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LEPTINA

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Patrícia D. Medicina-UFMS 
ESTRUTURA 
No ser humano, o gene da leptina localiza-se no cromossomo 7q31. A leptina 
é uma proteína composta por 167 aminoácidos. Essa proteína quando madura 
permanece com 164 aminoácidos e tem um peso de 16 kD. Além disso, possui uma 
estrutura terciária ou tridimensional com um conjunto de quatro hélices. 
 
PRODUÇÃO 
A leptina além de ser um hormônio é uma proteína adipocina, ou seja é 
produzida pelo Tecido Adiposo Branco (TAB). Também pode ser sintetizada na 
glândula mamária, trofoblasto placentário, tecido adiposo marrom, epitélio gástrico e 
no músculo esquelético. É importante ressaltar que o auge da sua liberação ocorre 
durante o início da manhã, e sua meia-vida plasmática é de 30 min. 
Somado a isso, a massa total de tecido adiposo do organismo está associado 
às concentrações de leptina no sangue. Além disso, diversos mecanismos 
fisiológicos influenciam a síntese da leptina. Jejum, exercício físico moderado e frio 
resultam na diminuição da expressão do gene da leptina e eventual queda nas 
concentrações plasmáticas da proteína. Alimentação após jejum, glicocorticoides e 
insulina são fatores que estimulam a transcrição do gene e a produção de leptina. 
 
AÇÃO 
A ação da leptina é realizada por meio da ativação de receptores específicos 
presentes nos órgãos alvos. Existem, resumidamente, dois tipos de receptores para 
a leptina, o ObRb, de cadeia longa (maior quantidade de aminoácidos) e o ObRa 
receptores de cadeia curta (menor quantidade de aminoácidos). O ObRb é 
encontrado com maior expressão no hipotálamo, já o ObRa é encontrado em outros 
órgãos como o pâncreas, mais especificamente nas células α e δ das ilhotas de 
Langerhans. 
 
EXPRESSÃO 
A expressão da leptina é controlada por diversas substâncias, como a 
insulina, os glicocorticoides e as citocinas pró-inflamatórias. Estados infecciosos e as 
 
Patrícia D. Medicina-UFMS 
endotoxinas também podem elevar a concentração plasmática de leptina. Por outro 
lado, a testosterona, a exposição ao frio e as catecolaminas reduzem a síntese de 
leptina. Situações de estresse impostas ao corpo, como jejum prolongado e 
exercícios físicos intensos, provocam a diminuição dos níveis circulantes de leptina. 
Ou seja, de fato a atuação do sistema nervoso central na inibição da liberação de 
leptina pelos adipócitos faz-se verdadeira. 
A hiperleptinemia, encontrada em pessoas obesas, é atribuída a alterações 
no receptor de leptina ou a uma deficiência em seu sistema de transporte na barreira 
hemato-cefálica, fenômeno denominado resistência à leptina, semelhante ao que 
ocorre no diabetes mellitus. A produção de leptina em pessoas eutróficas ( com peso 
“normal”) segue um ritmo circadiano e aumenta durante o ciclo menstrual em 
mulheres. 
 
IMPORTÂNCIA DA LEPTINA 
A leptina, em níveis normais, é fundamental porque: 
- Contribui para a resposta inflamatória ao modificar a função imune. Além disso, 
estimula a proliferação de células T CD4+ (linfócitos T auxiliares) e a produção de 
citocinas; 
- Atua regulando o início da puberdade e a função reprodutora. Por isso que 
adolescentes magros(as) tendem a ter uma puberdade tardia. A leptina faz com que 
os níveis de LH, FSH e Testosterona aumentem; 
- Age sobre as células endoteliais ao estimular a angiogênese e como provável 
regulador da tensão arterial; 
- Modula a secreção do hormônio do crescimento; 
- Estudos recentes sugerem que os indivíduos obesos com concentrações elevadas 
de leptina têm um maior risco de trombose vascular por causa do aumento da 
agregação plaquetária; 
- Possui efeito sobre a diminuição do apetite, reduzindo a expressão e secreção do 
neuropeptídeo Y e aumentando os agentes (CRH, MCH); 
- O seu efeito neuroendócrino inclui efeitos nas gonadotrofinas hipofisárias (FSH, 
LH) que atuam sobre as gônadas e o sistema reprodutor; 
 
Patrícia D. Medicina-UFMS 
-Também atua sobre a tireoide e glândulas adrenais e participa na homeostasia da 
glicose. 
 
ROMERO, Carla Eduarda Machado; ZANESCO, Angelina. O papel dos hormônios leptina e grelina 
na gênese da obesidade. Rev. Nutr., Campinas , v. 19, n. 1, p. 85-91, Feb. 2006 . Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
52732006000100009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 21 Apr. 2021. https://doi.org/10.1590/S1415-
52732006000100009. 
NEGRAO, André B.; LICINIO, Julio. Leptina: o diálogo entre adipócitos e neurônios. Arq Bras 
Endocrinol Metab, São Paulo , v. 44, n. 3, p. 205-214, June 2000 . Disponível 
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27302000000300004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 21 Apr. 2021. https://doi.org/10.1590/S0004-
27302000000300004. 
MOUTINHO F., A. C. Obesidade e papel da Leptina e Grelina na sua patogénese - possíveis 
implicações futuras na terapêutica. Tese submetida para obtenção do grau de Mestre em Medicina- 
Universidade da Beira Interior. p 42. 2008. 
 
 
 
 
https://doi.org/10.1590/S1415-52732006000100009
https://doi.org/10.1590/S1415-52732006000100009
https://doi.org/10.1590/S0004-27302000000300004
https://doi.org/10.1590/S0004-27302000000300004

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