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É o estudo do movimento de um medicamento no interior de um organismo vivo, ou seja, é o estudo dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção. A absorção uma série de processos pelos quais uma droga X atinge a circulação venosa ou linfática (A administração endovenosa é uma exceção). Para que o medicamento seja absorvido ele deve atravessar diversas membranas biológicas, como epitélios gastrintestinais, membranas o plasmáticas e endotélio vascular. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS BARREIRAS BIOLÓGICAS Um fármaco precisa vencer certas barreiras físicas, químicas e biológicas para alcançar seus locais de ação moleculares e celulares. Membrana plasmática Placenta O revestimento epitelial do trato gastrintestinal Barreira hematoencefálica MECANISMOS DE TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS Transporte passivo – Difusão Nenhuma energia celular é utilizada, visto que o fármaco passa de uma área de alta concentração para uma área de baixa concentração (as pequenas moléculas se difundem através da membrana celular). Transporte ativo – Difusão facilitada É necessário o uso da energia celular para transportar o fármaco de área de baixa concentração para outra área de alta concentração. Transporte ativo – Endocitose– Fagocitose (transportador de drogas) É usado para transportar fármacos excepcionalmente grandes. A endocitose envolve o engolfamento de moléculas do fármaco pela membrana e seu transporte para o interior da célula. Transporte ativo –Endocitose- Pinocitose (transportador de drogas) As células incorporam a partícula do fármaco (a célula forma uma vesícula para transportar o fármaco para seu interior). Ele é capaz de mover fármacos contra um gradiente de concentração. METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM Este metabolismo ocorre tanto no trato gastrintestinal e no fígado (logo após a absorção do fármaco), então este se encontra relacionado a administração de fármacos por via oral ou retal. Fármaco administrado Na membrana celular do TGI ocorre o metabolismo de 70% Nas células do fígado, ocorre metabolização de 15% Chega a circulação sistêmica 15% para ser metabolizado no local-alvo. A distribuição é forma ao qual o fármaco irá sair do sistema circulatório (linfa ou sangue) para chegar ao tecido ou local-alvo do corpo, de forma eficaz. Rápida distribuição e ação terapêutica em áreas de grande circulação sanguínea. Músculos, tecido adiposo e pele tem distribuição e ação lenta. Após alcançar a corrente sanguínea, o fármaco irá se ligar às proteínas transportadoras. A ligação do fármaco a este carreador será dependente da afinidade estrutural e da característica físico- química do mesmo. Desta forma, fármacos de característica ácida terão maior afinidade por proteínas plasmáticas com característica básica e vice versa. O fármaco pode permanecer livre na circulação ou pode ligar-se à proteína. Somente fármacos em forma livre produz em efeito terapêutico. Fármacos ligados a proteínas são farmacologicamente inativos. As principais proteínas plasmáticas transportadoras de fármacos são: albumina, alfa1-glicoproteína ácida e globulina. MODELO COMPARTIMENTAIS Tempo entre a administração do medicamento e o início da ação farmacológica (tempo de latência), que é influenciado pela velocidade de absorção, distribuição, localização do sítio-alvo e, indiretamente pela eliminação; Tempo necessário para desencadear o efeito máximo (relacionado à concentração máxima), resultante do balanço entre os processos que levam o fármaco ao sítio-alvo e aqueles que o retiram deste local; Duração do efeito, que é dependente da velocidade de eliminação; É o processo orgânico que modifica um fármaco para uma forma mais ou menos ativa, passível de ser excretada, sendo que alguns fármacos não necessitam desse processo. Os fármacos podem ser metabolizados pelo fígado, rins, pulmões, plasma e mucosa intestinal. A biotransformação dos fármacos pode alterá-los de quatro maneiras importantes: Um fármaco ativo pode ser convertido em fármaco inativo; Um fármaco ativo pode ser convertido em um metabólito ativo ou tóxico. Um pró-fármaco inativo pode ser convertido em fármaco ativo. Um fármaco não-excretável pode ser convertido em metabólito passível de excreção. REAÇÕES DE OXIDAÇÃO/REDUÇÃO São conhecidas também como reações não- sintéticas ou catabólicas. Esta fase tem por objetivo modificar a estrutura molecular do fármaco. Exemplo: Alguns fármacos podem ser administrados em forma inativa (pro-fármacos) e alterados metabolicamente para a forma ativa mediante reações de oxidação/redução no fígado. Principal enzima é o Citocromo P450 Vantagem de facilitar a biodisponibilidade oral, diminuirá toxicidade gastrintestinal e/ou prolongar a meia-vida de eliminação de um fármaco. REAÇÕES DE CONJUGAÇÃO/HIDRÓLISE Hidrolisam um fármaco ou conjugam-no comum a molécula grande e polar, a fim de inativá-lo ou, normalmente, aumentar sua solubilidade e excreção. Em certas ocasiões, a hidrólise ou a conjugação podem resultar em ativação metabólica de pro- fármacos. A remoção de um fármaco do organismo humano pode ocorrer através de várias vias: renal, biliar, intestinal, pulmonar, além do suor, saliva, secreção nasal, e, leite em mães que amamentam. RENAL O fluxo sanguíneo renal, a taxa de filtração glomerular e a ligação do fármaco às proteínas plasmáticas auxiliam no processo de excreção renal. BILIAR Alguns compostos de fármacos hidrofílicos ficam concentrados na bile e são enviados para o intestino, o fármaco pode então ser reabsorvido e o ciclo se repete, em um processo denominado circulação êntero-hepática. Isso provoca um “reservatório” de fármaco recirculante que pode representar até cerca de 20% do total de fármaco presente no organismo, prolongando sua ação. Exemplo: Morfina.
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