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Aula 4 - Ensaio Tatil-visual

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IDENTIFICAÇÃO TÁTIL-VISUAL DOS SOLOS 
Aula 06 
 
Prof. Joseleide P. Antunes, Eng. Civil, DSc 
MECÂNICA DOS SOLOS 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE BRASÍLIA. 
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO 
CAMPUS SAMAMBAIA 
Brasília / DF – 2018 
Curso Técnico em Edificações 
1 
1. Introdução 
Para os ensaios de laboratório são programados furos de 
sondagem para amostragem de acordo com tipo e necessidade da 
obra. Iniciada a retirada das amostras, sejam elas deformadas ou 
não, um reconhecimento tátil e visual é executado em campo. 
 
 Esse reconhecimento tem a finalidade de classificar o solo em 
termos qualitativos, fornecendo uma rápida descrição das 
condições naturais em que ele é encontrado. 
 
A classificação visual e tátil permite uma visão mais completa das 
propriedades do solo, visão esta que apresenta-se um pouco difícil 
para os principiantes. A prática, à medida que mais solos são 
classificados, permite que com o tempo, até algumas previsões do 
comportamento sejam feitas, antes mesmo que ensaios mais 
apurados sejam realizados, naturalmente, com as devidas ressalvas 
e cuidados. 
2 
1. Introdução 
O procedimento que deve ser realizado para uma correta 
identificação tátil visual dos solos é descrito em algumas normas, 
sendo que no Brasil o procedimento é padronizado segundo a NBR 
6484/2001. 
 
 No entanto esta norma não esclarece o processo que deve ser 
realizado na identificação de algumas características. Com objetivo 
de orientar melhor este processo serão descritos alguns 
procedimentos da ASTM D2488 (2009) que apresenta os 
procedimentos necessários à identificação e descrição dos solos 
de uma forma mais ampla. 
 
A identificação tátil visual depende do auxilio de um profissional 
experiente, sendo recomendada esta assistência aos iniciantes. 
3 
1.1 Definições Gerais 
Para a engenharia de solos, embora um tanto simplificadas, as 
definições preenchem todos os requisitos aos nossos propósitos. 
Assim chamamos de: 
Solo – o agregado natural de grãos minerais moderadamente 
coesos, orgânicos ou inorgânicos, que na natureza tem a 
capacidade de serem separados por processos mecânicos simples, 
tal como agitação em água ou simples manuseio. 
Rocha – é um agregado natural de grãos minerais, compacto, 
cimentado por uma liga forte e mais ou menos permanente. 
Solos de grãos grossos – são partículas de minerais visíveis a 
olho nu e/ou arenosos ao tato quando friccionado entre os dedos. 
Solos de grãos finos – consiste de partículas e minerais que não 
podem ser distinguidos a olho nu, usualmente menores que 
0,075mm. Essas partículas são lisas ou farinhosas ao tato e quando 
em contato com água dão a impressão de pasta de sabão. 
Solo bem graduado – contém uma boa representação de 
partículas de quase todas as dimensões, com ordenação de grosso 
a fino. 
4 
1.1 Definições Gerais 
Solos uniformes ou pouco graduados – são solos que contém 
partículas, todas mais ou menos do mesmo tamanho. 
Pedregulho – são solos de grãos grossos, tendo partículas de 
diâmetro médio maior que 2mm. 
Areia – são solos de grãos grossos contendo partículas de 
diâmetro médio menor que 2mm. 
Silte – constitui a fração grossa dos solos de granulação fina. 
Argila – constitui a mais fina e ativa porção dos solos de grãos 
finos. 
Solos orgânicos – são solos mais ou menos plásticos que contém 
matéria orgânica finamente dividida. São usualmente de cor escura, 
marrom, preto ou cinza e tem o odor típico de matéria orgânica 
deteriorada. 
Turfa – é um solo composto de partículas fibrosas de vegetal em 
decomposição. 
Com essa noção restrita sobre os muitos tipos de solo, seguimos 
uma linha de conduta mais geral para a classificação visual e tátil. 
 
5 
2. Informações descritivas dos solos 
 Segundo a ABNT (2001) as amostras devem ser examinadas 
procurando identificá-las no mínimo utilizando as seguintes 
características: 
a) Cor; 
b) Granulometria; 
c) Plasticidade; 
d) Origem. 
 
Além destas características é interessante identificar o odor e a 
umidade. 
6 
2.1 Cor 
 A cor é uma propriedade importante na identificação de solos 
orgânicos, e dentro de uma dada localidade pode também ser útil 
na identificação de materiais de origem geológica similar. 
 
A indicação da cor deve ser feita logo após a coleta das 
mesmas, para amostras úmidas. Se a cor representa uma 
condição seca, isto deve ser estabelecido no registro. Deve ser 
utilizando no máximo duas designações de cores. Quando as 
amostras apresentarem mais do que duas cores, deve ser 
utilizado o termo variegado no lugar do relacionamento das cores. 
 
Embora considerado de caráter subjetivo, devem ser utilizadas 
as seguintes designações: branco, cinza, preto, marrom, amarelo, 
vermelho, roxo, azul e verde, admitindo-se ainda as designações 
complementares claro e escuro (ABNT, 2001). 
7 
2.1 Cor 
 Uma outra forma de classificar a cor é utilizando a Cartela 
Munsell. 
A determinação da cor do solo por meio da comparação visual 
com os padrões da carta de Munsell passou a ser aderida como 
método oficial de classificação dos solos pelo Departamento de 
Agricultura dos Estados Unidos da América no ano de 1951. 
Desde então o sistema de cores de Munsell vem sendo utilizado 
por pesquisadores de solos mundialmente (SIMONSON, 1993). No 
atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 
2013), a cor, determinada por comparação com os padrões da 
carta de Munsell, é atributo de diferenciação de algumas classes 
de solos. 
O sistema Munsell de cores (MUNSELL SOIL COLOR COMPANY, 
1950) classifica as cores em três componentes: Matiz, Valor e 
Croma, onde o matiz é a cor espectral dominante, o valor é a 
tonalidade da cor e o croma é a pureza da cor (SURVEY STAFF, 
1993). 
8 
2.2 Odor 
 Esta característica é importante principalmente na identificação 
de solos orgânico, devendo ser descrito se o odor se é orgânico 
ou incomum. 
 
Solo contendo uma quantidade de material orgânico usualmente 
tem um odor distinto de vegetação deteriorada. Isto é 
especialmente aparente em amostras frescas, mas se as amostras 
são secas, o odor pode frequentemente ser reanimado por 
aquecimento de uma amostra umedecida. Se o odor é incomum 
(produto de petróleo, químico, etc..) deve ser descrito. 
9 
2.3 Umidade 
A indicação da umidade deve ser feita logo após a coleta das 
mesmas ou posteriormente desde que a mesma não tenha sido 
alterada, pois esta descrição é importante para descrição da 
umidade do solo in situ. Segundo a ASTM (2009) a condição de 
umidade deve ser descrita conforme Tabela 1. 
Tabela 1 – Critérios para Descrição de Umidade (ASTM, 2009) 
10 
Descrição Critérios 
Seca 
Água não é visível nem sensível ao tato. Pode apresentar 
poeira. 
Úmida Água não é visível, mas sensível ao tato. 
Saturada 
Água está livre, visível. Geralmente o solo está abaixo do nível 
d’água. 
2.4 Granulometria 
 O objetivo da separação dos solos pela granulometria é dividir 
os solos em grupos em função do tamanho das partículas. Inicia-
se o procedimento de identificação das amostras separando-as 
em dois grandes grupos: 
 
a) Solos grossos: aqueles nos quais a fração predominante dos 
grãos é visível a olho nu (pedregulhos e areias) – ásperos ao tato; 
b) Solos finos: aqueles nos quais a fração predominante dos 
grãos não é visível a olho nu (siltes e argilas) – macios ao tato. 
 
Solos com predominância de grãos maiores que 2 mm devem 
ser classificados como pedregulhos e com grãos inferiores a 2 
mm e superior a 0,1 mm devem ser classificados como areias. Um 
exame mais acurado permite a subdivisão das areias em: Grossa 
(grãos da ordem de 1 mm), médias (grãos da ordem de 0,5 mm) e 
em finas (grãos da ordem de 0,2 mm). Solos com predominância 
de partículasinferiores a 0,1 mm devem ser classificadas como 
argilas ou siltes (ABNT, 2001). 
11 
2.4 Granulometria 
Segundo a ABNT (2001) deve ser utilizada nomenclatura onde 
apareçam, no máximo, três frações de solos, por exemplo: argila 
silto-arenosa, admitindo-se a complementação da descrição 
quando houver presença de pedregulhos, cascalhos, detritos ou 
matéria orgânica,concreções, etc... 
12 
2.5 Plasticidade – Identificação dos solos finos 
A identificação dos solos grossos (pedregulhos e areias) é 
relativamente fácil, no entanto a identificação dos solos finos 
(siltes e argilas) não é simples, devendo levar em consideração 
testes baseados na plasticidade. 
 
Segundo a ABNT (2001) plasticidade é a propriedade dos solos 
finos argilosos de sofrerem grandes deformações permanentes, 
sem ruptura, fissuramento ou variação de volume apreciável, 
sendo que as argilas se distinguem dos siltes pela plasticidade, 
quando possuem umidade suficiente, e pela resistência coesiva, 
quando secas ao ar. 
 
Conforme descrito no parágrafo anterior a ABNT (2001), não 
descreve os teste que identificam a plasticidade do material. Para 
facilitar a identificação dos solos finos serão descritos a seguir 
alguns testes baseados na ASTM (2009) e em recomendações de 
Nogueira (1995). 
13 
2.5 Plasticidade – Identificação dos solos finos 
Inicialmente os solos finos deverão ser separados em solos 
orgânicos e inorgânicos. 
 
Segundo a ASTM (2009) os solos orgânicos geralmente têm cor 
preta amarronzada a preta e pode ter odor orgânico. 
Frequentemente solos orgânicos mudarão a cor, por exemplo, 
preta a marrom, quando exposto ao ar. Alguns solos orgânicos 
clarearão a cor significantemente quando seco ao ar. Solos 
orgânicos não terão dureza ou plasticidade alta e o filete será 
esponjoso. 
 
A ASTM (2009) sugere quatro testes para a identificação de 
solos finos: resistência seca, dilatância, dureza e plasticidade. No 
entanto serão apresentados a seguir, em função de sua 
simplicidade, apenas os testes de resistência à seca e dilatância e 
dois testes sugeridos por Nogueira (1995) – testes de 
impregnação e desagregação. 
14 
2.5.1 Teste de Impregnação e Desagregação 
Segundo Nogueira (1995), para a realização dos testes de 
impregnação e desagregação a amostra não deve conter 
partículas maiores do que 0,42 mm (peneira Nº 40). 
 
O teste de impregnação é realizado com uma porção de solo 
úmido (pasta) que deve ser esfregada na palma de uma das mãos. 
Após a mão deve ser colocada embaixo de uma torneira com 
vazão moderada, sendo a identificação do solo realizada 
conforme Tabela 2. 
Tabela 2 – Resultado do Teste de Impregnação 
15 
Descrição Identificação 
Após vários minutos de água corrente sobre a mão e alguma 
fricção, ainda permanece uma mancha clara. 
Silte 
Após vários minutos de água corrente sobre a mão e muita 
fricção, ainda permanece uma mancha escura. 
Argila 
2.5.1 Teste de Impregnação e Desagregação 
O teste de desagregação é realizado com um torrão seco que é 
colocado em um recipiente contento água, porém sem imersão 
total. A identificação do solo é realizada conforme Tabela 3. 
Tabela 3 – Resultado do Teste de Desagregação 
16 
Descrição Identificação 
Desagregação rápida Silte 
Desagregação lenta Argila 
2.5.2 Teste de Resistência Seca e Dilatância 
Segundo a ASTM (2009) para a realização dos testes de 
resistência seca e dilatância a amostra não deve conter partículas 
maiores do que 0,42 mm (peneira Nº 40). 
 
a) Resistência seca 
Selecionar material suficiente para moldar uma bola de cerca de 
uma polegada (25amm) de diâmetro. Moldar o material até que 
tenha a consistência de massa de vidraceiro, adicionando água se 
necessário. 
 
Do material moldado, fazer no mínimo três amostras para ensaio 
(uma amostra para ensaio deve ser uma bola de material com 
cerca de ½ polegada (12 mm) de diâmetro). Deixar a amostra 
secar ao ar, sol, ou por meios artificiais, desde que a temperatura 
não exceda 60 °C. A resistência seca é determinada conforme 
descrito na Tabela 4. 
17 
2.5.2 Teste de Resistência Seca e Dilatância 
Tabela 4 – Critérios para Descrição da Resistência Seca 
18 
Descrição Critérios 
Nenhuma 
Amostra seca esmigalha-se em pó com mera pressão do 
manuseio. 
Baixa 
Amostra seca esmigalha-se em pó com alguma pressão 
dos dedos. 
Média 
Amostra seca quebra-se em pedaços ou esmigalha com 
considerável pressão dos dedos. 
Alta 
Amostra seca não pode ser quebrada com a pressão dos 
dedos. A amostra quebrará em pedaços com pressão 
feita entre o polegar e uma superfície dura. 
Muito alta 
Amostra seca não pode ser quebrada com pressão feita 
entre o polegar e uma superfície dura. 
2.5.2 Teste de Resistência Seca e Dilatância 
b) Dilatância 
 
Selecionar material suficiente para moldar uma bola de cerca de 
1/2 polegada (12 mm) de diâmetro. Moldar o material, adicionando 
água se necessário, até que tenha uma consistência macia, mas 
não pegajosa. 
 
Espalhar a bola de solo na palma da mão com auxílio de uma 
espátula. Vibrar horizontalmente, golpeando o lado da mão 
vigorosamente contra a outra mão diversas vezes. 
 
Notar a reação da água aparecendo sobre a superfície do solo. 
Comprimir a amostra fechando a mão ou apertando o solo entre 
os dedos e anotar a reação de acordo com os critérios 
apresentados na Tabela 5. 
 
19 
2.5.2 Teste de Resistência Seca e Dilatância 
Tabela 5 – Critérios para Descrição da Dilatância 
Com os teste de resistência a seca e dilatância é possível 
identificar porção fina do solo conforme apresentado na Tabela 6. 
Tabela 6 – Identificação de Solos Finos 
20 
Descrição Critérios 
Nenhuma Não há mudança visível na amostra. 
Lenta 
A água aparece sobre a superfície da amostra durante a 
vibração e não desaparece ou desaparece devagar sob 
compressão. 
Rápida 
A água aparece rapidamente sobre a superfície da amostra 
durante a vibração e desaparece rapidamente sob 
compressão. 
Resistência Dilatância Descrição Símbolo 
Alta a muito alta Nenhuma Argila de alta plasticidade CH 
Média a alta Nenhuma a lenta Argila de baixa plasticidade CL 
Baixa a média Nenhuma a lenta Silte plástico MH 
Nenhuma a baixa Lenta a rápida Silte ML 
2.5.2 Teste de Resistência Seca e Dilatância 
Se o solo estimado tem de 15 a 25% de areia ou cascalho, ou 
ambos, as palavras “com areia” ou “com cascalho” (qual seja 
mais predominante) devem ser adicionadas ao nome do grupo. 
Por exemplo: argila de baixa plasticidade com areia (CL) ou silte 
com cascalho (ML). Se a percentagem de areia é igual à 
percentagem de cascalho, usar “areia”. 
 
Se o solo estimado tem de 30% ou mais de areia ou cascalho, ou 
ambos, as palavras “arenoso” ou “cascalhoso” (qual seja mais 
predominante) devem ser adicionadas ao nome do grupo. Por 
exemplo: argila de baixa plasticidade arenosa (CL) ou silte 
arenoso (ML). Se a percentagem de areia é igual à percentagem 
de cascalho, usar “arenoso”. 
 
Identificar o solo como um solo orgânico, OL ou OH, se o solo 
contém partículas orgânicas que influenciam nas propriedades do 
solo. 
21 
2.6 Origem 
A designação da origem dos solos deve ser acrescentada à sua 
nomenclatura, devendo ser realizada por profissional habilitado. 
 
- solos residuais (recomenda a indicação da rocha mater); 
- transportados (coluvionares, aluvionares, eólicos, etc); 
- aterros. 
 
Quando, pelo exame tátil-visual, for constatada a presença 
acentuada de mica, a designação micácea é acrescentada à 
nomenclatura do solo. 
22 
3. Roteiro de Análise 
Escolhido o local e estudado topograficamente, ele deve ser 
mapeado geologicamente se for uma obra de grandes dimensões, 
como por exemplo, as barragens, ou túneis. 
 
A análise geológica deve incluir, situação das camadas, 
estratificações, planos de inclinação mergulhos, fissuras, fendas, 
juntas, cavernas, etc. 
 
Estudada a geologialocal, é iniciada a marcação dos pontos de 
amostragem. Em obras de dimensões menores, o estudo 
geológico é muito simples, ou mesmo desnecessário. 
 
As amostras são retiradas do solo com amostradores 
apropriados a cada caso e obra, nos pontos previamente 
marcados ou que se achar necessário durante a execução dos 
trabalhos. Inicia-se então a identificação de cada uma das 
amostras, como: local, poço, profundidade, número de amostras, 
classificação visual e tátil e qualquer condição estranha que 
porventura seja notada. 
23 
3. Roteiro de Análise 
A rotina de observações e anotações que se faz em cada 
amostra é: 
 
1. Verificar na amostra a ocorrência ou não de matéria estranha ao 
solo, por exemplo: raízes, pequenas conchas, matéria orgânica, 
etc. Se for o caso, destacar a presença de tais materiais. 
 
2. Anotar a cor natural da amostra. 
 
3. Anotar o estado de umidade natural do solo, como seco, pouco 
úmido, úmido, muito úmido. Nesse tipo de observação deve-se 
levar em conta e anotar a data de retirada da amostra, e a 
profundidade da mesma, Essas duas últimas observações servem 
de base para associar os resultados com as estações mais secas 
ou mais chuvosas da região e com o nível do lençol freático do 
solo. 
 
4. Anotar a ocorrência de minerais e destacá-los, se eles forem 
reconhecíveis. 
24 
3. Roteiro de Análise 
5. Certos tipos de solo apresentam odores característicos e 
particulares que devem ser observados em uma análise de 
campo, uma vez que pode servir de destaque individual do solo 
analisado. O cheiro de “pote molhado” do solo, quando este é 
misturado com água, não é característico ou particular, porque é 
próprio da argila e raros são os solos que não tem uma pequena 
porcentagem de grãos finos, o que é suficiente para apresentar o 
odor. Na classificação de rochas, contudo, o cheiro de “pote 
molhado” é uma característica que deve ser destacada porque a 
presença de argila na composição da rocha servirá para 
classificação individual da mesma. 
 
6. Classificar o solo quanto ao tipo; para isso o solo deve ser 
analisado dentro de uma escala granulométrica. 
25 
4. Conclusões 
 Esses testes descritos são simples e um tanto rudimentares, 
contudo, eles são de valor inestimável no primeiro contato que 
se tem com a amostra, seja em campo, ou no laboratório. Eles 
permitem que haja uma maior compreensão no comportamento 
desse material heterogêneo, que é o solo, a medida que uma 
maior quantidade de solos forem analisadas. 
 Examinada a amostra, ela deve ser então etiquetada com todas 
as conclusões dignas de destaque: classificação 
granulométrica, cor, umidade natural, e observações que a 
particularizem, tais como, presença de restos animais, 
minerais, conchas, raízes, situação geológica particular ou 
anormal, etc. 
 O solo é então enviado ao laboratório, para ensaios mais 
apurados e completos, para conclusões mais aprimoradas 
sobre o comportamento, de acordo com os interesses de cada 
obra. 
26 
27 
Amostra: teste 01 Furo: Tr 01 Profundidade: 0,5 a 1,0 m 
Local: Anápolis - GO Operador: Larissa Data: 29/01/2007 
INFORMAÇÕES DESCRITIVAS DOS SOLOS 
Cor: vermelho Odor: inodor Umidade: úmida 
Grupo em que se enquadra o solo 
1. SOLOS GROSSOS: mais de 50%, em massa, de suas partículas visíveis a olho nú. 
2. SOLOS FINOS: mais de 50%, em massa, de suas partículas passando através da peneira nº 200. 
IDENTIFICAÇÃO DE SOLOS FINOS 
Solo orgânico Solo inorgânico 
Resistência seca Dilatância Descrição 
Nenhuma Nenhuma Argila de baixa plasticidade 
Baixa Lenta X Símbolo 
Média Rápida CL 
Alta X 
Muito Alta 
IDENTIFICAÇÃO DE SOLO GROSSOS 
Granulometria 
Pedregulho Areia 
Grosso (19 a 76 mm) Grossa (ordem de 1 mm) 
Fino (2 a 19 mm) Média (ordem de 0,5 mm) 
Fina (ordem de 0,2 mm) 
Outras Informações: 
IDENTIFICAÇÃO: Pedregulho argiloso vermelho de baixa plasticidade 
28

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