Simulado - Administração Financeira e Orçamentária

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Administração Financeira e Orçamentária
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
ANDERSON FERREIRA
À medida que as técnicas de planejamento e orçamento foram evoluindo, diferentes 
tipos de orçamento foram experimentados, cada um com características específicas. 
Com relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes. 
1. Realizar a classificação da despesa conforme o objetivo final do gasto é característica 
tanto do orçamento-programa quanto do orçamento funcional.
2. O orçamento-programa é técnica orçamentária em que o aspecto jurídico do orçamento 
se sobrepõe ao aspecto econômico.
Acerca dos instrumentos de planejamento e orçamento, julgue os itens a seguir.
3. Para aprovar determinada emenda ao projeto de lei orçamentária, é suficiente 
que ela tenha sido apresentada na Comissão Mista de Orçamentos e não anule 
despesas com pessoal e seus encargos sociais, com serviço da dívida ou com 
transferências tributárias constitucionais.
4. Caso determinado projeto não seja incluído na relação das prioridades e metas da lei de 
diretrizes orçamentárias, sua inclusão na lei orçamentária anual é vedada.
5. De acordo com a Constituição Federal, no atual PPA é proibida a regionalização de 
metas por meio de critérios que abranjam territórios macrorregionais.
6. Segundo a Constituição Federal, integrará a LDO, com abrangência mínima de três 
anos, anexo contendo a previsão dos agregados fiscais e a proporção de recursos para 
investimentos já iniciados. 
7. As transferências voluntárias previstas na LOA da União para o pagamento de ações e 
serviços públicos de saúde devem ser suspensas caso o ente beneficiário tenha deixado 
de cumprir os limites constitucionais relativos à aplicação de recursos na educação.
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8. A constituição veda que os recursos correspondentes a determinada emenda supres-
siva da despesa aprovada pelo Congresso Nacional sejam utilizados como fonte de 
recursos para a abertura de créditos suplementares e especiais.
Acerca dos princípios orçamentários e dos créditos adicionais, julgue os itens 
subsecutivos.
9. O princípio da gestão orçamentária participativa é obrigatório para o governo federal, 
mas facultativo para os demais entes.
10. O princípio da exclusividade determina que a LOA não contenha dispositivo estranho à 
fixação das despesas e à previsão das receitas, ressalvadas as hipóteses constitucionais.
11. O princípio da anualidade trata estritamente da vigência da LOA, que deve ser de um 
ano, ou seja, 12 meses. No Brasil, conforme a Lei n. 4.320/1964, esse período deve 
coincidir com o ano civil e é chamado de exercício financeiro.
12. A reabertura, em 2021, de saldos dos créditos especiais e extraordinários aber-
tos nos últimos quatro meses de 2020 será considerada uma exceção ao princípio 
orçamentário da programação.
13. A complementação de determinada dotação orçamentária que não tenha caráter urgente 
deve ser feita por meio de crédito adicional suplementar, que pode ser autorizado por 
medida provisória em casos de urgência.
14. A construção de um hospital público somente pode ser realizada quando as despesas 
de capital correspondentes estiverem previstas no Plano Plurianual – PPA. Já as des-
pesas correntes necessárias à manutenção predial do hospital podem ser realizadas ao 
final da obra, sem necessidade de inclusão no PPA.
A respeito de características básicas do orçamento federal, julgue o item que se segue.
15. Se verificado que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das 
metas de resultado primário ou nominal, será permitida a limitação de empenho e movi-
mentação financeira em montantes específicos para cada poder e órgão.
16. Prevista na LOA em dotação global, a reserva de contingência será usada exclusivamente 
no atendimento de passivos contingentes e a outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
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17. São chamadas de intraorçamentárias as operações realizadas entre órgãos e demais 
entidades da Administração Pública integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade 
social do mesmo ente federativo; por isso, representam novas entradas de recursos nos 
cofres públicos do ente.
Texto para os itens 18, 19, 20, 21 e 22.
Os eventos mostrados na tabela a seguir, em que os valores são expressos em R$ mil, 
ocorreram em determinado ente da Federação, no exercício de 2019. Nesse sentido, 
considere que as siglas IPTU e ICMS se referem, respectivamente, a imposto predial e 
territorial urbano e imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. 
Itens Valores
pagamento de mobiliário entregue em 2018 2.400
lançamento do IPTU do exercício 1.900
receita de aluguéis prevista na lei orçamentária anual (LOA) 800
empenho para aquisição de imóveis 2.200
recebimento de empréstimos concedidos 2.900
arrecadação de ICMS do período 1.200
liquidação da dívida interna 1.200
pagamento de salários do exercício 1.700
recebimento de royalties 1.900
liquidação de serviço de limpeza 1.800
recolhimento, à conta única do Tesouro, de taxa de bombeiro recebida na rede bancária 400
alienação de veículos usados (venda à vista) 700
empenho referente à concessão de empréstimos 500
recebimento de depósitos em garantia 1.000
Com relação às informações apresentadas, julgue os seguintes itens. 
18. O montante da receita orçamentária corrente foi inferior a R$ 3.550.000. 
19. O total da despesa realizada sob a ótica orçamentária foi inferiora R$ 7.300.000.
20. O montante da despesa orçamentária de capital foi superior a R$ 4.000.000.
21. O montante da receita extraorçamentária foi superior a R$ 900.000. 
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22. Sob a ótica contábil ou patrimonial, o tratamento a ser dado ao evento “lançamento do 
IPTU do exercício” deve ser o reconhecimento da receita.
Com referência aos dispositivos da Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de Responsabi-
lidade Fiscal) e normas relacionadas, julgue os próximos itens.
23. Dívida flutuante que tenha parcela não paga até o encerramento do exercício será obri-
gatoriamente inscrita em restos a pagar.
24. Determinado Tribunal de Contas estadual realizou as seguintes obrigações em 
janeiro de 2019:
Operação de crédito com vencimento em março de 2021 R$ 2.300.000,00
Operação de crédito prevista na LOA com vencimento no fim do exercício corrente. R$ 550.000,00
Tendo por base o disposto na LRF, as operações acima descritas classificam-se, res-
pectivamente, como dívida pública fundada e dívida pública flutuante.
25. Com fundamento no princípio constitucional da autonomia federativa, é facultado ao 
titular do Poder Executivo de cada ente federativo enviar à União as informações relati-
vas às respectivas dívidas públicas interna e externa.
26. Determinado subsídio constituído por renúncia de receita pública poderá ser aprovado 
e colocado em execução mesmo sem ter sido previsto no demonstrativo da estimativa 
de renúncia de receita do anexo de metas fiscais.
27. A LRF estabelece que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada 
e transparente, para que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o 
equilíbrio das contas.
28. As despesas com pessoal ativo e inativo da União não poderão exceder os limites esta-
belecidos na LRF, razão pela qual, no cômputo desses limites, serão computadas as 
despesas relativas a incentivos à demissão voluntária.
Julgue o próximo item, com base nas disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.
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29. Situação hipotética: Durante o primeiro quadrimestre do exercício de 20X1, determi-
nado município obteve queda real de receita de 12%, em comparação com o mesmo 
quadrimestre do ano anterior, 20X0, em decorrência da diminuição de receita das trans-
ferências recebidas do Fundo de Participação dos Municípios decorrente de concessão 
de isenções tributárias pela União. A despesa com pessoal do Poder Legislativo desse 
município passou de 6% da sua receita corrente líquida no primeiro quadrimestre de 
20X0 para 9% dessa receita no primeiro quadrimestre de 20X1, último ano do mandato 
do seu prefeito à época. Assertiva: O Poder Legislativo desse município ainda está 
autorizado a receber transferências voluntárias para a área de infraestrutura no exercí-
cio financeiro de 20X1.
30. As empresas estatais não dependentes não compõem o campo de aplicação da LRF.
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GABARITO
1 C 16 C
2 E 17 E
3 E 18 C
4 E 19 E
5 E 20 E
6 C 21 C
7 E 22 C
8 E 23 E
9 E 24 E
10 C 25 E
11 C 26 C
12 E 27 C
13 E 28 E
14 E 29 C
15 C 30 C
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À medida que as técnicas de planejamento e orçamento foram evoluindo, diferentes 
tipos de orçamento foram experimentados, cada um com características específicas. 
Com relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes. 
1. Realizar a classificação da despesa conforme o objetivo final do gasto é característica 
tanto do orçamento-programa quanto do orçamento funcional.
Certo. 
Ambos são focados na finalidade do gasto. Porém, fique atento à principal diferença entre 
o orçamento-programa e o orçamento funcional: no programa, deve-se respeitar o vínculo 
entre o orçamento e o planejamento.
2. O orçamento-programa é técnica orçamentária em que o aspecto jurídico do orçamento 
se sobrepõe ao aspecto econômico.
Errado. 
No orçamento Tradicional ou Clássico, é correto afirmar que o aspecto jurídico ou norma-
tivo é mais importante que o econômico. No orçamento-programa, o aspecto econômico 
tem maior relevância. Em situação de crise econômica, por exemplo, é comum observar-
mos ajustes de flexibilização das normas orçamentárias.
Acerca dos instrumentos de planejamento e orçamento, julgue os itens a seguir.
3. Para aprovar determinada emenda ao projeto de lei orçamentária, é suficiente 
que ela tenha sido apresentada na Comissão Mista de Orçamentos e não anule 
despesas com pessoal e seus encargos sociais, com serviço da dívida ou com 
transferências tributárias constitucionais.
Errado. 
Conforme art. 166, § 3º, da CF/1988, além dos requisitos apresentados no item, é neces-
sário ainda a compatibilidade da emenda com o PPA e com a LDO.
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4. Caso determinado projeto não seja incluído na relação das prioridades e metas da lei de 
diretrizes orçamentárias, sua inclusão na lei orçamentária anual é vedada.
Errado. 
Novos projetos poderão ser incluídos na LOA mediante créditos adicionais 
especiais ou extraordinários.
5. De acordo com a Constituição Federal, no atual PPA é proibida a regionalização de 
metas por meio de critérios que abranjam territórios macrorregionais.
Errado. 
A CF/1988, no art. 165, § 1º, determina a regionalização do PPA, porém não define os 
critérios para tal. Falta a lei complementar citada no art. 165, § 9º, da CF/1988, para regular 
sobre esses critérios de regionalização na União.
6. Segundo a Constituição Federal, integrará a LDO, com abrangência mínima de três 
anos, anexo contendo a previsão dos agregados fiscais e a proporção de recursos para 
investimentos já iniciados. 
Certo. 
Além dos famosos anexos determinados pelo art. 4º da LRF à LDO (Anexo de Metas 
Fiscais – AMF, Anexo de Riscos Fiscais – ARF e o Anexo Específico – AE da União), a 
CF/1988, por força da EC n. 102/2019, inovou ao determinar NOVO anexo à LDO, con-
tendo a previsão dos agregados fiscais e a proporção de recursos para investimentos já 
iniciados por orçamento(s) anterior(res). Veja o dispositivo: 
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo menos, 
para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção 
dos recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade 
daqueles em andamento.
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7. As transferências voluntárias previstas na LOA da União para o pagamento de ações e 
serviços públicos de saúde devem ser suspensas caso o ente beneficiário tenha deixado 
de cumprir os limites constitucionais relativos à aplicação de recursos na educação.
Errado. 
Mesmo que o ente deixe de cumprir os limites constitucionais relativos à educação, bem 
como a qualquer outra exigência do § 1º do art. 25 da LRF, não se deve suspender trans-
ferências voluntárias para as áreas da saúde, educação e assistência social, como forma 
de sanção para quem descumprir exigências da LRF – art. 25, § 3º, da LRF:
§ 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes 
desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistên-
cia social.
8. A constituição veda que os recursos correspondentes a determinada emenda supres-
siva da despesa aprovada pelo Congresso Nacional sejam utilizados como fontede 
recursos para a abertura de créditos suplementares e especiais.
Errado. 
A CF permite, nos termos do art. 166, § 8º, que tais recursos sejam utilizados como fonte 
para abertura de créditos suplementares ou especiais, desde que autorizados em lei:
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária 
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante 
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
Acerca dos princípios orçamentários e dos créditos adicionais, julgue os itens 
subsecutivos.
9. O princípio da gestão orçamentária participativa é obrigatório para o governo federal, 
mas facultativo para os demais entes.
Errado. 
O princípio da gestão orçamentária participativa ou orçamento participativo é obrigatório 
para as administrações MUNICIPAIS, conforme Lei n. 10.257/2001.
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10. O princípio da exclusividade determina que a LOA não contenha dispositivo estranho à 
fixação das despesas e à previsão das receitas, ressalvadas as hipóteses constitucionais.
Certo. 
O princípio da exclusividade proíbe conteúdo diverso da previsão das receitas e fixação 
das despesas na LOA, desde o PLOA. Porém, excepcionalmente, a LOA poderá conter 
autorização para contratar operações de crédito, inclusive por antecipação de receitas, e 
para abertura de créditos suplementares (art. 165, § 8º, da CF).
11. O princípio da anualidade trata estritamente da vigência da LOA, que deve ser de um 
ano, ou seja, 12 meses. No Brasil, conforme a Lei n. 4.320/1964, esse período deve 
coincidir com o ano civil e é chamado de exercício financeiro.
Certo. 
O princípio da anualidade determina que a LOA seja elaborada e autorizada, na versão 
projeto, para viger por um ano. Embora alguns países adotem anualidade que não coin-
cide com o ano civil, como por exemplo nos EUA, na Itália e na Suíça, o art. 34 da Lei n. 
4.320/1964 determina ao Brasil essa vinculação, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. 
Veja o dispositivo: “Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”
12. A reabertura, em 2021, de saldos dos créditos especiais e extraordinários aber-
tos nos últimos quatro meses de 2020 será considerada uma exceção ao princípio 
orçamentário da programação.
Errado. 
A reabertura desses saldos, conforme art. 167, § 2º, da CF, configura exceção ao princípio 
orçamentário da anualidade, e não ao da programação. 
13. A complementação de determinada dotação orçamentária que não tenha caráter urgente 
deve ser feita por meio de crédito adicional suplementar, que pode ser autorizado por 
medida provisória em casos de urgência.
Errado. 
Os créditos suplementares são autorizados por lei específica ou, excepcionalmente, 
na própria LOA. Somente o crédito extraordinário pode ser aberto por Medida Provisória – 
MP. Com exceção dos créditos extraordinários, nenhum outro assunto orçamentário pode 
ser tratado por MP.
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14. A construção de um hospital público somente pode ser realizada quando as despesas 
de capital correspondentes estiverem previstas no Plano Plurianual – PPA. Já as des-
pesas correntes necessárias à manutenção predial do hospital podem ser realizadas ao 
final da obra, sem necessidade de inclusão no PPA.
Errado. 
Nem toda despesa de capital necessita contar do PPA. Conforme o art. 167, § 1º, da CF, as 
despesas de capital do tipo investimentos devem constar do PPA, desde que ultrapassem 
um exercício financeiro. Obra pública é investimento, mas a questão não menciona o tem-
po da sua duração. Logo, se considerarmos que essa obra vai ultrapassar um exercício, 
obrigatoriamente suas despesas de capital deveriam constar do PPA, bem como as outras 
delas decorrentes (que podem ser correntes ou outras novas de capital), conforme art. 
165, § 1º, da CF. Caso seja uma obra restrita a um único exercício financeiro, é suficiente 
que suas despesas constem da LOA, bem como suas decorrentes. Neste último caso, as 
despesas devem manter compatibilidade com o PPA e LDO. Veja o dispositivo:
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado 
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade.”
A respeito de características básicas do orçamento federal, julgue o item que se segue.
15. Se verificado que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das 
metas de resultado primário ou nominal, será permitida a limitação de empenho e movi-
mentação financeira em montantes específicos para cada poder e órgão.
Certo. 
É o que determina o art. 9º da LRF, em caso de frustração de receita ou insuficiência de 
arrecadação que comprometa o atingimento das metas de resultados fiscais:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fis-
cais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, 
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os crité-
rios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
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16. Prevista na LOA em dotação global, a reserva de contingência será usada exclusivamente 
no atendimento de passivos contingentes e a outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
Certo. 
Segundo o art. 5º, inciso III, da LRF, a reserva de contingência será prevista na LOA em 
dotação global, ou seja, sem detalhamento (exceção ao princípio da especificação). Res-
salta-se que seu montante, definido por um percentual da receita corrente líquida, e os 
critérios de sua utilização são definidos na LDO.
17. São chamadas de intraorçamentárias as operações realizadas entre órgãos e demais 
entidades da Administração Pública integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade 
social do mesmo ente federativo; por isso, representam novas entradas de recursos nos 
cofres públicos do ente.
Errado. 
As operações intraorçamentárias NÃO representam novas entradas de recursos nos co-
fres do ente, pois são apenas registros da movimentação de recursos entre órgãos, no 
âmbito da mesma LOA ou ente.
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Texto para os itens 18, 19, 20, 21 e 22.
Os eventos mostrados na tabela a seguir, em que os valores são expressos em R$ mil, 
ocorreram em determinado ente da Federação, no exercício de 2019. Nesse sentido, 
considere que as siglas IPTU e ICMS se referem, respectivamente, a imposto predial e 
territorial urbano e imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. 
Itens Valores
pagamento de mobiliário entregue em 2018 2.400
lançamento do IPTU do exercício 1.900
receita de aluguéis prevista na lei orçamentária anual (LOA) 800
empenho para aquisição de imóveis 2.200
recebimento de empréstimos concedidos 2.900
arrecadação de ICMS do período 1.200
liquidação da dívida interna 1.200
pagamento de salários do exercício 1.700
recebimento de royalties 1.900
liquidação de serviço de limpeza 1.800
recolhimento, à conta única do Tesouro, de taxa de bombeiro recebida na rede bancária 400
alienação de veículos usados (venda à vista) 700
empenho referente à concessão de empréstimos 500
recebimento de depósitos em garantia 1.000
Com relação às informações apresentadas, julgue os seguintes itens. 
18. O montante da receita orçamentária corrente foi inferior a R$ 3.550.000. 
Certo. 
As receitas orçamentárias correntes reconhecidas como pertencentes ao exercício soma-
ram R$ 3.500.000. Na tabela, são asseguintes:
Itens *Valores
arrecadação de ICMS do período 1.200
recebimento de royalties 1.900
recolhimento, à conta única do Tesouro, de taxa de bombeiro recebida na rede bancária 400
TOTAL 3.500
*valores expressos em R$ mil.
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19. O total da despesa realizada sob a ótica orçamentária foi inferior a R$ 7.300.000.
Errado. 
O total da despesa realizada, corrente e de capital, pela ótica orçamentária (aquelas que 
foram pelo menos empenhadas) foi de R$ 7.400.000,00. Na tabela, são as seguintes: 
Itens *Valores
empenho para aquisição de imóveis 2.200
liquidação da dívida interna 1.200
pagamento de salários do exercício 1.700
liquidação de serviço de limpeza 1.800
empenho referente à concessão de empréstimos 500
TOTAL 7.400
*valores expressos em R$ mil.
20. O montante da despesa orçamentária de capital foi superior a R$ 4.000.000.
Errado. 
O total das despesas orçamentárias de capital reconhecidas como pertencentes ao exercí-
cio é de R$ 3.900.000,00, conforme demonstrado na tabela a seguir: 
Itens *Valores
empenho para aquisição de imóveis 2.200
liquidação da dívida interna 1.200
empenho referente à concessão de empréstimos 500
TOTAL 3.900
*valores expressos em R$ mil.
21. O montante da receita extraorçamentária foi superior a R$ 900.000. 
Certo. 
Na tabela, o único valor que representa uma receita extraorçamentária é o de R$ 
1.000.000,00, referente ao recebimento de depósitos em garantia.
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22. Sob a ótica contábil ou patrimonial, o tratamento a ser dado ao evento “lançamento do 
IPTU do exercício” deve ser o reconhecimento da receita.
Certo. 
As receitas são reconhecidas, pela ótica patrimonial ou contábil a partir do fato gerador, ou 
seja, no estágio do lançamento. Cuidado! Na ótica orçamentária, as receitas são reconhe-
cidas como pertencentes ao exercício da sua ARRECADAÇÃO (regime de caixa). Observe 
o resumo na tabela seguinte:
Com referência aos dispositivos da Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de Responsabi-
lidade Fiscal) e normas relacionadas, julgue os próximos itens.
23. Dívida flutuante que tenha parcela não paga até o encerramento do exercício será obri-
gatoriamente inscrita em restos a pagar.
Errado. 
A obrigatoriedade de inscrição em restos a pagar só ocorre quando a despesa já estiver 
empenhada e liquidada até 31 de dezembro. Caso não tenha ocorrido a liquidação, a ins-
crição em restos a pagar não processados dependerá da análise do ordenador de despe-
sa, considerando as hipóteses do art. 35 do Decreto n. 93.872/1986:
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para 
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, 
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
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24. Determinado Tribunal de Contas estadual realizou as seguintes obrigações em 
janeiro de 2019:
Operação de crédito com vencimento em março de 2021 R$ 2.300.000,00
Operação de crédito prevista na LOA com vencimento no fim do exercício corrente. R$ 550.000,00
Tendo por base o disposto na LRF, as operações acima descritas classificam-se, res-
pectivamente, como dívida pública fundada e dívida pública flutuante.
Errado. 
As duas operações são dívida consolidada, pois tanto as operações de crédito com prazo 
superior a doze meses, como as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, 
MAS cujas receitas constem na LOA, são classificadas como dívida pública fundada ou 
consolidada, nos termos do art. 29, inciso I e § 3º, da LRF: 
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições: I – dívida 
pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações finan-
ceiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da 
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses; 
(...)
§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a 
doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
25. Com fundamento no princípio constitucional da autonomia federativa, é facultado ao 
titular do Poder Executivo de cada ente federativo enviar à União as informações relati-
vas às respectivas dívidas públicas interna e externa.
Errado. 
O envio não é facultativo, mas sim obrigatório, nos termos do art. 48, § 3º, da LRF. Os Esta-
dos, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão ao Ministério da Fazenda, atual Minis-
tério da Economia, nos termos e na periodicidade a serem definidos em instrução específica 
deste órgão, as informações necessárias para a constituição do registro eletrônico centrali-
zado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, de que trata o § 4º do art. 32:
Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal e do Banco Central do Brasil, o Ministé-
rio da Fazenda efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna 
e externa, garantido o acesso público às informações, que incluirão:
I – encargos e condições de contratação;
II – saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito 
e concessão de garantias.
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26. Determinado subsídio constituído por renúncia de receita pública poderá ser aprovado 
e colocado em execução mesmo sem ter sido previsto no demonstrativo da estimativa 
de renúncia de receita do anexo de metas fiscais.
Certo. 
Conforme art. 14 da LRF, uma das condições para renúncia de receita é demonstrar que a 
renúncia foi considerada desde a estimativa da receita (PLOA) ou apresentar as medidas 
de compensação para aumento de receita (situação em que a renúncia não é planejada 
desde o PLOA). Neste segundo caso, admite-se a hipótese de concessão de subsídio já 
na vigência da LOA, sem que a renúncia conste no demonstrativo da LDO.
27. A LRF estabelece que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada 
e transparente, para que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o 
equilíbrio das contas.
Certo. 
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal e manutenção do equilíbrio das contas. Para isso, exigirá 
o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites 
e condições estabelecidas nas normas orçamentárias. 
28. As despesas com pessoal ativo e inativo da União não poderão exceder os limites esta-
belecidos na LRF, razão pela qual, no cômputo desses limites, serão computadas as 
despesas relativas a incentivos à demissão voluntária.
Errado. 
Mesmo sendo consideradas de pessoal, para fins de cálculo dos limites estabelecidos na 
LRF, não se deve computar as seguintes despesas (art. 19, § 1º):
a. de indenização por demissão de servidores ou empregados
b. relativas a incentivos à demissão voluntária
c. decorrentes de convocação extraordinária do Congresso Nacional
d. decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração do total 
da despesa com pessoal do ente (últimos 12 meses)
e. com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos 
transferidos pela União
f) com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadaspor recursos próprios.
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Julgue o próximo item, com base nas disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.
29. Situação hipotética: Durante o primeiro quadrimestre do exercício de 20X1, determi-
nado município obteve queda real de receita de 12%, em comparação com o mesmo 
quadrimestre do ano anterior, 20X0, em decorrência da diminuição de receita das trans-
ferências recebidas do Fundo de Participação dos Municípios decorrente de concessão 
de isenções tributárias pela União. A despesa com pessoal do Poder Legislativo desse 
município passou de 6% da sua receita corrente líquida no primeiro quadrimestre de 
20X0 para 9% dessa receita no primeiro quadrimestre de 20X1, último ano do mandato 
do seu prefeito à época. Assertiva: O Poder Legislativo desse município ainda está 
autorizado a receber transferências voluntárias para a área de infraestrutura no exercí-
cio financeiro de 20X1.
Certo. 
Antes da Lei Complementar n. 164 de 2018, que alterou o art. 23 da LRF, por ter ultrapas-
sado o limite legal de 6%, o município ficaria impedido de receber transferências voluntá-
rias e sofreria as outras restrições do art. 23 da LRF. Porém, mesmo acima do limite legal, 
considerando a queda da RCL superior a 10%, conforme critérios do § 5º, art. 23 da LRF, 
o município NÃO sofre as sanções do art. 23, por ter sido afetado pela baixa arrecadação. 
Cuidado! Essa exceção é aplicável apenas aos municípios. Veja o dispositivo:
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os 
limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual 
excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço 
no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da 
Constituição.
§ 1º No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tan-
to pela extinção de cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos. (Vide 
ADIN 2.238-5)
§ 2º É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à 
nova carga horária. (Vide ADIN 2.238-5)
§ 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente 
não poderá:
I – receber transferências voluntárias;
II – obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III – contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobi-
liária e as que visem à redução das despesas com pessoal.
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§ 4º As restrições do § 3º aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o 
limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos 
no art. 20.
§ 5º As restrições previstas no § 3º deste artigo não se aplicam ao Município em caso de queda de 
receita real superior a 10% (dez por cento), em comparação ao correspondente quadrimestre do 
exercício financeiro anterior, devido a: (Incluído pela Lei Complementar n. 164, de 2018) 
I – diminuição das transferências recebidas do Fundo de Participação dos Municípios decorrente 
de concessão de isenções tributárias pela União; e (Incluído pela Lei Complementar n. 164, de 
2018) Produção de efeitos
II – diminuição das receitas recebidas de royalties e participações especiais. (Incluído pela Lei 
Complementar n. 164, de 2018) Produção de efeitos
§ 6º O disposto no § 5º deste artigo só se aplica caso a despesa total com pessoal do quadrimestre 
vigente não ultrapasse o limite percentual previsto no art. 19 desta Lei Complementar, considera-
da, para este cálculo, a receita corrente líquida do quadrimestre correspondente do ano anterior 
atualizada monetariamente. (Incluído pela Lei Complementar n. 164, de 2018)”
30. As empresas estatais não dependentes não compõem o campo de aplicação da LRF.
Certo. 
Nos termos do art. 1º, §§ 2º e 3º, inc. I e alínea “b”, da LRF, somente as DEPENDENTES 
são sujeitas às disposições da lei:
§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios.
§ 3º Nas referências:
I – à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a. o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Ju-
diciário e o Ministério Público;
b. as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais 
dependentes;