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ARTIGO LARA GADELHA

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ALIENAÇÃO PARENTAL: PSICOLOGICAMENTE E JURIDICAMENTE 
 
 Lara Gadelha Leal 
Aluna do 8° período do curso de Direito Faculdade Estácio de Sá 
 
RESUMO: ​Este Artigo Científico tem como objetivo tratar sobre a Alienação 
Parental, e seus efeitos na vida da criança ou adolescente que passa por esta 
síndrome de que maneira os alienantes agem, na qual as leis em que se estabelece 
a pena contra infratores da mesma, que poderão ser impostos pelos Juízes das 
varas cíveis de acordo com a lei 12318l2010, como os filhos são afetados 
psicologicamente e como de modo posterior a mesma será atingida por esse abuso. 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Segundo a historiografia, a Alienação Parental sempre existiu, mas somente agora​, 
com a importância do afeto nas relações familiares e com a ​conscientização da 
paternidade responsável, é que passou a ter pertinência para a sociedade. 
Pode ter acontecido até mesmo na sua família, onde um dos genitores não aceita 
bem o rompimento indesejado, a ocorrência é bem típica, inerente á múltiplas 
composições familiares, independente de classe social e outros cenários, onde um 
dos começa a gerar uma serie de manipulações, acusações, ataques psicológicos 
entre genitor e alienante, filho e genitor alvo. 
 
Perante essa importante discussão sobre o tema foi regido uma lei (Lei 12318-2010) 
,para que ​à ​frente dessa situação cruel, insensível, tenha uma luz, uma esperança 
que, embora não traga a resolutividade, considerando a complexidade da 
problemática, mas se apresenta como um instrumento de combate, ao tempo em 
que vem para mitigar os efeitos desse mal que afeta, ás vezes de modo 
silencioso,suas vitimas. Vale ressaltar que, nos últimos tempos, devido á 
conscientização por parte ​IBDFAM - ​Instituto Brasileiro de Direito de Família, ​pois isso 
contribui de forma significativa para o combate, prevenção​ ​da Alienação Parental. 
 
Por causar danos psicológicos, é difícil em alguns casos reconhecer sozinho a 
alienação, porque a Alienação Parental (SAP) mexe no interior, diferente do abuso 
físico, a​busos ​sexuais. A família que vivencia uma experiência desse tipo tem 
extrema necessidade do apoio de um profissional das áreas da Psicologia, da 
Assistência Social e do Advogado, inclusive. 
Adentrando no âmbito jurídico, a Alienação Parental deixa de ser uma questão 
apenas psicológica, passando a ter o caráter judicial, ocasião em que, uma vez 
corroborada a prática dos abusos por parte de um dos genitores, este será julgado 
de acordo com o LEI PENAL DO CÓDIGO CIVIL, podendo sofrer penas graves. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
A Alienação Parental (SAP) surgiu em 1985 por Richard Gardner com a seguinte 
definição. 
​A Síndrome de Alienação Parental (SAP) é um distúrbio da infância que 
aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de crianças. 
Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, 
uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. 
Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a “lavagem 
cerebral, programação, doutrinação”) e contribuições da própria criança para 
caluniar o genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros 
estão presentes, a animosidade da criança pode ser justificada, e assim a 
explicação de Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da criança não é 
aplicável. (GARDNER, 1985) 
Conforme a definição supracitada de Richard Gardner, a Alienação Parental se 
caracteriza quando, da existência de um conflito entre os genitores da criança, um 
passa a manipulá-la com o intuito de afastá-la do genitor alvo, levando a criança a 
uma situação quase inconvertível. 
Bem antes de 1985​, ​quando surgiu a definição dessa síndrome​, ​já havia indícios da 
ocorrência da mesma mas como não era comum falar sobre isso na época era 
simplesmente ignorado e assim a vida continuava. Já hoje no nosso âmbito jurídico 
a discussão sobre Alienação Parental é relevante, tendo assim sido decretado a Lei 
123.18-2010, trazendo conceitos, sanções para os casos que sejam constatados. 
A Descrição mais comum que antecede o distúrbio é o rompimento de um casal, 
onde um dos genitores resiste a aceitar a separação e, fazendo uso da criança para 
reatarem o relacionamento e não surtindo efeito, nutre sentimento de vingança em 
relação ao ex cônjuge, iniciando uma tentativa desenfreada para separar o vínculo 
afetivo entre o filho e o genitor alvo, onde se inicia uma série de acusações, 
desmoralização, com o objetivo de destruir a imagem de outro genitor diante da 
criança, propiciando afastamento e, consequentemente, o sofrimento das vítimas. 
 
Segundo fonte do IBGE, cerca de 95 a 98% no Brasil a mãe que tem o papel de 
alienador, porque na maioria dos casos tem pra si a guarda da criança e por não 
aceitar o fim, tomando raiva do ex-cônjuge, não podendo excluir-se assim o pai, 
sendo que também podem ocorrer casos em que o pai seja o alienador pelos 
mesmos motivos, não aceitar que sua ex-cônjuge siga sua vida sem ele e incitando 
o ódio na criança ( ex: falando que a mãe não gosta mais da criança, que vai 
arranjar outro pai para ela), esses são um dos vários exemplos de alienação. 
O genitor alienante exclui o genitor-alvo da vida dos filhos, não o comunica sobre 
doenças, idas ao médico, sobre notas escolares, sobre festas, troca de médico, 
mudança de escola, tem atitudes em atrapalhar os encontros da criança com o 
genitor-alvo como, por exemplo, atrasar para levar a criança a esses encontros, 
mentir que a criança está doente e não poderá sair, não perguntar á criança se quer 
ver o pai mãe quando este liga, criar outras atividades no dia da visita ̸ para que o 
filho se interesse mais nessas atividades do que interagir com o genitor-alvo, ataca 
psicologicamente a criança dizendo que tem que escolher entre este e aquele, diz 
que o genitor-alvo não o ama pois deixou o seio familiar e pode estar até com outra 
família, não repassa para o filho os presentes que são dados pelo genitor alienado, 
muda para um bairro mais longe para dificultar as visitas e a convivência da criança 
com o genitor-alvo, entre várias outras formas que o genitor alienante tem para 
manipulação. 
A criança alienada apresenta diversos comportamentos atipicos, como a 
demonstração de raiva, ódio contra o genitor-alvo, se negando a conversar, visitar, 
ter contato, cria uma imagem ruim, reprime seus sentimentos e assim tende a 
ficarem mais propensas a ter depressão, ansiedade, ataques de pânico, baixa 
autoestima, cometer suicídio, não conseguir manter relações estáveis quando 
adultas, utilização de drogas e álcool como uma forma de escape. São danos 
psicologicamente tão devastadores que infelizmente podem levar a consequências 
mais graves como a morte, por não conseguir suportar mais a situação. 
 
 
 INDÍCIOS DE QUANDO A CRIANÇA ESTÁ SENDO ALIENADA 
 ​Justificativas fúteis 
 O filho dá pretextos fúteis, com pouca credibilidade ou absurdos, para justificar a 
atitude. 
Ausência de ambivalência.O filho está absolutamente seguro de si, e seu sentimento exprimido pelo genitor 
alienado é maquinal e sem equívoco: é o ódio. 
 Fenômeno de independência. O filho afirma que ninguém o influenciou e que 
chegou sozinho a esta conclusão. 
 Sustentação deliberada. 
O filho adota, de uma forma racional, a defesa do genitor alienador no conflito. 
Ausência de culpa. 
 O filho não sente nenhuma culpa por denegrir ou explorar o genitor alienado. 
Situações fingidas. 
 O filho conta casos que manifestadamente não viveu, ou que ouviu contar. 
Generalização a outros membros da família do alienado. 
Estatísticas sobre a Síndrome da Alienação Parental 
 80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental. 
Estima-se que mais de 20 milhões de crianças sofram este tipo de violência. 
Os casos que chegam à Justiça tem que ser analisados com cuidado, quando se 
constatam indícios de Alienação Parental em qualquer fase do processo, sejam 
declarados ou não de ofício pelo Juiz o processo terá de ter tramitação prioritária, 
fazendo o requerimento do Ministério Público para que seja ouvido com urgência e 
assim tomem as medidas necessárias, tendo em loco a preservação da criança e a 
integridade psicológica da criança ou adolescente, conforme artigo 4º da Lei 
12318/2010). 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante do exposto, constata-se que a alienação parental é uma pauta de 
imensurável importância na sociedade atual, dada sua constante e crescente 
ocorrência, assim como suas implicações e sequelas para os filhos que 
experimento quão doentia reação da parte de um daqueles que são incumbidos pela 
própria natureza – lei da vida, bem como pela lei jurídica, a cuidar e zelar pelo seu 
bem estar geral. 
 
O ser que é submetido à alienação parental vivencia inúmeros acontecimentos que 
encadeiam uma acumulação de sentimentos que podem levar a uma explosão de 
reações e a danos irreversíveis, por isso a premente necessidade de se discorrer 
sobre a temática, além da observância e aplicação da lei, evidentemente, mas 
também a realização de um trabalho de amostragem do que se caracteriza como 
tal, suas nuances, execução e efeitos, considerando que alguns podem vir a 
exercer atitudes isoladas ou que não sejam identificadas de imediato pelo genitor 
vítima ou por outras pessoas da família, conforme contexto de cada caso. É um 
assunto sério e de uma gravidade ocular. 
 
A cultura da alienação deve ser combatida de forma ampla, resistente, intensa e de 
acordo com as faces que adquire nesse entrelaçamento de relações de egoísmo em 
que uma pessoa tomada pelo sentimento de ódio e de vingança mergulha, a ponto 
de não considerar a saúde emocional e psíquica do próprio filho ou criança que diz 
“amar”, uma batalha que deve fazer uso da aplicação da lei, ao mesmo tempo em 
que desenvolve projetos de esclarecimento e conscientização do ato, como 
programas eficientes de constatação, acompanhamento e tratamento das vítimas. 
 
Assim, o enfrentamento da alienação parental deve envolver os múltiplos setores da 
sociedade, em um trabalho de mãos dadas em busca da cultura da paz, da 
aceitação do “não”, da adversidade, contrariedade, do respeito entre aqueles que, 
por um motivo ou outro, decidiram ou decidiu não permanecer com uma relação, 
sabendo que os filhos precisam conviver com todas os familiares, que as crianças 
são parte de cada um e que cada familiar é parte do universo, da vivência, do 
emocional, do psíquico da criança. 
 
Outrossim, sabe-se que os pais são, por excelência e especialmente, o espelho em 
que a criança busca o aprendizado, em que os filhos visualizam atitudes, 
comportamentos, sendo que, ao adotar uma atitude de tal tipo, se está matando o 
emocional da criança, podendo levá-la a uma vida de total desequilíbrio no 
momento e no futuro, conduzi-la a morte no sentido literal, e também ensinando-a 
da forma mais cruel como se reage a uma situação de rejeição, e isso pode atingir 
toda a vida do filho. 
 
Nessa concepção, a abordagem da alienação parental é premente e seu combate 
pode contribuir com várias problemáticas enfrentadas pela criança e pelo 
adolescente, precisa-se correr contra o tempo em que foi ignorada, trilhar pelo 
caminho da informação e da aplicação dos instrumentais jurídicos que pode lançar 
mão, pois a causa da criança e do adolescente é prioridade. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 ​https://direitofamiliar.jusbrasil.com.br/artigos/404018042/o-que-e-alienacao-parental 
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_aliena%C3%A7%C3%A3o_pare
ntal 
https://tribunahoje.com/noticias/saude/2019/08/19/cerca-de-80-dos-filhos-de-pais-se
parados-sofrem-com-chantagens-emocionais-dos-genitores/ 
Fonte: IBGE 
https://direitofamiliar.jusbrasil.com.br/artigos/404018042/o-que-e-alienacao-parental
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_aliena%C3%A7%C3%A3o_parental
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_aliena%C3%A7%C3%A3o_parental
https://tribunahoje.com/noticias/saude/2019/08/19/cerca-de-80-dos-filhos-de-pais-separados-sofrem-com-chantagens-emocionais-dos-genitores/
https://tribunahoje.com/noticias/saude/2019/08/19/cerca-de-80-dos-filhos-de-pais-separados-sofrem-com-chantagens-emocionais-dos-genitores/

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