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TCC ARTIGO-TATI-INCLUSÃO

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4
[footnoteRef:9744][endnoteRef:9744]INCLUSÃO: UM DESAFIO PARA OS EDUCADORES [9744: Licenciatura em Pedagogia Uniasselvi. tatianaandreak@hotmail.com
2 Pedgogia -licenciatura plena com habilidades para o magistério dos anos iniciais do Ensino Fundamental, Educação infantil e Educação Especial. Especialista em práticas Pedagógicas multidisciplinares e Gestão escolar. Especialista em Educação Especial e Psicopedagogia sob o olhar da Metadisciplinaridade. São José dos Pinhais. Moninha.strey@gmail.com 
] [9744: ] 
Tatiana Andréa Knipers
Simone Strey Tambani
RESUMO
Analisando o processo inclusivo no âmbito escolar, percebe-se que a distância entre a realidade atual e os verdadeiros objetivos das práticas inclusivas é grande. Esta distância, na maioria dos casos, está relacionada a falta de preparação dos educadores e gestores educacionais em como lidar com esta inovação que faz parte do contexto social. O texto que segue, desenvolvido a partir da pesquisa bibliográfica, tem por objetivo analisar a influência do educador para o sucesso das práticas inclusivas.
 Palavras-chave: Inclusão Escolar; Formação Docente; Práticas Pedagógicas.
1 INTRODUÇÃO
Tudo o que é novo causa ao ser humano um processo de estranheza e mesmo de desconfiança. Sempre que falamos em modificar o processo de ensino/aprendizagem, professores e pais, levantam questionamentos e tendem a defender o modelo atual. Este é um processo natural da mente humana, uns por acomodação, outros por medo, a verdade é que muitos educadores seguem em seus modelos tradicionais de ensino. 
Com o processo de Inclusão Escolar não é diferente, contudo, este primeiro momento de aceitação já deveria ter sido superado. Mas o que presenciamos diariamente em nossas escolas e na própria sociedade é uma dificuldade em incluir de forma significativa pessoas com necessidades especiais. 
O principal desafio do âmbito escolar hoje é preparar o professor para lidar com as mais variadas limitações apresentadas, pelos educandos durante a prática pedagógica. Não podemos focar nossos estudos apenas nas síndromes ou deficiências físicas e mentais. Afinal existem diversos alunos classificados como “normais” que apresentam sérias dificuldades para aquisição do conhecimento.
 Escola inclusiva é aquela que independente da heterogeneidade de sua clientela, desenvolvem aprendizagens significativas que permitirão ao educando sua inserção social e sua capacidade de assimilar informações e conceitos. 
2 O HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A história da inclusão escolar perpassa por diversos períodos e marcos sociais que nada tinham de inclusivos, mas é importante conhecê-los para definirmos a inclusão social da forma que a conhecemos. Com o objetivo de compreendermos a inclusão escolar como a conhecemos, dividiu-se a história do processo inclusivo em quatro marcos históricos para a prática da inclusão: Exclusão, Segregação, Integração e Inclusão.
2 .1 A EXCLUSÃO SOCIAL
Ao longo da história humana, as pessoas com necessidades especiais, foram classificadas de várias formas, negando a própria racionalidade humana. Cada período foi influenciado pelos valores culturais, sociais, religiosos e éticos do momento histórico em que estava inserido. 
Segundo Nascimento (2007, p4)
Já na Idade Antiga, estes seres humanos que apresentam um comportamento diferente foram associados à imagem do diabo, da feitiçaria, da bruxaria e do pecado, sendo isolados e exterminados. Neste momento, as pessoas com deficiência tinham comportamento consequente de forças sobrenaturais. 
Tanto na Idade Antiga, como nos momentos históricos anteriores a ela, as pessoas deficientes eram simplesmente abandonadas ou exterminadas de maneira brutal. Na Grécia, por exemplo, as crianças deficientes eram deixadas nas montanhas até que morressem por falta de recursos mínimos, em Roma eram atiradas ao Rio Tibre e posteriormente queimadas na fogueira da inquisição como se fossem criaturas demoníacas. 
2 .2 A PRÁTICA DO ASSISTENCIALISMO
Com o avanço social e, sobretudo da medicina, a ideia de que pessoas com necessidades especiais seriam obra do diabo foi superada. Neste momento, as necessidades especiais passam a ser vistas como doenças e como tal tratada clinicamente. 
Conforme descreve Nascimento (2007 p4) no final do século XIX: 
Médicos e outros profissionais das ciências dedicavam-se ao estudo da deficiência. A medicina, então, passa a conquistar espaço no estudo das deficiências. A mudança resumiu-se à descoberta de patologias, e assim as pessoas com deficiências continuavam segregadas em instituições como asilos e hospitais, porém, agora como o objetivo de tratamento médico. 
Nesta época a sociedade vencia a retirada das pessoas com necessidades especiais de suas casas, não mais para o abandono ou extermínio, mas para uma tentativa de reajuste social: o indivíduo com necessidades especiais vivencia então uma história de segregação como incapaz e o condena ao assistencialismo distante da escola e da convivência social.
2.3 INTEGRAÇÃO SOCIAL/ESCOLAR
Parafraseando Sossahhi (apud. NASCIMENTO, 2007 p 5): “Ao final da década de 60, iniciou-se o movimento pela integração social, que planejava inserir as pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer”
Contudo, os indivíduos com deficiência foram inseridos na sociedade, mas existia uma grande distância entre eles e os indivíduos tidos como “normais” pela sociedade da época. No campo educacional passaram a construir escolas especiais que pouco se diferenciavam das clínicas e hospitais assistencialistas. 
Os poucos alunos com deficiências que eram matriculados na rede regular de ensino, frequentavam aulas diferenciadas, as chamadas classes de reforço. Ou seja, a sociedade, camuflava uma falsa inclusão, matriculando nas escolas normais, mas privando o aluno com deficiência dos conteúdos curriculares e da convivência social.
2. A INCLUSÃO ESCOLAR
Após tantos séculos de segregação e visão médica em relação aos indivíduos considerados diferentes dos demais, a sociedade passa a desenvolver uma prática inclusiva que defende o direito de conviver numa sociedade “para todos”.
A partir da década de 90, na Conferência de Jomtiem, em 1990, e na Conferência Mundial da Educação Especial, ocorrida em 1994, na cidade de Salamanca, na Espanha, que resultou na “Declaração de Salamanca”, surgiu então a Inclusão escolar, que veio para romper o paradigma educacional existente, a estrutura curricular fechada e a homogeneidade na escola. Depois de tantos anos de isolamento e segregação as pessoas com deficiência estão sendo reconhecidas como cidadãos e aceitos na rede regular. (NASCIMENTO, 2007, p. 6). 
Contudo, mesmo garantido pela lei a Inclusão percorreu um logo caminho de altos e baixos. Percebe-se que a sociedade pouco a pouco está se adaptando para receber todos de forma igualitária. É incabível que em pleno século XXI ainda persistam atitudes de segregação e preconceito. Para que estas atitudes sejam totalmente abolidas da sociedade atual, faz-se necessário rever e modificar as práticas escolares. É na escola que devem acontecer às mudanças para concretizar uma sociedade inclusiva.
3 MUDAR PARA INCLUIR
A inclusão social tornou-se assunto prioritário no âmbito das estruturas políticas, sociais e pedagógicas. Uma escola que se preze, precisa conter em seu Projeto Político Pedagógico, o processo inclusivo como destaque.
“Entretanto, mesmo com a Inclusão vista como prioridade social, o que percebemos são: preconceitos, antigos valores, velhas verdades, atitudes e paradigmas conservadores da educação que resultam o verdadeiro sentido desta inovação”. (STAINBACK e STAINBACK, 1999 p.1).
Estes preconceitos e atitudes são consequências de uma sociedade mal preparada para o processo inclusivo. Muitas pessoas resistem, exigem habilidades e competências para fazê-las. Para que isso aconteça, os educadores como agentes responsáveis pela formação dos indivíduos devem ser os primeiros a aderirem o desenvolvimentosocial.
Como salienta Stainback e Stainback (1999, p. 25) “As feições da escola, em tempos de grandes transformações sociais, estão mudando, e os projetos precisam adquirir habilidades para trabalhar com alunos acadêmica e socialmente diferentes”.
Uma forma de desenvolver a inclusão efetiva é desenvolvendo a autonomia do educando, pois se percebe que tanto a autonomia quanto a criatividade estão ligados diretamente aos valores e habilidades indispensáveis para inserção social e profissional do educando. Conforme Stainback e Stainback (1999, p.29).
 Se realmente desejamos uma sociedade justa e igualitária, em que todas as pessoas tenham valores e direitos iguais, precisamos reavaliar a maneira como operamos em nossas escolas, para proporcionar aos alunos diferentes oportunidades e habilidades para participarem da nova sociedade que está surgindo. 
4 A INCLUSÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO DOS EDUCADORES
Uma das questões essenciais, e talvez a mais essencial, para a concretização da inclusão escolar é a preparação dos professores para lidar com as diferenças em sala de aula. “A pergunta sobre como ensinar é respondida à medida que o professor interage com cada aluno de maneira educacional típica. [...] Não importa o quanto os alunos se pareçam, há sempre, alunos que aprendem de maneira diferente”. (STAINBACK e STAINBACK, 1999, p.148).
Para que o professor possa desenvolver aprendizagens significantes em turmas heterogêneas, afinal é fácil ensinar em uma classe onde todos estão preparados e aptos a aprender, é indispensável que sua formação o prepare para isso. Conforme enfatiza Nóvoa (1995, p.29): ”A formação dos professores deve ser concebida como um dos componentes da mudança. [...] A formação não se faz antes da mudança, faz-se durante, produz-se nesse esforço de inovação e de procura dos melhores percursos para a transformação da escola”. Ou seja, a preparação do professor deve ser continua e significativa. 
É preciso diversificar as técnicas pedagógicas, trabalhando modelos de formação e envolvendo os professores com o saber cientifico. Dentro desta perspectiva, a formação docente, parte da experimentação, passa pela inovação e desenvolve novas formas para desenvolver as práticas pedagógicas.
 O professor que é formado e preparado para pesquisar revolve seus impasses pela pesquisa, pela tentativa e passa a desenvolver técnicas de ensino diversificadas, atingindo aprendizagens significativas nas classes inclusivas.
Além disso: “O desafio não passa unicamente pela afirmação do profissionalismo, mas também por uma reflexão sobre as condições e sobre o modo como o conhecimento é produzido nas escolas”. (NÓVOA, 1995. p.46). Somente desenvolvendo um processo crítico-reflexivo e promovendo a autonomia dos professores, é que a formação docente, obterá bons resultados.
O professor deve estar consciente da necessidade de classificar conceitos redimensionando-os para a realidade de seus educandos e visando a qualificação dos saberes desenvolvida nas instituições de ensino.
4 .1 DESENVOLVENDO CONDIÇÕES PARA APRENDER
Objetivando despertar conhecimentos e habilidades em seus alunos, o professor precisa criar condições que possam desencadear o processo de aprendizagem com sua turma. Essas condições são desenvolvidas através da interação entre alunos e professores, alunos e alunos e ainda através da construção de novos conhecimentos atuais. 
Como enfatizam Stainback e Stainback (1999, p.342): “O professor que não tem conhecimentos e interesse dos alunos, tem dificuldades para planejar suas aulas”.
Segundo Jones e Jones (apud. STAINBACK e STAINBACK, 1999 p.337) o professor precisa desenvolver algumas habilidades para atingir bons resultados nas salas inclusivas, são elas: 
• Conhecer a pesquisa e teorias sobre o manejo de sala de aula.
• Conhecer as necessidades dos alunos.
• Saber como estabelecer relacionamentos positivos que ajudem a satisfazer as necessidades
básicas dos alunos.
• Saber como usar os métodos de ensino que maximizam o comportamento dos alunos nas
tarefas.
• Saber como usar uma grande variedade de métodos que envolvem os alunos no exame,
e correção dos seus comportamentos inadequados.
Os autores completam afirmando que: “Deve ficar bem claro que bons mediadores de classe são frutos de aprendizagem, eles não nascem prontos”.
4.2 ACABAR COM O INDIVIDUALISMO NO UNIVERSO ESCOLAR
Por muito tempo a escola fora considerada a instituição com responsabilidade única de repassar conhecimentos históricos produzidos. Nesta perspectiva a escola era detentora destes conhecimentos, o professor aquele que sabia e o aluno uma “tabula rasa”, que apenas memorizava o que o professor lhe ensinava. A escola desta época não visava formação de indivíduos críticos e conscientes, mas passivos e conformados com o modelo social vigente.
Hoje, após grande desenvolvimento social e tecnológico, a sociedade precisa de cidadãos críticos e aptos para manusear esta tecnologia para gerar mais desenvolvimento. A escola passa por uma nova concepção, visto que o conhecimento está em toda parte e que nossos alunos estão em contato com ele antes mesmos de frequentar uma educação infantil.
Aquele modelo de ensino jurado e autoritário ficou para trás. E seria incabível afirmar que a escola sozinha pode dar conta da educação e da conscientização dos alunos, com o processo de inclusão não é diferente. Segundo Stainback e Stainback (1999, p.161): “Para desenvolver de maneira efetiva e eficiente os planos de ensino diários, os professores precisam trabalhar com uma equipe composta por outros professores, pais e alunos que detém as informações essenciais para o processo de planejamento e execução do que foi proposto”.
Através destas parcerias e do comprometimento de todos, um ajudando o outro a escola será capaz de construir:
[...] uma sociedade compromissada com as minorias, que valorize a diversidade humana, que respeite a dignidade de cada individuo, a igualdade de direitos, as oportunidades e o exercício efetivo da cidadania evitando que a escola, como segmento social, pratique os mesmos mecanismos de exclusão que a sociedade tem praticado. Mas, na condição de espaço público, aprimore sua missão social, política e pedagógica, desenvolvendo em todos os que dela participam, comportamentos e atitudes de solidariedade baseada no respeito e na valorização da diversidade humana e das diferenças individuais de todos as alunos. (RAMOS, 2008, p.14).
Para que isto se concretize o professor não deve exitar em pedir auxílio para outros professores, orientadores ou mesmo para médicos e demais especialistas. O que ele não pode é fechar-se, tornando-se individualista e frustrado em sua prática pedagógica.
 4.3 APROXIMANDO ESCOLA, FAMÍLIA E SOCIEDADE
Pensar o sucesso da Escola, sem pensar o desenvolvimento de socializações entre famílias, a sociedade e a aprendizagem do educando, remete-nos uma imagem de escola individual e fechada para o mundo.
Almejando o desenvolvimento integral de seus educandos, sobretudo no que diz respeito à inclusão, a escola precisa desenvolver aprendizagens que valorizem os fatores culturais da sociedade na qual se encontra inseridos. Uma das maneiras de valorizar esta união é desenvolvendo eventos que tragam a família e demais membros sociais para a escola, alem disso, os conteúdos curriculares devem valorizar a pluralidade da cultura local.
Conforme Salienta Nóvoa (1995, p.129): “A existência de boas relações entre a escola e a comunidade, bem como o desenvolvimento das capacidades dos professores para trabalharem eficazmente com os pais, são aspectos de grande importância, independente do contexto”. Estabelecendo contatos com os pais e demais familiares do educando, o professor terá maior conhecimento sobre o contexto sócio/cultural em que seu aluno está inserido. Estará mais ciente também das possíveis limitações que o aluno a ser inserido possa apresentar.
5 DESENVOLVENDO APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
 Para alcançar aprendizagens significativas e o desenvolvimento integral, o professor precisaselecionar atividades e conteúdos coerentes com as características sociais e cognitivas do aluno. Antunes (2008, p.32) define: “Para que exista aprendizagem é preciso que seja integrado um verdadeiro projeto portador de inúmeros significados para o aprendiz”. Um fator importante a ser considerado durante o planejamento do professor é o conhecimento próprio dos educandos. Este deve ser o ponto de partida para toda ação pedagógica.
5.1 RESPEITANDO A SINGULARIDADE DO EDUCANDO 
Nossas escolas não têm mais aquela antiga homogeneidade humana e social. As instituições escolares atuais refletem as evoluções tecnológicas e a globalização vivenciada atualmente. Encontramos, nas salas de aula, alunos das mais variadas raças e culturas, com necessidades especiais ou não e essa pluralidade exige uma escola que respeite e utilize este fator para enriquecer sua prática pedagógica.
Nossa escola é frequentada por alunos singulares cognitiva e fisicamente. Ser diferente é normal, o que não é aceitável é a falta de atividades específicas para alunos com limitações no processo de ensino aprendizagem. Para Antunes (2008, p.9) “É muito perverso acabar excluindo alguém que na verdade se quer excluir, por não conhecer meios e processos para bem fazê-lo”.
Reconhecida à singularidade de seus alunos, o professor deve desenvolver atividades que visem à socialização da turma e o interesse dos educandos pelas atividades propostas. Parafraseando Stainback e Stainback (1999, p.361):
Para planejar um currículo que dê mais apoio ao aluno e facilite o entendimento de que a cooperação na sala de aula pode ser divertida, interessante ou de alguma forma compensadora, o professor deve fazer-se as seguintes perguntas: o aluno escolheria realizar estas tarefas? A habilidade adquirida será funcional, de maneira que tenha significado e beneficie o aluno?
 
Se a resposta para as perguntas acima citadas for positiva, com certeza o educando obterá bons resultados no seu planejamento, contudo, antes de chegar a estas metas o professor deve estar ciente das limitações de seus educandos. 
 6 COMO DESENVOLVER A INCLUSÃO DE FORMA SIGNIFICATIVA?
Com certeza não existe uma fórmula pronta para desenvolver a educação inclusiva em nossas escolas. Afinal a inclusão é um conceito amplo, que envolve as mais variadas situações.
 [...] a diversidade existente na comunidade escolar contempla uma ampla dimensão de características. Necessidades educativas especiais podem ser identificadas em diversas situações, tais como: condições físicas, intelectuais, sociais, econômicas, emocionais e sensoriais diferenciadas. Ora, a expressão “necessidades educativas especiais” pode ser utilizada para referir-se às crianças e jovens cujas necessidades decorram de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender. Está associada, portanto, à dificuldade de aprendizagem, e não necessariamente vinculada às deficiências. (RAMOS 2008, p.33).
Desta forma, cabe ao educando preparar-se para a Inclusão, afinal, incluir não é um ato praticado somente quando existem alunos com necessidades especiais. Precisamos incluir aquele aluno com baixa renda que muitas vezes não tem apoio social, aquele aluno que veio de fora e se sente perdido na escola nova, enfim, precisamos incluir e desenvolver aprendizagens significativas com todos os nossos educandos.
Para tanto, precisamos repensar nossa prática pedagógica, reestruturar o Projeto Político Pedagógico da escola, criar parcerias com pais e especialistas educacionais, criar redes de apoio, pesquisar e capacitar-se sempre, compreender os documentos que norteiam os políticos de inclusão e sobre tudo querer o sucesso da Inclusão Escola.
 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o desenvolvimento das tecnologias e da humanidade em geral, surgiram inúmeros avanços em diversos setores da sociedade. Entre estas mudanças destaca-se o processo inclusivo, que por muitos séculos esteve distante das empresas, escolas e até mesmo das famílias.
Até pouco tempo, qualquer indivíduo considerado diferente dos demais, vivia excluído, distante da convivência social. Muitas vezes eram considerados doentes ou até mesmo vergonha para as famílias e por isso não frequentava nem mesmo as escolas especiais. Hoje, a Inclusão Escolar é defendida por lei, mas, infelizmente ainda falta preparação para nossas escolas e profissionais da educação atender esta demanda.
Um dos obstáculos encontrados pelo educador é a variedade de deficiências apresentadas nas escolas; esta realidade causa certa insegurança sobre como trabalhar com cada uma delas. Outro fator é a estrutura dos cursos para capacitação dos profissionais da educação, estes, não fornecem o suporte necessário para desenvolver-se uma prática inclusiva de qualidade. 
Entretanto, de nada adianta cruzar os braços e estabelecer algum culpado pela incapacidade de desenvolver a inclusão integral dos educandos. Cabe ao educador, buscar habilidades e solicitar ajuda quando necessário, o processo inclusivo não tem “fórmulas prontas”, da mesma forma que cada professor singular em suas potencialidades, os alunos também são e merecem que esta singularidade seja respeitada.
Objetivando uma escola igualitária, cada professor deve fazer sua parte, tornando seu planejamento e sua classe inclusiva, distante de preconceitos e discriminações. Esta iniciativa promoverá o desenvolvimento das práticas inclusivas em todos os alunos envolvidos, que com certeza levarão esta lição para suas casas e principalmente para suas relações sociais.
10 REFERENCIAS 
ANTUNES, Celso. Inclusão ao nascer de uma nova pedagogia. Itu: Ed Nossaoraf, 2008.
BASSANELA, André. Métodos e técnicas de pesquisa educacional. Indaial: Ed Asselvi, 2008
BASSANELA, André. Manual do trabalho de graduação. Indaial: Ed Asselvi, 2008.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
 
CASSI Patrícia. Debate Acelerado. Nova Escola, São Paulo, V12, N2008, p 61-67, dez2007.
NÓVOA, Antônio. Os professores e sua formação. Lisboa: Ed. Dom Quixote, 1995.
STAINBACK, Susam; STAINBACK, Wilian. Inclusão um guia para educadores. Traduzido por Magida França Lopes. Porto Alegre: ED. Artes Médícas, Sul, 1999.

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