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*Nome do Aluno: Maurício Duarte Sones *Matrícula: 201702004694 *Data: 12/05/2020 *Disciplina: Direito Constitucional II *Turno: Manhã RESENHA CRÍTICA · Sobre a intervenção Federal e Estadual pergunta-se: · Quais são os tipos de intervenção, quais são os artigos constitucionais que prevêem o instituto e como se dá o processamento das intervenções. · O que é ADIN interventiva e como se processa? · Ainda, quais são os órgãos consultivos de oitiva do chefe do poder executivo para a declaração de intervenção. O parecer destes órgãos é obrigatório de serem seguidos? A Constituição Federal determina que a República Federativa do Brasil é composta pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, conferindo autonomia a todos esses entes, a Intervenção Federal ou Estadual representa uma situação de anormalidade, quando é permitida a suspensão temporária dessa autonomia. Sendo um Estado de Exceção, a intervenção só pode ser acionada em casos específicos e quando não houver outra medida capaz de solucionar a questão. O ato de intervenção na autonomia política dos Estados-membros/Distrito Federal, pela União, somente será por decreto do Presidente da República; e no caso de intervenção Municipal, pelos governadores de Estado, pois este é ato privativo do Chefe do Poder Executivo. Existem dois tipos de intervenção , a intervenção federal , prevista no artigo 34 da cf, e a intervenção Estadual prevista no artigo 35 da cf. A intervenção no Município ocorrerá sempre pelo Estado, por parte da União, não é permitida a intervenção federal em Município. A única pessoa política legitimada a nele intervir é o Estado-membro. À União Federal, é consentida intervir em Municípios quando localizados em Território Federal. A intervenção federal é uma medida patológica, pois afasta a autonomia estadual. A princípio, essa intervenção é proibida (art. 4 da CFde 1988), porém, em casos excepcionais a União intervirá nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. De acordo com o art. 34, a União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I – manter a integridade nacional; II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas nesta constituição dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. O procedimento de intervenção da União pode ser explicado em quatro fases, com a finalidade de evitar a hipertrofia do Poder Executivo: · Iniciativa; · Fase judicial (somente presente em duas das hipóteses de intervenção – CF, art. 34, VI e VII); · Decreto interventivo; · Controle político (não ocorrerá em duas das hipóteses de intervenção – CF, art. 34, VI e VII). Iniciativa – A depender da hipótese prevista, a Constituição Federal indicará quem irá deflagrar o procedimento interventivo: (a) Presidente da República; (b) Solicitação dos Poderes locais (CF, art. 34, IV); (c) Requisição do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral, na hipótese prevista no art. 34, VI, segunda parte, ou seja, desobediência a ordem ou decisão judiciária; (d) Ações propostas pelo Procurador-Geral da República nas hipóteses previstas no art. 34, inciso VI e VII. Fase Judicial – Por se tratar de ações endereçadas ao STF, esta fase apresenta-se somente nos dois casos previstos de iniciativa do Procurador-Geral da República (art. 34, incs. VI e VII), sendo sua iniciativa, nada mais do que a legitimação para propositura de Ação de executoriedade de lei federal e Ação de Inconstitucionalidade interventiva. Julgando-se procedentes, as ações propostas são encaminhadas ao Presidente da República, para os fins de decreto interventivo. Decreto interventivo / procedimento – É através de decreto presidencial que a intervenção será formalizada, pois, uma vez publicado, será imediatamente eficaz. O decreto deverá conter a amplitude, o prazo e as condições de execução, e se necessário for, nomear um interventor. Tem-se então a intervenção de se efetivar por decreto presidencial, embora o Presidente da República esteja vinculado à sua edição, quando ocorrem as hipóteses de provocação por requisição. O Decreto presidencial, ao nomear o interventor, o considerará como servidor público federal e suas funções serão dependentes dos limites estabelecidos no decreto interventivo. Controle Político – a fim de garantir a excepcionalidade da medida, é prevista pela Constituição Federal a existência de um controle político sobre o ato interventivo, devendo ser realizado pelos representantes do Povo (Câmara dos Deputados) e dos próprios Estados-membros (Senado Federal). Em caso de não aprovação do Decreto, o Presidente deverá cessá-la imediatamente, sob pena de crime de responsabilidade (CF, art. 85, II). Conforme previstos no art. 34, VI e VII, o controle político será dispensado. previsto no art. 35 da cf, a intervenção no Município ocorrerá sempre pelo Estado. · Espontânea – quando a intervenção é de iniciativa do Governador em casos dos incs. I a III: (a) Dívida fundada, não paga por dois anos consecutivos; (b) Não prestadas contas na forma da lei; (c) Não aplicado o percentual mínimo para educação. · Provocada – São três hipóteses de intervenção estadual provocada (inc. IV): (a) Não dar provimento de ordem ou decisão judicial. O Tribunal de Justiça requisita a intervenção; (b) Não dar cumprimento à lei, havendo a ação de executoriedade de lei em nível estadual, proposta pelo Procurador-Geral de Justiça no TJ, o qual pode requisitar ao Governador a intervenção por decreto; (c) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva estadual. A ADI interventiva, também chamada de representação interventiva, surgiu na Constituição de 1934 como pressuposto para a decretação da intervenção federal ou estadual. Conforme a doutrina e o entendimento mais recente do STF, o objeto da ADI interventiva não se limita a lei ou ato normativo que viole esses princípios constitucionais. O art. 36, III, da Constituição Federal, estabelece que a intervenção federal dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador - Geral da República quando o objetivo for assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis listados no art. 34, VII, em suas alíneas de “ a ” a “ e ”
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