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Questionário Economia Política

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Questionário Economia Política 
 No que consiste a crítica ricardiana à teoria do valor-trabalho de Smith? 
Teoria fraca e contraditória. 
O valor pode ser dividido em duas esferas. Uso e troca. Ele não acredita que o valor de 
uso seja o único determinante do preço da mercadoria. O que importa para Ricardo, são 
as mercadorias produzidas pela força humana. 
Erros de Smith: valor relacionado ao trabalho. Smith diz que o valor é pelo tempo de 
trabalho e quando o homem troca a mercadoria ele vai trocar pelo trabalho empregado na 
produção. (trabalho contido e trabalho comandado). Para Ricardo, o trabalho comandado 
seria o preço. 
Smith afirma que o valor de uma mercadoria depende da quantidade de trabalho 
necessário para sua produção e depende também da quantidade de trabalho que essa 
mercadoria pode comprar (trabalho contido e comandado). Ricardo afirma que Smith cria 
uma contradição nesse ponto da teoria. 
Para explicar isso, Ricardo exemplifica com o trigo, supondo que cada quarter de trigo 
custa 80 xelins, e o trabalhador recebe 1 bushel por semana, e quando cada quarter passa 
a custar 40 xelins, se paga 1,25 bushel por semana. Veja, o preço reduziu, o salário se 
elevou, mas o trabalho continuou o mesmo. Além disso, Ricardo diz que o trabalhador 
consome ½ bushel de trigo por semana e o restante ele troque por aquilo que seja mais 
útil para ele. Os ¾ que sobraram, tanto no primeiro caso (80 xelins) comparado ao 
segundo caso (40 xelins), teria seu trabalho aumentado ou diminuído? Smith diria que o 
trabalho teria aumentado na proporção de 1 bushel para 1,25 bushel. Todavia, o Smith 
deveria dizer que depende, pois o trabalho comandado pelo trigo muda quando os valores 
relativos das mercadorias se alteram. Da mesma forma que o trabalho contido talvez não 
se altere. 
Ricardo encontrou uma medida invariável de valor? Por quê? Depende. 
Inicialmente, em seu debate, Ricardo vai olhar para os metais. Em uma primeira análise, 
os metais – metais, ouro e cereais - parecem ser uma medida invariável de valor. Todavia, 
apesar de serem estáveis, em certas épocas, ao ficar escasso, como o ouro, o seu valor 
crescia rapidamente, e passava a ser inviável comparar as mercadorias por meio do ouro. 
Assim como os cereais em tempos de infertilidade ou outras limitações da terra, o valor 
relativo se elevava, mas os valores de outras mercadorias permaneciam os mesmos, assim 
havia dificuldade em determinar o cereal como medida invariável. 
Não obstante, Ricardo faz outra análise, e entende que a quantidade de trabalho 
empregado na mercadoria poderia ser considerada uma última medida para isso, para o 
valor. Logo, o economista acredita ser esta invariável. Contudo, Ricardo, vai olhar para a 
ideia de que o ouro não pôde ser considerado essa medida, e repara que, além da escassez 
que fazia o seu valor se elevar, havia outro fator que elevava ainda mais o seu valor 
relativo, o trabalho. Quando escasso, era necessário ainda mais trabalho para minerar o 
ouro. O importante dessa passagem é exatamente isso: o trabalho também é uma medida 
variável. Com isso, para não parecer contraditório, Ricardo vai dizer que o trabalho é uma 
medida variável, mesmo que pouco, é variável. Porém, o trabalho não varia sempre, para 
que haja uma variação significativa o país deverá ter alterações em outros fatores como 
no Produto Bruto, na acumulação de riquezas, nas terras (férteis e inférteis), no maior uso 
da maquinaria, estes fatores alteram a quantidade de trabalho empregado. Portanto, 
Ricardo não encontra essa medida exata de valor e acaba abandonando o debate sobre 
valor. 
 Por que mercadorias fabricadas com diferentes composições de capital fixo e 
circulante, e que possuem diferentes períodos de produção, têm valores diferentes? 
Ao combinar diferentes capitais fixos e circulantes, o produtor deverá se atentar ao fato 
de que a durabilidade dessa mercadoria será diferente, assim como a quantidade de 
trabalho empregado sofrerá alterações. 
Esses fatores apresentados explicam o porquê de haver alteração no valor relativo da 
mercadoria. Em uma manufatura, onde a produção é feita por meio da maquinaria de 
capital fixo com alta durabilidade -considerando este, parte da acumulação de capital do 
capitalista produtor -, haverá menos trabalho empregado, sendo considerada uma 
produção com maior facilidade, o valor relativo diminui. Dessa maneira, elevar ou não os 
salários, não alteraria o valor das mercadorias. 
As mercadorias produzidas com menor quantidade de capital fixo e precisar muito 
trabalho empregado na produção, o valor relativo sofrerá grandes alterações quando o 
salário se elevar ou reduzir. Assim, uma elevação no salário, provocará uma elevação no 
preço, assim como, uma redução no salário, reduzirá o preço. 
Já para as mercadorias de capital fixo durável, ocorre o contrário, quando os salários 
aumentam, os preços se reduzem, quando os salários se reduzem os preços se elevam. 
Quanto ao tempo de lançamento no mercado, de acordo com Ricardo, ocorre, pois uma 
mercadoria que é produzida e demora 3 anos para chegar ao mercado de trocas, levará 
mais tempo para recuperar o capital investido em sua produção, dessa forma, ao chegar 
ao mercado de trocas, chegará com um valor relativo alto.

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