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DIAGNÓSTICO DA AUTOIMUNIDADE · AUTOIMUNIDADE Autoimunidade é uma resposta imune mediada por linfócitos T (LT) ou B (LB) contra antígenos próprios; A presença de anticorpos é quase sempre observada; Pesquisa de autoanticorpos:diagnóstico,prognóstico e identificação de formas clínicas; Aplicações de autoanticorpos:biologia celular · DOENÇAS AUTOIMUNES – ETIOLOGIA Fatores genéticos:HLA Fatores hormonais: prevalência do lúpus eritematoso sistêmico em mulheres jovens – influência dos estrógenos. Fatores ambientais: agentes infecciosos, medicamentos, agentes químicos, toxinas, luz ultravioleta,fumo,obesidade, estresse físico e psicológico. Disseminação de epítopos de células lesadas pelas autoimunidade:lesão decorrente do processo autoimune expõe mais epítopos intracelulares – doença crônica e progressiva. Anti-idiotipos: anticorpos contra a região variável de outros anticorpos. Falha na apoptose de células autorreativas Mimetismo molecular e reatividade cruzada – ocorre quando um agente infeccioso compartilha um determinado epítopo com um autoantígeno localizada em alguma célula ou tecido do organismo (Ex: resposta contra carboidratados de estreptococos reage cruzadamente com antígenos glicoproteicos de válvulas cardíacas). Exposição de um antígeno sequestrado – autoantígenos que antes eram inacessíveis (ex.cristalino do olho),passam a ser disponíveis ao sistema imune – lesão tecidual. Anormalidade na apresentação de antígenos. Superantígenos – antígenos que podem ativar linfócitos sem apresentação antigênica - expansão indevida de linfócitos potencialmente autorreativos. · ESPECTRO DE DOENÇAS AUTOIMUNES Órgão específica → Não órgão específica · IMPORTÂNCIA DOS AUTOANTICORPOS Diagnóstico – forma mais prática (ex. anti-DNA nativo ou anti-Sm no LES) Atividade da doença (ex. anti-DNA ativo na exacerbação do LES) Preditivos da doença – produzidos antes das manifestações clínicas. Formas clínicas – diferenciar formas sistêmicas e difusas. · DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Detecção de autoanticorpos; É necessária a utilização de autoantígenos altamente reativos e de especificidade definida. Antígenos recombinantes Técnica de Imunofluorescência Indireta Testes imunoenzimáticos. DOENÇASAUTOIMUNES ÓRGÃO-ESPECÍFICAS · DIABETES MELLITUS DO TIPO 1 Diabetes mellitus representam um grupo heterogêneo de distúrbios que apresentam a hiperglicemia como característica comum. Tipo I – diabetes mellitus dependente de insulina Destruição das células beta pancreáticas por um mecanismo imunomediado. Início súbito,perda de peso,sede,poliúria e letargia. Crianças e adultos jovens Os principais alvos do ataque autoimune são a descarboxilase do ácido glutâmico (GAD) e a insulina,que provavelmente foram expostos ao sistema imune do indivíduo susceptível após uma infecção na infância que causou pancreatite ou por um processo de renovação normal das células. Somente após a destruição de mais de 90% das células beta é que a doença se manifesta clinicamente. Predisposição genética – moléculas de HLA tipo II Fatores ambientais:infecções virais – coxsackie,caxumba,sarampo,CMV, rubéola. AUTOANTICORPOS DE ITERESSE DIAGNÓSTICO: ✓ ICA – anticorpos anticélulas de ilhota ✓ Anti-GAD – anticorpos contra ácido glutâmico ✓ Anti-IA-2 – anticorpos contra tirosina fosfatase ✓ Anticorpos anti-insulina · DOENÇAS AUTOIMUNES TIREOIDIANAS DOENÇA DE HASHIMOTO (HIPOTIREOIDISMO) A tireoidite de Hashimoto ou tireoidite linfocítica crônica caracteriza-se por uma insuficiência gradativa da glândula tireoide decorrente da destruição da arquitetura folicular normal da tireoide, com intensa infiltração linfocitária e fibrose, típica de uma reação autoimune celular DOENÇA DE GRAVES – HIPERTIREOIDISMO Estado hipermetabólico da tireoide com níveis elevados deT3 eT4. Hipertireoidismo- palpitações, pulso rápido, fadiga, fraqueza muscular, perda de peso com bom apetite,diarreia,intolerância ao calor. 7 a 10 vezes mais comum em mulheres Anti-TG são encontrados em cerca de 60% dos pacientes com a doença de Hashimoto e em 40% com a doença de Graves; A detecção de anticorpos antirreceptor de TSH é útil para o monitoramento do tratamento de pacientes com a doença de Graves. ANTITIREOPEROXIDASE (ANTI-TPO) ANTITIREOGLOBULINA (ANTI-TG) ELISA OU ENSAIOS COMPETITIVOS ANTI-RECEPTORES TSH (ANTI-TRAB) · HEPATITE AUTOIMUNES ▪ Destruição dos hepatócitos pela imunidade celular. Difícil diagnóstico – efeitos parecidos de drogas e produtos hepatotóxicos. Exclusão de hepatites de outras etiologias – virais,drogas,genéticas. Principais autoanticorpos Anticorpos anti-núcleo (ANA) Anticorpos antimúsculo liso (ANTI-SMA) Anticorpos antimicrossomais (ANTI-LKM-1) Anticorpos anticitoplasma de neutrófilos (pANCA) · ESCLEROSE MÚLTIPLA Doença desmieliinizante Ataque neurológico e lesão da substância branca Quebra da barreira hematoencefálico e infiltração de células autorreativas (infecções). Exame de LCR – mielina e proteinorraquia Presença de anticorpos com elevada sensibilidade a: Proteína básica da mielina (MBP) Antígeno proteolipídico (PLP) Glicoproteína mielínica oligodendroglial (mog) · GASTRITE AUTOIMUNE Processo inflamatório crônico que resulta na presença de processo inflamatório crônico; Alterações atróficas da mucosa gástrica; IFI com corte de estômago ou rim de camundongo Autoanticorpos Anti subunidade beta da H+/K+ ATPase Antifator intrínseco (anemia perniciosa) · MIASTENIA GRAVIS Doença automimune neurológica caracterizada por fraqueza muscular; Anticorpos anti receptor de acetilcolina (Anti-AChR) Reduz a quantidade de receptores funcionais de AChR e diminui o potencial de contração das células. Detecção anticorposAnti-AChR no soro (radioimunoensaio) · PÊNFIGO Doença bolhosa e autoimune; Autoanticorpos contra moléculas de adesão de queratinócitos; Anticorpos contra componentes dos demossomos; Anticorpos séricos podem ser detectados por testes de IFI utilizando cortes de pele; ELISA utilizando antígenos desmogleína 1 e a desmogleína 3. DOENÇAS REUMÁTICAS AUTOIMUNES Doenças reumáticas autoimunes engloba doenças inflamatórias do tecido conjuntivo, espondiloartropatias,vasculites primárias e síndrome do anticorpo antifosfolipídeo. As DRAI mais prevalentes incluem a artrite reumatoide, o lúpus eritematoso sistêmico,esclerose sistêmica,polimiosite,dermatomiosite. Diagnóstico compreende a pesquisa e identificação de autoanticorpos. · LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) É uma doença reumática sistêmica,caracterizada por uma inflamação crônica,marcada por períodos de piora e remissões do quadro clínico,atingido aproximadamente 1 em cada 2.000 indivíduos. LES é mais prevalente em mulheres em idade reprodutiva, acometendo, porém indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades. Os sinais clínicos no LES são extremamente diversos e,frequentemente,os primeiros sintomas a aparecerem são bastante inespecíficos, tais como fadiga, perda de peso, mal-estar, febre e anorexia,o que torna o diagnóstico clínico mais difícil na fase inicial da doença. · DIAGNÓSTICO LES No LES são, frequentemente, encontrados autoanticorpos reativos contra antígenos nucleares. Recomendada a solicitação da pesquisa de anticorpos antinucleares (FAN-HEp-2) - IFI. Teste não é especifico para o diagnóstico de LES, uma vez que apenas sugere a presença de autoanticorpos. Entretanto, direciona o raciocínio clínico e a investigação laboratorial para a pesquisa de autoanticorpos específicos, como, por exemplo, antidsDNA (anti DNA nativo ou fita dupla), anti-SSA-Ro e anti-Sm, que poderão caracterizar melhor o quadro laboratorial. · ANTICORPOS ANTI-DSDNA A determinação de anti-dsDNA (autoanticorpo relacionado ao padrão de fluorescência nuclear homogêneo no teste FAN-HEp-2) é considerado um marcador diagnóstico para LES. A positividade para anti-dsDNA pode variar, dependendo da atividade ou órgão demanifestação da doença, sendo > 95% no LES ativo com comprometimento renal, > 50 – 70% no LES ativo sem comprometimento renal e < 40% no LES inativo. · ANTICORPOS ANTI-HISTONA Os autoanticorpos anti-histona são de grande valor diagnóstico, principalmente, no lúpus induzido por medicamentos. Altos títulos desses autoanticorpos tendem a serem associados com formas mais severas do LES. Os autoanticorpos anti-histona são menos específicos que os autoanticorpos antidsDNA, podendo apresentar resultados positivos em indivíduos com AR, esclerose sistêmica e cirrose biliar primária. · ANTICORPOS CONTRA MÚSCULO LISO -ANTI-SM Os autoanticorpos anti-Sm também são considerados marcadores de diagnóstico de LES. São anticorpos de alta especificidade (99%),porém com baixa sensibilidade (5 a 15%). · ARTRITE REUMATOIDE A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por inflamação das articulações,erosões progressivas e destruição da cartilagem. AR é a doença sistêmica de caráter autoimune mais frequente, afetando cerca de 1% da população. Várias evidências tem indicado que a destruição das articulações e o declínio funcional do paciente com AR são minimizados por uma intervenção terapêutica precoce e agressiva, tornando crítica a necessidade de um diagnóstico preciso na fase inicial da doença. Os dois mais importantes sistemas de auto-anticorpos descritos para o diagnóstico laboratorial da AR são o Fator Reumatóide (FR) e os Anticorpos Anti-Peptídeos Cíclicos Citrulinados (anti-CPP). · FATOR REUMATÓIDE O FR é um auto-anticorpo direcionado contra a porção Fc das moléculas de IgG e seu uso como marcador sorológico já está bem estabelecido no laboratório clínico, porém apresenta limitado valor no diagnóstico da AR devido a sua baixa especificidade. O FR é positivo em apenas 60 a 80% dos pacientes acometidos por AR e sua falta de especificidade fornece resultados positivos para portadores de outras doenças, incluindo LES, esclerodermia, síndrome de Sjögren, sífilis, infecções virais, hanseníase, hepatopatias crônicas,neoplasias,outras doenças inflamatórias crônicas e até mesmo em indivíduos saudáveis,especialmente em idosos. O teste mais comumente utilizado tem sido, por décadas, a aglutinação com partículas de látex revestidas com IgG. Também pode ser utilizada a hemaglutinação de hemácias de carneiro revestidas com IgG de coelho. IFI com hemácias ou partículas de látex sensibilizadas com IgG · ANTICORPOS ANTI-PEPTÍDEOS CÍCLICOS CITRULINADOS (ANTICPP) Anticorpos anti-CPP são anticorpos direcionados a várias proteínas/peptídeos contendo resíduos de arginina modificados (citrulinas), potencializando o sítio de ligação aos anticorpos. Diferentes substratos tem sido desenvolvidos para detectar anticorpos anti-CPP e o mais conhecido e utilizado é o Peptídeo Cíclico Citrulinado (CPP). Os anticorpos anti-CPP , além de serem altamente específicos para o diagnóstico laboratorial da AR, também tem a vantagem de aparecer precocemente durante a evolução da doença,justo quando o diagnóstico é mais difícil e a intervenção médica é mais eficaz. IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES ▪ Substituição de órgãos e tecidos que não funcionam por órgãos ou tecidos saudáveis. ▪ Tecnicamente, o transplante é o processo da retirada das células, tecidos ou órgãos, chamado de enxerto, de um indivíduo e colocando-os em um indivíduo (geralmente) diferente. ▪ A transfusão refere-se à transferência de células do sangue circulante ou de plasma de um indivíduo para outro. DOADOR → enxerto → Receptor ou hospedeiro ▪ 1º DESAFIO - COMO TRANSPLANTAR? ▪ Uma vez que o desafio técnico de transplantar órgãos cirurgicamente foi superado, logo ficou claro que a resposta imunológica contra os tecidos enxertados foi a grande barreira para o transplante. ▪ 2º DESAFIO – CONTROLAR A RESPOSTA IMUNE ▪ O transplante de células ou tecidos de um indivíduo para um indivíduo geneticamente não idêntico leva invariavelmente à rejeição do transplante devido a uma resposta imunológica adaptativa. ▪ Observação em indivíduos queimados transpantados - um período de 1 a 2 semanas, a pele transplantada sofria necrose e se soltava. ▪ A rejeição entre 10 a 14 dias após o primeiro transplante de um dador para um receptor não idêntico e mais rapidamente após o segundo transplante a partir do mesmo doador (memória) ▪ Capacidade de rejeição transferida de um indivíduo para outro pelos linfócitos. ▪ Um transplante pode ser alogênico, singênico ou autólogo. ▪ As moléculas que são reconhecidas como estranhas em enxertos são chamadas de aloantígenos e aquelas nos xenoenxertos são chamadas xenoantígenos. ▪ Os linfócitos e anticorpos que reagem com os aloantígenos ou xenoantígenos são descritos como sendo ou alorreativo ou xenorreativo. • Moléculas nos enxertos responsáveis por desencadear a rejeição devem ser polimórficas e sua expressão é codominante. • As moléculas responsáveis pelas reações fortes (rápidas) de rejeição são denominadas de moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC). Lembre-se de que as moléculas de MHC humanas são chamadas de antígenos de leucócitos humanos (HLA) e no contexto do transplante humano, os termos de MHC e HLA são utilizados alternadamente. · Como o sistema imunedo receptor reconhecea MHC como aloantígeno? · O aloantígeno foi reconhecido, e agora? As células T CD4+ auxiliares diferenciam-se em células efetoras produtoras de citocinas que danificam os enxertos através da inflamação mediada por citocinas. As células T CD8+ alorreativas diferenciam-se em linfócitos T citotóxicos (CTLs), que matam as células do enxerto que expressam as moléculas do MHC de classe I de alogênico. Os CTLs também secretam citocinas inflamatórias, que podem contribuir para danos no enxerto. • Linfócitos B virgens também reconhecem as moléculas do MHC estranhas, internalizam e processam estas proteínas e apresentam os peptídios derivados deles às células T auxiliares que foram previamente ativadas. Indução da produção de aloanticorpo → Sistema complemento – destruição tecidual · Como evitar? A principal estratégia para reduzir a imunogenicidade do enxerto tem sido a de minimizar as diferenças alogênicas entre o doador e o receptor. • Tipagem sanguínea ABO (tipagem sanguínea); • Determinar os alelos HLA expressos em doador e receptor (tipagem do tecido); • Presença de anticorpos já formados no receptor contra aloantígenos do doado (prova cruzada); Nem todos estes testes são feitos em todos os tipos de transplantes! 1. Para evitar a rejeição hiperaguda, os antígenos do grupo sanguíneo ABO do doador do enxerto são selecionados para serem compatíveis com o receptor. • Transplantes renais e cardíacos; • Os anticorpos naturais IgM específicos para os antígenos do grupo sanguíneo ABO alogênico podem levar a uma rejeição hiperaguda; • A tipagem sanguínea é realizada através da mistura de hemácias do sangue de um paciente com os soros padronizados contendo os anticorpos anti-A e anti-B. 2.Quanto maior for o número de alelos de MHC que são compatíveis entre o doador e o receptor, melhor a sobrevida do enxerto • De todos os loci das classes I e da classe II do MHC, a compatibilidade com HLA-A, HLA-B, e HLA-DR é o mais importante para predizer a sobrevivência dos aloenxertos renais. • Pode haver zero a seis incompatibilidades HLA desses três loci entre o doador e o receptor. • A sobrevida de enxertos com de duas a seis incompatibilidades HLA é significativamente pior do que a de enxertos com nenhuma ou uma incompatibilidade de antígenos • Sobrevida aumentou significativamente com o desenvolvimento de drogas imunossupressoras. Nem sempre é possível garantir a compatibilidade HLA! • No caso do transplante de coração e fígado, a preservação de órgãos é mais difícil e os potenciais receptores muitas vezes estão em estado crítico verificar ABO e outras compatibilidades. • Tratamento com imunossupressores • No caso do transplante de medula óssea é essencial verificar o HLA – rejeiçãoou doença do enxerto contra o hospedeiro. HLA atualmente é determinado principalmente por técnicas moleculares – PCR. 3. Os pacientes com necessidade de aloenxertos são também testados para a presença de anticorpos pré-formados contra as moléculas de MHC do doador ou outros antígenos da superfície celular • Dois tipos de testes são feitos para detectar esses anticorpos. • No teste do painel de anticorpos reativos, os pacientes à espera do transplante de órgãos são testados quanto à presença de anticorpos reativo pré-formados contra moléculas HLA alogênicas prevalentes na população. Podem ser produzidos como um resultado de gestações, transfusões ou transplantes anteriores, pode identificar o risco de rejeição vascular hiperaguda ou aguda. · Teste do painel de anticorpos reativos → Pequenas quantidades de soro do paciente são misturadas com vários grânulos marcados com fluorescência e revestidos com moléculas de MHC definidas, representativas dos alelos de MHC que podem estar presentes na população de dadores de órgãos. → Medição por citometria de fluxo → Percentagem de anticorpo reativo (PRA) • Se um potencial doador é identificado, o teste de compatibilidade cruzada irá determinar se o paciente tem anticorpos que reagem especificamente com as células daquele doador. • O teste é realizado através da mistura de soro do receptor com os linfócitos do sangue do doador. · Teste de compatibilidade cruzada com fixação do complemento · Teste de compatibilidade cruzada com citometria de fluxo · IMUNOSSUPRESSÃO PRA PREVENIR/TRATAR REJEIÇÃO • Os fármacos imunossupressores que inibem ou matam os linfócitos T são os principais agentes utilizados para tratar ou prevenir a rejeição do enxerto. • Inibição de células B e remoção de anticorpos – rejeição mediada por anticorpos. • Os agentes anti-inflamatórios, especificamente os corticosteroides, são frequentemente utilizados para reduzir a reação inflamatória aos aloenxertos de órgãos. · IMUNOLOGIA TRANSFUSIONAL ▪ A transfusão sanguínea é uma forma de transplante em que sangue ou células inteiras de um ou mais indivíduos são transferidos por via intravenosa para a circulação de um outro indivíduo. ▪ A grande barreira para as transfusões sanguíneas de sucesso é a resposta imunológica às moléculas da superfície celular que diferem entre os indivíduos. ▪ Os antígenos ABO são expressos em virtualmente todas as células, incluindo os glóbulos vermelhos. ▪ Os indivíduos que não têm um antígeno específico do grupo sanguíneo ABO produzem anticorpos IgM naturais contra este antígeno. Se esses indivíduos recebem hemácias expressando o antígeno alvo, os anticorpos preexistentes ligam-se às células transfundidas, ativam o complemento e provocam reações de transfusão, que podem ser fatais. ✓ A hemoglobina é libertada a partir das hemácias lisadas em quantidades que podem ser tóxicas para células de rim, causando necrose aguda. ✓ Febre alta, choque e coagulação intravascular disseminada devido a liberação de citocinas (p. ex., o TNF ou a IL-1). Hoje em dia, mais de 600 antígenos eritrocitários foram descritos, antígenos esses que, em suas diferentes combinações, obedecendo a um padrão de herança mendeliana, geram mais de 300 mil combinações fenotípicas · ALOANTÍGENOS ERITROCITÁRIOS Imuno-hematologia vai muito além de sistema ABO e Rh A presença de anticorpos antieritrocitários secundários à gravidez, transfusão sanguínea ou transplante de órgãos pode comprometer transfusões subsequentes e, em algumas situações, até uma futura gravidez. ➢Aloanticorpos a) Naturais →ABO → Reação cruzada com carboidratos de bactérias intestinais b) Imunes · ALOANTICORPOS ERITROCITÁRIOS IMUNES Eritroblastose fetal ou DHRN → Anticorpos maternos ➢Antígeno D ➢Sistema Duffy ➢Sistema Kidd ➢Sistema MN ➢Antígenos A e B Antígenos eritrocitários fetais Pessoas que passam por várias transfusões são susceptíveis a produzir anticorpos contra alguns antígenos eritrocitários – ANTICORPOS IRREGULARES · AUTOANTICORPOS ➢Anticorpos ligados à membrana eritrocitária in vivo. ➢ IgM ou IgG (diferentes ações hemolíticas) ➢ IgG3>IgG1>IgG2>IgG4 ➢ Diferentes naturezas fisicoquímicas. ➢Teste de Coombs · TIPOS DE AUTOANTICORPOS AUTOANTICORPOS QUENTES (80-90%) Reagem mais favoravelmente com seus alvos em torno de 37°C IgG –anemia hemolítica AUTOANTICORPOS FRIOS Reagem mais favoravelmente com seus alvos em temperaturas abaixo de 37°C, apresentando reatividade ótima entre 0°C e 5°C. Ocorrem na população normal - IgM Pode interferir na tipagem sanguínea, provas cruzadas e análises hematológicas Anemia hemolítica crônica (primária ou secundária) · Sistema ABO Gene H → Mutações no gene H provocam a o fenótipo falso O · Sistema Rh ▪Mais complexo dos grupos sanguíneos ▪Depois do ABO, é o de maior importância clínica. ▪Sistema de grupo sanguíneo com mais alto polimorfismo entre os marcadores conhecidos da membrana eritrocitária. ▪49 antígenos ▪Primeiros a ser descobertos e de maior relevância clínica: Rh (D, C, E, c, e) · D fraco ▪ Expressão enfraquecida do antígeno D ▪ Reage de maneira variável com os antissoros anti-D comerciais ▪ Normalmente não é indentificado por aglutinação direta ▪ Tratamento enzimático e técnica de Coombs ▪ É considerado Rh positivo ▪ aloimunização transfusional ou feto materna · Antígeno D parcial ▪ Alterações qualitativas e quantitativas ▪ Mutações ▪ Rearranjos gênicos entre RHCE e RHD ▪ Diferenciação entre D fraco e D parcial: métodos moleculares ▪ Pseudogenes · Aloanticorpos anti-Rh Em quais condições uma pessoa pode apresentar anticorpos anti-Rh? ▪ Transfusão sanguínea e gravidez ▪ 80% de probabilidade de imunização após transfusão incompatível ▪ DHRN: imunoglobulinas anti-RhD ▪ Quase sempre IgG e quentes ▪ Reação transfusional retardada ▪Elevação da bilirrubina, redução da Hb e da haptoglobina ▪ Coombs direto TIPAGEM EM BANCOS DE SANGUE - Os resultados das provas direta e reversa devem ser concordantes! Se o controle for positivo (?), o resultado da tipagem Rh deve ser revista! A tipagem do doador e do receptor deve ser feita novamente antes da liberação das bolsas de sangue para os pacientes. Todos os resultados de tipagem Rh D negativo se aplica a pesquisa de “D fraco”! TIPAGEM EM GEL DE CENTRIFUGAÇÃO PESQUISA DE ANTICORPOS IRREGULARES: São todos os anticorpos anti-eritrocitários encontrados no soro ou plasma, que não sejam os de ocorrência natural. ▪ 0,3-2% da população ▪ Elevado em pacientes politransfundidos ▪ Anticorpos quentes ▪ Antiglobulinas Incubação em 37°C e utilização de antiglobulina humana. OU Antiglobulina humana e PEG. São utilizadas hemácias do tipo O que possuem antígenos de importância para observar se o soro do paciente apresenta AI. ▪Fabricação comercial ▪Um diagrama com a constituição antigênica de cada hemácia é fornecida pelo fabricante. PROVA DE COMPATIBILIDADE A prova de compatibilidade consiste na mistura do soro do receptor com as hemácias do doador, com a finalidade de investigar no soro do receptor, a presença de anticorpos contra os antígenos de grupos sanguíneos presentes nas hemácias do doador ▪ Erros na tipagem ABO do receptor ou do doador ▪Anticorpos irregulares clinicamente significantes que não foram detectados no PAI ▪ Anticorpos contra antígenos de baixa frequência presentes nas hemácias do doador ▪ Não acusa todas as incompatibilidades. ▪ Substâncias potencializadoras Um resultado positivo na prova cruzada requer maiores estudos, sendo que o paciente não deverá ser transfundido até que a causa da incompatibilidade tenha sido completamente esclarecida! DIAGNÓSTICO DA AUTOIMUNIDADE · AUTOIMUNIDADE ? Autoimunidade é uma resposta imune mediada por linfócitos T (LT) ou B (LB) contra antígenos próprios; ? A presença de anticorpos é quase sempre observada; ? Pesquisa de autoanticorpos:diagnóstico,prognóstico e identificação de formas clínicas; ? Aplicaçõ es de autoanticorpos:biologia celular · DOENÇAS AUTOIMUNES – ETIOLOGIA ? Fatores genéticos :HLA? Fatores hormonais : prevalência do lúpus eritematoso sistêmico em mulheres jovens – influência dos estrógenos. ? Fatores ambientais : agentes infecciosos, medicamentos, agentes químicos, toxinas, luz ultravioleta,fumo,obesidade, estr esse físico e psicológico. ? Disseminação de epítopos de células lesadas pelas autoimunidade:lesão decorrente do processo autoimune expõe mais epítopos intracelulares – doença crônica e progressiva. ? Anti - idiotipos : anticorpos contra a região variável de o utros anticorpos. ? Falha na apoptose de células autorreativas ? Mimetismo molecular e reatividade cruzada – ocorre quando um agente infeccioso compartilha um determinado epítopo com um autoantígeno localizada em alguma célula ou tecido do organismo (Ex: re sposta contra carboidratados de estreptococos reage cruzadamente com antígenos glicoproteicos de válvulas cardíacas). ? Exposição de um antígeno sequestrado – autoantígenos que antes eram inacessíveis (ex.cristalino do olho),passam a ser disponíveis ao sis tema imune – lesão tecidual. ? Anormalidade na apresentação de antígenos. ? Superantígenos – antígenos que podem ativar linfócitos sem apresentação antigênica - expansão indevida de linfócitos potencialmente autorreativos. · ESPECTRO DE DOENÇAS AUTOIMUNES Órgão específica ? Não órgão específica · IMP ORTÂNCIA DOS AUTOANTICORPOS ? Diagnóstico – forma mais prática (ex. anti - DNA nativo ou anti - Sm no LES) ? Atividade da doença (ex. anti - DNA ativo na exacerbação do LES) ? Preditivos da doença – produzidos antes das manifestações clínicas. ? Formas clínicas – diferenciar formas sistêmicas e difusas. · DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ? Detecção de autoanticorpos; ? É necessária a utilização de autoantígenos altamente reativos e de especificidade definida. ? Antígenos recombinantes ? Técnica de Imunofluorescência Indire ta ? Testes imunoenzimáticos. DOENÇASAUTOIMUNES ÓRGÃO - ESPECÍFICAS · DIABETES MELLITUS DO TIPO 1 ? Diabetes mellitus representam um grupo heterogêneo de distúrbios que apresentam a hiperglicemia como característica comum. ? Tipo I – diabetes mellitus dependente de insulina ? Destruição das células beta pancreáticas por um mecanismo imunomediado. ? Início súbito,perda de peso,sede,poliúria e letargia. ? Crianças e adultos jovens DIAGNÓSTICO DA AUTOIMUNIDADE AUTOIMUNIDADE ? Autoimunidade é uma resposta imune mediada por linfócitos T (LT) ou B (LB) contra antígenos próprios; ? A presença de anticorpos é quase sempre observada; ? Pesquisa de autoanticorpos:diagnóstico,prognóstico e identificação de formas clínicas; ? Aplicações de autoanticorpos:biologia celular DOENÇAS AUTOIMUNES – ETIOLOGIA ? Fatores genéticos:HLA ? Fatores hormonais: prevalência do lúpus eritematoso sistêmico em mulheres jovens – influência dos estrógenos. ? Fatores ambientais: agentes infecciosos, medicamentos, agentes químicos, toxinas, luz ultravioleta,fumo,obesidade, estresse físico e psicológico. ? Disseminação de epítopos de células lesadas pelas autoimunidade:lesão decorrente do processo autoimune expõe mais epítopos intracelulares – doença crônica e progressiva. ? Anti-idiotipos: anticorpos contra a região variável de outros anticorpos. ? Falha na apoptose de células autorreativas ? Mimetismo molecular e reatividade cruzada – ocorre quando um agente infeccioso compartilha um determinado epítopo com um autoantígeno localizada em alguma célula ou tecido do organismo (Ex: resposta contra carboidratados de estreptococos reage cruzadamente com antígenos glicoproteicos de válvulas cardíacas). ? Exposição de um antígeno sequestrado – autoantígenos que antes eram inacessíveis (ex.cristalino do olho),passam a ser disponíveis ao sistema imune – lesão tecidual. ? Anormalidade na apresentação de antígenos. ? Superantígenos – antígenos que podem ativar linfócitos sem apresentação antigênica - expansão indevida de linfócitos potencialmente autorreativos. ESPECTRO DE DOENÇAS AUTOIMUNES Órgão específica ? Não órgão específica IMPORTÂNCIA DOS AUTOANTICORPOS ? Diagnóstico – forma mais prática (ex. anti-DNA nativo ou anti-Sm no LES) ? Atividade da doença (ex. anti-DNA ativo na exacerbação do LES) ? Preditivos da doença – produzidos antes das manifestações clínicas. ? Formas clínicas – diferenciar formas sistêmicas e difusas. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ? Detecção de autoanticorpos; ? É necessária a utilização de autoantígenos altamente reativos e de especificidade definida. ? Antígenos recombinantes ? Técnica de Imunofluorescência Indireta ? Testes imunoenzimáticos. DOENÇASAUTOIMUNES ÓRGÃO-ESPECÍFICAS DIABETES MELLITUS DO TIPO 1 ? Diabetes mellitus representam um grupo heterogêneo de distúrbios que apresentam a hiperglicemia como característica comum. ? Tipo I – diabetes mellitus dependente de insulina ? Destruição das células beta pancreáticas por um mecanismo imunomediado. ? Início súbito,perda de peso,sede,poliúria e letargia. ? Crianças e adultos jovens
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