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COVID-19 (SARS CoV 2) Epis necessários: toca, avental impermeável, mascara n-95, protetor facial, luvas. Higienização das mãos em cada fase de colocação dos epis Coronavírus: · Rna vírus envelopado · Alta capacidade de mutação · Subtipo Alfa e beta infecta os seres humanos · Possui reservatório animal, geralmente morcegos Vias de transmissão · Transmissão: por pessoas sintomáticas, pré-sintomaticas, assintomáticas e superfícies contaminadas · Casos importados · Transmissão local: identifica o foco de contágio · Transmissão local: não identifica a fonte da infecção · Taxa de transmissão: para 1 a 3 pessoas Definição de caso suspeito: · Febre e > 1 sintoma respiratório (tosse/dispneia) e história de contato próximo de caso suspeito nos últimos 14 dias · Febre ou > 1 sintoma respiratório e contato próximo de caso confirmado nos últimos 14 dias · Transmissão na comunidade leve em consideração febre e sintomas respiratórios Generalidade: · Período de incubação: 2 – 14 dias, mas pode ser até 21 dias · Suscetibilidade é geral · Espectral: leve a pneumonia grave · Maior gravidade: idoso, comorbidade ( dm, has, obesidade) Quadro clínico Classificação clínica: Assintomáticos: somente apresenta teste sorológico positivo, com IgG positivo Doença leve a moderada: quadro clínico de resfriado, síndrome gripal, pneumonia leve, sem necessidade de oxigenioterapia ou internação hospitalar Doença branda · Síndrome gripal: febre, tosse e dispnéia, dor de garganta, perda do olfato, congestão nasal · Dor no corpo, diarréia, levedo reticular, exantema varicela like, inchaço nos dedos dos pés · Fenômenos trombóticos · Tomografia: condensação, padrão em vidro fosco, arvore em brotamento, infiltrado bilateral Doença grave: febre e infecção respiratória , fr > 23, dispnei/ saturação < 93% · Em crianças: tosse ou dificuldade respiratória cianose, tiragem intercostal, saturação < 90 Diagnóstico · Secreções respiratórias (swab) – PCR em tempo real, se positivo quarentena por 14 dias. 3º a 7º dia de início dos sintomas · Teste sorológico ELISA – após 14º dia de sintomas · Teste rápido- após o 5-7º dia de sintomas Laboratório: · Linfopenia com leucopenia · Plaquetopenia · Aumento de proteína c reativa, LDH, d-dímero Radiografia: Quando fazer: · Para paciente grave · Pacientes que vai internar · Dúvida diagnóstica e complicações RX de tórax não é indicado Padrão vidro fosco: Aumento da atenuação ( mais branco) CINZA, que é possível vê brônquios e vasos COVID – 19: opacidade em vidro fosco, periférica, bilaterais, múltiplos lobos (+inferior), principalmente os espaços subpleurais Quadro evolutivo: · Fase inicial: 4 dias após o inicio dos sintomas, predomina o padrão de opacidade em vidro fosco · Fase intermediária: entre o 5º e 8º dia, há um aumento na extensão do acometimento pulmonar, com aparecimento de pavimentação em mosaico e consolidações · Fase tardia: entre 9 e 13 dia, quando costuma ocorrer o pico de achados radiográficos , nota-se predomínio de consolidações, Outras alterações: Derrame pleural < 2% casos, aumenta a mortalidade Linfonodomegalia Lesões pulmonares escavada/ padrão de pneumonia lobar: pneumonia bacteriana Padrão centrolobular/ em “ árvore em brotamento”: pensar em asma Tratamento · Suporte respiratório: paracetamol, dipirona · uso de antiviral Oseltamivir para grupo de risco: iniciar nas primeiras 48h para eles - hepatopatia, grávidas, cardiopatas, obesos · Pode ser usado: loppinavir-ritonavir, antiviral de amplo espectro remdesivir · Uso de cloroquina · HBPM em dose não plena para minimizar fenômenos trombóticos COMO IDENTIFICAR UM PACIENTE COM SINDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE Síndrome gripal: febre de início súbito, acompanhada da tosse, dor de garganta ou dificuldade respiratória e pelo menos: cefaleia, mialgia, artralgia, ausência de outro diagnóstico específico SRAG · INICIO sintomas em média no 7 ou 8 dia · Com síndrome gripal e achados na radiografia Critérios: · Sat <95% · Sinais de desconforto respiratório ou aumento da FR avaliada de acordo com a idade, FR >24 · Piora nas condições clínicas da doença de base · Hipotensão (PA <90x60) · Individuo de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória ( dispnéia, tiragem intercostal, cianose, batimento de asa de nariz) · Em crianças: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa nasal, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. Fatores de risco: · > 60 anos · IC/ INSUFICIENCIA CORONARIANA · DM · DPOC/Asma · HAS Síndrome da angustia respiratória aguda Imagem: infiltrado bilateral difuso em exame de imagem. Diagnóstico diferencial com ICC Gasometria arterial: fio2 21% ao ar ambiente/ PaO2 Classificação da SARA em adultos · Leve: PaO2/FiO2 > 200 e < = 300, com PEEP ou CPAP > 5 cmh2o, ou não ventilado · Moderada: PaO2/FiO2 > 100 e < 200, com PEEP ou CPAP > 5 cmh20 , ou não ventilado · Grave: PaO2/FiO2 < 100, com PEEP ou CPAP > 5 cmh20 , ou não ventilado · Se SpO2/FiO2 < 315 sugere SARA Crianças: OI = Índice de Oxigenação e OSI = Índice de Oxigenação utilizando SpO2. Use a métrica baseada no PaO2, quando disponível. Caso o PaO2 não esteja disponível, desmame a FiO2 para manter a SpO2 ≤ 97% para calcular o OSI ou a relação SpO2/FiO2: • Ventilação não invasiva ou Cpap bi nível ≥ 5 cm H2O através de máscara facial completa: PaO2/FiO2 ≤ 300 mmHg ou SpO2/FiO2 ≤ 264. • Sara leve (com ventilação invasiva): 4 ≤ OI < 8 ou 5 ≤ OSI < 7,5. • Sara moderada (com ventilação invasiva): 8 ≤ OI < 16 ou 7,5 ≤ OSI < 12,3. • Sara grave (com ventilação invasiva): OI ≥ 16 ou OSI ≥ 12,3. Diagnóstico diferencial de covid-19 · Influenza: pequenos pontos de vidro fosco · Pneumocistose: padrão de vidro fosco bilateral, em paciente com HIV · Hemorragia alveolar: padrão de vidro fosco periférico em paciente lúpica · Pneumonia na comunidade lembrar de pneumonia eosinofílica: mais de 20% de eosinófilos, ou hipersensibilidade a mofo pode causar isso tbm · Pneumopatia intersticial TRATAMENTO INDICAÇÃO DE O2 SUPLEMENTAR · Saturação menor que 92%. Meta manter entre 92-96% · Meios: cateter nasal (até 5-6 l/mim), máscara não reinalante (até 10-15l/mim) · Se não manter a saturação: canula nasal de alto fluxo, VNI NORMAL – depende de ter uma equipe bem treinar para lidar com aerossol Manejo do broncoespasmo Uso de bombinha · Salbutamol 100mcg-4 jatos · Ipratrópio 20 mcg-7jatos · Evitar nebulização · Sulfato de magnésio: 2g EV em 20 mim · Corticoide: predinisona 40mg ou equivalente IOT · Menor número de pessoas possíveis · Usar sequencia de intubação rápida · Causam aerossolização: nebulização, IOT, VNI, cateter nasal de alto fluxo, aspiração de via aérea, ambuzar Indicação: · A: Hipoxemia grave não responsiva a oxigenioterapia · B: Insuficiência respiratória aguda (FR>30) · C: Curso clínico desfavorável Preparação · Testar equipamentos, apirar medicações, preditores de via aérea difícil, monitorizar o paciente Pré-oxigenação: · Utilizar bolsa-válvula-mascara com filtro · Ofertar 15l/mim · Na posição sentada de 3 a 5 mim · Posicionamento do paciente final após o termino do processo Medicações Otimização pré-intubação: manter o paciente hemodinamicamente estável Fentanil: fazer a simpatólise ( p/ HSA, AVC, DISSECÇÃO DE AORTA ), não deve ser usado rotineiramente. Efeitos colaterais: bradpneia, apneia, rigidez torácica, hipotensão Lidocaína: interessante para suprimir a tosse Indução de paralisia Indutor em bolus seguido de bloqueador neuromuscular em bolus · Etomidato 0,3mg/kg: cardioestável, segura · Quetamina 1,5mg/kg: liberação de catecolaminas e broncodilatação, mantem o perfil hemodinâmico Bloqueador neuromuscular · Succinilcolina 1,5mg/kg (peso real): contraindicação- paciente com risco de desenvolver hipercalemia · Rocurônio 1,2mg/kg Pós-intubação: · A (fixar o tubo) B(manter boa ventilação) C ( manter o perfil hemodinâmico) pós-intubação · Gasometria arterial · Rx de tórax ou TC – posicionamento do tubo · Sedação continua PCR PARAMENTAÇÃO PRIMEIRO · Drogas e indicação de desfibrilação mantidas· Via aérea avançada · Evite “ambuzar” No VM · Modo volume-controlado · Pressão de pico no valor máximo · FiO2 100% · 10-12 IRM · PEEP: menor valor possível RESGATE SE DESOXIGENOU: saturação < 93% · Máscara laríngea · Tubo laríngeo: acima de 30kg a escolha do tubo é de acordo com altura. Os incisivos devem ficar na marcação preta. Ventilação mecânica VNI Usar com filtro para microorganismos, reavaliar em 20mim Indicado: disfunção respiratória leve (relação paO2/fiO2= 200 -300) que não tenham contraindicações ( RNC – rebaixamento do nível de consciência/CHOQUE/NECESSIDADES IMEDIATAS DE INTUBAÇÃO, PCR) · Utilizar máscara performax acoplada a circuito específico de VM · Utilizar bacterogard, filtro de barreira na saída expiratória · Deixar o paciente em quarto isolado · Se passar de fiO2 > 50%, não é mais indicação de VNI VM PROTETORA MODO VCV · Vt = 6ml/kg de peso predito · Fr inicial 25ipm · PEEP 10 / FIO2 60% · BLOQUEIO NEUROMUSCULAR SE: vt> PROGRAMADO, VOLUME > 12L/MIM, PACIENTE “BRIGANDO” COM O VENTILADOR Manobras de resgate – hipoxemia, pelo menos 1 indicação : · Vt> 6ml/kg · Pplatô > 30 cm h20 - hiperdistensão de zonas pulmonares / maior morbimortalidade · P distensão> 16 cm · pH < 7,15 ou FR >35 ipm · PEEP > 12 Manobras: · Posição prona (po2/fi02 < 150) · Oxigênio nítrico – MELHORAR A PERFUSÃO DE ZONAS SÃS · Se deltaP > 16 cmh20: CONSIDERAR MANOBRAS DE RECRUTAMENTO ALVEOLAR E TITULAÇÃO DECREMENTAL DA peep POSIÇÃO PRONA Indicada na SARA moderada ou grave com Fio2 > 0.6 E/OU impossibilidade de manter relação de PaO2/FIO2 > 150 NAS PRIMEIRAS 48H do diagnóstico à VM protetora (pressão de distensão < 15 cm h20) e /ou disfunção e VD Contraindicação Absoluta: arritmias grave, fratura facial ou pélvica, aumento da pressão facial, esterniotomia recente. Relativa: traqueostomia recente < 24h, fistula broncopleural, hemoptiase/hemorragia alveolar, cirurgia oftalmológica/ aumento da pressão intraocular, gestantes, ferimentos na face, PIA > 20mmhg. · Parar dieta enteral · Clampear tubos e drenos · Aspirar às secreções · Checar todas as conexões do paciente MANEJO DA HIPERCAPNIA – acidemia · VM protetora – acidose respiratória inevitável · Inicialmente, FR= 25-30 IPM ( ATÉ 30-35) com alvo pH > 7,25 · Tolerar hipercapnia permissiva com pH = 7,15 – 7,25 em caso de alvo inicial não atingível · Lavar co2= mexer no volume minuto VM= FCXVC (VOLUME CORRENTE) ---- NÃO MEXE NO VOLUME CORRENTE PROTETOR SE PH< 7,15 · CONSIDERAR AUMENTOS DE FR altos (40 -50 ipm) desde que não impliquem em hiperinsuflação dinâmica (alto PEEP) com hipotensão secundária ou aumentos na pressão de platô · Considerar recrutamento se driving pressure elevada (delta p > 16 ) : pressão de platô – peep · Pressão de platô - -- não ultrapassar 30 · Outras causas: dieta hipercalórica, febre Ajuste da PEEP Saturação acima do alvo: · Ajustes devem ser realizados rapidamente, entre 30s e 1 mim, até o alvo de oxigenação (reduz peep em 1 , fio2 em 10% ----- alvo sto2 90-95%) · Oxigenação alvo: após 30 mim, coletar gasometria arterial · Revaliar pelo menos 2/2h Saturação abaixo do alvo: · Vt= 4-6ml/kg, fr até 35ipm ( tolerar hipercapnia para pH >= 7,15) · Delta P< 16, pplatô <30 Titulação da peep ------ se peep > 12 e spo2 < 90% · Fio2 em 100% - peep em 20 e cai de 2 em 2 · Vt constante, fr constante · Faz pausa inspiratória de 0,2 para calcular a pressão de platô · Após o ajuste - ---- encontrar menor fi02 possível
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