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Apostila Suasa-v2 (1)

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SUASA
ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA 
E COMPETÊNCIAS
SUASA
ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA 
E COMPETÊNCIAS
Editorial
©2021 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução 
desde que citada a fonte. 
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e 
imagens desta obra é do autor.
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E 
ABASTECIMENTO
Secretaria de Defesa Agropecuária
Esplanada dos Ministérios, Bloco D,
CEP: 70043-900, Brasília/DF
www.agricultura.gov.br
Coordenação Editorial:
Departamento de Suporte e Normas
Autora do conteúdo:
Ana Lúcia dos Santos Stepan
http://www.agricultura.gov.br
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
Sumário
Módulo I: Contextualização do Suasa ...................................................................................5
1. Apresentação ..........................................................................................................................5
2. A política agrícola brasileira ...............................................................................................7
3. A defesa Agropecuária .........................................................................................................9
4. O Suasa ................................................................................................................................... 13
Módulo II: As instâncias do Suasa ....................................................................................... 21
5. As instâncias do Suasa ....................................................................................................... 21
5.1 Instância central e superior ..................................................................................... 21
5.2 Instâncias intermediárias ......................................................................................... 22
5.3. Instâncias locais ......................................................................................................... 23
5.4. Participantes .............................................................................................................. 24
5.5. Estratégias de atuação ............................................................................................. 25
Módulo lll: Os sistemas do Suasa – Sisbi ........................................................................... 27
6. Os sistemas do SUASA (Sisbi) ........................................................................................... 27
6.1. Objetivos dos Sisbi .................................................................................................... 29
6.2. Competências no âmbito dos Sisbi ....................................................................... 31
6.3. Obrigações dos participantes das cadeias produtivas .................................... 38
6.4. Atividades dos Sisbi .................................................................................................. 40
6.5. Análise de risco e APPCC ........................................................................................ 43
6.6. Requisitos gerais para a adesão aos Sistemas do Suasa ................................. 48
6.7. Equivalência dos Serviços ....................................................................................... 54
6.8. Auditorias e avaliações técnicas nos Serviços dos Sisbi ................................. 59
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
6.9. Estabelecimentos de pequeno porte nos Sisbi .................................................. 62
6.10. Desabilitação dos Serviços nos Sisbi ................................................................. 65
Módulo IV: Atividades executadas por meio da adesão aos SISBI ............................. 67
7. Atividades executadas por meio da adesão aos SISBI .............................................. 67
7.1. Sisbi como instrumento de delegação ................................................................. 68
7.2. Áreas de atuação e atividades delegáveis .......................................................... 72
7.2.1. Sisbi-POV – inspeção de produtos de origem vegetal ................................ 73
7.2.2. Sisbi-POA – inspeção de produtos de origem animal .................................. 78
7.2.3. Sisbi-PEC – inspeção dos insumos pecuários ................................................. 83
7.2.4. Sisbi-AGRI – fiscalização dos insumos agrícolas ........................................... 87
7.3. Visão geral das atividades executadas ................................................................ 92
Referências Bibliográficas .................................................................................................... 95
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
5SUASA Organização, Estrutura e Competências
Módulo I: Contextualização do Suasa
1. Apresentação
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é o órgão da administração pública 
federal direta que tem competência para tratar dos temas relacionados à regulação do setor 
agropecuário brasileiro por meio da Defesa Agropecuária.
A Defesa Agropecuária, segundo a Lei nº 8.171/1991, é um dos principais pilares da Política Agrícola 
nacional, tendo como objetivos assegurar a sanidade das populações vegetais, a saúde dos rebanhos 
animais, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na agropecuária e a identidade e a 
segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos agropecuários finais destinados aos 
consumidores (BRASIL, 1991a). Para garantir o atingimento desses objetivos e organizar as ações de 
Defesa Agropecuária desenvolvidas pelo poder público, foi criado o Sistema Unificado de Atenção à 
Sanidade Agropecuária (Suasa).
O Suasa abrange desde o local da produção primária até a colocação do produto final no mercado 
interno ou a sua destinação para exportação. As regras e os processos nele estabelecidos contêm 
os princípios que devem ser observados pelos vários atores envolvidos nas cadeias produtivas e, 
principalmente, pelas autoridades competentes dos entes federativos. Como parte desse Sistema, 
foram criados os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários (Sisbi). 
Essas são as ferramentas legais disponibilizadas para que se proceda uma articulação federativa 
efetiva entre a União, os estados e os municípios, cabendo ao Mapa, por meio da Secretaria de Defesa 
Agropecuária (SDA), atuar como instância central e superior do Suasa e como órgão coordenador 
dos Sisbi.
Para Bergue (2019), as pessoas são um elemento de destaque nos processos da administração pú-
blica, pois, sem elas, os resultados não acontecem. Segundo o autor, o serviço público é intensivo em 
conhecimento, sendo este produzido e mobilizado pelas pessoas que, por meio de seus trabalhos, 
transformam seus conhecimentos em ação e em resultados para a sociedade. Neste contexto, con-
siderando a importância da Defesa Agropecuária brasileira, é fundamental que os agentes públicos 
e os operadores do agronegócio compreendam o que é e como funciona o Suasa, quais são as suas 
competências e como a implementação de suas ações impacta a vida de produtores rurais, empre-
sários e consumidores.
O presente curso pretende ampliar o conhecimento dos aspectos relativos ao funcionamento e 
à organização do Suasa aos servidores e aos empregados públicos da União, dos estados e dos 
municípios e seus consórcios públicos, bem como aos demais participantes das cadeias produtivas 
do setor agropecuário brasileiro. Dessa forma, esses atores poderão incrementar ainda mais seu 
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
6SUASA Organização, Estrutura e Competências
protagonismo de executores das ações da Defesa Agropecuária, as quais possuem uma dimensão 
estratégica para o desenvolvimento nacional e o bem-estar da sociedade brasileira.
Objetivo geral
Melhorar a efetividade dasações de Defesa Agropecuária, por meio da qualificação contínua de 
seus agentes, bem como desenvolver habilidades e competências relacionadas à organização e ao 
funcionamento do Suasa.
Objetivos específicos
• Entender como a Defesa Agropecuária se insere na Política Agrícola brasileira, quais seus 
objetivos e suas atividades;
• Esclarecer o que é e como funciona o Suasa, distinguindo seus dois eixos de organização: 
as instâncias e os Sisbi;
• Conhecer os objetivos dos Sisbi, as competências dos órgãos e as obrigações dos 
participantes das cadeias produtivas;
• Conhecer os requisitos gerais para a adesão aos Sisbi e o que é a equivalência dos 
Serviços;
• Entender em que momento são realizadas as auditorias e as avaliações técnicas dos 
Serviços no âmbito dos Sisbi;
• Compreender que a adesão ao Sisbi é um instrumento específico de delegação de 
competência da Defesa Agropecuária;
• Saber quais são as aéreas e as atividades que podem ser executadas em cada um dos 
Sisbi.
Estrutura do curso
O curso será dividido em quatro módulos. No Módulo I, serão estudados os aspectos relativos à 
Política Agrícola brasileira, à Defesa Agropecuária, que é um de seus instrumentos, e ao Suasa, que 
organiza suas ações. No Módulo II, serão detalhados os vários aspectos relacionados às instâncias do 
Suasa. O Módulo III analisará o outro componente do Suasa, ou seja, os Sisbi. O Módulo IV tratará 
da adesão aos Sisbis como um instrumento de delegação de competência e mostrará as atividades 
que podem ser desenvolvidas em cada um deles. Por fim, finaliza-se com um resumo dos principais 
temas tratados aqui.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
7SUASA Organização, Estrutura e Competências
2. A política agrícola brasileira
Expandindo o conhecimento!
Os sistemas das políticas públicas
Em decorrência da promulgação da Constituição de 1988, o Governo Federal 
adotou várias medidas, visando à implementação dos princípios de descentraliza-
ção, participação e universalização que regem as políticas públicas. Assim, regula-
dos pela esfera federal, foram criados dois grandes e complexos tipos de sistemas 
de políticas públicas (SOUZA, 2018).
O primeiro sistema foi denominado, pela autora (SOUZA, 2018), de constitu-
cionalizado, estabelecido por meio de emendas constitucionais, que vinculam 
o provimento de recursos da União, dos estados e dos municípios e estabelecem 
a obrigatoriedade da participação das três esferas nas políticas. O segundo foi 
denominado de normatizado, isso em razão de ser resultado das competên-
cias concorrentes definidas na Carta Magna (neste, cabe à União normatizar e 
regular).
Em geral, os dois sistemas são de livre adesão, sendo o acesso aos recursos finan-
ceiros condicionado a diversas contrapartidas. São exemplos de políticas cons-
titucionalizadas a educação básica e a saúde, ao passo que a assistência social, 
o meio ambiente e a habitação são do grupo de políticas normatizadas.
Sobre a Política Agrícola, a Constituição Federal de 1988 não a detalhou. O inciso VII do Art. 23 
estabelece ser competência comum da União, dos estados e dos municípios fomentar a produção 
agropecuária e organizar o abastecimento alimentar (BRASIL, 1988). Já o Art. 187 define que a Política 
Agrícola deverá ser planejada e executada na forma da lei, incluindo as atividades agroindustriais e 
agropecuárias, entre outras, devendo contar com a participação efetiva dos setores produtivo, de 
comercialização, de armazenamento e de transportes (Ibidem).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
8SUASA Organização, Estrutura e Competências
Como se percebe, a Constituição não estabeleceu, de forma detalhada, o com-
partilhamento de responsabilidades entre os entes federativos para a Política 
Agrícola. Essas obrigações foram remetidas às legislações ordinárias e suas regu-
lamentações. Percebe-se, assim, que a Política Agrícola pertence ao sistema 
normatizado, definido por Souza (2018). Nele, a União tem a competência 
normativa e regulatória, a adesão é livre e o acesso aos recursos financeiros é 
condicionado a diversos tipos de contrapartida.
 Dessa forma, foi publicada a Lei n° 8.171/1991, que instituiu a Política Agrícola brasileira. Nela, foram 
fixados os fundamentos, definidos os objetivos, as competências institucionais, a previsão dos recur-
sos e as ações e os instrumentos relativos às atividades agropecuárias e agroindustriais, entre outros.
A Lei nº 10.298, de 30 de outubro de 2001, adicionou à Lei Agrícola os seguintes objetivos: promover 
a saúde animal e a sanidade vegetal; promover a idoneidade dos insumos e dos serviços empregados 
na agricultura; assegurar a qualidade dos produtos de origem agropecuária, seus derivados e resíduos 
de valor econômico; promover a concorrência leal entre os agentes que atuam nos setores e a 
proteção destes em relação a práticas desleais e a riscos de doenças e pragas exóticas no país 
(BRASIL, 2001).
Art. 3° São objetivos da política agrícola:
(...)
XIII – promover a saúde animal e a sanidade vegetal;
XIV – promover a idoneidade dos insumos e serviços empregados na agricultura;
XV – assegurar a qualidade dos produtos de origem agropecuária, seus derivados e 
resíduos de valor econômico;
XVI – promover a concorrência leal entre os agentes que atuam nos setores e a proteção 
destes em relação a práticas desleais e a riscos de doenças e pragas exóticas no País;
(...) (BRASIL, 2001).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
9SUASA Organização, Estrutura e Competências
3. A defesa Agropecuária 
Expandindo o conhecimento!
Os tipos de políticas públicas
Lowi (1972 apud FREY, 2000) dividiu as políticas públicas em quatro tipos: consti-
tutivas, distributivas, redistributivas e regulatórias. As constitutivas definem as 
condições nas quais as demais políticas são estabelecidas, definindo regras, estru-
turas e processos. As distributivas, como o próprio nome diz, distribuem 
benefícios para a população; possuem um baixo grau de conflito, por atenderem 
muitas pessoas e pelo fato de não gerarem custos diretos perceptíveis para 
outros grupos. As redistributivas geram maiores conflitos em razão de reali-
zarem a transferência de rendas, direitos ou outros valores entre as diversas 
camadas sociais. As regulatórias normatizam, proíbem ou autorizam, por meio 
de leis, decretos, portarias e normativas. Segundo Secchi (2012, p. 17), as políticas 
regulatórias “estabelecem padrões de comportamento, serviços ou produtos 
para atores públicos e privados”.
Como exemplo dessas políticas, temos: a Reforma da Previdência Social, entre as 
constitutivas; a pavimentação de ruas e o atendimento à saúde, por meio do Siste-
ma Único de Saúde (SUS), entre as distributivas; o programa de regularização 
fundiária e o Bolsa Família, entre as redistributivas; por fim, entre as regulatórias 
está a Defesa Agropecuária.
Apesar de a Defesa Agropecuária ter sido selecionada como uma das ações da Política Agrícola 
brasileira, em razão de vedações impostas, esta só foi estabelecida legalmente em 1998. A Defesa 
Agropecuária é um dos instrumentos da Política Agrícola brasileira, definida no inciso V do Art. 4° da 
Lei n° 8.171/1991. Foi instituída pela Lei n° 9.712/1998, conhecida como Lei da Defesa Agropecuária, 
que acrescentou os Arts. 27-A, 28-A e 29-A ao capítulo VII da Lei Agrícola. O projeto que a originou 
explica o significado dessa denominação:
(...) a denominação Defesa Agropecuária consagra diversas responsabilidades fixadas em 
leis típicas de governo, no exercício do poder de polícia, para disciplinar, sob o ponto de 
vista higiênico, sanitário e tecnológico, várias atividades agrícolas (...) (BRASIL, 1997, p. 
25008).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
10SUASA Organização, Estrutura e Competências
Foram definidos quatro objetivos para a Defesa Agropecuária: a sanidade vegetal, 
a saúde animal, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizadosna agropecuá-
ria, e a identidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos 
agropecuários finais destinados aos consumidores.
Art. 4° As ações e instrumentos de política agrícola referem-se a:
(...)
V – defesa da agropecuária; (...) (BRASIL, 1991a).
 
Art. 27-A. São objetivos da defesa agropecuária assegurar:
I – a sanidade das populações vegetais;
II – a saúde dos rebanhos animais;
III – a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na agropecuária;
IV – a identidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos agropecuários 
finais destinados aos consumidores (BRASIL, 1998).
Para que os objetivos propostos sejam alcançados, o poder público deve desenvolver as atividades 
de: vigilância e defesa sanitária vegetal e animal; inspeção e classificação de produtos de origem animal 
e vegetal, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico; e fiscalização dos insumos e 
dos serviços usados nas atividades agropecuárias.
Estas atividades devem ser organizadas de forma a garantir o cumprimento dos 
compromissos internacionais firmados pela União, além das legislações vigentes 
que tratam da Defesa Agropecuária.
Art. 27-A. (...)
§ 1° Na busca do atingimento dos objetivos referidos no caput, o Poder Público desenvolverá, 
permanentemente, as seguintes atividades:
I – vigilância e defesa sanitária vegetal;
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
11SUASA Organização, Estrutura e Competências
II – vigilância e defesa sanitária animal;
III – inspeção e classificação de produtos de origem vegetal, seus derivados, subprodutos 
e resíduos de valor econômico;
IV – inspeção e classificação de produtos de origem animal, seus derivados, subprodutos e 
resíduos de valor econômico;
V – fiscalização dos insumos e dos serviços usados nas atividades agropecuárias.
§ 2° As atividades constantes do parágrafo anterior serão organizadas de forma a 
garantir o cumprimento das legislações vigentes que tratem da defesa agropecuária e dos 
compromissos internacionais firmados pela União (BRASIL, 1988).
Considerando que a Lei da Defesa Agropecuária estabelece que suas atividades devem ser organizadas 
de forma a garantir o cumprimento das legislações vigentes, para que seja possível um entendimento 
adequado de sua implementação, faz-se necessário visitar todos os dispositivos legais que regem suas 
ações. O quadro 1 apresenta os objetivos da Defesa Agropecuária brasileira e as ações que devem 
ser desenvolvidas para seu alcance.
Quadro 1 – Objetivos e ações da Defesa Agropecuária
Objetivos da Defesa Agropecuária Atividades desenvolvidas
Sanidade vegetal Vigilância e defesa sanitária vegetal
Saúde animal Vigilância e defesa sanitária animal
Idoneidade dos insumos e dos serviços 
utilizados na agropecuária
Fiscalização dos insumos e dos serviços
Identidade e segurança higiênico-sani-
tária e tecnológica dos produtos agrope-
cuários finais destinados aos consumi-
dores
Inspeção e classificação de produtos de 
origem animal e vegetal, seus derivados, 
subprodutos e resíduos de valor econô-
mico
Elaboração própria.
No âmbito federal, compete ao Mapa tratar dos assuntos relacionados à Defesa Agropecuária e à 
segurança dos alimentos, cabendo especificamente à SDA assegurar o alcance de seus objetivos.
Art. 1º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, órgão da administração 
federal direta, tem como área de competência os seguintes assuntos:
(...)
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
12SUASA Organização, Estrutura e Competências
VI – defesa agropecuária e segurança do alimento, abrangidos:
a) saúde animal e sanidade vegetal;
b) insumos agropecuários, inclusive a proteção de cultivares;
c) alimentos, produtos, derivados e subprodutos de origem animal e vegetal;
d) padronização e classificação de produtos e insumos agropecuários; e
e) controle de resíduos e contaminantes em alimentos;
(...)
Art. 21. À Secretaria de Defesa Agropecuária compete:
I – assegurar o alcance dos objetivos da defesa agropecuária previstos no art. 27-A da Lei 
nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991; (BRASIL, 2020a, Anexo I).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
13SUASA Organização, Estrutura e Competências
4. O Suasa
Com o objetivo de promover a saúde, o Art. 28-A da Lei n° 8.171/1991 propôs a organização das 
ações de Defesa Agropecuária por meio do Suasa, o qual foi instituído pelo Art. 1° do Decreto n° 
5.741, de 30 de março de 2006. Esse deve se articular com o SUS no que se refere à saúde pública. 
Os trechos citados são transcritos a seguir.
Art. 28-A. Visando à promoção da saúde, as ações de vigilância e defesa sanitária 
dos animais e dos vegetais serão organizadas, sob a coordenação do Poder Públi-
co nas várias instâncias federativas e no âmbito de sua competência, em um Siste-
ma Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, articulado, no que for atinente 
à saúde pública, com o Sistema Único de Saúde de que trata a Lei n° 8.080, de 19 
de setembro de 1990 (...) (BRASIL, 1998).
Art. 1º Fica instituído, na forma definida neste Regulamento, o Sistema Unificado 
de Atenção à Sanidade Agropecuária (BRASIL, 2006, Anexo).
Os objetivos do Suasa estão relacionados aos da Defesa Agropecuária, definidos no Art. 27-A da Lei 
n° 8.171, sendo: garantir a proteção da saúde dos animais e a sanidade dos vegetais, a idoneidade dos 
insumos e dos serviços utilizados na agropecuária, e a identidade, a qualidade e a segurança higiênico-
sanitária e tecnológica dos produtos agropecuários finais destinados aos consumidores (BRASIL, 
1991a). O quadro 2 identifica e relaciona os objetivos da Defesa Agropecuária e do Suasa.
Art. 2º As regras e os processos do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária 
contêm os princípios a serem observados em matéria de sanidade agropecuária, 
especialmente os relacionados com as responsabilidades dos produtores, dos fabricantes 
e das autoridades competentes, com requisitos estruturais e operacionais da sanidade 
agropecuária.
§ 1º As regras gerais e específicas do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária 
têm por objetivo garantir a proteção da saúde dos animais e a sanidade 
dos vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na 
agropecuária, e identidade, qualidade e segurança higiênico-sanitária 
e tecnológica dos produtos agropecuários finais destinados aos 
consumidores (BRASIL, 2006, Anexo, grifos nossos).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
14SUASA Organização, Estrutura e Competências
Quadro 2 – Objetivos da Defesa Agropecuária e do Suasa
Defesa Agropecuária Suasa
A sanidade das populações vegetais Garantir a proteção da sanidade dos vegetais
A saúde dos rebanhos animais Garantir a proteção da saúde dos animais
A idoneidade dos insumos e dos serviços 
utilizados na agropecuária
Garantir a idoneidade dos insumos e dos 
serviços utilizados na agropecuária
A identidade e a segurança higiênico-sanitá-
ria e tecnológica dos produtos agropecuários 
finais destinados aos consumidores
Garantir a identidade, a qualidade e a segu-
rança higiênico-sanitária e tecnológica dos 
produtos agropecuários finais destinados 
aos consumidores
Referência legal
Incisos I a IV do Art. 27-A da Lei n° 
8.171/1991 § 1° do Art. 2° do Decreto n° 5.741/2006
Elaboração própria com base em Brasil (1991a; 2006).
O âmbito de atuação do Suasa inclui desde o local da produção primária até a 
colocação do produto final no mercado interno ou a sua destinação para a 
exportação. Por isso, seu regulamento deve ser aplicado a todas as fases de 
produção, transformação e distribuição, bem como nos serviços agropecuários, 
sem prejuízo de requisitos específicos, tudo isso para que se possa assegurar a 
sanidade agropecuária, a qualidade, a origem e a identidade dos produtos e dos 
insumos agropecuários. A figura 1 mostra as fases de aplicação do referido regula-
mento do Suasa.
Art. 2º (...)
§ 2º O Sistema Unificadode Atenção à Sanidade Agropecuária funciona de forma integrada 
para garantir a sanidade agropecuária, desde o local da produção primária até a colocação 
do produto final no mercado interno ou a sua destinação para a exportação.
(...)
Art. 4º Este Regulamento se aplica a todas as fases da produção, transformação, distribuição 
e dos serviços agropecuários, sem prejuízo de requisitos específicos para assegurar a 
sanidade agropecuária, a qualidade, a origem e identidade dos produtos e insumos 
agropecuários (BRASIL, 2006, Anexo).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
15SUASA Organização, Estrutura e Competências
Figura 1 – Fases nas quais se aplica o regulamento do Suasa 
Produção
Serviços agropecuários
Transformação
Distribuição
 
Elaboração própria
O regulamento do Suasa estabelece as regras para seus participantes, assim como 
as normas para a realização dos controles oficiais que verificam o cumprimento 
da legislação sanitária agropecuária e a qualidade dos produtos e dos insumos 
agropecuários.
Dessa forma, o Suasa deve operar de acordo com os princípios e as definições da sanidade 
agropecuária, incluindo o controle de atividades de saúde, sanidade, inspeção, fiscalização, educação, 
vigilância de animais, vegetais, insumos e produtos de origem animal e vegetal. Por isso, suas regras 
e seus processos contêm os princípios a serem observados em matéria de sanidade agropecuária, 
especialmente os relacionados com as responsabilidades dos produtores, dos fabricantes e das 
autoridades competentes, com requisitos estruturais e operacionais da sanidade agropecuária.
Art. 1º (...)
§ 2º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária opera em conformidade 
com os princípios e definições da sanidade agropecuária, incluindo o controle de atividades 
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
16SUASA Organização, Estrutura e Competências
de saúde, sanidade, inspeção, fiscalização, educação, vigilância de animais, vegetais, insumos 
e produtos de origem animal e vegetal.
(...)
Art. 2º As regras e os processos do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária 
contêm os princípios a serem observados em matéria de sanidade agropecuária, 
especialmente os relacionados com as responsabilidades dos produtores, dos fabricantes 
e das autoridades competentes, com requisitos estruturais e operacionais da sanidade 
agropecuária (BRASIL, 2006, Anexo).
O Suasa deve desenvolver atividades de vigilância e defesa sanitária vegetal e animal, de inspeção 
e classificação de produtos de origem vegetal e animal, seus derivados, subprodutos e resíduos de 
valor econômico e de fiscalização dos insumos e dos serviços usados na agropecuária. Já no que 
for atinente à saúde pública, o Suasa deve se articular com o SUS. A figura 2 apresenta as atividades 
desse Sistema.
Art. 1º (...)
§ 3º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária desenvolverá, 
permanentemente, as seguintes atividades:
I – vigilância e defesa sanitária vegetal;
II – vigilância e defesa sanitária animal;
III – inspeção e classificação de produtos de origem vegetal, seus derivados, 
subprodutos e resíduos de valor econômico;
IV – inspeção e classificação de produtos de origem animal, seus derivados, 
subprodutos e resíduos de valor econômico; e
V – fiscalização dos insumos e dos serviços usados nas atividades agropecuárias.
§ 4º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária articular-se-á com 
o Sistema Único de Saúde, no que for atinente à saúde pública (BRASIL, 2006, 
Anexo).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
17SUASA Organização, Estrutura e Competências
Figura 2 – Atividades do Suasa 
I – Vigilância e defesa sanitária vegetal;
II – Vigilância e defesa sanitária animal;
III – Inspeção e classificação de produtos de origem vegetal, seus derivados, 
subprodutos e resíduos de valor econômico;
IV – Inspeção e classificação de produtos de origem animal, seus derivados, 
subprodutos e resíduos de valor econômico;
V – Fiscalização dos insumos e dos serviços usados nas atividades agropecuárias.
Elaboração própria
Como foi visto, o Art. 27-A da Lei n° 9.712/1998 trata da Defesa Agropecuária como um todo, 
estabelecendo seus objetivos e suas atividades e definindo que estas serão organizadas de forma 
a garantir o cumprimento das legislações vigentes relacionadas ao tema, além dos compromissos 
internacionais firmados pela União.
Já o Art. 28-A da Lei n° 9.712/1998 estabelece que as ações de vigilância e defesa sanitária dos 
animais e dos vegetais serão organizadas sob a coordenação do poder público nas várias instâncias 
federativas e no âmbito de sua competência. Note-se que não são citadas as outras atividades, ou 
seja, inspeção e classificação dos produtos e fiscalização dos insumos utilizados na agropecuária. Isso 
porque estas são tratadas no Art. 29-A, quando são criados os Sisbi. Um resumo da estrutura da Lei 
n° 9.712/1998, que acrescentou os Arts. 27-A, 28-A e 29-A à Lei Agrícola, é apresentado no quadro 3.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
18SUASA Organização, Estrutura e Competências
Quadro 3 – Temas e atividades abordados nos Arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei n° 9.712/1998, que 
alterou a Lei n° 8.171/1991 (Lei Agrícola) alterou a Lei n° 8.171/1991 (Lei Agrícola)
Lei n° 9.712/1998 Temas abordados Atividades da Defesa Agropecuária
Art. 27-A
Trata da Defesa Agropecuária 
como um todo, estabelecen-
do seus objetivos e suas ativi-
dades, e definindo que devem 
ser organizadas de forma a 
garantir o cumprimento das 
legislações vigentes que tra-
tam da Defesa Agropecuária 
e dos compromissos interna-
cionais firmados pela União.
I – Vigilância e defesa sanitária vege-
tal;
II – Vigilância e defesa sanitária ani-
mal;
III – Inspeção e classificação de pro-
dutos de origem vegetal, seus deriva-
dos, subprodutos e resíduos de valor 
econômico;
IV – Inspeção e classificação de pro-
dutos de origem animal, seus deriva-
dos, subprodutos e resíduos de valor 
econômico;
V – Fiscalização dos insumos e dos 
serviços usados nas atividades agro-
pecuárias.
Art. 28-A
Estabelece as instâncias lo-
cal; intermediária; e central 
e superior, que compõem o 
Suasa e que atuarão nas ati-
vidades de sanidade vegetal, 
saúde animal e vigilância sa-
nitária.
I – Vigilância e defesa sanitária vege-
tal;
II – Vigilância e defesa sanitária ani-
mal.
Art. 29-A
Como parte do Suasa, deter-
mina a constituição dos Sis-
bi.
III – Inspeção e classificação de pro-
dutos de origem vegetal, seus deriva-
dos, subprodutos e resíduos de valor 
econômico;
IV – Inspeção e classificação de pro-
dutos de origem animal, seus deriva-
dos, subprodutos e resíduos de valor 
econômico;
V – Fiscalização dos insumos e dos 
serviços usados nas atividades agro-
pecuárias.
Elaboração própria.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
19SUASA Organização, Estrutura e Competências
Assim, conclui-se que a Lei n° 9.712/1998 abordou as diversas ações da Defesa 
Agropecuária, separando-as em dois grandes grupos. O primeiro é organizado 
por meio de instâncias, que executam as atividades de vigilância e defesa sanitária 
vegetal e animal. O segundo é organizado por meio de Sistemas, denominados 
Sistemas Brasileiros de Inspeção, e incluem as atividades de inspeção e classifica-
ção de produtos de origem vegetal e animal e fiscalização dos insumos e dos 
serviços usados nas atividades agropecuárias. O quadro 4 apresenta as duas 
formas de organização das atividades da Defesa Agropecuária.
Quadro 4 – Diferentes formas de organização das atividades do Suasa
Suasa
Instâncias
 • Vigilância e defesa sanitária animal e vegetal.
Sistemas (Sisbi)
 • Inspeção e classificação de produtos de origem vegetal e animal;
 • Inpeção dos insumos e dos serviços usados nas atividades 
agropecuárias.
Elaboração própria
Seguindo a mesma lógica dos Arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei n° 8.171/1991, o Decreto n° 5.741/2006 
que os regulamentouinicia com os temas relativos às disposições preliminares, aos princípios e às 
obrigações gerais do Sistema; trata das instâncias e dos diferentes aspectos a elas relacionados; abor-
da alguns elementos estratégicos e transversais da Defesa Agropecuária; e finaliza tratando dos Sisbi.
Os capítulos II a IX, de maneira geral, tratam dos temas relativos às instâncias. Há, contudo, dois 
artigos inseridos nestes capítulos que incluem expressamente os Sisbi, quais sejam: o Art. 40, que 
trata da educação sanitária; e o Art. 62, que aborda as certificações. Também o capítulo IV, que versa 
sobre a metodologia e os procedimentos especiais a serem adotados, em que estão incluídos a 
análise de risco e o sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC), abrange 
objetivos relacionados aos Sisbi. Conforme já foi visto, o capítulo V mereceu atenção, pois enfatiza 
que o compromisso com o consumidor e com o produtor deve nortear as normas complementares 
da Defesa Agropecuária.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
20SUASA Organização, Estrutura e Competências
O capítulo X dispõe, única e exclusivamente, sobre os Sistemas do Suasa, ou seja, os Sisbi. Pode-se 
perceber que, quando o decreto do Suasa trata dos Sisbi, deixa de usar a terminologia instância e 
passa a utilizar a denominação dos entes federativos, isto é, estados, Distrito Federal e municípios. 
Nesse capítulo, o Mapa não é mais referido como instância central e superior do Suasa, passando a 
ser tratado como órgão coordenador. Para facilitar o entendimento da organização do Decreto n° 
5.741, o Apêndice apresenta sua estrutura completa, e as principais diferenças entre as instâncias e 
os Sisbi são apresentadas no quadro 5.
Quadro 5 – Diferenças entre as instâncias e os Sisbi 
Item Instâncias Sisbi
Atividades Defesa sanitária animal e vegetal
Inspeção de produtos de ori-
gem animal e vegetal e dos 
insumos usados na agrope-
cuária
Organização do poder pú-
blico Instâncias
Estados, Distrito Federal e 
municípios
Papel do Mapa Instância central e superior Órgão coordenador
Elaboração própria
Nota-se que não é fácil compreender a organização do Suasa a partir da leitura de seu decreto. Para 
que se possa entender a causa disso, é necessário analisar o projeto original que deu origem à Lei 
nº 9.712/1998. Na redação do Projeto de Lei n° 4.340-C/1997 (BRASIL, 1997), os Sisbi, que atuam 
diretamente com alimentos e bebidas, deveriam integrar o SUS e o Suasa. No entanto, devido à falta 
de clareza, o texto original foi alterado a fim de definir que os Sisbi integrariam o Suasa.
• Segundo Stepan (2019), a justificação do projeto de lei deixa claro que a intenção do autor 
da proposta era que os Sisbi fossem independentes, articulando-se com o SUS na área de 
saúde pública, e com o Suasa na área de saúde animal e sanidade vegetal. Entretanto, os 
Sisbi fariam parte do Suasa em razão de sua importância na saúde animal e na sanidade 
vegetal. Assim, a alteração realizada no texto original proposto acabou refletindo, também, 
no regulamento, dificultando o entendimento do funcionamento e da organização do Suasa.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
21SUASA Organização, Estrutura e Competências
Módulo II: As instâncias do Suasa
5. As instâncias do Suasa
Visando à promoção da saúde, o Art. 28-A da Lei n° 9.712/1998 organizou as atividades de vigilância 
e defesa sanitária vegetal e animal, coordenadas pelo poder público, por meio das instâncias do Suasa. 
Para tanto, foram estabelecidas as instâncias local; intermediária; e central e superior. Os atos de 
controle realizados por autoridades competentes das três instâncias são considerados atos diretos 
do poder público.
Art. 28-A Visando à promoção da saúde, as ações de vigilância e defesa sanitária 
dos animais e dos vegetais serão organizadas, sob a coordenação do Poder Públi-
co nas várias instâncias federativas e no âmbito de sua competência, em um Siste-
ma Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, articulado, no que for atinente 
à saúde pública, com o Sistema Único de Saúde de que trata a Lei nº 8.080, de 19 
de setembro de 1990, do qual participarão (BRASIL, 1998).
5.1 Instância central e superior
A instância central e superior responde pelas atividades privativas do governo 
federal, de natureza política, estratégica, normativa, reguladora, coordenadora, 
supervisora, auditora, fiscalizadora e inspetora. Caso determine o interesse 
nacional ou regional, também podem ser executadas atividades de natureza 
operacional.
As atividades da instância central e superior são exercidas pelo Mapa, incluindo suas unidades 
descentralizadas, representadas pelas Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (SFAs) e pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs).
Art. 28-A (...)
§ 4º À instância central e superior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária 
compete:
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
22SUASA Organização, Estrutura e Competências
I – a vigilância de portos, aeroportos e postos de fronteira internacionais;
II – a fixação de normas referentes a campanhas de controle e erradicação de pragas e 
doenças;
III – a aprovação dos métodos de diagnóstico e dos produtos de uso veterinário e 
agronômico;
IV – a manutenção do sistema de informações epidemiológicas;
V – a avaliação das ações desenvolvidas nas instâncias locais e intermediárias do sistema 
unificado de atenção à sanidade agropecuária;
VI – a representação do País nos fóruns internacionais que tratam da defesa agropecuária;
VII – a realização de estudos de epidemiologia e de apoio ao desenvolvimento do Sistema 
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária;
VIII – a cooperação técnica às outras instâncias do Sistema Unificado;
IX – o aprimoramento do Sistema Unificado;
X – a coordenação do Sistema Unificado;
XI – a manutenção do Código de Defesa Agropecuária (BRASIL, 1998).
5.2 Instâncias intermediárias
Já as atividades das instâncias intermediárias são exercidas, em cada Unidade da 
Federação (UF), pelo órgão com mandato ou com atribuição para execução de 
atividades relativas à Defesa Agropecuária. Essas devem tomar as medidas neces-
sárias para garantir que os processos de controle sejam efetuados de modo equi-
valente em todos os municípios e instâncias locais. Cabe, também, compilar as 
informações referentes às atividades de sanidade agropecuária em seu âmbito de 
atuação e fornecer as informações solicitadas pelo Mapa.
Art. 28-A (...)
§ 3º Às instâncias intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária 
competem as seguintes atividades:
I – vigilância do trânsito interestadual de plantas e animais;
II – coordenação das campanhas de controle e erradicação de pragas e doenças;
III – manutenção dos informes nosográficos;
IV – coordenação das ações de epidemiologia;
V – coordenação das ações de educação sanitária;
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
23SUASA Organização, Estrutura e Competências
VI – controle de rede de diagnóstico e dos profissionais de sanidade credenciados (BRASIL, 
1998).
Art. 17. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fornecerão as informações 
solicitadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância 
Central e Superior (BRASIL, 2006).
5.3. Instâncias locais
Apesar de a área municipal ser considerada unidade geográfica básica para a orga-
nização e o funcionamento dos Serviços de Sanidade Agropecuária oficiais, a 
instância local não é o município. Na verdade, ela está vinculada à instância inter-
mediária, sendo representada pela unidade local de atenção à sanidade agropecu-
ária.
Assim, a instância local pode abranger uma ou mais unidades geográficas básicas, municípios, incluindo 
microrregião, território, associação de municípios, consórcio de municípios ou outras formas 
associativas de municípios.
Art. 23. As atividades da InstânciaLocal serão exercidas pela unidade local de atenção 
à sanidade agropecuária, a qual estará vinculada à Instância Intermediária, na forma 
definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central 
e Superior, e poderá abranger uma ou mais unidades geográficas básicas, Municípios, 
incluindo microrregião, território, associação de Municípios, consórcio de Municípios ou 
outras formas associativas de Municípios (BRASIL, 2006, Anexo).
A instância local deve dar plena atenção à sanidade, com a participação da comunidade organizada. 
Tem como competências as atividades de cadastro de propriedades, profissionais, casas de comércio 
de insumos usados na agropecuária e laboratórios de diagnóstico; e inventário de animais, vegetais e 
doenças. Atua na vigilância sanitária, no controle do trânsito de animais e plantas, nas campanhas de 
controle e erradicação de doenças e pragas, bem como em atividades de educação sanitária.
Art. 28-A (...)
§ 2º A instância local do sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária dará, na 
sua jurisdição, plena atenção à sanidade, com a participação da comunidade organizada, 
tratando especialmente das seguintes atividades:
I – cadastro das propriedades;
II – inventário das populações animais e vegetais;
III – controle de trânsito de animais e plantas;
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
24SUASA Organização, Estrutura e Competências
IV – cadastro dos profissionais de sanidade atuantes;
V – cadastro das casas de comércio de produtos de uso agronômico e veterinário;
VI – cadastro dos laboratórios de diagnósticos de doenças;
VII – inventário das doenças diagnosticadas;
VIII – execução de campanhas de controle de doenças;
IX – educação e vigilância sanitária;
X – participação em projetos de erradicação de doenças e pragas (BRASIL, 1998).
A instância local pode ter mais de uma unidade de atendimento à comunidade e aos produtores 
rurais em Defesa Agropecuária. Em razão de sua capilaridade, são os órgãos de notificação dos 
eventos relativos à sanidade agropecuária.
5.4. Participantes
Além dos Serviços e das instituições oficiais, participam do Suasa produtores e trabalhadores rurais, 
associações e técnicos, órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas, 
além de entidades gestoras de fundos de defesa agropecuária organizados pelo setor privado. 
As instituições gestoras de fundos devem complementar as ações públicas no campo da Defesa 
Agropecuária. A figura 3 apresenta os participantes do Suasa.
Art. 28-A. Visando à promoção da saúde, as ações de vigilância e defesa sanitária dos animais 
e dos vegetais serão organizadas, sob a coordenação do Poder Público nas várias instâncias 
federativas e no âmbito de sua competência, em um Sistema Unificado de Atenção à Sani-
dade Agropecuária, articulado, no que for atinente à saúde pública, com o Sistema Único de 
Saúde de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, do qual participarão:
I – serviços e instituições oficiais;
II – produtores e trabalhadores rurais, suas associações e técnicos que lhes prestam 
assistência;
III – órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas à sanidade 
agropecuária;
IV – entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para complementar as 
ações públicas no campo da defesa agropecuária.
(...)
§ 5° Integrarão o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuá-
ria instituições gestoras de fundos organizados por entidades privadas 
para complementar as ações públicas no campo da defesa agropecuária 
(BRASIL, 1998, grifos nossos).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
25SUASA Organização, Estrutura e Competências
Figura 3 – Participantes das ações de vigilância e defesa sanitária animal e vegetal do Suasa
Suasa
Entidades gestoras 
de fundos privados
Produtores e 
trabalhadores rurais
Órgãos de fiscalização 
das categorias
 profissionais
Associações 
de produtores
Serviços e instituições
oficiais
Técnicos
Elaboração própria.
5.5. Estratégias de atuação
As estratégias e políticas de promoção à sanidade e de vigilância devem ser ecossistêmicas e 
descentralizadas, por tipo de problema sanitário. Estas visam ao alcance de áreas livres de pragas e 
doenças, conforme previsto em acordos e tratados internacionais assinados pelo país. Sempre que 
for epidemiologicamente recomendado, deve ser priorizada a erradicação das doenças e das pragas 
na estratégia de áreas livres.
Art. 28- (...)
§ 6° As estratégias e políticas de promoção à sanidade e de vigilância serão ecossistêmicas e 
descentralizadas, por tipo de problema sanitário, visando ao alcance de áreas livres de pra-
gas e doenças, conforme previsto em acordos e tratados internacionais subscritos pelo País.
§ 7° Sempre que recomendado epidemiologicamente é prioritária a erradicação das 
doenças e pragas, na estratégia de áreas livres (BRASIL, 1998).
Como estratégias de promoção à vigilância e saúde animal, podem ser citadas as seguintes: Programa 
Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre (PNEFA); Programa Nacional de Controle e 
Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT); Programa Nacional de Controle da 
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
26SUASA Organização, Estrutura e Competências
Raiva dos Herbívoros (PNCRH); Programas Nacionais de Sanidade Avícola e Suídea (PNSA e PNSS) 
etc.
Como estratégias de promoção à vigilância e sanidade vegetal, podem ser citadas as seguintes: 
Programa de Prevenção, Controle e Erradicação do Cancro Cítrico; Programa de Prevenção 
e Controle da Sigatoka Negra da Bananeira; Programa de Supressão e Erradicação da Mosca da 
Carambola; Programa Nacional de Controle do Bicudo do Algodoeiro (PNCB); Programa Nacional 
de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) etc.
Mais informações!
Para mais informações sobre as estratégias de promoção à vigilância e saúde 
animal, acesse: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-
-e-vegetal/saude-animal.
Acerca das estratégias de promoção à vigilância e sanidade vegetal, acesse: 
h t tps : / /www.gov.br / agr i cu l tura /p t -br / a s suntos / san idade-an ima l -
-e-vegetal/sanidade-vegetal/sanidade-vegetal.
Cabe lembrar que as ações de defesa sanitária vegetal e animal são regulamentadas, respectivamente, 
pelo Decreto n° 24.114, de 12 de abril de 1934, e Decreto n° 24.548, de 3 de julho de 1934. 
Ambos têm força de lei pelo fato de terem sido publicados sob a égide do Decreto nº 19.398, de 
11 de novembro de 1930, o qual estabeleceu um regime de exceção, em que o Poder Executivo 
poderia exercer atividades do Poder Legislativo, entre as quais a edição de leis. Considerando o 
contexto político em que os referidos decretos foram editados, existem poucas menções em relação 
à execução de atividades pelos estados.
No entanto, como foi visto, as competências desses entes foram atribuídas pela Lei n° 9.712/1998, 
por meio do Art. 28-A, que organizou as atividades de vigilância e defesa sanitária vegetal e animal em 
instâncias. É importante notar que, diferentemente do que ocorre com os Sisbi, que serão estudados 
mais adiante, para as atividades relacionadas à saúde animal e sanidade vegetal não há delegação 
de competência do Mapa aos estados, em razão de estas já terem sido atribuídas por meio da Lei 
da Defesa Agropecuária. Neste contexto, os decretos que regulam as atividades de defesa sanitária 
vegetal e animal não serão analisados.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
27SUASA Organização, Estrutura e Competências
Módulo lll: Os sistemas do Suasa – Sisbi
6. Os sistemas do SUASA (Sisbi)
Para que as atividades de inspeção industrial e sanitária de produtos de origem vegetal e animal, 
assim como as dos insumos agropecuários, sejam executadas equitativamente em todos os 
estabelecimentos, a Lei n° 9.712/1998 determinou que fossem constituídos, dentro do Suasa, mais 
quatro Sistemas.No entanto, para que se tenha um melhor entendimento é necessário analisar não 
somente a Lei, mas também o Decreto que a regulamenta.
No § 2° do Art. 29-A, encontra-se a determinação para a criação dos Sistemas Brasileiros de 
Inspeção de Produtos de Origem Animal e de Origem Vegetal, assim como dos Sistemas Brasileiros 
de Inspeção dos Insumos Agropecuários.
Art. 29-A. A inspeção industrial e sanitária de produtos de origem vegetal e 
animal, bem como a dos insumos agropecuários, será gerida de maneira que os 
procedimentos e a organização da inspeção se façam por métodos universaliza-
dos e aplicados equitativamente em todos os estabelecimentos inspecionados.
(...)
§ 2° Como parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, 
serão constituídos um sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem 
vegetal e um sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal, bem 
como sistemas específicos de inspeção para insumos usados na agropecuária 
(BRASIL, 1998).
Com base na Lei n° 9.712/1998, o Art. 130, do Anexo do Decreto n° 5.741/2006, apresenta os 
Sistemas, porém não especifica aqueles relacionados aos insumos agropecuários, a saber: i) 
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sisbi-POV); ii) Sistema Brasileiro 
de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA); e iii) Sistemas Brasileiros de Inspeção de 
Insumos Agropecuários. O detalhamento desses Sistemas, aparece na seção III do decreto, que trata 
da inspeção e da fiscalização de insumos agropecuários. O Art. 147 evidencia a existência de dois 
Sistemas de Inspeção de Insumos, sendo: Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos 
Agrícolas (Sisbi-AGRI) e Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos Pecuários (Sisbi-
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
28SUASA Organização, Estrutura e Competências
PEC). Tem-se, assim, os quatro Sistemas do Suasa, sendo que dois atuam com os produtos e dois com 
os insumos. A relação desses Sistemas constam na figura 4.
Art. 130. Como parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária 
e com o objetivo de inspecionar e fiscalizar os produtos de origem animal e vege-
tal e os insumos agropecuários, ficam constituídos os Sistemas Brasileiros de 
Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários, na seguinte forma:
I – Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal;
II – Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal; e
III – Sistemas Brasileiros de Inspeção de Insumos Agropecuários.
(...)
Art. 147. Ficam instituídos o Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de 
Insumos Agrícolas e o Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos 
Pecuários, estruturados e organizados sob a coordenação do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, responsáveis pelas atividades de inspeção 
e fiscalização de insumos agropecuários (BRASIL, 2006, Anexo).
Figura 4 – Sistemas do Suasa
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sisbi-POV)
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA)
Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Agrícolas (Sisbi-AGRI)
Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Pecuários (Sisbi-PEC)
Elaboração própria.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
29SUASA Organização, Estrutura e Competências
6.1. Objetivos dos Sisbi
Os Sistemas do Suasa têm o objetivo de assegurar a identidade, a qualidade, a conformidade, a 
idoneidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos de origem animal e vegetal, 
seus subprodutos, derivados e resíduos de valor econômico, e dos insumos agropecuários, por meio 
das ações de inspeção, fiscalização e classificação de produtos, sistemas, ou cadeia produtiva, conforme 
o caso. Note-se que os objetivos do Sisbi-POA não são mencionados de forma explícita no Decreto 
n° 5.741/2006, porém, podem ser identificados no caput do Art. 130, quando são constituídos os 
Sistemas do Suasa.
Art. 130. Como parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária 
e com o objetivo de inspecionar e fiscalizar os produtos de origem animal e vege-
tal e os insumos agropecuários, ficam constituídos os Sistemas Brasileiros de 
Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários, na seguinte forma:
(...)
Art. 145. O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal tem 
por objetivo assegurar a identidade, a qualidade, a conformidade, a idoneidade e 
a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos de origem vegetal, 
seus subprodutos, derivados e resíduos de valor econômico, por meio das ações 
de inspeção, fiscalização e classificação de produtos, sistemas, ou cadeia produtiva, 
conforme o caso.
(...)
Art. 148. O Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos Agrícolas e 
o Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos Pecuários têm por 
objetivo assegurar a identidade, a qualidade, a conformidade, a idoneidade e a 
segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos insumos agropecuários, por meio 
das ações de inspeção, fiscalização e classificação de produtos, sistemas, proces-
sos ou cadeia produtiva, conforme o caso (BRASIL, 2006, Anexo, grifos nossos).
Os Sisbi também têm a responsabilidade de assegurar que os procedimentos e a organização da 
inspeção de produtos e dos insumos agropecuários sejam feitos por métodos universalizados e apli-
cados equitativamente em todos os estabelecimentos inspecionados. O quadro 6 mostra, de forma 
resumida, os objetivos e as responsabilidades dos Sistemas do Suasa.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
30SUASA Organização, Estrutura e Competências
Art. 134. Os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuá-
rios terão a responsabilidade de assegurar que os procedimentos e a organização 
da inspeção de produtos de origem animal e vegetal, e dos insumos agropecuá-
rios, se façam por métodos universalizados e aplicados equitativamente em todos 
os estabelecimentos inspecionados (BRASIL, 2006, Anexo).
Quadro 6 – Objetivos dos Sisbi
Inspecionar e fiscalizar os produtos de origem animal e vegetal e os 
insumos agropecuários, assegurando:
A identidade, a qualidade, a 
conformidade, a idoneidade e a 
segurança higiênico-sanitária e 
tecnológica dos produtos e dos insumos 
agropecuários.
Que os procedimentos e a 
organização da inspeção sejam feitos 
por métodos universalizados e 
aplicados equitativamente em todos 
os estabelecimentos inspecionados.
Elaboração própria.
Enfim, para cumprir os objetivos dos Sisbi, o Mapa deverá desenvolver o planejamento e o plano de 
gestão de programas, ações, auditorias e demais atividades necessárias à inspeção dos produtos de 
origem animal e vegetal e dos insumos e serviços usados na agropecuária.
Art. 155. Para cumprir os objetivos dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de 
Produtos e Insumos Agropecuários, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento desenvolverá, de forma continuada, o planejamento e o plano de 
gestão dos programas, ações, auditorias e demais atividades necessárias à inspe-
ção animal, vegetal e de insumos (BRASIL, 2006, Anexo).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
31SUASA Organização, Estrutura e Competências
6.2. Competências no âmbito dos Sisbi
De forma ampla, compete à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios a inspeção 
higiênico-sanitária, tecnológica e industrial dos produtos de origem animal e vegetal.
Art. 142. A inspeção higiênico-sanitária, tecnológica e industrial dos produtos de 
origem animal é da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.
(...)
Art. 144. A inspeção higiênico-sanitária, tecnológica e industrial dos produtos de 
origem vegetal é da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios (BRASIL, 2006, Anexo). 
Por outro lado, a inspeção e a fiscalização de insumos agropecuários competem apenas à União, aosestados e ao Distrito Federal, sendo que os municípios não estão incluídos.
Art. 146. A inspeção e a fiscalização de insumos agropecuários são da competên-
cia da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando as atribuições defini-
das em lei específica (BRASIL, 2006, Anexo).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
32SUASA Organização, Estrutura e Competências
A figura 5 mostra as competências das atividades dos Sisbi para cada ente federativo.
Figura 5 – Competências relacionadas às atividades dos Sisbi de acordo com o ente federativo
Elaboração própria.
Observação: O Distrito Federal está incluído onde constam os estados, e onde constam os municípios 
estão incluídos seus consórcios públicos.
Como será visto mais adiante, na inspeção de produtos de origem vegetal, cabe aos municípios 
apenas a inspeção de bebidas, quando aderidos ao SISBI-POV. Também é importante notar que, além 
das atividades que são executadas por meio da adesão aos Sisbi, estados e municípios possuem 
competência suplementar complementar para atuar na área de agrotóxicos e na inspeção de 
produtos de origem animal. Isto significa que existem leis federais fixando normas gerais sobre os 
temas, cabendo aos entes federativos apenas complementá-las.
Cabe aos Sisbi, em suas áreas de competência, implantar, monitorar e gerenciar os procedimentos de 
certificação sanitária e fitossanitária e de identidade e qualidade. Estas certificações têm o objetivo 
de garantir a origem, a qualidade e a identidade dos produtos certificados e dar credibilidade ao 
processo de rastreabilidade. Para tanto, os controles devem assegurar as condições de identificação 
e comprovação do fornecedor do material certificado na origem e no destino dos produtos, que 
devem ser identificados por códigos que permitam a sua rastreabilidade em toda a cadeia produtiva.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
33SUASA Organização, Estrutura e Competências
Art. 62. Compete às três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade 
Agropecuária e aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e 
Insumos Agropecuários, em suas áreas de competência, implantar, monito-
rar e gerenciar os procedimentos de certificação sanitária, fitossanitária e de 
identidade e qualidade, que têm como objetivo garantir a origem, a qualidade e a 
identidade dos produtos certificados e dar credibilidade ao processo de rastrea-
bilidade.
§ 1º Os processos de controles assegurarão as condições para identificar e com-
provar o fornecedor do material certificado na origem e no destino dos produ-
tos, que serão identificados por códigos que permitam a sua rastreabilidade em 
toda a cadeia produtiva, na forma definida em norma específica.
§ 2º Compete, na forma da lei, aos Fiscais Federais Agropecuários a emissão dos 
certificados oficiais agropecuários exigidos pelo comércio internacional (BRASIL, 
2006, Anexo, grifos nossos).
O regulamento do Suasa estabelece que tanto a União quanto os estados devem 
elaborar normas complementares de Defesa Agropecuária tendo como base as 
diretrizes estabelecidas. Estas devem buscar a proteção dos interesses dos 
consumidores, da produção agropecuária e dos produtores no que se refere à 
qualidade de matérias-primas, aos insumos, à proteção contra fraudes e às adulte-
rações de produtos e práticas que possam induzir o consumidor a erro. Devem, 
também, contemplar a garantia da sanidade de animais e vegetais e a inocuidade 
de produtos de origem animal e vegetal.
Além disso, precisam definir e enfatizar as responsabilidades do produtor no que se refere a colocar 
no mercado produtos e serviços seguros, além do autocontrole da produção e dos pontos críticos 
de controle de cada processo aprovado.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
34SUASA Organização, Estrutura e Competências
Art. 85. As normas complementares nacionais e estaduais de defesa agropecuária 
serão elaboradas com base nas diretrizes deste Regulamento, buscando proteger 
os interesses dos consumidores, da produção agropecuária e dos produtores, no 
que se refere à qualidade de matérias-primas, aos insumos, à proteção contra 
fraudes, às adulterações de produtos e práticas que possam induzir o consumidor 
a erro, contemplando a garantia da sanidade de animais e vegetais e a inocuidade 
de produtos de origem animal e vegetal.
Parágrafo único. Nas normas complementares referidas no caput, serão definidas 
e enfatizadas as responsabilidades do produtor em colocar no mercado produtos 
e serviços seguros, o autocontrole da produção e os pontos críticos de controle 
de cada processo aprovado (BRASIL, 2006, Anexo).
Competências do Mapa
O Mapa é o coordenador dos Sisbi, cabendo a ele, também, estabelecer os requisitos e os demais 
procedimentos necessários para a adesão aos Sistemas.
Art. 131. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento coordenará os Sistemas 
Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários. (...) § 3º O Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá, no prazo de cento e vinte dias da 
publicação deste Regulamento, os requisitos e demais procedimentos necessários para a 
adesão aos Sistemas Brasileiro de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários (Pará-
grafo com redação dada pelo Decreto n° 5.830, de 4/7/2006) (BRASIL, 2006, Anexo).
É responsabilidade do Mapa cuidar para que as inspeções e as fiscalizações sejam realizadas sob 
regras e critérios predefinidos pelos Sisbi.
Art. 150. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento cuidará que as inspeções 
e fiscalizações sejam realizadas mediante regras e critérios de controles predefinidos nos 
Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários (BRASIL, 2006, 
Anexo).
Por isso, o desenvolvimento continuado do planejamento e do plano de gestão de programas, ações, 
auditorias e demais atividades necessárias à inspeção animal, vegetal e de insumos deve ser executado 
pelo Mapa, para que os objetivos do Sisbi sejam cumpridos.
Art. 155. Para cumprir os objetivos dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e In-
sumos Agropecuários, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolverá, 
de forma continuada, o planejamento e o plano de gestão dos programas, ações, auditorias 
e demais atividades necessárias à inspeção animal, vegetal e de insumos (BRASIL, 2006, 
Anexo).
https://sistemasweb.agricultura.gov.br/avaenagro/mod/book/view.php?id=1090&chapterid=222
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
35SUASA Organização, Estrutura e Competências
No âmbito de sua atuação, o Mapa poderá celebrar convênios com os entes públicos, a fim de apoiar 
e suplementar as ações executadas.
Art. 157. Fica o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na forma da lei e no 
âmbito de sua atuação, autorizado a celebrar convênios com entes públicos, para apoiar, 
subsidiariamente, as ações no campo da defesa agropecuária (BRASIL, 2006, Anexo).
Também cabe ao Mapa realizar, de forma articulada com os Sisbi, o desenvolvimento da gestão de 
planos, programas e ações de educação sanitária em Defesa Agropecuária.
Art. 40. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central 
e Superior, desenvolverá, de forma continuada, gestão de planos, programas e ações em 
educação sanitária em defesa agropecuária, de forma articulada com as demais Instâncias 
e com os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários. § 1º O 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, 
instituirá, regulamentará, coordenará e avaliará periodicamente o Programa Nacional de 
Educação Sanitária em Defesa Agropecuária (BRASIL, 2006, Anexo, grifos nossos).
Incumbe ao Mapa a elaboração de normas específicas, a serem observadas na produção rural para o 
consumo familiar, na venda ou no fornecimento de pequenas quantidades de produtos da produção 
primária, diretamente aoconsumidor final, pelo agricultor familiar ou equivalente, assim como a 
agroindustrialização realizada por eles. Essas normas devem observar o risco mínimo de disseminação 
de doenças para saúde animal, de pragas e de agentes microbiológicos e químicos prejudiciais à saúde 
pública, bem como os interesses dos consumidores.
Art. 7º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá normas 
específicas de defesa agropecuária a serem observadas: (Redação dada pelo Decreto n° 
8.471, de 22/6/2015)
I – na produção rural para a preparação, a manipulação ou a armazenagem doméstica de 
produtos de origem agropecuária para consumo familiar, que ficará dispensada de registro, 
inspeção e fiscalização; (Redação dada pelo Decreto n° 8.471, de 22/6/2015)
II – na venda ou no fornecimento a retalho ou a granel de pequenas quantidades de produtos 
da produção primária, direto ao consumidor final, pelo agricultor familiar ou equivalente e 
suas organizações ou pelo pequeno produtor rural que os produz; e (Redação dada pelo 
Decreto n° 8.471, de 22/6/2015)
III – na agroindustrialização realizada pela agricultura familiar ou equivalente e suas 
organizações, inclusive quanto às condições estruturais e de controle de processo. 
(Redação dada pelo Decreto n° 8.471, de 22/6/2015)
(...)
§ 2º As normas específicas previstas neste artigo deverão observar o risco mínimo de 
disseminação de doenças para saúde animal, de pragas e de agentes microbiológicos e 
químicos prejudiciais à saúde pública e os interesses dos consumidores. (Incluído pelo 
Decreto n° 8.471, de 22/6/2015) (BRASIL, 2006, Anexo).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
36SUASA Organização, Estrutura e Competências
O Mapa também poderá classificar o estabelecimento agroindustrial de bebidas ou de produtos de 
origem animal como agroindústria artesanal, considerados os costumes, os hábitos e os conhecimentos 
tradicionais na perspectiva da valorização da diversidade alimentar e do multiculturalismo dos povos, 
das comunidades tradicionais e dos agricultores familiares. Assim, no âmbito do Sisbi-POV, o Mapa 
definirá o estabelecimento agroindustrial de pequeno porte de bebidas, que deverá pertencer, de 
forma individual ou coletiva, a agricultores familiares ou equivalentes ou a produtores rurais, e dispor 
de instalações destinadas à produção de bebidas, de acordo com a escala de produção e a área útil 
construída.
Art. 7º-A. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá classificar o es-
tabelecimento agroindustrial de bebidas ou de produtos de origem animal como agroin-
dústria artesanal, considerados os costumes, os hábitos e os conhecimentos tradicionais 
na perspectiva da valorização da diversidade alimentar e do multiculturalismo dos povos, 
comunidades tradicionais e agricultores familiares. (Incluído pelo Decreto n° 8.471, de 
22/6/2015)
(...)
Art. 144-A. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definirá o estabelecimento 
agroindustrial de pequeno porte de bebidas, que deverá pertencer, de forma individual 
ou coletiva, a agricultores familiares ou equivalentes ou a produtores rurais e dispor de 
instalações destinadas à produção de bebidas. Parágrafo único. A definição de que trata 
o caput deverá considerar a escala de produção e a área útil construída. (Incluído pelo 
Decreto n° 8.471, de 22/6/2015) (BRASIL, 2006, Anexo).
Entretanto, no âmbito do Sisbi-POA, o Art. 143-A do Decreto n° 5.741/2006 permite que estados, 
Distrito Federal e municípios editem normas específicas relativas aos estabelecimentos agroindustriais 
de pequeno porte.
Em que pesem as atividades de certificação serem de competência das três instâncias do Suasa, aquelas 
voltadas ao comércio internacional são privativas dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários do 
Mapa.
Art. 62. Compete às três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade 
Agropecuária e aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos 
Agropecuários, em suas áreas de competência, implantar, monitorar e gerenciar os 
procedimentos de certificação sanitária, fitossanitária e de identidade e qualidade, que têm 
como objetivo garantir a origem, a qualidade e a identidade dos produtos certificados e 
dar credibilidade ao processo de rastreabilidade.
(...)
§ 2º Compete, na forma da lei, aos Fiscais Federais Agropecuários a emissão dos certificados 
oficiais agropecuários exigidos pelo comércio internacional (BRASIL, 2006, Anexo, grifos 
nossos).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
37SUASA Organização, Estrutura e Competências
Competências dos estados, do Distrito Federal e dos municípios
As atividades dos Sisbi que cabem aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios devem ser 
executadas por instituições públicas reconhecidas pelo Mapa.
Art. 136. As atividades dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agro-
pecuários que cabem aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios serão exercidas 
por instituições públicas e reconhecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
cimento (BRASIL, 2006, Anexo).
A administração pública direta corresponde à prestação dos serviços relacionados à Defesa Agro-
pecuária diretamente pelo estado, por meio de sua estrutura vinculada ao Poder Executivo, como as 
Secretarias de Agricultura. Entretanto, na administração indireta, o serviço é delegado pelo estado a 
uma instituição com personalidade jurídica própria, que possui uma certa autonomia administrativa.
Nesse contexto, o decreto do Suasa permite a delegação das competências relacionadas à inspeção 
e à fiscalização a uma ou mais instituições públicas. No entanto, as autoridades delegantes devem 
assegurar a coordenação e a cooperação entre as instituições.
Art. 138. A autoridade competente dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios pode 
delegar competências relacionadas com inspeção e fiscalização a uma ou mais instituições 
públicas.
(...)
Art. 140. Sempre que as funções de controle oficial forem atribuídas a diferentes instituições 
públicas, a autoridade competente que delegou as funções assegurará a coordenação e a 
cooperação entre elas (BRASIL, 2006, Anexo).
A grande maioria dos estados brasileiros, ou seja, 22 (81%), valem-se de órgãos da administração 
pública indireta, e apenas cinco (19%) da administração direta para a execução das atividades de 
Defesa Agropecuária. Atualmente, os órgãos estaduais executores da Defesa Agropecuária são 
compostos por 15 agências, cinco institutos, cinco secretarias e duas empresas públicas.
Os estados, o Distrito Federal e os municípios que não aderirem ou decidirem pela não adesão aos 
Sisbi terão suas inspeções e fiscalizações de produtos e insumos agropecuários preservadas apenas 
no âmbito de sua jurisdição.
Art. 132. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que ainda não tenham aderido ou 
decidirem pela não-adesão aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos 
Agropecuários terão suas inspeções e fiscalizações de produtos de origem animal e vegetal, 
e insumos agropecuários, reconhecidas apenas no âmbito de sua jurisdição (BRASIL, 2006, 
Anexo).
Contudo, caso os entes façam a adequação dos seus processos e procedimentos de inspeção e 
fiscalização, poderão aderir e integrar os Sisbi.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
38SUASA Organização, Estrutura e Competências
Art. 131 (...)
§ 1º Os Estados e o Distrito Federal, por adesão, poderão integrar os Sistemas Brasileiros 
de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários.
§ 2º Os Municípios, por adesão, poderão integrar o Sistema Brasileiro de Inspeção de 
Produtos de Origem Animal e o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem 
Vegetal.
(...)
§ 4º Para aderir aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários, 
as unidades da Federação deverão adequar seus processos e procedimentos de inspeção e 
fiscalização (BRASIL, 2006, Anexo).
No âmbitodo Sisbi-POA, é permitido que os estados, o Distrito Federal e os municípios editem 
normas específicas relativas aos estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte.
Art. 7º-A. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá classificar o es-
tabelecimento agroindustrial de bebidas ou de produtos de origem animal como agroin-
dústria artesanal, considerados os costumes, os hábitos e os conhecimentos tradicionais 
na perspectiva da valorização da diversidade alimentar e do multiculturalismo dos povos, 
comunidades tradicionais e agricultores familiares. (Incluído Decreto n° 8.471/2015, de 
22/6/2015)
(...)
Art. 143-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão editar normas espe-
cíficas relativas às condições gerais de instalações, equipamentos e práticas operacionais 
de estabelecimento agroindustrial de pequeno porte, observados o disposto no art. 7º, os 
princípios básicos de higiene dos alimentos e a garantia da inocuidade dos produtos de 
origem animal. (Incluído pelo Decreto n° 7.216/2010) (BRASIL, 2006, Anexo).
6.3. Obrigações dos participantes das cadeias produtivas
As regras e os processos do Suasa contêm os princípios que devem ser observados pelos produtores, 
pelos fabricantes e pelas autoridades competentes. Neste contexto, os diversos atores que compõem 
as cadeias produtivas são responsáveis por garantir que a sanidade e a qualidade dos produtos de 
origem animal e vegetal e dos insumos agropecuários não sejam comprometidas.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
39SUASA Organização, Estrutura e Competências
 Art. 2º As regras e os processos do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade 
Agropecuária contêm os princípios a serem observados em matéria de sanidade 
agropecuária, especialmente os relacionados com as responsabilidades dos 
produtores, dos fabricantes e das autoridades competentes, com requisitos 
estruturais e operacionais da sanidade agropecuária.
(...)
§ 3º Os produtores rurais, industriais e fornecedores de insumos, distribuidores, 
cooperativas e associações, industriais e agroindustriais, atacadistas e varejistas, 
importadores e exportadores, empresários e quaisquer outros operadores do 
agronegócio, ao longo da cadeia de produção, são responsáveis pela garantia de 
que a sanidade e a qualidade dos produtos de origem animal e vegetal, e a dos 
insumos agropecuários não sejam comprometidas (BRASIL, 2006, Anexo).
Art. 2º (...)
§ 4º A realização de controles oficiais nos termos deste Regulamento não exime 
os participantes da cadeia produtiva da responsabilidade legal e principal de 
garantir a saúde dos animais, a sanidade dos vegetais, a segurança, a qualidade e a 
identidade dos produtos de origem animal e vegetal, e dos insumos agropecuá-
rios, nem impede a realização de novos controles ou isenta da responsabilidade 
civil ou penal decorrente do descumprimento de suas obrigações.
§ 5º Os produtores rurais e os demais integrantes das cadeias produtivas coope-
rarão com as autoridades competentes para assegurar maior efetividade dos 
controles oficiais e melhoria da sanidade agropecuária (BRASIL, 2006, Anexo).
Art. 5º Os participantes da cadeia produtiva estão obrigados a cientificar à autori-
dade competente, na forma por ela requerida:
I – nomes e características dos estabelecimentos sob o seu controle, que se dedi-
cam a qualquer das fases de produção, transformação, distribuição e dos serviços 
agropecuários;
II – informações atualizadas sobre os estabelecimentos, mediante a notificação de 
qualquer alteração significativa das atividades e de seu eventual encerramento; e
III – ocorrência de alterações das condições sanitárias e fitossanitárias registrada 
em seus estabelecimentos, unidades produtivas ou propriedades (BRASIL, 2006, 
Anexo).
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
40SUASA Organização, Estrutura e Competências
Também é obrigação dos produtores de animais, vegetais, insumos agropecuários e de produtos de 
origem animal e vegetal a observação dos princípios do sistema APPCC. Para tanto, esses atores 
têm a obrigação de: fornecer as provas de que atenderam aos requisitos estabelecidos; manter 
atualizados os documentos descritivos dos processos; e conservar documentos e registros pelo 
tempo definido pelo Mapa.
Art. 84. Os produtores de animais, vegetais, insumos agropecuários, inclusive 
alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal observarão os 
princípios do sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle – 
APPCC, conforme normas específicas.
§ 1º Os produtores de animais, vegetais, insumos agropecuários e produtos de 
origem animal e vegetal, conforme normas específicas, devem:
I – fornecer à autoridade competente as provas da observância do requisito 
estabelecido, sob a forma por ela exigida, considerando a natureza e a dimensão 
de sua atividade;
II – assegurar que todos os documentos que descrevem os processos desenvolvi-
dos estejam sempre atualizados; e
III – conservar quaisquer outros documentos e registros, durante o período 
definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância 
Central e Superior (BRASIL, 2006, Anexo).
6.4. Atividades dos Sisbi
Os Sistemas do Suasa devem desenvolver atividades de auditoria, fiscalização, inspeção e certificação 
de insumos agropecuários, e, para os produtos de origem animal e vegetal, inclui-se, também, a 
classificação. Tais atividades devem ser executadas de acordo com a legislação de Defesa Agropecuária 
e os compromissos internacionais firmados pela União. A figura 6 representa as atividades dos 
Sistemas do Suasa.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
41SUASA Organização, Estrutura e Competências
Art. 130. (...)
§ 1º Os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários 
desenvolverão atividades de:
I – auditoria, fiscalização, inspeção, certificação e classificação de produtos de 
origem vegetal, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico;
II – auditoria, fiscalização, inspeção, certificação e classificação de produtos de 
origem animal, seus derivados, subprodutos, e resíduos de valor econômico; e
III – auditoria, fiscalização, inspeção e certificação dos insumos e dos serviços 
usados nas atividades agropecuárias.
§ 2º As atividades dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos 
Agropecuários serão executadas conforme a legislação vigente de defesa agrope-
cuária e os compromissos internacionais firmados pela União (BRASIL, 2006, 
Anexo).
Figura 6 – Atividades dos Sisbi
Elaboração própria.
SUASA
ORGANIZAÇÃO, 
ESTRUTURA E 
COMPETÊNCIAS
42SUASA Organização, Estrutura e Competências
As autoridades competentes dos serviços públicos vinculados aos Sisbi devem garantir a impar-
cialidade, a qualidade e a coerência dos controles oficiais. Devem, também, assegurar que as suas 
atividades sejam realizadas com transparência, devendo facultar ao público o acesso às informações 
relevantes que detenham, em especial, as atividades de controle. Além disso, precisam dispor de 
mecanismo para impedir que sejam reveladas informações confidenciais, às quais tenham tido acesso 
na execução de controles oficiais e que, pela sua natureza, sejam abrangidas pelo sigilo profissional. 
A figura 7 relaciona os princípios dos Sistemas do Suasa.
Art. 139. As autoridades competentes dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de 
Produtos e Insumos Agropecuários garantirão a imparcialidade, a qualidade e a 
coerência dos controles oficiais.
(...)
Art. 156. As autoridades competentes das três Instâncias do Sistema Unificado de 
Atenção à Sanidade Agropecuária e dos serviços públicos vinculados aos Siste-
mas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários assegurarão 
que as suas atividades sejam realizadas com transparência, devendo, para esse 
efeito, facultar ao público o acesso às informações relevantes que detenham em 
especial as atividades

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