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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU 
 
 
Curso de Pós Graduação- Strictu Sensu 
 
 
Arquitetura e Urbanismo 
 
 
 
CAROLINE DE ANGELIS 
 
 
Dimensões para projetos hoteleiros 
 
 
 
 
 
São Paulo 
 2010 
 
 
 
CAROLINE DE ANGELIS 
 
 
 
 
Dimensões para projetos hoteleiros 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada à Universidade São Judas para 
obtenção do Título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo. 
 
 
 
ORIENTADOR: Professor Doutor Paulo de Assunção 
 
 
 
 
 
São Paulo 
 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De Angelis, Caroline 
Dimensões para projetos hoteleiros / Caroline de Angelis. - São Paulo, 2011. 
149 f. , il. ; 30 cm 
 
Orientador: Paulo de Assunção 
Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 
2011. 
 
1. Arquitetura. 2. Indústria hoteleira - Projeto arquitetônico. I. Assunção, 
Paulo de. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto 
Sensu em Arquitetura e Urbanismo. IV. Título 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A dinâmica da vida faz com que as coisas, os 
edifícios, as cidades, os ambientes sofram constantes 
transformações, nas quais muitas vezes o velho tem que dar 
lugar ao novo.” 
(Um século de Luz. Marisa Midori Deaecto) 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Gostaria de agradecer a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, colaboraram na 
execução desta pesquisa e que, mesmo não citadas nesta página, merecem minha sincera 
gratidão. 
À Profº. Dr. Paulo de Assunção pela orientação e solicitude. 
À minha família pelos cuidados e permanente incentivo. 
À minha irmã, Nathália, pela compreensão e amizade. 
À banca formada pela Profª Drª Ana Paula Koury e Profª Drª Eneida de Almeida, pelos 
pertinentes comentários e sugestões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O objeto do nosso estudo foi analisar o processo de transformação dos projetos arquitetônicos 
hoteleiros, na cidade de São Paulo por meio do Código de Obras. A proposta é apresentar 
diretrizes para o dimensionamento dos meios de hospedagem a fim de apresentar o melhor 
uso dos equipamentos que cada categoria disponibiliza. Procuramos tecer um foco único: o 
novo regulamento de classificação para os meios de hospedagem, os estudos arquitetônicos – 
uma visão dos arquitetos – e a ABNT NBR9050 resultado em legislações que permitem 
fornecer claras informações na construção de hotéis. 
Palavras-chaves: hotelaria / projetos arquitetônicos / Legislação 
 
 
ABSTRACT 
The main purpose of this study was to analyze the transformation process in the hotel 
architectural projects in the city of São Paulo through the Construction Standard. The aim is 
to suggest directives to dimension accommodations in order to make the best use of the 
equipment made available by each category. There was an attempt to amalgamate one focus: 
the new accommodation classification regulation, architectural studies – from the architects‟ 
point of view – and ABNT NBR9050 (Brazilian Association of Technical Regulations), 
resulting in regulations which allow the provision of clear information on hotel construction. 
Key words: hospitality / architectural projects / Legislation 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
LISTA DE ABREVIATURAS 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
LISTA DE TABELAS 
 Introdução 23 
1 O início 25 
1.1 O Hotel Paris Ritz – um marco para a hotelaria 35 
1.2 As maiores redes hoteleiras do mundo 37 
1.3 A hotelaria no Brasil 48 
2 Hotéis na cidade de São Paulo e o Código de Obras 79 
3 Regras e referências no mercado hoteleiro 104 
3.1 Regulamento e classificação dos Meios de Hospedagem 104 
3.1.1 Hotel com estrela       104 
3.1.2 Hotel com estrelas 105 
3.1.3 Hotel com  estrelas 105 
3.1.4 Hotel com estrelas 106 
3.1.5 Hotel com estrelas 106 
 3.2 Planejamento e projeto de hotéis 107 
 3.3 ABNT NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, 
 espaços e equipamentos urbanos. 114 
 Considerações finais 129 
Referências Bibliográficas 131 
Anexo I – Portaria nº 100 – 21/06/2011 140 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
ABIH Associação Brasileira da Industria de Hoteis 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
FIABCI Federação Internacional das Profissões Imobiliárias 
FUNGETUR Fundo Geral do Turismo 
IHG Inter Continental Hotels Group 
SECOVI Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo 
SUDAM Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia 
SUDECO Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste 
SUDENE Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste 
SUDESUL Superintendência de Desenvolvimento do Sul 
UH Unidade Habitacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Tremont House. 29 
Disponível em <http://www.bc.edu/bc_org/avp/cas/fnart/fa267/tremnths.jpg> 
Acesso em: 23/08/2010. 
Figura 2 – Statler Hotel 32 
Disponível em: 
<http://wnyheritagepress.org/photos_week_2007/statler/hotel/statler_hotel.htm> 
 Acesso em: 23/08/2010. 
Figura 3 – Hyatt Regent Atlanta - 1967 34 
Disponível em: <http://blog.aia.org/favorites/2007/02/103_hyatt_regency_atlanta_1967.html> 
Acesso em: 23/08/2010. 
Figura 4 – Hyatt San Francisco Atlanta - 1973 34 
Disponível em: < http://www.inetours.com/Pages/SF-photos/FD/Hyatt-interior.html> 
Acesso em: 23/08/2010. 
Figura 5 – Ritz Paris 37 
Disponível em: < http://www.ritzparis.com/jump_to.asp?id_target=1123&id_lang=2> 
Acesso em: 23/08/2010. 
Figura 6 – Hotel Holiday Inn – Londres 39 
Disponível em: 
<http://www.hiexpress.com/hotels/us/en/london/lonsw/hoteldetail/photos-tours.> 
http://www.bc.edu/bc_org/avp/cas/fnart/fa267/tremnths.jpg
http://wnyheritagepress.org/photos_week_2007/statler/hotel/statler_hotel.htm
http://blog.aia.org/favorites/2007/02/103_hyatt_regency_atlanta_1967.html
http://www.inetours.com/Pages/SF-photos/FD/Hyatt-interior.html
http://www.ritzparis.com/jump_to.asp?id_target=1123&id_lang=2
http://www.hiexpress.com/hotels/us/en/london/lonsw/hoteldetail/photos-tours.
 
 
Acesso em: 20/11/2010. 
Figura 7 – Hotel Galvez & SPA, Wyndham Grand Hotel – Texas 40 
Disponível em: < http://www.wyndham.com/hotels/GLSHG/main.wnt> 
Acesso em: 20/11/2010. 
Figura 8 – Courtyard Philadelphia Downtown – USA 41 
Disponível em: < http://www.wyndham.com/hotels/GLSHG/main.wnt> 
Acesso em: 20/11/2010. 
Figura 9 – Hotel Hilton Checkers – Los Angeles 41 
Disponível em: <http://www1.hilton.com/en_US/hi/hotel/LAXCHHF/photoGallery.do> 
Acesso em: 20/11/2010. 
Figura 10 – Hotel Mercure Paris Terminus Nord –Paris 43 
Disponível em: 
< http://www.accorhotels.com/pt-br/hotel-2761-mercure-paris-terminus-nord/index.shtml > 
Acesso em: 20/11/2010. 
Figura 11 – Comfort Inn & Suites – Califórnia 44 
Disponível em: <http://www.comfortinn.com/es/hotel-lancaster-california> 
Acesso em: 20/11/2010. 
Figura 12 – Best Western Plaza Kokai Cancún – México 45 
Disponível em: 
http://www.wyndham.com/hotels/GLSHG/main.wnt
http://www.wyndham.com/hotels/GLSHG/main.wnt
http://www1.hilton.com/en_US/hi/hotel/LAXCHHF/photoGallery.do
http://www.accorhotels.com/pt-br/hotel-2761-mercure-paris-terminus-nord/index.shtml
http://www.comfortinn.com/es/hotel-lancaster-california
 
 
<http://book.bestwestern.com/bestwestern/MX/Cancun-hotels/BEST-WESTERN-Plaza-
Kokai-Cancun> 
Acesso em: 20/11/2010. 
Figura 13 – Sheraton Chicago Hotel & Towers – Chicago 46 
Disponível em: < http://www.starwoodhotels.com/sheraton/property> 
Acesso em: 20/11/2010.Figura 14 – Park Plaza Wallstreet Berlim – Alemanha 46 
Disponível em: <http://www.parkplaza.com/> 
Acesso em: 21/11/2010. 
Figura 15 – Hyatt Regency San Francisco Airport – Califórnia 47 
Disponível em: 
<http://www.hyatt.com/hyatt/hotels/gallery/photos.jsp?hotelId=2224&start=1> 
Acesso em: 21/11/2010. 
Figura 16 - Hotel Pharoux. 49 
Disponível em: 
<http://correiogourmand.com.br/roteiros_02_turismo_02_primordios_brasil.htm> 
Acesso em 22/08/2010. 
Figura 17 – Hotel Palm 50 
Fonte: CAMPOS, Eudes. A cidade de São Paulo e a era dos melhoramentos materiaes: Obras 
públicas e arquitetura vistas por meio de fotografias de Militão Augusto de Azevedo. 
Figura 18 – Anúncio do Hôtel des Voyageurs 51 
Fonte: Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. 
http://book.bestwestern.com/bestwestern/MX/Cancun-hotels/BEST-WESTERN-Plaza-Kokai-Cancun/Hotel-Overview.do?iata=&promoCode=&corpID=&propertyCode=70199
http://book.bestwestern.com/bestwestern/MX/Cancun-hotels/BEST-WESTERN-Plaza-Kokai-Cancun/Hotel-Overview.do?iata=&promoCode=&corpID=&propertyCode=70199
http://www.starwoodhotels.com/sheraton/property
http://www.parkplaza.com/
http://www.hyatt.com/hyatt/hotels/gallery/photos.jsp?hotelId=2224&start=1
http://correiogourmand.com.br/roteiros_02_turismo_02_primordios_brasil.htm
 
 
Figura 19 – Grande Hotel 52 
Fonte: A cidade da Light, 1899-1930, São Paulo, Eletropaulo, vol. 1, 1990, p.121. 
Figura 20 – Reconstituição gráfica da fachada principal do Grande Hotel. 
Vista da Rua São Bento 52 
Fonte: CAMPOS, Eudes. O antigo Beco da Lapa e o Grande Hotel - Informativo AHM. 
Figura 21 – Reconstituição gráfica da fachada lateral do Grande Hotel. 
Vista da Rua Miguel Couto 52 
Fonte: CAMPOS, Eudes. O antigo Beco da Lapa e o Grande Hotel - Informativo da AHM. 
Figura 22 – Hotel da Paz 53 
Disponível em: 
<http://correiogourmand.com.br/roteiros_03_turismo_05_historia_primeiros_hoteis_sao_paul
o.htm> 
 Acesso em 22/08/2010. 
Figura 23 – Grande Hotel d´Oeste (o prédio do Hotel à esquerda) 53 
Fonte: São Paulo de Piratininga: de pouso de tropas a metrópole. O Estado de São Paulo - 
Terceiro nome. 
Figura 24 – Reconstituição gráfica do Grande Hotel d´Oeste, 1887 e 1890 54 
Fonte: Os primeiros hotéis da cidade de São Paulo século XIX: Império e República, 
Informativo do AHM. 
Figura 25 – Reconstituição gráfica do Grande Hotel d´Oeste, 1900. 54 
Fonte: Os primeiros hotéis da cidade de São Paulo século XIX: Império e República, 
Informativo do AHM. 
http://correiogourmand.com.br/roteiros_03_turismo_05_historia_primeiros_hoteis_sao_paulo.htm
http://correiogourmand.com.br/roteiros_03_turismo_05_historia_primeiros_hoteis_sao_paulo.htm
 
 
Figura 26 – Hotel Brasil-Itália 54 
Fonte: São Paulo de Piratininga: de pouso de tropas a metrópole. O Estado de São Paulo, 
Terceiro nome. 
Figura 27 – Grande Hotel Metropolitano. Escala 1:100 56 
Fonte: Grande Hotel Metropolitano, Informativo AHM. 
Figura 28 – Fachada do Grande Hotel Metropolitano. Escala 1:100 56 
Fonte: GrandeHotel Metropolitano, Informativo AHM. 
Figura 29 - Largo São Bento. 57 
À direita, ao fundo, futuro Hotel Rebecchino. À esquerda, ao fundo, o Grande Hotel 
Paulista. À esquerda, o Hotel D’Oeste. 
Fonte: O centro de São Paulo há cem anos (exposição online) AHMWL. 
Figura 30 – Grand Hôtel de La Rotisserie Sportman 57 
Fonte: Acervo de São Paulo (online) 
Figura 31 – Hotel São Paulo Inn 58 
Fonte: Acervo de São Paulo (online) 
Figura 32 - Hotel Copacabana Palace 59 
Fonte: Almanaque Brasil (online). 
Figura 33 - Andar térreo do Hotel Copacabana Palace 59 
Fonte: Copacabana Palace: um hotel e sua história. 
Figura 34 - Hotel Esplanada. À esquerda, o Teatro Municipal. 60 
À direita, o Hotel Esplanada. 
 
 
Fonte: Histórico demográfico do município de São Paulo (online). 
Figura 35 - Grande Hotel de Araxá 60 
Fonte: CBF (online). 
Figura 36 - Grande Hotel São Pedro 61 
Disponível em: <www.grandehotelsenac.com.br > Acesso em 15/06/2010. 
Figura 37 – Grande Hotel Ouro Preto 62 
Disponível em: <http://mail.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.122/3486> 
Acesso em: 25/08/2010. 
Figura 38 – Grande Hotel Ouro Preto. (térreo, 1º andar, 2º andar, 3º andar) 62 
Disponível em: <http://mail.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.122/3486> 
Acesso em: 25/08/2010. 
Figura 39 – Hotel Excelsior. 63 
Fonte: Os hotéis da Metrópole. 
Figura 40 – Fachada norte do Park Hotel, Nova Friburgo – RJ. 65 
Disponível em: < http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.123/3513> 
Acesso em: 25/08/2010. 
Figura 41 – Fachada sul do Park Hotel, Nova Friburgo – RJ 65 
Disponível em: 
<http://www.arcoweb.com.br/artigos/roberto-segre-humanismo-tecnica-22-03-2002.html> 
Acesso em: 28/10/2010. 
http://www.grandehotelsenac.com.br/
http://mail.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.122/3486
http://mail.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.122/3486
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.123/3513
http://www.arcoweb.com.br/artigos/roberto-segre-humanismo-tecnica-22-03-2002.html
 
 
Figura 42 – Hotel Quitandinha 66 
Disponível em: 
<http://www.museuhistoriconacional.com.br/images/galeria22/mh-g22a052.htm> 
Acesso em 15/06/2010. 
Figura 43 – Hotel Comodoro 67 
Disponível em: <www.piratininga.org> 
Acesso em: 12/11/2010. 
Figura 44 – Hotel Tambaú 70 
Disponível em: <http://www.tropicaltambau.com.br/portuguese/index.cfm> 
Acesso em: 12/11/2010 
Figura 45 – Renaissance Hotel – São Paulo 72 
Disponível em: < http://www.ruyohtake.com.br/index.html> 
Acesso em: 21/09/2010. 
Figura 46 – Unique Hotel 73 
Disponível em: < http://www.ruyohtake.com.br/index.html> 
Acesso em: 21/09/2010. 
Figura 47 – Alvorada Park Hotel 74 
Disponível em: < http://www.ruyohtake.com.br/index.html> 
Acesso em: 21/09/2010. 
Figura 48 – Costa do Sauipe 75 
http://www.museuhistoriconacional.com.br/images/galeria22/mh-g22a052.htm
http://www.piratininga.org/
http://www.tropicaltambau.com.br/portuguese/index.cfm
http://www.ruyohtake.com.br/index.html
http://www.ruyohtake.com.br/index.html
http://www.ruyohtake.com.br/index.html
 
 
Disponível em: <http://www.costadosauipeonline.com.br/> 
Acesso em: 21/09/2010. 
Figura 49 – Hotel Anhembi Holiday Inn 76 
Disponível em: 
<http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/miguel-juliano-hotel-anhembi-11-03-2004.html> 
Acesso em: 03/11/2010. 
Figura 50 – Bourbon Joinville Business Hotel – Santa Catarina 77 
Disponível em: <http://www.dorialopesfiuza.com.br/> 
Acesso em: 03/11/2010. 
Figura 51 – Hotel Excelsior 81 
Fonte: Acervo Digital Rino Levi – FAU PUC Campinas 
Figura 52 - Planta do 7º ao 11º andar 82 
Fonte: Acervo Digital Rino Levi – FAU PUC Campinas 
Figura 53 – Hotel Jaraguá 84 
Disponível em: 
<http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/miguel-juliano-hotel-holiday-11-03-2004.html> 
Acesso em: 22/08/2010 
Figura 54 – São Paulo Hilton Hotel 86 
Fonte: Acervo de São Paulo (online) 
Figura 55 – Planta de um dos andares de apartamentos 86 
http://www.costadosauipeonline.com.br/
http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/miguel-juliano-hotel-anhembi-11-03-2004.html
http://www.dorialopesfiuza.com.br/
http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/miguel-juliano-hotel-holiday-11-03-2004.html
 
 
Fonte: Revista Projeto e Construção Setembro de 1970 
Figura 56 – Renaissance Hotel 90 
Disponível em: <http://www.ruyohtake.com.br/index.html> 
Acesso em: 03/09/2010. 
Figura 57 – Planta do pavimento-tipo 91 
Disponível em: <http://www.ruyohtake.com.br/index.html> 
Acesso em: 03/09/2010. 
Figura 58 – Apartamento Superior 97 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/default.aspx?pageid=0A69A07A49AA69AA55A5A53A4>Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 59 – Apartamento Luxo 97 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A09A49AA69A0808> 
Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 60 – Apartamento Executivo 98 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A69AA49A503A53A7> 
Acesso em: 30/08/2010 
Figura 61 – Apartamento Golden class 98 
http://www.ruyohtake.com.br/index.html
http://www.ruyohtake.com.br/index.html
http://www.transamerica.com.br/default.aspx?pageid=0A69A07A49AA69AA55A5A53A4
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A09A49AA69A0808
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A69AA49A503A53A7
 
 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A70AA49AA69A03A55AA
69A > 
Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 62 – Apartamento adaptado para deficiente 99 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A71AA49A7A52A306> 
Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 63 – Suíte Alvorada 99 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A73AA49AA72AA52AA69
AA54AA69A> 
Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 64 – Suíte Diplomata 100 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A72AA49AA71AA58A5A5
8A4> 
Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 65 – Suíte Transamérica 100 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A17A49AA69AA56A5A56A5
> 
 Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 66 – Suíte Itamaraty 101 
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A70AA49AA69A03A55AA69A
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A70AA49AA69A03A55AA69A
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A71AA49A7A52A306
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A73AA49AA72AA52AA69AA54AA69A
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A73AA49AA72AA52AA69AA54AA69A
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A72AA49AA71AA58A5A58A4
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A0A72AA49AA71AA58A5A58A4
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A17A49AA69AA56A5A56A5
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A17A49AA69AA56A5A56A5
 
 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A18A49A50A69AA53A9> 
Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 67 – Suíte Presidencial 101 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A19A49AA69AA58A6A56AA
69A> 
Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 68 – Suíte Presidencial 102 
Disponível em: 
<http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A19A49AA69AA58A6A56AA
69A> 
Acesso em: 30/08/2010. 
Figura 69 – UH de padrão econômico 110 
Fonte: ANDRADE, Nelson. Hotel: planejamento e projeto. 4. Ed., São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2000, p.208. 
Figura 70 - UH de padrão econômico 110 
Fonte: ANDRADE, Nelson. Hotel: planejamento e projeto. 4. Ed., São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2000, p.208. 
Figura 71 – UH de padrão econômico 111 
Fonte: ANDRADE, Nelson. Hotel: planejamento e projeto. 4. Ed., São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2000, p.209. 
Figura 72 - UH de padrão médio 111 
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A18A49A50A69AA53A9
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A19A49AA69AA58A6A56AA69A
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A19A49AA69AA58A6A56AA69A
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A19A49AA69AA58A6A56AA69A
http://www.transamerica.com.br/Default.aspx?pageid=0A69A19A49AA69AA58A6A56AA69A
 
 
Fonte: ANDRADE, Nelson. Hotel: planejamento e projeto. 4. Ed., São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2000, p.209. 
Figura 73 – UH de padrão médio 112 
Fonte: ANDRADE, Nelson. Hotel: planejamento e projeto. 4. Ed., São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2000, p.210. 
Figura 74 – UH de padrão médio 112 
Fonte: ANDRADE, Nelson. Hotel: planejamento e projeto. 4. Ed., São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2000, p.210. 
Figura 75 – UH de padrão superior 113 
Fonte: ANDRADE, Nelson. Hotel: planejamento e projeto. 4. Ed., São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2000, p.211. 
Figura 76 – UH de padrão superior 113 
Fonte: ANDRADE, Nelson. Hotel: planejamento e projeto. 4. Ed., São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2000, p.211. 
Figura 77 - Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé 114 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 78 – Dimensões referenciais para deslocamento em cadeira de rodas 115 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 79 – Alcance manual frontal – Pessoa em pé 115 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 80 – Alcance manual frontal – Pessoa sentada 115 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
 
 
Figura 81 – Alcance manual lateral – Relação entre altura e profundidade – 116 
pessoa em cadeira de rodas 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 82 – Alcance manual frontal - Pessoa em cadeira de rodas 116 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 83 – Aproximação de porta frontal 117 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 84 – Visão frontal de porta de sanitário 118 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 85 – Sinalização de vagas 119 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 86 – Sinalização de vagas 119 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 87 - Áreas de transferência para bacia sanitária 120 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 88 – Dimensões para instalação da bacia sanitária 120 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 89 – Altura da bacia sanitária – vista lateral 121 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 90 – Altura do acionamento da descarga 121 
 
 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 91 – Mictórios 122 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 92 – Boxe para pessoas com deficiência 122 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 93 – Boxe adaptado com área de manobra 123 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 94 – Boxe para chuveiro com barras vertical e horizontal 123 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 95 – Boxe para chuveiro com barra de apoio em L 124 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 96 – Perspectiva do boxe com as barras de apoio 124 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 97 – Dimensões para banheira acessível 125 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 98 – Acessórios junto ao lavatório 125 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 99 – Cabina para vestiário acessível 126 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 100 – Circulação mínima para quarto acessível 126 
 
 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
Figura 101 – Balcão de autoatendimento – Vista frontal 127 
Fonte: ABNT NBR 9050. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Instalações sanitárias 87 
Tabela 1 – Classificação hoteleira 93 
Tabela 2 – Áreas médias do hotel (m²/apto) 108 
Tabela 3 – Área de serviço 10
23 
 
Introdução 
O setor de serviços – de que é parte expressiva o turismo – vem crescendo significativamente 
nos últimos anos. Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Turismo relata que, em 2009, 
o Brasil recebeu 4,8 milhões de turistas estrangeiros e movimentou aproximadamente 56 
milhões de voos domésticos. Grande polo de desenvolvimento desse setor, segundo a São 
Paulo Turismo (SPTuris), a capital de São Paulo recebe anualmente 11 milhões de visitantes, 
com permanência média de 3 a 5 dias. Para atender a essa demanda, existem 42 mil 
apartamentos, com média de ocupação no mercado hoteleiro de 62,2% e preço médio de 
diária de R$197,00. 
Esse é o cenário do mercado hoteleiro, cujo crescimento – nos últimos 20 anos – tem 
acompanhado as necessidades da demanda. Notável nesse período foi a chegada das redes 
hoteleiras internacionais, que vislumbraram amplas possibilidades em uma economia 
favorável para investimentos, ganharam mercado e contribuíram para padronizar a estrutura 
física e dosserviços prestados. Foi uma questão de tempo para que as redes hoteleiras 
disseminassem hotéis de diversas categorias por diferentes regiões da cidade a fim de atender 
clientes de perfis específicos. 
A vinda das redes hoteleiras internacionais estimulou não só a competitividade nos aspectos 
construtivos e de profissionalização como também no marketing do estabelecimento ou 
marca. Além desses benefícios, as grandes redes impulsionaram a modernização dos 
equipamentos, devido à exigência da qualidade internacional, e uma política flexível de 
preços e condições. 
Ao longo desse período, houve o cuidado de manter às características tipicamente brasileiras e 
paulistas, tanto na estrutura física como na profissionalização dos prestadores de serviços, 
visando fidelizar o maior número de clientes. Atualmente, a variedade de meios de 
hospedagem na cidade São Paulo, compreende desde hotéis de propriedade de grandes redes 
internacionais até estabelecimentos independentes de porte médio. A importância desse ramo 
de atividade para a economia justifica uma análise detida dos vários aspectos que a envolvem. 
Esta dissertação tem por objetivo analisar o processo de transformação dos projetos hoteleiros 
no Brasil, tomando por referência a cidade de São Paulo, e indicar as diretrizes que 
dimensionam categorias dos meios de hospedagem. 
24 
 
A iniciativa de discorrer sobre o tema explica-se pela experiência da autora no segmento 
hoteleiro e sua formação em administração nessa área. O foco da pesquisa é buscar 
informações que levam a correta construção das áreas funcionais, facilitando a rotina 
hoteleira. 
O primeiro capítulo versa sobre a origem e a evolução da hotelaria no mundo e no Brasil, 
mensurando os principais empreendimentos, suas características de funcionamento e serviços 
oferecidos. No fim do capítulo, listam-se as maiores redes hoteleiras do mundo com suas 
respectivas características e marcas. 
O segundo capítulo relata os critérios estabelecidos pelo Código de Obras do município de 
São Paulo que regram a construção de hospedarias no período de 1930 a 1990, apontando as 
transformações dos projetos e suas influências nas condições de uso dos equipamentos. 
Examina-se a uma legislação específica para o setor, até há pouco controlada pela ABIH 
(Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), através do regulamento e classificação de 
meios de hospedagem. 
O capítulo final analisa os pontos relevantes do novo regulamento de classificação para os 
meios de hospedagem, controlado pelo Ministério do Turismo, as considerações de Nelson de 
Andrade em Hotel- planejamento e projeto e as normas de acessibilidade a edificações, 
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos da ABNT NBR 9050. O estudo se encerra com 
uma conclusão que reflete todos os aspectos analisados ao longo dos capítulos anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
1. O início 
Este capítulo pretende esboçar um panorama histórico dos meios de hospedagem no mundo e 
no Brasil, ressaltando a entrada das principais redes hoteleiras e as mudanças dos projetos 
arquitetônicos no decorrer dos anos. 
Viajar é atividade intrínseca ao ser humano, seja por sobrevivência, fuga, religião ou interesse 
social. Segundo Ycarim Melgaço Barbosa, “desde o período em que a Terra foi povoada por 
seres que praticavam caça e coleta, atividades que surgiram pelo menos desde o 
desenvolvimento dos primeiros instrumentos de pedra, há 2,5 milhões de anos, os seres 
humanos já se deslocavam” (BARBOSA, 2002, p.12). 
Na Idade Antiga, com a introdução da moeda concebida pelos sumérios, simplificaram-se as 
transações comerciais e o comércio se desenvolveu. A esse povo deve-se ainda a invenção da 
escrita e da roda, que permitiu uma mobilidade antes inimaginável. Os egípcios e gregos 
deslocavam-se pelos mares, desertos e montanhas, deixando um legado de conhecimentos e 
experiências. 
Com tantos deslocamentos e meios de transporte inadequados, começam os primeiros 
viajantes a conceber formas de acomodação temporária, embrião das atividades hoteleiras. 
No século V a.C., surgem as hospedarias, ainda precárias, ao longo das estradas, nos portos e 
grandes centros. Joaquim Janeiro afirma que “as hospedarias apareceram por volta do século 
IV a.C. e tinham como objetivo prestar serviços correspondentes às mais elementares 
necessidades humanas – alimentação e abrigo” (JANEIRO, 1991, p.15). 
Convém ressaltar que os Jogos Olímpicos da Grécia antiga atraíram muitos viajantes para as 
cidades que os sediavam. Os gregos providenciaram vias mais largas e adequadas para o 
tráfego de veículos, construindo redes de vias que davam acesso aos lugares mais procurados 
pelos viajantes. Os romanos também contribuíram, com veículos de transporte de vários tipos 
e técnicas inovadoras de construir estradas e pontes, uma vez que se deslocavam para pontos 
sempre mais distantes, quer já integrados ao Império, quer por integrar-se a ele. Ao lado do 
intuito militar ou comercial, passou a figurar também o do descanso e divertimento. Durante 
esse período, os nobres escolhiam as hospedarias de acordo com o luxo e os serviços 
cerimoniais oferecidos aos clientes. 
 
26 
 
Segundo Janeiro: 
Na antiga Roma, as hospedarias de maior qualidade eram identificadas pela 
denominação de mansiones; havia-as espalhadas por todo o Império. Havia também 
a taverna, local onde oficiais e legionários comiam e bebiam. Após a queda do 
Império Romano, a Europa esteve durante dezenas de anos sujeita a um risco 
diabólico: para poder viajar estava-se sujeito a uma autêntica aventura. No entanto, 
foi criada a Fundação da Ordem dos Cavaleiros Hospitalares, e com ela passou a 
existir segurança, criando-se uma série de hospitais e refúgios. Aí se abrigavam as 
cruzadas e peregrinos que se dirigiam à Terra Santa (JANEIRO,1991, p.15). 
Com a crise do Império Romano, as estradas deterioraram-se, infestando-se de assaltantes, 
risco que prejudicava as viagens e afastava das hospedarias os viajantes. Lentamente, na Idade 
Média, foram aparecendo as cidades feudais, fortificadas, que celebravam importantes festas 
religiosas e atraíam peregrinos. O período foi marcado ainda pelas Cruzadas, movimento 
armado para a defesa dos lugares santos da Cristandade, e as viagens de peregrinos cristãos 
que iam à Terra Santa, Roma, Jerusalém e Santiago de Compostela. 
A circulação de homens que participavam das Cruzadas e dos peregrinos propiciou 
naturalmente o crescimento do número de hospedarias e alojamentos ao longo das rotas. 
Segundo John Urry, “nos séculos XII e XIV as peregrinações haviam se tornado um amplo 
fenômeno servido por uma indústria crescente de redes de hospedarias para viajantes, 
mantidas por religiosos e por manuais de indulgência produzidos em massa. Essas 
peregrinações incluíam frequentemente uma mescla de devoções religiosas, cultura e prazer” 
(URRY, 2001, p.19). 
Apesar da precariedade das hospedarias e alojamentos, em 1282 foi criado o Grêmio das 
Hospedagens em Florença, união de empresários de alojamentos com o propósito de ajudar e 
defender os interesses comuns. Em 1300, no porto de Veneza, têm início as viagens anuais de 
peregrinos em caravanas para Jerusalém. É nesse período que o conhecido viajante Marco 
Polo relatou suas viagens e colaborou com seus conhecimentos sobre diferentes povos, 
conforme afirma Yacarim Barbosa, tendo “influenciado as viagens de Cristóvão Colombo, 
que chegou a confundir a ilha de São Domingos, no Caribe, aonde chegou em 1492, com as 
praias do Cipango (Japão), narradas muito tempo antes por Marco Polo. Marco Polo sempre 
foi citado como o grande viajante a manter contato com a China, sendo responsável pela 
introdução do macarrão e da pizza na Itália” (BARBOSA, 2002, p.27). 
27 
 
No final da Idade Média, a Revolução Mercantil e o crescimento das cidades, estimularam 
ainda mais o desenvolvimento das hospedarias, que passarama oferecer refeições e vinhos, 
cocheiras e alimentação para os cavalos, troca de parelhas e serviços de manutenção, limpeza 
para as charretes ou outro tipo de veículo, além dos serviços de alojamento. Em 1407, na 
França, foi criada a primeira lei para registro de hóspede, com a finalidade de aumentar a 
segurança nas hospedarias. Vladir Vieira Duarte informa que “é também desse período o 
costume de identificar os estabelecimentos comerciais colocando-se adornos em sua entrada. 
Na França, as hospedarias usavam ramos verdes de cipreste ou tecidos em mastro nessa 
mesma cor. Na Inglaterra, colocava-se um mastro, bem alto, pintado na cor vermelha” 
(DUARTE, 1996, p.9). 
Com o início da Idade Moderna, duas novas justificativas somam-se às já conhecidas: a 
ampliação dos territórios europeus e a expansão das fronteiras culturais. Surge o Grand Tour, 
viagens com propósitos educacionais destinadas aos jovens recém-saídos de Oxford ou de 
Cambridge. As hospedarias desenvolviam-se como consequência do crescimento e destino 
das viagens. Por volta de 1561, em busca de maior conforto para os hóspedes, a França 
regulamentou as tarifas das hospedarias, enquanto se editava em Londres o primeiro guia de 
viagens de que se tem notícias, determinando os diferentes tipos de acomodações disponíveis 
para viajantes a negócio ou passeio. 
Aproximadamente em 1659, surgem as diligências, carruagens puxadas por cavalos, como 
importante meio de transporte na Europa. Pelos 200 anos seguintes, esses veículos facilitaram 
a locomoção, garantindo um fluxo de hóspedes para as pousadas e hotéis. 
É no século XVIII que o Grand Tour tornou-se comum entre a elite britânica, dando ênfase 
não somente à instrução mas também ao lazer. As viagens duravam de seis meses a um ano e 
meio, e os jovens se alojavam em castelos, mansões feudais e fortalezas. É interessante 
destacar a importância da imprensa, que publicava relatos dessas viagens, aguçando o desejo 
dos leitores por conhecer novos lugares. Ycarim Barbosa relata que “as descrições dessas 
viagens constavam de livros ou eram publicadas nos jornais em breve se transformariam 
numa moda para os letrados e intelectuais. Nesse renovado gênero literário, eram enaltecidas 
as belezas paisagísticas, o patrimônio histórico e cultural, a gastronomia, o conforto das 
estalagens e hospedarias, as vias de comunicação, os melhores meios de transportes” 
(BARBOSA, 2002, p.35). 
28 
 
Alguns médicos do século XVIII acreditavam que banhos de determinadas águas poderiam 
contribuir para curar doenças. Entre 1720 e 1730 descobriu-se na Pensilvânia um manancial 
de águas com características térmicas e minerais, descoberta que gerou a necessidade de 
hotéis na região. No mesmo período, a pequena cidade de Bath, na Inglaterra, e a cidade de 
Spa, na Bélgica, ofereciam banhos termais. O êxito da iniciativa levou à construção de outros 
hotéis em diversas zonas de atrativos naturais, como quedas de Niágara, Cape May e Long 
Branch. Segundo Duarte, 
Na Inglaterra, no período de 1750 a 1820, no bojo da Revolução Industrial, as 
estalagens foram substituídas pelos inns, que conquistaram a reputação de serem os 
melhores hospedeiros daquela época. Tiveram seu desenvolvimento em Londres e 
arredores, onde os innkeepers diversificaram e valorizaram seus serviços, que 
passaram a ser vistos como alto padrão de limpeza e excelente alimentação. Na 
medida em que foram sendo construídas estradas de rodagem e ferrovias que 
ligavam os grandes centros às cidades portuárias, houve grande aumento na 
quantidade de hotéis, principalmente nessas cidades portuárias. Os modelos de 
hotéis não evoluíram fisicamente, e as novas construções mantiveram o conceito dos 
existentes (DUARTE, 1996, p.10). 
Com a Revolução Industrial, foi grande o avanço tecnológico no setor de transportes e 
significava a melhoria nas condições de vida dos assalariados, o que se refletiu na expansão 
do setor hoteleiro. Nos Estados Unidos, os albergues já eram os maiores do mundo e 
ofereciam os melhores serviços da época. 
Em 1794, inaugurou-se em Nova York o City Hotel. O prédio foi construído com a finalidade 
específica de hotel, com 73 quartos e 70% da área total destinadas a funções áreas sociais. Os 
próximos 35 anos foram uma época de ouro para a hotelaria norte-americana, uma vez que 
muitos foram os edifícios construídos com essa finalidade em importantes lugares, como 
Boston, Baltimore, Filadélfia e Nova York. 
O número de hotéis próximos de estações termais, mares e montanhas também foi crescente, 
devido às ações terapêuticas que os banhos proporcionavam. Para Yacarim Barbosa, “era o 
prenúncio do turismo. A água mineral ou termal como cura são exemplos disso. Surgiram 
hotéis para acolher a população e os médicos, que desempenham um papel de destaque, pois 
eram eles que convenciam as pessoas da necessidade de consumir esses novos produtos, a 
água e o ar, o „ar da montanha‟ ”(BARBOSA, 2002, p.44). 
29 
 
Em 1829, Boston ganha o hotel mais caro e mais inovador de até então – o Tremont House. 
Projetado pelo arquiteto Isaiah Rogers
1
, o hotel oferecia quartos com acomodação privada, 
single e double, portas com fechaduras, bacia, jarros e sabonetes para higiene pessoal nos 
quartos. Para caracterizar ainda mais o luxo hoteleiro, todos os hóspedes poderiam ser 
localizados no hotel por um mensageiro, serviço até então desconhecidos nos hotéis. O 
Tremont House ganhou destaque também pela sua administração, já que os funcionários eram 
treinados para oferecer ao hóspede o melhor atendimento. 
 
Figura 1 - Tremont House. 
Os primeiros anos do século XIX foram marcados pela evolução dos meios de transportes. 
Em 1830, consolidava-se a estrada de ferro e a locomotiva a vapor de George Stephenson. 
Nos anos seguintes, com a expansão da estrada de ferro, os deslocamentos tornaram-se mais 
fáceis, rápidos e confortáveis. Viagens que levavam semanas foram reduzidas para dias. Em 
1883, aconteceu a primeira viagem do “Expresso d´Oriente”, famosa por ligar o Ocidente ao 
Oriente numa composição sobre trilhos que esbanjava luxo. A Wagons-Lits, empresa 
responsável pela linha, ampliou o negócio com a construção de hotéis de luxo no trecho que o 
trem percorria, uma vez que a intenção era proporcionar ao viajante o mesmo conforto e luxo 
 
1
 Arquiteto americano (1800-1869), responsável por desenvolver o protótipo para o sistema de encanamento 
de água. 
30 
 
dos vagões. Ainda nas décadas de 40 a 70, viu-se desenvolver o transporte marítimo turístico, 
que soube adaptar-se depressa a fim de trazer conforto aos viajantes. 
Voltando ao século XIX, é imprescindível mencionar que, em 1847, Thomas Cook
2
 abre a 
primeira agência de viagens, tendo organizado uma excursão de trem para Leicester 
(Inglaterra) da qual participaram 500 pessoas. O seu diferencial era o valor reduzido das 
tarifas de trem, obtido junto à empresa ferroviária por conta do aumento da demanda. Cook 
também foi o primeiro a fazer uso das campanhas publicitárias e de marketing de massa para 
formar uma clientela. Com o sucesso dos negócios, a agência passou a organizar viagens para 
diversos lugares, com grupos cada vez maiores. Interessado na satisfação contínua dos 
viajantes, pôs à disposição de cada grupo um guia para conduzir aos lugares corretos. Cook 
não parou com suas inovações: negociava com os hotéis que estavam no itinerário dos trens e 
criou os cupons de hotel, com direito, além da acomodação, a café da manhã, almoço e jantar. 
Sua intenção era atrair clientes com as tarifas diferenciadas e com a grande comodidade de 
garantir reservas. As ideias de Cook deixaram um imenso legado para o que vivenciamos no 
turismo e nas redes hoteleiras. Tantos deslocamentos – independente da finalidade – 
beneficiaram, sobremaneira o mercado hoteleiro, gerando um crescimento segundo a 
necessidadede cada região e público. 
Por volta de 1884, Theodor Baur abre o Hotel Baur au Lac, em Zurique e consciente de que 
era preciso melhorar a mão de obra para desenvolver a hotelaria, funda a primeira escola de 
formação de pessoal para hotelaria em Ouchy, Lausana. Em 1889, inaugurou o Hotel Savoy, 
em Londres, sob administração do hoteleiro suíço César Ritz. O hotel foi considerado o 
primeiro de luxo europeu, com instalações elétricas e quartos suítes para banhos. 
Nos Estados Unidos, nesse mesmo período, à medida que se estendia a rede ferroviária, mais 
hotéis eram construídos nas imediações das vias. Segundo Duarte, 
Até o final do século XIX, o desenvolvimento hoteleiro foi muito grande, chegando 
a comprometer a qualidade, afetada pelo baixo número de bons hotéis no país e pela 
larga oferta de hotéis pequenos, sem conforto, carentes de normas de serviço, de boa 
alimentação e limpeza, geralmente próximos às estações ferroviárias. A grande 
massa da população não encontrava satisfação. No hotel modesto havia falta do 
conforto e nos de luxo a insatisfação vinha dos elevados preços. Essa concorrência 
 
2
 Empresário inglês (1808-1892), um dos pioneiros na utilização das campanhas de marketing para atrair 
clientes. 
31 
 
entre hoteleiros, nas mais diversas localidades, resultou em consideráveis desvios da 
tradição americana de hotéis destinados à satisfação e igualdade de tratamento 
(DUARTE,1996, p.12). 
Geraldo Castelli, ao analisar o assunto, acrescenta que, “em território europeu no fim do 
século XIX, homens como César Ritz, procuraram dar forma e organização aos hotéis. É bem 
verdade que estes se destinavam às classes abastadas. Nessa época, o importante para o hotel 
era o título do cliente, que valia fortunas, pois sua permanência no hotel se estendia por 
longos períodos” (CASTELLI, 1977, p. 32). 
Nesse momento, surgiram os hotéis de grande luxo, como Savoy, Ritz, Claridge, Carlton e 
outros, acompanhando a tendência dos trens e navios de passageiros. O Hotel Savoy, em 
Londres, impressionou pelas modernas técnicas de arquitetura, como a construção à prova de 
fogo, com estruturas de aço e concreto, luz elétrica e elevadores. 
Nos Estados Unidos, os navios eram embarcações luxuosas que ofereciam hospedagem, 
cassino e diversões aos clientes, porém as interrupções provocadas pelos vários dias de 
reparos de falhas mecânicas ensejaram construir hospedarias de apoio ao longo dos rios 
navegáveis. 
Por volta de 1908, na cidade americana de Búfalo, Ellsworth M. Statler inaugurava o Statler 
Hotel, o primeiro hotel comercial moderno a enfrentar a saturação de mercado. Entre as 
novidades que oferecia, contavam-se porta corta-fogo nas escadarias principais, interruptor de 
luz ao lado das portas de entrada nos ambientes, água corrente, banheiros privativos e espelho 
de corpo inteiro em todos os apartamentos e jornal matutino gratuito para os hóspedes. Statler 
atentou para que o projeto arquitetônico se estruturasse de modo a facilitar a prestação de 
serviço e limpeza. O slogan que identificava seu hotel era A room and a bath for a dollar and 
a half. Com tantas inovações, não demorou para que Statler criasse uma das primeiras cadeias 
hoteleiras: a Statler Hotel Company. 
32 
 
 
Figura 2 - Statler Hotel. 
A desfeito do sério entrave econômico representado pela Primeira Guerra Mundial, o período 
de 1910 a 1920, nos Estados Unidos, foi considerado a segunda época de ouro para as 
construções hoteleiras, que atingiu altos números de hotéis e dólares gastos. Entre os hotéis 
famosos construídos nessa década, importa mencionar o Hotel Pensilvânia, em Nova York, e 
o New Yorker, de Ralf Ritz e Stevens Hotel, em Chicago, com mais 3 mil apartamentos. 
Castelli afirma que, na Europa, 
Após a Primeira Guerra, de 1914-18, verificou-se profunda mudança. O progresso 
técnico mudou as estruturas sociais existentes. (...) Começou a trabalhar nas 
indústrias, obtendo-se direito a férias. Este fato deu surgimento a um outro, o 
chamado „pecado original‟ do turismo, que é a sazonalidade, ainda mais agravada 
com o surgimento do automóvel, que permitiu maior mobilidade (CASTELLI,1977, 
p.32). 
Em contraposição à década anterior, os anos 30 – de forte recessão econômica – foram os 
piores para o mercado hoteleiro, tendo 85% das propriedades ficado sob intervenção judicial. 
Ao fim da década, apesar dos sinais de recuperação, os investidores não se mostravam 
seguros com o negócio hoteleiro. 
A recuperação efetiva veio somente com a Segunda Guerra Mundial: 
33 
 
Milhões de norte-americanos foram para as Forças Armadas. Áreas de concentração 
de produção de armamento deslocaram pessoas de seus lares. Com essa atividade 
em força total, a demanda de apartamentos e serviços nos hotéis atingiu o máximo. 
Era comum ver pessoas dormindo nos lobbies dos hotéis, porque faltavam 
apartamentos disponíveis. Tendo perdido 50% de seu pessoal treinado, que foi 
requisitado pelas Forças Armadas, evidentemente os padrões de serviços também 
caíram. Mas a forma como o serviço foi mantido acabou por ser considerada 
espantosa (levando-se em conta todas as deficiências que o hotel tinha que superar 
em sua operação). Embora a hotelaria não fosse classificada como atividade 
essencial, os hoteleiros puderam sentir-se orgulhosos pela contribuição ao esforço de 
guerra e felizes pelos altos lucros (DUARTE, 1996, p.14). 
No período pós-guerra, poucas construções foram feitas e os hotéis já estabelecidos 
mantiveram o número de apartamentos. Joaquim Janeiro apresenta uma visão global sobre o 
mercado hoteleiro: 
É a partir do final da Segunda Guerra Mundial que se verifica no mundo a chamada 
“indústria turística”. O incremento qualitativo e quantitativo que se observa oferece-
nos uma definição significativa: 
- Hotel – estabelecimento formado por um conjunto de explorações destinadas a 
oferecer os serviços próprios, alojamento e mesa; ou 
- Hotel - estabelecimento que deverá fornecer um bom serviço de alojamento, de 
refeições, bar, tratamento de roupa, informações turísticas e de caráter geral, 
instalações confortáveis, zonas coletivas que proporcionem oportunidades de 
convívio (JANEIRO,1991, p.17). 
Na década de 50, as famílias norte-americanas já viajavam em veículo próprio e preferiam a 
informalidade no atendimento, o que impulsionou o fortalecimento do mercado de motéis. Em 
1963, havia 36 mil motéis ao longo das estradas. Dois anos mais tarde, os hoteleiros sentem a 
concorrência e decidem agregar os motéis à American Hotel Association, cuja sigla passa a 
ser AHMT. E neste mesmo período, o mercado norte-americano realizou um amplo programa 
de modernização, estimado em vários bilhões de dólares. 
As décadas de 60 e 70 foram marcadas pela construção dos hotéis Hyatt e suas inovações 
arquitetônicas. Os projetos de John Calvin Portman, o arquiteto responsável, evidenciavam o 
lobby do hotel, com altura de pés-direitos de 20 ou mais andares, elevadores de vidro, lagos 
internos, instalações para lazer e iluminação feérica. 
34 
 
 
Figura 3 - Hyatt Regent Atlanta - 1967. 
 
 
Figura 4 - Hyatt San Francisco Atlanta - 1973. 
Nas décadas seguintes, o mercado hoteleiro se desenvolveu de acordo com a demanda de cada 
região e as exigências dos clientes. Verifica-se grande quantidade de fusões e aquisições de 
hotéis, principalmente nas redes norte-americanas, europeias e asiáticas, dando origem a 
grandes grupos hoteleiros, os quais dominaram o mercado pela diversidade e facilidade que 
podiam e podem oferecer, como estruturas luxuosas e serviços padronizados. 
Com o propósito de ilustrar o avanço do mercado hoteleiro no final do século XX e início do 
século XXI, enumeraram-se as principais redes hoteleiras. 
35 
 
 
1.1 O Hotel Paris Ritz – um marco para a hotelaria 
É valido destacar o Hotel Paris Ritz
3
 devido à sua grandecontribuição na história da hotelaria. 
Seu fundador, Cesar Ritz, iniciou aos 15 anos sua trajetória hoteleira como aprendiz de 
garçom. Nos anos seguintes, trabalhou em diversos hotéis e restaurantes da Europa e, aos 27 
anos, assumiu o cargo de gerência e transformou o Grand National de Lucerna, na Suíça, 
num dos hotéis mais elegantes do Velho Mundo. Após onze anos na gerência, Ritz decidiu 
dirigir seu próprio bufê, e depois um pequeno hotel, porém as curtas temporadas causaram 
prejuízos financeiros, levando ao encerramento das atividades. Nessa época, aceitou uma 
proposta de gerência num hotel em Monte Carlo e conheceu o chef Auguste Escoffier, com 
quem desenvolveu um trabalho de excelência na prestação de serviço para a alta culinária. 
Em 1889, o hotel Savoy, de Londres, convidou a dupla para transformar seu restaurante num 
lugar de encontro socialmente aceitável, costume até então não aprovado pela alta sociedade. 
Ritz permaneceu nove anos no Savoy, mas durante esse período esteve envolvido com outros 
hotéis localizados em Roma, Frankfurt, Monte Carlo, Salsomaggiore, Wiesbaden, Biarritz, 
Lucerna, Mentone e Palermo. Em 1896, fundou The Ritz Hotel Syndicate Limited, com o 
apoio financeiro de alguns de seus clientes. Dois anos mais tarde, Ritz deixou o Savoy e 
desenvolveu a ideia de uma galeria de butiques dentro do Hotel Pilote, em Paris. 
A cada ano, aumentava o desejo de Ritz em construir seu próprio hotel em Paris, com o 
intuito de ser o mais bonito e moderno da cidade. Em 1º de junho de 1898, inaugurou o Ritz 
Paris, na Place Vendôme, com o auxílio do arquiteto Charles Mewés. 
O edifício que Ritz escolheu para seu hotel já contava mais de um século, e seu objetivo era 
preservar a aparência externa. Mewés reformou o prédio, modificando apenas quatro das seis 
arcadas da fachada, para obter mais espaço para carruagens. O hotel oferecia uma diversidade 
de amplas salas decoradas com mobiliário, tapeçarias e lustres nos estilos clássicos da 
decoração francesa, da época de Luís XV até o período imperial. As poltronas da sala de 
jantar tinham todas um pequeno gancho de metal, para que as damas pudessem pendurar as 
bolsas. 
 
3
 As informações citadas no capítulo são baseadas no site oficial do hotel. 
36 
 
A decoração de cada apartamento era exclusiva, com pinturas holandesas, armários embutidos 
e closets, móveis de luxo, abajures revestidos com seda rosa e cortinas de musselina branca 
que podiam ser lavadas com frequência. Nos quartos voltados para o sul, as cores utilizadas 
eram azul, branco e cinza e, nos quartos voltados para o norte, tonalidades de amarelo, devido 
à carência de luz durante o dia. Toda a estrutura física do hotel era acompanhada por 
atendimento 24 horas por dia, com a maior prontidão e atenção possível, por mais complexo 
que fosse o pedido. 
O sucesso do empreendimento Ritz levou um dos investidores a fundar The Ritz Hotels 
Developmente Company Limited, empresa que oferecia aos que hoje chamaríamos 
franqueados o nome, gerentes, o prestígio, a confiança e a publicidade. Em 1910, 
inauguravam-se o Ritz de Madri e Nova York; em seguida, em Lucerna, Buenos Aires, 
Mentone, Evian, Roma, Lisboa, Nápoles, Barcelona, Salsomaggiore, Montreal e Atlantic 
City. 
Em 1918, ano em que faleceu Ritz, seu hotel de Paris já contava com uma galeria de lojas 
luxuosas e exclusivas de Paris, já que era sua convicção que as coisas belas deveriam ficar 
expostas para tornar a estadia do hóspede mais prazerosa. A viúva de César, Marie Louise, 
vinda de família hoteleira e com conhecimento na área, assumiu o hotel. Em 1953, aos 85 
anos de idade, passou a presidência a seu filho Charles, que se deparou com um hotel 
construído no século XVIII, com problemas de fiação e encanamentos, num período em que o 
perfil da clientela estava muito distante do que fora no começo do século. A modernização e 
redecoração eram tabu no Ritz e em 1976, falece Charles sem que o hotel tivesse passado por 
mudança alguma. Sua esposa, Monique, assumiu a presidência de um hotel ao qual faltava 
praticamente tudo, exceto a boa reputação. 
37 
 
 
Figura 5 - Ritz Paris. 
Em 1979, o Ritz Paris foi vendido, por 30 milhões de dólares, para Mohamed, Salah e Ali Al 
Fayed, donos do Alfayde Investment and Trust, administradora de negócios no setor bancário, 
de navegação, construção e petróleo. A reforma, que custou 100 milhões de dólares, não 
descaracterizou a construção do hotel. Todos os ambientes foram redecorados, o sistema de 
aquecimento substituído, os banheiros receberam novas instalações, o ar-condicionado foi 
instalado em todo o hotel, construíram-se piscinas, clinica médica, quadras de squash, salões 
para bailes, uma cozinha nova e instalações para funcionários. Surgem as suítes Chopin, 
Windsor, Proust e Cocteau, redecoradas para atender um público com interesse em pernoitar 
onde personalidades importantes e famosas se hospedaram. Os novos proprietários 
mantiveram o perfeccionismo de Ritz na prestação de serviço, aliando a imponência de um 
palácio criado para príncipes à comodidade de um lar hóspedes habituais. 
Neste breve panorama do processo histórico da hotelaria, examinamos a evolução do 
segmento seja nos aspectos físicos como no de atendimento, de acordo com a demanda e 
influência cultural de cada região do mundo. Focalizam-se a seguir as principais redes 
hoteleiras a fim de apontar um recente mercado no segmento hoteleiro. 
 
1.2 As maiores redes hoteleiras do mundo 
Considerar-se-ão agora as principais redes hoteleiras para demonstrar como evoluiu o 
mercado nesse segmento, proporcionando forte movimentação econômica para o setor. 
38 
 
A revista americana Hotels Magazine, em junho de 2009, divulgou o ranking das 300 maiores 
redes hoteleiras do mundo, avaliação que considera – entre os tópicos relevantes - a 
quantidade de apartamentos. 
O maior grupo hoteleiro é o InterContinental Hotels Group
4
 (IHG), empresa do Reino Unido, 
que possui, administra, arrenda ou franqueia, por meio de várias subsidiarias, mais de 4.186 
hotéis, 619.851 apartamentos em aproximadamente 100 países ao redor do mundo. 
Comercializa as marcas InterContinental Hotels & Resorts, Holiday Inn Hotels & Resorts, 
Holiday Inn Express, Staybridge Suites, Crowne Plaza Hotels & Resorts, Hotel Indigo e 
Candlewood Suites. 
A história do IHG pode ser considerada a partir de 1777, quando William Bass deu sequência 
à sua carreira e à de sua família, fortalecendo o ramo de malte e cerveja na região de Burton-
on-Trent, no leste de Staffordshire, Inglaterra, fundando a Bass Brewery. Em 1989, o governo 
britânico limitou o número de cervejarias, forçando a Bass Brewery a diversificar suas 
atividades e investir em pequenos hotéis. Dois anos mais tarde, comprou a marca Holiday Inn 
International, expandindo os negócios para a América do Norte. 
Em março de 1998, adquiriu a marca InterContinental, estendendo-se para o mercado de luxo. 
Dois anos mais tarde, a Bass Brewery vendeu seus ativos para a principal cervejeira belga, a 
Interbrew, mudando seu nome para Six Continents PLC. Em 2003, criou-se a razão social 
IHG após a Six Continents dividir-se em duas empresas: Mitchells and Butlers e 
InterContinental Hotels Group. A IHG lidera o ranking das 300 maiores redes hoteleiras 
desde 2004 e registrou em 2010 crescimento de 5,9%. 
 
4
 Disponível em: http://www.ichotelsgroup.com/h/d/6c/220/pt/home Acesso em 02/04/2010. 
http://www.ichotelsgroup.com/h/d/6c/220/pt/home
39 
 
 
Figura 6 – Hotel Holiday Inn – Londres 
A segunda maior rede é a Wyndham Hotel Group
5
, fundada em Dallas, Texas, por Trammel 
Crow. O crescimento da empresa acelerou-se após ter-se integrado a um REIT (Real Estate 
Investment Trust)
6
, chamado Patriot American Hospitality (PAH). No final dos anos 90,adquiriu várias carteiras de hotéis, rebatizando-os como Wyndhans. 
Em 1998, para criar uma marca com serviço elitizado, adquiriu a Hotel Summerfield 
Corporation, que passou a chamar-se Summerfield Suites Wyndham. No mesmo ano, adquiriu 
a Grand Bay Hotels & Resorts, que incluía 11 hotéis de luxo. Em seguida, lançou a 
Wyndham Garden Hotéis, propriedades de pequeno porte localizadas nas imediações de 
aeroportos. A empresa também adquiriu hotéis na Europa, como o Great Eastern Hotel, de 
Londres. Em março de 1999, o Grupo realizou uma reestruturação, transformando-se no 
Wyndham Internacional. Para saldar dívidas, até 2004 teve de vender muitos de seus hotéis 
para o InterContinental Group. No ano seguinte, a Wyndham Internacional foi adquirida pelo 
Blackstone Group por aproximadamente US$ 3,24 bilhões. 
No decorrer de 2005, alguns hotéis foram vendidos para o Goldman Sachs Group e Columbia 
Sussex. A Blackstone revigorou a marca da maioria dos seus ativos, como LXR Luxury 
Resorts, e vendeu a Wyndham e Wyndham Garden Hotel para a Cedant e a marca 
Summerfield Suites para a Global Hyatt. Em agosto de 2006, todos os hotéis da Cedant 
 
5
 Disponível em: http://www.wyndham.com/main.wnt Acesso em 21/04/2010. 
6
 É a designação do imposto de uma empresa que investe em imóveis com o benefício de reduzir ou eliminar 
imposto sobre rendimento das sociedades. Os REITs são obrigados a distribuir 90% dos seus rendimentos entre 
os investidores. 
http://www.wyndham.com/main.wnt
40 
 
tornaram-se parte da Wyndham Worldwide. No início de 2009, a Wyndham Worldwide 
atuava em todos os continentes com as marcas: Wyndham, Ramada, Days Inn, Super 8, 
Wingate by Wyndham, Baymont Inn & Suites, Microtel Inn & Suites, Hawthorn Suites, 
Howard Johnson, Travelodge e KnightsInn, totalizando 7.043 hotéis e 592.880 apartamentos. 
 
Figura 7 – Hotel Galvez & SPA, Wyndham Grand Hotel – Texas 
A terceira maior rede é a Marriott Internacional
7
, com 2.800 hotéis localizados nos Estados 
Unidos e outros 69 países, com as marcas Marriott Hotels & Resorts, JW Marriott Hotels & 
Resorts, Renaissance Hotels & Resorts, Courtyard, Marriott Executive Apartments, Residence 
Inn, Fairfield Inn, Marriott Conference Centers, Town Place Suites, Spring Hill Suites by 
Marriott e Marriott Vacation Club. 
A quarta rede hoteleira é a Hilton Hotel Corporation, cuja história começa em 1917 com 
Conrad Hilton, quando comprou seu primeiro hotel, The Mobley, em Cisco, Texas. Em 1925, 
ele constrói o primeiro hotel com o nome Hilton, em Dallas. Anos depois, adquiriu dois 
hotéis em NYC, The Roosevelt e The Plaza. Por volta de 1953, é inaugurado o primeiro 
Hilton na Europa: The Castellana Hilton, em Madrid. No ano seguinte, o Grupo Hilton 
adquire a Hotels Statler Company, a transação imobiliária mais cara até então. Em 1964, a 
companhia separou suas operações internacionais, conhecida como Hilton Hotels 
Corporation. Um ano depois, Hilton deu início ao franchising dos seus hotéis nos Estados 
Unidos. Em 2009, o Grupo atuava em 80 países com 10 marcas: Hilton, Conrad Hotels & 
Resorts, Doubletree, Embassy Suites, Hampton, Hilton Garden Inn, Hilton Grand Vacation, 
 
7
 Os dados históricos sobre a rede estão apenas disponíveis no site da empresa, que narra o início da trajetória, 
com a abertura de um pequeno quiosque de refresco em Washington, DC, em 1927, por J.Willard e Alice S. 
Marriott. 
41 
 
Home 2 Suites by Hilton, Homewood Suites e Waldorf Astoria, totalizando 3.300 hotéis da 
rede. 
 
 
Figura 8 – Courtyard Philadelphia Downtown - USA 
 
Figura 9 – Hotel Hilton Checkers – Los Angeles. 
 
42 
 
A Accor Group Hotels
8
 ocupa o quinto lugar no ranking, com 3.983 hotéis e 478.975 quartos. 
O grupo iniciou sua história em 1967, com a abertura do primeiro hotel, Novotel, em Lille, 
França, por Gérald Pélisson e Paul Dubrule. Em 1974, inaugura o primeiro Hotel Ibis em 
Bordeaux. No ano seguinte, adquiriu a cadeia Mercure, considerada, na época, 3 estrelas. 
No início dos anos 80, continuaram com suas aquisições, como a cadeia Sofitel, de 4 estrelas, 
e a Jacques Borel Internacional. Em 1983, o grupo tornou-se oficialmente Accor, com 440 
hotéis em 45 países diferentes. Dois anos mais tarde, a rede inaugurou o Formule 1, um hotel 
com conceito econômico. No mesmo ano, criaram a Academia Accor, a primeira universidade 
corporativa na França, destinada às atividades de serviço. Nos anos 90, adquiriram as cadeias 
de hotéis econômicos Motel6, EtapHotel e a Lenôtre, conhecida empresa de gastronomia. Em 
2002, inauguraram o Sofitel Chicago Water Tower e outros 13 hotéis em grandes cidades. 
O ano de 2004 foi repleto de aquisições, como a participação de 34% no grupo Lucien 
Barrière, companhia europeia de cassinos, 28,9% de participação no Club Méditerrané, e 
participação nos Jogos Olímpicos de Atenas, apoiando as equipes francesa e australiana. 
Em 2005 a rede inaugurou seu 4.000º hotel, o Novotel Madrid, em Sanchinarro, Espanha. 
Nesse mesmo ano, a Colony Capital
9
 investiu €1 bilhão na Accor com o intuito de alavancar o 
grupo. O resultado desse investimento apareceu no final do ano: mais de 10.000 quartos só na 
China com as marcas Sofitel, Novotel e Ibis. Em 2006, os investimentos continuaram em 
diversos países do mundo, como na Índia, com a inauguração de hotéis das marcas Sofitel, 
Novotel, Mercure, Ibis e Formule 1. O ano seguinte também foi de expansão, com a aquisição 
de 50 hotéis da marca Dorint na Alemanha, a inauguração do 300º hotel da rede na Ásia, a 
reconfiguração da marca Sofitel como a mais luxuosa do mercado internacional o lançamento 
de uma nova marca de luxo dedicada aos executivos: Pullman. 
A novidade da rede em 2008 foi o lançamento do programa fidelidade A│Club e o 800º Ibis 
Hotel em Xangai, na China. No início de 2009, a Accor e o Mastercard fizeram uma aliança 
estratégica da qual surgiu a da PrePay Solutions, a líder europeia em pré-programas para 
companhias e instituições públicas. O Grupo Accor oferece ao público, em 2009, 15 marcas 
da mais luxuosa até a econômica, como o Sofitel, Pullman, MGallery, Novotel, Mercure, 
 
8
 Disponível em: http://www.accor.com/en.html Acceso em 22/04/2010. 
9
 É uma empresa privada que se concentra em investimentos imobiliários por todo o mundo. 
http://www.accor.com/en.html
43 
 
SuiteHotel, Ibis, All Seasons, Etap Hotel, Hotel F1, Motel6, Accor Thalassa, Orbis, Adago e 
Studio6. 
 
Figura 10 – Hotel Mercure Paris Terminus Nord – Paris 
Em sexto lugar no ranking das maiores redes hoteleiras focou a Choice Hotels Internacional
10
. 
A rede teve início nos anos 40 e foi a primeira a controlar as normas e regras nos seus hotéis. 
Dez anos mais tarde, os hotéis da rede foram pioneiros em oferecer telefones nos quartos. 
Em 1970, a rede começa a utilizar um sistema de reservas por meio de número gratuito, 800, e 
com serviço 24 horas. Nos anos 80, a rede inaugurou as marcas Quality Royale e Confort Inn. 
Em 1983, desenvolveram um sistema de reservas que uniu os centros de reservas dos hotéis 
dos Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha e 
Japão com os sistemas das empresas áreas e agências de viagens. No final da década, 
lançaram a marca Sleep Inn. 
No início dos anos 90, a companhia ficou o nome do grupo em Choice Hotel Internacional. 
Nos anos seguintes, inauguraram a marca Rodeway Inn e Main Stay Suites. Em 1996, 
lançaram o primeiro sistema geográfico para identificar os pontos comerciais próximos a cada 
hotel da rede. Um ano mais tarde, lançaram no site da rede um espaço dedicado aos agentes 
de viagens. 
Em 2004, a rede inaugurou uma filial no México, o primeiro passo para levar seus hotéis. Um 
ano depois, lançou uma nova marca dehotéis de luxo, a Cambria Suites. Nesse mesmo ano, 
abriu seu 5.000º hotel com o Comfort Suites, em Geneva. Adquiriram a Suburban Franchise 
 
10
 Disponível em: http://www.choicehotels.com/ Acesso em 20/04/2010. 
http://www.accorhotels.com/pt-br/hotel-2761-mercure-paris-terminus-nord/media.shtml
http://www.accorhotels.com/pt-br/hotel-2761-mercure-paris-terminus-nord/media.shtml
http://www.choicehotels.com/
44 
 
Holding Company e sua filial Suburban Franchise Systems, acumulando 9.000 quartos 
somente na faixa de hotéis econômicos. Em 2009, a rede reúne 10 marcas: a Comfort Inn, 
Comfort Suites, Quality, Sleep Inn, Clarion, Cambria Suites, MainStay Suites, Suburban, 
Econo Lodge e Rodeway Inn, totalizando 5.827 hotéis com 475.000 quartos em mais de 30 
países. Segundo o site da Choice Hotel Internacional, registrado em março de 2009, a rede 
tem 896 hotéis em construção. 
 
Figura 11 – Comfort Inn & Suites – Califórnia 
A sétima maior rede do mundo é a Best Western Internacional
11
, fundada em 1946 por MK 
Guertin, um hoteleiro com 23 anos de experiência. A cadeia começou informalmente, com 
cada hotel recomendando outro local de acomodação que estivesse na rota dos viajantes e 
turistas. Em 1962, a Best Western era a única rede que cobria todos os Estados Unidos e o 
Canadá. Um ano mais tarde, a rede era a maior cadeia hoteleira, com 699 hotéis e 35.201 
quartos. 
Em 1966, a rede transferiu seu escritório central de Long Beach, Califórnia, para Phoenix, 
Arizona. A direção da empresa decidiu pela mudança devido à forte redução de despesas que 
adviria com a centralização das operações assim como pelo potencial para expandir os 
serviços de fidelização. Uma nova expansão dos serviços da Best Western foi anunciada. As 
mudanças incluíam: estabelecimento de um novo centro de reservas, oferecendo atendimento 
telefônico gratuito para viajantes a negócios com estadia breve, agentes de viagens e turistas 
em férias organizadas pelo American Express; ampliação para a Europa, Caribe e Pacífico; 
melhoria dos padrões do serviço de fidelização; abrindo escritórios de vendas em Washington, 
 
11
 Disponível em: http://www.bestwestern.com/ Acesso em 20/04/2010. 
http://www.bestwestern.com/
45 
 
Montreal, Phoenix e Seattle. Em 1976, a rede tinha hotéis no México, Austrália e Nova 
Zelândia. 
Em 1979, a própria rede surpreendeu-se com o imponente número de 15 milhões de hóspedes, 
que geraram 1 bilhão de dólares. Um ano depois, a rede tinha 19 hotéis na Dinamarca, 120 
hotéis na França, 19 na Finlândia, 23 na Espanha, 19 na Suécia e 93 na Suíça. Nos anos 
seguintes, a rede ganhou espaço em Israel, Noruega, Portugal, Rússia, Lituânia, Japão e 
China. Em 2009, a rede administrava 4.000 hotéis em 80 países. 
 
Figura 12 – Best Western Plaza Kokai Cancún – México 
Em oitavo lugar no ranking está a Starwood Hotels & Resorts Worldwide
12
, com 942 hotéis e 
284.800 quartos. A rede foi formada pela Starwood Capital, iniciada em 1991, mas somente a 
partir de 1995 envolvida em projetos no mercado hoteleiro, tendo adquirido ou lançado 
algumas marcas ao longos do anos, como o Sheraton, Four Points by Sheraton, The Luxury 
Collection, Meridien, Westin, Aloft Hotels, Element Hotels, W Hotel e The St.Regis. 
O nono lugar é da Carlson Hotels Worldwide
13
, com 6 marcas: Regent Hotels & Resorts, 
Radisson Hotels & Resorts, Park Plaza Hotels & Resorts, Country Inn & Suites, Park Inn e 
Carlson Wagonlit Travel, totalizando 1.013 hotéis com 151.077 quartos. 
 
 
12
 Disponível em: http://www.starwoodhotels.com/ Acesso em 21/04/2010. 
13
 Disponível em: http://www.carlson.com/ Acesso em 21/04/2010. 
http://www.starwoodhotels.com/
http://www.carlson.com/
46 
 
 
Figura 13 – Sheraton Chicago Hotel & Towers – Chicago 
 
A história da rede começou em 1938, quando Curtis L. Carlson fundou a Gold Bond Stamp 
Company, em Minneapolis, Minnesota. Ele sabia que o mercado de lojas de conveniências, 
farmácias, postos de gasolina, entre outros, poderia usar selos para distinguir seus serviços 
dos concorrentes. No final dos anos 60, decidiu expandir seus negócios para a indústria 
hoteleira. Dez anos depois, a empresa adquiriu muitas outras empresas, como T.G.I Friday´s e 
Radisson Hotels e, com o intenso crescimento, a empresa passou a chamar-se Carlson 
Companies. A diversidade de setores mantém-se até hoje, com operações de viagens, 
cruzeiros, hotéis, restaurantes e eventos. 
 
Figura 14 – Park Plaza Wallstreet Berlim - Alemanha 
 
47 
 
Em décimo lugar no ranking está a Global Hyatt Corporation
14
, em atividade desde 1957, 
quando inaugurou seu primeiro hotel, próximo ao aeroporto de Los Angeles. Ao longo dos 
anos, a empresa prosperou administrando hotéis econômicos. Em 1967, abriu a Hyatt 
Regency Atlanta, na Geórgia. A arquitetura desse hotel chamou a atenção do mercado 
hoteleiro devido à sua estrutura e à decoração do lobby do hotel. Em 1969, já funcionavam 13 
hotéis Hyatt nos Estados Unidos e um Hyatt Regency em Hong Kong. Com essas 
inaugurações, a empresa instituiu a Hyatt International Corporation. 
Na década de 80, surgem as marcas Grand Hyatt, Park Hyatt e Hyatt Regency Maui Resort & 
Spa. Em 2009, são seis as marcas do grupo: Andaz, Hyatt Regency, Park Hyatt, Grand Hyatt, 
Hyatt Place e Hyatt Summerfield Suites, totalizando 365 hotéis e resorts, com 111.332 
apartamentos em 45 países. 
 
Figura 15 - Hyatt Regency San Francisco Airport - Califórnia 
 
As redes hoteleiras, como as citadas acima, são empresas de grande poder aquisitivo, que 
investem maciçamente para manter-se ativas e atualizadas nesse mercado exigente. É 
relevante observar que cada empresa se distingue por traços próprios de estilo de construção, 
o que identifica os estabelecimentos de cada rede e facilita a fidelização dos clientes. Num 
mundo globalizado, não podia ser outro cenário nesse ramo da economia. 
 
 
14
 Disponível em: http://www.hyatt.com/hyatt/about/index.jsp Acesso em 21/04/2010. 
http://www.hyatt.com/hyatt/about/index.jsp
48 
 
1.3 A hotelaria no Brasil 
A finalidade básica das hospedarias, desde a sua gênese, é abrigar e alimentar comodamente 
viajantes em trânsito, seja seu deslocamento por razões de negócios, lazer, peregrinação 
religiosa ou qualquer outra. A evolução dos meios de transporte sempre desempenhou papel 
de relevo no destino e perfil das hospedarias, especificamente em países de grande extensão 
territorial, como o Brasil. 
A atividade hoteleira no Brasil teve início no período colonial, quando os viajantes 
hospedavam-se nos casarões das cidades, conventos, fazendas e ranchos à beira das estradas. 
Em 1554, a primeira hospedaria em São Paulo foi casa do Pe. Anchieta no Planalto, que 
hospedava viajantes, peregrinos e religiosos. Até 1609, a hotelaria pouco evoluiu, porém não 
escapava da fiscalização. O Procurador da Câmara visitava as tabernas e hospedarias, 
identificando as que comercializavam vinhos e as caracterizava com um ramo verde na porta, 
o que facilitava a cobrança de impostos. Sobre a cidade do Rio de Janeiro, Trigo afirma: 
Em 1703, um anônimo viajante francês, de passagem pelo Rio de Janeiro, no dia 10 
de julho, deixou relatado que foi obrigado a dormir a bordo de seu navio porque não 
havia “como em França, hospedarias nem quartos mobiliados para alugar”. Essa 
situação perdurou durante muito tempo. Em 1787, o cirurgião inglês John White, 
cansado de percorrer com outros passageiros de seu navio as ruas estreitas do Rio de 
Janeiro, considerou o maior incômodo não achar “café ou hotéis onde pudéssemos 
tomar refresco ou passar uma ou duas noites em terra”. A mesma situação ocorria 
em outras cidades brasileiras, como Salvador (TRIGO,2000, p.153). 
No Rio de Janeiro, somente no século XVIII, começam a surgir estalagens ou casas de pastos, 
que inicialmente ofereciam refeições e depois ampliaram seus negócios com quartos para 
dormir. Ana Maria Dinis Rosalini afirma que “no século XVIII é que surgiu a primeira 
classificação das hospedarias paulistanas. A primeira Categoria é definida como simples 
pouso de tropeiro, a segunda Categoria como telheiro coberto ou rancho ao lado das 
pastagens, a terceira Categoria é composta por venda, mistura de venda e hospedaria, a quarta 
Categoria abrange estalagem ou hospedarias e a quinta Categoria os hotéis”(ROSALINA, 
2006, p. 20). 
As casas de pouso e estalagens para tropeiros e viajantes começam a aparecer no século XIX. 
Em São Paulo, os viajantes só podiam hospedar-se com cartas de recomendação. Nesse 
mesmo período, com a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro e a abertura dos portos, 
49 
 
o fluxo de estrangeiros aumentou, e provocando aumento de demanda de alojamentos, casas 
de pensão, hospedarias e tabernas. Na cidade de São Paulo, o número de hospedarias também 
crescia, mas o viajante só tinha direito a hospedar-se nelas se junto de sua bagagem trouxesse 
uma carta de recomendação. É interessante salientar que as hospedarias consistiam em poucos 
quartos pequenos, desprovidos de janelas, sem conforto e pouco limpos, eram casas de pousos 
destinadas a atender às necessidades simples dos viajantes. Aqueles que desejassem ficar mais 
bem acomodados tinham de contar com a hospitalidade oferecida por particulares. 
Em 1828, o Governo Imperial autorizou por Carta de Lei a construção e exploração de 
estradas em geral, dando início à construção de ferrovias e rodovias. Em 1835, investidores 
privados daqui e do exterior aceleram a construção de estradas de ferro com o intuito de 
facilitar as viagens entre as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande 
do Sul e Bahia. A primeira destinação da ferrovia foi transportar cargas, até então levadas em 
lombo de mulas. Trechos de caminho de ferro são inaugurados a partir de 1852. 
 Ao longo dos anos, muitos estabelecimentos valeram-se da denominação hotel, a fim de 
elevar o padrão do local, independentemente do número de quartos ou da qualidade do 
serviço. 
Em 1842, inaugurou-se o Hotel Pharoux, com sua casa de banhos aberta ao público, no Largo 
do Paço, junto ao cais do porto do Rio de Janeiro. Convém salientar que toda a estrutura era 
importada, já que – por não estar no Brasil ainda industrializado – todos os materiais que 
integraram a obra – azulejos, móveis, cerâmicas – precisavam vir de fora. 
 
Figura 16 - Hotel Pharoux. 
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A partir de 1850, com a construção da estrada de ferro, a cidade de São Paulo experimenta 
grandes transformações econômicas, sociais e urbanas. Em 1854, muitos hotéis foram 
inaugurados em locais privilegiados, como o Hotel Paulistano, na rua São Bento, o Hotel do 
Comércio, de Hilário Magro, na rua Floriano Peixoto, o Hotel da Província, na rua do 
Comércio, o Hotel Universal, no Pátio do Colégio, e o Hotel Quatro Nações, transformando 
em Hotel da Itália e em seguida em Hotel de França. Nos fim dos anos 50, São Paulo tinha o 
pequeno Hotel Palm, erguido por Carlos Abraão Bresser, construção que apresentava, 
seguindo “indícios de que poderia constituir um dos primeiros exemplares edilícios na cidade 
em que se empregaram tijolos, ao menos na execução de suas paredes externas” (CAMPOS, 
2009, p.24). 
 
Figura 17 - Hotel Palm. Foto de autoria de Militão Augusto de Azevedo, 1862. 
 
Carlos Abraão Bresser ergueu também um prédio, conhecido como Casa de Sotéia, que 
abrigava um restaurante, e onde se instalou em 1856, o Hotel do Lion d´Or, pouco tempo 
depois rebatizado de Hotel des Voyageurs. 
A edição de 1858 do Almanaque Laemmert reúne numa única referência hotéis e casas de 
pastos, vestígio da identidade original que havia entre esses estabelecimentos. Entre 
estalagens e hotéis, havia em São Paulo 195 estabelecimentos, dos quais 78 pertencentes a 
brasileiros. 
 
51 
 
 
Figura 18 - Anúncio do Hôtel des Voyageurs. 
Em 1867, com o funcionamento da estrada de ferro de Santos a Jundiaí, a facilidade de 
locomoção fez crescer o fluxo de comerciantes e forasteiros na Província de São Paulo, o que 
demandava de hotéis maiores e mais bem elaborados, coisa inédita até então, uma vez que os 
hotéis paulistanos ocupavam sobrados adaptados de outros uso. Os novos hotéis, Hotel 
Europa e Hotel do Globo, ofereciam acomodações limpas acompanhadas de boas refeições, 
mas o destaque desse período foi o Grande Hotel, projetado de acordo com os padrões 
internacionais. 
Inaugurado em 1º de julho de 1878, o Grande Hotel, na Rua São Bento, apresentava três 
luxuosos pavimentos projetados pelo arquiteto Hermann Von Puttkamer. Segundo Antônio 
Rodrigues Porto, “era o único hotel de luxo existente no Brasil, naquele período”, ao que 
acrescenta Geraldo Simões: 
Era um estabelecimento que não tinha igual na Corte nem nas outras capitais da 
província (...) Kozeritz, que conheceu a cidade em 1883, disse que era um edifício 
magnifico, com estilo soberbo. Candelabros a gás iluminavam o vestíbulo e por uma 
escada de mármore branco subia-se ao primeiro andar, onde um empregado de 
irrepreensível estilo e toalete, avisado pelo porteiro por uma campainha elétrica, 
recebia o recém-chegado (SIMÕES, 2004, p.65/66). 
 
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Figura 19 - Grande Hotel. 
 
Figura 10 - Reconstituição gráfica da fachada principal do Grande Hotel. Vista da Rua de São Bento. 
 
 
Figura 21 - Reconstituição gráfica da fachada lateral do Grande Hotel. Vista da Rua Miguel Couto. 
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Nesse mesmo período, no Rio de Janeiro, os hotéis começaram a fazer uso da eletricidade e 
alguns até mesmo do telefone. Por volta de 1877, o empresário Jules Martin e o engenheiro 
Fernando de Albuquerque lançaram um mapa turístico da Capital, em formato dobrável e de 
bolso, contendo as informações necessárias para os viajantes e forasteiros, como edifícios 
públicos, sedes de jornais, fábricas, estações de trens e bondes e o traçado das linhas, escolas, 
escritórios das principais companhias férreas e 4 principais hotéis: Grande Hotel, Hotel da 
Europa, Hotel de França e Hotel da Paz. 
 
Figura 22 - Hotel da Paz. 
Em 1878, o Hotel do Oeste iniciava suas atividades numa casinha térrea tradicional, com um 
combustor de gás na esquina. Com o passar dos anos, foi aumentando, chegando a ocupar 
três casas vizinhas. No período de 1885 a 1890, foi outra vez ampliado, ganhando mais um 
andar, porém logo em seguida, o edifício se incendiou e o hotel foi reconstruído com apenas 
dois pavimentos, ganhando o novo nome de Grande Hotel d´Oeste. 
 
Figura 23 - Grande Hotel d´Oeste (o prédio do Hotel à esquerda). 
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Figura 24 - Reconstituição gráfica do Grande Hotel d´Oeste, 1887 e 1890. 
 
 
Figura 25 - Reconstituição gráfica do Grande Hotel d´Oeste, 1900. 
Em 1885, o Almanaque da Província de São Paulo identificou outros hotéis na cidade: Hotel 
Brasil-Itália, na rua Boa Vista, Hotel Fasoli e Hotel Boa Vista, na Senador Feijó, Hotel 
Albion, na rua Alegre, Hotel Maragliano e Hotel das Famílias. 
 
Figura 26 - Hotel Brasil-Itália. 
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Alguns fatores, como as mudanças políticas, as campanhas em favor da abolição da 
escravatura e a proclamação da República, foram de extrema importância para o 
desenvolvimento e crescimento da hotelaria em São Paulo. Segundo Vladir Vieira Duarte, “ o 
grande impulso veio com a circulação dos primeiros trens da São Paulo Railway, conhecida 
como „Inglesa‟, a primeira ligação ferroviária entre Santos e São Paulo, posteriormente 
estendida até Jundiaí” (DUARTE,1996, p.17). 
Em 1890, o Hotel de França passou por uma expansão, ocupando vários sobrados vizinhos. O 
hotel era um dos mais frequentados, principalmente por artistas de teatro com mais recursos,

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