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Conceito de discriminação positiva e sua relação com o racismo

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Conceito de discriminação positiva e sua relação com o racismo?
 A discriminação positiva visa estabelecer o equilíbrio e garantias sociais entre as pessoas que por motivos históricos encontram-se em situações de desigualdades. É evidente a discriminação racial, quando falamos do curso de medicina, onde existem pouquíssimos pretos e quando falamos de população carcerária no Brasil, onde se possui a 4ª maior população carcerária do mundo, sendo 61,7 % pretos ou pardos dados. Sendo assim, tais medidas pós o conceito de discriminação positiva (ao qual podemos comparar com o principio da equidade de Aristóteles, quando fala em equidade, ou nos cita o exemplo da régua de Lesbos para compreender que a justiça deve se adequar a realidade de quem é julgada). Tal conceito veio para diminuir essas discrepâncias entre ás classes sociais, particularmente referindo-nos ao racismo através do direito positivado, e que momentaneamente lhes assegura a constituição.
INFOPEN/DADOS
Como surgiu a discriminação positiva? Que contexto histórico propiciaram o seu surgimento? As raízes do conceito se encontram nas lutas raciais nos Estados Unidos, nas reivindicações dos movimentos pró-direitos civis da população afro-americana. Trata-se da chamada “Affirmative Action”, incluída na legislação, durante o governo Kennedy, para garantir o acesso ao trabalho sem discriminação racial, religiosa ou de origem. Movimentos que representavam minorias apoiaram as políticas de discriminação positiva como estratégia de “empowerment”, através da criação de medidas destinadas a prevenir ou atenuar mecanismos de discriminação, ou a compensar desvantagens independentes da vontade dos sujeitos que as padecem. Essas medidas supõem um tratamento desigual de modo a igualar as oportunidades de grupos desfavorecidos. Progressivamente foram disseminando-se em diferentes legislações, em especial por meio das “cotas”, que obrigam as instituições a incorporar, em proporções juridicamente estabelecidas, minorias excluídas e estigmatizadas (uma porcentagem de minorias nas vagas escolares, nas listas de candidatos a cargos políticos, etc.).
3-Quais exemplos de discriminação positiva dentro do debate racial têm hoje? Vocês conseguem investigar experiências em outros países? E no Brasil? Dentre os exemplos que vocês pesquisarem, escolham um e façam uma análise mais aprofundada.
Como exemplo de discriminação positiva temos as cotas para pretos e pardos e cota indígenas.
Lislen Araújo ingressou na UFBA (Universidade Federal da Bahia) por meio de cotas raciais, em 2019. Passou por todo processo de aferição, foi aprovada. E conseguiu a vaga que tanto almejava na área de odontologia. Mas antes de entrar na universidade passou por um processo de verificação. Essa verificação é feita para evitar fraudes no sistema de cotas, a UFBA adotou essa nova medida e iniciou todo processo, são avaliados por um grupo composto por servidores federais oriundos da UFBA, IFBA e UFRB “com alguma experiência em questões sociais e de raça”. Cerca de 1.900 candidatos que autodeclararam negros (pretos ou pardos) de foram aprovados no Sistema de Seleção Unificada.
Porém assim como existem pessoas a favor desses processos de aferição também há discordantes como o estudante Alex Vasquez, 30 anos, que cursa o 8º semestre de Direito e é um dos integrantes do comitê antifraude da UFBA, diz que “a comissão deveria ser transparente e respeitar o princípio da legalidade, além de ter a participação da comunidade acadêmica na escolha dos membros”. Pois segundo ele pode acontecer de algum candidato ter parentesco ou qualquer outra relação com um dos jurados e isso acabar facilitando a aprovação deste. Desde 1950, em especial nos Estados Unidos, onde inicialmente houve a instauração desses critérios agora constitucional, essa política de cotas ainda causa discordâncias entre o grupo de pessoas brancas. Um exemplo, que houve certa repercussão foi o da jovem texana que processou a Universidade do Texas por não admiti-la como aluna após a aplicar os critérios que dão prioridade aos jovens pertencentes a minorias. Em 23 de junho de 2016 a suprema corte do EUA, aprovou a discriminação positiva nas universidades estadunidenses e respaldou a constitucionalidade desse ato pós-movimento dos direitos civis e o fim da segregação racial onde esse conceito ganha importância. Mediante a esse caso supracitado, vale-nos ressaltar a importância dessas politicas de cotas raciais, e o peso histórico a qual carregam consigo na pele, onde ser ver estaticamente que pessoas pretas, pardas, indígenas ocupam a maioria e quando se fala em analfabetismo, sistema carcerário é minoria, dados do IBGE, constam que apenas 34% dos estudantes do ensino superior são negros, e quando se fala em jovens entre 18 e 24 anos cai para 12,8 %, isso é um absurdo, então discordarmos sobre ao sistema de cotas, é ferir a história dos negros, é retroagirmos ao período da escravatura, a sociedade tem sim uma dívida histórica para com negros, pardo e indígenas. 	
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/06/suprema-corte-aprova-discriminacao-positiva-em-universidades-dos-eua.html
https://www2.ufjf.br/noticias/2017/11/20/consciencia-negra-apenas-34-dos-alunos-de-ensino-superior-sao-negros-no-brasil/
Quais exemplos de discriminação positiva dentro do debate racial temos hoje? 
A Lei de Cotas 10.558/2002, a Lei 12.288/2010 que estabelece a criação do Estatuto de Igualdade Racial e por fim a Lei 12.990/2010 que reserva 20% (vinte por cento) das vagas em concurso da administração pública e afins para pretos ou pardos. 
4.	Vocês conseguem investigar experiências em outros países? E no Brasil? Dentre os exemplos que vocês pesquisarem, escolham um e façam uma análise mais aprofundada.

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