suplementares que são usados nos símbolos de soldagem (Figura 10). Há ainda grande variedade de símbolos e notações relativos a processos de soldagem pou- co usuais na indústria do petróleo; por isso não serão apresentados aqui. Eles podem ser en- contrados na norma AWS A2.4. Veja a seguir mais alguns exemplos com explicação sucinta para melhor compreensão do assunto (Figuras 10 a 18). Nesse caso, a solda é realizada dentro do chanfro e deve ter proje- ção pelo lado oposto na dimensão solicitada. Não confunda esse símbolo com o símbolo de solda de suporte (apresentado na Figura 14). Dimensões da projeção pelo lado oposto, sendo apresentada a dimensão dessa projeção Solda em todo o contorno do membro 1 FIGURA 10 FIGURA 11 FONTE: AWS, 2007 FONTE: AWS, 2007 Solda desejada Símbolo 1,5 2 2 2 1 Soldas desejadas Símbolos 1,5 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 69 Solda em todoo contorno da área de contato entre os membros 1 e 2 FIGURA 12 Solda em todo o contorno do membro 1 FIGURA 13 FONTE: AWS, 2007 FONTE: AWS, 2007 Solda desejada Solda desejada Símbolo Símbolo 1 2 1 2 D 2 2 Nesta soldagem a extremidade foi usinada em forma de cone, sendo o raio a profundidade de preparação do chanfro. Pela combinação de símbolos, é previsto um acabamento com solda em ângulo 1 D IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 70 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Soldas com passe de suporte ou passe por trás junta de ângulo em L, solda em chanfro K combinada com solda em ângulo no lado da seta FIGURA 14 FIGURA 15 FONTE: AWS, 2007 FONTE: AWS, 2007 Não confunda o símbolo de solda de suporte apresentado aqui (que é uma solda executada pelo lado oposto e tem a função de suportar a solda a ser realizada no chanfro) com o símbolo de solda com projeção pelo lado oposto apresentado na Figura 10 Solda a ser executada no campo Soldas desejadas Símbolos Solda desejada Símbolo IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 71 junta de topo chanfro em V e em U junta de ângulo em T, com solda em chanfro reto de ambos os lados FIGURA 16 FIGURA 17 FONTE: AWS, 2007 FONTE: AWS, 2007 Cada uma delas deve ter uma garganta efetiva de 10mm. A complementação dessa junta deve ser com soldas em ângulo em ambos os lados, com pernas de 6mm 60º 40º 40º Goivagem 12 (15) 3 3 60º 10 (15) 10 15 15 25 12 Solda desejada Símbolo Solda desejada Símbolo 15 10 6 6 6 6 6 6 10 (10) (10) IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 72 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Nos casos em que há sequência de trabalho, como apresentado na Figura 17, a simbolo- gia pode ser representada em mais de uma linha de referência. A mais próxima da seta indi- ca a primeira operação a executar (no exemplo da Figura 17 é a preparação e soldagem do chanfro V no lado oposto da seta). Após a conclusão das operações do lado oposto da seta, as operações devem ser iniciadas do lado da seta (a goivagem, com preparação do chanfro em U e soldagem). 2.1.6 Simbologia de acabamento Esta simbologia indica o tipo de acabamento que é dado na região soldada da junta. 2.1.7 Simbologia para juntas não convencionais Juntas de aresta/Soldas de aresta ou fechamento – são juntas em que as bordas dos componentes a serem soldados formam um ângulo de 180°. Veja os exemplos na próxi- ma página. Exemplos de símbolos de acabamento de soldas FIGURA 18 FONTE: AWS, 2007 Solda desejada Símbolo Metal depositado rente ao metal de base Reforço removido por “calafate” (Chipping) Reforço esmerilhado (remoção das escamas) G – (Grinding) esmerilhamento C – (Chipping) calafate IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 73 Membro 1 Junta de aresta Membro 2 Solda da aresta ou fechamento P1 P2 junta de aresta FIGURA 19 FONTE: AWS, 2007 1/8 1/8 1/8 1/8 3/16 3/16 3/16 3/16 3/32 3/32 Seção transversal da solda Símbolo A B C D IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 74 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Juntas com uma face ou ambas as faces convexas – são juntas em que se forma um chanfro em um componente reto e outro curvo ou entre dois componentes curvos. junta com faces convexas FIGURA 20 FONTE: AWS, 2007 Juntas com faces convexas juntas com faces convexas FIGURA 21 FONTE: AWS, 2007 E S S – Distância do ponto de tangência à parte superior do membro E – Dimensão da solda em chanfro S (E) Seção transversal da solda Símbolo IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 75 juntas com uma face convexa junta com faces convexas FIGURA 22 FIGURA 23 FONTE: AWS, 2007 FONTE: AWS, 2007 S (E) B A S B E A Seção transversal da solda Seção transversal da solda Símbolo Símbolo S E S (E) S = Raio da barra E = Dimensão da solda em chanfro B IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 76 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Solda de tampão – solda executada dentro de um furo (circular ou não) que se encontra em um dos membros de uma junta sobreposta ou em T, unindo ao outro membro. As pa- redes do furo podem ser ou não paralelas e o furo pode ou não ser totalmente preenchido com solda. Veja os exemplos: junta com faces convexas Solda de tampão FIGURA 24 FIGURA 25 FONTE: AWS, 2007 FONTE: AWS, 2007 Seção transversal da solda Seção transversal da solda Símbolo Símbolo 1/43/8 3/8 (1/4) 45º 45º IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 77 Solda de tampão FIGURA 26 FONTE: AWS, 2007 Seção transversal da solda Soldas (7 – requeridos) Seção A-A Símbolo Símbolo Solda de tampão FIGURA 27 FONTE: AWS, 2007 1/2 2 60º φ 3/4 60º (7) 1/2 A A 2 6 5/8 φ 3/4 5/8 6 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 78 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Não confunda (visualmente, em função da imagem utilizada) os exemplos da solda por ponto com os de solda de tampão. Na solda por ponto não existe furo a ser preenchido. Veja os exemplos nas Figuras 29 e 30. Solda de tampão FIGURA 28 FONTE: AWS, 2007 Orientação como mostrada na figura Ver detalhe B 3/4 3/8 (4) 2–3 Na boa Solda por ponto ou por projeção – solda executada entre ou sobre componentes sobre- postos; a fusão ocorre entre as superfícies em contato ou sobre a superfície externa de um dos componentes. 2 3 3 3 2 3/8 Seção A-A 3/4 Detalhe B 2 A A 3/4 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 79 FIGURA 29 FONTE: AWS, 2007 Soldas (9 – requeridos) Soldas (5 – requeridos) Solda por ponto FIGURA 30 FONTE: AWS, 2007 Solda por ponto Símbolo Símbolo (5) 11/4 1/4 Seção A-A Seção A-A A A 1 16 16 (9) 1 1 1 1 1 1/21/2 A A 1/2 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 80 INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM Solda de costura – é a solda contínua executada entre ou sobre membros sobrepostos. Pode consistir em um único passe ou em uma série de soldas por ponto. Veja os exemplos: FIGURA 31 FONTE: AWS, 2007 Solda desejada Solda desejada Solda de costura FIGURA 32 FONTE: AWS, 2007 Solda de costura Símbolo Símbolo Seção A-A 1 1 2 RSEW A A 0,25 0,25 GTAW Seção A-A Orientação como mostrado no desenho 1/8 1/8 1 – 2 7 A A 7 IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J IL u ST R A ç õ ES : S EN A I- R J INSPETOR DE SOLDAGEM ❚ SIMbOLOGIA DA SOLDAGEM SENAI-bA SENAI-MG SENAI-RJ 81 FIGURA 33 FIGURA 34 FONTE: AWS, 2007 FONTE: AWS, 2007 Solda de revestimento Solda de revestimento Solda de revestimento ou amanteigamento – solda de revestimento é a solda em uma ou mais camadas sobre a superfície metálica (como o corpo de um equipamento, por exem- plo) com o objetivo de criar uma nova superfície com resistência a ataque químico (barreira química) ou desgaste. O amanteigamento é a solda em uma ou mais camadas depositadas na face do chanfro; é destinado principalmente a facilitar operações subsequentes de soldagem. Seção Tranversal da Solda Símbolo Seção A-A
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