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Abril de 2021 ADUBAÇÃO VERDE CROTALARIAS E CRAMBE CHAPADÃO DO SUL – MS UFMS – CPCS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CÂMPUS DE CHAPADÃO DO SUL - MS ANA PAULA NUNES DA COSTA, RAQUEL DIAS RODRIGUES. ADUBAÇÃO VERDE: CROTALARIAS E CRAMBE CHAPADÃO DO SUL - MS 2021 ANA PAULA NUNES DA COSTA, RAQUEL DIAS RODRIGUES ADUBAÇÃO VERDE: CROTALARIAS E CRAMBE Trabalho realizado e apresentado como parte dos requisitos para obtenção e complementação de conhecimento da disciplina de Manejo e Conservação do Solo, do curso de Eng. Florestal, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS – Câmpus de Chapadão do Sul – CPCS. Prof. Cassiano Garcia Roque CHAPADÃO DO SUL – MS 2021 RESUMO Adubação Verde: Crotalarias e Crambe. ANA PAULA NUNES DA COSTA, RAQUEL DIAS RODRIGUES, Adubação Verde: Crotalarias e Crambe. Trabalho realizado para disciplina de Manejo e Conservação do Solo – Engenharia Florestal – UFMS, Chapadão do Sul - MS. O presente trabalho tem por finalidade evidenciar os benefícios e logo a importancia da adubação verde com Crotalarias e Crambe, demonstrando seus efeitos sobre os atributos do solo. O uso de adubos verdes aplicados ao solo é uma pratica vegetativa considerada alternativa para o manejo sustentável do solo, devido sua ação benéfica em diferentes aspectos das propriedades do solo. Podendo dizer de antemão que a adubação verde está diretamente relacionada com melhorias químicas, físicas e biológicas do solo, implicando de forma direta na redução dos custos de produção com insumos químicos, estando de acordo com a tendência mundial em busca de alimentos mais saudáveis, provenientes da mínima utilização de insumos químicos e degradação do meio ambiente. Palavras-chave: Adubação Verde. Crotalarias, Crambe. Atributos. Solo. INTRODUÇÃO Adubação Verde Um dos maiores desafios que a humanidade vem enfrentando é o de gerar alimentos para um número cada vez maior de pessoas, sem levar à exaustão e à degradação dos solos, comprometer a quantidade e qualidade da água, causar sérios danos à biodiversidade e agravar ainda mais o problema do efeito estufa. A adubação verde é uma prática agrícola que consiste no plantio de espécies vegetais em rotação ou em consórcio com culturas de interesse econômico, essas espécies, de ciclo anual ou perene, cobrem o terreno por determinado período de tempo ou durante todo o ano. Depois de roçadas, podem ser incorporadas ou mantidas em cobertura sobre a superfície do solo. A utilização do adubo verde no solo é uma pratica vegetativa fornecedora de matéria orgânica e nutriente necessária as plantas, o que possibilita a redução da quantidade de adubos químicos, o que consequentemente também reduz os custos de produção e os danos ao solo. Os adubos verdes incorporam substâncias orgânicas ao solo, como exudatos de raízes, biomassa radicular e foliar, ácidos orgânicos e diversas substâncias elaboradas, como aminoácidos e fitormônios. De acordo com Silva et al. (1999), a adubação verde tem a finalidade de preservar e ou restaurar os teores de matéria orgânica e de nutrientes do solo, estando de acordo com a tendência mundial em busca de alimentos mais saudáveis, provenientes da agricultura sustentável e produzidos com a mínima utilização de insumos químicos e mínima degradação do meio ambiente. Logo, o uso da adubação verde destaca-se por sua influência na melhoria das propriedades fisicas, quimicas e biologicas do solo, os efeitos promovidos por essa prática variam de acordo com a espécie utilizada, a época de plantio e corte do adubo verde, e também as condições locais, ou seja, tanto o manejo adequado do adubo verde, quanto as condições ambientais favoráveis, podem promover grande melhora na estrutura e textura do solo. Esta atividade vem sendo cada vez mais utilizada e é considerada como uma aliada na prevenção da degradação dos solos e recuperação de terras que já foram eventualmente degradadas, os conhecimentos técnicos e científicos sobre o tema possibilitam não somente o desenvolvimento de uma agricultura mais tecnificada, mas também nos promovem a recuperação de áreas degradadas pelo uso intensivo, e melhoria das propriedades do solo. Por que fazer o uso de adubação verde? A prática possibilita a recuperação, manutenção e melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo, trazendo produtividade e redução de custos com adubação química e controle de nematóides. Ou seja, basicamente a atividade consiste no cultivo de plantas – com características recicladoras, recuperadoras, protetoras, melhoradoras e condicionadoras de solo – em rotação/sucessão ou consorciação com culturas comerciais como a cana-de-açúcar. Apesar das espécies de adubos verdes possuírem grande capacidade de fixar nitrogênio da atmosfera, eliminando a necessidade de adubação nitrogenada, não elimina a aplicação de demais nutrientes, como potássio e fosforo, que devem ser mantidas em doses convencionais. Pesquisadores afirmam que os cuidados com a adubação verde devem ser os mesmos realizados quando uma cultura é instalada, ou seja, por maior que seja a rusticidade da espécie de adubo verde, se a semente utilizada não possuir adequado vigor, pureza e porcentagem de germinação, o estande de plantas emergidas será menor. Além disso, se na área de renovação não for feita a aplicação de corretivos e condicionadores de solo bem como o plantio do adubo verde for feito em época de baixo regime hídrico, poderá haver menor produção de biomassa e, consequentemente, redução dos benefícios mediante a adoção da técnica. Rotação de culturas: Controla nematóides fito parasitos com espécies não hospedeiras/antagônicas; reduz a incidência de pragas e doenças nas culturas. Cobertura do solo: Cobre o solo com grande quantidade de massa verde em curto espaço de tempo, o que resulta em fitomassa para cobertura morta; protege o solo contra os agentes da erosão e radiação solar; diminui a amplitude da variação térmica diuturna do solo; protege as mudas-plantas contra o vento e radiação solar; reduz a infestação de ervas daninhas. Descompactação, aeração, estruturação e reciclagem de nutrientes: Recicla os nutrientes lixiviados e perdidos em profundidade; libera o fósforo fixado. Fixação biológica de nitrogênio: As leguminosas fornecem nitrogênio fixado diretamente da atmosfera, reduzindo a necessidade de adubos nitrogenados; O nitrogênio da leguminosa ajuda na fixação de carbono no solo e aumenta o teor de matéria orgânica. Produção de fitomassa: Aumenta a matéria orgânica e, consequentemente, a capacidade de armazenamento de água no solo; reduz os teores de alumínio trocável; contribui para o sequestro de carbono; intensifica a atividade biológica do solo; é matéria-prima para compostagem. REVISAO DA LITERATURA ADUBAÇÃO VERDE E PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO Para que se tenha um equilíbrio entre a cultura e o ambiente, à manutenção das propriedades físicas, é considerada parte do alicerce para o sucesso dos cultivos (FACHINELLO et al., 2003). As propriedades físicas do solo são importantes para o crescimento da planta, e as mesmas estão frequentemente relacionadas. Dentre as propriedades físicas do solo os macros poros exercem influência sobre o desenvolvimento das plantas. A redução dos macros poros do solo, devido à compactação causada pelo tráfego de máquinas e implementos agrícolas, ocasiona aumento na resistência mecânica do solo à penetração vertical das raízes da maioria das culturas e redução dainfiltração de água no solo. Entretanto, o adubo verde pode ser utilizado como medida biológica para amenizar os efeitos nocivos da compactação do solo, por reduzir a sua resistência à penetração (MINATEL et al., 2006). O rompimento das camadas compactadas do solo pode ser realizado através do cultivo de plantas, utilizadas como adubo verde, que possuem sistema radicular desenvolvido. O sistema radicular desenvolvido provoca desarranjos no solo ao penetrar nas camadas compactadas e, ao sofrer decomposição, deixa canais que contribuem para a infiltração de água e difusão de gases, melhorando a qualidade física do solo (FOLONI et al., 2006). Segundo Roth et al. (1992), o crescimento radicular pode também incrementar a matéria orgânica ao longo do perfil do solo, a qual promove a estabilização dos agregados, reduzindo a susceptibilidade do solo à compactação. Assim, a utilização de plantas descompactadoras favorecem o aumento da macro, micro e porosidade total, reduzindo, com isso, a densidade do solo (SANTOS et al., 2009. Alves et al. (2007). Dentre as contribuições da adubação verde para a melhoria das características físicas estão também o impedimento do impacto direto das gotas de chuva sobre o solo, contribuindo, assim, para evitar a erosão e a perda da camada superficial mais fértil. Diminui a variação da temperatura entre o dia e a noite e seus efeitos na superfície do solo e em profundidade, favorecendo o aprofundamento de raízes e a vida microbiana. ADUBAÇÃO VERDE E PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO Os adubos verdes, segundo diversos estudos científicos e evidências práticas, desempenham ações em diferentes aspectos da fertilidade do solo, entre os quais o aumento do teor de matéria orgânica do solo, elevação do pH e fixação do N atmosférico de maneira simbiótica pelas leguminosas. Dentre as plantas utilizadas como adubos verdes destacam-se as leguminosas, devido adicionarem C e N atmosférico fixado pela simbiose com bactérias do gênero Rhizobium (FARIA et al., 2004). Além da adição de C e N, os adubos verdes utilizados como cobertura vegetal controlada em relação ao terreno descoberto e arado, possibilitam aumento da quantidade de matéria orgânica e diminuição da lixiviação de nitratos para o subsolo (RUFATO et al., 2007). O nitrogênio é o nutriente que mais tem sido estudado com relação ao efeito da adubação verde nas culturas de interesse econômico. As leguminosas herbáceas constituem algumas das plantas mais utilizadas como adubos verdes, embora espécies de outras famílias botânicas também sejam frequentemente utilizadas. Devido à capacidade das leguminosas de fixarem nitrogênio atmosférico em associação com bactérias dos gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium, essas plantas podem substituir os adubos minerais no fornecimento de N para várias culturas de interesse comercial (Smyth et al., 1991). A adubação verde permite ainda o aporte de quantidades expressivas de fito massa, possibilitando uma elevação no teor de matéria orgânica do solo ao longo dos anos. Como consequência, obtêm-se um aumento da capacidade de troca catiônica (CTC) do solo, o que traz maior retenção de nutrientes junto às partículas do solo, reduzindo perdas por lixiviação (Kiehl, 1985). A partir da decomposição dos resíduos vegetais pode ocorrer uma diminuição na acidez do solo. Isto porque durante a decomposição dos resíduos, são produzidos ácidos orgânicos capazes de complexar íons Al+ presentes na solução do solo, reduzindo desta forma o alumínio tóxico do solo (Liu & Hue, 1996). Outro efeito benéfico desta prática nas características químicas do solo diz respeito à reciclagem de nutrientes (Costa, 1993). Quando se utilizam plantas que expandem seu sistema radicular para horizontes profundos do solo como adubos verdes, elas absorvem nutrientes das camadas subsuperficiais do solo. Após o corte dessas plantas, ocorre então a liberação gradual dos nutrientes para a camada superficial, através da decomposição dos resíduos, tornando-os disponíveis para culturas subsequentes. ADUBAÇÃO VERDE E PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DO SOLO As propriedades biológicas do solo estão relacionadas com as formas de vida existentes no mesmo, sendo que o uso da adubação verde exerce efeitos no incremento das atividades dos microorganismos, entre os quais as micorrizas e bactérias do gênero Rhizobium, e aumento da atividade de minhocas. Segundo Coleman et al. (2004), a biota do solo influi na manutenção da fertilidade do solo, sendo considerada vital para a mesma, pois os microorganismos atuam na maioria de processos do solo, entre os quais destacam-se a disponibilidade e retenção de nutriente, decomposição de materiais orgânicos, acúmulo da matéria orgânica e estabilização de agregados do solo. De acordo com Steffen et al. (2007), os organismos da fauna edáfica são parte integrante do solo, capazes de modificar as características físicas, químicas e biológicas do ecossistema, sendo importante ferramenta para avaliar a qualidade do solo. A atividade biológica é afetada pela adubação verde devido à atividade exercida sobre a matéria orgânica do solo que, por sua vez, supre os microorganismos presentes com as substâncias orgânicas e inorgânicas necessárias ao seu desenvolvimento, estabelecendo, a partir da natureza do material vegetal adicionado, um maior desenvolvimento de determinados organismos microbianos (fungos micorrízicos), minhocas e outros (SILVA, 2007). As plantas mais utilizadas como adubo verde são as leguminosas, porque, além de adicionarem C ao solo, adicionam também o N atmosférico fixado pela simbiose com Rhizobium, beneficiando as culturas subsequentes ou as que a elas estejam consorciadas (FARIA et al., 2004; FARIA et al., 2007). Controla a população de nematoides, sobretudo daqueles formadores de galhas (Meloidogyne javanica e M. incognita). Condições climáticas: A temperatura exerce influência direta nos processos metabólicos das plantas, encontrando-se relacionada com a latitude e a altitude de cada região. Juntamente com a distribuição anual de chuvas, exerce uma forte influência no estabelecimento e desenvolvimento das plantas. Alguns adubos verdes também são fortemente influenciados pelo fotoperíodo. Um exemplo dessas plantas é crotalária, que tem o florescimento induzido, e consequente interrupção do crescimento, quando exposta a dias curtos (Duke, 1983). Condições edáficas: Nem sempre a realização de calagem e adubação elevadas visando o plantio de uma determinada espécie de adubo verde mostra-se como uma prática economicamente viável. Torna- se importante então proceder a identificação de plantas mais adaptadas às diversas condições. Várias leguminosas utilizadas como adubos verdes apresentam alguma tolerância à acidez do solo. FORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS ADUBOS VERDES Adubação verde de primavera/verão em cultivo solteiro: Consiste no plantio dos adubos verdes no período de outubro a janeiro. A ocorrência de chuvas, associada às altas temperaturas desta época do ano, permite a produção de grandes quantidades de massa verde. Quando se utilizam leguminosas, ocorre também um grande acréscimo de nitrogênio ao solo. A principal desvantagem deste tipo de adubação verde está na ocupação de áreas agrícolas durante um período em que são cultivadas plantas de interesse econômico. Uma alternativa para esse problema seria o plantio de leguminosas em glebas em pousio na propriedade, deixando-se as outras partes para as culturas comerciais. No ano seguinte, seria realizada uma rotação. Adubação verde de outono/inverno em cultivo solteiro: Consiste na semeadura dos adubos verdes entre fevereiro e abril. O cultivo destas plantas permite então a proteção de áreas que normalmente não são cultivadas nesta época do ano. Ocorre ainda uma diminuição da infestação do terreno por ervas invasoras e redução das perdas de nutrientes do solo. A forma de manejo dos resíduos de adubos verdes também trazinfluências marcantes sobre a produção de culturas comerciais subsequentes. Além de aumentar a produtividade de culturas comerciais, o pré-cultivo com adubos verdes permite ainda um aumento na população de microrganismos benéficos do solo. Espindola et al. (1996) verificou que a adubação verde de outono/inverno com crotalária e mucuna preta permitiu maior colonização das raízes de batata-doce por fungos micorrízicos arbusculares nativos do solo em comparação ao solo sem vegetação. Adubação verde consorciada com culturas anuais: O adubo verde é semeado nas entrelinhas da cultura comercial, permitindo a produção durante todo o ano. Esse sistema mostra-se particularmente interessante em pequenas propriedades rurais, pois permite otimizar o aproveitamento de fatores de produção como energia radiante, água e nutrientes. Um exemplo deste tipo de adubação verde consiste no consórcio do milho com leguminosas. Esse tipo de consórcio não é indicado para condições de reduzida disponibilidade de água, ocasionadas por ocorrência de veranico ou plantio em período seco do ano, sem irrigação. Nas condições de clima tropical e subtropical, há uma rápida mineralização de matéria orgânica que pode ser seguida por perdas de nitrogênio. Adubação verde consorciada com culturas perenes: Nesta modalidade, o adubo verde é cultivado entre as linhas de frutíferas ou de outras plantas perenes. Devem ser evitados adubos verdes muito agressivos, como as mucunas preta e cinza, realizando o coroamento das plantas quando for necessário. Dentre as vantagens da adoção desta prática estão o controle de erosão, redução da incidência de ervas invasora e atenuação das perdas de nutrientes do solo. VANTAGENS DA ADUBAÇÃO VERDE O processo de nutrição do solo por meio desta técnica, se dá a partir da relação simbiótica ou associativista que essas plantas apresentam junto com as bactérias (rizóbio) alojadas em suas raízes. Essas bactérias são especializadas em metabolizar o nitrogênio no solo, ou seja, elas têm a capacidade de remover o nitrogênio presente na atmosfera e fixá-las no solo, dessa forma, nutrem a terra. Essas plantas são responsáveis pelo arado biológico, pois suas raízes são profundas. Quando essas raízes se decompõem, criam galerias e macro poros, que promovem o crescimento de microorganismos em profundidade e assim rompem as barreiras físicas do solo. Logo, elas são responsáveis pela descompactação do solo. O nitrogênio é um dos elementos que configura a fertilidade do solo, sendo sua principal função auxiliar as plantas em seu crescimento, ou seja, no desenvolvimento de células e tecidos. Também está presente na composição química da clorofila. Pelo fato de haver a fixação de nitrogênio no solo, a adubação verde garante à cultura principal um arranque no desenvolvimento de cerca até 25% maior em relação a ausência desta técnica, isto é, ela acelera o crescimento inicial das mudas principais. O plantio de determinadas espécies evita o desenvolvimento indesejado de ervas daninhas e do mato no plantio comercial, diminui as perdas de água no solo, contribuindo, assim, para recuperação de áreas degradadas. Logo, a necessidade de se investir em adubos químicos, manutenções para controle do mato e outras ferramentas para descompactar o solo é reduzido consideravelmente. Frisando para deixar claro, a prática da adubação verde proporciona inúmeras vantagens, dentre elas podemos citar que não interfere na germinação, apresenta custos relativamente baixos, promove aumentos significativos nas produções, protege o solo contra erosão e evita a multiplicação de ervas daninhas, logo fica claro que esta é uma temática que possui um aspecto de grande importância para diversos plantios agroflorestais, já que diversas espécies apresentam grande crescimento vegetativo. A atividade canavieira por exemplo, utiliza-se de práticas de conservação do solo e aptidão agrícola, e hoje em dia é considerada como uma atividade altamente conservadora do solo, pois atua fazendo o uso de adubação verde por meio de crotalária, porém vale ressaltar que mesmo utilizando desta prática o solo em questão deve ser bem manejado para que não ocorra problemas de perdas de solo. ADUBAÇÃO VERDE COM CRAMBE O crambe (Crambe abyssinica Hochst) é uma espécie vegetal da família das crucíferas, originária da região do Mediterrâneo, porém não se limita apenas a sua localidade de origem, já que tem boa adaptação à diferentes condições climáticas e que vem se desenvolvendo cada vez mais como uma cultura alternativa para ser levada como uso nos períodos de entressafra. Com o surgimento do interesse comercial desse cultivar, a possibilidade de frequência do crambe no campo como planta de cobertura vem aumentando significantemente, exibindo de suas características como uma planta rústica, de tolerância a baixas temperaturas e à seca, o que lhe permite suportar bem a sua época de plantio que fica dentre os meses de maio a julho, trazendo também benefícios a fertilidade do solo devido a sua agressividade radicular. Com essas características das espécies é possível notar uma melhora na fertilidade do solo, que trata desde a descompactação do solo, decorrente do seu sistema radicular, até a ciclagem de nutrientes, no sequestro a baixas profundidades. A abrangência desse funcionamento é apresentada pela própria natureza e os processos de reestruturação do solo ocorrem constantemente, essa reestruturação do solo começa pela ação dos organismos decompositores da biomassa, visto que a atividade natural da microbiota do solo permite buscar os elementos e nutrientes para que a vida continue e permita o uso do solo. Dentre os elementos mais importantes para esse equilíbrio da biota está a fixação de elementos químicos essenciais como o nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), este processo de fixação dos elementos químicos e nutrientes no solo, estão ligados a vários processos e um deles é a decomposição de raízes e restos de plantas que ajudam na formação a matéria orgânica, trabalhando em conjunto com fungos e bactérias na produção de biomassa, permitindo o desenvolvimento de tecnologias para recuperação de áreas degradadas, buscando trazer uma agricultura cada vez mais sustentável. Considerando que sem fertilidade o solo não suprirá as necessidades da demanda mundial é fundamental que tenhamos essa preocupação, aplicando manejos adequados ao solo com a rotação de culturas, descanso do solo, correção de seu pH entre outros fatores que almejam alcançar a melhoria da fertilidade e preservação do solo. Dentre os efeitos da matéria orgânica no solo, podemos destacar vários benefícios como: agregar partículas e estabilizar o solo (evita erosão); armazenar e beneficiar o fluxo de água e ar no solo; prover nutrientes e armazenar (N, P, K); menor compactação do solo (trabalho facilitado); sequestro de C da atmosfera; retenção de nutrientes: cálcio (Ca), manganês (Mg) e potássio (K); e, redução dos efeitos do uso inadequado de produtos químicos (pesticidas). Uma das principais propriedades morfoagronomicas utilizadas para avaliar os adubos verdes é a produção de matéria seca, estudos como o de espécies de plantas que sejam boas formadoras de cobertura, e que possam ser usadas no cultivo agroecológico, também é muito importante na agricultura. ADUBAÇÃO VERDE COM CROTALARIA A Crotalaria, é uma espécie originária da índia, que possui uma ampla adaptação às regiões tropicais, pode se dizer que são plantas arbustivas, de crescimento ereto e determinado, que produzem fibras e celulose de alta qualidade, próprias para a indústria de papel e de outras finalidades generalizadas, fazendo parte dos grupos de espécies mais indicadas para adubação verde atualmente, dentre elas ganhando destaque a Crotalaria junceae e C. spectabilis. Muito recomendada para a adubaçãoverde, é umas das espécies de leguminosas para adubação verde que apresenta mais rápido crescimento, podendo atingir de 3 à 5 M metros de altura, sua produtividade normal pode atingir cerca de 10 a 15 t/ha de matéria seca e 5000 à 1000 kg/ha de sementes. Esse vegetal forma o que podemos chamar de associação simbiótica com bactérias do solo, que são conhecidas como rizóbios e aproveitam o nitrogênio fixado a partir do ar por esses microrganismos, desta forma, ao ser utilizada como adubo verde, traz inúmeros benefícios, como reduzir a necessidade de aplicação de fertilizantes nitrogenados nas culturas. Dentre as vantagens a ser obtidas pelo uso da espécie, podemos destacar: controle de erosão, diminuição do assoreamento dos sulcos de plantio, facilitando a germinação, recicla nutrientes percolados, reduz a adubação nitrogenada de plantio, diminui a incidência de ervas daninhas, descompacta o solo e aumento da produtividade. O manejo desta espécie em adubação verde, consiste na semeadura durante o período de outubro e novembro, podendo esta ser realizada à lanço em área total (30 kg de sementes por ha, densidade de 60 sementes por M²), ou em linha com espaçamento de 0,5 M (25kg de sementes por ha, densidade de 25 sementes por M linear), sendo a profundidade da semente entre 2 e 3 cm, e ao florescimento (cerca de 100 dias) proceder com roçagem, picação ou acamamento, recomendando-se esperar no mínimo 90 dias para manejo da Crotalaria, para que haja melhor aproveitamento da biomassa produzida com ralação ao custo benefício, ou seja, se o manejo for feito antes de 90 dias, a biomassa produzida não custeará a prática. Por ser considerada uma planta de rápido crescimento e, em plantios de primavera-verão, o arranjo recomendado é de sulcos, com espaçamento de 30 centímetros e densidade de 30 plantas por metro linear. Em cultivos de início de outono, recomenda-se a densidade de 40 plantas por metro linear e espaçamento de 30 centímetros entre sulcos de plantio. Nas duas épocas de plantio, esses arranjos populacionais proporcionam menor incidência de ervas espontâneas, elevada quantidade de nitrogênio e grande produção de biomassa e de sementes, sendo que a produtividade de biomassa é maior na primavera-verão e a de sementes é maior no outono. Citando mais um dos benefícios do uso da crotalária, também podemos cita-las como excelentes opções para o controle de nematóides, pois elas atuam atraindo nematóides juvenis, permitindo assim a acomodação localizada destes no sistema radicular até abortarem este pontos infestados, promovendo então a morte destes parasitas no interior das raízes infectadas – como exemplo de nematóides controlados por essa linhagem, podemos citar alguns como o Meloidogyne incógnita, M. javanica, Pratylenchus brachyurus, P. zeae, Ogma sp., dentre outros ALGUMAS ESPÉCIES DE CROTALÁRIAS Há uma grande diversidade de Crotalarias, mas de modo podemos dizer que suas plantas estão particularmente muito bem adaptadas aos solos arenosos, soltos e pobres em fertilidade, podendo ser obtidos aumentos de até 100% no rendimento das culturas subsequentes. Em geral, são anuais, eretas, arbustivas e de crescimento determinado. Sua utilização para adubação verde é feita conforme as caracteristicas da àrea onde será plantada e com relação aos objetivos do plantio, veja abaixo algumas espécies descritas e suas indicações: Crotalária-ochroleuca: Quando o assunto é rusticidade, a escolha pela Crotalária-ochroleuca é recomendada. Essa espécie também é empregada na sucessão de soja, com áreas em infestação mista por nematoides de cisto, galhas e lesões. A recuperação da capacidade produtiva do solo é outra vantagem reconhecida dessa Crotalária. Possui excelente fixação biológica de nitrogênio atmosférico e é ótima produtora de massa verde. Aparece como opção de adubo verde para culturas de hortaliças, grãos, algodão, tabaco e cana-de-açúcar, além de culturas irrigadas. Crotalária-spectabilis: A Crotalária-spectabilis é considerada a mais eficiente na redução de nematoides de galha, cisto e lesões radiculares em áreas de culturas anuais ou perenes. Possuí excelente fixação biológica de nitrogênio atmosférico e é ótima produtora de massa verde. Pode ser utilizada nas entrelinhas de culturas perenes sem prejudicar o trânsito de máquinas ou pessoas. Os cultivos de hortaliças, algodão, tabaco e cana-de-açúcar são os que, comumente utilizam tal espécie. Crotalária-breviflora: A Crotalária-breviflora é a espécie recomendada para entrelinhas de culturas perenes como o café, devido ao seu porte baixo e hábito não trepador. É má hospedeira de nematoides e ajuda no controle de ervas daninhas. Por combater nematoides dos tipos Meloidogyne e Pratylenchus, até mesmo em áreas de infestação mista. Os produtores de hortaliças também podem optar por este tipo de Crotalária. Já na cultura de grãos, seu uso é bastante recomendado consorciado com milho de segunda safra. ESTUDOS DESENVOLVIDOS SOBRE A CROTALARIA Uma série de estudos foram realizados a fim de buscar mais informações com relação ao uso da crotalária na adubação verde, reunindo parte das conclusões destas pesquisas, podemos dar destaque à alguns fatos relatados pelos resultados dos mesmos: - No estado de São Paulo, um estudo foi realizado com base no comportamento de cana-de-açúcar em sucessão a adubos verdes, onde foi verificado um maior rendimento após o cultivo com adubação verde de Crotalaria junceae – Cardoso (1956); - Foi possível detectar aumento nos teores de matéria orgânica e N do solo após 6 ciclos de utilização de adubação verde com Crotalária junceae plantada em anos alternados entre a colheita e o replantio, propiciando inclusive na obtenção de altas produções. – Yadov et al. (1986) citado por Caceres (1994); - Também concluíram a redução da população de cupins – segundo Macedo & Botelho (1995) citados por Caceres. - O cultivo orgânico de frutíferas como Mangifera indica L. (mangueira) e Annona muricata L. (gravioleira), em sistema agroflorestal com a leguminosa Crotalaria junceae (crotalária) e a espécie florestal Azadirachta indica (neem/nim), proporcionou um aumento significativo na eficiência do sistema de produção, pelo fornecimento e ciclagem de nutrientes, aumentando assim a diversidade do sistema e agregação de valor às frutas que, conduzidas organicamente, apresentaram maior valor comercial. CULTIVO DE ADUBOS VERDES Escolha das espécies: Na tomada de decisão do agricultor por determinada espécie de adubos verdes, alguns aspectos importantes deverão ser considerados, tais como: Histórico da área; Adaptação das plantas ao clima e solo da região; Não interferência das espécies escolhidas nas atividades agropecuárias principais da propriedade, como culturas anuais, perenes, pastagem ou reflorestamento; Custo financeiro mínimo da adubação verde; Facilidade de aquisição de sementes; Produção de quantidade adequada de massa vegetal; Facilidade de manejo das plantas, tendo em vista o objetivo proposto produção de fitomassa ou sementes. Algumas espécies de adubos verdes são recomendadas para o estabelecimento de cobertura vegetal para proteção do solo em esquemas de rotação, sucessão ou consórcio de culturas anuais. Podem ser utilizadas, também, como culturas intercalares a outras culturas perenes: café, seringueira, frutíferas diversas ou por ocasião da reforma de áreas de pastagem ou de cana-de-açúcar. Outras espécies podem ser utilizadas como forrageiras, associadas ou não a gramíneas, fornecendo feno ou constituindo pastagens ou banco de proteínas para suplementação na alimentação animal, como calopogônio, centrosema, guandu, kudzu, lablabe, leucena, siratro e soja- perene. Época de semeadura: A época do ano mais favorávelao cultivo das espécies de adubos verdes está relacionada ao aproveitamento mais adequado da água, temperatura e luz disponíveis, que são fatores de interferência na emergência, no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo e no rendimento de massa e de grãos da planta. Depende também das culturas econômicas exploradas em cada sistema de produção. De modo geral recomenda-se: Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste: semear as espécies cultivadas preferencialmente na primavera-verão no início do período chuvoso, em geral, em outubro, para obter maior rendimento de fitomassa. Entretanto, algumas espécies como a crotalária junceae e guandu (eretas), mucuna-preta e mucuna cinza (trepadoras) podem ser semeadas mais tarde, como culturas de safrinha. Nesse caso, a quantidade de fitomassa produzida será menor, mas ainda adequada e a altura das plantas eretas será muito reduzida o que favorece a colheita mecânica dessas espécies. Assim, pode-se prever época de semeadura até: Janeiro: Crotalaria breviflora, feijão-de-porco, mucuna-anã; Março: guandu, mucuna-preta e mucuna-cinza, algumas crotalária (C. paulina, C. spectabilis); Abril: crotalária junceae, particularmente nas regiões com temperaturas mais elevadas nessa época do ano. Semear as espécies cultivadas no outono-inverno de preferência do fim de março até maio, aproveitando-se as últimas chuvas para favorecer a germinação das sementes no solo, a emergência e o desenvolvimento inicial das plantas. Na Região Nordeste: semear espécies de primavera-verão, de preferência de fevereiro a junho, que é o período chuvoso do ano. Exemplos: Crotalária junceae nas ruas de frutíferas como videira e mangueira; semear guandu, bastante tolerante à falta de água no solo, em junho, que vai vegetar no período seco e servirá também de alimento aos animais. Na Região Norte: semear espécies de primavera-verão, de preferência durante o período de concentração de chuvas, que é de dezembro a junho. A época de semeadura é muito importante, devendo ser respeitadas as condições climáticas mais favoráveis ao desenvolvimento das plantas, fazendo as opções conforme a estação do ano e pelas espécies adaptadas ou ao cultivo na primavera- verão ou ao outono-inverno. Deve-se lembrar, ainda, que para algumas espécies, sobretudo as de verão, admite-se uma semeadura mais tardia, sem prejuízos à planta. Como exemplo, na Região Noroeste no Estado de São Paulo, pode-se semear a crotalária junceae até o fim de abril, com crescimento e cobertura do solo satisfatórios no início de junho; outras espécies com menor flexibilidade, como o guandu e a mucuna-preta, as semeaduras deverão ser um pouco mais antecipadas, até fevereiro ou início de março. A época de semeadura das plantas de cobertura, sobretudo daquelas desenvolvidas no verão-outono, é determinante da altura final daquelas com crescimento ereto ou da expansão lateral daquelas volúveis, trepadoras. Preparo das Sementes - Quebra de Dormência e Inoculação: as sementes recém-colhidas de algumas espécies, como mucuna-preta e mucuna-cinza, são “duras”, ou seja, como seu tegumento é resistente à absorção de água, não germinam com facilidade. Para a “quebra” dessa dormência, podem ser utilizados vários métodos eficientes, imediatamente antes da utilização das sementes: Utilizar lotes armazenados por um ano, em que a dureza terá sido muito diminuída; escarificar, utilizando tambores giratórios revestidos internamente com lixas abrasivas de carbureto de silício ou em trilhadoras ou combinadas na rotação de 500 a 600 rpm; acondicionar as sementes em saco de estopa e colocá-lo em água aquecida de 60 a 80 °C, por cerca de 30 segundos. Escorrer a água e colocar as sementes para secar em local ventilado e à sombra. Espalhar as sementes em terreiros, nas horas mais quentes do dia, revirando-as e recobrindo com lona durante à noite, por pelo menos uma semana; tratar com ácido sulfúrico concentrado (densidade de 1,84) por 5 minutos. Entretanto, esse método requer manipulação muito cuidadosa e com possível situação de perigo ao ser humano, não sendo muito recomendado ao agricultor. O agricultor pode fazer ainda uma pré-seleção, eliminando do lote aquelas sementes de menor tamanho, que são muito mais “duras”. Após o tratamento de “quebra” da dureza, deverão ser eliminadas aquelas sementes que não foram utilizadas. Preparo do solo: Como para qualquer outro plantio, deve-se evitar ao máximo o revolvimento do solo ou a incorporação da palhada ou resíduos existentes na área, como maneira de contribuir para sua preservação. Mas, se forem constatadas áreas de compactação na propriedade, deve-se resolver esse problema antes de iniciar o cultivo, sobretudo no sistema de plantio direto ou até no cultivo mínimo, utilizando subsolador. O preparo do solo é um fator determinante para favorecer a semeadura das culturas, a germinação das sementes, a emergência das plântulas, o desenvolvimento e a produção das plantas, além de colaborar no controle inicial das infestantes e na descompactação do solo. Sempre que possível, é interessante se ter acesso ao resultado de análises do solo para subsidiar a definição de possíveis aplicações de calagem, fosfatagem ou de outros pós de rocha. É importante ressaltar, principalmente para as pequenas propriedades em que se utilizam micro tratores, dos cuidados que se deve tomar com o uso de enxadas rotativas no preparo do solo, pois esse implemento movimenta excessivamente o solo, desestruturando-o. A adubação verde associada a um mínimo de revolvimento do solo pode diminuir as perdas de água e de solo, por escorrimento superficial e melhorar algumas das características físicas do solo tais como: a densidade e a resistência à penetração. Assim, pode-se adotar o cultivo mínimo ou plantio direto, mais adequados à agricultura orgânica. Cabe ressaltar que nos casos de plantio direto, é importante que haja uma camada de pelo menos 6 a 10 centímetros de palhada, pois, caso contrário, poderá haver a presença grande de plantas espontâneas cujo manejo fica mais complicado em razão da presença da palha. Essa atenção é importante uma vez que não é permitido o uso de herbicidas como nos sistemas convencionais de plantio direto. CONCLUSÃO Manter a superfície do solo permanentemente coberta por materiais vegetais em fase vegetativa ou como resíduos é, efetivamente, o manejo mais recomendado par a proteção e conservação do solo. A adubação verde exerce importância na melhoria da textura e estrutura do solo, minimizando a formação de camadas compactadas, adição de carbono e nitrogênio ao solo, e aumento da diversidade faunística, contribuindo expressivamente para a melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, e conservação do solo. A adubação verde é uma prática agrícola capaz de melhorar as propriedades do solo, auxiliando no controle de fito patógenos e plantas invasoras. REFERÊNCIAS https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/aduba%25E7%25E3o+verde+em+cana-de- acucar_000fizudqsj02wyiv802hvm3jh538eng.pdf https://editoraverde.org/gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/681/1274 https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPAB-2010/27233/1/doc042.pdf https://www.fag.edu.br/upload/revista/seagro/583486fca28f5.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/11957/2/00076310.pdf https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/624248/1/doc042.pdf https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/adubacao-verde?utm_source=google- ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c?utm_source=google- ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas- c&keyword=adubos%20verdes&creative=389570278954&gclid=Cj0KCQjwvYSEBhDjARIsAJMn0ljUxj S78NPKy1i1KpwGxUlWTmiBH_PbBsqhU6s4ENzWruRMNS5RxaYaArclEALw_wcB file:///C:/Users/PC/Desktop/manejo%20de%20solos/14731-65653-1-PB.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/43281/1/Influencia-aduvacao-verde-Ana- Lucia-Borges.pdfhttps://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/arquivos-publicacoes- organicos/cartilha_adubos_verdes_informacoes_tecnicas.pdf https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/aduba%25E7%25E3o+verde+em+cana-de-acucar_000fizudqsj02wyiv802hvm3jh538eng.pdf https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/aduba%25E7%25E3o+verde+em+cana-de-acucar_000fizudqsj02wyiv802hvm3jh538eng.pdf https://editoraverde.org/gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/681/1274 https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPAB-2010/27233/1/doc042.pdf https://www.fag.edu.br/upload/revista/seagro/583486fca28f5.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/11957/2/00076310.pdf https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/624248/1/doc042.pdf https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/adubacao-verde?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c&keyword=adubos%20verdes&creative=389570278954&gclid=Cj0KCQjwvYSEBhDjARIsAJMn0ljUxjS78NPKy1i1KpwGxUlWTmiBH_PbBsqhU6s4ENzWruRMNS5RxaYaArclEALw_wcB https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/adubacao-verde?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c&keyword=adubos%20verdes&creative=389570278954&gclid=Cj0KCQjwvYSEBhDjARIsAJMn0ljUxjS78NPKy1i1KpwGxUlWTmiBH_PbBsqhU6s4ENzWruRMNS5RxaYaArclEALw_wcB https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/adubacao-verde?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c&keyword=adubos%20verdes&creative=389570278954&gclid=Cj0KCQjwvYSEBhDjARIsAJMn0ljUxjS78NPKy1i1KpwGxUlWTmiBH_PbBsqhU6s4ENzWruRMNS5RxaYaArclEALw_wcB https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/adubacao-verde?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c&keyword=adubos%20verdes&creative=389570278954&gclid=Cj0KCQjwvYSEBhDjARIsAJMn0ljUxjS78NPKy1i1KpwGxUlWTmiBH_PbBsqhU6s4ENzWruRMNS5RxaYaArclEALw_wcB https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/adubacao-verde?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c?utm_source=google-ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=nativas-c&keyword=adubos%20verdes&creative=389570278954&gclid=Cj0KCQjwvYSEBhDjARIsAJMn0ljUxjS78NPKy1i1KpwGxUlWTmiBH_PbBsqhU6s4ENzWruRMNS5RxaYaArclEALw_wcB file:///C:/Users/PC/Desktop/manejo%20de%20solos/14731-65653-1-PB.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/43281/1/Influencia-aduvacao-verde-Ana-Lucia-Borges.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/43281/1/Influencia-aduvacao-verde-Ana-Lucia-Borges.pdf https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/arquivos-publicacoes-organicos/cartilha_adubos_verdes_informacoes_tecnicas.pdf https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/arquivos-publicacoes-organicos/cartilha_adubos_verdes_informacoes_tecnicas.pdf UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CÂMPUS DE CHAPADÃO DO SUL - MS RESUMO Adubação Verde: Crotalarias e Crambe. ANA PAULA NUNES DA COSTA, RAQUEL DIAS RODRIGUES, Adubação Verde: Crotalarias e Crambe. Trabalho realizado para disciplina de Manejo e Conservação do Solo – Engenharia Florestal – UFMS, Chapadão do Sul - MS. O presente trabalho tem por finalidade evidenciar os benefícios e logo a importancia da adubação verde com Crotalarias e Crambe, demonstrando seus efeitos sobre os atributos do solo. O uso de adubos verdes aplicados ao solo é uma pratica vegetativa co... Palavras-chave: Adubação Verde. Crotalarias, Crambe. Atributos. Solo. INTRODUÇÃO VANTAGENS DA ADUBAÇÃO VERDE REFERÊNCIAS
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