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MATERIAIS CONDUTORES E SEMICONDUTORES Rodrigo da Silva Moraes UNIPAMPA – Universidade Federal do Pampa Alegrete - RS, Brasil rodrigomoraes.aluno@unipampa.edu.br RESUMO— Materiais condutores e semicondutores possuem atualmente aplicações muito importantes para nossas vidas, que vão desde dispositivos eletrônicos simples até sistemas elétricos complexos. Alguns exemplos de materiais condutores muito usados são cobre e alumínio, que estão presentes em linhas de transmissão e transformadores, enquanto semicondutores são silício e germânio, que são muito usados em circuitos integrados. Palavras-chave—Semicondutores, Condutores, Materiais, aplicações. I. INTRODUÇÃO No estudo de materiais elétricos e eletrônicos, é necessário pleno conhecimento sobre materiais condutores e semicondutores, pois são de extrema importância na área da eletrônica. Suas aplicações variam desde transistores usados em dispositivos eletrônicos como smartphones até redes de alta tensão. Na maioria dos projetos elétricos, a escolha do material pode reduzir os problemas relacionados ao custo e características específicas demandadas. Sendo assim, é necessário conhecer os conceitos químicos e físicos relacionados a estes componentes. Neste artigo, discutimos as propriedades e aplicações de materiais condutores e semicondutores. II. DESENVOLVIMENTO De modo geral, a grande diferença entre materiais condutores, semicondutores e isolantes se dá na facilidade da passagem de elétrons na estrutura de cada material, onde nos materiais condutores, é feita de forma facilitada devido aos elétrons livres (fracamente ligados ao núcleo) em que haverá passagem de corrente mesmo que quando aplicada uma diferença de potencial muito baixa, sendo assim, possuindo uma resistividade baixa. Os materiais semicondutores e isolantes possuem menor condutividade e exigem de uma tensão aplicada mais alta para haver movimentação dos elétrons, sendo que nos semicondutores a tensão necessária é menor do que nos isolantes. A. MATERIAIS CONDUTORES Os materiais condutores, como já citado anteriormente, são caracterizados pela alta condutividade elétrica, esta sendo inversamente proporcional a resistência. A resistência de um material condutor pode ser determinada a partir da equação (1): 𝑅 = 𝜌 𝑙 𝐴 (1) Onde: R = Resistência do material (Ω); ρ = Resistividade do condutor (Ω.m); l = Comprimento do condutor (m); A = Área da secção transversal do condutor (𝑚2). A resistividade pode ser definida como a razão do campo elétrico pela densidade da corrente elétrica, como é representado na equação (2): 𝜌 = 𝐸 𝐽 (2) Onde: ρ = Resistividade do condutor (Ω.m); E = Campo elétrico (V/m); J = Densidade de corrente elétrica (A/𝑚2). Alguns exemplos de materiais condutores que podem ser citados são o Cobre, o Alumínio, o Chumbo e o Ouro. O Cobre e o Ouro, são elementos químicos muito usados no ramo da engenharia elétrica, devido à alta condutividade e resistência à oxidação que, apesar do custo elevado, possuem uma relação custo benefício elevados devido às suas características. O cobre geralmente é muito empregado na constituição interna dos transformadores de rede elétrica, de instalações elétricas, de dispositivos eletrônicos, etc. O ouro é usado na microeletrônica, onde alguns dispositivos requerem a baixa passagem de corrente.[1] B. MATERIAIS SEMICONDUTORES Materiais semicondutores são os materiais com características intermediárias entre os condutores e isolantes. São caracterizados por apresentarem banda de valência preenchida e banda de condução vazia. Contudo, apresentam uma característica especial, quando detecta qualquer impureza os mesmos tornam-se mais condutivos. Logo, sua condutividade pode ser controlada pela adição de impurezas. Uma técnica bastante usada para esta finalidade é o processo de dopagem eletrônica.[2] Os elementos mais comuns na dopagem eletrônica são o carbono, o silício e o germânio. Pelo fato de todos possuírem quatro elétrons na camada de valência, possibilita que formem estruturas reticuladas ou cristalinas.[2] Existem dois tipos de impurezas: • N: É feita a adição de fósforo ou arsênico ao silício. Tanto o arsênico quanto o fósforo possuem cinco elétrons na camada de valência, o que possibilita ligações covalentes entre quatro elétrons e um deles fica livre, que ganha movimento e gera corrente elétrica. O nome N provém da negatividade gerada da carga existente. • P: É feita a adição de boro ou gálio ao silício. Ambos possuem três elétrons na camada de valência, e quando adicionados ao silício, criam lacunas que conduzem corrente elétrica. A ausência de um elétron cria uma carga positiva, o que dá o nome P. Um exemplo de componente eletrônico simples produzido a partir do processo de dopagem é o diodo semicondutor, usado como retificador de corrente elétrica.[3] O silício é um semimetal amplamente usado em circuitos integrados. Em termos de eletricidade, apresenta a piezeletricidade, os seja, gera tensão elétrica através de pressão mecânica. O germânio, também é empregado em circuitos, por apresentar boa condutividade, resistência à acidez e alcalinidade. Porém, devido ao seu alto custo, sua aplicabilidade é limitada em comparação com o silício. III. CONCLUSÃO Esta análise sobre materiais condutores e semicondutores é de grande importância visto que possui uma vasta gama de aplicações na área da engenharia. Pode-se concluir então que, é imprescindível o conhecimento das características básicas destes elementos, principalmente à estudantes das áreas que lidam diretamente com materiais condutores e semicondutores. REFERÊNCIAS [1] CARMO, M. MAPA R. S. Eletrotécnica Geral I. Materiais Elétricos. Universidade Federal de São João Del-Rei. 2008. 10 p. [2] PEREIRA, Lilian Souza. “Dopagem Eletrônica”, Info Escola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/quimica/dopagem- eletronica/>, Acesso em: 15 de março de 2021 às 16:59. [3] Diodo semicondutor. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Diodo_semicondutor>. Acesso em: 16 de março de 2021.
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