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Doutrina da Inteligência - Aula 9 - Contrainteligência

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Doutrina da Inteligência I
Aula 9: Contrainteligência 
Contrainteligência, o que é?
É o ramo destinado à produção de conhecimentos para proteger a atividade de inteligência e a instituição a que pertence, de modo a manter seguros os dados e conhecimentos sigilosos, oriundos da estrutura e identificar e neutralizar ações adversas realizadas por outros organismos ou por pessoas.
Neste aspecto é que se torna relevante a segurança da informação, que é o conjunto de ações que viabilizam assegurar a confidencialidade, a integridade, a disponibilidade das informações e comunicações.
Segundo a ABIN, a contrainteligência tem como atribuições a produção de conhecimentos e a realização de ações voltadas para a proteção de dados, conhecimentos, infraestruturas críticas — comunicações, transportes, tecnologias de informação — e outros ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade.
O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a espionagem, a sabotagem, o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos estrangeiros.
Veja o que diz o Manual de Doutrina de Operações Conjuntas da Escola Superior de Guerra, sobre as finalidades da contrainteligência:
São finalidades da CI:
1. Impedir que a inteligência de uma força inimiga, real ou potencial, adquira conhecimentos sobre nossa ordem de batalha, situação em material, pessoal, planos, vulnerabilidades e possibilidades;
2. Impedir, reduzir os efeitos ou neutralizar as atividades de espionagem, sabotagem, desinformação, propaganda e terrorismo contra as nossas forças;
3. Proporcionar liberdade de ação para o comando;
4. Contribuir para a obtenção da surpresa;
5. Impedir ou limitar as ações que possibilitem a obtenção da surpresa pela força inimiga;
6. Induzir o centro de decisão adversário à tomada de decisões equivocadas;
7. degradar a capacidade da atividade de inteligência da força inimiga. 
Responsabilidades da Contrainteligência 
•. Regular acesso aos dados e conhecimentos;
• prevenir e evitar comprometimentos e vazamentos;
O comprometimento é a perda da segurança por uso inadequado ou acesso por pessoa não credenciada. A repercussão do comprometimento se dá internamente.
O vazamento é a divulgação não autorizada da informação. Tem repercussão externa.
•. Garantir a segurança das instalações e agentes.
Segmentos de Contrainteligência:
• Segurança orgânica;
• Segurança de assuntos internos;
• Segurança ativa.
A segurança orgânica relaciona-se à salvaguarda física de materiais, pessoas e processo. Este segmento da contrainteligência será responsável pela segurança do pessoal e de documentos, por exemplo.
Abrangência da Segurança Orgânica:
• Segurança de Pessoal;
• Segurança de Documentação;
• Segurança das Instalações;
• Segurança do Material;
• Segurança das Comunicações;
• Segurança das Operações;
• Segurança de Informática.
Segurança pessoal:
 É o conjunto de normas, medidas e procedimentos voltados para os recursos humanos, no sentido de assegurar comportamentos adequados à salvaguarda de dados e conhecimentos sigilosos.
Uma das principais normas de Segurança de Pessoal é o Processo de Recrutamento Administrativo, que visa selecionar, acompanhar e desligar os recursos humanos orgânicos de uma agência de inteligência.
Segurança da Documentação: É o conjunto de normas, medidas e procedimentos voltados à proteção dos documentos de inteligência, no sentido de evitar o comprometimento e/ou o vazamento.
Segurança das Instalações: Obtida pela adoção de medidas de proteção geral, fiscalização e controle do acesso.
Segurança do Material: É o conjunto de normas, medidas e procedimentos voltados para a guarda e a preservação do material.
Segurança das Operações de Inteligência: É o conjunto de normas, medidas e procedimentos adotados para proteger as ações operacionais realizadas pela agência de inteligência. Essa proteção inclui, notadamente, os agentes, a instituição, a identidade do alvo e os objetivos da operação. 
Segurança das Comunicações e Telemática: É o conjunto de normas, medidas e procedimentos voltados para os meios de comunicações, no sentido de salvaguardar dados e/ou conhecimentos.
Segurança da Informática: É o conjunto de normas, medidas e procedimentos destinados a preservar os sistemas de Tecnologia de Informação, de modo a garantir a continuidade do seu funcionamento, a integridade dos conhecimentos e o controle do acesso.
Segurança de Assuntos Internos (SAI): 
É o conjunto de medidas destinadas à produção de conhecimentos que visam assessorar as ações de correição das instituições de Segurança Pública.
Segundo Paulo Cesar Coelho, na obra, Contrainteligência em Segurança Pública, o envolvimento das unidades de inteligência das forças de segurança pública, nas atividades de assuntos internos, é uma prática de longa data, de tal forma que algumas atividades de correições e corregedoria se confundem com contrainteligência, mas esse envolvimento, no seu sentir, serviu à manutenção de uma compreensão equivocada sobre a natureza da atividade de contrainteligência.
Segurança Ativa
A Segurança Ativa caracteriza-se pela adoção de medidas ofensivas, que deverão ser desencadeadas contra as ações adversas, por meio da contrapropaganda, da contraespionagem, da contrassabotagem e do contraterrorismo.
A segurança ativa está intimamente ligada à segurança orgânica, complementando-a e sendo por ela auxiliada. Enquanto a segurança orgânica, em última análise, procura criar obstáculos entre os elementos ou grupos adversos, a segurança ativa atua ofensivamente sobre tais ameaças.
A segurança ativa é, normalmente, uma atribuição da área federal. Entretanto, a área estadual poderá atuar nesse segmento, desde que em coordenação com a área federal.
Deve-se destacar que os conceitos dos crimes inseridos, nesse segmento, ainda não estão perfeitamente definidos.
Atenção: Terrorismo é a ameaça ou o emprego premeditado da violência física e/ou psicológica, de forma pontual ou coletiva, perpetrada contra indivíduos, grupo de pessoas e/ou organizações, praticada por indivíduos, grupos ou organizações adversas, visando intimidar, coagir ou subjugar pessoas, autoridades ou parte da população, por razões políticas, ideológicas, econômico-financeiras, ambientais, religiosas ou psicossociais.

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