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QUESTÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO II

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1 
 
 
Questão 01: (2,0) – Maurício Silva, prefeito do Município Alfa, que conta com cerca de cem 
mil habitantes, determinou a elaboração de projeto destinado a promover a urbanização da 
localidade, cuja operacionalização se deu por equipe qualificada, mediante a realização de 
audiências públicas. Após aprofundada e debatida análise, um grupo multidisciplinar de 
pesquisa sugeriu que o prefeito promovesse a desapropriação urbanística sancionatória, com 
pagamento em títulos da dívida pública, dos solos urbanos não edificados ou subutilizados, 
na forma da lei específica para área incluída no plano diretor, devidamente discriminados nos 
estudos, dentre os quais, uma área de propriedade de João dos Santos, sob o fundamento de 
estar violando a função social da propriedade urbana. João, que há anos não consegue colocar 
em prática seu projeto de utilização do imóvel em questão, procura você para, na qualidade 
de advogado(a), responder aos seguintes questionamentos. 
 
A) Existem sanções a serem aplicadas pelo Poder Público do Município Alfa antes de 
promover a desapropriação sugerida? 
R: Sim, sendo a desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública a terceira das 
sanções aplicáveis quando há o descumprimento da função social da propriedade urbana, 
mediante a não edificação ou subutilização do solo urbano, conforme prevê a lei específica 
para de diretrizes gerais da política urbana. A desapropriação deve ser antecedida do 
parcelamento e de edificações compulsórios e pela instituição do IPTU progressivo no tempo. 
 
B) Caso levada a efeito a desapropriação sugerida, o valor da indenização a ser paga a João 
dos Santos deveria incluir expectativas de lucros cessantes? 
R: Não. O Município procedendo a desapropriação do imóvel, seu valor real de indenização 
não pode incluir lucros cessantes. 
 
Questão 02: (2,0) – Marcos é proprietário de vários terrenos na região dos lagos no Estado 
do Rio de Janeiro. Ocorre que, dois de seus terrenos localizados no município de Cabo Frio 
estão com alguns problemas. No primeiro deles, o poder público municipal implantou uma 
área de proteção ambiental (APA) a recair na área em que se localiza impossibilitando 
qualquer realização edilícia originária no local. Já o outro localizado em região mais central 
do mesmo município acima, houve a construção e respectiva inauguração de uma UPA, por 
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parte do Estado do Rio de Janeiro afetando parcialmente o terreno. Assim, Marcos o procura 
para saber o que pode ser feito em cada caso, pois gostaria de reverter tais condutas para 
reaver o status quo de seus bens imóveis, seria isto possível? O que pode ser feito 
juridicamente em favor de marcos? (Diante do que foi tratado em sala quanto a 
Intervenção do Estado na propriedade e suas formas supressivas, responda 
fundamentadamente). 
R: Entende-se por intervenção supressiva o ato administrativo pelo qual a Administração 
Pública determina a transmissão da propriedade de terceiro para si, em razão de interesse 
público detectado naquele bem imóvel. O Estado suprime a res do dominium do proprietário, 
apoderando-se coercitivamente do bem. Tendo o interesse da coletividade sobrepondo-se 
ante o interesse individual. Ocorrendo assim, a desapropriação. O fundamento político da 
desapropriação é a supremacia do interesse público sobre o interesse do particular titular do 
bem. 
Entretanto, a Constituição Federal estabelece que, o procedimento de desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização 
em dinheiro. Sendo assim, Marcos teria o direito de tal indenização. 
Questão 03: (2,0) – Coletânea de Exercícios - Uma determinada microempresa de gêneros 
alimentícios explora seu estabelecimento comercial, por meio de contrato de locação não 
residencial, fixado pelo prazo de 10 (dez) anos, com término em abril de 2011. Entretanto, 
em maio do ano de 2009, a referida empresa recebe uma notificação do Poder Público 
municipal com a ordem de que deveria desocupar o imóvel no prazo de 3 (três) meses a partir 
do recebimento da citada notificação, sob pena de imissão na posse a ser realizada pelo Poder 
Público do município. Após o término do prazo concedido, agentes públicos municipais 
compareceram ao imóvel e avisaram que a imissão na posse pelo Poder Público iria ocorrer 
em uma semana. Desesperado com a situação, o presidente da sociedade empresária resolve 
entrar em contato imediato com o proprietário do imóvel, um fazendeiro da região, que lhe 
informa que já recebeu o valor da indenização por parte do Município, por meio de acordo 
administrativo celebrado um mês após o decreto expropriatório editado pelo Senhor Prefeito. 
Indignado, o presidente da sociedade resolve ajuizar uma ação judicial em face do Município, 
com o objetivo de manter a vigência do contrato até o prazo de seu término, estipulado no 
respectivo contrato de locação comercial, ou seja, abril de 2011; e, de forma subsidiária, uma 
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indenização pelos danos que lhe foram causados. A partir da narrativa fática descrita acima, 
responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) É juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) de impor ao Poder 
Público a manutenção da vigência do contrato de locação até o seu termo final? 
R: Não. A manutenção da vigência do contrato de locação até seu termo final, não é possível, 
tendo em vista que a desapropriação extingue o contrato de locação, tornando o bem livre de 
qualquer ônus real ou pessoal que incida sobre a propriedade anteriormente. 
B) Levando-se em consideração o acordo administrativo realizado com o proprietário do 
imóvel, é juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) em requerer ao 
Poder Público municipal indenização pelos danos causados? 
R: Sim. Os locatários também ficam sujeitos a sofrerem danos com a desapropriação pelo 
poder público, sendo eles indenizados pela interrupção do negócio e pela perda do 
estabelecimento empresarial. Sendo assim, é devida a indenização ao locatário 
correspondente aos danos ocasionados. 
 
Questão 04: (2,0) – Coletânea de Exercícios - As empresas “Frangão”, “Quero Frango” e 
“Frangonne”, que, juntas, detêm dois terços da produção nacional de aves para consumo, 
realizam um acordo para reduzir em 25% a comercialização de aves de festa (aves maiores, 
consumidas especialmente no Natal), de modo a elevar o seu preço pela diminuição da oferta 
(incrementando o lucro), bem como reduzir os estoques de frango comum, cujo consumo 
havia caído sensivelmente naquele ano. Às vésperas do Natal de 2009, as empresas são 
autuadas pelo órgão competente, pela prática de infração da ordem econômica. Em suas 
defesas, as três alegam que a Constituição consagra a liberdade econômica, de modo que elas 
poderiam produzir na quantidade que desejassem e se desejassem, não sendo obrigadas a 
manter um padrão mínimo de produção. Seis meses depois, os autos são remetidos ao 
julgador administrativo, que, diante do excessivo número de processos pendentes, somente 
consegue proferir a sua decisão em outubro de 2013. Em alegações finais, as empresas 
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apontam a prescrição ocorrida. Sobre a situação dada, responda, fundamentadamente, aos 
itens a seguir. 
 
A) A conduta das três empresas é lícita? 
R: Não, conforme prevê o artigo 36 § 3º, I, dispõe que acordar, combina, manipular ou ajustar 
com concorrente, sob qualquer forma, os preços de bens ou serviços ofertados 
individualmente ou a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada 
de bens constituem em infração da ordem econômica. 
 
B) É procedente o argumento da prescrição? 
R: Sim. É dada a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, 
pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofícioou mediante 
requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional 
decorrente da paralisação, se for o caso. 
 
Questão 05: (2,0) – Márcio, estudante de engenharia civil, em razão dos elevados índices de 
desemprego e da dificuldade de conseguir um estágio, resolveu iniciar os estudos para 
ingressar no serviço público. Faltando exatamente seis meses para concluir a faculdade, o 
Tribunal Regional Federal da 1ª Região publica edital de concurso para provimento do cargo 
efetivo de engenheiro civil. O estudante inscreve-se no certame e é aprovado. Dois meses 
depois da colação de grau, Márcio é surpreendido com sua nomeação. 
Na qualidade de advogado(a) consultado(a), responda aos itens a seguir. 
 
A) O fato de Márcio ter feito a inscrição no concurso quando ainda não preenchia os 
requisitos do cargo torna sem efeito sua posterior nomeação? 
R: Não. Pois as condições exigidas para que o mesmo ingressasse no serviço público foram 
devidamente preenchidas na época de sua posse, ou seja, o diploma deve ser exigido em sua 
posse e não na data da inscrição do concurso. 
5 
 
B) Márcio, seis meses depois da posse, recebe uma proposta para trabalhar em uma grande 
construtora brasileira. Para não se desvincular do serviço público, ele pode obter licença para 
tratar de interesses particulares pelo prazo de dois anos? 
R: Não. Esta licença só pode ser concedida a servidor que não esteja em estágio probatório.

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