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Anatomia e histologia do pulmão e dos brônquios

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Na margem superior da T5, a traqueia se divide em um brônquio principal direito, que segue para o pulmão direito, e um brônquio principal esquerdo, que segue para o pulmão esquerdo. O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais calibroso do que o esquerdo. Como resultado, é mais provável que um objeto aspirado entre e se aloje no brônquio principal direito do que no esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contêm anéis incompletos de cartilagem e são revestidos por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado.
No ponto em que a traqueia se divide em brônquios principais direito e esquerdo, encontra-se uma crista interna chamada carina. É formada por uma projeção posterior e relativamente inferior da última cartilagem traqueal. A túnica mucosa da carina é uma das áreas mais sensíveis de toda a laringe e traqueia para desencadear o reflexo da tosse. O alargamento e a distorção da carina é um sinal grave, porque geralmente indica carcinoma (metástases) dos linfonodos em torno da região na qual a traqueia se divide.
Ao penetrar nos pulmões, os brônquios principais se dividem para formar brônquios menores - os brônquios lobares (secundários), um para cada lobo do pulmão. (O pulmão direito tem três lobos; e o pulmão esquerdo, dois.) Os brônquios lobares (secundários) continuam a se ramificar, formando brônquios ainda menores, chamados brônquios segmentares (terciários) que se dividem nos bronquíolos. Os bronquíolos, por sua vez, se ramificam repetidamente, e os menores se ramificam em tubos ainda menores, chamados bronquíolos terminais. 
Estes bronquíolos contêm células de Clara, células não ciliadas colunares intercaladas entre as células epiteliais. As células de Clara podem proteger contra efeitos prejudiciais de toxinas e carcinógenos inspirados, produzem surfactante e atuam como células-tronco (células reservas) que dão origem a várias células do epitélio. Os bronquíolos terminais representam a extremidade da zona de condução do sistema respiratório. Como essa ramificação extensa da traqueia até os bronquíolos terminais se assemelha a uma árvore invertida, ela é chamada coletivamente de árvore bronquial.
À medida que a ramificação se torna mais distal na árvore bronquial, diversas alterações estruturais podem ser percebidas:
 A túnica mucosa na árvore bronquial muda o epitélio pseudoestratificado colunar ciliado dos brônquios principais, brônquios lobares (secundários) e brônquios segmentares (terciários) para epitélio simples colunar ciliado com algumas células caliciformes nos bronquíolos maiores, basicamente epitélio simples cúbico ciliado sem células caliciformes nos bronquíolos menores e epitélio simples cúbico não ciliado nos bronquíolos terminais. Lembre-se de que o epitélio ciliado das membranas respiratórias remove partículas inspiradas de duas formas. 
O muco produzido pelas células caliciformes aprisiona as partículas, e os cílios movem o muco e as partículas aprisionadas em direção à faringe para remoção. 
Em regiões com epitélio simples cúbico não ciliado, as partículas inaladas são removidas pelos macrófagos. 
Lâminas de cartilagem gradualmente substituem os anéis incompletos de cartilagem nos brônquios principais e, finalmente, desaparecem nos bronquíolos distais. Conforme a quantidade de cartilagem diminui, a quantidade de músculo liso aumenta. O músculo liso envolve o lume em faixas espirais e ajuda a manter a árvore desobstruída.
Os pulmões são órgãos coniformes pareados, situados na cavidade torácica. Os pulmões são separados um do outro pelo coração e outras estruturas do mediastino, que divide a cavidade torácica em duas câmaras anatomicamente distintas. Como resultado, se um trauma provocar o colapso de um pulmão, o outro pode permanecer expandido. Cada pulmão é envolvido por uma túnica serosa bilaminada protetora, chamada pleura. A lâmina superficial da pleura revestindo a parede da cavidade torácica é chamada pleura parietal; a lâmina profunda, a pleura visceral, adere aos pulmões.
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural que contém uma pequena quantidade de líquido lubrificante secretado pelas duas lâminas. Este líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que deslizem facilmente uma sobre a outra durante a respiração. O líquido pleural também faz com que as pleuras grudem uma na outra, assim como uma película de água faz com que duas lâminas de vidro grudem uma na outra, um fenômeno chamado tensão de superfície. Cavidades pleurais separadas envolvem os pulmões direito e esquerdo.
Os pulmões estendem-se desde o diafragma até ligeiramente acima das clavículas e se situam contra as costelas anterior e posteriormente. A parte inferior larga do pulmão, a base, é côncava e se ajusta sobre a área convexa do diafragma. A parte superior estreita do pulmão é o ápice. A face do pulmão situando-se contra as costelas, a face costal, ajusta-se à curvatura arredondada das costelas. A face mediastinal de cada pulmão contém uma região, o hilo, através do qual os brônquios, vasos sanguíneos pulmonares, vasos linfáticos e nervos entram e saem.
Estas estruturas são mantidas juntas pela pleura e por tecido conjuntivo, e constituem a raiz do pulmão. Medialmente, o pulmão esquerdo também contém uma concavidade, a incisura cardíaca, na qual o ápice do coração se projeta. Em consequência do espaço ocupado pelo coração, o pulmão esquerdo é aproximadamente 10% menor do que o direito. O pulmão direito é mais espesso e mais largo, mas é também relativamente mais curto do que o esquerdo, porque o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado, que se situa abaixo dele.
Uma ou duas fissuras dividem cada pulmão em lobos. Ambos os pulmões têm uma fissura oblíqua, que se estende inferior e anteriormente; o pulmão direito também apresenta uma fissura horizontal. 
A fissura oblíqua no pulmão esquerdo separa o lobo superior do lobo inferior. No pulmão direito, a parte superior da fissura oblíqua separa o lobo superior do lobo inferior; a parte inferior da fissura oblíqua separa o lobo inferior do lobo médio, que é limitado superiormente pela fissura horizontal. 
Cada lobo recebe seu próprio brônquio lobar (secundário). Assim, o brônquio principal direito dá origem a três brônquios lobares (secundários), denominados brônquios lobares superior, médio e inferior, enquanto o brônquio principal esquerdo dá origem aos brônquios lobares superior e inferior. Os brônquios lobares dão origem aos brônquios segmentares (terciários), 10 em cada pulmão. 
Cada segmento broncopulmonar dos pulmões contém muitos compartimentos pequenos, chamado lóbulos; cada lóbulo está envolto em tecido conjuntivo elástico e contém um vaso linfático, uma arteríola, uma vênula e um ramo proveniente de um bronquíolo terminal. Os bronquíolos terminais subdividem-se em ramos microscópicos, denominados bronquíolos respiratórios. Estes também contêm alvéolos desenvolvendo-se a partir de suas paredes. Como os alvéolos participam da troca gasosa, os bronquíolos respiratórios são as primeiras estruturas na zona respiratória do sistema respiratório. 
À medida que os bronquíolos respiratórios penetram mais profundamente nos pulmões, o revestimento epitelial muda de cúbico simples para pavimentoso simples. Os bronquíolos respiratórios, por sua vez, subdividem-se em diversos ductos alveolares (2 a 11), compostos de epitélio simples pavimentoso. A transição respiratória da traqueia para os duetos alveolares contém aproximadamente 25 ordens de ramificação.
Em torno da circunferência dos ductos alveolares estão numerosos alvéolos e sacos alveolares. Um alvéolo é uma invaginação caliciforme revestida por epitélio simples pavimentoso e sustentada por uma membrana basal elástica fina; um saco alveolar consiste em dois ou mais alvéolos que compartilham uma só abertura. As paredes dos alvéolos consistem em dois tipos de células epiteliais alveolares: as células alveolares do tipo 1, as células predominantes, são células epiteliais pavimentosas simples que formam umrevestimento quase contínuo da parede alveolar; as células alveolares do tipo 2, também chamadas células septais, são menos numerosas e encontradas entre as células alveolares do tipo 1. As finas células alveolares do tipo I são os principais locais de troca gasosa. As células alveolares do tipo II, que são células epiteliais arredondadas ou cúbicas com superfícies livres contendo microvilosidades, secretam líquido alveolar que mantém a superfície entre as células e o ar úmido. Incluído no líquido está um surfactante, uma mistura complexa de fosfolipídios e lipoproteínas. O surfactante reduz a tensão superficial do líquido alveolar, reduzindo a tendência de colapso dos alvéolos, mantendo-os dessa forma pérvios. 
Associados à parede alveolar encontram-se os macrófagos alveolares, fagócitos nômades que removem finas partículas de poeira e outros fragmentos nos espaços alveolares. Fibroblastos, que produzem fibras elásticas e reticulares, também são encontrados. Subjacente à lâmina de células alveolares do tipo I encontra-se uma membrana basal elástica. Na face externa dos alvéolos, as arteríolas e vênulas pulmonares se dispersam em uma rede de capilares sanguíneos, que consiste em uma lâmina simples de células endoteliais e membrana basal. A troca de 02 e C02 entre os espaços aéreos nos pulmões e no sangue ocorre por difusão através das paredes capilar e alveolar, que juntas formam a membrana respiratória. 
A membrana respiratória, que se estende do espaço aéreo alveolar até o plasma sanguíneo, consiste em quatro camadas: 
1. Uma camada de células alveolares dos tipos I e II e macrófagos alveolares associados que constituem a parede alveolar. 
2. Uma membrana basal epitelial subjacente à parede alveolar. 
3. Uma membrana basal capilar que é muitas vezes fundida com a membrana basal epitelial. 
4. As células endoteliais da parede capilar (o endotélio capilar).

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