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AS FASES DO LUTO [1] Fernanda dos Santos Boa Sorte [2] Francilene Brandt de Moraes [3] Naiara dos Santos Silva [4] Thalita de Oliveira Ferreira [5] Yasmim Teixeira Franco [6] RESUMO: Este trabalho foi realizado após aula explicativa e discussões a respeito do tema, as fases do luto (negação, raiva, barganha, depressão, aceitação) e a importância do profissional de saúde para este momento de aflição as famílias enlutadas. PALAVRAS-CHAVE: Luto, enlutado e Covid-19 INTRODUÇÃO Estamos passando por tempos difíceis e o estudo do tema é de extrema importância para formação acadêmica e se preocupar com esses pacientes, seus medos e suas ansiedades frente a aproximação da morte e as reações das famílias. Assim, neste trabalho iremos comentar previamente como que nós podemos fazer enquanto saúde para a população enlutada e observar essas reações (negação, raiva, barganha, depressão, aceitação). 1 Este trabalho foi elaborado a para atender as exigência da disciplina de PSICOLOGIA APLICADA A SAUDE para os cursos de Enfermagem, Nutrição e Psicologia da FAAR – Faculdade Integradas de Ariquemes 2 Acadêmica do 3° Período de Enfermagem 3 Acadêmica do 3º Período de Nutrição 4 Acadêmica do 3º Período de Enfermagem 5 Acadêmica do 3º Período de Psicologia 6 Acadêmica do 3º Período de Enfermagem DISCUSSÕES Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Conheça as 5 fases do luto. A negação é a primeira fase do luto e se manifesta como uma defesa psíquica, onde a pessoa se nega a acreditar no que ocorreu e de alguma forma, tenta não entrar em contato com a realidade e prefere não falar sobre o assunto. É uma fase de dor intensa e dificuldade para lidar com a perspectiva da ausência. A partir desse momento, ele começa a se confrontar consigo mesmo e com as pessoas ao redor, e sempre está à procura de alguém que possa culpar, resultando em uma revolta. Worden em uma de suas citações sobre o luto diz: O luto patológico pode ser definido como a “intensificação do luto a um nível em que a pessoa se encontra destroçada, originando um comportamento não adaptativo face à perda, permanecendo interminavelmente numa única fase, impedindo a sua progressão com vista à finalização do processo de luto.” O indivíduo nada mais e nada menos se ‘’proíbe’’ de ter um novo recomeço. Perante essa situação, o profissional de saúde tem uma responsabilidade ainda maior em se colocar no lugar do próximo, procurando ouvir mais, se sensibilizar mais. A raiva o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se conforma por estar passando por isso. A indignação e a raiva da perda de um ente querido pode ser direcionadas para qualquer pessoa. A raiva é, na verdade, a nossa dor interna. Nos sentimos abandonados por aquele que partiu. A barganha é a esse passo é considerado como um tipo de negociação da dor pela perda, já que a negação e o isolamento foram embora. Agora é o momento em que o indivíduo doente, ou aquele que perdeu um ente querido, começa a pensar se talvez ele mudasse seu comportamento, poderia haver alguma espécie de salvação. As conclusões são reflexões como “ser uma pessoa melhor”, fazer promessas e pactos com Deus, para que, dessa maneira, seja possível receber uma graça ou milagre, efetivamente falando. Aceitação, finalmente, quem está doente entende e aceita a sua condição, e quem aqui ficou passa a ter o seu sofrimento um pouco mais suavizado. Não é um cenário feliz, mas é um cenário de tranquilidade para o indivíduo em si e para quem está em volta. A mudança de ponto de vista almeja a paz de não ter que lidar com a negação, a rebeldia ou o desespero. Nesta fase a pessoa reflete e percebe o momento com mais congruência, conseguindo desenvolver em sua mente expectativas mais tranquilas, algo que facilita bastante a aceitação do que está ocorrendo, bem como do que já se passou, deixando, assim, que as possibilidades de reação surjam. Lidar com a fase da aceitação tem a ver com perceber que a realidade de estar indo ou de ter perdido alguém fisicamente agora é permanente. Isso não quer dizer que se deva gostar ou que a pessoa passará bem por ela o tempo todo, mas que ocasionalmente esta será aceita, uma vez que, conforme o tempo vai passando, se aprende a conviver com isso. No caso de quem perde alguém, a saudade sempre existirá, sendo que a consciência que se deve tentar tomar é a de viver em um mundo onde a pessoa querida não está mais presente. Aos profissionais de saúde, cabe o desafio de propiciar a manutenção da saúde mental e a dignidade dos pacientes e familiares ao criar estratégias para o contato remoto da forma que for possível. Cada pessoa vivenciará o luto de maneira única, para a retomada da vida, aceitação da perda, às novas conexões e projetos, o contato com o sofrimento e expressão dessa dor. Essa oscilação é prevista e saudável. O tempo de duração do luto é particular. Alguns podem demorar meses, outros anos. Mas considera-se que o primeiro ano seja o mais difícil, na medida em que o enlutado passará pelas principais datas pela primeira vez após o falecimento do ente querido. É esperado que o enlutado retome gradativamente o curso de sua vida, respeitando o tempo pessoal para isso. O período atual nos cobra muito um profissional saudável. A dor da perda não vem somente quando é decretada a morte, mas nos momentos de espera de uma notícia do quadro clínico, onde em casos que o profissional e a família já sabem que é delicado e grave, a dor emocional já prejudica e enfraquece o indivíduo psicologicamente e até fisicamente. A perca vem tanto para um profissional da saúde quanto para um familiar, amigo ou conhecido. O profissional mesmo estando abalado, precisará de forças o suficiente para repassar a notícia e muitas das vezes, trazer uma palavra de conforto. Diferente de uma pessoa que sofre por alguma doença há meses ou anos, onde a família já se encontra psicologicamente abalada, um luto inesperado como é causado pelo COVID-19, tendo em vista de já ter o medo da contaminação, pessoas que passam a ter traumas para não contaminar parentes com comorbidades e riscos, quando sofre essa perda o índice de não aceitação e revolta é ainda maior. CONSIDERAÇÕES FINAIS É automático da sociedade a cultura do acolhimento, incluindo a solidariedade e a empatia. Os profissionais de saúde como um todo são uma peça chave para a fase de vivenciar o luto. É de extrema importância a participação do profissional para que preste um conforto ao paciente e a família. Auxiliar o paciente a vivenciar todos os estágios do luto e lidar com os sentimentos, como a raiva, tristeza e a culpa. Deixar que o mesmo expressar sua dor, permitindo que ele demonstre a saudade de forma que puder. É necessário que o profissional se faça presente e esteja por perto e a disposição para ajudar no que for preciso. O luto é um momento individual cada um tem o seu próprio tempo. Durante todo este processo é importante lembrar que não existem pessoas iguais, portanto, é possível que alguns indivíduos passem por essas fases de formas diferentes. Neste sentido, o essencial é estar ali por quem precisar. É de muita importância procurar a ajuda de um profissional especializado, como um psicólogo ou psiquiatra para atravessar esta longa e difícil estrada. REFERÊNCIAS GRIGOLETO NETTO, José Valdecí. As Fases do luto de acordo com Elisabeth Kübler-Ross. Disponível em: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2856 Acesso em: 04 de mar. de 2021. MARQUES, José Roberto. Conheça as fases do luto e saiba como passar por elas. Disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/motivacao- pessoal/conheca-as-fases-do-luto-e-saiba-como-passar-por-elas/ Acesso em: 04 de mar. de 2021. http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2856https://www.ibccoaching.com.br/portal/motivacao-pessoal/conheca-as-fases-do-luto-e-saiba-como-passar-por-elas/ https://www.ibccoaching.com.br/portal/motivacao-pessoal/conheca-as-fases-do-luto-e-saiba-como-passar-por-elas/
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