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III Estruturas de concreto e suas aplicações O sistema estrutural de uma edificação, é formado por um conjunto "estável" de elementos estruturais, projetados e construídos para sustentar e transmitir as cargas impostas até o solo de maneira segura, sem exceder os esforços permissíveis (previstos e aplicados) aos seus elementos. (Ching, 2010, pg 30) Subestrutura- Fundação Estrutura tridimensional monolítica responsável por oferecer estabilidade e transmitir as solicitações da construção para o solo. São projetadas de acordo com as necessidades construtivas do projeto e tipo de solo. Tipos de fundações superficiais. Fundações Profundas São formadas por tubulões ou estacas cravadas no solo e que descem de um solo inadequado superficial transferindo a carga solicitante, para um solo mais profundo e mais resistente (rocha, areias densas ou pedras) A profundidade, as dimensões (seções e comprimento) são determinadas pelo tipo de solo inadequado, pelo coeficiente de atrito desse solo e pela capacidade de carregamento do solo de profundo. S I S T E M A S Professor Aluna: 17.02.2021 Sistemas 1 Laje 2Vigas 3Pilares 4Fundação Superestrutura A Superestrutura, o comprimento vertical da edificação acima das fundações, é formada pela pele e pela estrutura interna que define a forma da edificação, bem como por seu layout e sua composição. › PELE – a pele ou vedação externa de uma edificação (composta pela cobertura e pelas paredes externas, janelas e portas) fornece proteção para os espaços internos da edificação. É constituída por: o A cobertura o As paredes externas o As portas o As janelas › ESTRUTURA – O sistema estrutural é necessário para sustentar a pele da edificação, bem como seus pisos internos e paredes externas e internas. Além disso, transferem cargas impostas para a SUBESTRUTURA; › A estrutura sustenta: › A pele › Os pisos internos › As paredes internas › As paredes externas e transmite esses esforços para a fundação. o CARGAS MORTAS – Peso próprio; o CARGAS ACIDENTAIS – cargas que agem sobre a estrutura; o CARGAS DISTRIBUÍDAS; o CARGAS CONCENTRADAS; : É possível fazer escolhas de sistemas estruturais mais adequados desde que saibamos os atributos formais ao responder aos esforços e ao redirecionamento deles para as fundações. o ESTRUTURA MASSA ATIVA: Vigas e pilares o ESTRUTURAS DE VETOR ATIVO: Treliças o ESTRUTURAS DE SUPERFÍCIE ATIVA: Lâminas ou cascas o PROPORÇÕES DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS: Paredes portantes, lajes de piso e de cobertura, abóbadas e cúpulas. o ESRUTURAS DE FORMA ATIVA: Arcos, cabos. (dependem da geometria da estrutura). o São composições tridimensionais que consistem em elementos verticais de apoio, sistemas horizontais para o vencimento de vãos e elementos de resistências a solicitações laterais. o PADRÃO DE APOIO ESTRUTURAL: Paredes de cisalhamento; paredes portantes; conjunto de pilares e pórticos; o PADRÃO DOS ELEMENTOS HORIZONTAIS: Sistemas unidirecionais; Sistemas bidirecionais; o PADRÃO DOS ELEMENTOS DE RESISTÊNCIA ÀS SOLICITAÇÕES LATERAIS: Pórticos contra ventados, Pórticos Indeformáveis, Paredes de cisalhamento, Diafragmas verticais (são estruturas que podem absorver esforços verticais, empuxos laterais e momento o o UNIDADES ESTRUTURAIS: São sistemas compostos por elementos estruturais capazes de formar ou definir os limites de um único volume espacial. o PILARES: Sustentam cargas concentradas; o PAREDES PORTANTES: Fornecem sustentação e dividem o espaço separados e distintos; › SISTEMAS UNIDIRECIONAIS: transferem e distribuem os esforços em uma ou duas direções, exigindo dois de planos ou pilares de sustentação paralelos entre si. › SISTEMAS BIDIRECIONAIS: transferem os esforços em duas direções, exigindo dois de planos ou pilares de sustentação perpendiculares entre si. Elementos horizontais e verticais – Todas as estruturas de piso e coberturas são formadas por elementos lineares e planos, como caibros, vigas e lajes projetados para sustentar e transferir as cargas transversais até os elementos de apoio vertical. › SISTEMAS UNIDIRECIONAIS – Transferem os esforços impostos para um par de planos de sustentação mais ou menos paralelos. › SISTEMAS BIDIRECIONAIS – Transferem os esforços impostos em duas direções, exigindo dois conjuntos de planos ou pilares de sustentação, mais ou menos perpendiculares entre si e em relação à direção de transferência dos esforços › Lado Maior deve ser MENOR que 2x o lado Menor - Os pilares e as paredes portantes (apoios verticais de uma edificação) marcam espaços e estabelecem um ritmo e uma escala mensurável que tornam as dimensões espaciais compreensíveis. Os espaços arquitetônicos, porém, também exigem elementos horizontais para estabelecer a estrutura do piso que sustenta nosso peso, nossas atividades e o mobiliário, bem como o plano de cobertura que protege o espaço e delimita as dimensões verticais. Componentes estruturais rígidos e relativamente esbeltos, projetados principalmente para suportar os esforços de compressão axiais que são aplicados às extremidades dos componentes. Os pilares esbeltos estão mais sujeitos a deformações por flambagem, enquanto os pilares curtos estão mais sujeitos a deformação por esmagamento. Cargas Atuantes As estruturas das edificações são projetadas para sustentar uma combinação de CARGAS MORTAS – Peso próprio; CARGAS ACIDENTAIS – cargas que agem sobre a estrutura; e CARGAS LATERAIS. As cargas podem ser aplicadas de maneira DISTRIBUÍDAS ou CONCENTRADAS. › CARGAS EXTERNAS: o pressão do vento; o reação de um pilar ou viga; o as rodas de um veículo; o o peso de mercadorias (depósitos); o maquinários (industrias Apoios Verticais Pilares Paredes DEFORMAÇÃO POR ESMAGAMENTO DEFORMAÇÃO POR Flambagem VIGAS › CARGAS PERMANENTES: o peso próprio; o dos revestimentos; o materiais que a estrutura suporta, etc › CARGAS ACIDENTAIS: o Ventos; o Empuxos de terra ou água; o Impactos laterais; o Frenagem ou aceleração de veículos; o Sobrecargas em edifícios; o Peso dos materiais (reservatórios, silos) o Terremotos; o Neve; › CARGAS CONCENTRADAS São aquelas que agem sobre um ponto específico de um elemento estrutural de sustentação: o Viga apoiada em um pilar; o Pilar apoiado numa viga; o Viga treliça apoiada numa parede portante. › CARGAS UNIFORMEMENTE DISTRIBÍDAS PESO PRÓPRIO : carga morta CARGA ACIDENTAL: cargas vivas o carga de neve; o carga de vento; o Carga dos equipamentos, etc. Esforços Internos › VÃO = Refere-se ao espaço horizontal entre dois apoios › MOMENTO FLETOR: É um momento EXTERNO que tende a causar a rotação ou flexão de parte de uma estrutura. › MOMENTO DE RESISTÊNCIA: É um momento INTERNO equivalente e oposto ao momento fletor, gerado por um par de esforços com a finalidade de manter o equilíbrio da seção considerada › EIXO NEUTRO: Linha imaginária que passa no centro geométrico da seção. Nessa linha não ocorrem solicitações de flexão › FLEXÃO: O esforço de flexão é uma combinação dos esforços de compressão e tração desenvolvidos na seção transversal de um elementoestrutural com finalidade de resistir aos esforços transversais Obs: a eficiência de uma viga aumentando-se a altura e concentrando-se o material resistente nas extremidades. › CISALHAMENTO: O esforço de cisalhamento (ou esforço cortante) vertical se desenvolve na seção transversal de uma viga com finalidade de resistir ao corte transversal FORÇA = uma MASSA submetida a uma ACELERAÇÃO Ou seja F = m.a 2ª LEI DE NEWTON Para caracterizar uma força precisamos saber sua INTENSIDADE, DIREÇÃO e SENTIDO Conhecer as forças que atuam numa estrutura é de fundamental importância já que é justamente o caminho que as forças percorrem, de um determinado ponto até as Fundações Cargas permanentes em lajes: PESO PRÓPRIO + REVESTIMENTOS LAJES MACIÇAS – Depende da espessura da laje q = A x Ƴca x h onde: A = área da laje ( m²) Ƴca = peso específico do concreto = 2.500kgf/m³ h = altura laje (m) q = peso próprio da laje (kgf/m²) › REVESTIMENTO – depende da espessura do revestimento. No caso geral pode ser considerado de 100kgf/m² › CARGAS ACIDENTAIS – Definido pela Norma Brasileira – NBR 6120 – depende do uso da edificação – residencial, comercial, institucional e outros. NBR 6120 – estabelece cargas para cálculo de estrutura de edificações: Arquibancadas = 400kgf/m² Escritórios = 200kgf/m² Bancos = 200kgf/m² Lojas = 400kgf/m² Residências = 150kgf/m² Lajes de forro = 50kgf/m² Salas de aula = 300kgf/m² Ginásio de esportes = 500kgf/m² Hospitais = 200kgf/m² Teatros e cinemas = 400kgf/m² 1. Exemplo: Determinar as cargas que incidem na laje de concreto. Dados: USO = escritório – altura da laje = 0,12m REVESTIMENTO = 100kgf/m² Resposta_ Então temos: peso próprio = h laje x Ƴ concreto onde hlaje = 0,12m Ƴconcreto = 2.500kgf/m³ Logo: peso próprio = 0,12 x 2.500 = 300 kgf/m² Carga acidental para laje de escritório, segundo norma (NBR6120) = 200kgf/m² A carga total atuando na Laje = peso próprio + peso do revestimento + carga acidental Então, temos – 300kgf/m² + 100kgf/m² + 200kgf/m² RESPOSTA_ 600,00 kgf/m² Nas vigas também poderão atuar, CARGAS CONCENTRADAS, devido o apoio de outras vigas: › PESO PRÓPRIO - Cargas uniformemente distribuídas; › CARGAS DAS LAJES – Cargas uniformemente distribuídas; › CARGAS DE ALVENARIAS – Cargas uniformemente distribuídas; › CARGAS DE OUTRAS VIGAS – Cargas concentradas. Cálculo das cargas nas vigas provenientes do peso próprio da viga OBS: Calcula-se o peso do volume de 1 metro linear da viga. Assim: Vol. (m³) = 1m x b(m) x h(m) Como Ƴconcreto = 2.500kgf/m³, então, qpp (kg/m) = 1m x b(m) x h(m) x 2.500kgf/m qpp= Carga peso próprio (kg/m) b= Base da viga (m) h= Altura (m) qpp (kg/m) = (b x h)m² x 2.500kgf/m³ Cálculo das cargas nas vigas provenientes das LAJES (armadas em uma direção No caso de lajes armadas em uma só direção, a distribuição de cargas acontece apenas sobre as vigas do MAIOR VÃO. qviga (kgf/m) = qlaje (kgf/m²) x l (m)/2 qviga = Carga da Viga (Kgf/m) qlaje= Carga da Laje (kgf/m²) l= Lado menor (m÷2) Cálculo das cargas nas vigas provenientes das lajes em cruz (armadas em duas direções). No caso de lajes armadas em cruz a rutura se dará ao longo das diagonais. A contribuição das cargas no lado MAIOR será área do trapézio formado, multiplicada pela carga por metro quadrado sobre a laje (peso próprio + peso do revestimento + carga acidental). Nas vigas do lado MENOR, ocorre o mesmo, apenas toma- se como referência, a área do triângulo isóscele dois lados iguais) formados multiplicada pela mesma carga, nela atuante (peso próprio + peso do revestimento + carga acidental). LADO MENOR: qviga (kgf/m) = qlaje (kgf/m²) x l (m)/4 qviga= Carga da Viga (kg/m) qlaje= Carga da Laje (kg/m²) l= Lado menor(m÷4) LADO MAIOR: qviga (kgf/m) = qlaje (kgf/m²) x l (m)/4 x (2 – l(m)/L(m)) qviga= Carga da Viga (kg/m) qlaje= Carga da Laje (kg/m²) l= Lado menor(m÷4) L= Lado maior (m) 2. Exemplo: Determinar as cargas nas VIGAS V3 e V4 (vão menor) e V1 e V2 (vão maior) considerando uma laje de um piso residencial. Temos: peso próprio = hlaje x Ƴconcreto onde hlaje = 0,12m e Ƴconcreto = 2.500kgf/m³ Logo, peso próprio = 0,12m x 2.500kgf = 300 kgf/m² revestimento = 100kgf/m² (NBR 6120) Carga acidental = 150kgf/m² (piso residencial) - (NBR6120) RESPOSTA_ 550 kgf/m² Cargas nas VIGAS V3 e V4 (lado menor) qviga menor = qlaje (kgf/m²) x l (m)/4 qviga menor = 550(kgf/m²) x 5 (m)/4 = 687,5kgf/m Logo: Contribuição das lajes nas cargas das vigas nos lados menores = qviga menor = 687,5kgf/m LINHA DE RUTURA LADO MENOR – (i) TRAPÉZIO Lado maior (L) Lado menor (i) V2 V1 V3 V4 6m 5m Cargas nas VIGAS V1 e V2 (Lado maior) qviga maior = qlaje (kgf/m²) x l (m)/4 x (2 – l (m)/ L(m) qviga maior = 550(kgf/m²) x 1,25 (m) x 2 – 5m/6m qviga maior = 687,5(kgf/m²) x 1,17 = 804,4 kgf/m Logo: Contribuição das lajes nas cargas das vigas nos lados maiores = RESPOSTA_804,40kgf/m { } 1° calcular as cargas das lajes Cargas permanentes em lajes: PESO PRÓPRIO + REVESTIMENTOS q = A x Ƴca x h onde: A = área da laje ( m²) Ƴca = peso específico do concreto = 2.500kgf/m³ h = altura laje (m) q = peso próprio da laje (kgf/m²) › REVESTIMENTO – depende da espessura do revestimento. No caso geral pode ser considerado de 100kgf/m² › CARGAS ACIDENTAIS – Definido pela Norma Brasileira – NBR 6120 – depende do uso da edificação – residencial, comercial, institucional e outros. 2°Descobrir se a laje é Bidirecional ou unidirecional SISTEMAS BIDIRECIONAIS – › Lado Maior deve ser MENOR que 2x o lado Menor SISTEMAS UNIDIRECIONAL- › Lado Maior deve ser MAIOR que 2x o lado Menor 3°calcular as cargas das vigas › CARGAS CONCENTRADAS › PESO PRÓPRIO › CARGAS DAS LAJES › CARGAS DE ALVENARIAS › CARGAS DE OUTRAS VIGAS OBS: Calcula-se o peso do volume de 1 metro linear da viga. Assim: Vol. (m³) = 1m x b(m) x h(m) Como Ƴconcreto = 2.500kgf/m³, Então: qpp (kg/m) = 1m x b(m) x h(m) x 2.500kgf/m › qpp= Carga peso próprio (kg/m) › b= Base da viga (m) › h= Altura (m) qpp (kg/m) = (b x h)m² x 2.500kgf/m³ Cálculo das cargas nas vigas provenientes das LAJES (armadas em uma direção do MAIOR VÃO. qviga (kgf/m) = qlaje (kgf/m²) x l (m)/2 qviga = Carga da Viga (Kgf/m) qlaje= Carga da Laje (kgf/m²) l= Lado menor (m÷2) Cálculo das cargas nas vigas provenientes das lajes em cruz (armadas em duas direções). LADO MENOR: qviga (kgf/m) = qlaje (kgf/m²) x l (m)/4 qviga= Carga da Viga (kg/m) qlaje= Carga da Laje (kg/m²) l= Lado menor(m÷4) LADO MAIOR: qviga (kgf/m) = qlaje (kgf/m²) x l (m)/4 x (2 – l(m)/L(m)) qviga= Carga da Viga (kg/m) qlaje= Carga da Laje (kg/m²) l= Lado menor(m÷4) L= Lado maior (m) 4° calcular as cargas das alvenarias CARGAS NAS VIGAS DEVIDO ÀS ALVENARIAS: Incidência do peso da alvenaria sobre as vigas PPalv.= (Ealv) x (Halv) x 1.120kgf/m³ = kgf/m onde: Ealv = espessura (m) Halv = Pé Direito (m) ƳAlvenaria = Peso específico do Bloco Cerâmico(kgf/m³)
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