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Direito Adm - Compilado

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Bens Públicos
Prof. Dr. Jean Paolo Simei e Silva
Sumário de aula
1. Bens públicos
I. Conceito
II. Evolução
2. Classificação dos bens públicos
I. A classificação do Código Civil (2002)
a. Bens de uso comum
b. Bens de uso especial
c. Bens dominicais
3. Polícia dos bens públicos
4. Uso dos bens públicos pelos particulares
1. Bens públicos
I. Conceito de bens públicos
Bens Públicos são bens de titularidade do Estado, necessários ao desempenho de 
funções públicas, submetidos a um regime jurídico de direito público.
Titulares de bens públicos:
 União, Estado e Municípios (administração direta);
 Entidades da administração indireta: autarquias e fundações dotadas de personalidade jurídica 
pública.
Posições doutrinárias divergentes em relação a empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações de 
personalidade jurídica privada, com tendência ao predomínio da posição de publicização do regime de bens públicos.
 Empresa concessionária de serviços públicos pode ser
titular de bem público?
Sim, mas apenas enquanto seus bens estiverem 
afetados à prestação do serviço público.
 Entidade da Administração Indireta pode ser titular de bem
de uso comum do povo (ex: praças e vias públicas)?
Não. Bens de uso comum do povo são inerentemente 
de titularidade de pessoas políticas.
I. Conceito de bens públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado.
(Código Civil de 2002)
 Todos os bens públicos submetem-se ao mesmo regime jurídico
de direito público?
Não. O regime jurídico dependerá de diversos fatores, com
destaque para a destinação dada ao bem e a atividade
desempenhada pela pessoa jurídica estatal, seja ela de
direito público, seja ela de direito privado etc.
 Há alguma característica comum a todos os bens públicos,
independentemente do seu regime jurídico?
Sim. Bens públicos não estão sujeitos a usucapião (são
imprescritíveis). E também não estão sujeitos a uma relação de
domínio própria do direito privado (o titular do bem não pode dar
a ele o destino que bem entender).
I. Conceito de bens públicos
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
Parágrafo 3° - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu,
por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a
cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo Unico - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
(Constituição Federal)
 Bens públicos móveis estão sujeitos ao usucapião?
Não. Embora o texto constitucional só se refira a bens imóveis, o
art. 102 do CCB não faz distinção entre bens móveis e imóveis,
estabelecendo que bens públicos não estão sujeitos ao usucapião.
II. Evolução do conceito de bem público
Antiguidade: 
Compartilhamento 
dos bens por todos 
os membros da 
sociedade
Roma: Parcela de
bens reservada à
urbe
Revolução 
Francesa: Bens de 
“domínio da 
nação” (bens de 
uso comum)
Estado moderno:
Incorporação dos
bens de uso
dominical (bens de 
propriedade do 
Estado)
Domínio eminente
FONTE: MARQUES NETO, Pp. 60,83 
MEDAUAR, Pp. 236
Domínio Eminente
O domínio eminente não tem caráter patrimonial, ou seja, não se refere à propriedade estatal
relativa aos seus próprios bens, mas diz respeito ao poder geral do Estado acerca de tudo
quanto esteja nos seus limites territoriais, por conta de sua soberania.
O Estado não é proprietário de tudo, mas é detentor da disponibilidade potencial, exatamente
em face de seu poder soberano. O domínio eminente abarca os bens públicos, os bens
privados e os bens não sujeitos ao regime normal de propriedade, a exemplo do espaço aéreo
e das águas, incluindo o mar territorial.
Domínio eminente
2. Classificação dos bens 
públicos
I. A classificação do Código Civil
Art. 99. São bens públicos:
I.- os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II.- os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de 
suas autarquias;
III.- os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
(Código Civil de 2002)
I. A classificação do Código Civil
Bens públicos
Uso Comum
(Art. 99, I, CC)
Utilização corrente de toda 
a comunidade (praças, 
ruas etc.). Não estão 
submetidos à fruição 
privada de ninguém.
Uso especial
(Art. 99, II, CC)
Utilização para
cumprimento das funções 
públicas (repartições 
estatais, serviços públicos)
Dominicais
(Art. 99, III, CC)
Utilização pelo Estado para 
fins econômicos, tal como 
o faria um particular
(imóveis desocupados
etc.).
Características dos bens de uso comum
 São de fruição ampla e isonômica: podem ser usados e fruídos, geralmente de
forma gratuita, por toda a coletividade, de forma proporcional e em igualdade de
condições;
 Ente político titular do bem do uso comum dispõe de competência para disciplinar
sua destinação;
 O ente estatal titular do bem de uso comum é investido de um poder-dever de
assegurar a compatibilização entre fruição individual e a preservação da sua
integridade por meio da polícia administrativa – estabelecimento de restrições e
condicionamentos à fruição individual do bem.
Regime Jurídico dos bens de uso comum
 São indisponíveis (não podem ser usados e fruidos por seu titular);
 São inalienáveis, enquanto conservarem esta qualificação;
 São impenhoráveis (não podem ser utilizados para satisfação de dívidas constantes 
de precatórios judiciais), enquanto conservarem esta qualificação.
 São não onerosos (não podem ser oferecidos como garantia para a satisfação de um 
crédito), enquanto conservarem esta qualificação.
I. a) Bens de uso comum
Bens de Uso Comum de 
Titularidade da União 
(relação não exaustiva)
Bens de Uso Comum de
Titularidade dos Estados
(relação não exaustiva)
Bens de Uso Comum de 
Titularidade dos Municípios 
(relação não exaustiva)
• lagos, rios e quaisquer correntes 
de água em terrenos marginais e
praias fluviais;
• plataforma continental;
• praias marítimas;
• ilhas sob o domínio da União;
• mar territorial;
• cavidades naturais subterrâneas.
pelos índios.
• águas superficiais 
subterrâneas, 
emergentes e em
ou
fluentes,
depósito
(exceto as decorrentes de obras
da União);
• áreas, nas ilhas oceânicas e
costeiras, que estiverem no seu
domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União , Municípios ou
terceiros;
as ilhas fluviais e lacustres não
pertencentes à União;
• bens que atualmente pertencem
à União e aos que a ela vierem ser
atribuídos que sejam de uso • 
comum (exemplos: rodovias);
• terras tradicionalmente ocupadas • bens que atualmente pertencem 
aos Estados ou ao DF ou que a
eles vierem ser atribuídos que
sejam de uso comum (exemplos:
rodovias).
• áreas, nas ilhas oceânicas e
costeiras, que estiverem no seu
domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Estados ou
terceiros;
• bens que atualmente pertencem
aos Municípios e ao DF ou que a
eles vierem ser atribuídos que
sejam de uso comum (exemplos:
ruas e avenidas).
I. a) Bens de uso comum
I. a) Bens de uso comum
 Recursos ambientaisque não são de uso e fruição comum são
bens públicos?
Sim. Embora a Constituição expressamente se refira ao meio
ambiente como bem de uso comum do povo (art. 225), alguns
recursos ambientais não são, na prática, de uso e fruição do
povo. A necessidade de proteger recursos ambientais
ameaçados tem propiciado, em muitos casos, a restrição
absoluta à sua fruição. Exemplo: reserva biológica, sítio
arqueológico e pré-histórico.
 Obras de arte de domínio do Estado são bens de uso comum
do povo?
Sim. Bens móveis também podem ser bens de uso comum do
povo.
 A atmosfera – ar que respiramos – é bem de uso comum do
povo?
No passado, a atmosfera era concebida como insuscetível de
apropriação e, portanto, não figurava como bem público. No
entanto, a necessidade de todos os seres humanos de respirar
fez com que a atmosfera fosse reconhecida como um bem de
uso comum do povo.
I. a) Bens de uso comum
 A Administração pode exigir contraprestação (remuneração)
pelo uso deste tipo de bem?
Sim. Essa contraprestação normalmente é exigida para custear
a polícia estatal sobre os bens de uso comum, consubstanciada
em atividades de regulação, fiscalização e aplicação de medidas
coercitivas visando a conservação da coisa pública e a proteção
do usuário. Exemplo: cobrança de estacionamento rotativo –
zona azul – em áreas públicas; cobrança de ingresso em
parque público.
 Bens de uso comum do povo podem ser alienados?
Sim, mas somente quando submeterem-se à desafetação (ato
estatal unilateral, cuja formalização depende de autorização
legislativa, por meio do qual o Estado altera o regime jurídico
aplicável ao bem). Exceção: terras devolutas e arrecadadas
pelos Estados, por ações discriminatórias, que serão sempre
indisponíveis (art. 225, par. 5º da CF).
I. a) Bens de uso comum
 Afetação de Bens Particulares mediante desapropriação
 A afetação de bens particulares (submissão destes bens
ao regime jurídico de direito público) decorrente de
desapropriação pode ser discutida judicialmente? Em
outras palavras, particulares podem reivindicar restituição
de posse de bem que tenha sido afetado, mediante
desapropriação, para a constituição de bem de uso
comum (exemplo: construção de via pública cortando
propriedade privada)?
Sim. A reivindicação da restituição de posse é admitida 
quando a Administração tiver promovido desapropriação de
fato (desapropriação sem ato administrativo formal e sem
observância dos procedimentos estabelecidos na Lei de
Desapropriações – Decreto-Lei n. 3.365). A desapropriação
de fato não encontra guarida na Constituição de 1.988. No 
entanto, cabe observar que o art. 35 do Decreto-lei n.
3.365 também tem sido interpretado pela doutrina e 
jurisprudência no sentido de admitir a afetação fática.
AFETAÇÃO: Significa a atribuição
fática ou jurídica de finalidade pública,
geral ou especial, ao bem público.
DESAFETAÇÃO: É a retirada, fática
ou jurídica, da destinação
anteriormente atribuída ao
pública
bem
público.
FONTE: OLIVEIRA, p. 672
I. b) Bens de uso especial
Características dos bens de uso especial
 Aplicados ao desempenho das atividades estatais, configurem elas ou não serviço 
público;
móveis necessários ao Abrangem bens imóveis (repartições estatais) e bens
desempenho da atividade administrativa estatal;
 Podem ser de titularidade de pessoa pública ou privada.
Regime Jurídico dos bens de uso especial
 São indisponíveis (não podem ser usados e fruidos por seu titular);
 São inalienáveis, enquanto conservarem esta qualificação;
 São impenhoráveis (não podem ser utilizados para satisfação de dívidas constantes 
de precatórios judiciais), enquanto conservarem esta qualificação.
 São não onerosos (não podem ser oferecidos como garantia para a satisfação de um 
crédito), enquanto conservarem esta qualificação.
Bens de Uso Especial de 
Titularidade da União 
(relação não exaustiva)
Bens de Uso Especial de
Titularidade dos Estados
(relação não exaustiva)
Bens de Uso Especial de 
Titularidade dos Municípios 
(relação não exaustiva)
• Faixa de fronteira, considerada
fundamental para defesa do
território nacional (art. 20, par.
2);
• Terras devolutas necessárias a
necessárias a defesa
certos fins públicos (ex:
de
fronteiras - art. 20, II) ;
• Terrenos de marinha (art. 20,
VII);
• Terrenos acrescidos;
• Potenciais de energia
hidráulica (art. 20, VIII;)
• Terras devolutas necessárias à
proteção de ecossistemas
naturais.
• Bens móveis
domínio dos Estados e do DF
afetados a funções públicas.
e imóveis de • Bens móveis e imóveis de
domínio dos Municípios e do
DF afetados a funções públics
I. b) Bens de uso especial
 Bens de uso especial podem ter seu enquadramento alterado?
Sim, mas somente quando submeterem-se à desafetação (ato estatal
unilateral, cuja formalização depende de autorização legislativa, por
meio do qual o Estado altera o regime jurídico aplicável ao bem).
 Particulares podem reivindicar restituição de posse de bem
que tenha sido afetado, mediante desapropriação, para a
constituição de bem de uso especial (exemplo: construção de
repartição pública em antiga propriedade privada)?
Sim. A reivindicação da restituição de posse é admitida quando
a Administração tiver promovido desapropriação de fato
(desapropriação sem ato administrativo formal e sem
observância dos procedimentos estabelecidos na Lei de
Desapropriações – Decreto-Lei n. 3.365). A desapropriação de
fato não encontra guarida na Constituição de 1988.
 Os bens das empresas estatais prestadoras de serviços
públicos submetem-se ao regime jurídico próprio dos bens de
uso especial?
Sim. Este é o entendimento jurisprudencial do STF mais
recente. Cf. RE n. 220.906, Pleno. Rel. Min. Maurício Corrêa.
Julg. 16.11.2000. DJ, 14 nov. 2002. e Resp n. 447.867, Rel.
Min. Eliana Calmon. Julg. 2.10.2003. DJ, 28 out. 2003.
I. b) Bens de uso especial
I. c) Bens dominicais
Características dos bens dominicais
 Identificação excludente: bens de titularidade estatal que não se enquadram nas
categorias de uso comum do povo e de uso especial;
 Tratam-se de bens móveis e imóveis que se encontram na titularidade estatal, mas
que não se constituem em efetivo instrumento de satisfação de necessidades
coletivas;
 Embora possam ser ociosos (ex: terras e imóveis sem destinação específica),
também podem ser utilizados pelo Estado com o objetivo de obter renda, seja por
meio de investimentos (ex: reservas em moeda estrangeira), seja por meio de
exploração de atividade econômica (ex: exploração de minérios);
 Podem ser alienados, observados os requisitos legais;
 Uso privativo de bens dominicais pode ser celebrado mediante contratos de locação,
arrendamento e comodato.
I. c) Bens dominicais
Requisitos para alienação dos bens dominicais (art. 17 a 19 da Lei Federal nº
8.666/1993)
 Demonstração de interesse público;
 Avaliação patrimonial prévia;
 Licitação prévia, exceto nos casos de dação em pagamento, doação, permuta,
investidura e venda a outro órgão ou entidade da administração pública, bem como
alienação no âmbito de programas habitacionais e de regularização fundiária;
 Podem ser alienados, observados os requisitos legais;
 depende de autorização legislativa prévia (somente para bens imóveis pertencentes
a órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais).
Bens Dominicais
Ociosos
Pessoa Jurídica de Direito
Público
Pessoa Jurídica de Direito 
Privado
Utilizados para
exploração econômica
Pessoa Jurídica de Direito 
Privado (empresa estatal)
Obs.: Somente pessoas jurídicas de direito privado (empresas estatais) podem utilizar bens dominais 
para exploração econômica.
I. c) Bens dominicais
Bens Dominicais de 
Titularidade da União 
(relação não exclusiva)
Bens Dominicais de 
Titularidade dos Estados 
(relação não exclusiva)
Bens Dominicais de 
Titularidade dos Municípios 
(relação não exclusiva)
da
• terrenos de Marinha;
• recursos naturais 
plataforma continental e da
zona econômica exclusiva;• recursos minerais;
• jazidas e demais recursos
minerais;
• ilhas não afetadas.
não são 
povo e
• bens que 
comum do 
especial pertencentes ao
de uso • bens 
de uso
que não são
comum
de uso 
do povo e de uso
especial pertencentes ao
domínio dos Municípios e do
DF;
domínio dos Estados e do DF;
• terras devolutas de titularidade 
dos Estados e do DF em cujo • 
território se localizem.
terras devolutas de titularidade 
dos Municípios e do DF em
cujo território se localizem.
I. c) Bens dominicais
 Existem bens dominicais indisponíveis?
Sim. Ex: terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por
ações discriminatórias, necessárias à proteção de ecossistemas
naturais (art. 225, par. 5º da CF).
 Bens dominicais podem ter seu enquadramento alterado?
Sim. Um imóvel baldio de propriedade estatal pode ser
transformado em praça ou nele haver a edificação de uma
repartição pública. Este fenômeno é denominado de afetação
do bem.
 O reenquadramento de um bem dominical depende de ato
administrativo formal?
Entendimento majoritário: admite-se a possibilidade da
“afetação de fato” (afetação consolidada por circunstâncias
fáticas, sem ato formal precedente, para bens afetados
anteriormente à vigência da Constituição de 1988).
I. c) Bens dominicais
 Há incidência de impostos sobre bens dominicais?
Apenas quando o bem for destinado à exploração de atividade
econômica.
 Bens dominicais são penhoráveis?
Entendimento não é pacífico. Há incerteza jurisprudencial e
doutrinária acerta do tema. Há quem entenda que a
Constituição Federal não permite a execução direta contra a
Fazenda Pública, mesmo no caso de bens dominicais. Há, no
entanto, um número cada vez mais frequente de atores que
sustenta o contrário.
I. c) Bens dominicais
3. Polícia dos bens 
públicos
Polícia dos bens públicos
 Pode a Administração adotar, por si própria,
medidas de força para reintegrar a posse de
bens públicos tomados por terceiros?
O ato de reintegração de posse, é autoexecutório
(apto a “obter a satisfação de um direito ou dirimir um
litígio sem a intervenção do poder judiciário, produzindo
os atos materiais necessários a obter o bem da vida
buscado” (JUSTEN FILHO, 2014, p. 413))?
“O regime jurídico dos bens públicos e a necessidade de preservá-los para que o interesse público não seja
prejudicado acarretam para a Adminsitração prerrogativas e ônus nessa matéria. Na doutrina, o conjunto de
tais prerrogativas e ônus vem recebedo a denominação de polícia dos bens públicos ou polícia do domínio
público.
(...)
Para preservação os bens contra apropriação e terceiros, a Adminsitração poderá adotar medias fortes, por 
si própria, utilizando mesmo a força, para retirá-los de quem os detenha ilegalmente; para alguns autories, 
tal conduta da Administração seria um desdobramento do princípio da autoexecutoriedade. (...) 
(MEDAUAR, P. 286).
Polícia dos bens públicos
Polícia dos bens públicos
Parecer Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo:
BENS PÚBLICOS. PODER DE POLÍCIA. Autotutela administrativa. Autoexecutoriedade de atos
administrativos necessários à manutenção ou retomada da posse, a qualquer tempo, de bens públicos de
uso comum ou especial. Bens Públicos jungidos aos ditames do Direito Público. Inaplicabilidade da
restrição temporal estabelecida no §1º, do artigo 1210 do Código Civil. Utilização de força policial.
Precedentes: Parecer PA nº 29/2008 e GPG/Cons nº 37/2014.
(...) vê-se, pois, que o exercício da autotutela, pela Administração Pública, na defesa da posse de bens
públicos, não é algo novidadeiro. Ao contrário, está sedimentada no Direito Administrativo brasileiro,
encontrando esteio, ainda, no direito comparado.
(...)
Dirigindo-me à conclusão deste parecer posso afirmar, sem dúvidas, e com esteio na melhor doutrina,
jurisprudência e precedentes pareceres da Procuradoria-Geral do Estado, que à Administração Pública é
facultado manter ou retomar a posse de seus bens em caso, respectivamente, de turbação ou esbulho,
independentemente de ordem judicial.
Se até mesmo ao particular é excepcionalmente garantida, em caso de turbação ou esbulho, o exercício
da autotutela, certamente a Administração Pública também poderá exercê-la.
(Parecer AJG nº 193/2016, aprovado pelo PGE em 10.05.2016)
JURISPRUDÊNCIA:
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. BEM PÚBLICO. IPHAN. INVASÃO DE TERRA POR DIVERSAS
PESSOAS. IMPOSSIBILIDADE DE CITAÇÃO DE CADA INDIVÍDUO. OCUPAÇÃO IRREGULAR DE IMÓVEL PÚBLICO. ART. 71 DO
DECRETO-LEI Nº 9.760/46. IMPOSSIBILIDADE DE USUCAPIR BEM PÚBLICO. ART. 183, PARÁGRAFO 3º, DA CF. TENTATIVA DE
REALOCAR AS FAMÍLIAS EM ALBERGUES, RECUSADA PELOS MORADORES. 1. Apelação do particular em face da sentença que
julgou procedente a reintegração de posse em favor do IPHAN, em razão de imóvel público que havia sido irregularmente ocupado por
moradores de rua. 2. Preliminar de nulidade por ausência de citação de todos os moradores afastada, já que, quando se verifica
modificação do quadro fático em razão da transitoriedade dos ocupantes, não há necessidade de indicação, no polo passivo de ação
possessória, de todos os envolvidos. Precedente do STJ (RESP 200100744038, 4T, Rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ 17/12/2004). 3. "O
ocupante de imóvel da União sem assentimento desta, poderá ser sumariamente despejado e perderá, sem direito a qualquer
indenização, tudo quanto haja incorporado ao solo, ficando ainda sujeito ao disposto nos arts. 513, 515 e 517, do Código Civil."
(art. 71 do Decreto-Lei nº 9.760/46) 4. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião (art. 183, parágrafo 3º, da CF). 5. A
desocupação foi acompanhada do auxílio de assistentes sociais, que ofereceram albergues às famílias que estavam no imóvel
reintegrado. Todavia, tal oferta foi recusada, consoante certidão de reintegração de posse constante nos autos (fl. 181). 6. Não há que se
falar em ilegalidade na reintegração liminar na posse, por ser a posse de mais de um ano e dia, uma vez que o apelado comprovou a
presença dos requisitos elencados no art. 273, do CPC, preenchendo as condições já admitidas pela jurisprudência. Tal ponto, inclusive,
já foi tratado e decidido no agravo de instrumento interposto contra a decisão que deferiu a liminar. 7. Apelação a que se nega provimento.
(AC 00000196620124058000, Desembargador Federal Élio Wanderley de Siqueira Filho, TRF5 - Terceira Turma, DJE - Data::05/11/2014 -
Página::53.)
Invasão e usucapião dos bens públicos
Invasão e usucapião dos bens públicos
“Apesar do entendimento dominante na doutrina e na jurisprudência, que afirmam a imprescritibilidade de
todos os bens públicos, entendemos que a prescrição aquisitiva (usucapião) poderia abranger os bens
públicos dominicais ou formalmente públicos, tendo em vista que:
a) Esses bens não atendem à função social da propriedade pública, qual seja, o atendimento das
necessidades coletivas (interesses públicos primários), satisfazendo apenas o denominado interesse
público secundário (patrimonial do Estado);
b) Em razão da relativização do princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse
privado por meio do processo de ponderação de interesses, pautado pela proporcionalidade, a
solução do conflito resultaria na preponderância concreta dos direitos fundamentais do particular
(dignidade da pessoa humana e direito à moradia) em detrimento do interesse público secundário do
Estado (o bem dominical, por estar desafetado, não atende às necessidades coletivas, mas possui
potencial econômico em caso de eventual alienação).” (OLIVEIRA, P. 650).
4. Uso de bens públicos 
por particulares
Uso de bens públicos por particulares: institutos genéricos
Uso de Bens Públicos por 
Particulares
Autorização de uso
Prazos curtos. Ato unilateral e precário, revogável a 
qualquer tempo, sem necessidade de indenização. 
Independe de autorização legislativa e licitação. Ex: 
uso de área municipal para instalação de circo.
Permissão de uso
Prazo determinadoou indeterminado (normalmente
continuado). Ato unilateral e discricionário.
Independe de autorização legislativa e licitação. Ex:
concessão de banca de jornal em via pública.
Concessão de uso
Contrato administrativo com prazo determinado. 
Gera direito à indenização. Depende de autorização 
legislativa e licitação. Ex: boxes em mercados
municipais. Admite concessão de uso especial para
fins de moradia.
Concessão de Direito real
de uso
Tempo certo ou indeterminado. Remunerada ou 
gratuita. Depende de autorização legislativa e exige 
licitação, salvo exceções. Ex: regularização da
situação fundiária de interesse social.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 28ª Ed. São Paulo: Atlas, 2015.
OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo. 5ª.Ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2017.
MARQUES NETO, Floriano. Bens públicos. 1ª Reimpr. Belo Horizonte: Fórum, 2014
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 18ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
2014.
Referências
Licitação
Prof. Dr. Jean Paolo Simei e Silva
Questões para 
debate
Acerca dos bens públicos, assinale a opção correta.
(a) Segundo a CF, as terras devolutas ou arrecadadas pelos estados por ações discriminatórias, necessárias à 
proteção dos ecossistemas naturais, são bens indisponíveis.
(b) Os bens públicos dominiais estão fora do comércio jurídico do direito privado.
(c) Segundo a orientação da doutrina, os bens públicos podem sofrer desafetação tácita pelo não-uso.
(d) Os potenciais de energia hidráulica são bens públicos pertencentes aos estados onde se encontrem
No que diz respeito aos bens públicos, é INCORRETO afirmar que
(a) a inalienabilidade consiste na regra geral de que os bens públicos não podem ser alienados.
(b) a proibição de alienar bens públicos de uso comum do povo não admite ressalvas.
(c) observadas as exigências legais, os bens públicos dominicais podem ser alienados.
(d) os bens públicos, quando comparados com os bens privados, têm um tratamento peculiar no ordenamento 
jurídico.
1. Licitação
I. Conceito de licitação
Licitação é um procedimento administrativo destinado à seleçao da melhor proposta 
dentre as apresentadas por aqueles que desejam contratar com a 
Administraçao Publica. Esse instrumento estriba-se na ideia de competição a ser 
travada, isonomicamente, entre os que preenchem os atributos e as aptidoes, 
necessarios ao bom cumprimento das obrigaçoes que se propoem assumir. 
Análise crítica:
 Procedimento: a natureza jurídica da licitação é uma sequência formal ordenada de 
atos administrativos;
 Administrativo: instituto pertencente ao Direito Administrativo;
 Obrigatório para entidades governamentais: é um dever do Estado, não extensivo 
às empresas e pessoas privadas;
 Mediante convocação de interessados: a licitação é aberta a todos aqueles que 
queiram concorrer à celebração de um contrato com o Estado, desde que 
preencham as condições de participação definidas no instrumento convocatório. A 
participação no procedimento licitatório é sempre facultativa para o particular;
I. Análise crítica (continuação)
Análise crítica:
 Por meio de competição: a licitação é uma disputa entre interessados em contratar com 
o Estado;
 Fornecer bens ou serviços, construir obras, assim como locar ou adquirir bens 
públicos: a realização de prévio procedimento licitatório é obrigatória para celebração de 
 contratos administrativos, salvo as exceções legais.
 Visa a celebrar contrato administrativo: o objetivo final do procedimento licitatório é a 
 celebração de um contrato administrativo entre o vencedor do certame e a 
Administração Pública;
 Com quem oferecer a melhor proposta: nem sempre o preço mais baixo é 
determinante para a decretação do vencedor no certame licitatório. Cabe ao instrumento 
convocatório da licitação preestabelecer o critério para definição da melhor proposta, 
denominado tipo de licitação, podendo ser menor preço, melhor técnica, técnica e preço, 
maior lance ou menor oferta.
I. Fundamentação
 Art. 37, XXI CRFB/88 – dever de licitar
 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte:  
 XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.  
 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as 
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas 
e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I. Fundamentação (continuação)
Normas Gerais de Licitação Pública: 
Lei Federal nº 8.666/1993
Lei Federal nº 10.520/2002 (modalidade pregão)
Legislação Especial:
• Lei nº 8.987/1995 (Concessões e Permissões)
• Lei nº 114.079/2004 (PPP) 
• Lei nº 12.462/2011 (RDC - Regime Diferenciado de Contratações Públicas) 
• Lei nº 12.232/2010 (Publicidade por ME e EPP) 
• Lei nº 13.303/2016 (Estatais) 
• Lei nº 13.334/2016 (PPI - Programa de Parcerias de Investimentos)
I. Finalidade
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção 
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da 
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são 
correlatos. (Lei nº 8.666/1993)
 As três finalidades do processo licitatório: 
o A observância da isonomia como causa e como finalidade da licitação pública;
o A seleção da proposta mais vantajosa;
o A promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
I. Dever de licitar
a) órgãos da administração direta;
b) fundos especiais (maior erro da lei pq. não são pessoas jurídicas);
c) autarquias;
d) fundações públicas;
e) empresas públicas;
f) sociedades de economia mista; 
g) demais entidades controladas direta ou indiretamente pelas entidades 
federativas.
I. Não precisam licitar
1) concessionários e permissionários de serviço público;
2) empresas privadas.
Casos especiais:
Conselhos de classe (OAB, CRM, CREA): são “autarquias corporativas” (ligadas 
à Adm. Pública Indireta) mas não devem licitar.
Organizações sociais: quando são contratadas há dispensa.
Oscips (3º setor): só licitam para aplicação de recursos e bens repassados 
diretamente pela União.
Sistema “S”: entendimento do TCU de que não se sujeitam à lei 8666/93.
Licitação
Aula 3
Prof. Dr. Jean Paolo Simei e Silva
1. Princípios
I. Princípios gerais
qLegalidade (art. 37, CF; arts. 3º. e 4º., da Lei 8.666/1993 e art. 31, da Lei
13.303/2016)
qImpessoalidade (art. 37, CF; art. 3º. da Lei 8.666/1993 e art. 31, da Lei
13.303/2016)
qMoralidade (art. 37, CF; art. 3º. da Lei 8.666/1993 art. 31, da Lei
13.303/2016)
qPublicidade (art. 37, CF e arts. 3º., § 3º., 4º. e 43, § 1º., da Lei 8.666/1993)
qEficiência (art. 37, CF – não consta da lei 8.666/1993, por ser anterior à EC
19/1998, art. 31, da Lei 13.303/2016)
qEX:RE 422591 / RJ - RIO DE JANEIRO (Tribunal Pleno) EMENTA Recurso
extraordinário – Ação direta de inconstitucionalidadede artigos de lei
municipal – Normas que determinam prorrogação automática de
permissões e autorizações em vigor, pelos períodos que especifica –
Comandos que, por serem dotados de abstração e não de efeitos concretos,
permitem o questionamento por meio de uma demanda como a presente –
Prorrogações que efetivamente vulneram os princípios da legalidade e
da moralidade, por dispensarem certames licitatórios previamente à
outorga do direito de exploração de serviços públicos – Ação
corretamente julgada procedente – Recurso não provido.
II. Princípios específicos da licitação
qIsonomia: tratamento igualitário, evitando favoritismo.
qCompetitividade: não podem ser adotadas medidas que comprometam o
caráter competitivo.
qVinculação ao instrumento convocatório: o edital é a lei da licitação (art.
41);
qIndistinção: são vedadas preferências quanto à naturalidade, sede ou
domicílio do licitante.
qInalterabilidade do edital: após a publicação, o edital não pode mais ser
alterado.
qVedação à oferta de vantagens: significa que não se admite a elaboração
de propostas vinculadas às ofertas de outros licitantes.
qJulgamento objetivo: critério objetivo de julgamento das propostas (art.
45).
II. Princípios específicos da licitação (continuação)
qSigilo das propostas: os envelopes contendo as propostas dos licitantes não
podem ser abertos e seus conteúdos divulgados antes do momento processual
adequado, que é a sessão pública instaurada com essa finalidade (art. 3º., §
3º.)
qPrincípio da Obrigatoriedade: a realização da licitação é um dever do
Estado;
qFormalismo procedimental: a fase e os requisitos da licitação não podem
ser desatendidos. (art. 4º., § único);
qAdjudicação compulsória: obriga a Administração a atribuir o objeto da
licitação ao vencedor do certame.
2. Fases da Licitação
I. Fases do procedimento licitatório
qFase interna: dentro do órgão. Abertura de processo administrativo,
autorização, indicação sucinta do objeto e do recurso prórpio para a
despesa.
qFase externa: começa no momento em que se torna pública a
licitação.
qAbertura – edital ou carta-convite
qHabilitação – verificação docs e requisitos pessoais
qClassificação (Julgamento)
qHomologação – controle de legalidade
qAdjudicação – atribui ao vencedor o objeto da licitação
I. Fases do procedimento licitatório (continuação)
q(Lei 8.666-1993) Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a
abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e
numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu
objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados
oportunamente:
qI - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;
qII - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21
desta Lei, ou da entrega do convite;
qIII - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou
oficial, ou do responsável pelo convite;
qIV - original das propostas e dos documentos que as instruírem;
qV - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;
qVI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou
inexigibilidade;
qVII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua
homologação;
I. Fases do procedimento licitatório (continuação)
q(Lei 8.666-1993) Art. 38. (...)
qVIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas
manifestações e decisões;
qIX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso,
fundamentado circunstanciadamente;
qX - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;
qXI - outros comprovantes de publicações;
qXII - demais documentos relativos à licitação.
I. Fases do procedimento licitatório (continuação)
q(Lei 13.303-2016) Art. 51. As licitações de que trata esta Lei observarão a
seguinte sequência de fases:
qI - preparação;
qII - divulgação;
qIII - apresentação de lances ou propostas, conforme o modo de
disputa adotado;
qIV - julgamento;
qV - verificação de efetividade dos lances ou propostas;
qVI - negociação;
qVII - habilitação;
qVIII - interposição de recursos;
qIX - adjudicação do objeto;
qX - homologação do resultado ou revogação do procedimento.
I. Fases do procedimento licitatório (continuação)
qArt. 51. (...) § 1º A fase de que trata o inciso VII do caput poderá,
excepcionalmente, anteceder as referidas nos incisos III a VI do caput , desde
que expressamente previsto no instrumento convocatório.
q§ 2º Os atos e procedimentos decorrentes das fases enumeradas
no caput praticados por empresas públicas, por sociedades de economia mista
e por licitantes serão efetivados preferencialmente por meio eletrônico, nos
termos definidos pelo instrumento convocatório, devendo os avisos contendo
os resumos dos editais das licitações e contratos abrangidos por esta Lei ser
previamente publicados no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município
e na internet.
II. Fases: Abertura
qEdital: instrumento por meio do qual a adm torna pública a realização de
uma licitação.
qTodas as modalidades exceto a modalidade convite.
qLei interna da licitação.
qArt. 40, da Lei 8.666-1993 (rol de informações obrigatórias do edital):
qArt. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o
nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de
execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o
local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como
para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o
seguinte:
qI - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
qII - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos
instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e
para entrega do objeto da licitação;
qIII - sanções para o caso de inadimplemento;
q
II. Fases: Abertura (continuação)
qArt. 40. (...)
qIV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;
qV - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de
licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido;
qVI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts.
27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas;
qVII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;
qVIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à
distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos
relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações
necessárias ao cumprimento de seu objeto;
qIX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e
estrangeiras, no caso de licitações internacionais;
III. Fases: Habilitação
qDestina-se à verificação da documentação e de requisitos pessoais dos
licitantes (arts. 27 a 33, da Lei 8.666-1993; art. 58, da Lei 13.303-2016)
qOcorre previamente à análise das propostas.(Exceção pregão e art. 51, §1º.
da Lei 13.303-2016)
qFinalidade: assegurar que o licitante, na hipótese de ser o vencedor do
certame, terá condições técnicas, financeiras e idoneidade para
adequadamente cumprir o contrato objeto da licitação.
qLei 8.666/93 – proíbe qualquer exigência supérflua ou desnecessária.
qSomente poderá ser exigida dos interessados, documentação relativa a:
Ø Habilitação jurídica;
Ø Qualificação técnica;
Ø Qualificação econômico-financeira
Ø Regularidade fiscal e trabalhista
Ø Cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7 da CRFB (restrições e
proibições ao trabalho de menores.
III. Fases: Habilitação (continuação)
qArt. 28 – Documentação de identificação.
qArt. 29 – Regularidade fiscal e trabalhista.
qArt. 30 – Qualificação técnica.
qArt. 31 – Qualificação econômico-financeira.
qArts. 32 a 36 – Documentos e a participação de consórcios.
qArt. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes
procedimentos:
qI - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação
dos concorrentes,e sua apreciação;
qII - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo
as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua
denegação;
qIII - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes
habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou
tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos
interpostos;
III. Fases: Habilitação (continuação)
qArt. 43. (...)
qIV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital
e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão
oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de
preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento,
promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou
incompatíveis;
qV - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de
avaliação constantes do edital;
qVI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e
adjudicação do objeto da licitação.
q§ 1o A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e
as propostas será realizada sempre em ato público previamente designado, do
qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela
Comissão.
q§ 2o Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos licitantes
presentes e pela Comissão.
III. Fases: Habilitação (continuação)
qArt. 43. (...)
q§ 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da
licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar
a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou
informação que deveria constar originariamente da proposta.
q§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que couber, ao
concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite, facultada, quanto a este
último, a publicação na imprensa oficial.
q§ 4o O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que couber, ao
concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite.
q§ 5o Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e
abertas as propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo
relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só
conhecidos após o julgamento.
q§ 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por
motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.
III. Fases: Habilitação (continuação)
qAtenção: Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as
propostas não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação,
salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.
qApós a fase de habilitação, o licitante não poderá mais desistir da proposta
apresentada, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito
pela comissão.
IV. Fases: Classificação
qJulgamento das propostas: confronto das ofertas, classificaçào das propostas
e determinação do vencedor.
qCritério de julgamento estabelecido no edital (tipos de licitação)
qDuas subfases:
Ø A adm verifica a conformidade de cada propostas com os requisitos do edital,
tais como as especificações técnicas e a compatibilidade com os preços
correntes no mercado. Propostas incompatíveis – desclassificadas –
eliminadas.
Ø As propostas não desclassificadas serão classificadas, postas em ordem,
confome os critérios de avaliação constante do edital.
V. Fases: Homologação e Adjudicação
qApós o julgamento a comissão remete o processo à autoridade competente
para que ela homologue o procedimento e adjudique o objeto da licitação ao
vencedor.
qTrabalho da comissão termina no julgamento
qHomologação: é exercido um controle de legalidade do procedimento
licitatório.
qSe houver irregularidade a autoridade não homologará devolvendo o processo
à comissão para correção das falhas apontadas, se isso for possível.
qVício insanável: procedimento deverá ser anulado, integralmente ou a partir
do ato ilegal.
qAdjudicação: ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da licitação.
qNão confundir com celebração do contrato.
qAto final do procedimento de licitação.
3. Modalidades de Licitação
I. Modalidades: Espécies
qO art. 22 da Lei 8.666/93 menciona 5, mas a doutrina reconhece 7
atualmente:
qa) Concorrência (art. 22, I, e § 1º., da L. 8666-1993)
qb) Tomada de preços (art. 22, II, e § 2º. da L. 8666-1993)
qc) Convite (art. 22, III, e § 3º.da L. 8666-1993)
qd) Concurso (art. 22, IV, e § 4º. da L. 8666-1993)
qe) Leilão (art. 22, V, e § 5º.da L. 8666-1993)
qf) Pregão (Lei 10.520/02)
qg) Consulta (prevista na lei da ANATEL – arts. 54 a 59, da Lei 9472-1997)
II. Concorrência
q Mais complexa
q Participam quaisquer interessados.
q Contratação de obras, serviços e compras de qualquer valor.
q Utilizada para objetos de grande vulto:
q obras e serviços de engenharia acima de R$ 1.500.000,00 (art. 23, I, c)
ATENÇÃO – Atualizado para valores acima de R$ 3.300.000,00 (ART.
1º., I, c, Dec. 9412-2018) FUNDAMENTAÇÃO – art. 120, Lei 8666-
1993.
q compras e serviços acima de R$650.000,00 (art. 23, II, c) ATENÇÃO –
Atualizado para valores acima de R$ 1.430.000,00 (Art. 1º., II, c, Dec.
9412-2018)
q Tem garantia de ampla publicidade.
q Intervalo mínimo entre a publicação do edital e a entrega de envelopes:
q 45 dias corridos: melhor técnica e técnica e preço
q 30 dias corridos: menor preço
II. Concorrência (continuação)
q É SEMPRE obrigatória nos seguintes casos:
q1) compras e alienações de imóveis;
q2) concessão de direito real de uso;
q3) licitações internacionais;
q4) contratos de empreitada integral;
q5) concessões de serviço público;
q CUIDADO!!! O objeto a ser licitado não pode ser fracionado.
qPossui uma fase de habilitação preliminar, após a abertura do procedimento
q❖ Celebração de contratos de PPP (Lei 11.079-2004) e concessão de serviços
públicos é admitida a inversão da ordem das fases de habilitação e
julgamento.
II. Concorrência (continuação)
q Atualização dos valores por decreto:
qArt. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder
Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como
limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período. (Redação
dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
qATUALIZAÇÃO DEMOROU 20 ANOS PARA SER IMPLEMENTADA
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9648cons.htm
III. Tomada de preço
qInteressados devidamente cadastrados ou os não cadastrados que
preencherem os requisitos para cadastramento até o 3º dia anterior à
abertura dos envelopes.
qSe o pedido de cadastramento for indeferido cabe recurso no prazo de 5 dias.
qUtilizada para objetos de vulto intermediário:
q obras e serviços de engenharia entre R$ 150.000 e R$ 1.500.000 (art. 23, I,
b) ATENÇÃO – Atualizado para valores entre R$ 330.000,00 e R$
3.300.000,00 (Art. 1º., I, b, Dec. 9412-2018)
q compras e serviços entre R$80.000 e R$650.000,00 (art. 23, II, b)
ATENÇÃO – Atualizado para valores entre R$ 176.000,00 e R$
1.430.000,00 (Art. 1º., II, b, Dec. 9412-2018)
q Intervalo mínimo entre a publicação do edital e a entrega de envelopes:
q 30 dias corridos: melhor técnica e técnica e preço
q 15 dias corridos: menor preço
IV. Convite
qÉ a licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto
q Participam da licitação na modalidade convite:
qa) os convidados cadastrados ou não;
qb) os não convidados, desde que cadastrados, que demonstrarem interesse
com 24h de antecedência.
qInstrumento convocatório: carta-convite (não edital)
qUtilizada para objetos de pequeno valor:
qi) obras e serviços de engenharia até de R$ 150.000 (art. 23, I, a) ATENÇÃO
– Atualizado para valores até R$ 330.000,00 (Art. 1º., I, a, Dec. 9412-
2018)
qii) compras e serviços abaixo de R$80.000 (art. 23, II, a) ATENÇÃO –
Atualizado para valores abaixo de R$ 176.000,00 (Art. 1º., II, a, Dec.
9412-2018)
q Intervalo mínimo entrea entrega da carta-convite e o envio de envelopes: 5
dias úteis.
V. Concurso
qModalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital.
qExemplos: concurso de projetos arquitetônicos de revitalização do centro da
cidade;
qconcurso de redações entre alunos da rede pública de ensino sobre
determinada temática.
q A comissão especial não precisa ser composta por agentes públicos.
q O intervalo mínimo entre o instrumento convocatório e o envio dos envelopes
é de 45 dias corridos.
qO prêmio pode ser em dinheiro ou em alguma outra modalidade. Ex. viagem.
VI. Leilão
qModalidade para alienação de bens:
q1) móveis inservíveis (sem utilidade);
q2) móveis de valor módico;
q3) imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou dação (pode optar entre
leilão e concorrência).
qPossui o mesmo funcionamento de um leilão privado. O critério é o melhor ou
maior lance.
qO intervalo mínimo entre o instrumento convocatório e o envio dos envelopes
é de 15 dias corridos.
VII. Consulta
qModalidade prevista no art. 55 da Lei 9.472/97 – ANATEL.
q Vale apenas para as agências reguladoras.
q Finalidade: contrato econômico, satisfatório e seguro.
q Eventual empate é resolvido por sorteio.
q A habilitação será verificada somente quanto ao licitante vencedor.
q A agência mantém registro cadastral.
q A agência também pode usar a modalidade pregão.
q Será realizada mediante procedimentos próprios determinados por atos
normativos expedidos pela agência, vedada sua utilização para contratação de
obras e serviços de engenharia.
VIII. Pregão
q Objetivo geral: redução de custos.
q Primeiro ocorre a classificação e só depois a habilitação.
q Usado para contratar BENS E SERVIÇOS COMUNS, não importando o valor
deles.
q Consideram-se comuns os bens e serviços que possam ser objetivamente
definidos no edital, segundo as especificações do mercado.
q No âmbito federal existe uma lista de bens e serviços considerados comuns –
Anexo II, Decreto 3.555/00.
q ETAPAS:
q Instrumento convocatório;
q Julgamento (classificação);
q Habilitação;
q Adjudicação;
q Homologação.
Licitação
Aula 4
Prof. Dr. Jean Paolo Simei e Silva
1. Tipos de Licitação
I. Tipos
qSe refere aos critérios de julgamento das propostas no procedimento
licitatório
qArt. 45, §1
qa) Menor preço (Administração tem em vista apenas a vantagem econômica)
qb) Melhor técnica (a obra, o serviço, o equipamento ou o material mais
eficiente, mais durável, mais aperfeiçoado, mais rápido, mais rentável, mais
adequado, enfim, aos objetivos de determinado empreendimento ou programa
administrativo)
qc) Técnica e preço (média ponderada dos itens acima)
qd) Maior lance ou oferta (tipo utilizado nos casos de alienação de bens (leilão)
ou concessão de direito real de uso (concorrência)
qNão são aplicáveis a modalidade concurso.
q(b) e (c) devem ser utilizadas exclusivamente para serviços de natureza
predominantemente intelectual.
2. Obrigatoriedade da 
Licitação
I. Obrigatoriedade
qObrigatoriedade (art. 37, XXI, CF).
q(Lei 8666-1993) Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a
prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à
seguinte sequência:
q§ 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
qI - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e
disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;
qII - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a
composição de todos os seus custos unitários;
qIII - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem
executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo
cronograma;
qIV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no
Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal, quando for o
caso.
II. Limites
qObrigatoriedade (art. 37, XXI, CF).
q(LC 101-2001) Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
qIV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com
fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
qArt. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao
patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que
não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.
qArt. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que
acarrete aumento da despesa será acompanhado de: (Vide ADI 6357)
qI - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva
entrar em vigor e nos dois subsequentes;
qII - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
qART. 17 - Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
q
3. Contratação Direta
I. ConceitoFases do procedimento licitatório
qContratação Direta: decisão discricionária, a autoridade contratante poderá,́
dentre as várias pessoas disponíveis, escolher aquela que lhe pareça mais
adequada, segundo critérios de oportunidade e conveniência, obedecidos
apenas os requisitos legais, cuja presença deve ser objeto de motivação. (Di
Pietro)
qEspécies:
qA) licitação dispensada (art. 17, I e II Lei 8666-93 e art. 28, Lei 13.303-
2016);
qB) licitação dispensável (art. 24, I a XXXV Lei 8666-93 e art. 29, I a XVIII Lei
13.303-2016);
qC) licitação inexigível (art. 25, I a III Lei 8666-93 e art. 30, I e II Lei 13.303-
2016).
qATENÇÃO: A dispensa é produto da vontade do legislador, enquanto a
inexigibilidade deriva da natureza das coisas.
4. Licitação Dispensada
I. Hipóteses de licitação dispensada (imóveis)
Venda permitida apenas de bens dominicais, (o que pode demandar prévia 
desafetação), antecedida de licitação, que fica dispensada nos seguintes casos:
q Dação em pagamento (art. 17, I, “a”, da L. 8666/93);
q Doação (para outro órgão ou entidade) (art. 17, I, “b”, da L. 8666/93);
q Permuta (arts. 17, I, “c” e 24, X, ambos da L. 8666/93);
q Investidura (art. 17, I, “d” e § 3º., da L. 8666/93);
q Venda (outro órgão ou entidade)(art. 17, I, “e” da L. 8666/93);
q alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação 
ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou 
efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização 
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração 
pública; (art. 17, I, “f”, da L. 8666/93);
q Legitimação da posse (art. 17, I, “g”, da L. 8666/93);
q Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação 
ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de 
até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de 
programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou 
entidades da administração pública; (art. 17, I, “h”, da L. 8666/93);
q alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas 
rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o §
1o do art. 6o da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização 
fundiária, atendidos os requisitos legais (art. 17, I, “i”, da L. 8666/93).
II. Hipóteses de licitação dispensada (móveis)
Venda permitida apenas de bens dominicais, (o que pode demandar prévia 
desafetação), antecedida de licitação, que fica dispensada nos seguintes casos:
q Doação (para outro órgão ou entidade) (art. 17, II, “a”, da L. 8666/93);
q Permuta (permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração
Pública)(arts. 17, II, “b”, da L. 8666/93);
q Venda de ações (negociadas em bolsa)(art. 17, II, “c” da L. 8666/93);
q Venda de títulos (art. 17, II, “d”, da L.8666/93);
q Venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da
Administração Pública, em virtude de suas finalidades (art. 17, II, “e”, da L.
8666/93);
q venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da
Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe (art. 17, II,
“f”, da L. 8666/93);
q ATENÇÃO: a doação com encargos será́ licitada (art. 17, § 4º., da L.
8666/93)
III. Lei 13.303-2016
qArt. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às
empresas públicas e às sociedades de economia mista, inclusive de
engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de
bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a
serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real
sobre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei,
ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
q(...)
q§ 3º São as empresas públicas e as sociedades de economia mista
dispensadas da observância dos dispositivos deste Capítulo nas seguintes
situações:
qI - comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas
mencionadas no caput , de produtos, serviços ou obras especificamente
relacionados com seus respectivos objetos sociais;
qII - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas
características particulares, vinculada a oportunidades de negócio
definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedimento
competitivo.
5. Licitação Dispensável
III. Lei 13.303-2016
qLicitação dispensável = trata-se de uma possibilidade e não um dever de
dispensar.
qObras e serviços de engenharia - até R$ 33.000,00 (art. 24, I, L. 8666/93);
qCompras e outros serviços - até R$ 17.600,00 (art. 24, II, L. 8666/93);
qGuerra ou perturbação da ordem (art. 24, III, L. 8666/93);
qEmergência ou calamidade pública – deve concluir em 180 dias (art. 24, IV, L.
8666/93); ART. 4º., LEI 13.979-2020. COVID
qLicitação deserta que não puder ser refeita (art. 24, V, L. 8666/93);
q Intervenção no domínio econômico (art. 24, VI, L. 8666/93);
q Licitação fracassada (art. 24, VII, L. 8666/93);
qCompra de bens produzidos por empresa que integre a administração pública,
a preço de mercado (art. 24, VIII, L. 8666/93);
qQuando houver comprometimento da segurança nacional (art. 24, IX, L.
8666/93);
III. Lei 13.303-2016
qPara as Agencias executivas enquadradas na Lei 8.666/1993 , Artigo 24,
Paragrafo Único:
qR$ 66.000,00 para obras e serviços de engenharia;
qR$ 35.200,00 para outros serviços, compras e alienações.
qQuando a contratação for efetuada por sociedades de economia mista e
empresas públicas, além de autarquias e fundações qualificadas como
agências executivas, os valores são os seguintes:
qLei 13.303/2016 - Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista
qR$ 100.000,00 para obras e serviços de engenharia (art. 29, I, Lei 13.303-
2016);
qR$ 50.000,00 para outros serviços, compras e alienações (art. 29, II, Lei
13.303-2016).
6. Licitação Inexigível
I. Conceito
qLicitação inexigível = Não é possível realizar licitação quando resta manifesta
inviabilidade de competição.
q“na dispensa, a licitação é materialmente possível, mas em regra inconveniente;
na inexigibilidade, é inviável a própria competição.” (CARVALHO FILHO)
qArt. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição,
em especial:
qI - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser
fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo,
vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser
feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local
em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato,
Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
qII - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei,
de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;
I. Conceito (continuação)
q(...)
qIII - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente
ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública.
qLei 13.303-2016
qArt. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de
competição, em especial na hipótese de: (Vide Lei nº 1.4002, de 2020)
qI - aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser
fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo;
qII - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade
para serviços de publicidade e divulgação:
qa) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
qb) pareceres, perícias e avaliações em geral;
I. Conceito (continuação)
q(...)
qc) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
qd) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
qe) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
qf) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
qg) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
I. Conceito (continuação)
qArt. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a
denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB),
q§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além
do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da
União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das
Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e
fundacional.
qArt. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza,
técnicos e singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos
termos da lei. (Incluído pela Lei nº 14.039, de 2020)
qParágrafo único. Considera-se notória especialização o profissional ou a
sociedade de advogados cujo conceito no campo de sua especialidade,
decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações,
organização, aparelhamento, equipe técnica ou de outros requisitos
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é
essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do
contrato. (Incluído pela Lei nº 14.039, de 2020)
q
II. Sanções
qArt. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição,
em especial:
q(...)
q§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se
comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado
à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
qÉ preciso demonstrar (Art. 26, lei 8666-93)
qI - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e
iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o
caso; (Redação dada pela Lei nº 13.500, de 2017)
qII - razão da escolha do fornecedor ou executante;
qIII - justificativa do preço.
qIV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens
serão alocados.
II. Sanções (continuação)
qArt. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas
em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à
inexigibilidade:
qPena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.
qParágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo
comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-
se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o
Poder Público.
7. Anulação e revogação 
da Licitação
I. Hipóteses
qAnulação: mesmas regras aplicáveia aos atos administrativos em geral
qRevogação - duas hipóteses:
qArt. 49. Aautoridade competente para a aprovação do procedimento
somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente
de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para
justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por
provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente
fundamentado.
qArt. 64, § 2o É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o
termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no
prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na
ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições
propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados
de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação
independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.
qATENÇÃO: Em qualquer caso, o despacho de revogação deverá ser
fundamentado circuntanciadamente.
Contrato Administrativo
Aula 5
Prof. Dr. Jean Paolo Simei e Silva
1. Contratos 
Administrativos
I. Conceito
q“O contrato é uma forma de composição pacífica de interesses e que faz lei
entre as partes”. (BANDEIRA DE MELLO)
qAjuste estabelecido entre a Administrac ̧ão Pública, agindo nessa qualidade, e
terceiros, ou somente entre entidades administrativas, submetido ao regime
jurídico-administrativo para a consecuc ̧ão de objetivos de interesse público.
qFundamento de validade: Arts. 54 a 80, da Lei 8.666/93 + Arts. 68 a 81, da
Lei 13.303/2016.
I. Conceito
I. Conceito
I. Conceito
II. Características
q1) Presença da Administração Pública como poder público (art. 58)
qA Administração aparece com uma série de prerrogativas que asseguram a
sua posição de supremacia sobre o particular.
q2) Formalismo: Formais – Escritos
qLei 8.666/93 – contrato verbal é nulo e de nenhum valor
q Salvo em compras de pequeno valor e pronto pagamento
q Pequeno valor: 5% do valor do convite (R$ 16.500,00) Art. 60, § único, da
Lei 8.666/93
II. Características (continuação)
q3) Obediência à forma prescrita em lei:
qa) deve observar limites fixados (art. 60, § único);
qb) deve ser lavrado nas repartições interessadas, salvo os relativos a direitos
reais sobre imóveis (art. 60);
qc) deve ser publicado, em resumo, no Diário Oficial (art. 61, § único), pois
antes de ser publicado não tem eficácia, ou seja, não pode ser executado;
qd) formaliza-se por meio do “termo de contrato”, carta-contrato, nota de
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de
serviço (art. 62, caput, e § 2o, c/c o § 4o);
qe) deve-se observar as condições constantes do instrumento convocatório da
licitação (art. 55, XI);
qf) devem constar as chamadas cláusulas necessárias (art. 55), que podem
ser:
Ø - regulamentares: referentes ao objeto, forma de execução, rescisão,
responsabilidade das partes;
Ø - e financeiras: que estabelecem o equilíbrio econômico do contrato
II. Características (continuação)
qg) devem observar as prescrições relativas aos prazos (art. 55, IV, 57, II e
IV, §§ 1o e 3o). É de lembrar que o art. 57 não se aplica aos contratos
regidos pelo Direito Privado nem àqueles em que a Administração é usuária de
um serviço público (art. 62, § 3o, I e II).
q4) Procedimento legal (art. 54)
qA lei estabelece certos procedimentos obrigatórios para a celebração de
contratos que podem variar de uma para outra modalidade.
q5) Natureza de contrato de adesão (art. 62, § 1o, c/c 40, § 2o, III)
q”É a Administração que estabelece, previamente, as cláusulas contratuais,
vinculada que está às leis, regulamentos e ao principio da indisponibilidade do
interesse público”. (DI PIETRO)
II. Características (continuação)
q6) Natureza “intuitu personae” (art. 66, 72 e 78, VI)
qos contratos para os quais a lei exige licitação são firmados em razão de
condições pessoais do contratado;
qsomente será possível subcontratar o objeto do contrato se prevista a
possibilidade no ato convocatório e no contrato, com a anuência do
contratante.
q7) Natureza comutativa (art. 66)
qSão estabelecidas compensações reciprocas e equivalentes para as partes
envolvidas.
2. Cláusulas Exorbitantes
I. Conceito
qSão regras que conferem poderes contratuais especiais, projetando a
Administração Pública para uma posição de superioridade diante do
particular contratado. São prerrogativas decorrentes da supremacia do
interesse público sobre o privado e, por isso, são aplicáveis ainda que
não escritas no instrumento contratual.
qATENÇÃO: Tais cláusulas não seriam comuns ou não seriam lícitas em
contratos celebrados entre particulares, pois tornariam as partes desiguais na
execução do ajuste.
II. Cláusulas 
qI) Alteração unilateral (art. 58, I, c/c 65, I, “a” e “b”) - preceito de ordem
pública. “É que aqui a formação bilateral da vontade criadora cede lugar à força
da vontade unilateral alteradora” (CARVALHO FILHO). Também poode ser
bilateral (art. 65, II)
qi) Qualitativa – melhor adequação técnica do projeto ou das suas
especificações (não há alteração do valor)
q ii) Quantitativa – Compras/Obras/Serviços (Até 25% Acréscimo ou
Supressão) ATENÇÃO: Reformas (até 50 % Acréscimo)
qLei 13.303-2016
qArt. 81. Os contratos celebrados nos regimes previstos nos incisos I a V do
art. 43 contarão com cláusula que estabeleça a possibilidade de alteração, por
acordo entre as partes, nos seguintes casos:
II. Cláusulas (continuação)
qII) Rescisão Unilateral (art. 58, II, c/c 78 e 79, I) da Administração
q– inadimplemento (art. 78, I a VIII);
q- situações que ensejam desaparecimento do contratado, sua insolvência ou
comprometimento da execução do contrato (art. 78, IX a XI);
q- razões de interesse público (art. 78, XII);
q- caso fortuito ou de força maior (art. 78, XVII);
q- descumprimento da regra protetiva do menor trabalhador, constante do art.
7o, XXXIII, da CF (art. 78, XVIII).
qATENÇÃO: exige-se justa causa e segue-se o princípio do contraditório e da
ampla defesa (art. 78, p. único)
qArt.78, I a XI, o contratado poderá ́ ressarcir os prejuízos, se houver, e sofrer
sanções administrativas.
qArt. 78, XII a XVII cabe à Administração indenizar o contratado, se for o
caso(art. 79, § 2º.)
qContratado – rescisão: amigável ou judicial 
II. Cláusulas (continuação)
qArt. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
qI - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou
prazos;CI
qII - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos
e prazos; CI
qIII - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a
impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos
prazos estipulados; CI
qIV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; CI
qV - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e
prévia comunicação à Administração; CI
qVI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do
contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como
a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato; CI
qVII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada
para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus
superiores; CI
II. Cláusulas (continuação)
qVIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma
do § 1o do art. 67 desta Lei; CI
qIX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; CI
qX - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado; CI
qXI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da
empresa, que prejudique a execução do contrato; CI
qXII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento,
justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa
a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a
que se refere o contrato; ADMI
qXIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou
compras,acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite
permitido no § 1o do art. 65 desta Lei; ADMI
qXIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por
prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade
pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por
repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,
II. Cláusulas (continuação)
qXIV - (continuação) independentemente do pagamento obrigatório de
indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações
e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o
direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas
até que seja normalizada a situação; ADMI
qXV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas
destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública,
grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o
direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que
seja normalizada a situação; ADMI
qXVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto
para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem
como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto; ADMI
qXVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente
comprovada, impeditiva da execução do contrato.
qXVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das
sanções penais cabíveis. (TRABALHO DE MENOR DE IDADE) ADMI
II. Cláusulas (continuação)
qIII) Fiscalização (art. 58, III e 67): é uma prerrogativa do poder público,
que tanto pode designar um servidor para acompanhar a execução do
contrato, quanto pode contratar terceiros para fazê-lo.
qArt. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
qVII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada
para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus
superiores;
qIV) Aplicação de penalidades contratuais (art. 58, IV): a inexecução
total ou parcial do contrato confere à Administração o direito de aplicar
sanções de natureza administrativa, dentre as mencionadas no art. 87(I -
advertência; II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no
contrato; III - suspensão temporária de participação em licitação e
impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2
(dois) anos; IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública
qOBS: E nos casos de atrasos injustificados, aplica-se o art. 86.
II. Cláusulas (continuação)
qV) Anulação do contrato: obedecendo ao princípio da legalidade, a
Administração tem que exercer continuado controle sobre seus próprios atos,
cabendo-lhe o poder-dever de anular aqueles que contrariam a lei, mas
conferindo ao contratado a oportunidade de defesa; é o que se chama de
autotutela.
qSúmula STF 473
qA administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
q Lei 8666-1993. Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo
opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente,
deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.
qParágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de
indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela
for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que
não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu
causa.
II. Cláusulas (continuação)
qVI) Ocupação temporária (80, II)
q Serviços essenciais
q Intenção de manter a continuidade do serviço Ex: Transporte público
qVII) Exigência de garantias (art. 56)
qpoder discricionário da Administração; se o instrumento convocatório for 
omisso, não se pode exigir; se o instrumento convocatório exigir, não se pode 
dispensar; tal exigência é feita para assegurar a execução do contrato 
qAté 5% do valor do contrato 
q Grande vulto - Elevadas até 10% ❖ Edital 
q Lei 8.666 – não pode pregão 
qFormas: (escolha a critério do contratado)
qi) caução (em dinheiro ou títulos da divida pública) - depósito
qii) seguro-garantia - seguradora obriga-se a completar à sua custa o objeto do 
contrato 
qiii) fiança bancária - fornecida por um banco 
II. Cláusulas (continuação)
qVIII) Não alegação da “Exceção de contrato não cumprido”
qO que é cláusula de “exceção de contrato não cumprido"?
qCÓDIGO CIVIL - Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes,
antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
q Administração pública descumpre o contrato - somente pode suspender a
prestação após 90 dias;
qPrincípios da continuidade do serviço público e da supremacia do interesse
público sobre o particular.
qLei 8666-1993 - Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
qI - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos
enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior;
qSalvo no caso de guerra, calamidade pública ou situações emergenciais
(perturbação da ordem interna)
qSuspender não rescindir (art. 78, XV)
II. Cláusulas (continuação)
qIX) Equilíbrio econômico-financeiro (arts. 55, III, 57, § 1o, 58, I, § §
1º. e 2º., e 65, II, “d”, e § 6º.)
qArt. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
qIII - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e
periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento;
qArt. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à
vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
q§ 1o Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega
admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada
a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum
dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
q(...)
qII - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à
vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de
execução do contrato;
II. Cláusulas (continuação)
qArt. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
qI - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado;
q§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do
contratado.
q§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras
do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
qcontrato as que estabeleçam:
qIII - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e
periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento;
II. Cláusulas (continuação)
qArt. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as
devidas justificativas, nos seguintes casos:
qII - por acordo das partes:
qd) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os
encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa
remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção
do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda,
em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando

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