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Tolerância e autoimunidade

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1 Imunologia – 5º semestre 
Tolerância imunológica: a não responsividade a um 
antígeno. 
CONCEITOS: 
• TOLERÓGENO: antígeno que induz a tolerância 
(antígenos tolerogênicos) – oposto de 
imunógenos. 
• AUTOTOLERÂNCIA: tolerância aos autoantígenos; 
• AUTOIMUNIDADE: falha na autotolerância, que 
resulta em reações imunológicas contra 
antígenos próprios (autoantígenos ou antígenos 
autólogos); 
Quando linfócitos específicos encontram antígenos, estes 
podem ser ativados, induzindo respostas imunológicas; 
esses linfócitos também podem ser inativados ou 
eliminados, levando à tolerância. 
OBS: indivíduos normais são tolerantes aos seus próprios 
antígenos, já que os linfócitos responsáveis pelo 
reconhecimento dos autoantígenos estão eliminados ou 
inativados. 
 
A tolerância central certifica-se de que o repertório de 
linfócitos maduros se torne capaz de responder a 
autoantígenos que são expressos em órgãos linfoides 
centrais (timo – para células T; medula óssea – para 
células B). 
Entretanto, a tolerância central não é perfeita e alguns 
linfócitos autorreativos acabam por completar essa 
maturação. Dessa maneira, os mecanismos de tolerância 
periférica são necessários para prevenir a ativação desses 
linfócitos potencialmente perigosos. 
TOLERÂNCIA EM LINFÓCITOS T: 
Central: 
 
Ou as células T são levadas à apoptose, quando são 
específicas para autoantígenos, ou são transformadas em 
células Treg, produzindo IL-10 e diminuindo a atividade 
de células T CD4 e 8, diminuindo a resposta imune e 
consequentemente, o processo inflamatório. 
 
 
Periférica: 
 
2 Imunologia – 5º semestre 
 
Anergia: a APC, ao apresentar algo próprio, não tem 
correceptores (como B7, que ligaria ao CD28), ou 
apresentem receptores inibitórios, fazendo com que não 
haja uma sinalização efetiva para a célula T. 
Supressão: células T reg inibem a ativação de CD4 ou CD8 
por expressão de CTLA4 com B7. 
 Obs: células T podem inibir também outras 
células como B e NK. 
Deleção: presença de citocinas que estimulam a apoptose 
de células T estimuladas por algo próprio. 
TOLERÂNCIA EM LINFÓCITOS B: 
Central: 
 
Periférica: 
 
Anergia: faz com que a celula B diminua seus receptores 
de membrana; 
Deleção: estimulação de apoptose 
Regulação através de receptores inibitórios. 
TOLERÂNCIA ORAL: 
Capacidade do organismo de tolerar alimentos e que o 
corpo poderia reconhecer como estranho → gerando um 
processo autoimune contra o alimento (é diferente de se 
ter alergia). 
Produção de células T regulatórias agem para que não 
exista uma resposta autoimune. Inibe constantemente a 
formação de padrões Th1 e Th2. 
A AUTOIMUNIDADE 
Se todo o processo de tolerância falhar, ocorre o que é 
chamado de doença autoimune. 
Características: 
• Podem ser sistêmicas ou órgão-específicas 
(dependendo da distribuição dos autoantígenos 
que são reconhecidos); 
• Possuem vários mecanismos efetores que são 
responsáveis pela lesão do tecido em diferentes 
doenças autoimunes (deposição de 
imunocomplexos, produção de anticorpos 
circulantes e linfócitos T autorreativos) 
• Tendem a ser crônicas, progressivas e 
autoperpetuadas. As razões para essas 
características são: 
o Os autoantígenos que siaparam essas reações 
são persistentes → mecanismos 
amplificadores 
o Uma resposta iniciada contra um 
autoantígeno que lesiona tecidos podem 
resultar na liberação e alteração de outros 
antígenos teciduais → propagação de epítopo. 
MECANISMOS DAS AUTOIMUNIDADES: 
Tríade: fatores genéticos, imunes e ambientais; quando 
há alguma alteração, é que ocorre a doença autoimune. 
 
3 Imunologia – 5º semestre 
 
Obs: HLA= genes relacionados as moléculas de MHC, que 
produzem os diferentes padrões. (cromossomo 6) 
OBS: quando há muita produção de IFN-gama, pode levar 
a LES. Quando há expressão diminuída de TNF-alfa e TGF-
beta, pode levar a LES. 
Papel das infecções na autoimunidade: 
 
 
DOENÇAS AUTOIMUNES: 
• Anemia hemolítica: hemácias com autoanticorpos anti-
hemácias; 
o Células FcR no sistema fagocítico mononoclear fixo 
→ fagocitose e destruição de hemácias 
o Ativação do complemento e hemólise intravascular 
→ Lise e destruição de hemácias 
• Doença de Graves: produção de anticorpos contra 
receptores do hormônio estimulante da tireoide (TSH). 
• Miastenia grave: produção de anticorpos contra 
receptores de acetilcolina. 
• Diabetes tipo I – Autoimune: células T que reconhecem 
peptídeos das células B do pâncreas (não há produção 
de insulina). 
• Esclerose Múltipla: processo de inflamação na BHE, 
aumentando a permeabilidade de leucócitos e 
proteínas do sangue. Celulas T ativadas tem entrada 
nessa região, produzindo uma inflamação, aumentando 
a quantidade de mastócitos, citocinas e ativação de 
sistema complemento, → com esse aumento, há uma 
ligação de anticorpos e sistema complemento sobre as 
barreiras de mielina dos neurônios, diminuindo a 
atividade neuronal. 
• Artrite reumatóide: migração de células como 
leucócitos e células do sistema complemento para a 
membrana sinovial → produção de citocinas 
inflamatórias → aumento de RANK → ativação de 
células destruidoras de tecido (osteoclastos) → 
processo de destruição da articulação/ cartilagem. 
• Doença de Crohn: no lumen intestinal a presença de 
microorganismos, e peptídeos produzidos por esses, 
que são fagocitados pelas células de Paneth → células 
de defesa estimulam a produção de citocinas, e em tal 
doença há muito mais citocinas pró-inflamatórias do 
que anti. 
• Febre reumática: evento de mimetismo molecular 
(indivíduos com constantes infecções de garganta). A 
 
4 Imunologia – 5º semestre 
produção de anticorpos pode ser direcionada para 
outros tecidos. Processo de inflamação da valva mitral 
→ calcificação da mesma. 
• Lúpus Eritematoso sistêmico: fatores ambientais e 
genéticos geram uma desregulação do sistema imune. 
Dessa forma, há mais apoptose, mas menos clearance 
dessas apoptoses, tendo restos celulares (de DNA) que 
podem ser reconhecidas como antígeno, estimulando a 
produção de anticorpos, que são ligados a restos de 
materiais encontrados, formando imunocomplexos que 
podem se depositar em vasos, causando vasopatias, 
podem levar a danos nos rins por imunodepósitos, com 
destruição de glomérulos. 
• Pênfigo: produção de anticorpos contra caderinas, com 
lesões em mucosa e pele. 
 
Diagnóstico laboratorial das doenças reumáticas: 
Exames mais uteis são aqueles que procuram responder 
uma resposta específica; 
Resultados deve ser interpretado dentro de um quadro 
clínico amplo. 
 
 
VHS: velocidade de hemossedimentação: mede-se a 
extensão da queda das hemácias em uma coluna, num dado 
intervalo de tempo. Encontra-se alterado em vários 
processos inflamatórios, até mesmo neoplasias. É utilizado 
no diagnóstico e monitorização da atividade e da resposta 
terapêutica na artrite reumatóide, lúpus eritematoso 
sistêmico... 
PCR: proteína C reativa – produzida pelo fígado em 
processos inflamatórios. 
EFP: eletroforese de proteínas. (aumento de gama – 
crônico) 
 
Mucoproteínas: aumentam ou diminuem em resposta a 
respostas inflamatórias. 
AUTO-ANTICORPOS: produzidos contra antígenos 
intracelulares. Detecção → quando associada a achados 
clínicos auxilia no diagnóstico de varias doenças reumáticas 
auto-imunes. 
 ATENÇÃO: a presença de auto-anticorpos sem achado 
clínico não é autoimunidade. 
• Fator reumatóide: propriedade de um anticorpo 
(AC) e não um AC específico; provável papel no 
 
5 Imunologia – 5º semestre 
clareamento de ACs e imunocomplexos; Presença 
prolongada de IC e hiper-gama em: doenças 
inflamatórias crônicas > agudas; infecciosas; 
neoplasias; doenças proliferativas; 
crioglobulinemias; idade. 
• Fator anti-núcleo (FAN): teste de 
imunofluorescência indireta para pesquisa de 
anticorpos que reagem contra componentes 
intracelulares;a interpretação da reatividade se 
baseia pelo padrão de fluorescência observado, 
identificando a distribuição dos antígenos nas 
organelas subcelulares.

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