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DOR Luan M. Conceito da DOR Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) é a experiencia sensorial e emocional desagradável associada ao dano tecidual real ou potencial, ou descrita como tal dano. • Parte Sensitiva – ardência, queimação • Parte emocional – estresse, ansiedade Fisiopatologia da DOR Quem sente a dor? É uma via AFERENTE que apresenta uma cascata de reação até chegar ao ponto final, o cérebro. 1. Via Aferente 2. Mediadores Inflamatórios (Bradicinina, Serotonina) 3. Nociceptor Periférico (Fibras Adelta, Fibras C) 4. Sistema Nervoso Central (Corno posterior da medula) 5. Inflamação Neurogênica (Vasodilatação, Edema) Quem carrega a dor? Os Nociceptores periféricos que estão localizados na pele, nas estruturas mais profundas somáticas e seu corpo celular fica no gânglio da raiz dorsal. Fibras A delta • Fibra Fina • Mielinizada • Consegue transmitir o local da dor de maneira mais rápida e mais precisa (furo no dedo) Fibras C • Fibra não mielinizada • A noção de dor é uma dor mais difusa Quem Recebe a dor? O corno posterior da medula existe uma integração complexa entre vias ascendentes e descendentes, e assim algumas são excitatórias, outras inibitórias Primeiro vai ter o trato espinotalâmico e o trato espinoreticular que dão as respostas corticais, ou seja, o primeiro neurônio faz a conexão, fazendo com que suba o 2 neurônio pelo trato espinotalamico e espinoreticular e isso vai tanto pro tálamo quanto para os nervos cranianos e acaba indo para o córtex, onde percebe a dor e apresenta a resposta emocional da Dor E no corno ventral e ventromedial da medula vai apresentar os reflexos espinhais como rigidez muscular, hipomotilidade gástrica, inibição do nervo frênico. (no nível da medula) Sensação Dolorosa A sensação dolorosa ocorre da seguinte forma: 1. transdução: a. ativação de nociceptores b. transformação do estímulo nóxico em potencial de ação; 2. transmissão: a. nervo periférico b. gânglio da raiz dorsal da medula c. via neoespinotalâmica d. via núcleo ventral posterolateral e. córtex cerebral; 3. modulação: a. medular e suprassegmentar (cortical, subcortical e tronco cerebral). Transdução Estimulo nocivo que é convertido em impulso elétrico (pisar em um alfinete) A dor nociceptiva começa com o estimulo dos nociceptores Condução O impulso elétrico é conduzido pelos axônios aferentes até raiz dorsal da medula Até esse momento não sentimos DOR. Somente a nocicepção • Nocicepção é um conjunto de eventos neurais através do qual os estímulos nocivos são detectados, convertidos em impulsos nervosos e transmitido da periferia para o SNC A velocidade do impulso vai depender das fibras (Adelta ou C) Transmissão 1. Impulsos elétrico libera neurotransmissores 2. Neurotransmissores se ligam a neuronais da raiz dorsal 3. Estímulos fortes liberam neuropeptídeos (Subs. P) 4. A substancia P (por via neurokinina) gera forte resposta pós sináptico 5. O sinal progride para centros mais altos (Tálamo ou córtex) Percepção Acontece a partir do tálamo Modulação Pode ser: • Facilitada Acontece com uma dor mais forte para justamente o corpo entender a dor • Inibida Uma dor mais fraca Tipos de DOR Primeiro é bom saber sobre a sensibilização, porque quando começa a ter muitos estímulos álgicos contínuos e intensos acontece uma redução do limiar de disparo das fibras nociceptivas, ou seja, vai ser mais fácil ter mais disparo de uma fibra de dor e também aumenta a frequência de disparo das fibras nociceptivas tanto na parte periférica (fibra) quanto na parte central (corno dorsal) Essa parte da sensibilização é importante porque nesse contexto vai surgir no quadro clinico: Alodínia – Estímulos que não causariam dor passam a ativar as fibras nociceptivas e causar dor (colocar o braço em cima da mesa de estudo) Hiperalgesia – Estímulos que causariam dor leve ou moderada passam a causar muita dor (estimulo com uma agulha) Disestesia - sensação anormal espontânea; Hiperestesia - sensibilidade exagerada à estimulação; Dor nociceptiva Ocorre por estímulo e sensibilização persistente dos nociceptores (receptores sensíveis a um estímulo nocivo) ou aferências. Pode ser somática ou visceral: • somática: quando afeta tecidos cutâneos e profundos; • visceral: quando afeta vísceras torácicas, abdominais e pélvicas, podendo se manifestar distante do local onde há lesão anatômica. Dor referida Quando acontece a dor em um local e sente em outro Isso por conta daquele primeiro neurônio que apresenta o corpo celular no gânglio da raiz dorsal e que faz a conexão com o corno posterior da medula. E pode acontecer que dois neurônios façam a conexão no mesmo ponto do corno posterior da medula e assim pode ser que o córtex “entenda” que a dor está em outro local Ex: Neurônio do Ombro D e Diafragma fazem a sinapse no mesmo lugar. Dor Neuropática Vai acontecer quando apresentar lesão ou alterações nas vias da dor, uma lesão neurológica Em casos de dor neuropática pode acontecer o bloqueio da sensação de dor. Ex: Neuropatia diabética, herpes zoster Características da Dor neuropática • Geralmente choque, queimadura ou formigamento • Apresenta hiperalgesia e Alodínia • Dificuldade em localizar a dor Hiperatividade do SNC e das vias periféricas contribuem para a dor neuropática Dor mista Entre todas, é o tipo de dor mais comum. É ocasionada por componentes nociceptivos e neuropáticos. Ex: Hespes-zoster, Enxaqueca Dor Aguda x Dor Crônica Não tem uma definição especifica para que a dor deixe de ser aguda para ser crônica Mas como que acontece? Acontece um mecanismo complexo após a sensibilização central, onde vai apresentar ação de receptores específicos (NMDA) E segundos mensageiros (subst. P, PTN Kinase C) 1.Dor aguda Caracterizada por: • Duração limitada • Responde ao tratamento • Início Subito • Localizada • Aciona o SN simpático podendo causar Taquipneia, Taquicardia, Sudorese • Neurotransmissor sendo o Glutamato 2.Dor Crônica Caracterizada por: • Transmissao pela fibra C • Destruição tecidual • Adapatção Fisiologica • Difusa • Resistente ao tratamento • Dor prolongada por mais de 3 semanas • Neurotransmissor sendo o Glutamato e a Subst. P O que aumenta ou diminui a DOR Parte fisiológica 1. Via ascendente da dor – que causa a dor (estimulatória) Trato espinotalâmico – tálamo – cíngulo anterior – córtex frontal insular / córtex somatossensorial 2. Via Descente da dor – via inibitória da dor Córtex frontal / hipotálamo - mesencéfalo – Medula Avaliação da DOR A avaliação da dor é muito subjetiva • Anamnese • Exame clínico • Escala de dor – mais objetivo Escala de dor • Escala análogo visual – mais utilizada para estudos científicos • Escala numérica (0 a 10) – mais utilizada na pratica • Escala facial de dor – mais utilizadas em crianças São classificadas em • Unidimensionais – Avaliam apenas uma dimensão ➢ Numéricas ➢ Faces ➢ Análogas • Multidimensionais – Avaliam mais de uma dimensão ➢ Atividade diária (Se empata na realização das atividades) ➢ Indicadores Fisiológicos Tratamento da DOR Primeira ver ser dar pra tirar a causa da dor Tratamento Farmacológico (Escada analgésica da dor) 1. Analgésicos comuns 2. Opioides + analgésicos comuns 3. Opioides fortes + analgésicos comuns 4. Procedimentos invasivos + opioides fortes + analgésicos comuns Analgésicos comuns Mais utilizados são • Dipirona • Paracetamol • AAS • AINES 1 linha seria dipirona/paracetamol e AINES AAS e AINEs tem efeito anti inflamatório Opioides mais utilizados • Morfina • Codeína • Oxicodona • Hidrocodona • Metadona • Fentanil Os opioides vão: • ativar neurônios inibitórios moduladores da dor • Inibem diretamente neurônios da via noceceptiva• Atuam predominante nos receptores MU • Podem ser de uso IV / IM / VO / CUTÂNEOS • Alteram a resposta emocional da dor Tomar cuidado com o SINERGIMOS com os benzodiazepínicos Sinergismo -> 2 +2 = 5 -> ou seja aumenta mais que o normal o efeito do medicamento Opioides pode ser encaixado por ACP – a analgesia controlada pelo paciente Tratamento medicamentoso adjuvante Antidepressivos Mais utilizado: Tricíclicos - Atua mais na dor crônica Efeitos sinérgico com os opioides Gabapentóides Mais utilizados – Gabapentina e pregabalina Utilizado em dor neuropática pois diminui o consumo de opioides e assim diminuindo a chance dos efeitos colaterais dos opioides
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