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Embargos de Declaração no Direito Brasileiro

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1. O que são os embargos de declaração? No Direito brasileiro, a 
expressão embargos de declaração, embargos 
declaratórios ou aclararíeis (sempre usada no plural[1]) refere-se a um 
instrumento jurídico (recurso) pelo qual uma das partes de um processo 
judicial pede ao juiz (ou tribunal) que esclareça determinado aspecto de 
uma decisão proferida quando se considera que há alguma dúvida, 
omissão, contradição ou obscuridade.[2] É pacífico na doutrina que 
possam ser opostos em face de decisão judicial (decisão interlocutória), 
mesmo que não se trate especificamente de sentença ou de acórdão. 
 
2. É cabível contra qual tipo de decisão? Qualquer tipo de decisão 
 
3. Os embargos de declaração visam a reforma, cassação ou 
invalidação da decisão? Visam reformular a decisão de uma forma mais 
clara e objetiva. 
 
4. O que seria obscuridade? De acordo com a doutrina e jurisprudência, 
há obscuridade quando a redação da decisão não é suficientemente 
clara, dificultando sua compreensão ou interpretação. 
 
5. O que seria contradição? Ocorre contradição quando o julgado 
apresenta proposições inconciliáveis, tornando incerto o provimento 
jurisdicional. Há omissão nos casos em que determinada questão ou 
ponto controvertido deveria ser apreciado pelo órgão julgador, mas não o 
foi. 
 
6. O que seria omissão? A omissão constitui negativa de entrega da 
prestação jurisdicional e, segundo o CPC, será considerada omissa a 
decisão que deixar de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de 
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável 
ao caso sob julgamento ou que incorra em qualquer das condutas 
 
7. O que seria erro material? Um equívoco ou uma informação inexata 
contida na sentença configura-se como um erro material no novo CPC. 
Esse equívoco pode ser um cálculo feito de forma errada. Também, a 
ausência de palavras, os erros de digitação, a troca de um nome, etc.. 
 
8. Como funciona a proposição dos embargos? A interposição 
dos embargos se faz através de petição, dirigida ao juiz que emitiu um 
pronunciamento judicial, ou ao relator do acórdão, devendo essa petição 
indicar o defeito que existe no julgado – o ponto obscuro, contraditório 
ou omisso. 
 
9. Como funciona o contraditório? O princípio do contraditório é um 
corolário do princípio do devido processo legal, e significa que todo 
acusado terá o direito de resposta contra a acusação que lhe foi feita, 
utilizando, para tanto, todos os meios de defesa admitidos em direito. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Embargos_declarat%C3%B3rios#cite_note-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_(direito)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_judicial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_judicial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Juiz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Embargos_declarat%C3%B3rios#cite_note-2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decis%C3%A3o_interlocut%C3%B3ria
10. Qual efeito os Eds possuem? Os embargos de declaração não 
possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de 
recurso. Assim, caso a parte oponha embargos de declaração, o prazo 
para eventual recurso é interrompido, de modo que sua contagem é 
reiniciada após o julgamento dos embargos. 
 
11. O que acontece quando são interpostos embargos 
manifestamente protelatórios? Caso os embargos sejam entendidos 
como protelatórios, haverá consequências, pois, os embargantes 
poderão ser penalizados com aplicação de uma multa processual. ... Já 
para os advogados, a rejeição dos embargos com aplicação de multa viola 
princípio constitucional do direito ao contraditório e à ampla defesa dos 
litigantes.

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