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TRABALHO DIREITOS HUMANOS V2

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2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ
ACADEMIA POLICIAL MILITAR DO GUATUPÊ
ESCOLA SUPERIOR DE SEGURANÇA PÚBLICA
2º SGT. QPMG 1-0 Marco Aurelio Bemben
2º SGT. QPMG 1-0 Daniel da Silva Pacheco
DIREITOS HUMANOS E ATIVIDADE POLICIAL-MILITAR:
As Polícias Militares e a Questão Indígena no Brasil
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2021
2º SGT. QPMG 1-0 Marco Aurelio Bemben
2º SGT. QPMG 1-0 Daniel da Silva Pacheco
DIREITOS HUMANOS E ATIVIDADE POLICIAL-MILITAR:
As Polícias Militares e a Questão Indígena no Brasil
Trabalho escolar apresentado ao Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CASPM 2021), da Academia Policial Militar do Guatupê, como requisito total à conclusão da disciplina de Direitos Humanos. 
Docente: 1º Ten. QOPM Alison Sczepanski
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS 
2.1 O que é o DUHUH?
2.2 Quais são os direitos humanos?
2.3 Alguns Artigos dos Direitos Humanos
3 Direitos Humanos e a atividade Policial Militar
3.1 Conceito
3.2 Missão
3.3 Atividade Policial Militar
3.4 Polícia e Cidadania
3.5 Polícia Comunitária
3.5.1 Conceito
3.5.2 Aspectos Gerais da Polícia Comunitária
3.5.3 Integração
3.5.4 Elementos da Polícia Comunitária
3.5.6 Ajuda as pessoas com necessidades especiais
3.5.7 Reciprocidade entre a Polícia e a População
3.5.8 Visita Comunitária
3.5.9 Visita Solidária
3.5.10 Mobilização Comunitária
4. As Polícias Militares e as Questões Indígenas
4.1 Aspectos Gerais
4.2 Da autuação Policial
5 Conclusão
6 Referencias
7 Documentos Consultados
1. INTRODUÇÃO
Os Direitos Humanos são extremamente necessários serem introduzido nas instituições Policiais no mundo, principalmente no tocante as abordagem e tratamentos as pessoas com necessidades especiais, a extinção definitiva da violência policial que ainda assombra as populações mundo a fora, demonstrando total desrespeito a vida Humana, não deixando clareza na legalidade das atuações, muitas vezes tirando a vida de pessoas inocentes por questões racistas e preconceituosas. Embora ainda haja dificuldade de aceitação nas instituições Policiais deve ser internalizado ao homem (Policial), que ele não é Juiz, que o preso delinquente também são detentores dos seus Direitos Humanos.
	Nos dias atuais em um mundo, globalizado, com todos esses aparatos tecnológicos que as informações trafegam pelos quatro cantos do mundo em milésimos de segundo, é inadmissível que a população viva meio a incerteza e insegurança frente as instituições responsáveis pelo fornecimento de segurança pública.
	A implantação da Polícia Comunitária é atualmente uma das formas mais eficaz no combate à criminalidade e na aproximação da Policia a Sociedade, o principal aspecto é o convivo harmonioso e pacifico entre partes, a participação efetiva da população no combate ao crime, fazendo que o bairro, município, tenha conhecimento dos problemas que lhe cerca, conheçam a instituição de maneira a admira-la e ajudar na atividade fim.
 Mesmo tendo se passado mais de quinhentos anos da chegada dos portugueses no Brasil, as situações relacionadas das populações indígenas ainda estão longe de serem resolvidas de modo satisfatório. 
 Com a invasão dos europeus nos territórios indígenas, temos então mais de cinco séculos de populações indígenas sendo oprimidas e tendo seus direitos desrespeitados, e como as consequências dessa colonização perduram até os dias atuais, circunstâncias de desrespeito em relação à cultura e identidade é algo constante, além de obviamente termos uma constante ameaça aos seus direitos. 
 Após todo esse cenário de desrespeito, o governo brasileiro tem buscado propiciar dignidade e garantir os direitos humanos básicos e fundamentais aos grupos indígenas que ainda restam no País. 	 
 Por meio deste trabalho também teremos como objetivo discutir brevemente sobre a relação de polícia militar e a população indígena no Brasil, além de discorrer sobre os direitos humanos em seus aspectos gerais e a relação da Polícia Militar e os direitos humanos.
2. ASPECTOS GERAIS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS
 Os Direitos Humanos pertencem à categoria de direitos essenciais à pessoa humana. Em um regime democrático, toda e qualquer pessoa deve ter a sua dignidade respeitada independentemente de sua origem, etnia, raça, convicção econômica/política/social, idade, identidade sexual, orientação ou credo religioso. 
 Em outras palavras pode-se afirmar que fazem parte dos direitos humanos todo um conjunto de direitos fundamentais, os quais todos os seres humanos, de todos os povos etnias e nações, devem usufruir pelo simples fato de existirem, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, nacionalidade ou posicionamento político. Portanto o conceito de direitos humanos é definido como as normas jurídicas internas e externas, que visam proteger a pessoa humana.
 Os direitos humanos são históricos, e mudam através do tempo, respondendo as necessidades e circunstâncias específicas de seu momento histórico. Entretanto a ideia de direitos humanos, tal como a conhecemos, é bastante recente, mas tem precedentes históricos nascidos sob a égide do pensamento liberal. Muitos desses direitos tiveram como base a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – documento de 1787, que estabelece a igualdade jurídica dos homens em meio ao processo da Revolução Francesa. Agora, o documento internacional que é usado como base hoje, quando falamos em direitos humanos, foi formulado no contexto pós Segunda Guerra com as pessoas em “choque” pelos horrores da guerra e com as atrocidades causadas pelo holocausto, então esse documento Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948.
2.1 O que é o DUDH?
 
 Como dito anteriormente o (DUDH) é um documento adotado em 1948 pela (ONU) com a finalidade de definir os direitos universais dos seres Humanos. Por sua vez essa Declaração (DUDH) é formada por 30 artigos que versam sobre direitos inalienáveis – tanto individuais, quanto coletivos – que, em conjunto, deveriam assegurar a liberdade, a justiça e a paz mundial. Vale lembrar que esse documento foi redigido após o mundo passar pela Segunda Guerra mundial, que foi a maior guerra da história da humanidade sendo extremamente perversa e marcada pela brutalidade genocida de regimes totalitários. 
2.2 Quais são os Direitos Humanos?
 São trinta artigos que definem os direitos humanos, e por sua vez esse conjunto de artigos declara o direito à vida, o direito a não ser escravizado, não ser preso ou exilado de forma arbitrária, o direito de contar com a presunção da inocência e ser tratado com igualdade perante as leis e o direito à privacidade e à livre circulação, incluindo a imigração. Também ficam declarados, nesse mesmo documento, os direitos à livre expressão política e religiosa, e à liberdade de pensamento e de participação política.
2.3 Alguns Artigos dos Direitos Humanos:
Artigo 1º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 3º - Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4º - Ninguém pode ser mantido em escravidão ou em servidão; a escravatura e o comércio de escravos, sob qualquer forma, são proibidos.
Artigo 5 º - Ninguém será submetido a tortura nem a punição ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes.
Artigo 7 º - Todos são iguais perante a lei e, sem qualquer discriminação, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 9 º - Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado
Artigo 11 º -
1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume–se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de umprocesso público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
2. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido.
Artigo 15 º -
1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo 17 º -
1. Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 22º - Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.
3. OS DIREITOS HUMANOS E A ATIVIDADE POLICIAL-MILITAR
3.1 Conceito
 “De acordo com Bobbio (2004) Direitos humanos são derivados da dignidade e do valor inerente à pessoa humana, tais direitos são universais, inalienáveis e igualitários”. Resumindo são inerentes ao ser humano, não podem ser tirados por qualquer pessoa, sendo destinados e aplicados a qualquer indivíduo independente de raça, cor, sexo, idioma, religião, política, nacionalidade ou origem social.
 Os direitos humanos podem ser entendidos como aqueles direitos citados nos instrumentos internacionais que são, Declaração Universal dos Direitos Humanos, O Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, O Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, tratados regionais de direitos humanos, e instrumentos específicos lidando com aspectos da proteção dos direitos humanos como, por exemplo, a proibição da tortura.
3.2 Missão
 Os direitos humanos têm a missão de prevenir que as pessoas se tornem vítimas de abusos, bem como assegurá-las e protegê-las caso isto aconteça. Em alguns casos a violação desses direitos, são atos criminosos por si só – tortura, por exemplo, e execuções ilegais por funcionários do Estado.
 Os criminosos também têm direitos humanos, têm direito a um julgamento justo previsto em lei e a um tratamento humano quando detidos. 
 No que se referem aos policiais, estes devem entender que enquanto estiverem investigando um crime, estão lidando com suspeitos e não com pessoas que foram condenadas. Pode até o Policial ter em mente que a pessoa cometeu o crime, porém somente a justiça poderá considerar a pessoa culpada. Isto é essencial para evitar que pessoas inocentes sejam condenadas por crimes que não tenham cometido.
3.3 Atividade Policial
 A Constituição Federal destaca que quais são as Instituições são responsáveis a fornecer a segurança pública e detalha as atribuições de cada uma delas. Esses órgãos são as diferentes polícias existentes no Brasil. São elas: Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária federal; Polícia Civil; Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militares. Por mais que cada instituição trabalhe de acordo com suas previsões legais a atividade primordial baseia-se na preservação da ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
 A atividade policial é um oficio de suma importância, pois deve atuar de forma a impedir que as garantias e liberdades constitucionais sejam violadas, conforme a concepção de Goldstein (2003, p.28; 29), “A polícia não está apenas obrigada a exercer sua limitada autoridade em conformidade com a Constituição e, por meios legais, aplicar suas restrições: também está obrigada a observar que outros não infrinjam as liberdades garantidas constitucionalmente. Essas exigências introduzem na função policial a dimensão única que torna o policiamento neste país um oficio seríssimo.”
A atividade policial, atualmente, não pode ser compreendida apenas pela ótica legal. É preciso levar em conta que as leis são rígidas e invariáveis e o profissional de segurança é um agente promotor de cidadania e de direitos humanos. 
Nos dias de hoje, as instituições policiais levam em consideração não só o combate à criminalidade, mas também deve-se ter atenção com o caráter social que desempenha junto à população. O trabalho da polícia obedece a toda a determinação legal imposta pelas leis e regimentos policiais, e, sobretudo deve ter senso de responsabilidade frente à sociedade, a qual espera do agente de segurança pública não só forneça a segurança, também a mediação de conflitos.
3.4 Polícia e Cidadania
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não faz diferença de cidadãos, posto que todas as pessoas são iguais em direitos e deveres. O Policial como qualquer cidadão possui direitos e deveres, no entanto, a ele se atribui o dever de promover meio a sociedade os Direitos Humanos. Os agentes de segurança são representantes do Estado e se tornam, por isso, talvez, a classe de trabalhadores com mais destaques em sua atuação.
Dessa forma, é necessário que se sejamos vigilantes nas ações policiais para que forneçam uma atuação pautada sempre no cumprimento da lei, já que atuam para garanti-la. 
Em sua atuação, a população deve saber que o policial também é um cidadão com deveres, obrigações e direitos. Já o policial deve sentir-se participante da sociedade, pois também é um cidadão que preserva direitos e deveres. 
O agente de segurança detém uma responsabilidade ímpar frente à população, já que a sociedade deposita nele sua confiança diante de situações de insegurança. A polícia é a representação mais explícita do Estado; é a sua frente de atuação, nela se deposita todas as frustrações e esperanças no governo.
Nas entrelinhas da profissão policial, por ser uma missão nobre, a sociedade muda o discurso a todo instante e a polícia se vê num dilema face os desejos da população, que em alguns momentos deseja que o policial seja polido em suas ações, já em outras situações pede que a polícia seja vingativa, fazendo justiça com as próprias mãos. As pessoas estão aterrorizadas diante da violência que assola nosso país. Vive-se o clima de guerra urbana que gera insegurança. O policial não se deve levar por irracionalidade em ações ilegítimas que possam macular seu trabalho. A sociedade que deseja ações desmedidas por parte do agente será a mesma que proporcionará a ele o repúdio quando atender aos seus próprios anseios.
O uso da força é apenas uma das características da atividade policial, ela não pode ser regra em ações cotidianas, nem ser utilizada apenas para demostrar força. 
Como defende Balestrini (1998), o policial é um pedagogo de cidadania, ele deve ser incluído no rol dos profissionais pedagógicos, ao lado das profissões consideradas formadoras de opinião. Dessa forma, o agente de segurança é um educador, o qual educa por meio de suas atitudes ao de lidar com situações cotidianas. O policial educador transmite cidadania, a partir de exemplos de conduta; de comportamentos baseados em moderação e bom senso.
Espera-se dos Policiais a medida certa no desenvolvimento de suas funções, porém que haja preocupação em agir no estrito cumprimento da lei. É de suma importância a confiabilidade da sociedade por essa classe de trabalhadores. O policial não é inimigo da população, deve que ser visto como promotor de direitos humanos e cidadania.
3.5 Polícia Comunitária
3.5.1 Conceito
No Brasil, o mais se visto entre as instituições policiais é: Polícia Comunitária é uma filosofia e uma estratégia organizacional que proporciona uma nova parceria entre a população e a polícia. Tal parceria baseia se na premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver problemas contemporâneos, tais como crime, drogas, medo do crime, desordens físicas e morais, e, em geral, a decadência do bairro, com o objetivo de melhorar a qualidade geral de vida da área. (TROJANOWICZ e BUCQUEROUX, 1994,p.4-5).( Não existe um conceito exclusivo de Polícia Comunitária
3.5.2 Aspectos Gerais
O policiamento comunitário baseia-se em uma modalidade de segurança pública que o agente se aproxima da população, traçando estratégias para que juntos possam resolverem os problemas de insegurança, claro que isso deve ser levado em consideração as dificuldades de aproximação em determinados locais dentre o nosso cenário atual, exemplo disso seriam as comunidades mais carentes espalhadas em todos os cantos do País.
O policiamento comunitário baseia seu objetivo principal em atribuir a sociedade parcela de responsabilização na prevenção ao crime. Incluir a comunidade na solução de seus problemas locais e pedir a ela que explane suas opiniões e, além disso, fazer com que ela trabalhe para prevenir o crime e diminuir suas mazelas sociais é função e objetivo. Se o profissional de segurança não conhece os moradores da comunidade a qual está trabalhando, e se não conhece, principalmente, seus problemas, não atenderá aos princípios do programa comunitário. A criação dos Conselhos Comunitários de Segurança é de fundamental importância para criação de um canal de comunicação entre a instituição e a sociedade, a comunidade se reúne com representantes da polícia para explanar suas opiniões e apresentarem soluções no sentido de estreitarem realmente uma relação produtiva.
O policiamento comunitário leva em consideração algumas questões e acredita que o modelo de patrulhamento deve ser adaptado as necessidades de cada localidade, resumidamente, polícia comunitária é conceito teórico de estudar o problema e buscar soluções junto à comunidade; policiamento comunitário se traduz em ações para buscar soluções a prevenir o problema antes que aconteça, também com apoio da comunidade.
Polícia comunitária é uma filosofia nova que busca resgatar a manchada história das forças de segurança no país. Pelo fato de em outros países a iniciativa ter alcançado sucesso, o Brasil adotou a implantação em todas as polícias do país, resguardadas as devidas proporções referentes a localidades, concomitante com os esforços do Estado para proporcionar à população condições mínimas de moradia e saneamento básico, aí sim a presença da Polícia é de fundamental importância para manter a ordem na localidade. 
Diante da ideia previa acima mencionada sobre Polícia Comunitária vislumbras a necessidade de estabelecer definições para as instituições do Sistema Único de Segurança Pública, com isso estrategicamente a Diretriz Nacional de Polícia Comunitária, tem como objetivo a estruturação do Plano Nacional de Polícia Comunitária. Definir os princípios basilares do Plano Nacional de Polícia Comunitária, com vistas para o aperfeiçoamento em todo o território nacional.
A presente Diretriz serve como orientação aos órgãos de segurança pública federais, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, os principais objetivos desta Diretriz Nacional é Padronizar fundamentos e conceitos de Polícia Comunitária, difundir as diretrizes gerais do Plano Nacional de Polícia Comunitária, e inspirar e basear a institucionalização de políticas e estratégias organizacionais de Polícia Comunitária no âmbito das instituições de Segurança Pública.
3.5.3 Integração
Somente o projeto da Policia Comunitária não é o suficiente para essa interação, certamente a necessidade da atuação do poder público, é de suma importância, firmar parceria entre a comunidade, instituições policiais e demais órgãos governamentais. O objetivo comum às organizações que compõem o Sistema de Segurança Pública é o bom atendimento à população. Isso deve contar com a participação de todos os Policiais nesse processo de integração. O trabalho integrado na nova filosofia deverá ser cooperativo e complementar, respeitando a missão, cultura e tradição de cada organização. Não obstante a necessidade de promover as mudanças de ambiente necessárias à melhoria da qualidade de vida da comunidade, não se pode esquecer da importância de se incentivar a mesma interação com os demais órgãos governamentais, autoridades constituídas, empresas, associações, ONG’s.
3.5.4 Elementos de Polícia Comunitária
A titulo de conhecimento os Elementos de Polícia Comunitária previstos na Diretriz Nacional de Polícia Comunitária seguem abaixo:
- Prevenção do crime baseada na comunidade,
- Reorientação das atividades de patrulhamento, 
- Aumento da responsabilização da polícia, 
- Descentralização do comando, 
- Supervisão 
- Policiamento orientado para solução de problemas.
3.5.5 Ajuda as pessoas com necessidades especiais 
Focar no atendimento as pessoas mais vulneráveis, jovens, idosos, minorias, pobres, pessoas com deficiência, entre outros. Nesse aspecto deve-se observar o fator de ser justo a sociedade onde todos os membros desfrutem de modo pleno e igual, os direitos humanos sem discriminação e no grau máximo compatível com as liberdades alheias.
3.5.6 Reciprocidade Entre Polícia e População
 A evolução das instituições policiais está diretamente ligada com as mudanças na sociedade, isto é, à medida que haja sua evolução, modifica-se a maneira de produção da ordem pública. Apenas assim, a legitimidade das ações policiais obtém o reconhecimento necessário para sua prática. 
3.5.7 Transparência E Controle Das Atividades
 A transparência das ações é fundamental para o desenvolvimento da confiança, principalmente na relação entre comunidade e policiais. A comunidade será incentivada a fazer o acompanhamento do programa, participando da avaliação conjunta de suas ações e de sua divulgação junto à mídia. Quanto maior for a interação entre a polícia e a comunidade, melhor será a transparência no controle das atividades, haja vista que serão realizadas em conjunto.
3.5.8 Visita Comunitária 
Efetuar visita periódicas pelo Policiais atuantes no projeto aos membros da comunidade do setor de sua responsabilidade, residências, comércios, bancos, escolas, creches, igrejas, lideranças comunitárias, órgãos públicos. Nesse aspecto é interessante que o Policial abra seu leque de conhecimentos.
3.5.9 Visita Solidária
Consiste no contato do policial com a vítima da ocorrência policial no sentido de demonstrar que teve conhecimento da ocorrência e que a Polícia está envidando esforços para manter a segurança pública na região, devendo orientar a vítima da importância da prevenção primária. 
3.5.10 Mobilização Comunitária 
Esse fenômeno acontecera naturalmente após a população começar a ver o resultado do projeto de Polícia Comunitária desenvolvida em sua região, nesse caso um fala com o outro, demostra resultados efetivos e consequentemente a comunidade começa a demonstrar interesse em participar, ser útil e consequentemente viver em uma localidade mais segura e com atendimentos mais eficazes.
 4. AS POLÍCIAS MILITARES E A QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL
4.1 Aspectos Gerais
 O texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é aberto pela afirmação da liberdade e da igualdade de todos os seres humanos.
Estes dois direitos constituem o pilar de toda a Declaração, e é importante considerar que um depende do outro: se a liberdade for violada isso implica diretamente na igualdade tal como a desigualdade acaba limitando a liberdade. Essa dependência entre os dois direitos demanda atenção em relação aos povos indígenas.
 A Organização da Nações Unidas relata que o povo indígena é demandado de todos os direitos humanos reconhecidos, ainda levando em consideração que o povo indígena possui direitos coletivos que são essenciais para sua existência, desenvolvimento e bem estar. 
 Assim devemos considerar que qualquer ato que implique limitações a sua existência enquanto povos diferentes fere na violação de seus direitos humanos fundamentais.
 Historicamente é conhecimento as injustiças sofridas pelos povos indígenas, seja no passado e no presente, principalmente no tocante a subtração de suas terras e recursos, resultando no impedimento de exercer seus direitos ao desenvolvimento de acordo com suas necessidades e interesses.A extensão do direito a esses grupos vem do reconhecimento de que historicamente eles foram subjugados, ainda sendo alvo de discriminações ou políticas que os obriga a assimilarem o que lhe são impostos, tem seus direitos usurpados, direitos esses importantíssimos para sua existência enquanto coletividade.
 A Declaração Universal dos Direitos Humanos contundente que a liberdade e a igualdade de todos os seres humanos “em dignidade e em direitos” constituem o pilar de toda a Declaração.
 A ONU afirma que os indígenas têm direito “a todos os direitos humanos reconhecidos no direito internacional”, devendo observar que os povos indígenas gozam de direitos. A assembleia Geral das Nações Unidas aprova, em setembro de 2007, a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (DDPI). A Declaração da Organização das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (DDPI) reconhece que são graves as injustiças sofridas pelos povos indígenas no tocante a subtração de suas terras. 
4.2 Da Atuação Policial
 Trazendo para os dias atuais e para atividade desenvolvida pelas forças de segurança Pública do País, alguns fóruns promovidos por autoridades esclarecem algumas dúvidas sobre o tema e é de fundamental importância instruir e preparar os agentes para que, quando for necessário intervir em situações envolvendo povos indígenas, resulte na correta aplicação das leis vigentes e não venham ferir os direitos humanos essências dos índios. E quais seriam os temas discutido nos fóruns: de quem é a competência para apurar uma infração cometida por um indígena? Como fazer para verificar uma denúncia ou até mesmo levar uma intimação sendo que as policias civil e militar não podem entrar em terra indígena.
 Quando são vítimas ou autores de crimes de quem é a competência apurar? Pois bem para iniciarmos cabe salientar que nos (Capitulo II Art 20 XI, Capitulo VIII, Art 231, § 1º e § 2º, da Constituição Federal de 1988), versa que as terras onde vivem as comunidades indígenas é de propriedade da União, cabe a Policia Federal atuar quando necessário for, conforme previsto nos artigos 144, Incisos I e IV, CF/88.
O órgão assistencialista aos índios é a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), O Artigo 34, da Lei n.º 6001/73 relata que a FUNAI pode solicitar apoio da Policia Federal, forças armadas e auxiliares, para proteger suas terras.
 Em fim havendo qualquer tipo de violação ao patrimônio indígena, independente para quais os fins seja, agricultura ou garimpo cabe a Justiça Federal a responsabilidade de atuação, geralmente motivada pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que acionará os órgãos competentes que deveram adotar as medidas cabíveis, inclusive investigações e prisões em flagrante.
Quando os índios tem suas terras invadidas por madeireiros que devastam o local, o crime fica a cargo da Justiça Federal, pois tal agressão envolve todos os moradores da aldeia. 
 Quando o índio passa viver em meio a cidade, compra de maneira convencional sua terra, (contrato de compra e venda), esta terra não pertence ao patrimônio indígena protegido pela Justiça Federal, passa ser de responsabilidade para fins de julgamento de causas da Justiça Estadual.
A Policia Judiciaria Estadual passa ser responsável pela investigação e a Policia Militar por solicitação do judiciário preste apoio em caso de prisão, reintegração de Posse, podendo a FUNAI acompanhar o evento. Esse tema é regulado pela Súmula n.º 140 do Superior Tribunal de Justiça, que determina, “compete a justiça comum estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima.” (STJ, 1995). 
 No caso que em integrantes da Policial Militar se deparem com uma situação que um indivíduo índio adulto acabara de cometer crime de natureza comum, roubo, furto, deverão os Militares fazer o encaminhamento do autor a Delegacia de Polícia Civil para procedimentos cabíveis, prisão em flagrante ou inquérito Policial.
Caso o índio saia de sua aldeia, que é protegida constitucionalmente pela união, porém arruma briga na cidade, entende-se que essa agressão só diz respeito a ele e não a população indígena, portando será de responsabilidade da Policia Civil e da Justiça Estadual.
Para os crimes com pena de até dois anos observar o artigo 8º, da Lei n.º 9.099/95 (BRASIL, 1995), que proíbe que sejam partes no processo os incapazes, nesse caso deve-se observar se o índio é alfabetizado, saber ler e escrever em português, se tem endereço fixo, nesse caso poderá ser lavrado o Termo circunstanciado, ficando acordado que o indígena deverá comparecer quando solicitado pela autoridade competente. 
Se o crime cometido for contra um bem da União, estiver usando moeda falsa ou até mesmo falsificando, o crime será de competência da Justiça Federal, se for vítima de um crime comum, figurará no flagrante ou inquérito e no processo criminal como vítima na Justiça Estadual. 
No caso de um índio adolescente cometer ato infracional ou na qualidade de vítima, será encaminhado à Delegacia Especializada do Adolescente onde receberá o tratamento previsto na Lei n.º 8.069/90, (BRASIL, Lei n.º 8.069, Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990). 
Nos dias atuais onde a mulher é vítima constante de feminicídio é de suma importância citar que em caso de um índio ser preso por ter agredido sua esposa, será encaminhado para Delegacia da Mulher, onde responderá de acordo com a Lei n.º 11.340 (BRASIL, 2006) e será julgado pela Justiça Comum.
 	Por fim chegamos à conclusão que a atuação das Policias dependerá do bem jurídico afetado, do tipo de crime cometido e levar em consideração a situação cultural.
5. CONCLUSÃO 
 	Ao longo desse trabalho observamos o que são os direitos humanos, sua origem, em que contexto foram criados e como esses direitos humanos são aplicados na sociedade, além de notar como as minorias que são por sua vez a parcela mais frágil da sociedade, tem constantemente seus direitos violados e por isso o Estado deve ter um maior cuidado para com essa parcela da população.
 	 Vimos também que a Constituição Federal de 1988 determina que os direitos do povo brasileiro devem ser respeitados e também quais Instituições são incumbidas para fornecer a segurança pública, detalhando a atribuição de cada instituição policial existente no Brasil.
	Ilustramos alguns conceitos contidos na Diretriz Nacional de Polícia Comunitária, a atuação da Policia Junto a sociedade, a integração com outros órgãos.
 	E por fim podemos relembrar como a polícia deve proceder na sua atividade cotidiana com a questão indígena no Brasil, como a Constituição trata o tema indígena e como as policias devem agir diante de tais situações, tanto em terras indígenas quanto em as situações de indígenas que vez vivem em cidades, chegando à conclusão que a atuação das Policias dependerá do bem jurídico afetado, do tipo de crime cometido e levar em consideração a situação cultural.
6. REFERÊNCIAS
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
DIREITOS HUMANOS E ATUAÇÃO POLICIAL
REVISTA DE CIENCIAS POLITICAS DH APMG 2020
CARTILHA SENASP
REVISTA APMG
7. DOCUMENTOS CONSULTADOS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo descomplicado. 14° ed. rev. e atual.  Rio de Janeiro: Impetus, 2007.
BALESTRERI, Ricardo Brisola. Direitos Humanos: Coisa de Polícia. Passo Fundo: Paster Editora, 1998.
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DIRETRIZ NACIONAL DE POLÍCIA COMUNITÁRIA. Brasília-. DF, 2019. 1. Diretriz. 2. Nacional. 3. Polícia Comunitária. I. Título.

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