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DIAGNÓSTICO DA AUTOIMUNIDADE

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DIAGNÓSTICO DA AUTOIMUNIDADE
· AUTOIMUNIDADE
 Autoimunidade é uma resposta imune mediada por linfócitos T (LT) ou B (LB) contra antígenos próprios; 
 A presença de anticorpos é quase sempre observada; 
 Pesquisa de autoanticorpos:diagnóstico,prognóstico e identificação de formas clínicas; 
 Aplicações de autoanticorpos:biologia celular
· DOENÇAS AUTOIMUNES – ETIOLOGIA
 Fatores genéticos:HLA 
 Fatores hormonais: prevalência do lúpus eritematoso sistêmico em mulheres jovens – influência dos estrógenos. 
 Fatores ambientais: agentes infecciosos, medicamentos, agentes químicos, toxinas, luz ultravioleta,fumo,obesidade, estresse físico e psicológico. 
 Disseminação de epítopos de células lesadas pelas autoimunidade:lesão decorrente do processo autoimune expõe mais epítopos intracelulares – doença crônica e progressiva. 
 Anti-idiotipos: anticorpos contra a região variável de outros anticorpos.  Falha na apoptose de células autorreativas
 Mimetismo molecular e reatividade cruzada – ocorre quando um agente infeccioso compartilha um determinado epítopo com um autoantígeno localizada em alguma célula ou tecido do organismo (Ex: resposta contra carboidratados de estreptococos reage cruzadamente com antígenos glicoproteicos de válvulas cardíacas).  Exposição de um antígeno sequestrado – autoantígenos que antes eram inacessíveis (ex.cristalino do olho),passam a ser disponíveis ao sistema imune – lesão tecidual. 
 Anormalidade na apresentação de antígenos. 
 Superantígenos – antígenos que podem ativar linfócitos sem apresentação antigênica - expansão indevida de linfócitos potencialmente autorreativos.
· ESPECTRO DE DOENÇAS AUTOIMUNES
Órgão específica → Não órgão específica
· IMPORTÂNCIA DOS AUTOANTICORPOS
 Diagnóstico – forma mais prática (ex. anti-DNA nativo ou anti-Sm no LES) 
 Atividade da doença (ex. anti-DNA ativo na exacerbação do LES) 
 Preditivos da doença – produzidos antes das manifestações clínicas. 
 Formas clínicas – diferenciar formas sistêmicas e difusas.
· DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Detecção de autoanticorpos; 
 É necessária a utilização de autoantígenos altamente reativos e de especificidade definida. 
 Antígenos recombinantes 
 Técnica de Imunofluorescência Indireta 
 Testes imunoenzimáticos.
DOENÇASAUTOIMUNES ÓRGÃO-ESPECÍFICAS
· DIABETES MELLITUS DO TIPO 1
 Diabetes mellitus representam um grupo heterogêneo de distúrbios que apresentam a hiperglicemia como característica comum. 
 Tipo I – diabetes mellitus dependente de insulina 
 Destruição das células beta pancreáticas por um mecanismo imunomediado. 
 Início súbito,perda de peso,sede,poliúria e letargia. 
 Crianças e adultos jovens
 Os principais alvos do ataque autoimune são a descarboxilase do ácido glutâmico (GAD) e a insulina,que provavelmente foram expostos ao sistema imune do indivíduo susceptível após uma infecção na infância que causou pancreatite ou por um processo de renovação normal das células. 
 Somente após a destruição de mais de 90% das células beta é que a doença se manifesta clinicamente. 
 Predisposição genética – moléculas de HLA tipo II 
 Fatores ambientais:infecções virais – coxsackie,caxumba,sarampo,CMV, rubéola.
 AUTOANTICORPOS DE ITERESSE DIAGNÓSTICO: 
✓ ICA – anticorpos anticélulas de ilhota 
✓ Anti-GAD – anticorpos contra ácido glutâmico 
✓ Anti-IA-2 – anticorpos contra tirosina fosfatase 
✓ Anticorpos anti-insulina
· DOENÇAS AUTOIMUNES TIREOIDIANAS
DOENÇA DE HASHIMOTO (HIPOTIREOIDISMO)
 A tireoidite de Hashimoto ou tireoidite linfocítica crônica caracteriza-se por uma insuficiência gradativa da glândula tireoide decorrente da destruição da arquitetura folicular normal da tireoide, com intensa infiltração linfocitária e fibrose, típica de uma reação autoimune celular
DOENÇA DE GRAVES – HIPERTIREOIDISMO
 Estado hipermetabólico da tireoide com níveis elevados deT3 eT4. 
 Hipertireoidismo- palpitações, pulso rápido, fadiga, fraqueza muscular, perda de peso com bom apetite,diarreia,intolerância ao calor. 
 7 a 10 vezes mais comum em mulheres
 Anti-TG são encontrados em cerca de 60% dos pacientes com a doença de Hashimoto e em 40% com a doença de Graves;
 A detecção de anticorpos antirreceptor de TSH é útil para o monitoramento do tratamento de pacientes com a doença de Graves.
ANTITIREOPEROXIDASE (ANTI-TPO) 
ANTITIREOGLOBULINA (ANTI-TG) ELISA OU ENSAIOS COMPETITIVOS
ANTI-RECEPTORES TSH (ANTI-TRAB)
· HEPATITE AUTOIMUNES
▪ Destruição dos hepatócitos pela imunidade celular. 
 Difícil diagnóstico – efeitos parecidos de drogas e produtos hepatotóxicos. 
 Exclusão de hepatites de outras etiologias – virais,drogas,genéticas. 
 Principais autoanticorpos
Anticorpos anti-núcleo (ANA) 
Anticorpos antimúsculo liso (ANTI-SMA) 
Anticorpos antimicrossomais (ANTI-LKM-1) 
Anticorpos anticitoplasma de neutrófilos (pANCA)
· ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Doença desmieliinizante 
 Ataque neurológico e lesão da substância branca 
 Quebra da barreira hematoencefálico e infiltração de células autorreativas (infecções). 
 Exame de LCR – mielina e proteinorraquia 
 Presença de anticorpos com elevada sensibilidade a:
Proteína básica da mielina (MBP) 
Antígeno proteolipídico (PLP) 
Glicoproteína mielínica oligodendroglial (mog)
· GASTRITE AUTOIMUNE
 Processo inflamatório crônico que resulta na presença de processo inflamatório crônico; 
 Alterações atróficas da mucosa gástrica; 
 IFI com corte de estômago ou rim de camundongo
 Autoanticorpos 
Anti subunidade beta da H+/K+ ATPase 
Antifator intrínseco (anemia perniciosa)
· MIASTENIA GRAVIS
 Doença automimune neurológica caracterizada por fraqueza muscular; 
 Anticorpos anti receptor de acetilcolina (Anti-AChR) 
 Reduz a quantidade de receptores funcionais de AChR e diminui o potencial de contração das células. 
 Detecção anticorposAnti-AChR no soro (radioimunoensaio)
· PÊNFIGO
 Doença bolhosa e autoimune; 
 Autoanticorpos contra moléculas de adesão de queratinócitos; 
 Anticorpos contra componentes dos demossomos; 
 Anticorpos séricos podem ser detectados por testes de IFI utilizando cortes de pele; 
 ELISA utilizando antígenos desmogleína 1 e a desmogleína 3.
DOENÇAS REUMÁTICAS AUTOIMUNES
 Doenças reumáticas autoimunes engloba doenças inflamatórias do tecido conjuntivo, espondiloartropatias,vasculites primárias e síndrome do anticorpo antifosfolipídeo. 
 As DRAI mais prevalentes incluem a artrite reumatoide, o lúpus eritematoso sistêmico,esclerose sistêmica,polimiosite,dermatomiosite. 
 Diagnóstico compreende a pesquisa e identificação de autoanticorpos.
· LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES)
 É uma doença reumática sistêmica,caracterizada por uma inflamação crônica,marcada por períodos de piora e remissões do quadro clínico,atingido aproximadamente 1 em cada 2.000 indivíduos. 
 LES é mais prevalente em mulheres em idade reprodutiva, acometendo, porém indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades. 
 Os sinais clínicos no LES são extremamente diversos e,frequentemente,os primeiros sintomas a aparecerem são bastante inespecíficos, tais como fadiga, perda de peso, mal-estar, febre e anorexia,o que torna o diagnóstico clínico mais difícil na fase inicial da doença.
· DIAGNÓSTICO LES
 No LES são, frequentemente, encontrados autoanticorpos reativos contra antígenos nucleares.  Recomendada a solicitação da pesquisa de anticorpos antinucleares (FAN-HEp-2) - IFI. 
 Teste não é especifico para o diagnóstico de LES, uma vez que apenas sugere a presença de autoanticorpos. Entretanto, direciona o raciocínio clínico e a investigação laboratorial para a pesquisa de autoanticorpos específicos, como, por exemplo, antidsDNA (anti DNA nativo ou fita dupla), anti-SSA-Ro e anti-Sm, que poderão caracterizar melhor o quadro laboratorial.
· ANTICORPOS ANTI-DSDNA
 A determinação de anti-dsDNA (autoanticorpo relacionado ao padrão de fluorescência nuclear homogêneo no teste FAN-HEp-2) é considerado um marcador diagnóstico para LES. 
 A positividade para anti-dsDNA pode variar, dependendo da atividade ou órgão demanifestação da doença, sendo > 95% no LES ativo com comprometimento renal, > 50 – 70% no LES ativo sem comprometimento renal e < 40% no LES inativo.
· ANTICORPOS ANTI-HISTONA
 Os autoanticorpos anti-histona são de grande valor diagnóstico, principalmente, no lúpus induzido por medicamentos. Altos títulos desses autoanticorpos tendem a serem associados com formas mais severas do LES.  Os autoanticorpos anti-histona são menos específicos que os autoanticorpos antidsDNA, podendo apresentar resultados positivos em indivíduos com AR, esclerose sistêmica e cirrose biliar primária.
· ANTICORPOS CONTRA MÚSCULO LISO -ANTI-SM
 Os autoanticorpos anti-Sm também são considerados marcadores de diagnóstico de LES.
 São anticorpos de alta especificidade (99%),porém com baixa sensibilidade (5 a 15%).
· ARTRITE REUMATOIDE
 A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por inflamação das articulações,erosões progressivas e destruição da cartilagem. 
 AR é a doença sistêmica de caráter autoimune mais frequente, afetando cerca de 1% da população. 
 Várias evidências tem indicado que a destruição das articulações e o declínio funcional do paciente com AR são minimizados por uma intervenção terapêutica precoce e agressiva, tornando crítica a necessidade de um diagnóstico preciso na fase inicial da doença. 
 Os dois mais importantes sistemas de auto-anticorpos descritos para o diagnóstico laboratorial da AR são o Fator Reumatóide (FR) e os Anticorpos Anti-Peptídeos Cíclicos Citrulinados (anti-CPP).
· FATOR REUMATÓIDE
 O FR é um auto-anticorpo direcionado contra a porção Fc das moléculas de IgG e seu uso como marcador sorológico já está bem estabelecido no laboratório clínico, porém apresenta limitado valor no diagnóstico da AR devido a sua baixa especificidade. 
 O FR é positivo em apenas 60 a 80% dos pacientes acometidos por AR e sua falta de especificidade fornece resultados positivos para portadores de outras doenças, incluindo LES, esclerodermia, síndrome de Sjögren, sífilis, infecções virais, hanseníase, hepatopatias crônicas,neoplasias,outras doenças inflamatórias crônicas e até mesmo em indivíduos saudáveis,especialmente em idosos.
 O teste mais comumente utilizado tem sido, por décadas, a aglutinação com partículas de látex revestidas com IgG. 
 Também pode ser utilizada a hemaglutinação de hemácias de carneiro revestidas com IgG de coelho. 
 IFI com hemácias ou partículas de látex sensibilizadas com IgG
· ANTICORPOS ANTI-PEPTÍDEOS CÍCLICOS CITRULINADOS (ANTICPP)
 Anticorpos anti-CPP são anticorpos direcionados a várias proteínas/peptídeos contendo resíduos de arginina modificados (citrulinas), potencializando o sítio de ligação aos anticorpos. 
 Diferentes substratos tem sido desenvolvidos para detectar anticorpos anti-CPP e o mais conhecido e utilizado é o Peptídeo Cíclico Citrulinado (CPP). 
 Os anticorpos anti-CPP , além de serem altamente específicos para o diagnóstico laboratorial da AR, também tem a vantagem de aparecer precocemente durante a evolução da doença,justo quando o diagnóstico é mais difícil e a intervenção médica é mais eficaz.
IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES
▪ Substituição de órgãos e tecidos que não funcionam por órgãos ou tecidos saudáveis. 
▪ Tecnicamente, o transplante é o processo da retirada das células, tecidos ou órgãos, chamado de enxerto, de um indivíduo e colocando-os em um indivíduo (geralmente) diferente. 
▪ A transfusão refere-se à transferência de células do sangue circulante ou de plasma de um indivíduo para outro.
DOADOR → enxerto → Receptor ou hospedeiro
▪ 1º DESAFIO - COMO TRANSPLANTAR?
▪ Uma vez que o desafio técnico de transplantar órgãos cirurgicamente foi superado, logo ficou claro que a resposta imunológica contra os tecidos enxertados foi a grande barreira para o transplante.
▪ 2º DESAFIO – CONTROLAR A RESPOSTA IMUNE
▪ O transplante de células ou tecidos de um indivíduo para um indivíduo geneticamente não idêntico leva invariavelmente à rejeição do transplante devido a uma resposta imunológica adaptativa. 
▪ Observação em indivíduos queimados transpantados - um período de 1 a 2 semanas, a pele transplantada sofria necrose e se soltava. 
▪ A rejeição entre 10 a 14 dias após o primeiro transplante de um dador para um receptor não idêntico e mais rapidamente após o segundo transplante a partir do mesmo doador (memória) 
▪ Capacidade de rejeição transferida de um indivíduo para outro pelos linfócitos.
▪ Um transplante pode ser alogênico, singênico ou autólogo. 
▪ As moléculas que são reconhecidas como estranhas em enxertos são chamadas de aloantígenos e aquelas nos xenoenxertos são chamadas xenoantígenos. 
▪ Os linfócitos e anticorpos que reagem com os aloantígenos ou xenoantígenos são descritos como sendo ou alorreativo ou xenorreativo.
• Moléculas nos enxertos responsáveis por desencadear a rejeição devem ser polimórficas e sua expressão é codominante.
• As moléculas responsáveis pelas reações fortes (rápidas) de rejeição são denominadas de moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC).
Lembre-se de que as moléculas de MHC humanas são chamadas de antígenos de leucócitos humanos (HLA) e no contexto do transplante humano, os termos de MHC e HLA são utilizados alternadamente.
· Como o sistema imunedo receptor reconhecea MHC como aloantígeno?
· O aloantígeno foi reconhecido, e agora?
As células T CD4+ auxiliares diferenciam-se em células efetoras produtoras de citocinas que danificam os enxertos através da inflamação mediada por citocinas.
As células T CD8+ alorreativas diferenciam-se em linfócitos T citotóxicos (CTLs), que matam as células do enxerto que expressam as moléculas do MHC de classe I de alogênico. Os CTLs também secretam citocinas inflamatórias, que podem contribuir para danos no enxerto.
• Linfócitos B virgens também reconhecem as moléculas do MHC estranhas, internalizam e processam estas proteínas e apresentam os peptídios derivados deles às células T auxiliares que foram previamente ativadas.
 Indução da produção de aloanticorpo → Sistema complemento – destruição tecidual
· Como evitar?
A principal estratégia para reduzir a imunogenicidade do enxerto tem sido a de minimizar as diferenças alogênicas entre o doador e o receptor.
• Tipagem sanguínea ABO (tipagem sanguínea); 
• Determinar os alelos HLA expressos em doador e receptor (tipagem do tecido); 
• Presença de anticorpos já formados no receptor contra aloantígenos do doado (prova cruzada);
Nem todos estes testes são feitos em todos os tipos de transplantes!
1. Para evitar a rejeição hiperaguda, os antígenos do grupo sanguíneo ABO do doador do enxerto são selecionados para serem compatíveis com o receptor.
• Transplantes renais e cardíacos; 
• Os anticorpos naturais IgM específicos para os antígenos do grupo sanguíneo ABO alogênico podem levar a uma rejeição hiperaguda; 
• A tipagem sanguínea é realizada através da mistura de hemácias do sangue de um paciente com os soros padronizados contendo os anticorpos anti-A e anti-B.
2.Quanto maior for o número de alelos de MHC que são compatíveis entre o doador e o receptor, melhor a sobrevida do enxerto
• De todos os loci das classes I e da classe II do MHC, a compatibilidade com HLA-A, HLA-B, e HLA-DR é o mais importante para predizer a sobrevivência dos aloenxertos renais. 
• Pode haver zero a seis incompatibilidades HLA desses três loci entre o doador e o receptor. 
• A sobrevida de enxertos com de duas a seis incompatibilidades HLA é significativamente pior do que a de enxertos com nenhuma ou uma incompatibilidade de antígenos 
• Sobrevida aumentou significativamente com o desenvolvimento de drogas imunossupressoras.
Nem sempre é possível garantir a compatibilidade HLA!
• No caso do transplante de coração e fígado, a preservação de órgãos é mais difícil e os potenciais receptores muitas vezes estão em estado crítico verificar ABO e outras compatibilidades. 
• Tratamento com imunossupressores 
• No caso do transplante de medula óssea é essencial verificar o HLA – rejeiçãoou doença do enxerto contra o hospedeiro.
HLA atualmente é determinado principalmente por técnicas moleculares – PCR.
3. Os pacientes com necessidade de aloenxertos são também testados para a presença de anticorpos pré-formados contra as moléculas de MHC do doador ou outros antígenos da superfície celular
• Dois tipos de testes são feitos para detectar esses anticorpos. 
• No teste do painel de anticorpos reativos, os pacientes à espera do transplante de órgãos são testados quanto à presença de anticorpos reativo pré-formados contra moléculas HLA alogênicas prevalentes na população.
Podem ser produzidos como um resultado de gestações, transfusões ou transplantes anteriores, pode identificar o risco de rejeição vascular hiperaguda ou aguda.
· Teste do painel de anticorpos reativos
→ Pequenas quantidades de soro do paciente são misturadas com vários grânulos marcados com fluorescência e revestidos com moléculas de MHC definidas, representativas dos alelos de MHC que podem estar presentes na população de dadores de órgãos. 
→ Medição por citometria de fluxo
→ Percentagem de anticorpo reativo (PRA)
• Se um potencial doador é identificado, o teste de compatibilidade cruzada irá determinar se o paciente tem anticorpos que reagem especificamente com as células daquele doador.
• O teste é realizado através da mistura de soro do receptor com os linfócitos do sangue do doador.
· Teste de compatibilidade cruzada com fixação do complemento
· Teste de compatibilidade cruzada com citometria de fluxo
· IMUNOSSUPRESSÃO PRA PREVENIR/TRATAR REJEIÇÃO
• Os fármacos imunossupressores que inibem ou matam os linfócitos T são os principais agentes utilizados para tratar ou prevenir a rejeição do enxerto. 
• Inibição de células B e remoção de anticorpos – rejeição mediada por anticorpos. 
• Os agentes anti-inflamatórios, especificamente os corticosteroides, são frequentemente utilizados para reduzir a reação inflamatória aos aloenxertos de órgãos.
· IMUNOLOGIA TRANSFUSIONAL
▪ A transfusão sanguínea é uma forma de transplante em que sangue ou células inteiras de um ou mais indivíduos são transferidos por via intravenosa para a circulação de um outro indivíduo. 
▪ A grande barreira para as transfusões sanguíneas de sucesso é a resposta imunológica às moléculas da superfície celular que diferem entre os indivíduos. 
▪ Os antígenos ABO são expressos em virtualmente todas as células, incluindo os glóbulos vermelhos.
▪ Os indivíduos que não têm um antígeno específico do grupo sanguíneo ABO produzem anticorpos IgM naturais contra este antígeno.
Se esses indivíduos recebem hemácias expressando o antígeno alvo, os anticorpos preexistentes ligam-se às células transfundidas, ativam o complemento e provocam reações de transfusão, que podem ser fatais.
✓ A hemoglobina é libertada a partir das hemácias lisadas em quantidades que podem ser tóxicas para células de rim, causando necrose aguda. 
✓ Febre alta, choque e coagulação intravascular disseminada devido a liberação de citocinas (p. ex., o TNF ou a IL-1).
Hoje em dia, mais de 600 antígenos eritrocitários foram descritos, antígenos esses que, em suas diferentes combinações, obedecendo a um padrão de herança mendeliana, geram mais de 300 mil combinações fenotípicas
· ALOANTÍGENOS ERITROCITÁRIOS
Imuno-hematologia vai muito além de sistema ABO e Rh
A presença de anticorpos antieritrocitários secundários à gravidez, transfusão sanguínea ou transplante de órgãos pode comprometer transfusões subsequentes e, em algumas situações, até uma futura gravidez.
➢Aloanticorpos
a) Naturais →ABO → Reação cruzada com carboidratos de bactérias intestinais
b) Imunes
· ALOANTICORPOS ERITROCITÁRIOS IMUNES
Eritroblastose fetal ou DHRN → Anticorpos maternos
➢Antígeno D 
➢Sistema Duffy 
➢Sistema Kidd 
➢Sistema MN 
➢Antígenos A e B
Antígenos eritrocitários fetais
Pessoas que passam por várias transfusões são susceptíveis a produzir anticorpos contra alguns antígenos eritrocitários – ANTICORPOS IRREGULARES
· AUTOANTICORPOS
➢Anticorpos ligados à membrana eritrocitária in vivo. 
➢ IgM ou IgG (diferentes ações hemolíticas)
➢ IgG3>IgG1>IgG2>IgG4
➢ Diferentes naturezas fisicoquímicas.
➢Teste de Coombs
· TIPOS DE AUTOANTICORPOS
AUTOANTICORPOS QUENTES (80-90%) 
Reagem mais favoravelmente com seus alvos em torno de 37°C IgG –anemia hemolítica
AUTOANTICORPOS FRIOS 
Reagem mais favoravelmente com seus alvos em temperaturas abaixo de 37°C, apresentando reatividade ótima entre 0°C e 5°C. 
Ocorrem na população normal - IgM 
Pode interferir na tipagem sanguínea, provas cruzadas e análises hematológicas 
Anemia hemolítica crônica (primária ou secundária)
· Sistema ABO
Gene H → Mutações no gene H provocam a o fenótipo falso O
· Sistema Rh
▪Mais complexo dos grupos sanguíneos
▪Depois do ABO, é o de maior importância clínica.
▪Sistema de grupo sanguíneo com mais alto polimorfismo entre os marcadores conhecidos da membrana eritrocitária.
▪49 antígenos
▪Primeiros a ser descobertos e de maior relevância clínica: Rh (D, C, E, c, e)
· D fraco
▪ Expressão enfraquecida do antígeno D
▪ Reage de maneira variável com os antissoros anti-D comerciais
▪ Normalmente não é indentificado por aglutinação direta
▪ Tratamento enzimático e técnica de Coombs
▪ É considerado Rh positivo
▪ aloimunização transfusional ou feto materna
· Antígeno D parcial
▪ Alterações qualitativas e quantitativas
▪ Mutações
▪ Rearranjos gênicos entre RHCE e RHD
▪ Diferenciação entre D fraco e D parcial: métodos moleculares
▪ Pseudogenes
· Aloanticorpos anti-Rh
Em quais condições uma pessoa pode apresentar anticorpos anti-Rh?
▪ Transfusão sanguínea e gravidez 
▪ 80% de probabilidade de imunização após transfusão incompatível 
▪ DHRN: imunoglobulinas anti-RhD 
▪ Quase sempre IgG e quentes 
▪ Reação transfusional retardada ▪Elevação da bilirrubina, redução da Hb e da haptoglobina 
▪ Coombs direto
TIPAGEM EM BANCOS DE SANGUE - 
Os resultados das provas direta e reversa devem ser concordantes!
Se o controle for positivo (?), o resultado da tipagem Rh deve ser revista!
A tipagem do doador e do receptor deve ser feita novamente antes da liberação das bolsas de sangue para os pacientes.
Todos os resultados de tipagem Rh D negativo se aplica a pesquisa de “D fraco”!
TIPAGEM EM GEL DE CENTRIFUGAÇÃO
PESQUISA DE ANTICORPOS IRREGULARES: São todos os anticorpos anti-eritrocitários encontrados no soro ou plasma, que não sejam os de ocorrência natural.
▪ 0,3-2% da população 
▪ Elevado em pacientes politransfundidos 
▪ Anticorpos quentes 
▪ Antiglobulinas
Incubação em 37°C e utilização de antiglobulina humana. OU Antiglobulina humana e PEG.
São utilizadas hemácias do tipo O que possuem antígenos de importância para observar se o soro do paciente apresenta AI.
▪Fabricação comercial 
▪Um diagrama com a constituição antigênica de cada hemácia é fornecida pelo fabricante.
PROVA DE COMPATIBILIDADE
A prova de compatibilidade consiste na mistura do soro do receptor com as hemácias do doador, com a finalidade de investigar no soro do receptor, a presença de anticorpos contra os antígenos de grupos sanguíneos presentes nas hemácias do doador
▪ Erros na tipagem ABO do receptor ou do doador ▪Anticorpos irregulares clinicamente significantes que não foram detectados no PAI 
▪ Anticorpos contra antígenos de baixa frequência presentes nas hemácias do doador 
▪ Não acusa todas as incompatibilidades. 
▪ Substâncias potencializadoras 
Um resultado positivo na prova cruzada requer maiores estudos, sendo que o paciente não deverá ser transfundido até que a causa da incompatibilidade tenha sido completamente esclarecida!
DIAGNÓSTICO DA AUTOIMUNIDADE
 
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AUTOIMUNIDADE
 
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 Autoimunidade é uma resposta imune mediada por linfócitos T (LT) ou B (LB) contra antígenos próprios; 
 
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 A presença de anticorpos é quase sempre observada; 
 
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 Pesquisa de autoanticorpos:diagnóstico,prognóstico e identificação de formas clínicas; 
 
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 Aplicaçõ
es de autoanticorpos:biologia celular
 
 
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DOENÇAS AUTOIMUNES 
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ETIOLOGIA
 
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Fatores genéticos
:HLA?
 
Fatores hormonais
:
 
prevalência do lúpus eritematoso sistêmico em mulheres jovens
 
–
 
influência dos 
estrógenos. 
 
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Fatores ambientais
: agentes infecciosos, medicamentos, agentes químicos, toxinas, luz 
ultravioleta,fumo,obesidade, estr
esse físico e psicológico. 
 
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 Disseminação de epítopos de células lesadas pelas autoimunidade:lesão decorrente do processo autoimune 
expõe mais epítopos intracelulares 
–
 
doença crônica e progressiva.
 
 
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Anti
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idiotipos
:
 
anticorpos contra a região variável de o
utros anticorpos. 
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 Falha na apoptose de células 
autorreativas
 
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Mimetismo molecular
 
e reatividade cruzada 
–
 
ocorre quando um agente infeccioso compartilha um 
determinado epítopo com um autoantígeno localizada em alguma célula ou tecido do organismo (Ex: re
sposta 
contra carboidratados de estreptococos reage cruzadamente com antígenos glicoproteicos de válvulas cardíacas). 
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Exposição de um antígeno sequestrado
 
–
 
autoantígenos que antes eram inacessíveis (ex.cristalino do 
olho),passam a ser disponíveis ao sis
tema imune 
–
 
lesão tecidual. 
 
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 Anormalidade na apresentação de antígenos. 
 
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Superantígenos
 
–
 
antígenos que podem ativar linfócitos sem apresentação antigênica 
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expansão indevida de 
linfócitos potencialmente autorreativos.
 
 
·
 
ESPECTRO DE DOENÇAS AUTOIMUNES
 
Órgão
 
específica 
?
 
Não órgão específica
 
 
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IMP
ORTÂNCIA DOS AUTOANTICORPOS
 
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Diagnóstico
 
–
 
forma mais prática (ex. anti
-
DNA nativo ou anti
-
Sm no LES) 
 
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 Atividade da doença (ex. anti
-
DNA ativo na exacerbação do LES) 
 
?
 
Preditivos da doença
 
–
 
produzidos antes das manifestações clínicas. 
 
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Formas clínicas
 
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diferenciar formas sistêmicas e difusas.
 
 
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 
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 Detecção de autoanticorpos; 
 
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 É necessária a utilização de autoantígenos altamente reativos e de especificidade definida. 
 
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 Antígenos recombinantes 
 
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 Técnica de Imunofluorescência Indire
ta 
 
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 Testes imunoenzimáticos.
 
 
DOENÇASAUTOIMUNES ÓRGÃO
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ESPECÍFICAS
 
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DIABETES MELLITUS DO TIPO 1
 
?
 Diabetes mellitus representam um grupo heterogêneo de distúrbios que apresentam a hiperglicemia como 
característica comum. 
 
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 Tipo I 
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diabetes mellitus dependente
 
de insulina 
 
?
 Destruição das células beta pancreáticas por um mecanismo imunomediado. 
 
?
 Início súbito,perda de peso,sede,poliúria e letargia. 
 
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 Crianças e adultos jovens
 
DIAGNÓSTICO DA AUTOIMUNIDADE 
 AUTOIMUNIDADE 
? Autoimunidade é uma resposta imune mediada por linfócitos T (LT) ou B (LB) contra antígenos próprios; 
? A presença de anticorpos é quase sempre observada; 
? Pesquisa de autoanticorpos:diagnóstico,prognóstico e identificação de formas clínicas; 
? Aplicações de autoanticorpos:biologia celular 
 
 DOENÇAS AUTOIMUNES – ETIOLOGIA 
? Fatores genéticos:HLA 
? Fatores hormonais: prevalência do lúpus eritematoso sistêmico em mulheres jovens – influência dos 
estrógenos. 
? Fatores ambientais: agentes infecciosos, medicamentos, agentes químicos, toxinas, luz 
ultravioleta,fumo,obesidade, estresse físico e psicológico. 
? Disseminação de epítopos de células lesadas pelas autoimunidade:lesão decorrente do processo autoimune 
expõe mais epítopos intracelulares – doença crônica e progressiva. 
? Anti-idiotipos: anticorpos contra a região variável de outros anticorpos. ? Falha na apoptose de células 
autorreativas 
? Mimetismo molecular e reatividade cruzada – ocorre quando um agente infeccioso compartilha um 
determinado epítopo com um autoantígeno localizada em alguma célula ou tecido do organismo (Ex: resposta 
contra carboidratados de estreptococos reage cruzadamente com antígenos glicoproteicos de válvulas cardíacas). 
? Exposição de um antígeno sequestrado – autoantígenos que antes eram inacessíveis (ex.cristalino do 
olho),passam a ser disponíveis ao sistema imune – lesão tecidual. 
? Anormalidade na apresentação de antígenos. 
? Superantígenos – antígenos que podem ativar linfócitos sem apresentação antigênica - expansão indevida de 
linfócitos potencialmente autorreativos. 
 
 ESPECTRO DE DOENÇAS AUTOIMUNES 
Órgão específica ? Não órgão específica 
 
 IMPORTÂNCIA DOS AUTOANTICORPOS 
? Diagnóstico – forma mais prática (ex. anti-DNA nativo ou anti-Sm no LES) 
? Atividade da doença (ex. anti-DNA ativo na exacerbação do LES) 
? Preditivos da doença – produzidos antes das manifestações clínicas. 
? Formas clínicas – diferenciar formas sistêmicas e difusas. 
 
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
? Detecção de autoanticorpos; 
? É necessária a utilização de autoantígenos altamente reativos e de especificidade definida. 
? Antígenos recombinantes 
? Técnica de Imunofluorescência Indireta 
? Testes imunoenzimáticos. 
 
DOENÇASAUTOIMUNES ÓRGÃO-ESPECÍFICAS 
 DIABETES MELLITUS DO TIPO 1 
? Diabetes mellitus representam um grupo heterogêneo de distúrbios que apresentam a hiperglicemia como 
característica comum. 
? Tipo I – diabetes mellitus dependente de insulina 
? Destruição das células beta pancreáticas por um mecanismo imunomediado. 
? Início súbito,perda de peso,sede,poliúria e letargia. 
? Crianças e adultos jovens

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