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embriologia do sistema nervoso

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Sistema nervoso periférico 
 
 
 
Maria Luiza Torres 
E M R B OI L O G I A
 Início da gratulação corresponde à formação de: 
Três camadas germinativas precursoras de todos os tecidos; 
Disco embrionário de duas camadas passa a ter três; 
Início da morfogênese (desenvolvimento das formas e estruturas) 
Orientação axial do embrião; 
*Moléculas sinalizadoras. 
3º semana de desenvolvimento 
O disco embrionário forma uma saliência na direção da cavidade 
amniótica na prega da cabeça (cefálica). A alantoide, uma extensão 
endodérmica circundada por mesoderma, se estende em direção ao 
trofoblasto. 
 
 
 
 As vilosidades vão da origem ao tecido vascular que vai 
nutrir o embrião. 
 Alantoide vai prender o embrião ao tecido. 
 Cavidade amniótica onde se desenvolve o liquido amniótico. 
 
Os três folhetos embrionários 
 
 Ectoderma (tecido mais superficial do embrião) 
 SNC e SNP: origem embriológica comum 
 Ectoderma (neuroectoderma) vai da origem as estruturas do sistema 
nervoso 
 Pele, olhos, orelha interna e tecidos conjuntivos da cabeça. 
 
Ectoderma vai sendo estimulado pelo notocorda, para formar as estruturas 
do SN. Notocorda estimula a media do ectoderma a se diferenciar em 
neuroectoderma. 
 
Mesoderma 
 Forma o tecido de sustentação do embrião 
(fibroblasto, condroblasto....) 
 
 
Na metade da terceira semana e final da quarta semana eu tenho que essas pregas neurais eles vão formando uma estrutura em forma 
de gota. Esse neuroectoderme se desprende do ectoderma. 
 
 
 
Neurulação 
O processo em que a placa neural e as pregas neurais são formadas, e o fechamento que forma o tubo neural, ou seja, consiste na 
formação do tubo neural. Neste processo, o embrião pode ser chamado de nêurula. A placa neural desenvolve-se a partir do ectoderma 
embrionário e quem induz este processe é a notocorda. 
 O canal neural vai da origem aos ventrículos encefálicos 
 Tubo neural vai da origem a todas as estruturas que vão compor o sistema nervoso 
central (telencefalo, diencéfalo, estruturas do tronco encefálico...) 
 A crista neural ela da origem as estruturas do SNP. 
 A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento 
 
A origem embrionária do sistema nervoso consiste no tubo neural. O tubo neural 
tem origem nas células ectodérmicas que migram para a linha mediana e para a região dorsal 
do embrião. Essas células que se tornam diferenciadas vão se aglomerando e, uma vez que 
se unem, formam o tubo neural (entre a 3ª e a 5ª semana). Tudo que está dentro desse 
tubo irá formar o sistema nervoso central (SNC) através de dobramentos. 
No entanto, nem todas as células que migraram para a linha mediana ficaram no 
tubo neural, já que algumas se destacam e se aglomeram na região dorsal do embrião 
(dorsal ao tubo neural). A essas células é dado o nome de crista neural e são elas que 
formam o sistema nervoso periférico (SNP) e suas estruturas (gânglios e nervos). 
 
 
 
 
 
 
Embriologia do sistema nervoso periférico 
Inicio da 5 semana 
Formação da crista neural Dessa forma o SNP é formado por gânglios e nervos. 
Gânglios 
 Neurônios e células da glia (células de suporte para o SNP) 
 Revestimento conjuntivo (mesênquima) 
Nervos 
 
 São formados por axônios de neurônio cujo corpo neuronal está dentro do 
SNC ou em um gânglio periférico. Eles são revestidos pelo mesênquima 
também. 
 Prolongamento de neurônios e de células da glia (SNC ou dos 
gânglios) 
 Revestimento conjuntivo (mesênquima) 
 
Gânglios 
 Localização 
No crânio (gânglio craniano) ou paralelamente a coluna espinal (gânglio espinal) gânglio autônomo (próximo ou dentro dos órgãos). 
Ou seja, os gânglios vão receber o nome de acordo com o local em que estão: gânglio craniano (localizado no crânio), gânglio sacral (na 
pelve), gânglio torácico (no tórax), gânglio autônomo (faz parte do autônomo), gânglio espinhal/espinal (está muito próximo à medula 
espinal), e assim por diante. 
 
 Função 
 Gânglios sensoriais (EX: gânglio trigeminal, gânglio espinal da raiz dorsal neural) 
 Gânglios motores- (gânglios autônomos que possuem neurônios motores pré-ganglionar e participam da inervação de vísceras) 
As células da crista neural elas migram para o gânglio espinal para ficar próximo da medula espinal e forma o gânglio espinal e elas também 
podem seguir os órgãos ou vasos sanguíneos.. 
O gânglio espinal pode ser chamado também de gânglio da raiz dorsal, pois o seu prolongamento vai em direção ao corno dorsal da medula 
espinal, por isso ele é chamado de gânglio que vai formar a raiz dorsal. 
O gânglio autônomo possui localização próxima a medula espinal (chamados de 
tronco simpático), além de gânglios que ficam próximos de vasos sanguíneos ou pré 
vertebrais – divisão simpática (que recebem o nome de acordo com o vaso), e 
gânglios colados aos órgãos – divisão parassimpática (recebendo o nome do órgão 
do qual ele participa da inervação). 
 
• O axônio sai do gânglio e recebe o nome de algum nervo. 
• A célula da crista neural pode formar no gânglio craniano e no gânglio espinal gânglios sensitivos, cuja característica é enviar 
informações sensitivas. Então, dentro dele vai ter neurônios sensitivos e eles possuem a característica de serem pseudounipolar. 
 
 Composição 
 Neurônios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aquelas mesmas células da crista neural podem dar origem a neurônios distintos, com localizações e funções diferentes. Esses 
neurônios podem ser de dois tipos: pseudo-unipolar ou multipolar. 
 Dentro de gânglios sensitivos (craniano e espinhal, por exemplo) estão neurônios como o neurônio pseudo-unipolar que possui um 
grande núcleo, pequeno prolongamento que vai se dividir em dois: um grande prolongamento periférico (vai na pele, por exemplo) e 
um prolongamento central (que vai conduzir impulso sensitivo para dentro do SNC). 
 
 
 
 
 
 
 
 Ao mesmo tempo, em gânglios autônomos é comum encontrarmos neurônios do tipo neurônio multipolar. Esse tipo de neurônio é 
muito característico de neurônios motores (por isso eles são encontrados em gânglios autônomos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células da glia 
 Sua origem é na crista neural 
 Elas existem para manter o tecido nervoso saudável, funcionando de forma correta. Tem relação direta com os vasos sanguíneos. 
 
 Ao redor do neurônio eu tenho as células da glia. 
 Ao redor do corpo, há as células satélites especificas de gânglios, que são 
células de suporte para o tecido neuronal. Uma vez que esse não possui contato 
direto com vasos sanguíneos, quem faz intermediação de contato sanguíneo do tecido 
nervoso para o neurônio são as células da glia, formando a barreira hematoencefálica. 
 Existem vários tipos de células satélites específicas de gânglios, como os 
oligodendrócitos (que produzem mielina no SNC), as células de Schwann (que 
produzem mielina no SNP), os astrócitos e micróglias (que são especificas de SNC). 
 
Revestimento dos gânglios 
 Tecido conjuntivo: origem no mesenquima 
 Continuo com tecido adjacente 
 
 
Desse modo, ao observarmos a origem das estruturas do SNP, vemos que as células da crista neural formam as células satélites, os 
neurônios pseudo- unipolar que estão no gânglio da raiz dorsal, o neurônio multipolar do gânglio autônomo motor, os melanócitos que ficam 
disseminados na pele, formam também outros gânglios que ficam próximos a grandes vasos sanguíneos (como o celíaco, o renal, etc.), o plexo 
miontérico que vai desde o esôfago distalaté o reto, com uma infinidade de neurônios, muito importantes para o controle do sistema 
digestório e excretório. 
 
Células do sistema cromafim 
 São gânglios cheios de corpos neuronais. O sistema cromafim é formado pelos corpos carotídeos e medula da glândula suprarrenal. A 
medula da glândula suprarrenal, que produz adrenalina e noradrenalina, tem origem na crista neural, ou seja, é praticamente um gânglio 
autônomo, mas que se desenvolveu em células endócrinas ao invés de neurônios. Os corpos carotídeos são um tipo de tecido nervoso que 
fica na adjacência da artéria carótida comum, eles ficam bem presos no vaso para captar: distensão do vaso, variação de pH, etc. O sistema 
cromafim é considerado uma extensão do sistema simpático. 
Medula suprarrenal 
Corpos carotídeos e aórticos 
 Associação a gg simpáticos 
Troco simpático 
Todos os gânglios que tem associação direta ao sistema simpático a gente diz que eles têm origem ou formam o sistema cromafim. 
Desse modo, ao observarmos a origem das estruturas do SNP, vemos que as células da crista neural formam as células satélites, os 
neurônios pseudo- unipolar que estão no gânglio da raiz dorsal, o neurônio multipolar do gânglio autônomo motor, os melanócitos que ficam 
disseminados na pele, formam também outros gânglios que ficam próximos a grandes vasos sanguíneos (como o celíaco, o renal, etc.), o 
plexo mioentérico que vai desde o esôfago distal até o reto, com uma infinidade de neurônios, muito importantes para o controle do 
sistema digestório e excretório. 
 
Nervos 
 São prolongamentos de neurônios (gânglios e SNC) 
 Sua origem é na crista neural e tubo neural 
 O revestimento é feito pelas células da glia (schwann) origem na crista neural e por cima da bainha mielina quem reveste é o 
tecido conjuntivo - se origina no mesenquima. 
Tecido conjuntivo: (epineuro mais superficial, perineuro mediano, endoneuro mais profundo). 
Os nervos são divididos de acordo com a sua localização e a sua função 
Localização: 
 Nervos cranianos (pode ser motor, ou sensitivo, ou misto) 
 Nervos espinais (todos são mistos) 
 Nervos autônomos 
Função: 
 Motor 
 Sensorial 
 Misto 
 
Nervos espinais (31 pares) 
 Nervo misto (prolongamento de neurônios do snc e gânglios espinais) 
 A formação de um nervo misto ocorre através da união entre o prolongamento periférico dos neurônios (que passam através do 
gânglio espinal) com os prolongamentos periféricos (axônios) de neurônios basais. Ao saírem, eles se unem e por isso o nervo é 
chamado de misto, pois ele carrega tanto fibras de neurônios motores quanto prolongamento periférico de neurônio que está no 
gânglio da raiz dorsal, que é sensorial. 
 Há a formação de um gânglio espinal que se aproxima da medula espinal primitiva, que possui duas divisões (placa alar e placa 
basal, dorsalmente e ventralmente, respectivamente). Os neurônios pseudounipolares , localizados dentro do gânglio, possuem 
vários prolongamentos centrais que tendem a se acoplar no corno dorsal da medula, formando a raiz sensorial. O neurônio 
também possui prolongamentos periféricos que segue junto com a raiz motora do corno ventral, formando o nervo misto. 
 
 
Nervos cranianos (12 pares) 
 Relação com as colunas funcionais do tronco encefálico. 
 Nervos: misto, motor ou sensorial. 
 
Nervos de contingenciamento: 
 Quanto mais se usa um nervo, mais ele se desenvolve, chegando ao ponto de possuir 5 funções – “levam e trazem de tudo”. 
As raízes dos nervos são todas alojadas no SNC. Existem grandes nervos que começam suas ramificações desde o início da sua saída do 
SNC, logo, conforme o embrião foi crescendo, ele foi sendo esticado. Grandes nervos, como o vago, que segue da base do cérebro até 
metade do intestino grosso, inervando todo o tubo digestório, por ser muito longo precisa irradiar muito – é o maior dos nervos cranianos, 
perdendo apenas para o nervo isquiático. 
 
Célula de schwann 
 Disposta ao longo do prolongamento 
 Célula envoltória 
 Múltiplas dobras ou dobra única (fibras mielínicas ou mielinizadas) 
 Mielinização das fibras nervosas- bainha de mielina (20 semanas) 
 Inicio da função dos nervos (nervos motores- sensoriais.) 
 E dai que o embrião começa a se mover. 
A fibra amielínica (schwann) se enovela ao redor do axônio e depois vira fibra 
mielínica. 
 
 
 
 
 
Exemplos 
Na imagem a seguir, vemos um caso de degeneração ou ausência congênita de células do plexo mioentérico (funcionando incorretamente). 
Isso acarreta em travamento do tubo digestório, já que, quando ocorre obstrução funcional do mioentérico, o bolo fecal não desce. A parte 
brilhosa é chamada de hipersinal e representa o cólon, a região final do tubo digestório (quase chegando no reto). Tem que ser feito várias 
manobras para retirar esse bolo fecal, pois não há relaxamento do esfíncter interno autônomo. O esfíncter interno – esse esfíncter que, 
de forma autônoma entrava a saída do bolo fecal – consiste no aparato que libera o bolo fecal para desencher a porção final do tubo 
digestório, antes de descer para o reto, quando está cheio de fezes. Há também o esfíncter externo, nas imediações do músculo levantador 
do ânus controlado pela divisão somática do SNP – esse você controla a contração. No mesmo paciente, está ocorrendo a obstrução no 
esfíncter interno do esôfago, que está alargado pela obstrução da cárdia. 
 Pode acarretar: Acalasia esofágica: 
 Obstrução funcional do esôfago 
 Megacolon congênito: 
 Sem relaxamento do esfíncter interno 
 
Resumindo a formação do sistema nervoso 
 
A segunda semana do desenvolvimento embrionário é marcada pela implantação do blastocisto. À medida que o blastocisto vai sendo 
implantado, o embrioblasto sofre mudanças morfológicas, produzindo um disco embrionário bilaminar composto de epiblasto e hipoblasto. Esse 
disco embrionário vai originar as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião. 
O embrioblasto, que era uma camada única celular, se divide e se separa em duas camadas. A partir daí, essas duas camadas 
começam a ser chamadas de disco embrionário, que é uma placa bilaminar. Essas duas lâminas são: 
 Epiblasto: camada de células colunares altas, que forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente em continuidade 
com o âmnio. 
 Hipoblasto: camada de células cuboides, que forma o teto da cavidade exocelômica (saco vitelínico) e está em continuidade com a 
membrana exocelômica (membrana vitelínica). 
Ainda no disco embrionário, observe que o saco vitelínico primitivo é formado pelo hipoblasto e pela membrana da cavidade exocelômica. As 
células do endoderma do saco vitelínico formam uma camada de tecido conjuntivo (mesoderma extraembrionário) que circunda o âmnio e o 
saco vitelínico. 
O embrião de 14 dias 
Ele já é um disco embrionário bilaminar, que terá uma parte formada pelo epiblasto e outra pelo hipoblasto (que vieram da divisão do disco 
embrionário, como descrito acima). O hipoblasto vai dar origem ao endoderma do saco vitelínico, que dará origem ao mesoderma 
extraembrionário. Além disso, mais lá na frente, o hipoblasto também dará origem à placa precordal, que desenvolve o sistema nervoso 
central do bebê e também forma a boca e a cabeça. Já o epiblasto, vai formar o ectoderma do âmnio, o ectoderma embrionário e a linha 
primitiva. A linha primitiva vai dar origem ao mesoderma extraembrionário, ao mesoderma embrionário, ao processonotocordal e ao 
endoderma do embrião. 
A placa precordial desenvolve-se como um espessamento local do hipoblasto e corresponde a futura região cefálica do embrião e o futuro 
local da boca. 
GASTRULAÇÃO: FORMAÇÃO DAS CAMADAS GERMINATIVAS 
A gastrulação é o processo pelo qual as três camadas germinativas, precursoras de todos os tecidos embrionários, e a orientação axial são 
formados nos embriões. Constitui o evento mais importante que ocorre durante a terceira semana e representa o início da morfogênese. 
Durante essa semana, o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar. Cada uma das três camadas 
germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) dá origem a tecidos e órgãos específicos: 
O ectoderma embrionário dá origem à epiderme, aos sistemas nervosos central e periférico, aos olhos e ouvidos internos, às células da 
crista neural e a muitos tecidos conjuntivos da cabeça. 
O endoderma embrionário é a fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo as glândulas que se abrem 
no trato digestório e as células glandulares de órgãos associados ao trato digestório, como o fígado e o pâncreas. 
O mesoderma embrionário dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas, ao revestimento dos vasos sanguíneos, à 
musculatura lisa das vísceras, ao revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas genitais e excretor 
e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, ele é a origem de todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, ossos, tendões, 
ligamentos, derme e estroma (tecido conjuntivo) dos órgãos internos. 
 
 
 
 
 
Linha Primitiva 
No começo da terceira semana, uma faixa linear espessada do epiblasto aparece caudalmente no plano mediano do dorso do disco 
embrionário bilaminar, dando origem à linha primitiva, que é o primeiro sinal morfológico da gastrulação. A linha primitiva resulta da 
proliferação e do movimento das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Tão logo a linha primitiva aparece, é possível 
identificar o eixo craniocaudal, as extremidades cranial e caudal, as superfícies dorsal e ventral do embrião. 
Conforme a linha primitiva se alonga pela adição de células à sua extremidade caudal, sua extremidade cranial prolifera para formar o nó 
primitivo. Simultaneamente, um sulco estreito, o sulco primitivo, se desenvolve na linha primitiva e é contínuo com uma pequena depressão no 
nó primitivo, a fosseta primitiva. 
Ambos são resultados da invaginação das células epiblásticas. Pouco tempo depois do aparecimento da linha primitiva, as células migram de 
sua superfície profunda para formar o mesênquima, um tecido conjuntivo embrionário formado por pequenas células fusiformes, 
frouxamente organizadas em uma matriz extracelular de fibras colágenas esparsas. O mesênquima forma os tecidos de sustentação do 
embrião, assim como a maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo e a trama de tecido conjuntivo das glândulas. Uma parte do mesênquima 
forma o mesoblasto, que dá origem ao mesoderma intraembrionário. 
As células do epiblasto, bem como as do nó primitivo e de outras partes da linha primitiva, deslocam o hipoblasto, formando o endoderma 
embrionário. As células remanescentes do epiblasto formam o ectoderma embrionário. 
Em resumo, as células do epiblasto, por meio do processo de gastrulação, dão origem a todas as três camadas germinativas no embrião, os 
primórdios de todos os seus tecidos e órgãos. 
 
 
PROCESSO NOTOCORDAL 
Algumas células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva, formando um cordão celular mediano, o processo 
notocordal. Inicialmente, o processo notocordal se alonga e ganha lúmen, formando o canal notocordal, que se estende cranialmente a partir 
do nó primitivo até a placa pré-cordal. 
Esse processo logo adquire um lúmen, formando o canal notocordal. O processo notocordal cresce cranialmente entre o ectoderma e o 
endoderma até alcançar a placa pré-corda, uma pequena área circular de células endodérmicas cilíndricas na qual o ectoderma e o 
endoderma se fundem. Em seguida, o assoalho do processo notocordal se funde com o endoderma embrionário subjacente. Essas camadas 
fusionadas se degeneram gradualmente, resultando na formação de aberturas no assoalho do processo notocordal. 
Conforme essas aberturas se tornam confluentes, o assoalho do canal notocordal desaparece e o restante do processo notocordal forma a 
placa notocordal achatada e sulcada. Começando na extremidade cranial do embrião, as células da placa notocordal se proliferam e sofrem 
um dobramento, que forma a notocorda. O desenvolvimento da notocorda induz o ectoderma embrionário sobreposto a se espessar e 
formar a placa neural, o primórdio do SNC. 
Além disso, algumas células mesenquimais da linha primitiva que têm destinos mesodérmicos, migram cranialmente em cada lado do processo 
notocordal e ao redor da placa pré-cordal. É aí que elas se encontram cranialmente para formar o mesoderma cardiogênico na área 
cardiogênica, onde o primórdio do coração começa a se desenvolver no final da terceira semana. 
 
 
 
 
 
NEURULAÇÃO:FORMAÇÃO DO TUBO NEURAL 
A neurulação é o processo envolvido na formação da placa neural e das pregas neurais e no fechamento das pregas para formar o tubo 
neural. Ela está completa até o final da quarta semana, quando ocorre o fechamento do neuroporo caudal. 
Placa e Tubo Neural Conforme a notocorda se desenvolve, ela induz o ectoderma localizado acima dela ou adjacente à linha média, a se 
espessar e formar uma placa neural alongada de células epiteliais espessas. O neuroectoderma da placa dá origem ao SNC, o encéfalo e a 
medula espinhal, além de outras estruturas como a retina. 
Inicialmente, a placa neural corresponde em comprimento à notocorda subjacente. Ela surge rostralmente (extremidade da cabeça) ao nó 
primitivo e dorsalmente (posterior) à notocorda e ao mesoderma adjacente a ela. Conforme a notocorda se alonga, a placa neural se amplia e 
finalmente se estende cranialmente até a membrana bucofaríngea (Fig. 3C). Posteriormente, a placa neural se estende além da notocorda. 
Aproximadamente no 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central para formar o sulco neural mediano longitudinal, com as 
pregas neurais em ambos os lados, as quais se tornam proeminentes na extremidade cranial do embrião, e são o primeiro sinal do 
desenvolvimento do encéfalo. Ao final da terceira semana, as pregas neurais se movem e se fusionam transformado a placa neural em tubo 
neural, o primórdio das vesículas encefálicas e da medula espinhal. O tubo neural se separa do ectoderma superficial assim que as pregas 
neurais se fusionam. As células da crista neural sofrem uma transição de epitelial para mesenquimal e migram à medida que as pregas 
neurais se encontram e as margens livres do ectoderma de superfície se fundem, de modo que essa camada se torna contínua sobre o 
tubo neural e no dorso do embrião. 
Em seguida, o ectoderma superficial se diferencia na epiderme. A neurulação se completa durante a quarta semana. 
À medida que as pregas neurais se fundem para formar o tubo neural, o tubo neural se separa do ectoderma superficial, e as cé lulas da 
crista neural formam uma massa achatada e irregular, a chamada crista neural, situada entre o tubo neural e o ectoderma superficial acima. 
Logo após sua formação, ela se separa em porções (direita e esquerda), que se deslocam para os aspectos dorsolaterais do tubo neural, 
onde dão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos. Os gânglios dos nervos cranianos (V, VII, IX e X) são parcialmente 
derivados das células da crista neural. Além disso, a crista neural contribui para a formação das leptomeninges (aracnoide e pia-máter). 
 
 
Formação da Crista Neural 
 
À medida que as pregas neurais se fundem para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicassituadas ao longo da margem 
interna de cada prega neural perdem a sua afinidade epitelial e a ligação às células vizinhas (Fig. 4). Conforme o tubo neural se separa do 
ectoderma superficial, as células da crista neural formam uma massa achatada irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma 
superficial acima A crista neural logo se separa em porção direita e esquerda, e estas se deslocam para as regiões dorsolaterais do tubo 
neural, onde dão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos, e aos gânglios do sistema nervoso autônomo. 
Além de formar as células ganglionares, as células da crista neural formam as bainhas de neurilema dos nervos periféricos e contribuem 
para a formação das leptomeninges (aracnoide e pia-máter). As células da crista neural também contribuem para a formação das células 
pigmentares, da medula da glândula suprarrenal e muitos outros tecidos e órgãos. 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS 
 
Além da notocorda, as células derivadas do nó primitivo formam o mesoderma para-axial (Figs. 5B e 4A). Próximo ao nó primitivo, essa 
população celular aparece como uma coluna espessa e longitudinal de células. Ao final da terceira semana, o mesoderma paraxial se 
diferencia, se condensa e começa a se dividir em corpos cuboides pareados, os somitos. 
Esses blocos de mesoderma estão localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento (Fig. 5C e F). Cerca de 38 pares de somitos 
se formam entre 20 e 30 dias após o início do desenvolvimento do embrião. Ao final da quinta semana, 42 a 44 pares de somitos estão 
presentes. Eles formam elevações na superfície do embrião e são um pouco triangulares em secções transversais (Fig. 4A a F). 
Inicialmente, os somitos surgem na futura região occipital da cabeça do embrião e logo se desenvolvem craniocaudalmente. Dão origem à 
maior parte do esqueleto axial e à musculatura associada, assim como à derme da pele adjacente. 
 
DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRAEMBRIONÁRIO 
 
O celoma intraembrionário é a cavidade do corpo do embrião e surge como espaços celômicos isolados no mesoderma intraembrionário 
lateral e no mesoderma cardiogênico (Fig.5A e C). Esses espaços logo se unem para formar uma única cavidade em formato de ferradura, o 
celoma intraembrionário (Fig. 5D e E), que divide o mesoderma lateral em duas camadas: camada somática ou parietal e camada esplâncnica 
ou visceral. O mesoderma somático e o ectoderma embrionário acima deste formam a parede do corpo do embrião ou somatopleura (Fig. 
5F), enquanto o mesoderma esplâncnico e o endoderma embrionário abaixo deste formam o intestino embrionário ou esplancnopleura. 
Gastrulação 
A gastrulação é o evento mais característico da 3a semana de gestação, um processo que estabelece os 3 folhetos germinativos 
(ectoderma, mesoderma e endoderma). 
O que marca o início da gastrulação é o surgimento da linha primitiva na superfície do epiblasto, que tem em sua porção cefálica o nó 
primitivo, uma área levemente elevada que cerca a fosseta primitiva. As células do epiblasto migram para a linha primitiva, onde adotam um 
formato de frasco, desprendem-se do epiblasto e deslizam para baixo dele, movimento conhecido como invaginação. Nesse sentido, observa-
se que o fator de crescimento de fibroblastos 8 (FGF8) é responsável por controlar esse processo e é uma substância sintetizada pelas 
próprias células da linha primitiva. 
Após o processo de invaginação, algumas células deslocam o hipoblasto, criando assim, o endoderma, enquanto outras ficam entre o epiblasto 
e o endoderma recém criado, formando o mesoderma. Por fim, observa-se que as células que permanecem no epiblasto formam o 
ectoderma.

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