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Casos de D Tributário II até aula 8

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Aula 07.docxCASO CONCRETO AULA 07
João Guimarães é sócio da empresa Imobiliária Irmãos Guimarães Ltda. e recebe uma citação em execução fiscal em razão de ser sócio gerente desta. O fiscal pediu o redirecionamento da execução fiscal por haver identificado que o que levou ao não pagamento do tributo foi escrituração fiscal irregular atribuída ao sócio gerente, responsável por este ato de gestão. João, depois de garantido o juízo, oferece embargos alegando a indispensabilidade de incidente de desconsideração da personalidade jurídica para redirecionamento da execução fiscal com fulcro no art. 135 do CTN. É necessário o incidente de desconsideração da personalidade jurídica?
O caso deve ser trabalhado analisando-se inicialmente se o caso concreto trata de hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, apresentando-se a divergência sobre o assunto. Ademais, importante fazer referência ao Enunciado 53 da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira (Enfam): “O redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente prescinde do incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto no artigo 133 do CPC/2015.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:III -os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.De acordo com entendimento adotado, independe da desconsideração da personalidade jurídica a pretensão da Fazenda Pública de redirecionar a execução fiscal
para alcançar pessoa jurídica distinta daquela contra a qual, originalmente, foi ajuizada a execução fiscal, na medida em que esse redirecionamento decorre de hipóteses de responsabilização de terceiros já prevista no Código Tributário Nacional. Nos termos do próprio voto condutor do acórdão, "aresponsabilizaçãodeterceirostratadanoCódigoTributárioNacionalnãonecessitadadesconsideraçãodapessoajurídicadevedora", daí porque não ser cabível, nessas hipóteses, falar-se na instauração do IDPJ.O raciocínio adotado pela 1ª Turma se pauta na circunstância de que os artigos 134 e 135 do CTN já autorizam, independentemente da desconsideração da personalidade jurídica, que a execução fiscal seja redirecionada aos corresponsáveis indicados na Certidãode Dívida Ativa (pessoas físicas ou jurídicas), dada a presunção de legitimidade da CDA e a necessidade de que sua constituição decorra de regular processo administrativo. Da mesma forma, entendeu-se que o redirecionamento será 
possível, também, com fundamento na "práticadeatoscomexcessodepoderesouinfraçãoàlei,contratosocialouestatuto" (art. 135 do CTN), ainda que não constem na CDA na condição de corresponsáveis, porquanto, nessas hipóteses, a própria Lei autoriza o redirecionamento caso haja a comprovação, pela Fazenda, da caracterização da hipótese legal.No caso concreto, tratava-se de pretensão da Fazenda Pública de redirecionar a execução fiscal a terceira pessoa jurídica sob o fundamento de que ela seria integrante do mesmo grupo econômico da sociedade originalmente executada. No caso, a terceira pessoa não estava indicada como corresponsável na CDA, não havia participado do processo administrativo que culminou na sua formalização e não foi demonstrado, pelo Fisco, qualquer elemento que justificasse a atribuição legal de responsabilidade, na qualidade de terceiro.Sabe-se que a instauração do IDPJ na Execução Fiscal permite a realização de defesa da parte executada com a possibilidade de produção de provas, afasta a apresentação prévia de garantia no processo e suspende a Execução Fiscal até a resolução do incidente. Por essa razão, a Fazenda Pública busca sempre defender o descabimento ou a desnecessidade da sua instauração em sede de execução fiscal, em qualquer caso.
Questão objetiva: Determinado contribuinte, devedor de tributo, obtém parcelamento e vem efetuado o pagamento conforme deferido. Apesar disso, sofre processo de execução fiscal para a cobrança do referido tributo. Nos embargos de devedor, o executado poderá alegar: 
( ) a. a carência da execução fiscal, em face da novação da dívida, que teria perdido a natureza tributária pelo parcelamento. 
( ) b. a improcedência da execução fiscal, por iliquidez do título exequendo, em face de parte da dívida já estar paga. 
( ) c. o reconhecimento do direito apenas parcial à execução fiscal, por parte do Fisco, em face da existência de saldo devedor do parcelamento.
 ( ) d. a carência da execução fiscal, em face da suspensão da exigibilidade do crédito tributário
Aula 08.docxCASO CONCRETO aula 08
 Irmãos Souza & Cia. Ltda., grande atacadista de gêneros alimentícios, foi autuada em novembro/2008 pela fiscalização do ICMS, por recolhimentos insuficientes do imposto durante os anos de 2005 e 2006, tendo o auto de infração totalizado créditos tributários (principal, multas, juros e atualização monetária) no valor de R$ 5 milhões. Impugnado tempestivamente, o lançamento veio a ser mantido, em fevereiro/2009, pela Junta de Revisão Fiscal. Dessa decisão, recorre voluntariamente a empresa para o Conselho de Contribuintes, deixando contudo de efetuar depósito de 30% da quantia em discussão, bem assim de, alternativamente, oferecer fiança bancária, conforme prevê a legislação de regência, para “garantia de instância”. O processo administrativo fiscal é encaminhado ao Presidente do Conselho de Contribuintes, que detém o juízo preliminar de admissibilidade do recurso; que se vier a ser admitido, será distribuído a uma das Câmaras, a qual poderá rever a decisão vestibular de admissibilidade. 
Como deve o Presidente do Conselho de contribuintes proceder? 
Deve exigir o mencionado depósito prévio administrativo?
 Responda de acordo com o entendimento atual do Supremo Tribunal Federal. 
O presidente do conselho de contribuintes deve admitir o recurso e remeter a uma das câmaras para julgamento.É ilegítima a exigência de depósito ou arrolamento como condição para recorrer.Tal exigência é ampara da pela a Súmula 21 do STF.
“Ademais,a exigência converte-se na prática como suspensão do direito de recorrer, com violação ao princípio da proporcionalidade. 
QUESTÃO OBJETIVA Pessoa física, contribuinte do Imposto sobre a Renda, apresenta sua declaração anual de ajuste, entendendo fazer jus à restituição de R$ 10.000,00. Processada a declaração pela Secretaria da Receita Federal durante quase três anos, é finalmente intimado o contribuinte, por via postal, de que suas deduções foram glosadas, ocasionando a expedição de notificação de lançamento do imposto pela autoridade administrativa, com penalidades e acréscimos legais, por entender o Fisco que as despesas eram indedutíveis, sendo, consequentemente, indeferida sua restituição. O contribuinte, dois dias depois de haver recebido a intimação pelo Correio, busca assistência profissional de um advogado. Indique a providência INCORRETA e que não seria tomada pelo advogado:
 ( ) a. Aguardar a inscrição do crédito tributário em dívida da União e o ajuizamento da execução para, garantido o Juízo, opor embargos de devedor 
( ) b. Solicitar à autoridade administrativa que calcule o alegado débito do cliente. Em sequência, propor ação anulatória do ato declarativo da dívida precedida do depósito do montante integral do alegado crédito da Fazenda Pública, com penalidades, acréscimos legais e demais encargos, tal como calculados pela autoridade administrativa, a fim de elidir sua inscrição em Dívida Ativa da União e o ajuizamento da execução fiscal, ficando a exigibilidade do crédito tributário suspensa pelo depósito
 ( ) c. Impugnar a exigência representada pela notificação de lançamento, 60 (sessenta) dias depois da data em que tiver sido feita a intimação da exigência
ao cliente, isto é, da data de recebimento, pelo cliente, da intimação por via postal 
( ) d. Depois de examinar os fatos e a legislação aplicável, dar parecer escrito ao cliente no sentido de que efetivamente não fazia jus à restituição que pleiteou, sendo, portanto, procedentes a glosa das despesas e o lançamento; informar ao cliente, ainda, que o seu débito poderá ser pago à vista, ou ser parcelado, havendo nessas duas hipóteses possibilidade de redução da multa até o fim do prazo de impugnação
aula 1 jurisprudência.docxCaso concreto AULA 01
José Manuel contratou um contador para fazer a sua declaração de imposto de renda. O contador lhe solicitou todos os documentos e informações necessários e conferiu todos os dados, com base em possíveis cruzamentos de informações. Como resultado da declaração apresentada, restou apurado o dever de recolher pouco mais de três mil reais. O contador entrega a José Manuel a declaração impressa e em versão digital, acompanhada da guia de recolhimento da primeira parcela, dentro do prazo legal e orienta-o a recolher as demais parcelas. José Manuel recebe e paga a primeira parcela, mas se esquece de fazer qualquer pagamento nos meses seguintes. José Manuel se habilita em um certame público para prestar serviços públicos como temporário em virtude de grande evento esportivo que ocorrerá em sua cidade, conduzido pelas forças armadas. Para isso, lhe é solicitada a entrega de certidões que comprovem sua regularidade fiscal. José Manuel solicita este documento à receita federal e recebe a informação de que em seu nome consta dívida ativa inscrita pelo não pagamento de imposto de renda declarado. Insurge-se e entra em contato com seu contador que lhe relembra que deveria pagar as demais parcelas pela declaração feita recentemente, mas ele reclama pois a RFB inscreveu seu nome sem sequer lhe notificar antes.
Indaga-se: 1) o caso concreto trata de que espécie de lançamento?
Trata-se de um exemplo clássico de lançamento por homologação, como descrito no art. 150 do CTN.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 2) A inscrição é regular ou deveria haver alguma notificação prévia?
O STJ editou as súmulas 436 e 446 consolidando o entendimento de que o tributo declarado e não pago legitima o fisco a proceder atos de cobrança sem qualquer notificação do contribuinte. Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer providencia por parte do Fisco.
Súmula 446 do STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
TRIBUTÁRIO. ISS. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. APRESENTAÇÃO DE NOTAS FISCAIS. EQUIPARAÇÃO COM DECLARAÇÃO DE DÉBITO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 436 DO STJ. INAPLICABILIDADE. 1. O Plenário do STJ decidiu que "aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça" (Enunciado Administrativo n. 2, sessão de 09/03/2016). 2. O cumprimento da obrigação acessória relativa à emissão de nota fiscal, porquanto essencial à correta escrituração das operações realizadas pelo contribuinte e, consequentemente, ao exercício da fiscalização, tem por escopo o registro e a comprovação acerca da ocorrência ou não do fato gerador (obrigação tributária principal). 3. O referido dever instrumental (de emitir notas fiscais) não se confunde com o ato de constituição do crédito tributário, que pressupõe a apuração dos valores devidos, pela Administração, por meio do lançamento, ou pelo próprio contribuinte, consolidada em declaração do débito, com força de confissão de dívida (Súmula 436 do STJ). 4. Hipótese em que o acórdão recorrido entendeu que as notas fiscais apresentadas à municipalidade, com o objetivo de receber o valor dos serviços por ela contratados, são equiparáveis à declaração do débito prestada pelo contribuinte e, portanto, aptas à constituição do crédito tributário, dispensando o lançamento, interpretação que não pode ser acolhida. 5. Recurso especial provido.
(STJ - REsp: 1490108 MG 2014/0272338-1, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Julgamento: 23/10/2018, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 06/11/2018 RSTJ vol. 253 p. 230)
Questão objetiva:
A alíquota do ITR, em 1995, era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o ano de 1997, o Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagara o ITR de 1995, efetuou o lançamento à alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende que a alíquota aplicável é de 1%. Na verdade:
 ( ) a. Joaquim está com o entendimento correto, pois 1% era a alíquota do exercício em que ocorreram o lançamento e a notificação; 
( ) b. o entendimento do Fisco é correto, pois, no caso, deve prevalecer a alíquota maior; 
( ) c. a alíquota aplicável é a de 1%, por consequência do princípio in dubio pro reo; 
( ) d. a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%; 
( ) e. a alíquota correta é a de 1,5%, por representar a média das três alíquotas, em face do princípio da razoabilidade
Aula 2.docxCASO CONCRETO AULA 02
Diante de ato de autoridade pública supostamente eivada de ilegalidade, CREMILDO BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o mérito, e, ao fazê-lo, denega a segurança. O contribuinte, então, interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebida no duplo efeito, esta preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente execução fiscal para a satisfação do seu crédito, que a esta altura já alcança R$ 24.000,00, por estar acrescido de juros de mora e devidamente corrigido monetariamente. Na execução, o contribuinte alega que a mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de segurança ainda não transitado em julgado. Pergunta-se: 
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de mérito?
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança?
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária? 
Questão objetiva: O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II do Código Tributário Nacional é: 
a) concedido pelo Julgador desde que o interessado preencha os requisitos legais; 
b) condição de procedibilidade para o processamento da Ação Anulatória de Lançamento; 
c)direito subjetivo da parte concedido por lei; 
d) causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário desde que, concomitantemente seja deferida liminar
Aula 3.docxCASO CONCRETO AULA 03
Durante os anos de 1989 a 1994 o Governo Federal, através do extinto DAC (Departamento de Aviação Civil) tabelou os preços das passagens aéreas que as empresas cobrariam dos passageiros, e na composição daquele preço o ICMS não foi incluído. Não obstante, os Estados cobravam das Cias aéreas uma vultosa quantia a título de ICMS. Posteriormente, aquele ICMS veio a ser considerado inconstitucional, sendo possível, em tese, o pedido de restituição. Imediatamente a CIA AÉREA VOE BEM - tempestivamente - pleiteou a restituição, via ação de repetição de indébito, em dobro, do ICMS indevidamente recolhido. A Fazenda Estadual, no entanto, contestou o pedido alegando, em preliminar, a ilegitimidade da CIA AÉREA, por descumprimento do art. 166 do CTN, uma vez que o ICMS é imposto indireto, no qual ocorre a transferência do encargo financeiro, bem como ocorreu
a prescrição. No mérito, sustenta a impossibilidade de devolução do valor pago em dobro. Enfrente todos os argumentos trazidos pelas partes e aborde, com fundamento na doutrina, na legislação e na jurisprudência, se são procedentes ou improcedentes as alegações apresentadas.
Resposta: Terá direito a repetição de indébito de acordo com o art. 166 do CTN. Tem como uma das exigências que a companhia não repassou o valor do ICMS,e a empresa não tem direito a repetição de indébito em dobro consoante art. 167CTN, que prevê a restituição proporcional de juros de mora e demais sanções pecuniárias. Aprescrição ocorre de acordo com o art. 168, II do CTN.
 Questão objetiva João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador ocorrido em 2007. Tendo consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o contribuinte identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o tributo devido em 2008. Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do excesso pago em 2007 para liquidar o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei específica disciplinando a matéria no Estado, marque a alternativa correta: 
a. ( ) João deverá proceder ao pagamento do IPVA/2008 e requerer a restituição do IPVA/2007 pago a maior. 
b. ( ) João poderá compensar o IPVA/2007 com o IPVA devido em 2008. 
c. ( ) O pedido de compensação deverá ficar sobrestado até que sobrevenha lei estadual específica. 
d. ( ) O pedido de compensação será indeferido porque o IPVA/2007 pago a maior só pode ser utilizado na compensação de débitos de exercícios anteriores
Aula 04.docxCASO CONCRETO AULA 04
Em 10/05/2010, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 01/06/2008 a 31/12/2008. Este tributo deveria ter sido recolhido, conforme legislação estadual até o dia 10 do mês subsequente à data da ocorrência do fato gerador. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 20/06/2010. Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2010, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2010. Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2010, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2010. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2016, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2016. Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição. Pergunta-se:
a) Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu?
Não se consumou a caducidade, pois o lançamento se deu antes de esgotado o quinquênio (CTN, art.173), uma vez que oinício da decadência ocorreu em 01/01/2009, final em 31/12/2013. Foi feito dentro prazo, não houve decadência(10/05/2010).
b) Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido? 
Prescrição, início em 23/10/2010e o fim em 22/10/2015. Ocorreu prescrição já que ultrapassado o prazo de cinco anos do174 do CTN entre a data da notificação da decisão definitiva do Conselho de Contribuintes e o ajuizamento da execução fiscal, transcorreram mais de cinco anos.
c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de cobrança do crédito tributário? (Mencione os dispositivos legais) 
Causas de suspensão: CTN, art. 151; Lei 6.830/80, art. 2o., § 3o., e art. 40.Causas de interrupção: CTN, art. 174, p. único; Lei 6.830/80, art. 8o., § 2o
d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue? 
Segundo a opinião majoritária, a prescrição tributária extingue a ação e o próprio crédito, ou seja, o direito processual e o direito material (CTN, art. 156, V).
e) A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo? Respostas fundamentadas.
Nos termos do art. 921 §5º do CPC/2015, é possível o reconhecimento de ofício da prescrição.
 Questão objetiva (FGV-2016) Em dezembro de 2015, a pessoa jurídica X efetuou a entrega da declaração do imposto sobre a renda pessoa jurídica (IRPJ), relativo a fatos geradores ocorridos no mês de julho de 2015, na qual reconheceu o débito fiscal, na sua integralidade. No entanto, a pessoa jurídica X não realizou o pagamento do IRPJ, vencido em dezembro de 2015. Sobre a hipótese, é correto afirmar que a União Federal deverá :
A ( ) constituir o crédito, por meio de lançamento, até julho de 2020.
 B ( ) constituir o crédito, por meio de lançamento, até janeiro de 2021. 
C ( ) inscrever o crédito em dívida ativa, até julho de 2020. 
D ( ) ajuizar execução fiscal, até julho de 2020. 
E ( ) ajuizar execução fiscal, até dezembro de 2020
Aula 05 jurisprudência.docxCaso Concreto aula 5
Em 2013, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos. Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2016, surgiu outra norma jurídica revogando essa isenção do ISSQN.
Responda:
a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção?
Trata de isenção subjetiva, onerosa, por prazo certo, condicionada a despacho da autoridade administrativa. O art. 178 estabelece a mais importante regra sobre isenção fiscal dentre as poucas constantes no CTN que consagra o reconhecimento de que as isenções onerosas concedidas por prazo certo geram direito adquirido à fruição do benefício, pelo prazo estipulado,para aqueles que cumpram as condições na lei previstas.É isso que o CTN quer dizer quando afirma que as isenções podem ser revogadas, salvo se concedidas por prazo certo e em função de determinadas condições.Art. 178 -A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo...”
b) Pode esta isenção ser revogada? Qual(is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)?
Isso, entretanto, não significa, de forma nenhuma, que a lei não possa ser revogada. A lei que conceda isenção fiscal sempre pode ser revogada.O que ocorre é que, se a isenção concedida por essa lei for onerosa e por prazo certo,aqueles sujeitos passivos que, antes da revogação da lei, tiverem cumprido os requisitos exigidos, para a fruição do benefício, terão direito a gozá-lo pelo prazo estabelecido, mesmo depois de a lei haver sido revogada.É o que ocorreu com essas empresas, que passaram a ter direito à isenção e, por isso, poderão fruí-la durante o prazo previsto na lei, mesmo tendo sido revogada ou modificada antes de concluído esse prazo.
O entendimento do legislador (CTN) é o mesma dos doutrinadores, ou seja, é a da observância do princípio da anterioridade pela norma que revoga a isenção. O STF tem decidido que a revogação da isenção tem eficácia imediata, vale dizer, ocorrendo a revogação da isenção, o tributo pode ser cobrado no curso do mesmo exercício, sem ofensa ao princípio da anterioridade da lei. Entretanto, a posição firmada pelo STF, de que não há obrigatoriedade de observância do princípio da anterioridade, no caso de revogação de isenções, não significa que disciplina mais benéfica não possa ser estabelecida para o contribuinte.Com o princípio da anterioridade da lei, porque a revogação de uma lei que concede isenção equivale à criação de um tributo.
c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)?
É possível ser impetrado mandado de segurança com pedido de liminar, já que a matéria não está relaciona com a simples expectativa de direito, mas sim com o direito adquirido das empresas, tornando, portanto, a
revogação inválida, não observando a Súmula do STF de n° 544: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas, vez que as mesmas geram direito adquirido. A isenção concedida por prazo certo e sob condições não pode ser revogada a qualquer tempo, porque ofende a segurança das relações jurídicas, sustentado, inclusive, pelo STF.
TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO. LEI DO PROUNI. ART. 178 DO CTN. SÚMULA 544/STF. 1. O provimento recorrido encontra-se devidamente fundamentado, tendo dado à lide a solução mais consentânea possível, à vista dos elementos contidos nos autos. 2. Conforme exposto em sentença, "de acordo com o novo dispositivo legal, o sistema de isenção fiscal passou a ser proporcional ao número de vagas preenchidas. Deixou-se de considerar apenas o número de bolsas oferecidas. Isso significa dizer que se a instituição de ensino não conseguir ocupar todas as bolsas ofertadas, ela terá um desconto menor no tributo, o que gera consequências de ordem financeira para a universidade. Tal circunstância, além de afrontar o art. 178 do CTN e a Súmula nº 544 do STF, anteriormente mencionados, viola também os princípios constitucionais da segurança jurídica e do direito adquirido. O Poder Público não pode, em que pese os argumentos declinados nas informações, simplesmente modificar a isenção concedida sob condição, mormente para reduzir, ainda que proporcionalmente, o benefício fiscal. Por outro prisma, tem o dever legal de fiscalizar as instituições de ensino, a fim de verificar se as condições estabelecidas estão sendo cumpridas. Como bem apontado pela auditoria do TCU, incumbe ao MEC implementar rotina de fiscalização nas IES para confirmar a fidedignidade das informações prestadas. Eventuais fraudes devem ser denunciadas e punidas, observado o devido processo legal". Desse modo, de rigor a manutenção da sentença. 3. A adoção, pelo presente julgado, dos fundamentos externados na sentença recorrida - técnica de julgamento "per relationem" -, encontra amparo em remansosa jurisprudência das Cortes Superiores, mesmo porque não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88, segundo o qual "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade (...)". Precedentes do STF e STJ. 4. Remessa Oficial improvida. 5. Apelo improvido.
(TRF-3 - ApelRemNec: 00221579220114036100 SP, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO SARAIVA, Data de Julgamento: 01/08/2019, QUARTA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:13/08/2019)
Questão objetiva: 
O Tribunal de Contas, art70 Cr/88
( ) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas.
() b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo.
() c. integrar o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional.
() d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional.
() e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo
Aula 06.docxCASO CONCRETO AULA 06
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em consequência procedido ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu antigo contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Pergunta-se: 
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias?
Os atos de alienação podem ser válidos se existir reserva de bens que satisfaça o crédito tributário. No caso concreto pode ser considerada fraudulenta, por ser realizada após a inscrição na dívida ativa, se somado a este fato, não restarem bens suficientes para satisfação do crédito perante o fisco.
Art. 185 CTN. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
b) Pode a Fazenda Pública requerer a falência da sociedade? 
A Fazenda Pública não é parte interessada no processo de falência, por isso não é legitimada para requerer a decretação da falência da empresa, pois ela não se habilita no concurso de credores, e o instrumento para buscara satisfação do crédito continua sendo a execução fiscal.Na linha da legislação tributária e da doutrina especializada, a cobrança do tributo é atividade vinculada, devendo o fisco utilizar-se do instrumento 
afetado pela lei à satisfação do crédito tributário, a execução fiscal( LEF), que goza de especificidades e privilégios, não lhe sendo facultado pleitear a falência do devedor com base em tais créditos
c) É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados das movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as irregularidades, independente de autorização judicial? 
Sim, pois se no interesse da administração tributária for necessária a busca dessas informações, elas lá permanecerão em sigilo, com o fim de identificar as irregularidades, é possível que as informações sejam alcançadas sem que isso caracterize quebra de sigilo.Importante destacar a decisão do STF sobre a constitucionalidade da LC 105/2001, no sentido de que a norma não resulta em quebra de sigilo bancário, mas sim em transferência de sigilo da órbita bancária para a fiscal,ambas protegidas contra o acesso de terceiros. A transferência de informações é feita dos bancos ao Fisco, que tem o dever de preservar o sigilo dos dados, portanto não há ofensa à Constituição Federal.
Questão objetiva Em processo de falência, a ordem de preferência do crédito tributário constituído antes da decretação da falência de determinado contribuinte que deve também créditos trabalhistas anteriores à quebra, equivalentes a vinte mil reais; créditos trabalhistas anteriores à quebra, cedidos a terceiros, equivalentes a quinze mil reais; crédito garantido com hipoteca até o limite do valor do bem gravado; remuneração devida ao administrador judicial equivalente a cinco mil reais corresponderá ao :
A ( ) primeiro pagamento.
 B ( ) segundo pagamento.
 C ( ) terceiro pagamento.
 D ( ) quarto pagamento.
E ( ) quinto pagamento

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