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Criminologia Crítica

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Criminologia Critica
Estuda o crime, de forma que olhe ele, não só pelo sujeito como se descreve na criminologia, mas considerando o ambiente em que o sujeito está inserido. A criminologia crítica, surge como uma ciência responsável por analisar os aspectos negativos do sistema penal. Dessa forma, ela desmascara a neutralidade da justiça (sistema), mostrando que há conflitos de interesses entre quem representa o povo e quem é representado. Assim, a Criminologia Crítica veio para criticar a função legitimadora e conservadora que a criminologia entregava ao Estado, por não contestar ou sequer questionar os processos de criação de leis penais ou os processos de discriminação e seleção, ao reservar o endurecimento da lei às classes oprimidas. A teoria crítica apresenta-se como uma criminologia inspirada no marxismo. Essa teoria defende que o capitalismo é a base da criminalidade, porque o sistema capitalista promove o egoísmo e, consequentemente, leva as pessoas a delinquir. Os criminólogos da criminologia critica, utilizam a história e seus fatos para observar o processo de um ponto de vista macrossociológico e microssociológico do crime, como: polícia e justiça penal. 
O foco mais apontado, é o encarceramento, de um perfil especifico. Dessa forma, a criminologia crítica entende que não há neutralidade no mundo real, por ser possível observar todo o processo de estigmatização da população marginalizada, com a classe trabalhadora sendo o principal alvo do sistema punitivo, onde se cria um temor da criminalização e do sistema prisional a fim de manter a ordem social e a estabilidade da produção. Onde, o sistema é intrinsecamente criminoso, tendo em vista os crimes de racismo, a corrupção, o belicismo, e os chamados crimes do colarinho branco. E por isso, as classes desprotegidas se tronam as mais penalizadas, por causa do interesse que se tem dentro das politicas criminais e do direito penal. 
Principais características de acordo com Penteado Filho:
· Concepção conflitual da sociedade e do direito (o direito penal se ocupa de proteger os interesses do grupo social dominante)
· Reclama compreensão e até apreço pelo criminoso;
· Critica severamente a criminologia tradicional;
· O capitalismo é a base da criminalidade;
· Propõe reformas estruturais na sociedade para redução das desigualdades e consequentemente da criminalidade.
Labeling Approach 
Também conhecido como teoria do etiquetamento social. O Labeling approach demonstra que as condutas tomadas pela lei, não são lógicas. Como por exemplo um furto cometido por um rico e um pelo pobre. Esse fato traduz que o criminoso é selecionado pelas características do meio o qual está inserido, e não pela conduta criminosa, portanto, o sistema punitivo não combate à criminalidade, mas atribui rótulos através de uma convenção discursiva. 
- Processo de Criminalização
Criminalização: criminalizar características físicas e sociais de certas pessoas.
Criminalidade: conjunto de atos criminosos
Criminalização Primária: diz respeito ao poder de criar a lei penal e introduzir no ordenamento jurídico a tipificação criminal de determinada conduta. Ou seja, que permite a punição de certas pessoas, por: classe social, características físicas, cor, ambiente em que vive.
Criminalização Secundária: ocorre por meio das instituições de controle social, como a Polícia, o Ministério Público, o Judiciário e as Mídias sociais. Onde a ação punitiva exercida sobre pessoas concretas, acontece quando essas instituições detectam uma pessoa e supõem que tenha praticado certo ato criminalizado primariamente. 
Criminalização terciária: é a condenação por meio de uma pena, de liberdade no sistema prisional. O indivíduo, já individualizado e considerado como uma pessoa concreta, conforme a criminalização secundária, passa a ser considerado, também individualmente, no plano da execução da pena. Ou seja, corre em relação ao indivíduo já condenado e que se encontra cumprindo uma pena.
Então pela teoria do labelling approach o criminoso nada mais é do que o indesejado selecionado e etiquetado pelos dominantes do sistema, esses dominantes além de serem responsáveis pelo controle político e legislativo, também acabam sendo responsáveis pelos meios de investigação, comunicação e etc., assim controlando a opinião da maioria. Que contribuem para o processo de criminalização e tudo isso torna o direito penal uma ferramenta de controle social. Por tais fenômenos, o conceito de criminoso pode variar de acordo com o sistema de produção na qual está atrelado o sistema punitivo.
Teorias do Conflito 
Por sua vez, afirma que o entendimento social decorre da imposição de alguns valores e sujeição de outros. São teorias de cunho revolucionário, que partem da ideia de que os membros do grupo não compartilham dos mesmos interesses da sociedade, e com isso o conflito seria natural, às vezes até mesmo desejado, para que, quando controlado, leve a sociedade ao progresso. 
Invisibilidade Perversa: Apaga a história do sujeito e torna ele apenas como o rótulo que o foi dado. 
Crime do colarinho branco: delito praticado por uma pessoa respeitada e com alto status social em sua ocupação. Tem relação com o dinheiro, a educação, o status, mas cada um deles em grau relativo, pois o fator essencial é o poder.
Controle Social
Na criminologia critica, existem dois tipos de controle social, o formal e o informal, que se trata dos órgãos de estado: Policia Judiciaria (investigação), Ministério Público (acusação), Administração Penitenciaria (julgamento), etc. Eles entram quando o controle social formal – aquele exercido pela sociedade, como: família, escolas e igrejas -, não é capaz de evitar o crime.
Politica Criminal Alternativa
Pode-se entender que a politica criminal alternativa é uma luta pela igualdade, de uma liberdade, na qual os homens não são disciplinados como portadores de rótulos, mas respeitados com suas capacidades e necessidades 
Vertente Abolicionista: Abolicionismo Radical Penal
Surgindo a partir da sociologia criminal ou da critica sociológica ao sistema penal, ela tem como objetivo abolir todo o mecanismo da justiça penal. Os abolicionistas entendem que por existir desigualdade penal, o sistema penal seria um mal incapaz de resolver as desigualdades de classe. Tentando tirar do Estado o poder pelo criminoso, e o deixando para a sociedade. As vertentes do abolicionismo são: a marxista de Thomas Mathiesen, a fenomenológica de Louk Hulsman, e a fenomenológico-historicista de Nils Christie. Pode-se dizer então, que as alegações das vertentes abolicionistas vão legitimar as teorias de caráter restaurativo, pois, trazem de forma clara, novas propostas relacionadas ao crime e a sua possível abolição. Cairiam então, as punições violentas, tão criticadas pelos criminólogos, além de que, seria incentivada, a participação de todos os sujeitos na resolução de conflitos.
Intervenção Penal Mínima: O Direito Penal Mínimo
O princípio da intervenção mínima consiste em que o Estado de direito utilize a lei penal como um instrumento alternativo, e ser aplicado somente quando por outros meios não for resolvido. Quando colocado um infrator com delitos pequenos, dentro de um presídio, sabe-se que pode brotar tendencias criminosas nesse individuo, por conta do nosso sistema penal que não tem capacidade de ressocialização. É por isso, que a partir dessa política, se quer evitar que pequenos infratores sejam estigmatizados e rotulados. 
O Direito Penal Mínimo, pode ser entendido como protetor dos direitos humanos, atuando de forma realista no atual sistema penal, como: trabalhando na descriminalização e na despenalização das condutas socialmente selecionadas. Os Direitos Humanos fundamentais são normas constitucionais e não podem ser negados, porém, são incompatíveis com nosso sistema penal deslegitimado, que os viola descaradamente, através da seletividade. Com a aplicação do direito penal mínimo, seria possível resgatar as garantias fundamentais dos Direitos Humano.
Para entender, basta pensar em oportunidades, se a gentenão oferece ao individuo dignidade humana e cidadania, se deleta da sua memória, o deixando propenso a cometer outros delitos. 
Enfim, a criminologia critica, contribui para sinalizaras fraquezas dos nossos sistemas penais, apresentando que se precisa de uma mudança urgente. 
Referências Bibliográficas:
https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/54016/a-criminologia-crtica
https://fabiofettuccia.jusbrasil.com.br/artigos/175496748/o-criminoso-segundo-a-teoria-do-labelling-approach
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/direito-penal-minimo/

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