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Quadro comparativo - APS D Tributário

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS - DIREITO TRIBUTÁRIO | GABRIEL MANTOVAN | RA: 8583092 | TURMA: 003107B02 | PROF º. FLAVIO ALBERTO G GALVÃO
IMUNIDADE ALÍNEA A: IMUNIDADE RECÍPROCA 
ALÍNEA B: IMUNIDADE 
RELIGIOSA 
ALÍNEA C: IMUNIDADE POLÍTICA, 
SINDICAL, EDUCACIONAL E 
ASSISTENCIAL 
ALÍNEA D: IMUNIDADE 
CULTURAL 
FORMA OBJETIVA 
Patrimônio: Patrimônio: 
universalidade de bens 
(móveis ou imóveis), 
direitos e obrigações 
pertencentes a pessoa 
jurídica de direito público. 
| Renda: rendimento 
auferido, bem ou direito. | 
Serviços Públicos: toda 
atividade de oferecimento 
de utilidade ou comodidade 
material fruível 
diretamente pelos 
administrados. Obs.: 
serviços públicos indiretos 
não estão acobertados pela 
imunidade recíproca. 
"CULTO" refere-se a edifícios 
e instalações ou pertenças 
adequadas àquele fim. 
Qualquer lugar que possam 
ser praticado, são acobertados 
pela imunidade. A imunidade 
prevista na alínea 'b' refere-se 
ao tipo de imunidade 
subjetiva, ligadaa pessoa 
jurídica ou entidade religiosa, 
e ainda, abrange a todo tipo de 
culto referente a qualquer 
crença uma vez que o Estado é 
laico, conforme a Constituição 
Federal. Em observância ao § 
4o, é importante frisar que a 
imunidade somente abrange o 
patrimônio, a renda e os 
serviços, relacionados com as 
suas finalidades essenciais. 
Espécie de imunidade subjetiva ligada à 
entidade/pessoa jurídica, não é 
autoaplicável, ou seja, dependerá de 
complementação normativa através de uma 
lei a que se deve obedecer. A imunidade 
política é traduzida como pessoas jurídicas 
de direito privado, mas com munus público 
segundo consta do art. 44, V, do Código 
Civil. Já a imunidade sindical só é aplicada 
quando do desempenho das atividades 
essenciais dos sindicatos, as quais se 
encontram no artigo 8° da CF/88. Ainda, 
ela não se estende aos sindicatos patronais, 
e para sua aplicação depende da presença 
de requisitos legais. As instituições 
educacionais são aquelas que visam 
cumprir o direito constitucional de todos os 
cidadãos de ter acesso à educação. E por 
fim, a assistencial destina-se a assegurar o 
direito a saúde, à previdência e à assistência 
social, conforme previsto no artigo 194 da 
CF/ 88. 
Espécie de imunidade objetiva 
ligada a certos bens, independente 
da pessoa a quem pertençam. Vem, 
justamente para assegurar o 
direito fundamental da expressão 
da atividade intelectual, artística, 
científica e de comunicação, 
conforme previsto no artigo 5°, 
inciso IX da CF/88. Representa 
ainda, dita imunidade, uma forma 
de incentivo à educação e à cultura, 
objetivando, assim, a redução de 
custos a fim de proporcionar o 
desenvolvimento destes. 
Independente de qual seja o 
conteúdo da obra, sendo de alta ou 
baixa qualidade literária, não se 
afasta a imunidade tributária, pois 
não poderia se aplicar a norma em 
um limite que o legislador não 
definiu. 
CONTEXTO 
HISTÓRICO
Inserida pela 1ª vez no 
ordenamento jurídico 
brasileiro na Constituição 
Federal de 1891, por 
influência do julgamento pela 
Suprema Corte do caso 
"Mclloch vs Meryland". 
O marco inicial no 
ordenamento jurídico 
brasileiro adveio de sua forma 
implícita na Constituição 
Federal de 1891 que 
estabeleceu no art. 11, II, a 
impossibilidade dos Estados e 
União embaraçar ou 
subvencionar o exercício de 
cultos religiosos. 
Essa categoria de imunidade tributária já 
figurava em Constituições anteriores, sendo 
expressa também na Constituição Federal 
de 1988. Alguns estudiosos enfatizam o fato 
de que a imunidade concedida aos partidos 
se relaciona a necessidade de preservação 
de sua autonomia, impedindo que 
imposições fiscais coíbam suas 
manifestações. 
No período histórico conhecido como 
Estado Novo (1937 a 1945), o Governo 
cobrava elevados impostos dos jornais 
que divulgavam ideias contrárias ao 
regime quando ocorria a importação de 
papéis. A Constituição Federal de 1946, 
com o intuito de acabar com este controle 
estatal da imprensa, conferiu imunidade 
tributária ao “papel” e, além disso, com o 
objetivo de estimular a produção 
editorial, também estendeu esta 
imunidade para os livros. A Constituição 
Federal de 1967 manteve a imunidade, 
prevendo que era vedado criar imposto 
sobre “o livro, os jornais e os periódicos, 
assim como o papel destinado à sua 
impressão”, e a Constituição Federal de 
1969 (para alguns, apenas uma Emenda 
Constitucional à CF/67) manteve a 
imunidade, com pequena alteração em 
seu texto. Finalmente na Constituição 
Federal de 1988, a imunidade cultural é 
também expressa, com a intenção 
evidente de proteger a liberdade de 
expressão aliada a outros valores 
fundamentais. 
APLICABILIDADE
Imunidade 'recíproca', 
'intergovernamental' ou 
'ontológica'. Deriva da 
preservação do pacto 
federativo, uma vez que, não 
permite a tributação de 
impostos sobre o pratimônio, 
renda ou serviços da União, 
Estados, Distrito Federal e 
municípios. Procura manter 
a autonomia e igualdade de 
uns em relação aos outros. 
A imunidade religiosa em 
âmbito tributário tem como 
finalidade a manutenção de 
crenças em locais que não 
visam o lucroou 
enriquecimento, servindo de 
garantia instrumental à 
liberdade de crença. Conforme 
art. 5o, inciso VI da 
Constituição Federal 
assegurar a liberdade de 
crença é garantia 
constitucional, observada a 
utilidade e finalidade do local 
de culto.
A imunidade dos partidos políticos é restrita à 
atividades voltadas às suas finalidades essenciais, 
conforme art. 150, § 4°. Caso não haja essa 
vinculação, não se aplica a regra imunitória. Os 
candidatos que representam e aqueles que deverão 
assumir o governo quando eleitos, tem por função 
atuar como defensores dos ideais e das 
necessidades dos cidadãos, assim, não devendo 
haver empecilhos à sua atuação como defensores 
dos ideais e das necessidades dos cidadãos. s. A 
Constituição refere-se apenas aos sindicatos dos 
trabalhadores. A intenção do constituinte é 
assegurar a livre associação, razão pela qual não se 
vê motivo de referida exclusão dos sindicatos 
patronais a incidência da regra imunizante. A 
imunidade educacional vem para resguardar o 
direito fundamental da educação inscrito no artigo 
205 da Constituição Federal. Todavia, é 
condicionada. Só existe para aquelas instituições 
sem fins lucrativos. Não ter fins lucrativos não 
significa, de modo nenhum, ter receitas limitadas 
aos custos operacionais. . A imunidade assistêncial 
destina-se a assegurar o direito a saúde, à 
previdência e à assistência social, conforme 
previsto no artigo 194 da CF/ 88. 
A imunidade cultural é classificada com 
objetiva (ou real). Isso porque, recai 
apenas sobre bens (livros, jornais, 
periódicos e o papel) e não se refere a 
impostos pessoais, e independe da pessoa 
que os produza ou comercialize: está 
relacionada ao objeto. Ao afirmar que o 
dispositivo busca baratear o acesso à 
cultura e proteger os valores de livre 
manifestação do pensamento, emerge o 
questionamento sobre a relevância do 
conteúdo dos livros, jornais e periódicos 
para que façam jus a imunidade 
tributária. Vale lembrar que o papel 
utilizado para a impressão de livros, 
jornais e periódicos também é imune, 
não sendo relevante a sua qualidade. No 
entanto, a imunidade não alcança os 
insumos para a produção de livros, que 
não seja o papel, a exemplo do barbante, 
cola, etc. 
ENTENDIMENTO 
ATUAL (STF) 
O entendimento atual do STF é de 
que a imunidade recíproca, 
prevista no art. 150, VI, a, da 
Constituição não se estende a 
empresa privada arrendatária de 
imóvel público, quando seja ela 
exploradora de atividade 
econômica com fins lucrativos. 
Nessa hipótese é constitucional a 
cobrança do IPTU pelo 
Município. Ainda, decidiu-se que 
estas entidades não estão sujeitas 
ao tratamento previsto no art. 
173, § 2º da CF, firmado então o 
posicionamento no sentido de não 
reconhecer a imunidade recíproca 
às sociedades de economia mista 
ocupantes de bens públicos. 
A imunidade religiosa deve 
abranger não somente os prédiosdestinados ao culto mas também ao 
patrimônio, venda e serviços 
relacionados com a finalidade 
essencial da entidade religiosa. Ao 
invés de interpretar a imunidade 
tributária religiosa sob uma visão 
estrutural (onde o importante é 
natureza do bem, do rendimento ou 
manifestação de capacidade 
contributiva), adotou o Supremo 
Tribunal Federal uma 
interpretação funcional da norma 
constitucional imunizante, onde o 
ponto central reside na destinação 
da renda ou do bem às finalidades 
essenciais da entidade religiosa. 
A alínea “c” do artigo 150, inciso VI, não é 
autoaplicável, ou seja, dependerá de 
complementação normativa através de uma lei a 
que se deve obedecer. Em decisão recente, STF no 
Recurso Extraordinário 566622, de Relatoria do 
Min. Marco Aurélio, julgado em 23/02/2017 
(repercussão geral), decidiu que a lei a que se 
refere o §7o do artigo 195 da Constituição Federal 
é uma lei complementar. Isso pode gerar 
estranheza porque sabe-se que, quando a 
Constituição Federal menciona apenas “lei”, sem 
especificar mais nada, ela está se referindo à lei 
ordinária. Quando a matéria precisa ser tratada 
por lei complementar, isso é previsto 
expressamente. Assim, entendeu o STF que o § 7o 
do art. 195, deve ser interpretado em conjunto com 
o art. 146, II, que dispõe que cabe à lei 
complementar regular as limitações constitucionais 
ao poder de tributar. Portanto, a Constituição 
exigiu lei complementar, não diretamente no § 7o 
do art. 195, mas sim decorrente da interpretação e 
aplicação do art. 146, inciso II. 
Em decisão recente nos autos do Recurso 
Extraordinário 566622 de relatoria do 
Ministro Marco Aurélio, julgado em 
23/02/2017, o Supremo Tribunal Federal 
proferiu decisão sobre os requisitos para 
concessão de imunidade a entidades 
beneficentes. Para a maioria dos 
ministros, é necessária a edição de lei 
complementar, e, enquanto não for 
editada, prevalecem .apenas as regras do 
artigo 14 do Código Tributário Nacional 
(CTN). Decorrente da incidência dos 
últimos julgados, o entendimento atual se 
dá pela interpretação do dispositivo no 
sentido de amparar essas instituições em 
razão da relevância de suas atividades 
prestadas à sociedade. 
ENTENDIMENTO 
ATUAL (STF) 
O entendimento atual do STF é de 
que a imunidade recíproca, 
prevista no art. 150, VI, a, da 
Constituição não se estende a 
empresa privada arrendatária de 
imóvel público, quando seja ela 
exploradora de atividade 
econômica com fins lucrativos. 
Nessa hipótese é constitucional a 
cobrança do IPTU pelo 
Município. Ainda, decidiu-se que 
estas entidades não estão sujeitas 
ao tratamento previsto no art. 
173, § 2º da CF, firmado então o 
posicionamento no sentido de não 
reconhecer a imunidade recíproca 
às sociedades de economia mista 
ocupantes de bens públicos. 
A imunidade religiosa deve 
abranger não somente os prédios 
destinados ao culto mas também ao 
patrimônio, venda e serviços 
relacionados com a finalidade 
essencial da entidade religiosa. Ao 
invés de interpretar a imunidade 
tributária religiosa sob uma visão 
estrutural (onde o importante é 
natureza do bem, do rendimento ou 
manifestação de capacidade 
contributiva), adotou o Supremo 
Tribunal Federal uma 
interpretação funcional da norma 
constitucional imunizante, onde o 
ponto central reside na destinação 
da renda ou do bem às finalidades 
essenciais da entidade religiosa. 
A alínea “c” do artigo 150, inciso VI, não é 
autoaplicável, ou seja, dependerá de 
complementação normativa através de uma lei a 
que se deve obedecer. Em decisão recente, STF no 
Recurso Extraordinário 566622, de Relatoria do 
Min. Marco Aurélio, julgado em 23/02/2017 
(repercussão geral), decidiu que a lei a que se 
refere o §7o do artigo 195 da Constituição Federal 
é uma lei complementar. Isso pode gerar 
estranheza porque sabe-se que, quando a 
Constituição Federal menciona apenas “lei”, sem 
especificar mais nada, ela está se referindo à lei 
ordinária. Quando a matéria precisa ser tratada 
por lei complementar, isso é previsto 
expressamente. Assim, entendeu o STF que o § 7o 
do art. 195, deve ser interpretado em conjunto com 
o art. 146, II, que dispõe que cabe à lei 
complementar regular as limitações constitucionais 
ao poder de tributar. Portanto, a Constituição 
exigiu lei complementar, não diretamente no § 7o 
do art. 195, mas sim decorrente da interpretação e 
aplicação do art. 146, inciso II. 
Em decisão recente nos autos do Recurso 
Extraordinário 566622 de relatoria do 
Ministro Marco Aurélio, julgado em 
23/02/2017, o Supremo Tribunal Federal 
proferiu decisão sobre os requisitos para 
concessão de imunidade a entidades 
beneficentes. Para a maioria dos 
ministros, é necessária a edição de lei 
complementar, e, enquanto não for 
editada, prevalecem .apenas as regras do 
artigo 14 do Código Tributário Nacional 
(CTN). Decorrente da incidência dos 
últimos julgados, o entendimento atual se 
dá pela interpretação do dispositivo no 
sentido de amparar essas instituições em 
razão da relevância de suas atividades 
prestadas à sociedade. 
EMBASAMENTO 
JURISPRUDENCIAL 
Tese apresentada foi definida na 
decisão do Recurso Especial no 
594.015, em 25 de Agosto de 2017, 
tendo como relator o Min. Marco 
Aurélio. 
Julgado RE no 325.822-2/SP, 
STF, com relator Min. Gilmar 
Mendes e RE 578.562/ BA 
Recurso Extraordinário 566622, do STF, de 
Relatoria do Min. Marco Aurélio, julgado 
em 23/02/2017 (repercussão geral). 
Recurso Extraordinário 566622, STF, 
23/02/2017 | Recurso Extraordinário 
junto ao STF, no385091/DF de 
06/08/2013 | Recurso Extraordinário 
470520/SP | AgRg no AREsp 187.172 – 
DF, 2017.

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