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Logística de Sinalização e Acessibilidade Universidade do Sul de Santa Catarina Disciplina na modalidade a distância Logística de Sinalização e Acessibilidade Universidade do Sul de Santa Catarina Palhoça UnisulVirtual 2011 Logística de Sinalização e Acessibilidade Disciplina na modalidade a distância logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 1 25/07/11 15:01 Créditos Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus UnisulVirtual – Educação Superior a Distância Reitor Unisul Ailton Nazareno Soares Vice-Reitor Sebastião Salésio Heerdt Chefe de Gabinete da Reitoria Willian Máximo Pró-Reitora Acadêmica Miriam de Fátima Bora Rosa Pró-Reitor de Administração Fabian Martins de Castro Pró-Reitor de Ensino Mauri Luiz Heerdt Campus Universitário de Tubarão Diretora Milene Pacheco Kindermann Campus Universitário da Grande Florianópolis Diretor Hércules Nunes de Araújo Campus Universitário UnisulVirtual Diretora Jucimara Roesler Equipe UnisulVirtual Diretora Adjunta Patrícia Alberton Secretaria Executiva e Cerimonial Jackson Schuelter Wiggers (Coord.) Marcelo Fraiberg Machado Tenille Catarina Assessoria de Assuntos Internacionais Murilo Matos Mendonça Assessoria de Relação com Poder Público e Forças Armadas Adenir Siqueira Viana Walter Félix Cardoso Junior Assessoria DAD - Disciplinas a Distância Patrícia da Silva Meneghel (Coord.) Carlos Alberto Areias Cláudia Berh V. da Silva Conceição Aparecida Kindermann Luiz Fernando Meneghel Renata Souza de A. Subtil Assessoria de Inovação e Qualidade de EAD Denia Falcão de Bittencourt (Coord) Andrea Ouriques Balbinot Carmen Maria Cipriani Pandini Iris de Sousa Barros Assessoria de Tecnologia Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) Felipe Jacson de Freitas Jefferson Amorin Oliveira Phelipe Luiz Winter da Silva Priscila da Silva Rodrigo Battistotti Pimpão Tamara Bruna Ferreira da Silva Coordenação Cursos Coordenadores de UNA Diva Marília Flemming Marciel Evangelista Catâneo Roberto Iunskovski Assistente e Auxiliar de Coordenação Maria de Fátima Martins (Assistente) Fabiana Lange Patricio Tânia Regina Goularte Waltemann Ana Denise Goularte de Souza Coordenadores Graduação Adriano Sérgio da Cunha Aloísio José Rodrigues Ana Luísa Mülbert Ana Paula R. Pacheco Arthur Beck Neto Bernardino José da Silva Catia Melissa S. Rodrigues Charles Cesconetto Diva Marília Flemming Fabiano Ceretta José Carlos da Silva Junior Horácio Dutra Mello Itamar Pedro Bevilaqua Jairo Afonso Henkes Janaína Baeta Neves Jardel Mendes Vieira Joel Irineu Lohn Jorge Alexandre N. Cardoso José Carlos N. Oliveira José Gabriel da Silva José Humberto D. Toledo Joseane Borges de Miranda Luciana Manfroi Luiz G. Buchmann Figueiredo Marciel Evangelista Catâneo Maria Cristina S. Veit Maria da Graça Poyer Mauro Faccioni Filho Moacir Fogaça Nélio Herzmann Onei Tadeu Dutra Patrícia Fontanella Rogério Santos da Costa Rosa Beatriz M. Pinheiro Tatiana Lee Marques Valnei Carlos Denardin Roberto Iunskovski Rose Clér Beche Rodrigo Nunes Lunardelli Sergio Sell Coordenadores Pós-Graduação Aloisio Rodrigues Bernardino José da Silva Carmen Maria Cipriani Pandini Daniela Ernani Monteiro Will Giovani de Paula Karla Leonora Nunes Leticia Cristina Barbosa Luiz Otávio Botelho Lento Rogério Santos da Costa Roberto Iunskovski Thiago Coelho Soares Vera Regina N. Schuhmacher Gerência Administração Acadêmica Angelita Marçal Flores (Gerente) Fernanda Farias Secretaria de Ensino a Distância Samara Josten Flores (Secretária de Ensino) Giane dos Passos (Secretária Acadêmica) Adenir Soares Júnior Alessandro Alves da Silva Andréa Luci Mandira Cristina Mara Schauffert Djeime Sammer Bortolotti Douglas Silveira Evilym Melo Livramento Fabiano Silva Michels Fabricio Botelho Espíndola Felipe Wronski Henrique Gisele Terezinha Cardoso Ferreira Indyanara Ramos Janaina Conceição Jorge Luiz Vilhar Malaquias Juliana Broering Martins Luana Borges da Silva Luana Tarsila Hellmann Luíza Koing Zumblick Maria José Rossetti Marilene de Fátima Capeleto Patricia A. Pereira de Carvalho Paulo Lisboa Cordeiro Paulo Mauricio Silveira Bubalo Rosângela Mara Siegel Simone Torres de Oliveira Vanessa Pereira Santos Metzker Vanilda Liordina Heerdt Gestão Documental Lamuniê Souza (Coord.) Clair Maria Cardoso Daniel Lucas de Medeiros Eduardo Rodrigues Guilherme Henrique Koerich Josiane Leal Marília Locks Fernandes Gerência Administrativa e Financeira Renato André Luz (Gerente) Ana Luise Wehrle Anderson Zandré Prudêncio Daniel Contessa Lisboa Naiara Jeremias da Rocha Rafael Bourdot Back Thais Helena Bonetti Valmir Venício Inácio Gerência de Ensino, Pesquisa e Extensão Moacir Heerdt (Gerente) Aracelli Araldi Elaboração de Projeto e Reconhecimento de Curso Diane Dal Mago Vanderlei Brasil Francielle Arruda Rampelotte Extensão Maria Cristina Veit (Coord.) Pesquisa Daniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) Mauro Faccioni Filho(Coord. Nuvem) Pós-Graduação Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.) Biblioteca Salete Cecília e Souza (Coord.) Paula Sanhudo da Silva Renan Felipe Cascaes Gestão Docente e Discente Enzo de Oliveira Moreira (Coord.) Capacitação e Assessoria ao Docente Simone Zigunovas (Capacitação) Alessandra de Oliveira (Assessoria) Adriana Silveira Alexandre Wagner da Rocha Elaine Cristiane Surian Juliana Cardoso Esmeraldino Maria Lina Moratelli Prado Fabiana Pereira Tutoria e Suporte Claudia Noemi Nascimento (Líder) Anderson da Silveira (Líder) Ednéia Araujo Alberto (Líder) Maria Eugênia F. Celeghin (Líder) Andreza Talles Cascais Daniela Cassol Peres Débora Cristina Silveira Francine Cardoso da Silva Joice de Castro Peres Karla F. Wisniewski Desengrini Maria Aparecida Teixeira Mayara de Oliveira Bastos Patrícia de Souza Amorim Schenon Souza Preto Gerência de Desenho e Desenvolvimento de Materiais Didáticos Márcia Loch (Gerente) Desenho Educacional Cristina Klipp de Oliveira (Coord. Grad./DAD) Silvana Souza da Cruz (Coord. Pós/Ext.) Aline Cassol Daga Ana Cláudia Taú Carmelita Schulze Carolina Hoeller da Silva Boeing Eloísa Machado Seemann Flavia Lumi Matuzawa Gislaine Martins Isabel Zoldan da Veiga Rambo Jaqueline de Souza Tartari João Marcos de Souza Alves Leandro Romanó Bamberg Letícia Laurindo de Bonfim Lygia Pereira Lis Airê Fogolari Luiz Henrique Milani Queriquelli Marina Melhado Gomes da Silva Marina Cabeda Egger Moellwald Melina de La Barrera Ayres Michele Antunes Corrêa Nágila Hinckel Pâmella Rocha Flores da Silva Rafael Araújo Saldanha Roberta de Fátima Martins Roseli Aparecida Rocha Moterle Sabrina Bleicher Sabrina Paula Soares Scaranto Viviane Bastos Acessibilidade Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) Letícia Regiane Da Silva Tobal Mariella Gloria Rodrigues Avaliação da aprendizagem Geovania Japiassu Martins (Coord.) Gabriella Araújo Souza Esteves Jaqueline Cardozo Polla Thayanny Aparecida B.da Conceição Gerência de Logística Jeferson Cassiano A. da Costa (Gerente) Logísitca de Materiais Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.) Abraao do Nascimento Germano Bruna Maciel Fernando Sardão da Silva Fylippy Margino dos Santos Guilherme Lentz Marlon Eliseu Pereira Pablo Varela da Silveira Rubens Amorim Yslann David Melo Cordeiro Avaliações Presenciais Graciele M. Lindenmayr (Coord.) Ana Paula de Andrade Angelica Cristina Gollo Cristilaine Medeiros Daiana Cristina Bortolotti Delano Pinheiro Gomes Edson Martins Rosa Junior Fernando Steimbach Fernando Oliveira Santos Lisdeise Nunes Felipe Marcelo Ramos Marcio Ventura Osni Jose Seidler Junior Thais Bortolotti Gerência de Marketing Fabiano Ceretta (Gerente) Relacionamento com o Mercado Eliza Bianchini Dallanhol Locks Relacionamento com Polos Presenciais Alex Fabiano Wehrle (Coord.) Jeferson Pandolfo Karine Augusta Zanoni Marcia Luz de Oliveira Assuntos Jurídicos Bruno Lucion Roso Marketing Estratégico Rafael Bavaresco Bongiolo Portal e Comunicação Catia Melissa Silveira Rodrigues Andreia Drewes Luiz Felipe Buchmann Figueiredo Marcelo Barcelos Rafael Pessi Gerência de Produção Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente) Francini FerreiraDias Design Visual Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.) Adriana Ferreira dos Santos Alex Sandro Xavier Alice Demaria Silva Anne Cristyne Pereira Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro Daiana Ferreira Cassanego Diogo Rafael da Silva Edison Rodrigo Valim Frederico Trilha Higor Ghisi Luciano Jordana Paula Schulka Marcelo Neri da Silva Nelson Rosa Oberdan Porto Leal Piantino Patrícia Fragnani de Morais Multimídia Sérgio Giron (Coord.) Dandara Lemos Reynaldo Cleber Magri Fernando Gustav Soares Lima Conferência (e-OLA) Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.) Bruno Augusto Zunino Produção Industrial Marcelo Bittencourt (Coord.) Gerência Serviço de Atenção Integral ao Acadêmico Maria Isabel Aragon (Gerente) André Luiz Portes Carolina Dias Damasceno Cleide Inácio Goulart Seeman Francielle Fernandes Holdrin Milet Brandão Jenniffer Camargo Juliana Cardoso da Silva Jonatas Collaço de Souza Juliana Elen Tizian Kamilla Rosa Maurício dos Santos Augusto Maycon de Sousa Candido Monique Napoli Ribeiro Nidia de Jesus Moraes Orivaldo Carli da Silva Junior Priscilla Geovana Pagani Sabrina Mari Kawano Gonçalves Scheila Cristina Martins Taize Muller Tatiane Crestani Trentin Vanessa Trindade Avenida dos Lagos, 41 – Cidade Universitária Pedra Branca | Palhoça – SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: cursovirtual@unisul.br | Site: www.unisul.br/unisulvirtual logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 2 25/07/11 15:01 Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo Victor Henrique Moreira Ferreira Palhoça UnisulVirtual 2011 Design instrucional Lucésia Pereira 1ª edição revista Logística de Sinalização e Acessibilidade Livro didático logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 3 25/07/11 15:01 Edição – Livro Didático Professores Conteudistas Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo Victor Henrique Moreira Ferreira Design Instrucional Lucésia Pereira Assitente Acadêmico Roberta de Fátima Martins (1ª ed. rev.) Projeto Gráfico e Capa Equipe UnisulVirtual Diagramação Adriana Ferreira dos Santos Oberdan Piantino (1ª ed. rev.) Revisão Ortográfica B2B Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul Copyright © UnisulVirtual 2011 Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição. 658.78 F68 Figueiredo, Luiz Guilherme Buchmann Logística de sinalização e acessibilidade : livro didático / Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo, Victor Henrique Moreira Ferreira ; design instrucional Lucésia Pereira ; [assistente acadêmico Roberta de Fátima Martins]. – 1. ed. rev. – Palhoça : UnisulVirtual, 2011. 162 p. : il. ; 28 cm. Inclui bibliografia. 1. Logística empresarial. 2. Distribuição. I. Ferreira, Victor Henrique Moreira. II. Pereira, Lucésia. III. Martins, Roberta de Fátima. IV. Título. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 4 25/07/11 15:01 Sumário Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 UNIDADE 1 - A sinalização como comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 UNIDADE 2 - Padronização e localização dos sinais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 UNIDADE 3 - Acessibilidade: logística e legislação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 UNIDADE 4 - Legislação sobre utilização de áreas públicas . . . . . . . . . . . . 103 UNIDADE 5 - Sinalização e acessibilidade: as parcerias e as soluções . . . 125 Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Sobre os professores conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . 157 Biblioteca Virtual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 5 25/07/11 15:01 logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 6 25/07/11 15:01 Apresentação Este livro didático corresponde à disciplina Logística de Sinalização e Acessibilidade. O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma e aborda conteúdos especialmente selecionados e relacionados à sua área de formação. Ao adotar uma linguagem didática e dialógica, objetivamos facilitar seu estudo a distância, proporcionando condições favoráveis às múltiplas interações e a um aprendizado contextualizado e eficaz. Lembre-se que sua caminhada, nesta disciplina, será acompanhada e monitorada constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual, por isso a “distância” fica caracterizada somente na modalidade de ensino que você optou para sua formação, pois na relação de aprendizagem professores e instituição estarão sempre conectados com você. Então, sempre que sentir necessidade entre em contato; você tem à disposição diversas ferramentas e canais de acesso tais como: telefone, e-mail e o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem, que é o canal mais recomendado, pois tudo o que for enviado e recebido fica registrado para seu maior controle e comodidade. Nossa equipe técnica e pedagógica terá o maior prazer em lhe atender, pois sua aprendizagem é o nosso principal objetivo. Bom estudo e sucesso! Equipe UnisulVirtual. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 7 25/07/11 15:01 logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 8 25/07/11 15:01 Palavras dos professores Estimado(a) aluno(a), Você já imaginou como seria viver em um mundo sem nenhum tipo de indicação? Como seria sair de casa e não saber nem mesmo como retornar? Mesmo em um passado remoto, devemos considerar que a noção de espaço e de localização sempre foi estratégica e que as definições destes espaços foram motivo de inúmeras guerras. E se considerarmos o fenômeno de transporte, então? Como você sabe, o fluxo de trânsito de pedestres e veículos é baseado em normas de trânsito. Mesmo os aviões seguem vias definidas por altitudes. O conhecimento dessas normas chega até nós através da sinalização. A partir de agora, você irá verificar como os sinais e as normas de acessibilidade facilitam a vida de todas as pessoas, além de permitirem a inclusão social de portadores de necessidades especiais. Bons estudos! Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo Victor Henrique Moreira Ferreira logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 9 25/07/11 15:01 logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 10 25/07/11 15:01 Plano de estudo O plano de estudos visa orientá-lo/la no desenvolvimento da Disciplina. Nele, você encontrará elementos que esclarecerão o contexto da Disciplina e sugerirão formas de organizar o seu tempo de estudos. O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam. Assim, a construção de competências se dá sobre a articulação de metodologias e por meio das diversas formas de ação/mediação. São elementos desse processo: � o livro didático; � o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem - EVA; � as atividades de avaliação (complementares, a distância e presenciais). Ementa Logística: conceitos e aplicabilidade. Comunicação visual. A importância da sinalização e sua aplicabilidade. Natureza e características dos materiais de sinalização. Tipologia e classificação de sinalização. Tecnologia e padrões de acessibilidade. Parcerias entre proprietários rurais. Legislação avançada sobre uso de terrenos e terras públicas. Carga Horária 60 horas – 4 créditos. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb11 25/07/11 15:01 12 Universidade do Sul de Santa Catarina Objetivos Gerais: Desenvolver conhecimentos sobre a logística da sinalização e difundir a política da acessibilidade em atrativos turísticos e meios de hospedagem. Específicos: � Conhecer os aspectos históricos da comunicação visual e sua utilização na sinalização. � Identificar os materiais utilizados para a sinalização visual. � Compreender a importância da acessibilidade em meios de hospedagem e atrativos turísticos. � Reconhecer a legislação referente à utilização de locais públicos e da acessibilidade no Brasil. � Conhecer alternativas de parcerias no desenvolvimento de uma logística de sinalização e de acessibilidade. Conteúdo programático/objetivos Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de conhecimentos que você deverá deter ao final de uma etapa de estudo, para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias à sua formação. Veja na seqüência as unidades que compõem o Livro Didático desta disciplina, bem como os seus respectivos objetivos. Unidades de estudo: 5 logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 12 25/07/11 15:01 13 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 – A sinalização como comunicação Esta unidade tem como principal objetivo apresentar ao aluno um breve histórico da utilização de sinais pelos seres humanos como forma de comunicação. Unidade 2 – Padronização e localização dos sinais Nesta unidade, pretende-se discutir os padrões de sinalização e os materiais utilizados para tal fim. Também será apresentada a simbologia internacional utilizada em vias públicas e indicadores de acesso e os materiais utilizados. Unidade 3 – Acessibilidade: logística e legislação Nesta unidade, o aluno vai estudar a legislação nacional de acessibilidade. Poderá verificar a obrigatoriedade do planejamento dos locais e o acesso às pessoas com necessidades especiais. Unidade 4 – Legislação sobre utilização de áreas públicas Nesta unidade, será tratada a legislação de utilização de áreas públicas. Os limites e as formas de acesso ao uso de locais públicos. Unidade 5 – Sinalização e acessibilidade: as parcerias e as soluções Na última unidade, serão apresentadas alternativas para a melhoria da sinalização e da acessibilidade em locais de uso comum, como opção para o planejamento do turismo público ou da exploração de ambientes privados com áreas públicas compartilhadas. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 13 25/07/11 15:01 14 Universidade do Sul de Santa Catarina Agenda de atividades/ Cronograma � Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar periodicamente o espaço da Disciplina. O sucesso nos seus estudos depende da priorização do tempo para a leitura; da realização de análises e sínteses do conteúdo; e da interação com os seus colegas e tutor. � Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço a seguir as datas, com base no cronograma da disciplina disponibilizado no EVA. � Use o quadro para agendar e programar as atividades relativas ao desenvolvimento da Disciplina. Atividades Demais atividades (registro pessoal) logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 14 25/07/11 15:01 1UNIDADe 1A sinalização como comunicação Objetivos de aprendizagem � Identificar os principais aspectos da história da comunicação. � Reconhecer a importância da comunicação para o avanço da tecnologia e das relações comerciais em todos os tempos. � Conhecer os princípios básicos e fundamentais da sinalização turística. Seções de estudo Seção 1 Aspectos da história da comunicação Seção 2 A importância da comunicação e das informações Seção 3 A sinalização turística logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 15 25/07/11 15:01 16 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de estudo Caro(a) aluno(a), para estudarmos a Logística da Sinalização e Acessibilidade é necessário inicialmente compreender a história da evolução da comunicação e as conseqüências desta evolução; e como se refletiu e reflete na sinalização como um todo, destacadamente na sinalização turística. Reconhecer e compreender a sinalização como comunicação constitui fator de suma importância, haja vista a globalização atual e os números crescentes de ingressos turísticos pelo mundo todo; afinal, a sinalização é uma forma universal de comunicação. A partir da década de 1950 até 2001(quando ocorreram os atentados terroristas ao World Trade Center e ao Pentágono, nos Estados Unidos), ocorreu um crescimento vertiginoso do ingresso de turistas nas mais diferentes áreas do mundo inteiro. Isto, de acordo com os dados estatísticos oferecidos pela OMT - Organização Mundial do Turismo. Os anos seguintes, que vão de 2002 a 2004, ficaram registrados como sendo anos de pequena retração na movimentação mundial de passageiros, de tráfego aéreo e de ingresso de turistas, em comparação com o movimento crescente, que data da década de 1950. A queda na movimentação pode ser justificada com o temor das pessoas em viajar e eventualmente serem alvo de novos atentados terroristas. De 2004 até o momento, o que temos verificado, entretanto, é uma crescente movimentação de turistas e do fenômeno turístico como um todo ao redor do globo. Neste contexto, as informações, a comunicação e a sinalização turística são elementos primordiais para que o turismo continue crescendo e para que possamos ter uma comunicação mais concisa e efetiva! Caro(a) aluno(a), a estruturação das seções objetivou facilitar sua leitura e compreensão dos assuntos relacionados ao tema. Basicamente, incluem breve resumo histórico da evolução da comunicação, discorrem sobre a importância da comunicação e das informações e, também, sobre a importância da sinalização turística em si. Os sociólogos usam o termo globalização para se referirem àqueles processos que estão intensificando as relações e a interdependência sociais globais. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 16 25/07/11 15:01 17 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 Esperamos que você possa aproveitar bem esta primeira unidade e que o livro como um todo seja de grande valia para o enriquecimento de seus conhecimentos. Desejamos-lhe boa sorte e bom trabalho! Seção 1 – Aspectos da história da comunicação Pode-se afirmar que a história das comunicações evoluiu junto a outros aspectos da história da humanidade. É que, com o passar do tempo, os indivíduos foram desenvolvendo tecnologias com as quais iriam expandir recursos do corpo humano. Este é o caso da comunicação, que, desde o princípio, esteve em constante processo de aprimoramento. Certas tecnologias foram determinantes para tal, permitindo que, ao longo dos tempos, mais e mais pessoas pudessem interagir. Falamos, em ordem, da oralidade, da escrita, da imprensa, do telégrafo, do telefone e do rádio (mensagem sonora), da fotografia, cinema e TV (a mensagem audiovisual) e, finalmente, da era digital. Os avanços foram significativos, especialmente se levarmos em conta ter havido um tempo em que a comunicação a longa distância se limitava ao som da voz humana ecoando pelos vales, e a tecnologia mais avançada significava um jeito melhor de lascar a pedra. E o mundo, por mais vasto que fosse, acabava no horizonte onde a vista alcançava. Você sabia? - A linguagem oral foi o principal meio de comunicação mesmo após o surgimento da escrita. Na Idade Média, quando o manuscrito começou a se disseminar, ler e escrever ainda eram privilégios de uma minoria de pessoas. - Ainda hoje, existem comunidades ágrafas em várias regiões do planeta e, no Brasil, o contingente de analfabetos é bastante significativo, embora muitos desses indivíduos tenham passado pelo processo de escolarização. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 17 25/07/11 15:01 18 Universidade do Sul de Santa Catarina É importante lembrar que, para haver comunicação, é necessárioo emissor, a informação/mensagem, o meio – pelo qual essa mensagem é expressa – e o receptor. Este processo, iniciado na Pré-história, ainda se mantém. As primeiras imagens criadas então, sejam figurativas ou geométricas, seguem transmitindo uma mensagem até hoje. Fazemos suposições, imaginamos situações e efetivamente sentimos as mais diferentes emoções diante do que os artistas paleolíticos nos deixaram, há milhares de anos atrás. Além de referências de sua realidade, eles nos legaram registros inequívocos de seu cotidiano e dos ecossistemas onde viveram! Figura 1.1- Animais de caça. Gruta de Lascaux- França (aproximadamente 15 mil anos). Disponível em www.saint-gery.com/images/lascaux.jpg> Acesso em 21/01/2008. Ao longo do tempo, a humanidade evoluiu tecnologicamente e ampliou sua capacidade de sobreviver e de produzir conhecimento. Nossos ancestrais foram aprendendo a desenvolver sua motricidade e a capacidade oral durante as incursões para caçar e colher alimentos. Criaram símbolos e metáforas para representar a realidade e, acima de tudo, aprimoraram a linguagem verbal. Cada indivíduo se expressou usando suas aptidões e as técnicas disponíveis em seu tempo. Cada um foi meio, mensagem, emissor e receptor. De uma forma ou de outra, houve comunicação e geração de informação. e esse imenso conjunto de utensílios, sons, imagens, estruturas, códigos e narrativas formou o maior patrimônio da humanidade, sua obra coletiva: sua herança cultural. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 18 25/07/11 15:01 19 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 Alguns autores afirmam que, atualmente, não vivemos mais na era contemporânea, e sim na era da informação. Esta visão é decorrente do fato de que, na história da humanidade, alguns eventos foram tão marcantes que serviram de referência para as mudanças nos contextos históricos. A invenção da escrita foi um desses eventos que acabou causando profundas modificações na forma de organização das sociedades. Conheça agora alguns dados sobre a sua história. A escrita surgiu por volta de 4000 a.C., na Mesopotâmia, desenvolvida pelos Sumérios. Foi chamada de cuneiforme. O método consistia no uso de placas de barro, onde se cunhava o texto (daí o nome cuneiforme). Graças a isto, foi possível registrar grande parte da história antiga com anotações do cotidiano, informações administrativas, econômicas e políticas da época. Figura 1.2 - Regiões onde a escrita surgiu. Disponível em www.galeon.com. Acesso em 22/01/2008. Quase que simultaneamente, os egípcios também desenvolveram a escrita. O povo do Nilo (como também eram conhecidos os egípcios) criou duas formas de escrita: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). Era hábito revestir as paredes internas das pirâmides com textos que falavam sobre a vida dos faraós, trazendo também rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Naquela época, os papiros (plantas aquáticas comuns nas margens do Nilo) eram utilizados para a manufatura de uma espécie de papel, que também recebia o nome da planta. Para conhecer um pouco mais sobre a história da escrita consulte o site: <http:// www.suapesquisa. com/artesliteratura/ historiadaescrita.htm>. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 19 25/07/11 15:01 20 Universidade do Sul de Santa Catarina As formas de representação mantiveram um ritmo constante de mudanças. No quadro a seguir, você poderá identificar algumas variações na forma de escrita dos numerais em diferentes épocas. Simbologia primária 300 a.c. Simbologia primária 870 d.c. Simbologia primária 1100 d.c. Árabe ocidental 1100 Árabe oriental 1575 Europeo 1500 Europeo 1600 Figura 1.3 - Variações na forma de escrita dos numerais em diferentes épocas. Fonte: AICHER, Otl e KRAMPEN, Martin, 2002. Em Roma, o alfabeto antigo constava apenas com letras maiúsculas. Ao iniciarem a escrever em pergaminhos, com auxílio de hastes de bambu ou penas de aves, ocorreu uma modificação em sua forma original. Posteriormente, criou-se um novo estilo de escrita denominado uncial. O novo estilo resistiu até o século VIII e foi utilizado na escritura de bíblias, primeiros livros publicados depois da invenção da prensa. Figura 1.4 - Exemplo de escrita uncial. Fonte: AICHER, Otl e KRAMPEN, Martin, 2002. A escrita uncial é uma escrita cursiva, oriunda do alfabeto latino antigo. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 20 25/07/11 15:01 21 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 Já, na Alta Idade Média, por volta do século VIII, Alcuíno, um monge inglês, elaborou outro estilo de alfabeto, atendendo ao pedido do imperador Carlos Magno (com letras maiúsculas e minúsculas). Esta forma de escrita também passou por modificações, tornando-se, com o passar do tempo e sob determinadas influências, efetivamente complexa para leitura. No ano de 1522, um italiano, chamado Lodovico Arrighi, elaborou o primeiro caderno de caligrafia, originando assim o estilo que hoje denominamos itálico. A figura a seguir ilustra os tipos de escrita no mundo, suas variações e particularidades. Russo Hebreu Escrita cuneiforme Sírio Tibetano Árabe Persa Japonês (Kai-shu y ts´ao-shu de Tomakazu Nishiwaki) Romano Figura 1.5 - Diferentes tipos de escrita. Fonte: Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/historiadaescrita.htm>. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 21 25/07/11 15:01 22 Universidade do Sul de Santa Catarina “O conceito de mundo existe desde o momento em que alguém começou a contar o que viu ao seu redor para alguém que entendia o que lhe era contado. Esse processo criou mais do que o significado de mundo naquele momento e naquele lugar específico. Surgia o primeiro elo de uma cadeia de códigos e símbolos que foram sendo transmitidos ao longo do tempo, das mais diferentes maneiras, e que se constituiu o início da história da comunicação.” (GONTIJO, 2004). Esta seção nos possibilitou um primeiro contato com a história da comunicação. Este conhecimento ajudará a entender as unidades que estão por vir. A próxima seção abordará a importância da comunicação e das informações. Trata-se de uma nova possibilidade de agregar conhecimentos a este tema tão instigante. Vamos a ela? Seção 2 – A importância da comunicação e das informações A informação é um bem social disponível a qualquer momento, numa diversidade de ambientes e para muitas pessoas, sendo indispensável à vida do homem. Como vimos na seção 1, a revolução da informação vem ocorrendo desde 4.000 anos na Mesopotâmia e Egito, com a era da Escrita, quando, através do uso de caracteres simbólicos, se passou a representar idéias, coisas ou conceitos. Entre 1450 e 1455, ocorreu a invenção da prensa, concebida por Johannes Gutenberg. A partir deste momento, foi possível o uso da tipografia e de uma nova tecnologia de comunicação, o que promoveria a difusão de cópias de impressos, mapas, relatos de viagens, entre outros. Johannes Gutenberg: Inventor alemão que se tornou famoso por sua contribuição para a tecnologia da impressão e tipografia. Inventou uma liga para os tipos de metal e tintas à base de óleo, além de uma prensa gráfica, inspirada nas prensas utilizadas para espremer as uvas no fabrico do vinho. Fonte: Disponível em: < http:// pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_ Gutenberg>. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 22 25/07/11 15:01 23 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 Você sabia? A informação, como elemento integrado e subordinado ao homem e componente da vida, vem sofrendo as mesmas transformações histórico-sociais, diversificando-se com a separação dos grupos, ganhando variáveis culturais nos ambientes e, com as adaptações para ampliação de seu uso, alterações na forma de ser transmitida. No século XX, inicia a “era da comunicaçãode massa”, com o surgimento da televisão, jornais, revistas, telefone, rádio entre outros meios de comunicação. Esta situação trouxe muitas mudanças nas formas de organização social. À medida que a capacidade de se comunicar foi-se ampliando, a capacidade de viajar também se ampliou. Quanto mais aperfeiçoada a comunicação, mais fácil tornava-se criar e acumular uma sucessão de conhecimentos, o que contribuiu decisivamente para o maior conforto, bem-estar e sobrevivência humana. Nos dias atuais, saber como apresentar informações é tão importante quanto processá-las. A partir do que foi estudado até aqui, pode-se afirmar: A informação é o processo de identificar, definir os níveis e critérios adequados, os quais garantam confiabilidade, integridade e disponibilidade, permitindo um processamento tecnológico eficiente, que, respeitando as condições de ambiente, cultura, grau, nível, dêem um tratamento correto de linguagem e dirigibilidade à transmissão, de acordo com o núcleo-alvo. A comunicação é de tal importância que, sem ela, a interação social torna-se impossível. Na verdade, a comunicação integra homens em grupos sociais, vitalizando suas atividades – as quais geram e mantêm o processo de desenvolvimento social, cultural, político e econômico. A informação mantém vivos os fatos da história e contribui para que as ocorrências do passado sirvam de elementos para planejar o presente: os acertos servem para serem repetidos; e os erros, para serem corrigidos. Trata-se da memória de uma sociedade, a qual pode ser dividida em memórias pessoais, privadas ou sociais. As memórias privadas não-compartilhadas morrem logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 23 25/07/11 15:01 24 Universidade do Sul de Santa Catarina com o indivíduo. A memória social sobrevive à capacidade de se recuperarem e se arquivarem memórias. E as memórias arquivadas representam a continuidade da história humana. A informação no seu sentido mais amplo permeia todos os elementos deste processo, em seu conjunto. Em termos comerciais, a informação atua invariavelmente como instrumento de todas as partes envolvidas numa ação comercial, possibilitando identificar uma necessidade; o tipo de necessidade; como essa pode ser atendida; as maneiras de ser atendida; diferentes opções deste atendimento, o qual permite o contato, aproximação e novas condições de diálogos. Como atividade comercial, a informação tem um custo, mesmo quando disponibilizada de forma gratuita. É que necessita de investimento de quem tem interesse na sua veiculação e/ou transmissão (anunciantes); ou de que tem interesse na sua recepção (leitores). Os guias de informação de mercado, os anuários, folhetos e demais meios de veiculação distribuídos têm suas despesas ressarcidas pelos anunciantes interessados em difundir informações sobre a sua atividade ou em efetuar promoção de seus produtos. Os avanços no campo da tecnologia nos últimos anos garante maior rapidez e eficiência no processamento da informação, na sua distribuição e na sua manipulação, gerando aumento na rentabilidade do processo produtivo. A sociedade informatizada vem se destacando pela introdução de novas tecnologias na economia, em especial as que facilitam o intercâmbio das informações. Você sabia? No âmbito turístico, a tecnologia da informação permitiu melhorar as percepções que o consumidor tem da atividade turística, oferecendo a possibilidade de adaptação da oferta com relação às exigências dos turistas e acelerando a obtenção de dados disponíveis sobre as condições e características dos diferentes nichos existentes no mercado. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 24 25/07/11 15:01 25 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 A partir de agora, você tem conhecimentos que lhe permitem reconhecer a importância da comunicação e das informações. Vamos dar seqüência, então, aos estudos, abordando a sinalização turística em si, com destaque para os aspectos objetivos e para os princípios fundamentais deste tipo de sinalização. Seção 3 – A sinalização turística No turismo, a informação/comunicação é fundamental. Primeiramente, a comunicação é usada para atrair os turistas, e, depois, para ajudar a orientá-los na localidade que estão visitando. Um aspecto a ressaltar: o turismo atende aos modismos que vão surgindo em função de novelas, livros, filmes, entre outros meios. Cabe ao Estado e aos municípios criar e manter assessorias de comunicação, investindo em programas de divulgação de sua oferta, seus atrativos e eventos turísticos. O objetivo principal da comunicação é proporcionar informação adequada e, para isso, recorre-se estrategicamente aos meios apresentados no quadro a seguir. Ferramenta de comunicação Características principais Publicidade Realizada por um meio de comunicação não-pessoal, envolve necessariamente a compra de tempo ou espaço num meio de comunicação, como por exemplo: rádio, televisão, jornal, em transportes, entre outros. Relações públicas Publicidade especializada, realizada por uma agência ou por pessoa desta área. Promoção de vendas Venda do produto ou lugar, além de divulgação das informações pertinentes. Quadro 1.1 - Ferramentas de comunicação e suas características. Fonte: Elaborado pelos autores. Nos destinos turísticos, os canais de comercialização têm um papel fundamental para o sucesso da localidade. Neste caso, aspectos como a situação socioeconômica, a demografia, as questões ambientais, políticas e legislativas podem interferir, ou não, na promoção desse destino turístico. As conseqüências dos modismos no Turismo foram abordadas no trabalho intitulado “A paisagem no turismo”. Segundo o texto: “Algumas cidades turísticas transformam a sua paisagem de acordo com a imagem vendida para o turista, deteriorando a cultura local. Esse marketing de modismos, e voltado para o turismo de massa, comprovadamente prejudica o meio ambiente, transformando drasticamente as paisagens por meio da entrada de espécies exóticas nos ecossistemas.” Disponível em: <http:// www.rimisp.org/getdoc. php?docid=6556>. Acesso em: 28/02/2008. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 25 25/07/11 15:01 26 Universidade do Sul de Santa Catarina A logística do planejamento turístico requer conhecimento e informações precisas. estas vão desde os vistos de entrada e vacinas requeridas, reservas de hotel e vôo, roteiros preestabelecidos e confirmados, brochuras de produtos, endereços de consulados, mapas, referência de outros clientes até um site que dê suporte a todas as demais dúvidas que o consumidor possa ter. É importante destacar que os folhetos de divulgação de localidades turísticas devem ser escritos em pelo menos dois idiomas e conter informações básicas tais como: telefones de emergências, locadoras de carros, serviços 24 horas, segurança, entre outros. O atendimento, respeitando-se a vocação e singularidade do turismo como prestação de serviços qualificados, torna-se poderoso instrumento de marketing para manutenção e conquista de clientes, inclusive alternativa para torná-lo mais um agente pró-ativo da organização turística. Como você leu anteriormente, no que se refere à infra-estrutura de comunicação, cabe ao Estado e ao município estruturar de forma adequada as sinalizações turísticas e vias de acesso, aeroportos, atrativos turísticos (lugares históricos, museus, ruas comerciais, praias, etc...), sendo de fundamental importância que sejam utilizados os códigos visuais universais, de modo a garantir o entendimento da informação por todos. Veja no quadro as infra-estruturas que devem estar disponíveis. Infra-estrutura de comunicação Características principais Nas estradas de acesso Placas de sinalização nítidas e conservadas, nunca escondidas atrás de árvores ou qualquer outro obstáculo. Nas rodoviárias, aeroportos, portos e estações de trem Placas indicando transportes(ônibus, táxis, etc..), balcões de informação e outros serviços como de restaurantes, banheiros públicos, guarda-volumes. Nos meios de transportes públicos Informações sobre valores, entradas e saídas. Saídas de emergência, indicativos de locais preferenciais (idosos ou portadores de necessidades especiais). Local de compras de bilhetes. Formas de validação dos bilhetes. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 26 25/07/11 15:01 27 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 Atrativos de emergências Placas indicando os caminhos das praias, museus, cachoeiras, eventos, postos de segurança e hospitais. Nas ruas Placas com nome de cada rua e numeração visíveis, indicação de acesso para outros bairros e saída da cidade. Quadro1.2: Infra-estrutura necessária à sinalização turística a ser fornecida pelo Estado e municípios. Fonte: Elaborado pelos autores. Na atividade turística, o profissional terá como fator determinante para o diferencial, o conhecimento das principais sinalizações da cultura, dos costumes. Ele deve respeitar e entender as formas regionais de linguagem, assim como o conhecimento de outros idiomas (como o inglês e o espanhol, por exemplo) e ter uma visão do mundo global. Os postos de informações ao turista servem de apoio para que este tenha um melhor conhecimento da localidade visitada e uma segurança maior acerca das informações obtidas. Um bom posto de informações turísticas deve conter, entre outros: folders, mapas, guias da localidade, de restaurantes, de atrativos turísticos, com informações sobre rodovias, segurança e entretenimentos. Você sabia? O setor de turismo, por se tratar de uma típica prestação de serviços, está bastante afeto aos recursos humanos que operam e comercializam seus produtos. O bom relacionamento com o cliente é estratégico também em função de o produto turístico depender de indicações e propaganda positiva, ensejando um contínuo trabalho de fidelização. Observe nas ilustrações abaixo, algumas das principais comunicações visuais que facilitam a informação/comunicação ao turista. São adotadas para tal um conjunto de placas de sinalização, implantadas sucessivamente ao longo de um trajeto estabelecido, com mensagens escritas ordenadas, pictogramas e setas direcionais. Esse conjunto é utilizado para informar os usuários sobre a existência de atrativos turísticos e de outros referenciais, sobre os melhores percursos de acesso e, ao longo destes, a distância a ser percorrida para chegar-se ao local pretendido. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 27 25/07/11 15:01 28 Universidade do Sul de Santa Catarina Montanha Praia Cachoeira Patrimônio natural Ilha Rio, lago, lagoa Gruta Turismo rural Figura 1.6 - Principais comunicações visuais para o turista. Fonte: Disponível em: <http://institucional.turismo.gov.br/sinalização/conteudo/principal.html>. Como você pôde verificar, proporcionar informações por meio da sinalização contribui de forma fundamental para a difusão do conhecimento dos atrativos e para o desenvolvimento da atividade turística, potencializando a geração de empregos e divisas, além de permitir a democratização do acesso ao bem cultural e sua consequente valorização pela comunidade à qual pertence. Desta forma, fazem parte da infra-estrutura necessária ao turismo local os dispositivos que facilitam o deslocamento e a acessibilidade aos atrativos turísticos e aos equipamentos de interesse desta atividade. A qualidade do turismo tende a ser conquistada pela satisfação do turista e a sua manutenção. esse é o grande desafio para as organizações do setor num ambiente cada vez mais competitivo e guiado pela sociedade da informação. Objetivos e princípios fundamentais da sinalização turística A sinalização de orientação turística faz parte do conjunto de sinalização de indicação de trânsito. Assim, deve seguir os mesmos objetivos e princípios fundamentais, com vistas a garantir a eficiência e a segurança do sistema viário para os usuários das vias urbanas e rurais. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 28 25/07/11 15:01 29 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 A finalidade da sinalização é orientar os usuários, direcionando-os e auxiliando-os a atingir os destinos pretendidos. Para garantir sua homogeneidade e eficácia, é preciso que a sinalização seja concebida e implantada de forma a assegurar a aplicação de objetivos e princípios básicos. Veja no quadro a seguir. Objetivos Princípios básicos Legalidade � Cumprir o estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro – CTB e nas Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito – Contran. � Cumprir a legislação de preservação de sítios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan e protegidos pela Lei de Arqueologia. Padronização Seguir um padrão preestabelecido quanto a: � Formas e cores dos sinais; � Letras, tarjas, setas e pictogramas; � Aplicação - situações idênticas; � Sinalização homogênea; � Colocação na via ou nas localidades. Visibilidade, Legibilidade, Segurança � Ser visualizada e lida a uma distância que permita segurança e tempo hábil para a tomada de decisão, de forma a evitar hesitação e manobras bruscas. � Selecionar trajetos de fácil compreensão para os usuários, com o objetivo de valorizar os aspectos de interesse cultural e turístico, levando em conta a segurança do trânsito. � Garantir a integridade dos monumentos destacados e impedir que a sinalização interfira em sua visualização. � Resguardar as peculiaridades dos sítios. Suficiência � Oferecer as mensagens necessárias, a fim de atender os deslocamentos dos usuários. Quadro 1.3 - Objetivos da sinalização turística. Fonte: Adaptado de <http://institucional.turismo.gov.br/sinalizacao/conteudo/principal.html>. Mas, afinal, o que é a sinalização de orientação turística? É a comunicação efetuada por meio de um conjunto de placas de sinalização, implantadas sucessivamente ao longo de um trajeto estabelecido, com mensagens escritas ordenadas, pictogramas e setas direcionais. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 29 25/07/11 15:01 30 Universidade do Sul de Santa Catarina Esse conjunto é utilizado para informar os usuários sobre a existência de atrativos turísticos e de outros referenciais, sobre os melhores percursos de acesso e, ao longo destes, a distância a ser percorrida para chegar-se ao local pretendido. As mensagens estão baseadas no Sistema Referencial Turístico formado pelo conjunto de atrativos existentes, consolidado pelos diferentes valores estabelecidos, sejam eles de natureza cultural, natural ou de lazer, entre outros, e cuja seleção deve compreender elementos significativos na sua caracterização ou identificação. Caro(a) aluno(a), na seqüência, elaboramos para você alguns exercícios de auto-avaliação, que têm por objetivo testar seus conhecimentos acerca do que foi estudado nas três seções que compõem esta unidade. Vamos lá? Teste sua capacidade de compreensão e de alcance em relação aos conteúdos vistos! Síntese Nesta primeira unidade, foi possível estar em contato com este fabuloso tema que é a comunicação, bem como com alguns princípios da sinalização turística. Ao estudarmos a primeira seção, pudemos conhecer um pouco da evolução histórica da comunicação, desde os primórdios até os dias atuais. Vimos quais os papéis desempenhados pelos principais atores, que devem necessariamente existir e interagir, para que haja uma comunicação efetiva: o emissor, a informação/mensagem, o meio e o receptor. Foi possível também dimensionar a importância da comunicação e das informações, cuja abordagem ocorreu ao longo da seção 2. Ficou evidente que muito do desenvolvimento da sociedade pós- industrial e das tecnologias ocorreu face ao amplo desenvolvimento das comunicações como um todo! A seção 3 trouxe algumas definições importantes sobre o que é a sinalização de orientaçãoturística e quais são os objetivos e princípios fundamentais que norteiam esta mesma sinalização. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 30 25/07/11 15:01 31 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 Também foi destacado como é importante possuir uma infra- estrutura de sinalização padronizada e que atenda às expectativas, anseios e necessidades tanto dos turistas quanto das populações autóctones (locais). Vivemos em um mundo de constantes mudanças e alterações. A comunicação e a sinalização são fundamentais para o desenvolvimento turístico, principalmente das nações em desenvolvimento, como ainda é o caso do Brasil. Na próxima unidade, você estará em contato com um tema bastante interessante e instigante, que versa sobre a padronização e localização dos sinais. Continue empenhado(a) e dedicando-se à leitura dos conteúdos deste livro. Atividades de auto-avaliação Para aprofundar seus conhecimentos acerca dos conteúdos abordados nesta unidade, realize as atividades propostas e depois confira suas respostas ao final do livro no item Respostas e comentários de auto-avaliação. 1) De que forma a comunicação humana se aprimorou? ela continua sofrendo processo de aprimoramento? Justifique sua resposta. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 31 25/07/11 15:01 32 Universidade do Sul de Santa Catarina 2) explique o que significa a seguinte afirmação: “A circulação de informação é um elemento de alto potencial para a aceleração e o equilíbrio das atividades que geram e mantêm o processo de desenvolvimento social, cultural, político e econômico.” 3) explique qual é o seu entendimento sobre sinalização de orientação turística. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 32 25/07/11 15:01 33 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 1 Saiba mais Para aprofundar os assuntos desta unidade, sugere-se a consulta às seguintes obras: � BERLO, D. K. O processo da comunicação: introdução à teoria e à prática. São Paulo: Martins Fontes, 1999. � BOORSTIN. Daniel J. Os criadores – uma história da criatividade humana. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995. � GONTIJO, Silvana. O livro de ouro da comunicação. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. � SANTAELLA, L. Corpo e comunicação: sintonia da cultura. São Paulo: Paulus, 2004. Pesquise também nos seguintes sites: � <http://www.planetapontocom.br> � <http://institucional.turismo.gov.br/sinalizacao/conteudo/ principal.html> � <http://www.embratur.gov.br> Sobre uma visão da importância da memória, assista ao filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, EUA, 2004. Direção: Michel Gondry. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 33 25/07/11 15:01 logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 34 25/07/11 15:01 2UNIDADe 2Padronização e localização dos sinais Objetivos de aprendizagem � Discutir os padrões de sinalização e os materiais utilizados para tal fim. � estudar a simbologia internacional utilizada em vias públicas e os indicadores de acesso. Seções de estudo Seção 1 Padrões de sinalização viária e de acesso Seção 2 especificações técnicas e materiais das placas de sinalização Seção 3 Simbologia internacional viária Seção 4 Simbologia internacional de acessos logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 35 25/07/11 15:01 36 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de estudo Como você verificou até agora, a comunicação através de sinais é uma alternativa eficaz e rápida. As diferenças de idioma, a necessidade de uma informação veloz (devido à velocidade de veículos), a globalização e os fenômenos turísticos evidenciam que a comunicação através de simbologias não está ultrapassada e, continuamente, apresenta transformações, as quais, em muitos casos, minimizam as diferenças socioculturais entre os povos. Logicamente, inúmeras sinalizações necessitam da escrita como ferramenta, porém mesmo estas seguem um padrão com vista a facilitar a comunicação e a circulação de informações num mundo que se pretende globalizado. Nesta unidade, você irá verificar as principais convenções brasileiras e européias para a sinalização de trânsito e as alternativas existentes. Você poderá discutir, também, as necessidades de mudança para a melhoria da utilização da simbologia internacional. Bom Estudo!!! Seção 1 – Padrões de sinalização viária e de acesso No Brasil e no mundo, a história da sinalização viária e de acesso é bastante nova. Até a década de 1950, não existiam demarcações horizontais na maioria das estradas asfaltadas (que eram minoria). Em relação às sinalizações verticais, a sinalização de acesso (já existente desde o império romano) foi pioneira. Mas as placas de advertência e as de regulamentação iriam surgir somente mais tarde, como uma necessidade de regular o tráfego de veículos e evitar acidentes. Não existem dados precisos sobre quando e onde surgiram as primeiras placas de advertência. Porém, com o advento do automóvel e o progresso do século XX, a advertência e a regulamentação do trânsito tornaram-se essenciais para organizar cidades e estradas. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 36 25/07/11 15:01 37 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Essa mudança foi natural e progressiva, pois, com a melhoria dos carros, a velocidade e as condições das estradas também melhoraram. Com o aumento da disponibilidade de veículos após a segunda metade do século XX, também foi necessária uma regulamentação do trânsito eficiente e a adaptação dos espaços viários. Inúmeros planos diretores de cidades históricas tiveram que ser alterados, então. Neste ponto, podemos destacar os problemas na Europa, onde cidades inteiras eram programadas para a circulação de carroças e carruagens. Ainda hoje, muitas cidades históricas limitam a circulação de veículos nos centros históricos. Já cidades planejadas, como por exemplo, Brasília, Goiânia, e os novos bairros de cidades antigas (Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro) tiveram seu planejamento organizado, visando o acesso facilitado para o trânsito viário. Mesmo assim, pode-se notar a saturação das vias em períodos de pico, quando, apesar do fluxo por vias largas, ainda se enfrenta o problema de excesso de tráfego e afunilamento em vias menores. Você sabia? Toda a sinalização viária ou de acesso desenhada no pavimento é considerada horizontal. A normatização para a sua elaboração respeita a legislação vigente, no que tange às dimensões, cores e material de impressão. Já a sinalização vertical é composta por todo o conjunto de placas de sinalização, que podem ser de advertência, de regulamentação ou, simplesmente, sinais provisórios (enquadrados nas duas classificações apontadas anteriormente). Sinalização vertical Como foi dito, a sinalização vertical é bem mais antiga. Os romanos, antes da era cristã, já utilizavam placas e setas para indicar os caminhos. É válido lembrar que esta civilização, a qual expandiu seus domínios por praticamente todas as regiões da Europa antiga, foi pioneira na engenharia de estradas, sendo Se você tiver interesse em aprofundar seus conhecimentos acerca das transformações urbanas ocorridas numa cidade histórica brasileira, desvendando os meios de transporte e locomoção, conheça o estudo da pesquisadora Ana Aparecida Barbosa sobre a cidade de Tiradentes em Minas Gerais. Disponível em: < http://www.eesc. usp.br/nomads/SAP5846/ mono_Ana.htm>. Figura 2.1- Engarrafamento de veículos no Rio de Janeiro. Fonte: Disponível em: <www.estadao.com.br/ cidades/not_cid69940,0.htm >. Acesso em:17/01/2008. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 37 25/07/11 15:01 38 Universidade do Sul de Santa Catarina Figura 2.2 - Diferentes tipos de flecha. que algumas continuam utilizadas até hoje. Tinham como característica a trajetória em linha reta e as excelentes fundações de suas pontes. Este diferencial de engenharia,unido pela organização militar e potencial bélico, permitiu aos romanos o domínio de boa parte do mundo conhecido. O contexto expansionista durou por centenas de anos, até a queda do Império no ano 476 d.C., dando início à Idade Média. Para entender um pouco sobre a sinalização vertical, devemos compreender a origem de seus primeiros sinais. Como vimos até agora, a sinalização obedece a uma linguagem simples, direta e independente do idioma, pois utiliza princípios básicos transmitidos entre as gerações a partir do consenso coletivo, no que tange à informação gráfica. O seu elemento primordial é a seta, ou flecha. O princípio é o do deslocamento da flecha. Originalmente, uma flecha tem por objetivo executar uma trajetória em linha reta ou através de uma parábola (você se lembra dos filmes de Robin Wood? para atingir um alvo). Este conceito inicial foi transportado para a necessidade de deslocamento do homem. Ora, se a flecha vai em uma direção e chega a um determinado alvo, ou objetivo, parte-se do princípio de que, se o homem segui-la, irá atingir o alvo de seu objetivo. Assim surgiu o conceito da primeira sinalização vertical. Talvez, em uma pequena estrada romana, alguém tenha sinalizado, com uma flecha, a direção a seguir, para chegar a Roma, não é mesmo? Com o passar do tempo, o homem começou a alterar as formas das setas, deu-lhes significado de acordo com o movimento do desenho. Assim, torceu, moveu, inclinou, preencheu, colocou riscos adicionais, e, a partir da sua inspiração, criou uma linguagem universal. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 38 25/07/11 15:01 39 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Figura 2.3 - O significado de algumas flechas. Fonte: AICHER, Otl e KRAMPEN, Martin, 2002. Você pode verificar que as setas ganharam um significado mais amplo a partir do preenchimento da cabeça ou da forma do contorno. Estas representações são utilizadas ainda hoje em vários níveis, desde o acesso físico aos locais, centro de nossos estudos, até o acesso a aparelhos eletro-eletrônicos, como computador, máquinas de calcular ou aparelhos de DVD, entre outros. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 39 25/07/11 15:01 40 Universidade do Sul de Santa Catarina As flechas ou setas não são utilizadas apenas em vias de trânsito automotivo. Muitas vezes nos deparamos com elas em shoppings, trilhas, aeroportos, rodoviárias, estações de trem e, mesmo, em passeios públicos. As setas nos auxiliam a seguir um curso, e, portanto, nos indicam também a entrada ou a saída; a direção de um banheiro ou de um posto de informação. Muitas vezes, pelo fato de estarmos habituados a elas, não nos damos conta de quão presentes e úteis são. A seguir, apresentaremos alguns exemplos de setas de entrada e de saída. Figura 2.4 - Setas indicativas de entrada. Fonte: AICHER, Otl e KRAMPEN, Martin, 2002. Perceba que os quadrados ou semicírculos nos orientam para uma ação, que é a de entrar em um espaço. O formato da seta (que pode variar) também nos indica uma ação completa. Algumas setas, inclusive, podem indicar uma velocidade maior (as mais finas), mas todas indicam movimento. Figura 2.5 - Setas indicativas de saída. Fonte: AICHER, Otl e KRAMPEN, Martin, 2002. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 40 25/07/11 15:01 41 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Veja que as setas indicativas de saída nos remetem exatamente ao sentido contrário. Isto é, partindo de dentro de um quadro, semicírculo, ou mesmo reta, busca-se o destino contrário, sair para o vazio. Como você verificou até agora, as setas ou flechas representam uma forma simples de indicação de localização e de movimento. Ainda nesta unidade, nas seções 4 e 5, você irá verificar a sinalização internacional de acesso. Porém, antes iremos conhecer um pouco sobre os materiais utilizados e a sinalização internacional de acesso viário, que tanto interessam aos fenômenos de transporte. Sinalização horizontal Este tipo de sinalização é muito mais novo do que o anterior. Dois tipos básicos podem ser considerados: o primeiro surgiu juntamente com a mais célebre invenção de Santos Dumont: o avião. Para facilitar os pousos e decolagens, os pequenos aeroportos tinham que pintar no solo as respectivas marcações. Até a metade do século XX, as estradas, mesmo as pavimentadas, eram imensos colchões estendidos, à espera dos veículos. Não havia sinalização nem para demarcar as duas pistas. Em virtude disto, inúmeros acidentes eram causados principalmente à noite e por veículos que invadiam as pistas contrárias. Com o aumento do trânsito e a melhoria no material das tintas utilizadas, pôde-se iniciar um processo de sinalização de divisão e de demarcação de limites das estradas. Agora que você já conhece alguns fundamentos da sinalização horizontal, fique atento(a), pois estudaremos mais adiante, na seção 3, as principais marcações horizontais utilizadas na atualidade. Alberto Santos do Dumont: Aviador e inventor mineiro (20/7/1873-23/7/1932). Nasceu em Palmira, hoje rebatizada de Santos Dumont. Filho de um engenheiro e grande fazendeiro de origem francesa, vai para Paris em 1891, onde passa a maior parte da vida. Foi o construtor do 14-Bis, o primeiro avião a ultrapassar a barreira de 25m em vôo oficial, em 23 de outubro de 1906. Disponível em: <http://www.algosobre. com.br/biografias/alberto- santos-dumont.html>. Acesso em: 14/01/2008. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 41 25/07/11 15:01 42 Universidade do Sul de Santa Catarina Seção 2 – Especificações técnicas e materiais das placas de sinalização O emprego de materiais, tanto na sinalização vertical quanto na horizontal, deve estar de acordo com normas da ABNT para chapas, estruturas de sustentação, tintas, películas e dispositivos auxiliares (tachas e elementos refletivos). A sinalização vertical é constituída por placas, pórticos, marcos quilométricos e semáforos, fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens através de símbolos e/ou legendas pré-reconhecidas e legalmente constituídas. A função destas placas de sinalização é promover e aumentar a segurança, mantendo o fluxo de tráfego em ordem e fornecendo as informações necessárias aos usuários da via. Sendo assim, nas placas ficam indicadas as obrigações e limitações, proibições ou restrições que gerenciam o uso da via; as advertências sobre os perigos existentes na via; e, finalmente, a direção de logradouros, distâncias e pontos de interesse, de forma a auxiliar os condutores de veículos em seus deslocamentos. Cabe salientar que o fabricante das placas deve ser responsável pela realização dos ensaios e testes que comprovem o cumprimento das premissas desta especificação. Os materiais empregados para a elaboração das placas de alumínio devem ser analisados e ter sua qualidade comprovada em laboratório credenciado. As dimensões das placas devem atender, rigorosamente, àquelas previstas no projeto. As placas de alumínio devem manter-se nos padrões fixados na especificação técnica por um período mínimo de sete anos e devem ser estruturalmente dimensionadas para resistirem a ventos de até 35 m/s, sem sofrer quaisquer tipos de dano. Os serviços devem ser medidos por metro quadrado (m²) de placa fornecida, atestados pela fiscalização. No item Saiba Mais desta unidade, você poderá conferir os materiais utilizados na confecção das placas de sinalização e suas especificações técnicas. Associação Brasileira de Normas Técnicas. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 42 25/07/11 15:01 43 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Seção 3 – Simbologia internacional viária No mundo, a simbologia viária evoluiu de diferentes formas. Isto ocorreu de acordo com as necessidades de cada local, em diferentes momentos históricos. Desta forma, aindahoje é possível encontrar locais com tráfego intenso de carroças ou de bicicletas (como ocorre em países desenvolvidos que optaram por este meio de transporte por razões ecológicas, geográficas e dimensionais favoráveis). Mesmo assim, existe certa lógica na sinalização em todo o mundo e, em tempos de globalização, cresce a cada dia a padronização dos sinais, indicando a preferência pelo desenho gráfico em substituição às escritas tradicionais. Você sabia? No Brasil, o Touring Club desempenhou papel importante na legislação ainda incipiente dos anos 1930. Foi esta entidade a primeira a organizar congressos que resultaram na padronização de alguns documentos de trânsito, inclusive criando uma “caderneta de tráfego” para seus associados. Na primeira metade do século XX, os poucos veículos que trafegavam no nosso país possuíam documentação válida apenas no município de origem, principalmente porque alguns estados utilizavam a mão inglesa como sentido de trânsito. Os próprios itens obrigatórios eram outros: foguetes de sinalização e pranchas para atravessar lagos e rios. As informações das condições das estradas eram enviadas por rádio-telégrafo e cartas rodoviárias ainda estavam sendo elaboradas. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), inúmeras mudanças foram sendo assimiladas no Brasil e no mundo. O modelo de desenvolvimento rodoviário adotado pelo Brasil na segunda metade do século, impulsionado pelo desenvolvimento industrial das décadas de 1970 e 1980, promoveu o rápido desenvolvimento de estradas e a eventual baixa no preço dos veículos automotores. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 43 25/07/11 15:01 44 Universidade do Sul de Santa Catarina A partir desta época, a compra de automóveis se tornou mais acessível. em conseqüência disto, estes passaram a fazer parte não apenas do imaginário de muitos brasileiros, mas da sua realidade. Inclusive, trazendo uma valorização excepcional aos anúncios de venda e aluguel de casas e apartamentos que possuíam garagem. Data desta época também, a adaptação das normas verticais dos outros países e, principalmente nas regiões urbanas, surgiram inúmeras placas, indicando sentidos e proibições. Sinalização de advertência A sinalização vertical de advertência foi desenvolvida para alertar os usuários de estradas sobre problemas ou situações particulares em determinadas regiões das vias públicas. Sendo assim, cada país ou região adotou uma lógica de sinalização de acordo com suas necessidades, conservando, porém, a lógica da informação gráfica. Esta sinalização compreende desde a indicação de irregularidades de pista, até a presença de obstáculos ou de áreas. São sinalizações próprias para rodovias, buscando chamar a atenção dos motoristas. Tanto o Brasil como os EUA adotaram como simbologia padrão a utilização de um losango amarelo, com escritas e desenhos pretos. Já alguns países da Europa preferiram utilizar triângulos brancos com bordas vermelhas, com a informação (escrita ou desenho) no interior, em preto. Mas, quando se trata do Reino Unido, mais uma vez encontramos diversas diferenças, inclusive no sentido do trânsito veicular. Desta forma, podemos verificar que não há uma uniformidade de representação, pois, de acordo com o local analisado, constatam- se diferenças na simbologia (ver figuras 2.6 e 2.7). logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 44 25/07/11 15:01 45 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Uma outra particularidade é em relação aos EUA. Talvez se evidencie a maior presença de sinais de trânsito com letras ou frases indicativas pelo índice de desenvolvimento e a atual difusão da língua inglesa como língua internacional. Ao mesmo tempo que isto indica a valorização da língua escrita, gera dificuldades no que tange à gestão do turismo de maneira mais geral, uma vez que placas importantes podem não ser compreendidas, dificultando o deslocamento de visitantes. A seguir, você pode verificar alguns exemplos de sinalização de advertência no Brasil, nos EUA e na Itália. Brasil Itália EUA Significado Mão dupla adiante Área escolar Interseção em círculo Não há sinal compatível. Parada obrigatória à frente Sentido único Sentido duplo Área com desmoronamento Trânsito de ciclistas Crianças Figura 2.6 - Exemplos de sinalização de advertência no Brasil, nos EUA e na Itália. Fonte: Elaborado pelos autores a partir do código de trânsito dos respectivos países. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 45 25/07/11 15:01 46 Universidade do Sul de Santa Catarina Sinais de regulamentação A sinalização vertical de regulamentação é utilizada principalmente no interior das cidades, ao contrário da sinalização de advertência, que é característica das estradas de rodagem. No Brasil, convencionou-se o uso de um círculo vermelho, sobre um fundo branco, com o objetivo da regulamentação grafado no interior, sendo que este é cortado com um risco vermelho da esquerda superior para a direita inferior. Já, na Europa, o simples círculo vermelho já simboliza a proibição, sendo que o objeto da regulamentação não é cortado pela linha vermelha (exceto para a proibição de estacionamento). Nos Estados Unidos, neste tipo de sinalização, evidencia-se mais ainda a escrita gráfica, cuja regulamentação está escrita na língua nativa, tornando-a incompreensível para todos aqueles que a desconhecem. Cabe destacar ainda que, mesmo para aqueles que conhecem a língua, existe o fator tempo de leitura, que, eventualmente, pode prejudicar o entendimento. O fato de que a maioria das sinalizações de regulamentação da Europa não apresenta o risco de proibição também é um dado limitador do turismo. Isto se deve ao fato de que, para muitas pessoas, a interpretação pode ser exatamente contrária ao objetivo da regulação. Nota-se, por exemplo, que a placa de sentido proibido (ver Figura 2.7) se assemelha muito com a sinalização de alfândega brasileira e pouco tem a indicar de proibição de sentido. Na Europa, a linha cruzando uma figura indica, normalmente, o final de permissão de uma área de circulação, como podemos verificar no caso do final de percurso pedonal ou ciclista. Seguindo na análise destas sinalizações, podemos comparar a diferença na proibição de tráfego, ou ainda, na proibição de ultrapassagem ainda no Brasil, Itália e Estados Unidos. Nota-se que representações tão importantes (observe Figura 2.8), que poderiam evitar acidentes, acabam sendo denotadas de maneiras completamente insatisfatórias no que tange o estudo dos sinais. Já os sinais de PARE são mais universais. O Brasil é um dos poucos países do mundo que conserva a palavra PARE em língua nativa. O STOP já é um padrão universal. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 46 25/07/11 15:01 47 Logística da Sinalização e Acessibilidade Brasil Itália Estados Unidos Sinais de Regulamentação Proibido trafegar Sentido proibido Proibido ultrapassar Proibido estacionar Não há sinal compatível. Proibido parar e estacionar Proibido estacionar, com risco de guincho (indica local de trânsito) Indica a proibição em determinado horário e o estacionamento regulamentar em outro horário. Não há sinal compatível. Velocidade máxima permitida Não há sinal compatível. Circulação exclusiva de ônibus Siga em frente Direção obrigatória à direita Figura 2.7 - Exemplos de placas de regulamentação no Brasil, Itália e Estados Unidos. Fonte: Elaborado pelos autores a partir do código de trânsito dos respectivos países. Sinais provisórios Os sinais provisórios são sinais de advertência colocados em locais em que estão acontecendo ajustes ou obras, indicando desta forma manutenção ou defeitos na pista. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb47 25/07/11 15:01 48 Universidade do Sul de Santa Catarina Brasil Itália EUA Sinais provisórios Obras Projeção de cascalho Figura 2.8 - Exemplos de sinalização provisória. Fonte: Elaborado pelos autores a partir do código de trânsito dos respectivos países. Sinais de indicação Estes sinais têm por finalidade identificar as vias e os locais de interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos, as distâncias e os serviços auxiliares, podendo também ter como função a educação do usuário. Suas mensagens possuem caráter informativo ou educativo. No Brasil, as placas de indicação estão divididas em grupos para facilitar o estudo e a normatização São elas: placas de identificação, placas de orientação de destino, placas educativas, placas de serviços auxiliares e placas de atrativos turísticos. Que tal conhecer um pouco mais sobre cada um destes grupos? 1) Placas de identificação Estas placas posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou em relação a distâncias ou ainda aos locais de destino. No Brasil, as placas de identificação podem ser divididas nos seguintes subgrupos: Placas de identificação de rodovias e estradas São as placas características de identificação de rodovias e estradas Pan-Americanas, de rodovias federais e de rodovias estaduais. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 48 25/07/11 15:01 49 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Figura 2.9 - Sinalização representando rodovia pan-americana. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. Figura 2.10 - Representação de sinalização indicando rodovia federal. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. Placas de identificação de municípios As placas deste tipo são colocadas na entrada de municípios brasileiros, indicando normalmente o início da zona urbana. Figura 2.11- Formatação das placas de sinalização de municípios. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. Placas de identificação de regiões de interesse de tráfego e logradouros Elas indicam bairros ou frações da cidade que são de interesse estratégico para a localização. São muito úteis em cidades grandes. Usualmente, a parte de cima da placa deve indicar o bairro ou avenida/rua da cidade; já a parte de baixo, a região ou zona em que o bairro ou avenida/rua se situar. Esta parte da placa é opcional. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 49 25/07/11 15:01 50 Universidade do Sul de Santa Catarina Figura 2.12 - Representação de regiões de interesse. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. Placas de identificação nominal de pontes, viadutos, túneis e passarelas Estas placas indicam o nome de obras arquitetônicas de tráfego, como túneis e viadutos. Figura 2.13 - Representação indicando obras arquitetônicas urbanas. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. Placas de identificação quilométrica Sua função é indicar a localização da via. São importantes para notificar acidentes ou endereçamento no caso de casas ou empresas situadas às margens de rodovias. Na sua utilização em vias urbanas, as dimensões devem ser determinadas em função do local e do objetivo da sinalização. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 50 25/07/11 15:01 51 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Figura 2.14 - Exemplos de placas de identificação quilométricas. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. Placas de identificação de limite de municípios / divisa de estados/fronteira / Estas placas indicam os limites territoriais dos municípios. Em países da Europa, normalmente recebem uma faixa vermelha sobre o nome do município cujo perímetro esteja acabando. No Brasil, sua representação segue os padrões descritos a seguir: Figura 2.15 - Representação de limites e divisas. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. Placas de pedágio Estas são importantes, principalmente quando interagem com outras sinalizações verticais e horizontais de advertência. Servem para preparar o condutor para o pagamento do pedágio e, conseqüentemente, para a redução de velocidade. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 51 25/07/11 15:01 52 Universidade do Sul de Santa Catarina PEDÁGIO 1 km AUTOMÓVEL UTILITÁRIO PEDÁGIO 1 km ÔNIBUS CAMINHÃO PEDÁGIO 1 km AUTOMÓVEL UTILITÁRIO Figura 2.16 - Representação de sinalização de pedágio. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. 2) Placas de orientação de destino Sua função é informar ao condutor a direção que ele deve seguir para atingir determinados lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias. Figura 2.17 - Representação de placas indicativas de sentido (direção). Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 52 25/07/11 15:01 53 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Placas indicativas de distância São incumbidas de indicar ao condutor, a distância que terá de percorrer por aquela via para chegar a determinado local, que pode ser outra rodovia ou cidade. Figura 2.18 - Representação de placas indicativas de distâncias. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. Placas diagramadas Como o próprio nome já diz, são placas em diagramas, indicando os locais mais próximos e mais distantes, dando uma noção espacial das distâncias e direções, a partir da indicação do quem vem antes. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 53 25/07/11 15:01 54 Universidade do Sul de Santa Catarina Figura 2.19 - Representação de placas diagramadas. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. 3) Placas educativas Como o nome já assinala, estas placas têm a função de educar os usuários da via quanto ao comportamento adequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que reforcem normas gerais de circulação e conduta. Figura 2.20 - Representação de placas educativas. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 54 25/07/11 15:01 55 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 4) Placas de serviços auxiliares Elas informam aos usuários da via, os locais onde os mesmos podem dispor dos serviços indicados, orientando sua direção ou identificando estes serviços. Quando, num mesmo local, encontra-se mais de um tipo de serviço, os respectivos símbolos podem ser agrupados numa única placa. Forma Cor Placa: retangular Quadro interno: quadrada Fundo Azul Quadro interno Branca Seta Branca Leganda Branca Pictograma Fundo Branca Figura Preta Figura 2.21: Representação de placas para condutores com exemplos de pictogramas. Fonte: Código de TrânsitoBrasileiro. S - 1 Área de Estacionamento S - 2 Serviço telefônico S - 3 Serviço mecânico S - 4 Abastecimento S - 5 Pronto Socorro S - 6 Terminal Rodoviário S - 7 Restaurante S - 8 Borracheiro S - 9 Hotel S - 10 Área de campinismo S - 11 Aeroporto S - 12 Transporte sobre água S - 13 Terminal ferroviário S - 14 Ponto de parada S - 15 Informação turística S - 16 Pedágio Figura 2.22- Exemplo de placa para condutores com pictogramas agrupados. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 55 25/07/11 15:01 56 Universidade do Sul de Santa Catarina Placas para pedestres São sinalizações verticais que orientam os pedestres. Estão dispostas em locais de travessia, calçadas ou mesmo passeios públicos. Figura 2.23 - Representação de placas para pedestres. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, 2007. 5) Placas de atrativos turísticos São placas destinadas a indicar aos usuários da via, os locais onde os mesmos podem dispor dos atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua direção ou identificando estes pontos de interesse. logistica_de_sinalizacao_e_acessibilidade.indb 56 25/07/11 15:01 57 Logística da Sinalização e Acessibilidade Unidade 2 Figura 2.24 - Representação de pictogramas
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